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ESTRUTURAS DE AÇO-02

Prof. Alberto Leal, MSc.


GRUPO HCT
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 2

Objetivo
• Revisão dos aspectos discutidos na aula anterior.

• Barras de aço sujeitas à compressão simples.

• Barras sujeitas à flexão simples.

• Associação entre os conceitos teóricos e práticos relacionados às estruturas de


aço.
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.1 Considerações iniciais

• Peças comprimidas são encontradas em componentes de treliças, sistemas de


contraventamento e pilares de edifícios com ligações rotuladas.

• A capacidade resistente dos elementos sujeitos à compressão simples é


influenciada pelas características geométricas e do material especificado.
Neste sentido, deve-se observar as dimensões da seção transversal, as
condições de contorno do elemento estrutural e a tensão limite de
escoamento do aço.
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.1 Considerações iniciais

• As dimensões da seção transversal, assim como o formato, são relevantes ao


estudo e avaliação da flambagem local. O procedimento de cálculo consiste
na determinação da esbeltez dos elementos da seção e, em seguida,
estabelecer um comparativo com os limites destacados na literatura técnica.

• A esbeltez dos elementos da seção transversal é dada em função da razão


entre o comprimento e a espessura do segmento analisado. Na alma dos
perfis I laminados, por exemplo, deve-se observar o comprimento não
enrijecido e a espessura do referido componente.
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.1 Considerações iniciais

• No caso da mesa dos perfis I laminados, deve-se determinar a razão entre


metade da largura e a espessura do referido componente estrutural.

• Ainda sobre as características geométricas do elemento estrutural


comprimido, aspectos importantes referem-se ao comprimento total e
condições de contorno, variáveis estas relevantes para avaliação da
estabilidade global da estrutura.
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.1 Considerações iniciais

σ
𝜎𝑦

𝜀𝑦 ε

• A capacidade resistente dos elementos, em conformidade com os requisitos


estabelecidos pela ABNT NBR 8800:2008, pode ser avaliada através de fatores
de redução local e global.

• A capacidade resistente máxima é pelo produto entre área bruta da seção


transversal e tensão limite de escoamente, tendo em vista que o modelo
constitutivo adotado é do tipo “elástico, perfeitamente plástico”.
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.2 Flambagem Global

• Os primeiros resultados teóricos sobre instabilidade foram obtidos por Leonhardt


Euler (1707-1783) através de investigações de barras comprimidas.

• Considerando um elemento estrutural isento de imperfeições geométricas, sujeita


a um carregamento perfeitamente centrado e com comportamento elástico linear,
sabe-se que a força crítica de flambagem é dada por:

𝜋 2 𝐸𝐼
𝑁𝑐𝑟 = 2
𝐿
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.2 Flambagem Global

• Dividindo o termo da força crítica pela área da seção transversal, é possível


definir ainda a tensão crítica associada à flambagem por flexão:

𝜋 2 𝐸𝐼 𝜋2𝐸
𝜎𝑐𝑟 = = 𝑖 é o raio de giração da seção transversal numa dada direção;
𝐴𝐿2 (𝐿Τ𝑖)2
λ é a esbeltez da seção transversal, referente a uma dada
𝜋 2 𝐸𝐼 𝜋2𝐸 direção;
𝜎𝑐𝑟 = 2 =
λ (𝐿Τ𝑖)2
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.2 Flambagem Global
𝑃Τ𝑃𝑐𝑟

Deslocamento lateral [cm]

• Uma das formas de avaliar as trajetórias de equilíbrio de uma barra sujeita a


compressão é pelo diagrama força x deslocamento. A trajetória idealizada por
Euler apresenta apenas esforços de compressão na seção transversal até o
instante onde a força aplicada é inferior à força crítica.
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.2 Flambagem Global
𝑃Τ𝑃𝑐𝑟

Deslocamento lateral [cm]

• Em elementos estruturais reais, existem variáveis adicionais que afastam as


trajetórias de equilíbrio em relação à trajetória fundamental de Euler. Neste
sentido, imperfeições geométricas causadas pela falta de retilineidade das peças
induzem pequenas excentricidades na configuração inicial.
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.2 Flambagem Global
𝑃Τ𝑃𝑐𝑟

Deslocamento lateral [cm]

• Note que, em decorrência da existência de pequenos deslocamentos iniciais, os


elementos comprimidos comportam-se estão sujeitos, na realidade, ao efeito da
ação simultânea de momentos fletores e esforços normais.
• Outro aspecto que reduz a capacidade resistente dos elementos reais refere-se
ao efeito das tensões residuais oriundas do processo de fabricação.
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1.2.1 Fator de redução global χ

• No intuito de avaliar a capacidade resistente dos elementos comprimidos, um


dos aspectos mais relevantes refere-se à definição do fator de redução global χ.
• As curvas retratadas na literatura técnica são denominadas “curvas de
interação” e são obtidas através de resultados experimentais. A ABNT NBR
8800:2008 prevê uma relação única para elementos de aço em geral.
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.2.1 Fator de redução global χ

• No caso de estruturas tubulares de aço, a curva de elementos comprimidos é


dada por expressão diferente daquelas adotadas para o aço convencional, tendo
em vista que os tubos apresentam imperfeições geométricas e de material
menos pronunciadas.
• Maiores informações podem ser obtidas através da ABNT NBR 16.239:2013.
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.2.1 Fator de redução global χ
2
χ = 0,658λ0 [ λ0 ≤ 1,5 ]

0,877
χ= [ λ0 > 1,5 ]
λ20

λ0 representam a esbeltez
reduzida do elemento estru-
tural.

