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2º FASCÍCULO Autor: Profº Carlos Alberto Carielo

2.0
Eletricidade Básica

Eletricidade – É a designação comum dada aos fenômenos, em que estão envolvidas cargas elétricas em
repouso ou em movimento.

Fenômenos elétricos – São considerados fenômenos elétricos todos, aqueles que envolvem cargas elétricas
em repouso ou em movimento. As cargas em movimento são usualmente os elétrons. A importância da
eletricidade advém essencialmente da possibilidade de se transformar a energia da corrente elétrica em outra
forma de energia, quer seja mecânica, térmica, luminosa ou outras quaisquer.

Classificação dos materiais encontrados na natureza – Podemos dividir os materiais em três grupos
distintos:

Condutores – A sua principal característica é a sua capacidade de conduzir corrente elétrica de um átomo para
outro, através dos elétrons livres.
Ex.: Os metais

Isolantes – Nos materiais isolantes, não há praticamente deslocamento de cargas elétricas.


Ex.: Borracha, o Vidro, o fenolite.

Semicondutores – São aqueles que apresentam simultaneamente características dos isolantes e dos
condutores.

Ex.: O Silício e o Germânio são materiais, os quais são encontrados na natureza.

Obs.: Quando adicionamos certas substâncias a um semicondutor, suas propriedades elétricas


sofrem profundas alterações, o que torna os semicondutores com características especiais.

Ex.: Os diodos e transistores são exemplos desse processo utilizado nos semicondutores, com a finalidade de
obter esses componentes eletrônicos

EX.: O microprocessador Pentium 4 possui no seu interior mais de 8 milhões de transistores.

As memórias eletrônicas, os circuitos


integrados, chipset, e os processadores do
PC são formados por transistores. Veja o
exemplo das memórias eletrônicas, usadas
nos computadores. A memória ROM BIOS,
a memória RAM, a memória Cachê, a
memória CMOS.
Vtcpukuvqtgu TQO"DKQU
Obs.: O transistor foi eleito como a maior
invenção do século XX.

Atenção: O transistor tem a função de Hki03 Ogoôtkc"TCO


amplificar os sinais elétricos, regular a
corrente elétrica, e pode também trabalhar como chave eletrônica de comutação rápida.

Obs.: As memórias eletrônicas são formadas no seu interior por transistores , capacitores e diodos.

As memórias de massa utilizam um material para guardar as informações, por exemplo:

a) fita magnética / b) a mídia do CD, DVD ou HD. Podemos citar alguns exemplos de equipamento
eletrônico, que funcionam como memória de massa.

a) HD / b) DVD / c) CD

Defeitos: O calor é responsável por vários problemas no computador. O motivo deve-se ao fato, que os
semicondutores quando estão aquecendo ou recebendo calor além do normal, não funcionam corretamente.

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Tensão Elétrica

A tensão elétrica – É a diferença de potencial elétrico (DDP) entre dois pontos de um circuito.

A unidade de medida da tensão elétrica é o Volt , indicada pela letra (V).

Como múltiplo temos Kvolts = KV Como submúltiplos temos:


a) Kilovolts = 1 KV = 10³V = 1000V a) Milivolts (mV) = 10-3 V = 0, 001V
2 KV = 2 x 10³ = 2000V

b) Megavolts MV = 106V = 1000000V b) Microvolts ( µ V) = 10-6 V = 0, 000001V

Explicação: Como já estudamos anteriormente, a tensão elétrica pode ser do tipo alternada ou contínua e o
instrumento específico para medir a tensão elétrica é o voltímetro, o qual está inserido no multiteste, o qual é
também chamado de multímetro.

Os equipamentos eletrônicos conforme já foi explicado, necessitam de uma tensão contínua “pura”,
para que funcionem corretamente. Isso deve-se ao fato, que os transistores só funcionam corretamente, com
uma tensão contínua. Sendo assim, podemos obter uma tensão contínua de duas maneiras, são elas:

a) Retificando a tensão alternada, a qual existe na rede elétrica residencial, comercial ou industrial.

b) Através de processo químico.

Você deve saber, que a tensão alternada senoidal com a freqüência de 60Hz quando é retificada por
meio de diodos retificadores e depois filtrada e armazenada através de capacitores, irá transforma-se, em uma
tensão contínua “pura”, a qual não varia de valor nem sentido com o tempo. Essa tensão contínua obtida por
esse processo de (retificação e filtragem) não é 100% perfeita, contudo os equipamentos funcionam
normalmente. Já a tensão contínua obtida por processo químico, é 100% perfeita.

Na tensão alternada, vamos verificar a existência de ruídos elétricos, interferências e transientes.

Ex.: As tensões contínuas obtidas na saída da fonte dos computadores, serão encontradas nos fios amarelo com
(+12 v), no fio vermelho com (+5V), no fio azul com (-12V), no fio branco com (-5V), e o fio laranja da fonte
ATX com (3,3V).

Obs.: Veja na Fig.2, os dois capacitores de filtro, mais a ponte retificadora, a qual possui
internamente os diodos retificadores.

Ex.: As baterias. Nos computadores, mais especificamente na placa mãe do mesmo, encontramos uma bateria
que alimenta a memória CMOS, a qual guarda a configuração dos dados do PC. Fig.2

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Corrente Elétrica

A corrente elétrica – É o movimento ordenado do fluxo de elétrons no condutor, isso só irá existir em um
circuito fechado, quando esse é submetido a uma diferença de potencial elétrico, nesse momento passa a gerar
um campo magnético e calor nesse condutor.

A unidade de medida da corrente elétrica é o Ampère, indicada pela letra (A).

Como múltiplo temos: Como submúltiplo temos:


a) Kiloampère 1KA = 10³A = 1000A a) Miliampère (mA) = 10-3A = 0,001A

b) Megaampère 1MA = 106A = 1000000A b) Microampère ( µ A) = 10-6A = 0, 000001A

A corrente elétrica pode ser:

1 - Corrente alternada – É aquela cuja intensidade, valor e sentido variam com o tempo.

Ex.: A tensão da rede elétrica é do tipo alternada senoidal. A tensão alternada também é obtida por meio de
um microfone, quando submetido a um sinal sonoro, mas essa não será senoidal.

Obs.: Os multímetros utilizam as siglas (ACA ou A~ ), para informar ao usuário, as escalas de


medidas para a corrente alternada.

2 - Corrente contínua – É aquela cuja intensidade de corrente é constante, nunca invertendo o sentido. Sigla
(DCA, Dcma, A … ).

Obs.: Os multímetros utilizam as siglas (DCA, Dcma, A ...), para informar ao usuário, as escalas de
medidas para a corrente continua.

Obs.: o instrumento específico para medir corrente elétrica, é o amperímetro.

Você agora irá conhecer os dois equipamentos mais utilizados para medir uma corrente elétrica são eles:

a) Alicate amperímetro. Veja Fig. 3 b) O amperímetro de linha. Veja a Fig. 3A

Hki05

Corgtîogvtq

Atenção: Quando compramos uma fonte do PC original, a mesma vem selecionada para trabalhar com 110
volts, nesse caso o fusível interno é de 5, 6, 7 ou 8 ampères, esses valores tem relação direta com a potência
da fonte. A qual é dada em Watts. Veja a Fig. 4 e 5.

Quando desejamos trabalhar com o computador em 220 v, o correto é substituir o fusível original de
5A, 6A, 7A ou 8A por um de 2,5A, 3A ou 4A, já que a fonte irá trabalhar com 220volts.

Obs.: Quanto maior a potência da fonte, maior será a capacidade em ampères desse fusível, que
será usado nessa fonte.

A corrente elétrica poderá ser contínua ou alternada, dependendo da tensão que o circuito está sendo
alimentado. Quando você desejar medir uma corrente alternada ou continua de alto valor, você deve usar um
equipamento chamado de alicate amperímetro, porque você estará bem protegido contra o risco de choque
elétrico perigoso.

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Quando você desejar medir uma corrente contínua ou alternada em um circuito, o qual consome
uma baixa corrente, você deve abrir esse circuito e usar um amperímetro de linha, selecionando o mesmo para
medir uma corrente contínua (DcmA), ou uma corrente alternada (ACA).

Obs.: Utilizando um amperímetro de linha, você deve ter muito cuidado.

Conclusão: Quando um circuito é alimentado por uma tensão alternada, a corrente elétrica nessecircuito será
alternada. Quando um circuito é alimentado por uma tensão contínua, a corrente elétrica nesse circuito será
contínua. Dessa maneira, você poderá saber o tipo de corrente elétrica que está presente no circuito, o qual
você deseja medir.

Hki06 Hki07

Hwuîxgn

Fonte original de 300W Fusível de 6A da fonte original "

"
Potência Elétrica

A potência elétrica – É o trabalho realizado pelas cargas elétricas.

A unidade de medida da potência elétrica é o Watt = indicada PE,la letra (W).

Como múltiplo temos Como submúltiplo temos


Kwatts = Kw 1000W = 103 W Miliwatts = mW 0,001W = 10-3 W
Megawatts = Mw 1000000W = 106 w Microwatts = µ W 0,000001 = 10-6 W
Gigawatts = Gw 1000000000 = 109 W Nano watts = nW 0,000000001 = 10-9 W

Watt, é a potência gerada por uma corrente de 1A, passando por um condutor submetido a uma (DDP) de
1volt.

