Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
Resumo extraído dos Pontos da Magistratura, atualizado com base no Pedro Lenza 2017, por
Diovane Franco Rodrigues, em março de 2018.
Sumário
1. Constituição. Conceito. Classificação. Elementos. ________________________________________________ 2
1.2. Constitucionalismo: ___________________________________________________________________ 3
1.3. Neoconstitucionalismo ________________________________________________________________ 5
1.4. O que é uma Constituição? _____________________________________________________________ 6
1.5. Concepções clássicas: jurídico, político e sociológico. _______________________________________ 7
1.5.1. Concepção Sociológica ____________________________________________________________ 8
1.5.2. Concepção Política _______________________________________________________________ 8
1.5.3. Concepção Jurídica _______________________________________________________________ 9
1.6. Concepções Modernas _______________________________________________________________ 10
1.6.1. Teoria da Força Normativa da Constituição __________________________________________ 10
1.7. Concepção após análise do papel da constituição ou sua função _____________________________ 10
1.8. CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES ___________________________________________________ 11
2. Poder constituinte: originário e derivado. _____________________________________________________ 14
1 2.1.
2.2.
Teoria do Poder Constituinte __________________________________________________________ 14
Natureza do Poder Constituinte ________________________________________________________ 15
2.3. Titularidade do Poder Constituinte _____________________________________________________ 16
2.4. Poder constituinte formal e material ____________________________________________________ 16
2.4.1. Poder Constituinte Originário _____________________________________________________ 16
2.4.2. Poder Constituinte Derivado ou Secundário __________________________________________ 19
2.5. Graus de Legitimidade Das Constituições ________________________________________________ 25
2.6. Fenômeno do Direito Constitucional Intertemporal ________________________________________ 26
2.7. Mutação Constitucional ______________________________________________________________ 28
2.8. Revisão Constitucional _______________________________________________________________ 29
2.9. Tratados Internacionais e a Constituição _________________________________________________ 29
3. Hermenêutica Constitucional _______________________________________________________________ 30
3.1. REFORMA E MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL _______________________________________________ 30
3.2. CARACTERÍSTICAS DA HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL ___________________________________ 31
3.3. ESPÉCIES DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL __________________________________________ 32
3.4. Interpretativismo e não interpretativismo. _______________________________________________ 33
3.5. MÉTODOS DE HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL _________________________________________ 33
3.5.1. MÉTODO JURÍDICO (HERMENÊUTICO CLÁSSICO) ______________________________________ 33
3.5.2. MÉTODO TÓPICO-PROBLEMÁTICO (MÉTODO DA TÓPICA) ______________________________ 34
3.5.3. MÉTODO CONCRETIZADOR ou MÉTODO CONCRETISTA_________________________________ 34
3.5.4. MÉTODO INTEGRATIVO OU CIENTÍFICO-ESPIRITUAL ___________________________________ 35
3.5.5. MÉTODO NORMATIVO-ESTRUTURANTE _____________________________________________ 35
3.6. PRINCÍPIOS DE HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL ________________________________________ 35
3.6.1. PRINCÍPIO DA UNIDADE __________________________________________________________ 36
3.6.2. PRINCÍPIO DO EFEITO INTEGRADOR ________________________________________________ 36
3.6.3. PRINCÍPIO DA MÁXIMA EFETIVIDADE OU DA EFICIÊNCIA ________________________________ 36
3.6.4. PRINCÍPIO DA JUSTEZA OU DA CONFORMIDADE (exatidão ou correção) ___________________ 37
3.6.5. PRINCÍPIO DA CONCORDÂNCIA PRÁTICA ou DA HARMONIZAÇÃO ________________________ 37
3.6.6. PRINCÍPIO DA FORÇA NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO _________________________________ 37
3.6.7. PRINCÍPIO DA INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO ___________________________ 37
3.6.8. PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE _______________________________________________ 38
3.7. TEORIA DOS PODERES IMPLÍCITOS ______________________________________________________ 38
3.8. SOCIEDADE ABERTA DOS INTÉRPRETES – Peter Häberle ____________________________________ 39
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
vigor – ou o aspecto espacial – quando se comparam Constituições de vários Estados entre si,
não necessariamente vigente.
1.2. Constitucionalismo:
Walber Agra afirma que “o constitucionalismo significa que as condutas sociais devem
ser determinadas por normas, e o ápice da escala normativa reside nas normas
constitucionais.” A doutrina costuma reportar-se a, no mínimo, quatro significados do termo
constitucionalismo, compreendidos como constitucionalismo antigo, da Idade Média,
moderno e contemporâneo.
André Ramos Tavares (2006) sintetiza que “numa primeira acepção, emprega-se a
3 referência ao movimento político-social com origens históricas bastante remotas, que
pretende, em especial, limitar o poder arbitrário. Numa segunda acepção, é identificado com a
imposição de que haja cartas constitucionais escritas. Tem-se utilizado, numa terceira acepção
possível, para indicar os propósitos mais latentes e atuais da função e posição das
constituições nas diversas sociedades. Numa vertente mais restrita, o constitucionalismo é
reduzido à evolução histórico-constitucional de um determinado Estado”. Logo: (i) limitar o
poder arbitrário; (ii) imposição de que haja cartas constitucionais escritas; (iii) indicar os
propósitos da sociedade; (iv) evolução histórico-constitucional do Estado.