𝑄𝐴𝑔 𝑓𝑦
λ0 =
𝑁𝑒

• Um importante detalhe relacionado ao comportamento da relação entre o fator


de redução e a esbeltez reduzida λ0 é que, para esbetezes elevadas, a curva
experimental se aproxima gradativamente das expressões clássicas de Euler.

• O coeficiente Q será visto adiante e reflete o coeficiente de redução local (Anexo


F da ABNT NBR 8800:2008).
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.2.1 Fator de redução global χ

• Ainda em relação ao fator de redução Q, é comum que as análises preliminares


contemplem 𝑄 = 1,0. Em seguida, a partir do fator χ obtido, pode-se determinar
a redução de capacidade resistente através da flambagem local.

• O fator de redução global pode ser obtido através de valores tabelados descritos
na ABNT NBR 8800:2008, item 5.3.3.
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.2.2 Procedimento de análise – Fator χ
2
χ = 0,658λ0 [ λ0 ≤ 1,5 ]

0,877
χ= [ λ0 > 1,5 ]
λ20

λ0 representam a esbeltez
reduzida do elemento estru-
tural.

𝑄𝐴𝑔 𝑓𝑦
λ0 =
𝑁𝑒

• O procedimento de análise do fator de redução global consiste na determinação


da esbeltez reduzida (λ0 ), cujo valor depende da área de seção transversal,
tensão limite de escoamento do material e da força crítica de Euler.

• Nota-se que, como a força crítica de Euler é uma variável, características


geométricas e condições de contorno são fundamentais para definição de χ.
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.2.3 Força crítica 𝑁𝑐𝑟
2
χ = 0,658λ0 [ λ0 ≤ 1,5 ]

0,877
χ= [ λ0 > 1,5 ]
λ20

λ0 representam a esbeltez
reduzida do elemento estru-
tural.

𝑄𝐴𝑔 𝑓𝑦
λ0 =
𝑁𝑒

• A força crítica de Euler pode ser determinada a partir das recomendações do


Anexo E da ABNT NBR 8800:2008, contemplando seções do duplo eixo de
simetria, seções com apenas um eixo de simetria e seções assimétricas.

• Durante este curso, serão estudados apenas seções duplamente simétricas,


típicas dos perfis com formato I.
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.2.3 Força crítica 𝑁𝑐𝑟
2
χ = 0,658λ0 [ λ0 ≤ 1,5 ]

0,877
χ= [ λ0 > 1,5 ]
λ20

λ0 representam a esbeltez
reduzida do elemento estru-
tural.

𝑄𝐴𝑔 𝑓𝑦
λ0 =
𝑁𝑒

𝜋 2 𝐸𝐼𝑥 𝜋 2 𝐸𝐼𝑦 1 𝜋 2 𝐸𝐶𝑤


𝑁𝑒𝑥 = 𝑁𝑒𝑦 = 𝑁𝑒𝑧 = 2 + 𝐺𝐽
(𝐾𝑥 𝐿𝑥 )2 (𝐾𝑦 𝐿𝑦 )2 𝑟0 (𝐾𝑧 𝐿𝑧 )2

Flambagem por flexão em Flambagem por flexão em Flambagem por torção em


torno do eixo principal de torno do eixo principal de torno do eixo longitudinal
maior inércia menor inércia z
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.2.3 Força crítica 𝑁𝑐𝑟
𝑟0 = 𝑟𝑥2 + 𝑟𝑦2 + 𝑥02 + 𝑦02

𝑟𝑥 , 𝑟𝑦 representam o raio de
giração relativo aos eixos
principais.

𝑥0 , 𝑦0 representam as coorde-
nadas do centro de cisalha-
mento em relação ao eixos
principais.

𝐶𝑤 é a constante de empenamento da seção transversal.

𝐽 é a constante de torção da seção transversal. É comum, na literatura técnica, o emprego de


𝐼𝑡 para representar esta característica geométrica.

𝑟0 é o raio de giração polar da seção bruta em relação ao centro de cisalhamento, dado pela
expressão acima descrita.
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1.2.3 Força crítica 𝑁𝑐𝑟
𝑟0 = 𝑟𝑥2 + 𝑟𝑦2 + 𝑥02 + 𝑦02

𝑟𝑥 , 𝑟𝑦 representam o raio de
giração relativo aos eixos
principais.

𝑥0 , 𝑦0 representam as coorde-
nadas do centro de cisalha-
mento em relação ao eixos
principais.

• Nos perfis com formato I, as coordenadas do centro de cisalhamento na direção


dos eixos principais são iguais ao valor nulo, simplificando o procedimento de
análise das características geométricas da seção transversal.

• Nas tabelas de fabricantes das referidas seções transversais, os raios de giração


em torno dos eixos x e y são fornecidos.
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1.3 Flambagem Local

• A avaliação da flambagem local observa as características (esbeltez) dos


elementos que compõem a seção transversal dos elementos submetidos à
compressão simples.

• A estabilidade das chapas na seção é realizada também para outros tipos de


esforços solicitantes, não apenas para peças comprimidas axialmente. Os
estudos que permitem uma avaliação objetiva do problema foram originados
através do comportamento de chapas metálicas isoladas.
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.3.1 Considerações iniciais

• O procedimento de análise do fator de redução local consiste, num primeiro


instante, na classificação dos elementos que compõem a seção transvesal.
Mais especificamente, as chapas são classificadas quanto à esbeltez, isto é,
relação entre comprimento e espessura (λ = 𝑏Τ𝑡).