A potência elétrica possui uma relação direta com a voltagem e com a corrente elétrica.

Veja a 1ª fórmula:  Pot = V x I

Você poderá utilizar as outras duas fórmulas para calcular a potência elétrica, são elas:

Veja a 2ª fórmula:  Pot = R x I2 = R x I x I

Veja a 3ª fórmula:  Pot = V2 ÷ R

Os computadores da linha PC vêm gradativamente aumentando o consumo de corrente elétrica, para


suprir a necessidade dos circuitos mais desenvolvidos presentes na placa Mãe e nos periféricos em geral. Sendo
assim, as fontes dos computadores estão sendo projetadas e fabricadas com maior potência, a fim de suprir a
necessidade de corrente elétrica dos circuitos eletrônicos mais desenvolvidos. Comprove na tabela a seguir.

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Computadores Fonte de alimentação

PC- 486 250W


PC- 586 250W
Pentium 100MHz até 266MHz 300W
Pentium II 450 300W
Pentium IV 450W, 500W, 550W, 800W

Obs.: Uma fonte de menor potência do PC poderá ser substituída por uma de maior potência.

Ex.: A fonte de 250W de um PC Pentium está com defeito, podemos substituir por outra fonte de 400W, 450W,
500W.

Hki08 Hki09

Potência de 300W
registrado pelo
fabricante

Fonte AT do PC Fonte ATX do PC "

Estudando os condutores elétricos:

Quando por um condutor existe um movimento de cargas elétricas, em um único sentido, chamamos esse
movimento de corrente elétrica.

Para existir a movimentação de cargas elétricas em um único sentido em um condutor, será necessário existir
uma diferença de potencial elétrico entre os dois pontos desse condutor. Chamamos isso de (DDP).

Quando a corrente elétrica atravessa um condutor, (resistência) desenvolve certa quantidade de calor. Desse
fato, decorre um dos processos mais comumente usados para transformar energia elétrica em energia
calorífica.

Ex.: O chuveiro elétrico, ferro de solda, lâmpada incandescente e o disparo do fusível.

Obs.: O fusível tem a função de proteger o circuito, contra o excesso de carga elétrica. A corrente
elétrica provoca um aquecimento no frágil fio condutor do fusível. Quando existe um curto elétrico,
a resistência ôhmica entre dois pontos do circuito é igual a zero. A DDP que existe tende a zero volt
e a corrente será muito alta. Nesse caso, normalmente provocará a fusão do fio condutor e
conseqüentemente irá abrir o circuito, protegendo os outros componentes do circuito, que estva
sendo alimentado por esse fusível.

Conclusão:

a) Podemos obter um campo magnético através de um condutor, quando o mesmo está sendo percorrido por
uma corrente elétrica. Nesse momento esse condutor também irá aquecer.

b) Podemos também produzir corrente elétrica por meio de uma variação de um fio condutor em um campo
magnético.

Ex: Veja na figura (8), a utilização prática do alicate amperímetro, captando o campo magnético e
determinando no medidor, o valor da corrente existente nesse fio elétrico.
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Obs.: Atualmente podemos medir uma corrente alternada ou continua em um fio elétrico, utilizando
um alicate amperímetro para (AC) e (DC).

Hki0: Hki0;

Hwuîxgn

Amperímetro capitando Fusível de 6A da fonte original


campo magnético

Campo magnético e as correntes elétricas

O fenômeno da produção de um campo magnético, por meio de correntes elétricas é absolutamente geral, isto
é, sempre que houver uma corrente elétrica circulando por um condutor, em torno desse condutor aparecerá
um campo magnético. Esse campo será tanto mais intenso, quanto maior for à corrente elétrica
presente nesse condutor.

O defeito no PC poderá ocorrer, quando não mantemos uma distância entre os fios da rede elétrica e os cabos
da rede com sinais lógicos. Devemos separar os mesmos , por uma distância mínima de 10 cm.

Ex: Travamento no programa da rede dos computadores.

Obs.: Os campos magnéticos provocam vários problemas nos computadores.

Fios e cabos condutores:

Classifica-se como sendo um condutor, toda e qualquer substância que permita a livre circulação de um grande
número de elétrons. Os fios e os cabos são portanto, os dois tipos mais comuns de condutores elétrico.

Chamamos de fio, ao condutor sólido maciço geralmente de seção circular constante e invariável, empregado
diretamente como condutor de energia elétrica.

Hki032

O termo cabo - Serve para designar um conjunto de fios enrolados em torno de si próprio.

Resistência dos condutores - Considerando-se que todo o material, por melhor condutor que seja sempre
oferece certa resistência à passagem de corrente elétrica, é correto concluir-se que mesmo o melhor cabo ou
fio elétrico apresenta certo valor ôhmico. Veja as Figs.11 e 12.

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1ª Lei de Ohm

George Ohm chegou a uma conclusão sobre o comportamento da resistência elétrica de um condutor, quando
submetido a uma DDP, e definiu duas leis básicas.

Definição da 1 LEi de Ohm. A diferença de potencial elétrica entre dois pontos de uma resistência é igual ao
produto dessa resistência ôhmica ,vezes a corrente que passa pelo mesmo.

Fórmula: DDP = R x I DDP = diferença de potencial elétrica

R = resistência ôhmica

I = corrente elétrica
DEMONSTRAÇÃO DA 1ª LEI DE OHM

Ex: Uma bateria de 12VDC está alimentando uma lâmpada de 6,0VDC de 0,5 ampères, qual o valor da
resistência ôhmica que devemos usar, para alimentar esta lâmpada corretamente?

No ponto (A), temos 12Volts (veja no multiteste (1)), e no ponto (B), desejamos 6,0V (veja no multiteste (2)).
Desejamos alimentar uma lâmpada de 6Volts com 0,05 ou 0,06 ampères. Neste caso a diferença de potencial
no resistor é de 12V – 6V = 6Volts.

Obs.: O resistor deve provocar uma queda de 6,0V, para que a lâmpada possa funcionar com 6,0V
como é pedido.

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Dados:

Bateria = 12V
Lâmpada = 6V / 0,05 Ampères

Fórmula: DDP = R x I R =?

Explicando: Devemos usar um resistor de 120 Ω para provocar uma queda de 6,0V, e neste caso a lâmpada
irá receber no ponto B uma tensão de 6,0V em relação ao pólo negativo da bateria.

2ª Lei de Ohm

Definição – A resistência ôhmica de um condutor é diretamente proporcional ao seu comprimento e


inversamente proporcional a sua área da seção transversal.

DEMONSTRAÇÃO DA 2ª LEI DE OHM Explicação sobre a 2ª lei de OHM

Fórmula: 1° Caso: Quando o comprimento de um condutor (L)


aumenta, isso provocará um aumento da resistência
L Ôhmica desse condutor, isso irá resultar em uma queda
R =ρ de tensão elétrica.
A
2° Caso: Quando a área de um condutor (A) aumenta,
1º Caso: L  R  V
isso provocará uma diminuição da resistência ôhmica
desse condutor, isso resultará uma menor queda de
2º Caso: A  R  V tensão elétrica.
Dados:
R = Resistência total oferecida pelo condutor em ohms.
ρ = Resistividade do material

Obs: Cada condutor elétrico possui um valor determinado de resistividade Ôhmica.

A = Área da seção transversal do condutor


L = Comprimento do condutor

Explicando:

Temos um condutor L1 com a mesma área da seção transversal do condutor L2.

O condutor L2 possui o dobro do comprimento do condutor L1.

Conclusão:

Ex.: 1º O condutor L2 possui uma resistência ôhmica igual a 2 vezes a resistência do condutor L1.

Ex.: 2º O condutor L4 possui uma resistência ôhmica menor que a resistência ôhmica do L3, porque a sua
área da seção transversal é maior que a do condutor L3.

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Utilizando a 2ª lei de ohm chegamos a seguinte

Conclusão: Podemos afirmar que em um condutor, a sua resistência ôhmica é proporcional ao seu
comprimento e inversamente proporcional a sua área de seção transversal.

Obs.: Vários problemas de mau funcionamento dos computadores são causados por erro no
dimensionamento dos fios condutores da energia elétrica, os quais alimentam os computadores.

Tabela de fios e cabos equivalência entre mm2 / AWG em função da corrente

Série métrica PVC 70º C Série AWG/MCM PVC 60º C


(ABNT – NBR – 6148) (ABNT - EB - 98)
(mm2) Ampères AWG/MCM (mm2 Aprox.) Ampères
Fio 1,5 15,5 Fio 14 2,1 15
Fio 2,5 21 Fio 12 3,3 20
Fio 4 28 Fio 10 5,3 30
Fio 6 36 Fio 8 8,4 40
Cabo 10 50 Cabo 6 13 55
Cabo 16 68 Cabo 4 21 70
Cabo 25 89 Cabo 2 34 95
Cabo 35 111 Cabo 1 42 110
Cabo 50 134 Cabo 1/0 53 125
- - Cabo 2/0 67 145
Cabo 70 171 Cabo 3/0 85 165
Cabo 95 207 Cabo 4/0 107 195
- - Cabo 250 127 215
Cabo 120 239 Cabo 300 152 240
Cabo 150 272 Cabo 350 177 260
Cabo 185 310 Cabo 400 203 280
- - Cabo 500 253 320
Cabo 240 364 Cabo 600 304 355
- - Cabo 700 355 385
- - Cabo 750 380 400
Cabo 300 419 Cabo 800 405 410
- - Cabo 900 456 435
- - Cabo 1000 507 455
Cabo 400 502 - - -
Cabo 500 578 - - -

Aprendendo a usar a tabela de fios e cabos

Hoje compramos um fio condutor usando a terminação mm2. Alguns anos atrás a unidade usada era AWG.