1J. J. Gomes Canotilho adverte que o mais correto seria referir-se a “movimentos
constitucionais, ao invés do termo constitucionalismos. In: CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito
Constitucional e Teoria da Constituição. 7 ed. Almedina. 2003. pag. 51.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
Neste aspecto, Fábio Konder Comparato (2010), menciona que, mais de reconhecer
que a soberania do monarca passava a ser substancialmente limitada por franquias ou
privilégios estamentais, conferidos aos barões feudais, a Magna Carta “deixa implícito pela
primeira vez, na história política medieval, que o rei se achava naturalmente vinculado pelas
próprias leis que edita”. O autor identifica esta primeira limitação institucional como o
embrião da democracia moderna. Mas o constitucionalismo inglês não se restringiu à
elaboração da Magna Carta do rei João da Inglaterra. Ao contrário, enfrentou diversas fases,
entre as quais se destaca a Petition of Rights e o Bill of Rights.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
Não é por outra razão que o prof. André R. Tavares insere o constitucionalismo atual
no fenômeno mais amplo da globalização, no qual qualquer ameaça à paz mundial afetará o
interesse de todas as nações
1.3. Neoconstitucionalismo
Daniel Sarmento registra que este conceito foi formulado sobretudo na Espanha e na
Itália, mas que tem repercutido na doutrina brasileira a partir da divulgação da obra
Neoconstitucionalismo, organizada pelo mexicano Miguel Carbonell, em 2003. Seus adeptos
buscam embasamento em Dworkin, Alexy, Peter Härbele, Gustavo Zagrebelsky, Ferrajoli e
Carlos Santiago Nino, mesmo que nenhum deles tenha se definido como neoconstitucionalista.
Assim, muitos dizem que moral e direito têm uma conexão necessária, cujo significado
último é: “norma terrrivelmente injusta não tem validade jurídica, independentemente do que
digam as fontes autorizadas do ordenamento”(frase de Gustav Radbruch, citada por
Sarmento).
No Brasil, esse movimento só iniciou com a CF/88, eis que até então as constituições
não eram vistas como autênticas normas. Neste contexto, os adeptos (Luís Roberto Barroso,
Lênio Streck, Ana Paula de Barcellos etc.) e críticos (Dimitri, Humberto Ávila etc.) do
neoconstitucionalismo apontam suas principais características como sendo: valorização dos
princípios, adoção de métodos ou estilos mais abertos e flexíveis na hermenêutica jurídica,
com destaque para a ponderação, abertura da argumentação jurídica à moral,
reconhecimento e defesa da constitucionalização do Direito e do papel de destaque do
Judiciário na Agenda de concretização dos valores constitucionais.
Atualizado em 12/03/2018
Não resta dúvida de que o termo Constituição é resultado de uma evolução histórica.
Não obstante, tal como concebida hoje, a Constituição provém do racionalismo do século XVIII.
Documentos elaborados anteriormente, como a Magna Carta (1215), que alguns autores
afirmam terem sido formas rudimentares de leis fundamentais, não podem ser consideradas
como Constituições, eis que o poder ainda não havia sido unificado nas mãos do Estado e não
se poderia falar em Estado do Direito, estruturado por leis vigentes para toda a população.
(Walber de Moura Agra).
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
(Constituição dos Estados Unidos2) e 1789 (Revolução Francesa)3. Somente aqui começa a
surgir a noção de constituição escrita. 4
A partir do Séc. XIX, teve início o que se chamou de CONCEITO IDEAL DE CONSTITUIÇÃO
(CANOTILHO): Toda nação deveria ter uma constituição que, por sua vez, deveria ter 03
elementos:
Esses elementos irradiaram por todo o mundo, com algumas variações: constituições não
escritas, estados fundamentalistas.
Já no Séc. XX, surgiu a ideia da RACIONALIZAÇÃO DO PODER, já não basta a previsão dos
7 direitos fundamentais, é preciso garantir condições mínimas para que um poder democrático
possa subsistir (crise econômica, minorias raciais em conflito, agitação extremista, ausência de
tradição liberal e outros).
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
Ele conceitua Fatores reais de poder como as forças reais que mandam no país.
Lassale diz que está mais ligado aos anseios dos detentores de poder na realidade dos fatos do
que com a forma que o poder emana do povo. São as forças que atuam na política, e
legitimamente, como monarquia, banqueiros, grande burguesia.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
9
5
A concepção jurídica da Constituição tem em Hans Kelsen seu principal representante. Neste sentido a Constituição
é vista essencialmente como norma jurídica, norma fundamental ou lei fundamental de organização do Estado e da
vida jurídica de um país. – A Constituição é considerada como norma pura, puro dever-ser, completamente desligada
da sociologia, da política, da filosofia ou da moral. A Teoria Pura do Direito de Kelsen visa exatamente tornar puro o
objeto de estudo da ciência jurídica (as normas jurídicas) livrando-o de qualquer juízo de valor moral ou político, social
ou filosófico. – Constituição em Kelsen tem dois sentidos: 1) sentido lógico-jurídico: Constituição = norma hipotética
fundamental. Como Kelsen não admite que o direito se fundamente em qualquer elemento sociológico, político ou
filosófico, ele teve que cogitar de uma norma fundamental, meramente hipotética, que existe apenas como pressuposto
lógico da validade da própria Constituição. O teor desta norma hipotética fundamental seria mais ou menos este:
“obedeça a tudo o que está na Constituição”. 2) sentido jurídico-positivo: é a Constituição positiva. É a norma positiva
suprema; conjunto de normas que regulam a criação de outras normas. É a Constituição que confere a unidade ao
ordenamento jurídico de um Estado. Com efeito, no ápice do ordenamento jurídico está a Constituição. – Esta é o
fundamento de validade de todas as outras normas jurídicas. É da Constituição que se extrai a validade de todas as
outras normas infra-constitucionais em qualquer órbita: federal, estadual ou municipal. – Consideração sobre Hans
Kelsen: elogia-se a grande racionalidade e a lógica que Kelsen imprimiu à ciência do direito. A grande objeção é que
seu intento de purificar o direito, livrando-o da moral, da ética, da política não pode ser de todo satisfeito. Isto porque se
é correto e aceitável que todas as normas infra-constitucionais devam buscar na Constituição seu fundamento de
validade; é altamente arriscado e diria até inaceitável que o fundamento de validade da própria Constituição seja
simplesmente uma suposta norma hipotética fundamental. A construção teórica genial de Kelsen, se não estiver ligada
a uma concepção filosófica, política, respeitadora dos direitos humanos, pode ser utilizada tanto pelos Estados mais
democráticos e justos quanto pelos mais injustos e autoritários. Não se poderia aceitar, por exemplo, uma norma
constitucional que estabelecesse como um dos objetivos do Estado exterminar uma parcela da população. (JOSÉ
AFONSO DA SILVA, Aplicabilidade; e MICHEL TEMER).