• Em seguida, os valores são comparados com limites estabelecidos pela


literatura técnica em função das condições de contorno e do tipo de esforço
solicitante atuante na seção transversal.
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.3.1 Considerações iniciais

• Caso a esbeltez (λ = 𝑏Τ𝑡) sejam menores que os valores limites, pode-se


afirmar que o elemento é classificado como “compacto” e, portanto, não
sujeito ao efeito da flambagem local. Neste sentido, o fator redutor Q assume
valor unitário.

• Por outro lado, se os valores de esbeltez foram mais elevados, pode-se adotar
uma abordagem baseada na “largura efetiva (𝑏𝑒𝑓 )”. Desta forma, o fator
redutor Q é dado pela razão entre 𝑏𝑒𝑓 Τ𝑏.
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.3.1 Considerações iniciais
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.3.1 Considerações iniciais
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1.3.2 Classificação da seção transversal

• Os elementos da seção transversal podem ser caracterizados segundo as


condições de contorno apresentadas. Neste sentido, é usual adotar a
classificação como “Elementos AA” e “Elementos AL”.

 Elementos AA: componentes da seção transversal com duas bordas


longitudinais vinculadas.

 Elementos AL: componentes da seção transversal com apenas um borda


longitudinal vinculada.
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.3.3 Procedimento de análise – Fator Q

• A obtenção do fator Q, conforme mencionado anteriormente, é baseada na


classificação da seção transversal e, posteriormente, no conceito de largura
efetiva.

• Tendo em vista que, durante este curso, o enfoque principal é seção


transversal em formato I, o procedimento para avaliação da perda de
capacidade resistente pelo efeito local será direcionado aos grupos 02 e 04 da
Tabela F.1 (ABNT NBR 8800:2008).
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.3.3 Procedimento de análise – Fator Q

• Nos elementos caracterizados como AA, o fator de redução é indicado pela


denominação 𝑄𝑎 e pode ser obtido através da razão entre área efetiva e área
bruta.
𝐴𝑔 representa a área bruta.
𝑄𝑎 = 𝐴𝑒𝑓 Τ𝐴𝑔
𝐴𝑒𝑓 representa a área efetiva, dada por
𝐴𝑒𝑓 = 𝐴𝑔 − σ 𝑏 − 𝑏𝑒𝑓 𝑡
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.3.3 Procedimento de análise – Fator Q

• A largura efetiva dos elementos tipo AA é dada por:

𝐶𝑎 é um coeficiente igual a 0,38 para mesas ou


𝐸 𝐶𝑎 𝐸
𝑏𝑒𝑓 = 1,92 ∙ 𝑡 ∙ 1− ≤𝑏 almas de seções tubulares retangulares e 0,34
𝜎 𝑏 Τ𝑡 𝜎 para todos os outros elementos.

𝜎 é a tensão que pode atuar no elemento


OBS: A tensão 𝜎 pode ser adotada, analisado, tomada igual a χ ∙ 𝑓𝑦 . O fator χ obtido
conservadoramente, igual a 𝑓𝑦 . para 𝑄 = 1,0.
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.3.3 Procedimento de análise – Fator Q

• No caso dos elementos tipo AL, o fator de redução local pode ser obtido
diretamente pelas expressões abaixo descritas (Grupo 04).

𝑏 𝑓𝑦 𝐸 𝑏 𝐸
𝑄𝑠 = 1,415 − 0,74 0,56 < ≤ 1,03
𝑡 𝐸 𝑓𝑦 𝑡 𝑓𝑦

0,69 𝐸 𝑏 𝐸
𝑄𝑠 = > 1,03
𝑓𝑦 (𝑏Τ𝑡)2 𝑡 𝑓𝑦
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.3.3 Procedimento de análise – Fator Q

• Uma vez determinados os fatores para os elementos AA e AL, pode-se


determinar o fator de redução local 𝑄 através da expressão abaixo
representada:
𝑄 = 𝑄𝑠 ∙ 𝑄𝑎

• Caso a seção seja composta apenas por elementos AA, o fator 𝑄𝑠 é igual ao
valor unitário. De maneira análoga, se houver apenas elemento AL, o fator 𝑄𝑎
vale 1,0.
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.4 Capacidade resistente

• A capacidade resistente dos elementos submetidos à compressão simples pode


ser obtida através da consideração dos efeitos global e local. Neste sentido, a
ABNT NBR 8800:2008 diz que o esforço normal resistente de cálculo é dado
pela seguinte expressão:

χ𝑄𝐴𝑔 𝑓𝑦
𝑁𝑐,𝑅𝑑 =
𝛾α1
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.5 Exercício-01

• Seja um pilar de galpão com comprimento de 6.000 mm, composto pela aço
ASTM A572 Gr50. Determinar a capacidade resistente do elemento estrutural,
considerando que o comprimento efetivo é igual para flambagem em torno dos
eixos principais.
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.5 Exercício-01
2
χ = 0,658λ0 [ λ0 ≤ 1,5 ]

0,877
χ= [ λ0 > 1,5 ]
λ20

λ0 representam a esbeltez
reduzida do elemento estru-
tural.

𝑄𝐴𝑔 𝑓𝑦
λ0 =
𝑁𝑒

𝜋 2 ∙ 20000 ∙ 18734 𝜋 2 ∙ 20000 ∙ 1009 1 𝜋 2 ∙ 20000 ∙ 387194


𝑁𝑒𝑥 = 𝑁𝑒𝑦 = 𝑁𝑒𝑧 = + 7692 ∙ 23,38
(600)2 (600)2 288,648 (600)2

𝑁𝑒𝑥 = 10.272,06 𝑘𝑁 𝑁𝑒𝑦 = 553,24 𝑘𝑁 𝑁𝑒𝑧 = 1.358,54 𝑘𝑁


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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.5 Exercício-01
2
χ = 0,658λ0 [ λ0 ≤ 1,5 ]

0,877
χ= [ λ0 > 1,5 ]
λ20

λ0 representam a esbeltez
reduzida do elemento estru-
tural.

