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1.3 Justificativa
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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Público: são aqueles originados nos serviços de limpeza urbana, como restos
de poda e produtos da varrição das áreas públicas, limpeza de praias e galerias
pluviais, resíduos das feiras livres e outros. (1).
Industrial: são os resíduos resultantes dos processos industriais. O tipo de lixo
varia de acordo com o ramo de atividade da indústria. Nessa categoria está a
maior parte dos materiais considerados perigosos ou tóxicos; (1).
Agrícola: resulta das atividades de agricultura e pecuária. É constituído por
embalagens de agrotóxicos, rações, adubos, restos de colheita, dejetos da
criação de animais etc.. (1).
Entulho: restos da construção civil, reformas, demolições, solos de escavações
etc.. (1).
De serviços de saúde: resíduos provenientes de hospitais, clínicas médicas ou
odontológicas, laboratórios, farmácias etc.. É potencialmente perigoso, pois
pode conter materiais contaminados com agentes biológicos ou perigosos,
produtos químicos e quimioterápicos, agulhas, seringas, lâminas, ampolas de
vidro, brocas etc.. (1).
Como previamente citado, os resíduos sólidos provenientes da área de saúde
são classificados como potencialmente perigosos. Eles são subdivididos em cinco
grupos:
Lixões: São áreas a céu aberto, geralmente localizadas nas periferias das
cidades aonde são jogadas diversas toneladas de lixo coletado das principais
categorias de resíduos sólidos. (2).
Aterros sanitários: Estes são instalações apropriadas para receber os resíduos
sólidos, fazendo a compactação do mesmo, podendo ser aterrado no solo ou
somente depositado acima do mesmo. (2).
Compostagem: Esse processo consiste em transformar a matéria orgânica que
compõe o lixo em adubo orgânico. Com a criação desse adubo vindo dos
resíduos sólidos, a compostagem é um tratamento que gera renda, sendo mais
utilizada em área rural, (2) Abaixo um exemplo da compostagem:
Figura 2: Incineração
Fonte: < http://meioambiente.culturamix.com/lixo/tratamento-do-lixo >
Figura 3: Triturador
Fonte: < Rufino Equipamentos Industriais >
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O triturador não se aplica exclusivamente no tratamento de RSS, ele é
comumente usado para triturar lixo orgânico em cozinhas residenciais e industriais,
como método de redução/reutilização de resíduos sólidos na construção civil,
chegando a ser utilizado até na indústria de artesanato triturando restos de galho e
coco e gerando matéria prima. É considerado por muitos a solução do lixo produzido
em residências evitando o entupimento dos esgotos e diminuindo a poluição nos
lugares onde são despejados.
Os trituradores de alimentos que são instalados em pias de cozinha começaram
a se popularizar por oferecerem uma solução de destinação prática e sustentável para
restos de alimentos (verduras, legumes, frutas, pequenos ossos de galinha, entre
outros). Ao triturar um material orgânico, evita-se que, com a destinação normal, ele
apodreça em aterros sanitários e libere gás metano (o que aumenta o efeito
estufa). (10).
Esse tipo de maquinário é bem aplicado para resíduos de construção civil e
resíduos agrícolas, devido à quantidade de lixo produzido nesses ambientes. No caso
dos resíduos agrícolas ele pode ser usado, por exemplo, para a trituração de galhos.
Existem modelos que trabalham acoplados a tratores para que outros tipos de
resíduos consigam ser triturados com sucesso, como tudo o que sempre sobra e não
é aproveitado após uma plantação. (11).
Já na área civil o produto tem como finalidade triturar fragmentos que acabaram
sobrando ou que ficaram para trás em meio à obra. Por exemplo: é possível colocar
restos de cerâmica, pedaços de vigas, ferros, blocos de cimento, entre outras coisas.
O resultado desta trituração será inteiramente reaproveitado dentro da construção, ou
seja, é uma alternativa sustentável. Caso toda essa sobra de materiais não seja
reaproveitada, os restos vão diretamente para o lixo. (11)
É pelos seus benefícios que foi feita a escolha do projeto triturador de RSS. Um
plano que pode amenizar os problemas de todo o lixo da área de saúde, evitando que
ele cause a proliferação de doenças.
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SHIGLEY (2005) ainda acrescenta que a partir do seu projeto, uma máquina,
além de ser funcional segura e confiável, também deve ser manufaturável, competitiva
e mercável. Para isso, o produto deve atender as expectativas dos consumidores, não
deve oferecer perigo aos usuários, não deve falhar, deve ser forte em seu nicho de
mercado, deve ser adequado à produção em massa, deve estar à venda e ter
assistência técnica disponível.