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
CONSTITUIÇÃO-LEI: a constituição seria uma lei como qualquer outra, não estando
acima do poder legislativo, mas à disposição dele. Os direitos fundamentais teriam função
meramente indicativa. Tal modelo permite a supremacia do parlamento.
Atualizado em 12/03/2018
humanas seriam reguladas pela Constituição. Não somente irradiarão o ordenamento, mas
elas determinarão o conteúdo deles por completo.
Art. 242. § 2º - O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na
órbita federal.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
QUANTO À ORIGEM
PACTUADAS – quando o poder constituinte NÃO está na mão do seu titular o povo.
12 Mas quando houver a divisão entre os dois (o povo e o poder constituinte), a constituição será
pactuada.
É possível reforma sobre o artigo 60, §4º (cláusulas pétreas). O STF admite tal
reforma, desde que não tenda a abolir os preceitos ali resguardados e dentro de uma ideia de
razoabilidade e ponderação. Foi o caso da taxação dos servidores inativos, reforma
previdenciária, em homenagem ao princípio da solidariedade.
Atualizado em 12/03/2018
QUANTO À EXTENSÃO
Existe ainda a CLASSIFICAÇÃO ONTOLÓGICA, que foi feita pelo KARL LOEWENSTEIN.
Ele vai cotejar a constituição com o processo político:
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
NOMINAL – tem nome de constituição, mas cede ao processo político, ela se amolda a
ele;
SEMÂNTICA – serve aos interesses dos detentores do poder político e não ao povo.
É o poder que cria a norma constitucional, tornando-a exigível, cria e põe em vigor a
norma constitucional (Estrutura do Estado, Divisão dos Poderes e outros). Visa a criar a
Constituição, a estabelecer a estrutura do Estado. Ele se manifesta em momentos de crise (não
necessariamente violenta), porque instaura uma Nova Ordem Constitucional (crises jurídica,
econômica, social e política).
A Teoria do Poder Constituinte é algo distinto do Poder Constituinte, ela veio explicar o
14 surgimento do Poder Constituinte.
No séc. XVIII, a França vivia uma enorme crise política, econômica, social e
orçamentária. Foram convocados os ESTADOS-GERAIS.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
Os Estados tinham a seguinte forma de deliberação: cada Estado tinha um voto, em todas
as questões os votos eram mantidos unidos entre a nobreza e o clero, e a burguesia que
pagava a conta sempre perdia. Assim, quando Luis XVI convoca os estados-gerais, o abade
propõe que a representação em cada Estado seja proporcional à quantidade de franceses que
representavam. Desta forma, ao terceiro estado caberia a maior representatividade. Ele
propõe ainda que o voto fosse por cabeça e não por estado, assim, cada integrante teria um
voto e não o estado todo somente com um voto exclusivo. O objetivo era acabar com os
privilégios tributários da nobreza e do clero.
Para justificar essa mudança, ele afirmava que o Estado está submetido a certas regras,
entretanto, a nação tem o poder de modificar essas normas, por meio do seu PODER
CONSTITUINTE, por meio de seus PODERES CONSTITUÍDOS (executivo, legislativo e judiciário).
As leis constitucionais não podem ser independentes da vontade da nação. Quem pode
mudar a constituição não é a própria assembleia (estados gerais), mas a constituinte.
Mas, o abade não foi bem sucedido, porque os estados gerais não aceitaram a votação por
15 cabeça. Daí, há a rescisão por meio de uma rebelião da assembleia do terceiro estado que se
autoproclama em poder constituinte, sendo que o rei não aceita essa rebeldia, e eles afirmam
que quem manda é povo.
8 Poder político (governo): em sentido amplo, pode ser entendido como uma espécie
institucionalizada (organizado e permanente) de poder social: possibilidade de alguém (Estado)
impor sua vontade sobre os outros e exigir o cumprimento de suas ordens (leis). É preciso
ressaltar que o poder político não é exclusivo: permite a existência de outros poderes paralelos
(poder econômico, poder social, poder sindical etc.) mas está acima de todos eles. PRINCIPAL
CARACTERÍSTICA: capacidade de editar normas jurídicas e de fazê-las cumprir. (CELSO
BASTOS, cap. II).
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
Não é possível reunir o povo no mesmo lugar para decidir sobre as normas
constitucionais, por isso, é preciso que o poder seja exercido por meio de representantes, que
em nome do povo irá elaborar as normas constitucionais. Assim, os exercentes do poder
constituinte são os REPRESENTANTES DO POVO.
Poder Constituinte formal: é aquele que vai formalizar a ideia de direito construída
por meio do Poder Constituinte Material. O Poder Constituinte Formal será o grupo
encarregado de redigir a Constituição.
9
Povo é o conjunto de pessoas que têm a mesma nacionalidade, ou seja, ligação jurídica a um
determinado Estado (povo é um conceito jurídico). Difere da idéia de população (conceito
demográfico), que é a expressão numérica dos habitantes de um Estado (inclui os estrangeiros
residentes) e difere da idéia de nação (conceito sociológico, cultural), que é o conjunto de
pessoas que têm em comum fatores culturais, étnicos, históricos e/ou lingüísticos. OBS: Povo
mas não nação: cidadãos da antiga Iugoslávia. Nação mas não povo: os palestinos (já que a
Palestina não é um Estado) e os curdos (pode-se falar em nação curda mas não em povo
curdo, já que não há um Estado Curdo).