Ex: Desejamos saber qual o fio condutor que devemos usar, para alimentar 20 computadores PC - Pentium IV
+ monitor de 17” (170 w para cada computador).

Solução: 1 CPU ≅ 80 w + 1 monitor 17” (CRT) ≅ 90W Obs.: Monitores


1 PC + 1 monitor = consumo de 170W de potência
20 PC + 20 monitores = consumo = 20 X 170W = 3400W Monitor (CRT) 15” ≅ 70W
Qual a corrente que irá circular pelo fio condutor dessa alimentação?
Monitor (LCD) 15” ≅ 26W
Monitor (CRT) 17” ≅ 90W
Pot 3400 Monitor (LCD) 17” ≅ 30W
P=Vx I → I = = = 15.5 Ampères
Volts 220
Conclusão: Podemos usar o fio de 2,5 mm2 de 21,0 (A) nessa instalação com um comprimento de até 3
metros, ou um fio de maior capacidade, quando o comprimento for superior à 3 metros.
Ex.: Fio 4,0 mm2 ou 6,0 mm². A explicação será detalhada nas páginas 12, 13.

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Unidade de consumo de energia elétrica

Como sabemos, chamamos de potência de uma máquina, o trabalho que ela é capaz de produzir.

A unidade de medida é o Watt (W).

Vejamos a relação: 1 kW = 1000W

O watt-hora é a energia produzida ou consumida por uma máquina cuja potência é de um Watt, trabalhando
continuamente e de maneira regular durante 1 hora.

Ex.: Uma lâmpada de 100Watts permanece acessa durante 3 horas, qual será a energia consumida?

Observação
Fórmula: Pwh = Pot(W) x Hora
100Wh = 0,1 KWH
1000Wh = 1 KWH
Solução: Pw = 100 x 3 = 300W hora = 0,3KWh
10000Wh = 10KWH

Os condutores e os eletrodutos

Nas instalações residenciais, não é permitido o emprego de condutores com secção inferior à do fio nº 10 AWG
(4mm2) para entradas aéreas, e a do fio nº 14 AWG (1,5mm2) para instalações internas.

A queda de tensão presente no circuito consumidor nunca deverá ser superior a 2 % da tensão nominal, que foi
aplicada no início da rede elétrica, que irá alimentar esse circuito consumidor.

Ex.: Em um circuito de 110 v a queda de tensão não deve ser superior a 2,2V.
Em um circuito de 220 v, a queda de tensão não deve ser superior a 3,0V.

Hki035
Hki036

Eqpfwvqt"Kpvgtpq
Eqpfwvqt"Cêtgq "
Método para determinar que uma rede elétrica está sobrecarregada

Multiteste na escala ACV em 250 V.

Ponteira preta no fio neutro, e a ponteira vermelha no fio fase “viva”.

Verifique o valor da tensão no multiteste.

Valor indicado 220 Volts no ponto de entrada da rede elétrica de alimentação ACV.

Vamos agora medir o valor da tensão em um ponto distante da entrada da rede elétrica. Veja na Fig. 15, que
a sala 3 está há uma distância de 50 metros da entrada da rede.

Medimos a tensão na sala (3) com multiteste (2). Estando a sala com plena carga de funcionamento, obtemos
o valor de 215 Volts. Concluímos que o fio condutor usado para alimentar todos os equipamentos desta
mesma sala se encontra com diâmetro inferior. Nesse caso devemos mudar esse fio condutor, por
outro de maior diâmetro.

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Aprendendo a usar a tabela de potência (W), com relação ao comprimento do fio a ser usado

Podemos através da tabela que se segue, determinar o tipo de fio condutor que devemos usar, quando a rede
elétrica alimentar uma carga em (watt), ou uma determinada corrente em ampère (A), e este possuí um
determinado comprimento em metros.

Veja na tabela abaixo, a coluna carga do circuito (W), o valor indicado é de 1200.

Verifique a distância em metros na tabela, e marque o ponto da interseção da coluna 60 metros, com a linha
1200. O número indicado é o cabo 6AWG, que corresponde ao cabo 10mm2.
Veja essa relação na tabela presente na Pág. 10.

Conclusão: Devemos usar um cabo e de no mínimo (nº6 AGW) =10mm2 para esta instalação elétrica.

Tabela de fios AWG, para os circuitos alimentados em 110V

Calibre dos condutores de cobre, em função da potência e da corrente, nos circuitos de 110V, para que a queda
de tensão não exceda 2,2V ≅ 2%
Carga do Valor da Comprimento simples do circuito, em metros
circuito corrente 
em W em A 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 43 46 49 52 55 58 61
500 4,5 14 14 14 14 14 14 14 12 12 12 12 12 10 10 10 10 10 10
600 5,5 14 14 14 14 14 12 12 12 12 12 10 10 10 10 10 10 10 10
700 6,4 14 14 14 14 12 12 12 12 10 10 10 10 10 10 8 8 8 8
800 7,3 14 14 14 14 12 12 12 10 10 10 10 10 8 8 8 8 8 8
900 8,2 14 14 14 12 12 12 10 10 10 10 10 8 8 8 8 8 8 8
1000 9,1 14 14 12 12 12 10 10 10 10 8 8 8 8 8 8 8 6 6

1200 10,9 14 12 12 12 10 10 10 10 8 8 8 8 8 8 6 6 6 6
1400 11,7 14 12 12 10 10 10 10 8 8 8 8 8 6 6 6 6 6 6
1600 14,5 12 12 10 10 10 8 8 8 8 6 6 6 6 6 6 6 4 4
1800 16,5 12 10 10 10 8 8 8 8 6 6 6 6 6 6 4 4 4 4
2000 18,2 12 10 10 8 8 8 8 6 6 6 6 6 4 4 4 4 4 4
2200 20,0 12 10 10 8 8 8 6 6 6 6 6 4 4 4 4 4 4 4

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Aprendendo a usar a tabela de potência (W), pelo comprimento do fio a ser usado

Podemos através da próxima tabela, determinar o tipo de fio condutor que devemos usar, quando a rede
elétrica alimentar uma carga em (W) ou uma determinada corrente (A), e esta possui um determinado
comprimento em metros, sendo essa rede elétrica de 220 Volts.

Veja na tabela abaixo, a coluna carga do circuito em Watt (W), o valor indicado é 1500, ou seja, 1500 w.

Verifique a distância em metros na tabela, e marque o ponto da interseção da coluna 60 metros, com a linha
1500. O número indicado é o fio 12AWG, corresponde a 2,5mm2 na tabela de mm².

Conclusão: Devemos usar um fio (nº 12 AWG) ou de 2,5mm² para esta instalação elétrica.

Ex.: Um ar condicionado consumindo 1500 w em uma rede de 220Volts, com um comprimento do fio de 30
metros. Qual o tipo de fio a ser usado, para esta instalação?
R - Fio (nº 12 AWG) ou de 2,5mm².

Explicação: para essa resposta. A distância total do fio que será usado para alimentar esse ar condicionado
será igual à soma de 30 metros para o fio fase “viva”, e mais 30 metros para o fio neutro; logo a corrente
elétrica percorrerá 60 metros de fio.

Veja que a corrente consumida será igual a I = P ÷ V  1500W ÷ 220 v = I(TOTAL) = 6,8A.

Como todo condutor, possui uma determinada resitência elétrica, conforme já estudamos na 2ª lei de Ohm, é
demonstrada na próxima tabela, que se a distância fosse de 10 metros, o fio que poderia ser usado, seria maior
ou igual ao fio 14 AWG, já se a distância fosse de 80 metros, o fio que poderia ser usado, seria igual ou
superior a 10AWG.

Tabela de fios AWG, para os circuitos alimentados em 220V

Comprimento simples do circuito, em metros


Carga do Valor da 
circuito corrente 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100
em W em A
1000 4,6 14 14 14 14 14 14 14 14 14 12 12 12 12 12 12 12 12 10 10
1500 6,8 14 14 14 14 14 14 12 12 12 12 12 10 10 10 10 10 10 8 8
2000 9,1 14 14 14 14 12 12 12 12 10 10 10 10 10 8 8 8 8 8 8
2500 11,4 14 14 14 12 12 12 10 10 10 10 8 8 8 8 8 8 8 6 6
3000 13,6 14 14 12 12 12 10 10 10 8 8 8 8 8 8 6 6 6 6 6
3500 15,9 12 12 12 12 10 10 10 8 8 8 8 8 6 6 6 6 6 6 6

4000 18,2 12 12 12 10 10 10 8 8 8 8 6 6 6 6 6 6 6 4 4
4500 20,4 10 10 10 10 10 8 8 8 8 6 6 6 6 6 6 4 4 4 4
5000 22,7 10 10 10 10 8 8 8 8 6 6 6 6 6 4 4 4 4 4 4
5500 25,0 10 10 10 10 8 8 8 6 6 6 6 6 4 4 4 4 4 4 4
6000 27,3 8 8 8 8 8 8 6 6 6 6 6 4 4 4 4 4 4 4 4
6500 29,5 8 8 8 8 8 8 6 6 6 6 4 4 4 4 4 4 4 4 4
7000 31,8 8 8 8 8 8 6 6 6 6 4 4 4 4 4 4 4 4 4 2

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Entrada da instalação elétrica:

A instalação de uma residência é alimenta por condutores, diretamente ligados à rede de distribuição de
energia elétrica da companhia fornecedora de eletricidade.