𝑄𝐴𝑔 𝑓𝑦
λ0 =
𝑁𝑒

1º Passo: Determinação do esforço normal resistente de cálculo

χ = 0,877Τλ2𝑜 = 0,877Τ2,0652
𝑄 ∙ 𝐴𝑔 ∙ 𝑓𝑦 1,0 ∙ 68,4 ∙ 34,5
λ0 = = = 2,065
𝑁𝑒 553,24 χ = 0,205 OBS: Deve-se calcular,
inicialmente, o fator de redução
global considerando 𝑄 = 1,00
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.5 Exercício-01
2
χ = 0,658λ0 [ λ0 ≤ 1,5 ]

0,877
χ= [ λ0 > 1,5 ]
λ20

λ0 representam a esbeltez
reduzida do elemento estru-
tural.

𝑄𝐴𝑔 𝑓𝑦
λ0 =
𝑁𝑒

1º Passo: Determinação do esforço normal resistente de cálculo

λ𝑓 = 8,12 < 0,56 𝐸 Τ𝑓𝑦 = 13,48


Não há problemas relacionados à
instabilidade local da mesa 𝑄𝑆 = 1,00
λ𝑤 = 47,63 > 1,49 𝐸 Τ𝑓𝑦 = 35,87
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1. Barras sujeitas à compressão simples


1.5 Exercício-01

20.000 0,34 20.000


𝑏𝑒𝑓 = 1,92 ∙ 0,75 ∙ 1− = 47,50 > 𝑏 = 35,7 cm
0,205 ∙ 34,5 47,63 0,205 ∙ 34,5

• Tendo em vista que a largura efetiva é maior do que a largura do elemento


(𝑏 = 35,7 cm), pode-se afirmar que não haverá redução de efetividade pela
flambagem local da alma. Pode-se afirmar que 𝑄𝑎 assume valor igual a 1,00,
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. GALPÃO INDUSTRIAL 38

1. Barras sujeitas à compressão simples


1.5 Exercício-01
2
χ = 0,658λ0 [ λ0 ≤ 1,5 ]

0,877
χ= [ λ0 > 1,5 ]
λ20

λ0 representam a esbeltez
reduzida do elemento estru-
tural.

𝑄𝐴𝑔 𝑓𝑦
λ0 =
𝑁𝑒

1º Passo: Determinação do esforço normal resistente de cálculo

𝑁𝑐,𝑅𝑑 = 𝑄 ∙ χ ∙ 𝐴𝑔 ∙ 𝑓𝑦 Τ𝛾𝛼1
𝑁𝑐,𝑅𝑑 = 439,78 kN
𝑁𝑐,𝑅𝑑 = 1,00 ∙ 0,205 ∙ 68,4 ∙ 34,5Τ1,10
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2. Barras sujeitas à flexão simples


2.1 Considerações iniciais

• Os elementos sujeitos à flexão devem atender aos requisitos descritos pelo


ELU e pelo ELS.

• A resistência à flexão de vigas pode ser afetada pela flambagem local dos
elementos que compõem a seção transversal. A flambagem lateral por torção é
um outro ponto a ser observado durante o dimensionamento.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 40

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.1 Considerações iniciais

• Na figura acima, pode-se observar o efeito da flambagem local da mesa na


ligação entre viga e pilar metálico. Este é um dos efeitos que deve ser
considerado no dimensionamento de vigas metálicas sujeitas à flexão simples.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 41

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.1 Considerações iniciais

• Uma das formas de ocorrência do Estado Limite Último (ELU) de estruturas


tubulares de aço é a “Flambagem Local da Parede”. Neste sentido, em peças
submetidas à flexão, deve-se limitar a esbeltez para evitar perda de eficiência
estrutural.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 42

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.1 Considerações iniciais

• Seções tipo I apresentam pequena rigidez numa das direções.

• Perfis laminados geralmente não apresentam perda de capacidade resistente


associada ao cisalhamento. Perfis soldados são mais susceptíveis a problemas
relacionados ao esforço cortante em função da esbeltez da alma.

• Costuma-se concentrar a área de aço em regiões mais afastadas em relação ao


eixo neutro para maior eficiência à flexão.
PROF.ALBERTO LEAL, MSc. PRÉ DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL 43

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.2 Plastificação parcial e total

• Revisando os conceitos da Resistência dos Materiais, agora no que tange à


distribuição das tensões normais em elementos submetidos à flexão simples,
sabe-se que as seções inicialmente planas permanecem planas após a
deformação.

• As tensões normais são dadas em função do momento fletor atuante, do


momento de inércia e da coordenada (y) de um ponto na seção transversal.
PROF.ALBERTO LEAL, MSc. PRÉ DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL 44

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.2 Plastificação parcial e total

• Nesse contexto, a expressão que define a tensão normal atuante num


determinado ponto da seção transversal é dada por:

𝑀∙𝑦 𝑀 ∙ 𝑦𝑚á𝑥 𝑀
𝜎= → 𝜎𝑚á𝑥 = =
𝐼 𝐼 𝑊

• No entanto, em função do comportamento dúctil do aço, admitindo a


possibilidade de grandes deformações, a distribuição de tensões num estágio
de carregamento próximo à ruptura, é bastante diferente.
PROF.ALBERTO LEAL, MSc. PRÉ DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL 45

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.2 Plastificação parcial e total
σ
𝜎𝑦

𝜀𝑦 ε
• É possível afirmar, baseado em ensaios experimentais, que os elementos de aço
submetidos à flexão simples podem alcançar níveis de tensão mais elevados.