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
- revolução10, que pressupõe o uso da força, que se legitima pelas injustiças da ordem
anterior, é a tomada do poder por quem não está no poder.
- golpe de Estado, é a tomada de poder por quem já está em exercício de uma parcela
de poder;
17 Há uma corrente que nega que a CF/88 foi resultante de um movimento soberano,
porque ela foi convocada por uma emenda constitucional da constituição anterior, assim,
alguns afirmam que não foi uma verdadeira constituinte, não existindo um verdadeiro poder
constituinte originário. ROBÉRIO: isso é uma besteira, não importa a forma pela qual a
assembleia se reuniu, o que interessa é que de fato ela não sofreu limitação pela ordem
constitucional anterior, que era totalmente irrelevante para o novo poder constituinte que se
formou.
Outra crítica que pode ser feita à assembleia constituinte é que seria um CONGRESSO
CONSTITUINTE e não uma assembleia nacional constituinte. ROBÉRIO: há duas formas/modelo
de ser feita uma constituinte:
Não houve prejuízo porque no momento da eleição dos congressistas, sabia-se que
eles seriam eleitos para fazer também uma nova constituição.
10Há um direito à revolução, quando o povo esteja sendo oprimido pelas instituições jurídico-
políticas.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
Inicial – não existe nem poder de fato e nem direito acima dele; inicia toda a
normatividade jurídica.
Autônomo – não convive com nenhum outro poder que tenha a mesma hierarquia; só
o soberano, o titular, pode dizer o seu conteúdo.
Ilimitado – nenhum limite de espécie alguma, muito menos imposto pela ordem
jurídica anterior. Não tem que respeitar ato jurídico perfeito, coisa julgada ou direito
adquirido.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
ii. INFORMAIS – são as que modificam a CF sem alterar o seu texto; ocorrem por meio
de: interpretação evolutiva, jurisprudência, doutrina, aplicação de conceitos jurídicos
indeterminados. A isso se dá o nome de MUTAÇÃO, que a doutrina admite. Neste ponto,
destaca-se o que parte da doutrina chama de “Poder Constituinte Difuso”.
MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL não ofende o texto da lei, a sua literalidade (artigo 5o.,
XI, CF), na inviolabilidade de domicílio, o conceito de casa, não corresponde a um conceito
literal, se no futuro houver o entendimento no sentido de restrição do conceito de casa, não
há ofensa à literalidade da constituição.
Atualizado em 12/03/2018
20
2.4.2.2. Espécies de Poder Constituinte Derivado ou Secundário
Ele pode ser de duas espécies:
Há quem diga também que somente é poder constituinte uma única espécie de poder:
PODER FUNDACIONAL, qual seja, aquele que faz a primeira constituição do Estado.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
É com base nesse poder é que são elaboradas as Constituições Estaduais e as Leis
Orgânicas Municipais. Há, na doutrina, quem discorde de que as leis orgânicas são expressão
do poder constituinte derivado decorrente11, já que os Municípios são entidades federadas.
Esse poder possui as mesmas características do poder reformador.
NORMAS PRÓPRIAS – são as imaginadas e discutidas pelo poder decorrente dentro de sua
competência.
Seleção de Jurisprudência
Atualizado em 12/03/2018
Na ADI 425/TO (2002) o STF assentou que os Estados-membros podem editar medidas
provisórias em face do princípio da simetria, obedecidas as regras básicas do processo
legislativo no âmbito da União (CF, artigo 62). 2. Constitui forma de restrição não prevista no
vigente sistema constitucional pátrio (CF, § 1º do artigo 25) qualquer limitação imposta às
unidades federadas para a edição de medidas provisórias. Legitimidade e facultatividade de
sua adoção pelos Estados-membros, a exemplo da União Federal
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
O limite expresso trata das cláusulas de intangibilidade ou cláusulas pétreas (art. 60,
§ 4º ).
Não será objeto de DELIBERAÇÃO, ou seja, o processo sequer pode chegar ao final, o
vício é anterior à deliberação da emenda, hipótese de controle de constitucionalidade
preventivo e judicial, cabimento de MS impetrado por parlamentar (STF).
O voto obrigatório NÃO é cláusula pétrea, ele existe na CF, mas, pode ser abandonado
por emenda, adotando-se voto facultativo.
TELEOLÓGICA OU SISTEMÁTICA: é uma posição mais moderna, por meio da qual, deve-
23 se entender como objeto da proteção do artigo todos os DIREITOS FUNDAMENTAIS.
Entretanto, por meio da regra geral de hermenêutica que diz que a exceção será
interpretada restritivamente. Assim, como a emenda é uma EXCEÇÃO (a regra é não emendar
a CF), vai-se ampliar o inciso IV. Isto é, a regra é a manutenção da constituição, a exceção é a
emenda, assim, a possibilidade de emenda deve ser restringida, por ser a exceção, assim, a
vedação à emenda deve ser ampliada para restringir a emenda; essa é a posição da doutrina
majoritária. O inciso IV deve ser interpretado ampliativamente, para restringir a emenda.
Deve ser entendido que os DIREITOS FUNDAMENTAIS são cláusulas pétreas, sejam individuais,
coletivos, difusos ou sociais.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
Pode haver uma nova revisão constitucional como foi em 1993? Está relacionado com
a possibilidade de poder facilitar a revisão constitucional; o rol de cláusulas pétreas, o
conteúdo é fluido no tempo, a questão é saber se pode ou não modificar o rol, há quem diga
que pode aumentar (ROBÉRIO acha que não, mesmo motivo acima), a possibilidade de reduzir
traz a discussão de possibilidade de DUPLA REVISÃO.