Esses condutores, chamados de condutores de entrada, e os mesmos devem ser estendidos sem emendas,
desde o poste da rede, até a fachada da casa, e desta até o medidor da companhia fornecedora de energia.

A entrada de energia poderá ser:

Aérea - Quando os condutores são suspensos no ar.


Subterrânea - Quando os condutores são colocados em um cano subterrâneo apropriado.

Hki038 Obs.: As instalações


elétricas subterrâneas
devido a falta de
ventilação, os fios
aquecerão mais, sendo
assim, aumente o diâmetro
do fio em no mínimo o
dobro da corrente que
esses fios suportam
quando estão ao ar livre.
Gpvtcfc"fg"gpgtikc"Cêtgc
"
Importante: Um circuito que consome uma corrente de 16A, utiliza fios com 2,5mm² ao ar livre, desejando
alimentar esse mesmo circuito utilizando uma fiação subterrânea, use o cabo 10, para 50A.

Ligação a Terra

Podemos subdividir os tipos de aterramento em duas categorias, a saber:


O aterramento funcional consiste na conexão de um dos condutores da rede elétrica, ou seja, o neutro, o
qual será ligado a uma haste de metal (haste de copperweld), aplica no interior do solo.

Obs.: O aterramento funcional, deverá ser independente do aterramento PE.

O aterramento do tipo PE consiste na ligação da carcaça do aparelho a um ponto de terra, com intuito de
providenciar uma proteção contra choque elétrico, interferências, picos de energia, e a energia estática. Esse
aterramento geralmente é feito, com uma haste de metal aplicado no interior do solo, chamada (haste de
copperweld). As hastes de aterramento são
geralmente circulares de aço, revestida em
cobre e são cravadas no solo, possuem
geralmente 2,10 metros.

Ex.: Aterramento dos computadores.

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Hki039

Cvgttcogpvq"fq"vkrq"RG "
Atenção: O aterramento do tipo PE para equipamentos de informática deverá ser independente, do
aterramento usado nos equipamentos elétricos. Ex: ar condicionado, máquina de lavar.

Motivo: Um vazamento de energia em um equipamento elétrico poderá provocar uma tensão neutro/terra
maior que (5,0V), sendo assim, poderá provocar travamento nos computadores.

Atenção: Um aterramento funcional deverá ser sempre feito, quando estamos ligando vários computadores em
uma sala de laboratório para informática.

Rede Elétrica

A rede elétrica utilizada no Brasil possui uma freqüência de 60 Hz, podendo esta ser de 110 v ou 220 v eficaz.

"
A rede elétrica – utiliza para alimentar os equipamentos, um tipo de tensão chamada de tensão alternada.

A tensão alternada – A tensão alternada não possui polaridade definida, quando examinada o seu valor por
um multiteste.

Ex.: Medindo o valor da tensão alternada com o multiteste digital na escala 750V (ACV). Veja as Figs 18A e 18B

Obs.: na realidade a tensão


alternada na rede elétrica
varia de valor a cada
momento, no multiteste o
valor indicado é um valor
médio, chamado de tensão
eficaz.

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Tensão eficaz – É o valor da tensão alternada que indicam no multiteste, que sendo igual ao valor da tensão
contínua, ambas são capazes de produzir o mesmo trabalho e calor, em um mesmo resistor.

a) Monofásica
A rede elétrica poderá ser dividida em: b) Bifásica (não iremos estudar nesse momento)
c) Trifásica

Rede monofásica – É a rede que possui 2 fios condutores; sendo que um (1) fio é a fase viva (220V), e o
outro é o fio neutro. Ex.: rede elétrica doméstica.

Obs.: A rede elétrica em Pernambuco


possui um valor de 220V eficaz. Em
outros estados, alguns possuem rede
elétrica com 110V ou com 220V.

"

Rede trifásica – Na rede trifásica temos 4 fios assim distribuídos:

1 - Neutro 2 - Fase 1 3 - Fase 2 4 - Fase 3

Na Fig.20 abaixo, ela está apresentando a entrada de uma rede elétrica trifásica em uma escola de informática.
Veja nessa Fig.20, que o fio neutro fica localizado no ponto mais alto em relação aos outros três fios da fase
“viva”.

Hki043
Hki042

Gpvtcfc"fg"tgfg"vtkhâukec
Eqpvcfqt"fc"tgfg"vtkhâukec "

A tensão entre as fases em uma rede trifásica será dada ACV= 1, 73 X E

Obs.: A letra (E) indica a tensão da rede elétrica local. Ex: Recife (E) = 220 volts, Rio de Janeiro
(E)= 110 volts. O número 1,73 é uma constante.

Ex.: rede trifásica - medindo as tensões entre os fios de fase “viva”


"
"

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Medindo as tensões entre os fios da Fase "viva"


Obs.: Não precisamos nos preocupar com as polaridades das ponteiras do multiteste, porque
estamos medindo uma tensão do tipo alternada.

Cálculo: Determine a tensão entre os fios de fase “viva” = 1,73 x 220V ≅ 380 Volts.

Conclusão: Quando você desejar medir as tensões entre os fios da Fase “viva” em uma rede trifásica, irá
obter um valor de aproximadamente 380 ACV.
Desejando medir a tensão existente entre o fio neutro e um dos fios da fase “viva” em uma rede trifásica, irá
obter o seguinte valor:

E 380V
A tensão entre os fios Fase e Neutro = = ≅ 220 Volts
1,73 1,73

Explicações: Você ao medir as


tensões (ACV) entre as fases de uma
rede elétrica trifásica, irá obter 380V,
porque a tensão em cada fase está
defasada no tempo em relação à
outra fase, em 120º graus.
Rede Trifásica – medindo as tensões
entre fase e neutro e entre as fases
“viva”

Distúrbios na Rede Elétrica

Os distúrbios da rede elétrica, também são chamados de


"transientes" ou "transitórios". V
Mostraremos basicamente seis tipos são eles:
Sag, Spike, blackout, tensão residual entre terra e neutro (VT/N), SAG
sobre tensão, e distorção harmônica; qualquer um desses
distúrbios poderá provocar problemas no funcionamento dos
equipamentos e eletrônicos, ou a queima de componentes,
principalmente dos semicondutores.

O SAG é um distúrbio caracterizado por uma rápida queda de


tensão, que não ultrapassa 3 a 4 ciclos de senóide t
(aproximadamente 48 a 64 ms). Caso essa queda dure mais
tempo, então teremos uma sobtensão. As causas do SAG podem
ter origem externa ou interna à instalação.

Externamente, o SAG pode ser gerado pela Concessionária de


energia durante a comutação de cargas. Internamente (dentro da 2 ciclos
“planta” do consumidor) essa mesma “queda” repentina de
amplitude pode ser causada pela partida de altas cargas (grandes SAG: “Subtensão” transitória maior que 10%
motores, por exemplo).

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O Spike é um transitório formado por uma rápida sobretensão, seguida de uma sobtensão.

A sobretensão e a sobtensão, geralmente, atingem amplitudes que vão de duas a quatro vezes a tensão
nominal. O Spike também pode ser:

• SPIKE ESPORÁDICO
• SPIKE PERIÓDICO

a) Spike esporádico

V Spike esporádico
Sobre
4x Vn

Sub
2x Vn

Sua principal causa é o chaveamento de cargas indutivas (inversores de freqüência, conversores CC, etc...).

b) Spike periódico

V Spike periódico

Spike Spike

"
t

"

c) Blackout

Embora eu não considere o blackout como um transiente, não poderia deixar de analisá-lo, pois ele é uma
anomalia da energia elétrica, mesmo que isso signifique sua ausência.

Às vezes o blackout na maioria das vezes, ele não é transitório, mas sim "permanente", uma vez que a falta de
energia elétrica pode durar várias horas. De qualquer forma, os problemas que o blackout pode causar não
acontecem no momento em que a energia "desaparece", mas sim quando ela retorna. Os consumidores "ponta
de linha" (primeiros no link de distribuição) podem receber a energia com amplitude muito alta, e muitas vezes,
ela vai e volta seguidamente até estabilizar-se.

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d) Tensão residual entre terra e neutro

Um problema muito comum no meio industrial é a tensão residual entre neutro e terra. Para que isso ocorra,
dois fatores devem estar presentes simultaneamente: o neutro da concessionária está desbalanceado, e o
aterramento das instalações do consumidor não é eficaz. Segundo as NBR 5410 e NBR 5493, um terra somente
pode ser considerado eficaz se seu valor resistivo for inferior a 10 Ω . Com esse valor, mesmo com o neutro
desbalanceado, teremos uma "equipotencialidade" entre terra e neutro.

A tensão residual entre terra e neutro, pode ter sua amplitude variando desde alguns milivolts até dezenas de
volts. Quanto maior ela for, pior é a qualidade da energia e, conseqüentemente, maior o índice de falhas nos
esquipamentos eletrônicos.