• Neste sentido, a ruptura do aço está associada à plastificação de todos os


pontos que compõem a seção transversal.

𝑍 ∙ 𝑓𝑦
𝑀𝑚á𝑥 =
𝛾𝛼1
PROF.ALBERTO LEAL, MSc. PRÉ DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL 46

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.2 Plastificação parcial e total
σ
𝜎𝑦

𝜀𝑦 ε
• O dimensionamento das barras à flexão está diretamente ligado com os
conceitos de:

 Momento de início de plastificação My;


 Momento de plastificação total Mp;

• A figura ao lado representa o diagrama momento-curvatura de uma viga fletida,


considerando que não haja flambagem local e global.
PROF.ALBERTO LEAL, MSc. PRÉ DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL 47

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.2 Plastificação parcial e total

• O comportamento é linear até o instante que o momento fletor atinge o valor


My.

• O momento de início de plastificação não representa a capacidade resistente.

• Comportamento não linear do diagrama.


PROF.ALBERTO LEAL, MSc. PRÉ DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL 48

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.2 Plastificação parcial e total
σ
𝜎𝑦

𝜀𝑦 ε
• As fibras mais internas da seção transversal vão gradativamente
plastificando até o ponto de plastificação total da seção transversal.

• No ponto onde o momento fletor atinge a plastificação total, a seção torna-


se uma rótula plástica.

• Em seções simétricas, a Linha Neutra Elástica (LNE) e a Linha Neutra


Plástica (LNP) coincidem.
PROF.ALBERTO LEAL, MSc. PRÉ DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL 49

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.2 Plastificação parcial e total
σ
𝜎𝑦

𝜀𝑦 ε

• Em seções com diagrama de tensões retratado por (a), utiliza-se o Módulo


Resistente W, igual à razão entre o momento de 2ª ordem I e a distância
ymáx.

• Em seções com diagrama de tensões retratado por (b), utiliza-se o Módulo


Plástico Z.
PROF.ALBERTO LEAL, MSc. PRÉ DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL 50

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.2 Plastificação parcial e total
σ
𝜎𝑦

𝜀𝑦 ε
• O Módulo Plástico Z é obtido através da equação de equilíbrio de momentos na
seção transversal.

ℎ/2

෍ 𝑀 = 0 → 𝑀𝑝 = 2 න 𝑦 × 𝑓𝑦 × 𝑑𝐴
0

𝑍 = 𝐴𝑡 𝑦𝑡 + 𝐴𝑐 𝑦𝑐
PROF.ALBERTO LEAL, MSc. PRÉ DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL 51

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.2 Plastificação parcial e total
σ
𝜎𝑦

𝜀𝑦 ε
• A relação entre os momentos de início de plastificação e de plastificação total
denomina-se “Coeficiente de Forma”.

𝑀𝑝 𝑍
=
𝑀𝑦 𝑊
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 52

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.2 Plastificação parcial e total
Exercício: Para o perfil soldado da figura, calcular o coeficiente de forma para
flexão em torno do eixo de maior inércia.

1º Passo: Determinação do momento de 2ª ordem

2
88,103
𝐼𝑥 = 2 20 × 0,95 × 44,52 + 0,8 ×
12
𝐼𝑥 = 120.903 𝑐𝑚4

2º Passo: Determinação dos módulos elástico e


plástico.

𝑊 = 120.903Τ45 = 2.686,70 𝑐𝑚3

𝑍 = 2 20 × 0,95 × 44,52 + 2(0,8 × 44,052 Τ2)


𝑍 = 3.244 𝑐𝑚3
𝐶𝐹 = 3.244,00Τ2.686,70 = 1,21
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 53

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.3 Contenção Lateral Contínua
• As vigas com contenção lateral não estão
sujeitas aos efeitos da Flambagem Lateral por
Torção (FLT).

• É preciso considerar os efeitos da Flambagem


Local da Alma (FLA) e Flambagem Local da
Mesa (FLM).

• A verificação consiste, num primeiro instante,


na classificação dos elementos que compões a
seção transversal.

 Seção compacta: Atinge o momento de


plastificação total (Mp).

 Seção semicompacta: É aquela que a


flambagem local se desenvolve após o
início da plastificação My.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 54

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.3 Contenção Lateral Contínua
 Seção esbelta: É aquela onde a flambagem
local ocorre antes do início da plastificação
(My).

• As seções transversais são classificadas em


função da esbeltez, isto é, relação entre
comprimento e espessura do elemento.

• A definição de seção compacta, semicompacta ou


esbelta é dada em função de alguns limites
estabelecidos.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 55

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.3 Contenção Lateral Contínua
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 56

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.3 Contenção Lateral Contínua
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 57

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.3 Contenção Lateral Contínua

• O momento resistente de
cálculo é dado pela expressão:

𝑀𝑅𝑑 = 𝑀𝑛 Τ𝛾𝛼1

onde:

𝑀𝑛 é o momento resistente
nominal ou característico;

𝛾𝛼1 é o coeficiente de ponderação,


dado em função da combinação
de ações adotada para o ELU.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 58

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.3 Contenção Lateral Contínua
Exercício: Classificar a seção transversal dos perfis:

 Laminados: I508 x 121,2, IPE 550 x 106, W530 x 66


 Soldados: CS250 x 52, CS 650 x 305, CS 400 x 49, VS 1400 x 260
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 59

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.4 Contenção Lateral Contínua e Seção
Semicompacta
• A flambagem local provoca uma redução na
capacidade resistente dos elementos
estruturais sujeitos à flexão.