24 pétreas que está incomodando; 2a. modificar realmente. APROFUNDAR seria falar em
plebiscito ou referendo.
Não há posição acertada, no Brasil, a maior parte entende que são INSUPERÁVEIS. No
brasil não é adotada dupla revisão. O STF só permite emendas sobre as cláusulas pétreas de
modo a não diminuir seu núcleo. ROBÉRIO: não se filia à dupla revisão, porque no momento da
Assembleia constituinte o povo está atento ao que está acontecendo, com discussão mais
profunda, mas, ordinariamente, o povo não está ligado a essas questões, seria perigoso que o
congresso ordinariamente pudesse fazer isso.
É possível reforma sobre o artigo 60, §4º (cláusulas pétreas). O STF admite tal
reforma, desde que não tenda a abolir os preceitos ali resguardados e dentro de uma ideia de
razoabilidade e ponderação. Foi o caso da taxação dos servidores inativos, reforma
previdenciária, em homenagem ao princípio da solidariedade.
O poder constituinte de reforma não pode criar cláusulas pétreas, apesar de lhe ser
facultado ampliar o catálogo dos direitos fundamentais criado pelo poder constituinte
originário. O catálogo dos direitos fundamentais constantes da Carta da República pode ser
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
ampliado pelo poder constituinte de reforma desde que os novos direitos estabelecidos não
sejam cláusulas pétreas, as quais podem ser criadas somente pelo poder constituinte
originário. CESPE E GILMAR MENDES
25 Artigo 127, CF o MP é instituição permanente, pode ser extinto por emenda? Pode ter
suas atribuições extintas por emenda? MP é cláusula pétrea ou instituição permanente?
HUGO NIGRO MAZZILLI é cláusula pétrea. Forças armadas, polícia federal, rodoviária e
ferroviária também são instituições permanentes.
A violação aos procedimentos não é jurídica, assim, a sua autolimitação pode ser
revista a qualquer momento.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
12
LEGALIDADE E LEGITIMIDADE: (PAULO BONAVIDES, Ciência política)
LEGALIDADE LEGITIMIDADE
LEGAL E ILEGÍTIMO: poder conquistado segundo as regras vigentes mas desvirtuado por
aquele que o exerce.
Atualizado em 12/03/2018
A positivação de uma nova carta produzida por uma assembleia constituinte. A partir
das relações da nova constituição com a ordem infraconstitucional é que se podem observar
os fenômenos:
OBS: Em razão de ter sido objeto da oral do TRF 2, vale comentar a discussão que ficou
famosa no Supremo , quando da análise da ADI 2, em 1992. Prevaleceu o entendimento do
ministro Paulo Brossard, relator, após longo debate com o Min. Pertence, firmando o
entendimento de que há revogação do direito anterior incompatível com a nova CF.
Obs: A partir do julgamento da ADPF 130 (Lei de Imprensa), julgada em abril de 2009, o
STF passou a entender que norma anterior incompatível com a nova ordem constitucional é
tida como não-recepcionada, abanando a nomenclatura outrora empregada (revogação).
27 Obs: lei anterior não pode ser objeto de ADIN, mas, a ADPF pode ter por objeto lei
anterior à CF.
Pode ser protelado para o futuro o momento em que a legislação anterior contrária
permaneça vigendo, isso deve ser expresso, EXEMPLO: artigo 25, ADCT. Inclusive com a
utilização do termo: REVOGADO.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
Há o fenômeno pelo qual a CF permite que sejam aplicadas normas da CF anterior, EX.
art. 27 e 29, ADCT.
Art. 27 - O Superior Tribunal de Justiça será instalado sob a Presidência do Supremo Tribunal
28 Federal.
Interpretação: exemplo: posição do STF que se modifica no tempo. Exs: posição sobre
inconstitucionalidade da dispositivo da lei de crimes hediondos que vedava a progressão de
regime, concessão de liberdade provisória; efeitos do mandado de injunção; exigência de
depósito prévio para admissibilidade de recurso administrativo (Súmula Vinculante 21).
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
Construção Constitucional: não são todos os autores que admitem isso. Trata-se de
uma teoria norte-americana, que consiste em conjugar dois preceitos constitucionais para
extrair o sentido do preceito. Alguns autores afirmam que isso na verdade é interpretação
sistemática.
QUESTÃO: Pode haver nova revisão? NÃO.; O limite temporal era absoluto ou relativo?
É relativo, pois pode ser realizado 5 anos DEOPOIS de promulgada a CF.; Houve limite material
à revisão? Sim: o limite material fixado nas cláusulas pétreas. As cláusulas pétreas limitavam
essa revisão? SIM, conforme já mencionado. QUESTÕES: a revisão estava atrelada ao
plebiscito? Não está vinculada ao plebiscito.
Ademais, não é possível mais a manifestação, pois já houve, tratando-se de norma de
eficácia exaurida. Ainda, é cabível o controle de constitucionalidade das emendas de revisão
constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
Há quem diga que havendo maioria simples, os tratados ingressariam como lei
ordinária. O dispositivo somente cria uma nova possibilidade de emenda constitucional. Essa
recepção sofre limitações circunstanciais? O que significa ser equivalentes às emendas
constitucionais?
3. Hermenêutica Constitucional
30 CONSTITUCIONAL, considera, além do objeto do texto, os fatos do mundo real, ou seja, deve
ser levada em consideração a realidade concreta do mundo, no que toca a história, as
ideologias, as realidades sociais, econômicas e políticas do Estado, de modo a definir o
verdadeiro significado do texto constitucional.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
Importante a definição trazida por Uadi Lammêgo Bulos sobre a mutação constitucional
“... o processo informal de mudança da Constituição, por meio do qual são atribuídos novos
sentidos, conteúdos até então não ressaltados à letra da Constituição, quer através da
interpretação, em suas diversas modalidades e métodos, quer por intermédio da construção,
bem como dos usos e costumes constitucionais.”