As partes envolvidas durante um projeto devem estar sempre iteradas, para
proporcionar um ciclo completo de entrada, análise, gerenciamento e realimentação
dos processos como mostra a figura 4. Neste ciclo, uma decisão tomada nas etapas
preliminares pode afetar um ponto específico em etapas posteriores, estes resultados
são analisados e muitas vezes é necessário retornar a etapas preliminares do projeto,
até que se chegue à apresentação final do produto (SHIGLEY, 2005).
Um projeto tem início quando alguém identifica uma necessidade e decide fazer
algo a respeito. Esta necessidade muitas vezes não é evidente e é identificada através
de uma circunstância particular ou um conjunto de circunstâncias aleatórias
(SHIGLEY, 2005).
Após essa identificação, molda-se o projeto de acordo com as características
desejadas, dentro de limitações exigidas por processos de produção, investimento
disponível, preço final desejado, leis e normas técnicas e regulamentadoras a serem
seguidas (SHIGLEY, 2005).
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2.3.1 Mancais e Rolamentos
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e rotação do sistema, consequentemente aumentando o torque transmitido.
(SHIGLEY, 2005)
𝑀𝑡
𝑃 = (3)
ƞ
2.4.2 Disjuntor
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2.4.4 Módulo Relé
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2.5 Conjunto Eletrônico
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2.5.3 Sensor de Efeito Hall
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3 ESTUDO DE CASO
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Figura 14: Faca renderizada em SolidWorks.
Fonte: Próprios Autores
3.1.2 Área de corte total
A área total de corte é a área de corte da faca multiplicada pela quantidade de
facas no triturador, este cálculo pode ser obtido através da fórmula:
𝐴𝑡 = 𝐴. 𝑛𝐹
Onde “At” é a área total de corte em milímetros quadrados, “A” é a área de corte
das facas também em milímetro quadrados e “nF” é a quantidade de facas.
A = 107,1 mm²;
nF = 20 unidades (valor proposto);
At = 2142 mm².
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3.1.3 Cilindros
Os cilindros foram escolhidos pelos próprios autores visando a facilidade de
posicionar as facas em 3 posições sem a necessidade de haver travamento por
chaveta, foram selecionadas duas barras sextavadas de 1.5/16” baseado na tabela.
3.1.5 Mancais
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Figura 18: Dimensões do Mancal F205 - BRM
Fonte: < http://rolautorolamentos.loja-segura.com/Produto-Mancais-Mancal-F-Mancal-Tipo-
Flange-F205---BRM-versao-361-401.aspx >, 2017.
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3.1.6 Rolamentos
O tempo de vida de cada rolamento (Lh) é dado em horas de funcionamento e
é calculado através da multiplicação do fator de forças dinâmicas (FL) ao cubo por
quinhentos.
𝐿ℎ = (𝐹𝑙)3 . 500
Lh = vida do rolamento em horas de funcionamento
FL = 53 (tabelado);
500 = constante;
Lh = 62.500 horas.
3.1.7 Engrenagens
Engrenagens são elementos mecânicos compostos de rodas dentadas que se
ligam a eixos, aos quais imprimem rotação e torque, transmitindo assim potência.
Para transmitir movimento uniforme e contínuo, as superfícies de contato da
engrenagem foram cuidadosamente moldadas no SolidWorks, de acordo com um
perfil específico (engrenagens de dentes retos). Se a roda menor do par (o pinhão)
está no eixo motor, o trem de engrenagem atua de maneira a reduzir a velocidade e
aumentar o torque, se a roda maior está no eixo motor, o trem atua como um
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acelerador da velocidade e redutor do torque. Neste projeto adequou-se um motor de
baixa rotação com redução embutida (Motoredutor SEW - WA20DZ71D4 - 0,37KW
70Rpm), logo, não houve necessidade de reduzir ou elevar a rotação dos eixos de
trituração em relação ao eixo do acoplamento ao motor.
3.1.8 Parafusos
Para a fixação do motor e seus suportes, foram definidos parafusos M8 12,9,
onde o M se refere a medida métrica, o 12 significa o diâmetro do parafuso em mm, e
12,9 é a classe de resistência do parafuso. Segundo a teoria de Tresca, a máxima
tensão cisalhante deste parafuso será de 550 MPa, a partir disso, selecionamos um
parafuso M10 12,9 para a fixação do redutor, enquanto que os parafusos fixadores
dos mancais são M3 5,5. Respectivamente, esses parafusos também possuem uma
tensão máxima cisalhante de 550MPa e 90MPa. Já parafusos de fixação do painel
elétrico são M4 4,8 e possuem uma tensão máxima cisalhante de 120 MPa.
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Figura 21: Parafuso do acoplamento renderizado no SolidWorks.