A solução mais indicada para esse problema é melhorar o aterramento, mesmo que seja necessário para isso
um tratamento químico, caso não seja resolvido o problema, a solução será um novo dimensionamento dos fios
que estão sendo utilizados, como também uma melhor distribuição da corrente nos condutores.

e) Sobretensão

Considera-se sobretensão, a tensão que exceder 10% da nominal, com duração superior a 3 ciclos de senóide.
Não devemos confundir esse distúrbio com "picos" de tensão. Os picos de tensão podem atingir milhares de
volts, porém são extremamente rápidos (microssegundos). As descargas atmosféricas são os principais agentes
causadores desse transitório.

A sobretensão por outro lado, não alcança valores tão altos, no entanto dura mais tempo (vários milissegundos,
ou até mesmo várias horas!).

Os picos de tensão são mais perigosos para os circuitos de controle, onde temos Cls com alta escala de
integração (microprocessadores, memórias, etc...). Já as sobretensões atingem com maior rigor as etapas de
potência (módulos IGBTs; SSRs; TRIACs; Transistores de potência; etc...).

f) Distorção Harmônica

A freqüência harmônica é uma freqüência múltipla da fundamental. Quanto maior a parcela indutiva da carga,
maior será a amplitude das harmônicas geradas.

A sobreposição da freqüência fundamental, com sua(s) harmônica(s) causa a distorção, ou seja, (deformação)
da forma de onda senoidal.

TABELA 1

Para o ambiente industrial, as harmônicas mais comuns são as ímpares, particularmente: 3ª, 5ª, 7ª e 11ª;
devido à freqüência de saída dos inversores.

A isolação galvânica é utilizada nos transformadores isoladores,e esta é uma das técnicas utilizadas para a
eliminação desse distúrbio.

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Componentes e Circuitos de Proteções que deverão ser utilizados na Rede Elétrica

a) Componentes passivos

Alguns componentes passivos são utilizados como supressores de transientes. O mais comum TVSS (Transient
Voltage Surge Suppressor) é o varistor, também conhecido como MOV (Metal Oxide Varistor).

O varistor é um componente não linear, pois a curva tensão x corrente não obedece à lei de Ohm. Na verdade,
o varistor tem uma tensão nominal de atuação. Enquanto a tensão aplicada em seus terminais for igual ou
menor a nominal do mesmo, o seu estado é de alta resistência, ou seja, ele não trabalha.

A partir do momento em que a tensão ultrapassar a sua tensão nominal, a resistência do varistor tende a cair,
e próximo a 10% de sobre tensão, o componente baixa sua resistência para próximo de 0 Ω (curto-circuito).

Podemos dizer que o varistor é um


resistor que ora tem resistência
infinita, ora está quase em curto-
circuito. O varistor é colocado em
paralelo com linha a ser protegida. O
pico de tensão é dissipado na forma
de calor sobre o componente. Um
conceito fundamental ao técnico, ou
engenheiro eletrônico, é que não há
uma proteção 100% segura. O próprio
varistor é um exemplo típico, pois
dependendo da velocidade do
transiente, ele poderá ser incapaz de
atuar como proteção. Além disso, caso o tempo e amplitude do transitório sejam muito grande, o calor gerado
pode ser tão intenso a ponto de destruir o varistor.

Alguns fabricantes de equipamentos eletrônicos que utilizam varistores como proteção, costumam envolver o
componente com um "espaguete" termo - retrátil, a fim de impedir que estilhaços do componente, espalhem-se
pelo equipamento em caso de explosão.

Um circuito formado por um resistor e capacitor em série é utilizado como supressor, e será chamado de
Snubber.

Na verdade, podemos encontrar esse circuito em um único encapsulamento.

O Snubber é indicado como filtro de Spike. Ele funciona como um verdadeiro "amortecedor", pois o
capacitor se opõe a variações de tensão. O resistor em série serve para limitar a corrente sobre o capacitor.

Os valores típicos para R e C são: R = 100 Ω e C = Poderá variar entre (10NF até 22NF) V >= 63V.

Observem a diferença de comportamento dinâmico entre um varistor e um Snubber. O Snubber elimina o


Spike totalmente (tanto a sobre como a sobtensão), já o varistor (indicado apenas para eliminação de
picos de tensão) elimina apenas o pico superior, deixando a "sobtensão" passar.

Podemos encontrar no mercado o varistor isoladamente, ou montado como "filtro de linha". Um filtro de linha
propriamente dito, além dos varistores, possui alguns indutores e capacitores como filtros. Teoricamente, a
função do varistor é provocar um curtocircuito em caso de picos de tensão, consequentemente interrompendo o
transitório.

Obs.: A cada ano, você deverá substituir os varistores dos circuitos elétricos, pois os mesmos
poderão estar danificados.

Você desejando proteger os seus equipamentos de informática, poderá utilizar o circuito a seguir.

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b) Equipamentos de proteção

Os dispositivos ativos são mais eficazes que os dispositivos passivos na proteção dos circuitos elétricos ou
eletrônicos. Podemos encontrar várias arquiteturas desses equipamentos, mas vamos analisar apenas os três
mais comuns dispositivos ativos do mercado: estabilizador de tensão, no-break off-line, e no-break on-
line.

- Estabilizador de tensão: O estabilizador de tensão é o dispositivo de proteção mais popular.

Quando o circuito de controle detecta uma variação de tensão acima da esperada, ele comuta os "taps" do
primário do trafo, segundo a necessidade. Na essência, o circuito de controle apenas altera a relação de espiras
entre primário e secundário para compensar a queda, ou a sobretensão. A comutação pode ser feita via
tiristores, como por exemplo, o (SCR), triac ou por relé. O estabilizador geralmente possue também varistores
e capacitores de filtro.

- No-break on-line:

O no-break on-line, também conhecido como UPS (Uninterruptible Power Supply), é a melhor opção para se
proteger dos distúrbios da rede elétrica.

A estrutura básica desse equipamento é composta por três blocos principais: retificador, inversor e banco
de baterias.

O bloco retificador retifica a rede elétrica e carrega o banco de baterias. A tensão, uma vez retificada, alimenta
o bloco inversor, cuja função é de modificar a tensão (DCV) em tensão (ACV) novamente para carga. Quando
há energia elétrica, o banco de baterias é mantido sob carga lenta e a energia segue para a carga via inversor.

Quando não há energia, o banco de baterias alimenta a carga também via inversor.

Como a tensão é retificada e filtrada logo na entrada, à tensão para carga é provida através do circuito
inversor, a maioria dos distúrbios elétricos são eliminados. A bateria, na essência, também funciona como um
grande capacitor.

As duas principais características desse equipamento são: a forma-de-onda na saída é sempre senoidal, e
a carga de consumo, ficará totalmente isolada da rede elétrica como no-break on-line o PC estará
totalmente protegido da rede elétrica.

- No-break off-line:

Bem mais econômico que o no-break on-line, o off-line não gera uma proteção tão eficiente como o no-break
on-line.

A “carga”, ou seja, o
equipamento ficará ligado na
própria rede elétrica, quando
essa se faz presente na
saída do no-break. Somente
na ausência de energia
presente na rede elétrica, é
que o circuito inversor
presente no interior do no-
break off-line atuará e,
mesmo assim, a forma-de-
onda de saída é retangular
ou trapezoidal, e não
senoidal.

Embora alguns
equipamentos eletrônicos
possuam uma fonte de
alimentação do tipo chaveada, e possam trabalhar com essa forma-de-onda, de uma forma geral o
equipamento fica mais sensível a falhas.

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A “carga”, ou seja, o equipamento estará protegido apenas quando isolado da rede, situação essa que somente
ocorrerá no off-line na falta de energia presente na rede elétrica ou quando a tensão (ACV) diminui para um
valor inferior a 180V.

Bem, agora que já sabemos um pouco da natureza dos distúrbios e das arquiteturas dos sistemas de proteções,
a tabela 7 na próxima página mostra um resumo da proteção mais indicada, em vista do distúrbio.

DISTÚRBIO
Tabela 7 SAG PULSO PULSO BLACKOUT TENSÃO SPIKES SOBRE-
2X Vn 4x Vn N/T TENSÃO
PROTEÇÃO X
DISTÚRBIO

Modificar a distrib. dos fios SIM 3 SIM SIM 3 SIM 3


Transformador isolador SIM 4 SIM 11 SIM 4
PROBLEMA

Regulador de tensão SIM 1 SIM 5 SIM 5 SIM 9


Supressores SIM 2 SIM 2
Estabilizador de tensão SIM 1-6 SIM SIM 10 SIM 11 SIM SIM 6
Filtros e supressores SIM 2 SIM 2
Geradores SIM 1 SIM SIM SIM 7 SIM 11 SIM
No-break off-line SIM SIM 2-8 SIM SIM 2-8 SIM 11
No-break on-line SIM SIM SIM SIM SIM 11 SIM SIM

O Sag talvez exceda a capacidade de regulação.


O Spike pode ocorrer com velocidade e amplitude superior a proteção.
Caso a fonte seja comum, a redistribuição dos fios pode não ser eficaz.
O transformador pode não conseguir eliminar totalmente o distúrbio.
O dispositivo pode não atenuar o distúrbio.
Alguns estabilizadores não possuem boa regulação.
O blackout pode durar mais tempo de que a autonomia do sistema.
Alguns no-breaks (off-line) não isolam a carga da rede.
Alguns equipamentos não reagem eficazmente a sobre-tensões.
O dispositivo deve recompor o sinal senoidal.
Problemas de tensão residuais entre terra e neutro, normalmente, exigem redistribuição dos cabos e fios.