O Ministro Luís Roberto Barroso, por sua vez, elenca as hipóteses em que poderá haver
mutação constitucional: a) mudança na realidade fática ou de uma nova percepção do Direito;
b) uma releitura do que deve ser considerado ético ou justo; c) precisa ter um lastro
democrático para que seja considerada legítima, estando respaldada pela soberania popular.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
Obs: o STF ainda não se manifestou sobre tal possibilidade, mas ocorre no sistema atual.
13
LUIS ROBERTO BARROSO (O Controle de constitucionalidade..., P. 70) informa que: “No Brasil,
anteriormente à Constituição de 1988, a doutrina e a jurisprudência haviam se consolidado no sentido
de ser legítimo o Chefe do Executivo deixar de aplicar uma lei que considerasse inconstitucional, bem
como expedir determinação àqueles submetidos a seu poder hierárquico para que procedessem da
mesma forma”. Após a CF/88 este poder passou a ser questionado, visto que, com a ampliação do rol
dos legitimados à propositura de ADI´s, os Chefes do Executivo poderiam agora ajuizar eles mesmo a
ação direta de inconstitucionalidade, devendo aplicar as leis até que a inconstitucionalidade das
mesmas fosse reconhecida. Contra este último argumento objeta-se que a referida legitimidade não
inclui os Prefeitos Municipais (em relação à CF). Além disso, alega-se que obrigar o Poder Executivo a
cumprir uma lei que ele entenda inconstitucional seria ferir o princípio maior da supremacia da
Constituição. Após a CF/88, o STJ (Resp 23221) já se manifestou pela possibilidade de o Executivo deixar
de aplicar lei que entenda inconstitucional. O STF, contudo, ainda não se manifestou expressamente
sobre o tema após a CF/88. A nova redação conferida ao art. 102, par. 2º da CF/88, pela EC 3/93 e
posteriormente pela EC 45/04, previu que as ADI´s e ADC´s teriam efeito vinculante, relativamente aos
demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal,
estadual e municipal. Com isso, BARROSO argumenta que: “ao estabelecer que a declaração de
constitucionalidade vincula o Executivo, o dispositivo pressupõe que até que ela ocorra poderia ele
considerar a norma inconstitucional.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
Os métodos de interpretação são caminhos que não se excluem, podem ser usados ao
mesmo tempo, no processo de interpretação constitucional.
Está aqui uma matéria que eu, com certeza, revisaria um dia antes da prova, pois os
índices de esquecimento dos nomes abaixo são ENORMES, haja vista a similaridade.
Atualizado em 12/03/2018
O método tópico foi desenvolvido pelos juristas alemães THEODOR VIEHWEG e JOSEF
ESSER. A primeira obra sobre o assunto, denominada "Tópica e Jurisprudência", de autoria de
Viehweg, foi publicada em 1953. O método tópico caracteriza-se como uma "arte de invenção"
e, como tal, uma "técnica de pensar o problema", elegendo-se o critério ou os critérios
recomendáveis para uma solução adequada. Referindo-se ao método tópico, PAULO
BONAVIDES faz a seguinte ponderação: "Da tópica clássica, concebida como uma simples
técnica de argumentação, a corrente restauradora, encabeçada por aquele jurista de
Mogúncia, compôs um método fecundo de tratar e conhecer o problema por via do debate e
34 da descoberta de argumentos ou formas de argumentação que possam, de maneira
relevante e persuasiva, contribuir para solucioná-lo satisfatoriamente". A principal crítica
feita ao método tópico é a de que "além de poder conduzir a um casuísmo sem limites, a
interpretação não deve partir do problema para a norma, mas desta para os problemas."
Com a tópica, a norma e o sistema perdem o primado: são rebaixados à condição de meros
pontos de vista ou "tópoi", cedendo lugar à hegemonia do problema.
O método concretista foi desenvolvido por três juristas alemães Konrad Hesse, Friedrich
Müller e Peter Häberle. Cada um deles ofereceu valiosas contribuições para o
desenvolvimento desse método, gravita em torno de três elementos essenciais: a) a norma
que vai concretizar; b) a compreensão prévia do intérprete e c) o problema concreto a
solucionar.
Atualizado em 12/03/2018
Em suma: a análise não se fixa na literalidade da norma, mas parte da realidade social
e dos valores subjacentes ao texto da constituição, devendo ser interpretada como algo
35 dinâmico e que se renova constantemente, no compasso das modificações da vida em
sociedade.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
Formulado por KONRAD HESSE, esse princípio impõe ao intérprete que "os bens
constitucionalmente protegidos, em caso de conflito ou concorrência, devem ser tratados de
maneira que a afirmação de um não implique o sacrifício do outro, o que só se alcança na
aplicação ou na prática do texto."
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
i. Adequação: significa que o intérprete deve identificar o meio adequado para a consecução
dos objetivos pretendidos
ii. Necessidade (ou exigibilidade): o meio escolhido não deve exceder os limites indispensáveis
à conservação dos fins desejados
Atualizado em 12/03/2018
O direito brasileiro adota essa tese, através do amicus curiae e as audiências públicas.