Fonte: Próprios Autores
3.1.9 Esteiras
Figura 24: Quatro vistas da mesa de suporte com silo inferior acoplado em CAD.
Fonte: Próprios Autores
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3.2 Circuito de Comando da esteira
O circuito de comando alimenta todo o conjunto que aciona os motores
elétricos. Este circuito está protegido por um disjuntor D1, com um botão desliga B0
para todo o circuito caso necessário. Tanto o sensor S1 quanto os botões B1 e B3 são
responsáveis pela ligação das bobinas dos motores K1 E K2 das esteiras
respectivamente. Quando as bobinas dos motores K1 e K2 são ligadas,
automaticamente acendem as lâmpadas de sinalização de funcionamento H1 e H3,
respectivamente.
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Figura 26: Circuito de Comando do Triturador
Fonte: Próprios Autores
3.4 Caixa de comando
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento deste produto é de grande importância no cenário atual
diante a preocupação com o meio ambiente e desempenha uma função essencial no
tratamento e diminuição de resíduos além da segurança de quem manipula o RSS.
Embora este projeto não seja economicamente viável para ser comercializado
quando produzido em baixa escala, analisando em uma perspectiva de produção em
série o projeto pode vir a ser viável.
Durante as fases de projeção em CAD e memorial de cálculo foram
encontradas alguns problemas que puderam ser corrigidos como a dificuldade em
relação a manuseio de forma mais técnica do programa SolidWorks e
dimensionamento de alguns componentes como o mancal. O alinhamento e fixação
dos eixos e facas foram essenciais para a possibilidade do projeto vir a ser construído
no futuro.
Se forem adicionadas mais facas ou uma maior quantidade de dentes nas
mesmas atuais, desde que haja também uma alteração equivalente na rotação e
substituição do conjunto motor e redutor, este projeto será capaz de aplicação em
maiores escalas, podendo atender indústrias, comércios ou até mesmo conjuntos
residenciais.
O objetivo de calcular e projetar o triturador assim como a interação com o
conjunto de esteiras foi alcançado, através dos cálculos pode-se acreditar que o
triturador tem a capacidade de reduzir o espaço consumido pelo RSS sem tratamento
como planejado, percebeu-se que, apesar do foco deste projeto ser o trituramento dos
resíduos sólidos oriundos da área de saúde, o funcionamento do triturador não é
exclusivo desta área, aumentando assim a expectativa dos autores com a
possibilidade de aplicação voltada também para a reciclagem.
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REFERÊNCIAS
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MANOMETRO COM SENSOR HALL. CIRCUITOS INTEGRADOS. Disponível em:
<https://eletronicos.mercadolivre.com.br/pecas-componentes-eletricos/circuitos-
integrados/manometro-com-sensor-hall>. Acesso em: 11 nov. 2017. (9)
DAVIS, S. R. C++ PARA LEIGOS. 7° Ed. Rio de Janeiro: Alta Books Editora,
2016. 2p.
DAVIS, S. R. C++ PARA LEIGOS. 7° Ed. Rio de Janeiro: Alta Books Editora,
2016.
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CATALOGO. MINAS MECANICA. Disponível em:
<http://www.minasmecanica.com.br/catalogo/cat_nmplus_web.pdf>, Acesso em: 11
nov. 2017.
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APÊNDICES, ANEXOS, GLOSSÁRIO, ÍNDICES
𝜔 = 𝛥𝜑 / 𝛥𝑡
ω = velocidade angular (rad/s);
Δφ = variação angular (rad);
Δt = variação de tempo (s);
Período
𝑇 = 2𝜋/𝜔
T = período (s);
ω = velocidade angular (rad/s);
π = constante trigonométrica;
T= 2 π / (2/3 π);
T= 3 s.
Frequência
𝑓 = 1/𝑇
f = frequência (Hz);
T = período;
f = 1/3 Hz.
Rotação
𝑛 = 60. 𝑓
n = rotação (rpm);
f = frequência (Hz);
n = 60 x 1/3 Hz;
n = 20 rpm.
Área de corte
𝐴 = 𝑃. 𝑒
A = área de corte das facas (mm²);
P = perímetro das facas (mm);
e = espessura do material (mm);
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P = 35,7mm (valor proposto);
e = 3 mm (espessura do maior ponto de corte);
A = 35,7 x 3;
A = 107,1 mm²
𝐴𝑡 = 𝐴 . 𝑛𝐹
At = Área total de corte (mm²);
A = área de corte das facas (mm²);
nF = Quantidade de facas;
A = 107,1 mm²;
nF = 20 unidades (valor proposto);
At = 2142 mm².