Conclusão: A baixa qualidade da rede elétrica pode "mascarar" defeitos, levando o técnico a trocas
desnecessárias das placas do computador. Com certeza, isso não deve causar boa impressão a nenhum cliente.

Por essa razão, a análise detalhada da rede, deve sempre fazer parte da rotina do técnico ou engenheiro de
campo.

Aprendendo a fazer uma ligação correta entre os computadores e a rede elétrica

Quando vamos desenvolver um projeto de uma instalação elétrica para uma empresa de informática, devemos
reservar uma linha Fase “Viva” da rede trifásica, para os equipamentos de informática.

O Motivo: Uma linha independente sofrerá menor interferência dos equipamentos elétricos ou eletrônicos, que
poderá estar na linha de alimentação dos computadores.

Proteção: Em cada linha da fase "viva", devemos instalar um disjuntor para proteção dessa linha.

Obs: No fio Neutro não devemos instalar disjuntor, fusível ou Chave Power.

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Atenção: O disjuntor deverá ser ligado sempre na linha de fase “viva”. Nas Figuras 22 e 23, vemos alguns
tipos de disjuntores.

Conclusão: O Disjuntor quando dispara, abre o


circuito deixando de existir corrente elétrica na
alimentação geral.

Informações importantes sobre os disjuntores e a


ligação elétrica dos computadores

A chave do disjuntor deverá ser colocada na


posição correta, ou seja, ligamos o disjuntor
colocando a chave para cima, e desligando para
baixo.

Todas as vezes que desejamos fazer uma


instalação elétrica, para um ou mais
computadores, devemos fazer uma nova ligação
do computador até o medidor de energia. Nesse
caso use um disjuntor correto para proteger o
circuito.

Na nova ligação, verifique o tipo de fio condutor que será usado, e determine a sua capacidade de suportar a
carga total dos equipamentos de informática.

Uma nova ligação independente reduz o nível de interferência nos computadores, como também o risco de
sobrecarga na rede elétrica antiga.

Devemos sempre calcular o valor em ampère do disjuntor que será utilizado, no circuito elétrico.

Obs.: Uma ligação direta deve ser feita com um fio neutro/fase independente da antiga rede
elétrica, sendo que a mesma deve suportar a corrente total de consumo, de tal maneira que não o
venha aquecer a mesma.

Apresentando o esquema da rede elétrica para equipamentos de informática

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Disjuntor

O Disjuntor é uma chave termomagnética que irá desligar o circuito automaticamente, quando a corrente
elétrica estiver próxima depois de um determinado período de tempo, igual ou superior a sua especificação
nominal.

Quando acontece um curto circuito, o disjuntor abre e não conseguimos fechá-lo novamente. Esse disjuntor só
irá ser ligado (fechar o circuito), quando for retirado o curto elétrico desse circuito.

Às vezes um disjuntor está aquecendo muito, mas o defeito não é proveniente da corrente elétrica alta,
deve-se ao mau contato entre o parafuso do disjuntor e o fio de alimentação.

Quando desejamos medir uma corrente alternada em uma rede elétrica, devemos usar um instrumento,
chamado de alicate amperímetro. No caso de não possuir um alicate amperímetro, você poderá usar o
amperímetro de linha, mas você deverá ter muito cuidado para não receber uma descarga elétrica, ou seja,
um choque elétrico elevado.

"
O Dispositivo Diferencial Residual (DR) – Exigido pela norma NBR 5410

Além do disjuntor comumente usado, desde 2005 a NBR5410


exige a utilização de DRs (Dispositivo Diferencial Residual) nas
instalações elétricas de baixa tensão.

O dispositivo DR é um interruptor de corrente de fuga


automático que desliga o circuito elétrico caso haja uma fuga de
corrente na instalação elétrica ou que coloque em risco a vida de
pessoas ou animais domésticos.
Isso garante a segurança contra choques elétricos e incêndios.
Apesar de se ter a sensação de choque em caso de contato da fase
“viva” com o corpo humano, não há risco de vida, caso o circuito seja
protegido por esse dispositivo.
O DR não substitui um disjuntor, pois ele não protege contra sobrecargas e curto-circuitos. O DR deve ser
sempre ligado após o disjuntor ou fusível.

- Sensibilidade (In)
A sensibilidade do interruptor varia de 30 a 500mA e deve ser dimensionada com cuidado, pois existem perdas
para terra inerentes à própria qualidade da instalação.

- Proteção contra contato direto: 30mA


O contato direto com partes energizadas, pode ocasionar fuga de corrente elétrica através do corpo humano
para terra.

- Proteção contra contato indireto: 100mA a 300mA


No caso de uma fuga interna em algum equipamento ou falha na isolação, peças de metal podem tornar-se
"vivas" (energizadas).

-Proteção contra incêndio: 500mA


Correntes para terra com este valor podem gerar arcos / faíscas e provocar incêndios.
Obs.: O neutro não poderá ser aterrado após ter passado pelo DR, porque isso provocará o desligamento do
circuito pelo DR.

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Princípio de Funcionamento:
O DR funciona como um sensor, que mede as
correntes que entram e saem no circuito (fig. 1).
As duas são de mesmo valor, porém de direções
contrárias em relação à carga.

Caso chamarmos a corrente que entra na


carga de +I e a que sai de -I, logo a soma das
correntes é igual a zero (fig. 2).

A soma só não será igual a zero, se houver


corrente fluindo para a terra (fig. 3), como no caso
de um choque elétrico.

Obs.: O (DR) deve estar instalado em série


com os disjuntores do quadro de distribuição.
Em geral, ele é colocado depois do disjuntor principal e antes dos disjuntores de distribuição. Ele
deve ser ligado de modo que todos os condutores do circuito, inclusive o neutro, passem pelo
mesmo. Isso permite a comparação entre as correntes de entrada e de saída e o desligamento
automático da alimentação do circuito em caso de fuga de corrente.

Aplicações:
Falhas em aparelhos elétricos
(eletrodomésticos);
Falhas na isolação de condutores;
Circuitos de tomadas em geral; proteção
contra riscos de incêndios de origem elétrica.

Atenção: O (DR) deve ser examinado o seu


funcionamento a cada 6 meses.

Importante: O (DR) deve ser instalado após


o aterramento funcional, caso contrário o
mesmo irá disparar constantemente.

Medindo uma corrente elétrica alternada

O alicate amperímetro - É o instrumento que irá captar o campo magnético no fio examinado, e irá informar
no seu painel, a corrente que existe no condutor que está sendo examinado.

Atenção: O valor da corrente elétrica


presente no fio da fase “Viva” e no fio neutro
deverão ser a mesma, para um determinado
equipamento.

Amperímetro de linha - É o instrumento que irá indicar a corrente existente no circuito. Nesse caso temos
que abrir o circuito em dois pontos e intercalar os terminais do amperímetro para indicar a corrente no circuito.
Veja na próxima página, a explicação de como você poderá utilizar um amperímetro de linha, para determinar a
corrente de consumo de um PC.

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Usando o alicate amperímetro:

Explicação:
- O amperímetro (A2) quando aplicado na fase 1, irá indicar a corrente total existente, nas 4 tomadas trifásicas
para os ar condicionados.

- O amperímetro (A3) quando aplicado na fase 2, irá indicar a corrente total existente, nas 5 tomadas trifásicas
para os ar condicionados.

- O amperímetro (A4) quando for aplicado na fase 3, irá indicar a corrente total existente, nas 5 tomadas
(2P+T) dos computadores.

Atenção: O amperímetro (A1) quando for aplicado no fio neutro, não irá indicar o valor da soma algébrica das
correntes existentes nas fases (1), (2) e (3). O valor da corrente que irá indicar no amperímetro (A1), será a
resultante.

Hki052

Wucpfq"cnkecvg"corgtîogvtq"rctc"gzcokpct"cu"eqttgpvgu"pqu"hkqu"hcugu"fc"tgfg"*3.4.5+

Atenção: É importante que os fios da fase “viva” e o fio neutro não aqueçam, quando existir carga elétrica.

Conclusão: Em uma rede trifásica devemos disponibilizar uma linha de fase “viva”, exclusiva para os
equipamentos de informática, afim reduzir as interferências gerais dos outros equipamentos elétricos. No nosso
caso, aqui na escola, separamos a linha (fase 3). Com esse processo obtemos uma eficiência de 70%.

Atenção: Obtemos um melhor resultado contra as interferências da rede elétrica, quando interligamos a sala
de informática ao contador de energia, através de um fio neutro (extra) e um fio fase (extra), ambos
independentes dos outros três fios fases (1), (2) e (3), e do outro fio neutro comum. Com esse processo
obtemos uma eficiência de 90%.

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Usando amperímetro de linha para medir a corrente elétrica

Obs.: Verifique que devemos abrir


(cortar) o fio de alimentação (ACV –
“fase viva”, e intercalar as duas
ponteiras do amperímetro de linha.
Observe que não existe polaridade
nas ponteiras do amperímetro de
linha de (ACA).

Medindo a corrente de consumo de


uma CPU Pentium IV de 3Ghz.

Devemos abrir o circuito e intercalar o


amperímetro na escala ACA
(amperagem).

Ligue o PC na tomada da rede elétrica.