• O momento resistente nominal, referente à


FLM, para a situação limite entre as classes
semicompacta e esbelta é dado pela
expressão:

𝑀𝑛 = 𝑊𝑐 𝑓𝑦 − 𝜎𝑟 < 𝑊𝑡 𝑓𝑦
onde:

𝑊𝑐 , 𝑊𝑡 são os módulos resistentes elásticos


associados às fibras mais comprimidas e mais
tracionadas, respectivamente;

𝜎𝑟 é a tensão residual de compressão nas


mesas, definida pelo valor de 30%𝑓𝑦 .
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 60

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.4 Contenção Lateral Contínua e Seção
Semicompacta
• O momento resistente nominal, referente
à FLA, para a situação limite entre as
classes semicompacta e esbelta é dado
pela expressão:
𝑀𝑛 = 𝑊𝑓𝑦
onde:

𝑊 é o menor módulo resistente elástico da


seção transversal;

• Nas seções semicompactas, o momento


resistente nominal pode ser interpolado
linearmente pela expressão:

λ𝑏 − λ𝑝
𝑀𝑛 = 𝑀𝑝 − (𝑀 −𝑀𝑟 )
λ𝑟 − λ𝑝 𝑝
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 61

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.4 Contenção Lateral Contínua e Seção
Semicompacta
• Quando a análise estrutural é feita com base
no comportamento elástico, o momento
resistente de cálculo fica limitado a:

𝑀𝑅𝑑 < 1,50 𝑊 𝑓𝑦 /𝛾𝛼1


PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 62

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.4 Contenção Lateral Contínua e Seção
Semicompacta
Exercício: Calcular o momento resistente de projeto dos perfis a seguir.
Considerar que existe uma contenção lateral contínua.

 Perfil W530 x 66
 Perfil Soldado VS 400 x 49
 VS 1400 x 260

Perfil W530 x 66 (Compacto)

𝑀𝑅𝑑 = 𝑍𝑓𝑦 Τ𝛾𝛼1 = 1.558 × 25Τ1,10 = 35.409 𝑘𝑁. 𝑐𝑚

Perfil VS 400 x 49 (Compacto)

𝑍 = 2 × 20 × 0,95 + 2 × 19,05 × 0,63 × 9,53 = 970𝑐𝑚3

𝑀𝑅𝑑 = 𝑍𝑓𝑦 Τ𝛾𝛼1 = 970 × 25Τ1,10 = 22.045 𝑘𝑁. 𝑐𝑚


PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 63

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.4 Contenção Lateral Contínua e Seção
Semicompacta
Exercício: Calcular o momento resistente de projeto dos perfis a seguir.
Considerar que existe uma contenção lateral contínua.

Perfil VS 1400 x 260 (Semicompacto)

𝑍 = 2 × 50 × 1,60 × 69,2 + 2 × 68,402 × 1,25Τ2 = 16.920𝑐𝑚3

𝑀𝑝 = 𝑍𝑓𝑦 = 16.920 × 25 = 423.005 𝑘𝑁. 𝑐𝑚

𝑀𝑟 = 𝑊(𝑓𝑦 − 𝜎𝑟 ) = 14.756 × 25 × 0,7 = 258.230 𝑘𝑁. 𝑐𝑚

λ𝑏 − λ𝑝
𝑀𝑛 = 𝑀𝑝 − (𝑀 − 𝑀𝑟 ) ≅ 338.810 𝑘𝑁. 𝑐𝑚
λ𝑟 − λ𝑝 𝑝

𝑀𝑅𝑑 = 𝑀𝑛 Τ𝛾𝛼1 = 338.810Τ1,10 = 308.000 𝑘𝑁. 𝑐𝑚


PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 64

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.5 Contenção Lateral Contínua e Mesa
Esbelta Momento Resistente – Mesa Esbelta

• Em casos onde a viga contínua apresenta


contenção lateral contínua e que a alma
atenda ao limite para seção
semicompacta, é possível escrever o
momento resistente para mesa esbelta:

𝑀𝑅𝑑 = 𝑄𝑦 𝑓𝑦 𝑊𝑐 /𝛾𝛼1

• Mesas de perfis laminados, sabe-se que


𝑄𝑦 é dado por:
0,69𝐸
𝑄𝑦 =
𝑓𝑦 λ𝑏 2

onde λ𝑏 é a esbeltez da mesa.


PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 65

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.5 Contenção Lateral Contínua e Mesa
Esbelta Momento Resistente – Mesa Esbelta

• Mesas de perfis soldados, sabe-se que


𝑄𝑦 é dado por:
0,90𝐸𝑘𝑐
𝑄𝑦 =
𝑓𝑦 λ𝑏 2

onde λ𝑏 é a esbeltez da mesa.