Carga aplicada
𝐹 = 𝑇𝑡𝑟𝑎𝑏 . 𝐴
F = força aplicada (Kgf);
Ttrab = tensão de trabalho (Kgf/cm²);
A = área(cm²);
Ttrab = 25 Mpa = 254,93 Kgf/cm² (tabela para plásticos);
F = 254,93 x 21,42;
F = 5460 Kgf;
F = 5460 Kgf . 9,8 = 53508N.
𝑀𝑡 = 𝐹 . 𝑟
Mt = momento torsor (Nm);
F = força (N);
r = raio (m);
r = 0,12 m (proposto);
Mt = 53508N x 0,12 m;
Mt = 6420 Nm.
𝑖 = 𝑀𝑡 𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 / 𝑀𝑡 𝑟𝑒𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟
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Rendimento
ƞ = 𝑟𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 Ƞ = 𝑒1 . Ƞ 𝑚1 . Ƞ 𝑒2 . Ƞ 𝑒3 . Ƞ 𝑚4 . Ƞ 𝑒4 Ƞ
𝑃 = 𝑀𝑡 / Ƞ
P = Potência (w);
Mt = Momento torsor (Nm);
Ƞ = rendimento P = Mt / Ƞ;
P = 80,25 / 0,89;
P = 90 w (Definido motor de 3/4 cv).
Dimensionamento do acoplamento
𝑀𝑡 = 716,2 . 𝑁/𝑛
Mt = momento torsor;
N= potência a transmitir;
N = rotação Mt = 716,2 x (0,75 / 1700);
Mt = 0,033 kgfm.
F1 = 1,75 (trituradores);
F2 = 1,00 (funcionamento de até 16 horas);
F3 = 1,30 (20 a 40 partidas por hora);
F4 = 1,00 (temperatura ambiente inferior a 75°C);
Fs = 1,75 x 1,00 x 1,30 x 1,00;
Fs = 2,275.
Torque no acoplamento
Fs = fator de serviço;
Mt = momento torsor Mta = 2,275 x 0,033;
Mta = 0,075 kgf.m.
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Vida útil dos rolamentos
𝐿ℎ = (𝐹𝐿)3 . 500
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APÊNDICE B – PROGRAMAÇÃO DO PROJETO
int ledverde = 6;
int ledvermelho = 7;
int pinoSensor = 4;
int pinoSensor2 = 3;
int esteira_h = 5; //sentido horario
int esteira_ah = 8; //sentido anti horario
//Inicia o sensor em estado 0, ou seja desligado.
int iniciaSensor = 0;
int iniciaSensor2 = 0;
int sensorHall;
int valorAnt;
unsigned long timer = 0;
boolean sentido = false;
void setup() {
Serial.begin(9600);
pinMode(ledvermelho, OUTPUT);
pinMode(ledverde, OUTPUT);
pinMode(esteira_h, OUTPUT);
pinMode(esteira_ah, OUTPUT);
Serial.print("Calibrando o sensor...");
for (int i = 0; i < calibracao; i++) {
Serial.print(".");
delay(1000);
}
Serial.println("Sensor Ativado");
delay(500);
}
void loop() {
//A cada ciclo, ele faz uma nova leitura do estado do sensor de presença
iniciaSensor = digitalRead(pinoSensor);
iniciaSensor2 = digitalRead(pinoSensor2);
if (sensorHall != valorAnt) {
valorAnt = sensorHall; //adota valor anterior igual ao atual
timer = millis(); // reinicia contador
}
if ((millis() - timer >= 1000)) {
sentido = !sentido; //inverte sentido
}
if (sentido == true) {
alarme_on1(); //liga sentido horario
}
if (sentido == false) {
alarme_on2(); //liga sentido horario
}
}
else {
alarme_off(); //desliga
}
}
digitalWrite(ledvermelho, HIGH);
digitalWrite(esteira_ah, LOW);
delay(100);
digitalWrite(esteira_h, HIGH);
digitalWrite(ledverde, LOW);
}
void alarme_on2() { //Função que ativa o alarme - Detectou presença, o LED
Vermelho fica acende
//E o LED VERDE apaga.
digitalWrite(ledvermelho, HIGH);
digitalWrite(esteira_h, LOW);
delay(100);
digitalWrite(esteira_ah, HIGH);
digitalWrite(ledverde, LOW);
}
void alarme_off() { //Função que desativa o alarme - N foi detectado presença, o
LED Vermelho apaga
//E o LED VERDE acende.
delay(60000);
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digitalWrite(ledvermelho, LOW);
digitalWrite(esteira_h, LOW);
digitalWrite(esteira_ah, LOW);
digitalWrite(ledverde, HIGH);
}
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APÊNDICE C – PROJETO TÉCNICO
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