O valor indicado no amperímetro será
igual à corrente de consumo da CPU.
O valor indicado no (PC) examinado é de
0,4A em 220V, e de 0,8A em 110V.

Obs.: O valor da corrente de consumo


do PC em 110V é superior, à corrente
do PC o qual está selecionado para
trabalhar em 220V.

Atenção: Podemos usar este método para determinar a corrente de consumo dos equipamentos eletrônicos e
depois dimensionar o fio condutor, como também o disjuntor que iremos utilizar.

Explicação: Usamos um multímetro digital, o qual possui uma escala (ACA) de medida. Muitos multímetros
não possuem essa escala (ACA), possuem apenas a escala (DCA) ou (DCmA). Esse teste só poderá ser
efetuado com o multímetro que possua a escala (ACA). Você deve ter muito cuidado, caso deseje efetuar
esse exame, com um amperímetro de linha.
"
Determinando a corrente de consumo do PC, mais monitor color de 15” LCD

Obs.: CPU Pentium IV ≅ 80W


“Monitor 15” (LCD) ≅ 27W

Atenção: A CPU e o monitor estão recebendo 110 v do estabilizador, através do amperímetro 2 de (ACA). A
corrente indicada no mesmo é de 0,98 A= 980 mA.

Calculando a potência:

P=VXI = PW = 110V X 0,98 A = 107,80 W

A corrente elétrica consumida da rede elétrica em 220 V, será determinada pelo Amperímetro 1.

A corrente indicada é de I= 0,487 A = 487mA

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Calculando a Potência:

P = V X I = Pw = 220V X 0,487 A = 107,80W

Atenção: O alicate amperímetro não foi utilizado para determinar à corrente, porque o valor foi inferior aos 2A,
sendo assim, é mais preciso utilizar o amperímetro de linha.

Aprendendo a calcular a corrente elétrica total de consumo na rede elétrica, para linha de informática

A nossa sala de informática possui os seguintes equipamentos:


(1) Uma impressora laser ≅ 500 W (depende do seu modelo)
(10) Dez computadores (PC-IV + monitor de 19” LCD)
(2) Duas impressoras jato de tinta = Potência total = 100 W

Obs.: (1) Um (PC-IV + Monitor 19” LCD) consome aproximadamente 120W, logo (10)
computadores teremos: 10 X 120W = 1200W.

Obs.: Monitor 19” LCD ≅ 40W


Impressora laser Colorida Pw ≅ 500W
Impressora laser Preto Pw ≅ 300W

Solução: É necessário determinar a corrente elétrica total.


P
Pot = Volt x Ampère, ou seja, P = V x I  I=
V
A potência total = 1200 W + 100 W + 500 W = 1800W

P
I= = 1800 W ≅ 8,1A  (Esta é a corrente total dos equipamentos)
V
Sabemos agora que a corrente total é de 8,1 A, logo desejando instalar um disjuntor nesta rede elétrica, esse
deve ser de (50% a 100% além do valor estabelecido para a corrente calculada.

Calculando o Disjuntor = Corrente (total) calculada x 1,5 = 8,1A x 1,5 = 12,15 Ampères

Você também pode usar

Calculando o Disjuntor = Corrente (total) calculada x 2 = 8,1A x 2 = 16,2 Ampères

Veja agora a relação matemática entre resistência ôhmica, corrente elétrica, tensão elétrica e potência elétrica.
Ao submeter um condutor a uma determinada ddp, já sabemos que haverá uma corrente passando através
desse condutor. Como todo condutor possui uma resistência ôhmica, haverá, portanto, uma relação entre a
tensão elétrica, corrente elétrica , resistência elétrica e potência elétrica.

Relação: V=RxI 
Obs.:
V = tensão entre os terminais dada em Volts.
R = resistência do condutor dada em Ohm.
I = corrente no condutor dado em Ampère.

Ex: Um determinado condutor tem uma resistência ôhmica de 10Ω e está submetido a uma tensão, ou seja,
uma ddp de 110Volts.

Qual será a corrente que passa pelo condutor?

Relação: I=V÷R 
Obs.:
V = tensão entre os terminais dada em Volts.
R = resistência do condutor dada em Ohm.
I = corrente no condutor dado em Ampère.

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110 Volts
I = V/R ⇒ I = = 11 A
10 Ω
A potência elétrica também se relaciona com a corrente e a tensão através da relação dada por:

Relação: P=VxI 
Obs.:
P = Watt
V = Volts
I = Ampère

Qual a potência gerada pela corrente que percorre o condutor que está transferindo uma corrente
igual a 11A?

P = V x I ⇒ P = 110 x 11 = 1220W

A potência elétrica se relaciona com a resistência e a corrente através da equação:

Relação: P = R x I2

Obs.:
P = Watt
V = Volts
I = Ampère

Um condutor com 10Ω de resistência ôhmica e submetido a uma corrente de 11A.

Perguntamos qual a potência elétrica no condutor?

P = 10 x 11² = 1210W

Com o uso das quatro equações acima ,,, , podemos obter o dimensionamento de uma rede de
alimentação.

Resolver os Problemas a seguir:

Um computador é alimentado com uma tensão de 220v ac e a corrente de consumo é de I = 0,54


Ampère, qual a potência elétrica do computador em estudo?

Solução: Pot = V x I Logo: Pot = 220 v x 0,54A = Pot(W) = 118,8 Watts.

Qual a corrente que passa pelo condutor que alimenta este PC?

Solução: P = V x I Vamos usar I = P ÷ V = 118,8W ÷ 220 v = 0,54A.

Rede elétrica – ligação da tomada 2P+T

Os computadores são equipamentos eletrônicos mais sensíveis que alguns outros aparelhos que utilizam a rede
elétrica, sendo assim, necessitam pela sua sensibilidade de um sistema de proteção elétrica mais eficaz. Nesse
caso, o uso do aterramento (fio terra) é indispensável.

A instalação é baseada no uso da tomada de 3 pinos como mostra a figura a seguir, conhecida tecnicamente
como tomada 2P + T.

Forma de ligação da tomada (2P + T) fêmea (vista de frente):

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Atenção: O que pode causar um mau aterramento em um computador?

O computador pode provocar choque elétrico no usuário. (Quando a CPU, monitor, impressora, estabilizador, ou
no-break estiver com defeito).
O computador fica mais sensível a interferência e picos de energia, presentes na rede elétrica. (provocando
travamento).
Em caso de defeito na fonte, as placas podem ser afetadas.
Equipamentos como estabilizadores, no-break ou filtro de linha não funciona com eficiência.
As Impressoras, os HDs, poderão ser danificados pela energia estática.

Obs.: Não devemos utilizar os itens abaixo:

Adaptador do cabo de força sem o pino do aterramento.


Cabo de força do PC sem o pino do aterramento.
Tomada de AC comum, sem o pino do aterramento.

Choque Elétrico

O usuário pode receber uma descarga elétrica do PC quando:


Ligação invertida dos fios da rede elétrica (fase e neutro na tomada 2P + T).

Cabo de força invertido de fábrica.

Ligação invertida Fase/Neutro no interior da fonte. (fontes com baixo controle de qualidade na
fabricação).

Fonte de alimentação do PC com defeito.

Algum periférico com defeito (Ex.: monitor, plotter, impressora).

O estabilizador ou o no-break, estando com vazamento de energia.

Trafo no interior da fonte do PC, com vazamento de energia.

Obs.: Quando um dos itens (a), (b) ou (c) apresenta defeito, todos os equipamentos de uma rede
passam a provocar choque elétrico no usuário.

Método para determinar se a fonte está provocando choque elétrico

Método1: Quando desejamos verificar com o multiteste se existe fuga nos capacitores de linha (AC) da fonte,
que poderão provocar choque elétrico no computador devemos efetuar o seguinte método:

• Fonte desligada da rede elétrica.


• Cabo de força do monitor desligado da tomada fêmea da fonte.
• Multiteste na escala X10K.

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As ponteiras do multiteste deverão ser colocadas nos dois pinos do conector macho da fonte, que recebe a rede
elétrica da seguinte maneira:

A ponteira vermelha no pino da fase e a ponteira preta no pino do terra;


A ponteira vermelha no pino do terra e a ponteira preta no pino do neutro.

Hki053
Gzcokpcpfq"c"gpvtcfc"hcug/vgttc""g"pgwvtq/vgttc"fc"hqpvg"*gue0"Z32M+

O valor obtido poderá ser:


(∞
∞) infinito = Normal – Explicação mais detalhada, pág.
Indicando alguma resistência ôhmica, ou seja, o ponteiro do multiteste deslocando-se, e não retornando ao
(infinito), defeito na fonte.

Método 2: Ligar a fonte com o cabo de força macho, sem o pino do terra na rede elétrica.

Obs.: Podemos usar um adaptador, para eliminar a função do terra.

Ligar uma lâmpada de 220 v/5 w, entre o neutro e a carcaça da fonte. (verificar o valor da tensão da rede
elétrica para usar a lâmpada adequada).

Hki054 Hki055

Vguvcpfq"c"hqpvg"eqo"q"oêvqfq"fc"nãorcfc Cfcrvcfqt

Podemos verificar:
a) No caso da lâmpada acender com alta ou baixa luminosidade, existe vazamento de energia.

b) No caso da lâmpada não acender, a fonte não está com vazamento de energia.