4
𝑘𝑐 =
ℎ0 Τ𝑡0

0,35 ≤ 𝑘𝑐 ≤ 0,763
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 66

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.6 Contenção Lateral Contínua e Alma
Esbelta Momento Resistente – Alma Esbelta

• Em casos onde a viga contínua apresenta


contenção lateral contínua e que a mesa
atenda ao limite para seção compacta, é
possível escrever o momento resistente
para alma esbelta:

𝑀𝑅𝑑 = 𝑘 𝑓𝑦 𝑊𝑐 /𝛾𝛼1
𝑀𝑅𝑑 = 𝑓𝑦 𝑊𝑡 /𝛾𝛼1

onde 𝑘 é o coeficiente de redução decorrente


da flambagem da alma sob tensões normais
de flexão.
𝑎𝑟 ℎ𝑐 𝐸
𝑘 =1− − 5,7
1200 + 300𝑎𝑟 𝑡0 𝑓𝑦
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 67

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.6 Contenção Lateral Contínua e Alma
Esbelta
Momento Resistente – Alma Esbelta

sendo 𝑎𝑐 é a razão entre as áreas da alma e da


mesa comprimida (menor ou igual a 10).

ℎ𝑐 é o dobro da distância entre o centro


geométrico da seção e a face interna da mesa
comprimida.

• A flambagem da alma provoca uma


transferência para a mesa comprimida,
reduzindo o momento resistente.

• A esbeltez da alma da alma deve respeitar o


limite a seguir:
𝐸 ℎ0 ℎ0
5,7 < < ( )𝑚á𝑥
𝑓𝑦 𝑡0 𝑡0
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 68

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.6 Contenção Lateral Contínua e Alma
Esbelta
Exercício: Calcular os momentos resistentes de
projeto para a viga soldada tipo I, com contenção
lateral contínua. Sabe-se que o aço é do tipo
MR250.

1º Passo: Classificação do perfil quanto à flambagem


local.

0,5𝑏𝑓
 Mesa compacta: λ𝑏 = = 10,5 < 10,7
𝑡𝑓

ℎ𝑤
 Alma esbelta: λ𝑏 = = 176
𝑡0
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 69

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.6 Contenção Lateral Contínua e Alma
Esbelta
2º Passo: Determinação das características
geométricas.

 Área: 𝐴 = 77,3 𝑐𝑚2

 Distância 𝑦𝑡 = 42,2 cm

 Momento 2ª ordem (𝐼𝑥 )= 93.811,6 𝑐𝑚4

 Módulo elástico (𝑊𝑐 ) = 2.223,0 𝑐𝑚3

 Módulo elástico (𝑊𝑡 ) = 1.962,5 𝑐𝑚3

 Módulo plástico 𝑍 = 2.441 𝑐𝑚3


PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 70

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.6 Contenção Lateral Contínua e Alma
Esbelta
3º Passo: Determinação das características
geométricas.

88,1 × 0,5
𝑎𝑟 = = 2,32
20 × 0,95

ℎ𝑐 = 2 × 42,2 − 0,95 = 82,50 𝑐𝑚


2,32 200.000
𝑘 =1− (165 − 5,7 ) ≅ 1,0
1200 + 300 × 2,32 250

𝑀𝑛 = 2223,0 × 1,0 × 25 = 55.575 𝑘𝑁. 𝑐𝑚

𝑀𝑛 = 1962,5 × 25 = 49.062 𝑘𝑁. 𝑐𝑚

𝑀𝑅𝑑 = 490,6/1,10 = 4.460 𝑘𝑁. 𝑐𝑚


PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 71

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.7 Contenção Lateral Contínua
com Mesa e Alma Esbeltas
• O momento fletor resistente de vigas com mesa e
alma esbeltas deve levar em consideração um
acoplamento existente entre os dois modos de
flambagem.

• É possível obter uma expressão no Anexo H da


norma brasileira ABNT NBR 8800:2008.

• Em casos onde a mesa é classificada como


semicompacta (λ𝑝 < λ ≤ λ𝑟 ), por exemplo, sabe-se
que:

1 λ − λ𝑝
𝑀𝑅𝑑 = 𝑘 1 − 0,3 𝑊𝑓𝑦
𝛾𝛼1 λ𝑟 − λ 𝑝
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 72

2. Barras sujeitas à flexão simples


2.7 Contenção Lateral Contínua
com Mesa e Alma Esbeltas
• Em casos onde a mesa é classificada como
esbelta (λ > λ𝑟 ), é possível escrever o momento
resistente da seguinte forma:

1 0,90 𝑘 𝐸 𝑘𝑐 𝑊
𝑀𝑅𝑑 =
𝛾𝛼1 λ2

Onde o coeficiente 𝑘𝑐 é o mesmo apresentado no


subitem 5.6, referente às mesas esbeltas:

4
𝑘𝑐 =
ℎ0 Τ𝑡0

0,35 ≤ 𝑘𝑐 ≤ 0,763
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 73

3. Pré dimensionamento – Vigas


3.1 Considerações iniciais
7.500mm
7.500mm

• As vigas são elementos estruturais de barras e, geralmente, estão solicitadas à


flexão simples.

• A especificação das vigas depende da avaliação do Estado Limite Último (ELU) e


do Estado Limite de Serviço (ELS).
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 74

3. Pré dimensionamento – Vigas


3.1 Considerações iniciais
7.500mm
7.500mm

• As vigas metálicas, em virtude da elevada capacidade resistente, são bastante


susceptíveis ao Estado Limite de Serviço – Deslocamentos Excessivos (ELS-DE)
e Estado Limite de Serviço – Vibrações Excessivas (ELS-VE).
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 75

3. Pré dimensionamento – Vigas


3.1 Considerações iniciais
7.500mm
7.500mm

• O pré dimensionamento pode ser feito a partir de três verificações:

 Ábacos para pré dimensionamento – Yopanan Rebello;


 Estado Limite de Serviço – Deslocamentos Excessivos;
 Estado Limite Último – Plastificação total da seção transversal;
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 76