Essa técnica de interpretação constitucional pode ser admitida desde que a norma em
exame não seja integralmente inconstitucional, isto é, inconstitucional em todas as hipóteses
interpretativas que admitir.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
Gilmar Ferreira Mendes acentua que podem ser designadas pelo menos três grupos
típicos dessa técnica de interpretação na jurisprudência do Tribunal Constitucional Federal
alemão: a) "apelo ao legislador" em virtude de mudança das relações fáticas ou jurídicas; b)
"apelo ao legislador" em virtude de inadimplemento de dever constitucional de legislar; c)
"apelo ao legislador" por falta de evidência da ofensa constitucional. (50)
40 Com respeito à aplicação da declaração de inconstitucionalidade com apelo ao
legislador no direito brasileiro, diz-nos Celso Ribeiro Bastos:
"Esta espécie de decisão perde muito de sua importância no sistema jurídico pátrio, na
medida em que uma vez reconhecida inconstitucional a norma, caberá à Corte assim
pronunciá-la, o que não obsta que indique o caminho que poderia o legislador adotar na
posterior regulamentação da matéria.
Quando, pela redação do texto no qual se inclui a parte da norma que é atacada como
inconstitucional, não é possível suprimir dele qualquer expressão para alcançar essa parte,
impõe-se a utilização da técnica de concessão da liminar para a suspensão da eficácia parcial
do texto impugnado sem a redução de sua expressão literal, técnica essa que se inspira na
razão de ser da declaração de inconstitucionalidade sem redução do texto em decorrência de
este permitir interpretação conforme à Constituição."
Como destacou o Min. Moreira Alves, ao votar na Representação 1.417-7, "O princípio
da interpretação conforme à Constituição ("Verfassungskonforme Auslegung") é princípio que
se situa no âmbito do controle da constitucionalidade, e não apenas simples regra de
interpretação.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
4.2. ADCT
Possui como finalidade estabelecer regras de transição entre o antigo ordenamento e o
novo, providenciando acomodação e a transição do antigo e do novo direito edificado. Na CF
atual, está ligada à questões de organização, financeira e econômicas.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
Há um julgado do STF importante, que é a ADI 3768. Neste julgado, a Suprema Corte
entendeu que a gratuidade de transporte coletivo urbano para os maiores de 65 anos, previsto
no artigo 230, §2º, é norma de eficácia plena, não necessitando de regulamentação para sua
efetivação.
Ainda, é importante mencionar que o STF também já entendeu que a norma que dispões
sobre a autonomia funcional da Defensoria Pública é norma de eficácia plena e aplicabilidade
imediata, de modo que é inconstitucional a vinculação da Defensoria Pública à Secretaria de
Justiça do Estado. A Defensoria Pública é um órgão independente administrativa e
financeiramente.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
Ainda, a restrição poderá se dar em virtude de outras situações, como motivo de ordem
pública, bons costumes e paz social, conceitos vagos cuja redução se efetiva pela
Administração Pública, de modo que enquanto não materializado o fator de restrição, a norma
tem eficácia plena.
O maior exemplo é a liberdade de profissão, que poderá ser mitigada pela lei
infraconstitucional, através de exame de ordem (OAB), registro no Conselho de Medicina, etc.
Ou seja, cria um requisito à liberdade de profissão, restringindo-a.
Sobre isso, o STF entendeu que o exame da OAB é constitucional, fundamentando que “o
exame de suficiência discutido seria compatível com o juízo de proporcionalidade e não
alcançaria o núcleo essencial da liberdade de ofício. No concernente à adequação do exame à
finalidade prevista na CF – assegurar que as atividades de risco sejam desempenhadas por
pessoas com conhecimento técnico suficiente, de modo a evitar danos à coletividade – aduziu-
se que a aprovação do candidato seria elemento a qualifica-lo. ”
43 Não obstante a tal julgado, o STF entende que “ nem todos os ofícios ou profissões podem
ser condicionados ao cumprimento de condições legais para o seu exercício. A regra é a
liberdade. Apenas quando houver potencial lesivo na atividade é que pode exigir inscrição em
conselho de fiscalização profissional. A atividade de músico prescinde de controle. Constitui,
ademais, manifestação artística protegida pela garantia da liberdade de expressão.
Não obstante elas precisem de uma norma para produzirem efeitos, elas produzem um
efeito mínimo, ou ao menos o efeito de vincular o legislador infraconstitucional aos seus
vetores. Nesse sentido, ela terá, ao menos, eficácia jurídica imediata, direta e vinculante,
estabelecendo um dever para o legislador ordinário, condicionando o Poder Legislativo,
informando o Estado sobre a concepção da norma, constituindo um sentido teleológico de
interpretação, condicionando a atividade discricionária da Administração e do Judiciário. Logo,
todas elas possuem eficácia ab-rogativa da legislação antecedente incompatível
Tais normas ainda podem ser divididas em dois grupos: a) normas de princípio institutivo
(organizativo) ou normas de princípio programático.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
a) Norma supereficaz ou com eficácia absoluta: são intangíveis, não podendo ser
emendadas, com uma força paralisante total. São as cláusulas pétreas.
b) Normas com eficácia plena: são as mesmas da classificação do José Afonso da Silva.
c) Normas com eficácia relativa restringível: correspondem às normas de eficácia
contida, podendo receber o nome de eficácia redutível ou restringível.
d) Normas de eficácia relativa complementável ou dependente de complementação:
sãs as normas de eficácia limitada, da classificação de José Afonso da Silva.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
UAI SÔ? HEIN??? José Afonso da Silva explica: “em primeiro lugar, significa que elas são
aplicáveis até ondem possam, até onde as instituições ofereçam condições para seu
atendimento. Em segundo lugar, significa que o Poder Judiciário, sendo invocado a propósito
de uma situação concreta nelas garantida, não pode deixar de aplicá-las, conferindo ao
interessado o direito reclamado, segundo as instituições existentes.
Entendeu? Mesmo não tendo aplicabilidade direta, imediata e integral, sua aplicação é
imediata, de modo que o judiciário deverá concretizar o direito ali previsto.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
49 6.7.
Constituição de 1969 (Emenda n° 1 à Constituição de 1967):
Ainda com o Congresso Nacional fechado, os comandantes das três armas que
estavam no exercício da presidência da República (em virtude da enfermidade do
então Presidente Costa e Silva) outorgam a Emenda Constitucional n° 1 à Constituição
de 1967 que, dada a amplitude das reformas estabelecidas por ela, pode ser
considerada uma nova Constituição (ela foi elaborada em conformidade com o art. 2°,
§ 1° do AI 5).
A Constituição de 1969 teve vigência meramente nominal em grande parte de seus
preceitos. Toda a declaração de direitos e garantias individuais (arts. 153 e 154
daquela Carta), por exemplo, via sua aplicação diminuída pelos dispositivos
autoritários do AI 5. Incorporou-se à Constituição a possibilidade, estabelecida no AI-
14, de imposição de pena de morte em outros casos além da guerra externa (art. 160,
§ 11).
O nome oficial de país foi alterado de “Brasil”, em 1969, para República Federativa do
Brasil. Afora a posição de alguns juristas mais próximos ao regime militar, a maioria da
doutrina sustenta que o texto consubstanciou nova Constituição. O mais forte
argumento está amparado na circunstância de que as emendas têm seu fundamento
na própria Constituição que modificam. Porém, a chamada Emenda nº 1 não foi
outorgada com base na CF/67. Mas sim, com apoio no suposto poder constituinte
originário da “revolução vitoriosa”, que se corporificava nos atos institucionais
editados pelos militares.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
Teoria Geral do Estado: Objeto de estudo: Estado. Visa discutir e analisar o processo de
formação do Estado moderno, sua organização, seu funcionamento e finalidades. Perspectivas
de análise: O tema pode ser tratado a partir de vários ângulos: a) perspectiva histórica e
sociológica, que aprecia o surgimento e a evolução do Estado; b) perspectiva jurídica, que
aprecia a organização e a personificação do Estado; c) perspectiva filosófica, que aprecia os
fundamentos e os fins do Estado.
Conceito (JELLINEK): “É a corporação de um povo, assentado num determinado
território e dotada de um poder originário de mando”. Ou, de forma mais singela, é um povo
organizado politicamente num determinado território.
Elementos do Estado:
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
SUBDIVISÃO
TERRITORIAL Não há Há Há
52 AUTONOMIA DAS
SUBDIVISÕES ------------ Há Não há
TERRITORIAIS
COMPOSIÇÃO DO Unicameral ou Obrigatoriamente Unicameral ou
ÓRGÃO LEGISLATIVO bicameral bicameral bicameral
CENTRAL
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
A AUTONOMIA DOS “ENTES FEDERATIVOS”: utilizei aqui “entes federativos” por duas
razões: a primeira é por que não há uma nomenclatura única utilizada universalmente para
designar as unidades federadas dos Estados Federais: nos Estados Unidos e no Brasil, a
designação utilizada é de Estado-membro, na Argentina as unidades federadas são chamadas
de províncias e na Suíça chamam-se Cantões. Outra razão é que no Brasil, particularmente,
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
14 OBSERVAÇÃO: Vide posição de JOSÉ AFONSO DA SILVA, Curso de Direito Constitucional Positivo, 20ª edição,
p. 101, em que reconhece que os municípios gozam da mesma autonomia da União e dos Estados-membros mas
nega-lhes (em razão de a Federação, tecnicamente, constituir-se apenas de União + Estados-membros) a condição de
“ente federativo”, entre um dos argumentos, pelo fato de não participar da formação da vontade nacional, por meio de
representantes no senado. Diz JAS: essa é uma tese equivocada, que parte de premissas que não podem levar à
conclusão pretendida. Não é porque uma entidade territorial tenha autonomia político-constitucional que
necessariamente integre o conceito de entidade federativa. Nem o Município é essencial ao conceito de federação
brasileira. Não existe federação de Municípios. Existe federação de Estados. Estes é que são essenciais ao conceito
de qualquer federação.” (SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 28. ed. São Paulo:
Malheiros, 2007, p. 474-475) De acordo com o constitucionalista, ao reconhecer o caráter federativo dos municípios,
estaríamos admitindo que a Constituição estaria se resguardando contra uma eventual secessão municipal. No
entanto, a sanção indicada pela Carta Magna para o caso não é a intervenção federal, e sim a estadual, o que,
segundo o autor, evidencia que os municípios continuam a ser divisões político-administrativas dos seus respectivos
Estados-membros, e não da União. Para endossar esse argumento, ele aponta que a criação, incorporação, fusão e
desmembramento de municípios dependem de lei estadual (CF, art. 18, § 4º).
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
A federação é cláusula pétrea (artigo 60, § 4o., limites materiais ao poder de reforma),
desde a criação da federação em todas as constituições a federação foi tida como cláusula
pétrea.
União indissolúvel dos Municípios, Estados e Distrito Federal (artigo 1o. e artigo 18, CF)
Conceito de regime de governo: “é o modo efetivo pelo qual se exerce o poder num
determinado Estado em determinado momento histórico. (MANOEL GONÇALVES FERREIRA
FILHO, p. 74 e JOSÉ AFONSO DA SILVA, P. 124). Trata-se de uma constatação da realidade.
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com
#costurandoatoga
Direito Constitucional
Apostila 01
Introdução ao Direito
Constitucional.
Atualizado em 12/03/2018
Atualizado em 12/03/2018
no século XX. “A república era expressão democrática do governo, era limitação do poder dos
governantes e era atribuição de responsabilidade política, podendo, assim, assegurar a
liberdade individual.” (DALMO DE ABREU DALLARI, ?).
Características da República:
_____________________________________________________________________________
Acesse nosso site e confira todos os nossos materiais gratuitos!
www.diovanefranco.com
Instagram: @diovanefranco
E-mail: contato@diovanefranco.com