3. Pré dimensionamento – Vigas


3.2 Ábacos Yopanan Rebello

• Os ábacos de pré dimensionamento de vigas metálicas recomendados por


Yopanan Rebello são dados em função do vão livre do elemento estrutural.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 77

3. Pré dimensionamento – Vigas


3.2 Ábacos Yopanan Rebello

• No caso das vigas, a variável mais importante é o vão livre. Pode-se observar na
figura acima descrita que, para vãos de 9 metros, é preciso uma altura de viga
entre 0,40 e 0,70 m.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 78

3. Pré dimensionamento – Vigas


3.2 Ábacos Yopanan Rebello

• O ábaco retratado no slide anterior refere-se às vigas de alma cheia. Aplicações


para tais elementos estruturais nas construções são os mezaninos.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 79

3. Pré dimensionamento – Vigas


3.2 Ábacos Yopanan Rebello

• O ábaco acima refere-se às vigas tipo vierendeel. A característica principal


deste tipo de elemento é a região central vazada, adequada para passagens de
tubulações e redução do consumo de material.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 80

3. Pré dimensionamento – Vigas


3.2 Ábacos Yopanan Rebello

• As vigas vierendeel têm uma ampla gama de aplicação na Engenharia


Estrutural. Tais elementos estruturais assemelham-se às vigas treliçadas,
porém não apresentam diagonais entre os montantes.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 81

3. Pré dimensionamento – Vigas


3.2 Ábacos Yopanan Rebello

• As vigas vierendeel representam uma ótima solução para grandes vãos em


balanço, em função da leveza e eficiência à flexão do sistema estrutural.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 82

3. Pré dimensionamento – Vigas


3.2 Ábacos Yopanan Rebello

• A solução acima descrita pode ser viabilizada por sistema construtivo em vigas
vierendeel ou ainda através treliças laterais. De todo modo, cuidados especiais
devem ser tomados para evitar ocorrência de deslocamentos e/ou vibrações
excessivas.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 83

3. Pré dimensionamento – Vigas


3.2 Ábacos Yopanan Rebello
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 84

3. Pré dimensionamento – Vigas


3.2 Ábacos Yopanan Rebello

• O sistema construtivo treliçada é uma alternativa, conforme mencionado


anteriormente, para soluções com grandes vãos em balanço. É possível ainda
aproveitar a estrutura aparente para garantir uma estética interessante ao
projeto arquitetônico.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 85

3. Pré dimensionamento – Vigas


3.2 Ábacos Yopanan Rebello

• As vigas treliçadas têm aplicações em construções do tipo passarela. O sistema


construtivo tridimensional permite a passagem de pedestres por “dentro” da
treliça metálica.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 86

3. Pré dimensionamento – Vigas


3.3 Estado Limite de Serviço
7.500mm
7.500mm

• O pré dimensionamento baseado no Estado Limite de Serviço consiste na


avaliação do deslocamento máximo admissível dos elementos estruturais.

• Uma vez conhecido o limite máximo, pode-se determinar o momento de inércia


necessário.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 87

3. Pré dimensionamento – Vigas


3.3 Estado Limite de Serviço
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 88

3. Pré dimensionamento – Vigas


3.3 Estado Limite de Serviço
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 89

3. Pré dimensionamento – Vigas


3.3 Estado Limite de Serviço
7.500mm
7.500mm

• No caso de vigas de pisos, é comum limitar os deslocamentos máximos a um


valor L/350.

• A combinação dos carregamentos atuantes a ser adotada é quase permanente.


Neste caso, as ações permanentes têm seus valores característicos e a ação
variável, por sua vez, tem seu valor “quase permanente”.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 90

3. Pré dimensionamento – Vigas


3.4 Exercícios
7.500mm
7.500mm

• Adotando o pavimento acima descrito, pede-se que determine o perfil


necessário para efeito de pré dimensionamento, sabendo que a ação
permanente (peso próprio + revestimento) e a ação variável valem,
respectivamente, 1,0 kN/m2 e 2,0 kN/m2.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 91

3. Pré dimensionamento – Vigas


3.4 Exercícios
7.500mm
7.500mm

1º Passo: Determinação do carregamento uniformemente distribuído através do


conceito de área de influência.

Combinação Quase Permanente: 𝐴𝑃 + 0,4𝐴𝑉 = 1,0 + 0,4 × 2,0 = 1,8 𝑘𝑁/𝑚2

Carregamento uniforme: 𝑞 = 1,8 × 1,25 = 2,25 𝑘𝑁/𝑚


PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 92

3. Pré dimensionamento – Vigas


3.4 Exercícios

2º Passo: Determinação do momento de inércia necessário.

5 ∙ 𝑞 ∙ 𝐿4
𝛿=
384 ∙ 𝐸 ∙ 𝐼
• Perfil W250x17,9
5 ∙ (0,0225) ∙ (7504 )
𝐼𝑛𝑒𝑐 = = 2.163 𝑐𝑚4 • Peso: 17,9 kg/m
384 ∙ 20000 ∙ (750Τ350)
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS DE AÇO 93

Referências bibliográficas
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS (ABNT). NBR 8800 – Projetos de 2kN
estruturas de aço e de estruturas mistas de
aço e concreto de edifícios. 2008. V
M
• Pfeil, Walter. Estruturas de aço: N
dimensionamento prático / Walter Pfeil,
Michèle Pfeil – 8ed. Rio de Janeiro, 2009.

2kN
• Bellei, Ildony Hélio. Edifícios industriais em
aço. 2ed. São Paulo : Pini, 1998.

3m 3m

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