Importante: Podemos resolver o problema do choque elétrico reforçando o aterramento, (interligando uma
nova haste de aterramento a já existente), mas na realidade não estamos retirando o defeito, estamos apenas
ocultando o defeito do usuário, e provocando um aumento na sua conta da energia elétrica. Esse método
não é correto, mas é muito utilizado pelas lojas e as assistências técnicas autorizadas dos fabricantes de
computadores. O correto é retirar o defeito e não esconder esse problema.

Estabilizadores de Voltagem

Função: Estabilizar a tensão elétrica ACV na sua saída, como também reduzir as variações da tensão elétrica,
que irá alimentar o computador ou outros equipamentos eletrônicos.

Atenção: Um estabilizador possui um limite mínimo e máximo de tensão ACV de entrada, no qual abaixo ou
acima deste valor, o estabilizador não mantém correta a sua tensão e corrente ACA de saída correta.

Obs.: A tensão de entrada ACV abaixo de 200V e acima de 230V, o estabilizador não funciona
adequadamente.

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Examinando a tensão alternada na saída do estabilizador

Ligue o estabilizador na tomada (2P + T), e faça a medida da tensão ACV na sua saída com o multiteste. Veja
a Fig.35

Verifique a tensão de entrada e saída do estabilizador.

Obs.: É muito comum você ouvir alguns estalos


provenientes dos relés existentes no interior do
estabilizador, os quais estão ligando e desligando os
circuitos internos desse estabilizador, no momento que
ocorre variações no valor da tensão da rede elétrica de
entrada.

Atenção: Atualmente os estabilizadores possuem uma nova tecnologia, a qual não utilizam os relés. Essa nova
tecnologia utiliza semicondutores, como por exemplo os SCR ou TRIAC, os quais não produzem ruído de
chaveamento, como os relés.

O que é um relé?

Resp.: É um dispositivo (componente eletromecânico) que através de uma determinada corrente em sua
bobina, gera um campo magnético e provoca a ligação dos contatos internos. Sendo assim, possibilita o
fechamento ou a abertura de suas chaves internas, as quais possibilitará ligar ou desligar determinados
circuitos elétricos. Além disso, o relé também possibilita a interligação de circuitos distintos e totalmente
isolados eletricamente entre eles.

Atenção: As vantagens do uso de um estabilizador são as seguintes:


Proteção contra elevação e redução da tensão na rede. (eficiência ≅ 70%)
Mantém o funcionamento normal do PC, mesmo com tensão instável. (Dentro do limite de projeto do
estabilizador)

Evitar problemas no winchester (HD) causados pela rede elétrica. (eficiência ≅ 50%)

Obs.: A potência dos estabilizadores é medida em “VA”, e não em “Watts”, e os valores mais usados
são: 300VA, 600VA, 800VA, 1KVA, 1.2KVA.
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RELAÇÃO DA POTÊNCIA ELÉTRICA CONSUMIDA EM DIVERSOS EQUIPAMENTOS


EQUIPAMENTO POTÊNCIA EM POTÊNCIA EM
WATTS V.A. (aproximada)
PC onboard c/ monitor 15” 100 W 200 VA
Monitor MONO 30 W 60 VA
Monitor COLOR 14” (CRT) 50 W 100 VA
Monitor COLOR 17” (CRT) 100W 200 VA
Monitor COLOR 17” (LCD) 35W 70 VA
Impressora Matricial (em operação) 40 W 80 VA
Impressora a Jato de Tinta 30 W 60 VA
Impressora LASER 600 W 1200 VA

Obs.: A potência elétrica irá mudar de acordo com o modelo do equipamento.

Ex.: Um estabilizador recebendo uma tensão da rede elétrica abaixo de 200V poderá ter uma tensão de saída
um pouco inferior a 110V, isto quando o estabilizador estiver com carga.

Obs.: Quando medirmos a tensão de saída ACV de um estabilizador que está sem carga, a tensão
indicada será superior a 110V. Quando colocarmos carga na saída do estabilizador, está tensão alta
(superior a 110V), tende para 110V. Quando ligamos vários computadores em um estabilizador,
dependendo do consumo total, a tensão de saída poderá ter um valor inferior a 110V. O valor da
tensão ACV de saída não deverá ser inferior a 108V com carga, quando o mesmo estiver sendo
alimentado pela rede elétrica de 110V ou 220V. Caso isso venha ocorrer, o estabilizador estará
trabalhando sobrecarregado ou está com defeito interno.

Limite: Considere normal a tensão de saída de um estabilizador, que alimenta os computadores ligados e que
indique uma tensão na saída entre 108V até 110V com carga.

Atenção: Quando o estabilizador está recebendo a tensão da rede elétrica normal,e sua tensão de saída é
inferior a 108V, o estabilizador poderá trabalhar, mas correndo o perigo de vida útil, podendo ser
danificado.

O estabilizador pode ser: Entrada de tensão Saída de tensão


220 V (AC) 220 V (AC)
220 V (AC) 110 V (AC)
110 V (AC) 110 V (AC) Rio – São Paulo

Atenção: Bivolt (110V ou 220V) 110V (AC)

Cuidado: A chave seletora que existe na parte traseira ou inferior do estabilizador indica a tensão da entrada
da rede elétrica (220V) ou (110V) e não a tensão de saída do mesmo.
Potência (W): É o trabalho realizado pelas cargas elétricas em um circuito resistivo, quando alimentado por
uma tensão continua ou alternada, ou quando um circuito eletrônico é alimentado por uma tensão continua.

Potência (VA): Potência aparente é o trabalho realizado pelas cargas elétricas em um circuito indutivo ou
capacitivo quando alimentado por uma tensão alternada. Ex.: estabilizadores, módulo isolador, no-break.

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Comprando um estabilizador

Quando compramos equipamentos elétricos principalmente transformadores e estabilizadores a unidade de


potência utilizada é o (VA), e como múltiplo (KVA).

A medida em VA está relacionada com a potência através de duas outras grandezas: O fator de potência e o
rendimento. O fator de potência é sempre menor (1) e maior que (0), dependendo da qualidade de
fabricação. O fator de potência poderá ser: 0,5, (0,55), (0,6), (0,7), (0,8), (0,9). Para rendimento vamos
considerar 0,9.

Hki058

Potência de 1000V
Indicada no estabilizador

Fórmulas:

Medida em Watts Pw Pw
Medida da potência em VA ≅ ≅ =
Fator de Potência x Rendimento 0,5 x 0,9 0,45

Pw Pw
 PVA ≅ ≅ + 20%
FP x R 0,45

 Pwatt ≅ (Pva x 0.45) + 20%  Esta fórmula determina a potência em watts, para efeito prático.

Para efeito prático use a aproximação.


Fator de potência ≅ 0,55
Rendimento = 0,9

PVA
Pwatt ≅ (Pva X 0.45) + 20%  Pwatt ≅ + 20%  Use esta fórmula para efeito prático de trabalho.
2
Ex: Vamos supor que desejamos comprar um estabilizador de 1KVA para alimentar alguns equipamentos
eletrônicos, qual será sua capacidade em watts?

Obs.: Como não sabemos o fator de potência e o rendimento deste estabilizador, vamos usar para
Fator de Potência (0,55) e para o Rendimento (0,9), o que implica em usarmos a fórmula .

Solução: 1KVA = 1000 VA

PVA PVA 1000 VA


Usando a fórmula  Pwatt ≅ + 20%  Pwatts ≅ = = Pwatts ≅ 500W + 20% ≅ 600W
2 2 2
"

Atenção: Sabemos que 1 PC Pentium 3.0 GHz + Monitor 17” CRT a cores, consomem em média um total de
170W, logo concluímos que um estabilizador de 1KVA ≅ 600W, poderá alimentar 3 computadores deste tipo,
uma vez que o consumo total será de 510W aproximadamente.

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Os Computadores de maior capacidade, com monitores de 17” ou 19”, consomem uma maior potência em
watts, logo concluímos que podemos ligar nesse estabilizador até 600W.

Obs.: Na prática, você deve verificar a tensão de saída com carga do estabilizador, a mesma não
poderá ser inferior a 108 v. Observe a temperatura do transformador interno do estabilizador, o
mesmo não poderá aquecer além do normal.

Examinando um estabilizador

Dados
Vamos examinar um estabilizador de 1KVA, entrada de tensão de 220volts(AC) e saída de 110volts(AC).

Explicação: Sabemos que uma potência de 1KVA = 1000VA.

PVA
Pw = = 20% = equação por aproximação prática
2

Utilizando a equação 3, para relacionar a potência em VA, com a potência em watts.


Vamos ligar um estabilizador de potência = 1KVA na rede elétrica de 220V, e provocar um consumo elétrico no
mesmo de aproximadamente 511W, referente a 7 lâmpadas de 200W / 220V cada, as quais estão ligadas em
paralelo, e sendo assim, irão receber 110V cada, totalizando a soma de consumo igual a 511W.

Obs.: Cada uma delas consumindo aproximadamente 73W quando alimentado com 110V.

Testando um estabilizador de tensão, para saber se o mesmo está sobrecarregado ou com defeito

Método: Devemos sempre medir a tensão (ACV), na saída do estabilizador com carga. No caso de indicar uma
tensão inferior a 108 volts (ACV),e estando o mesmo recebendo a tensão da rede elétrica normal, esse
estabilizador poderá está sobrecarregado ou com defeito .consideramos que o mesmo está trabalhando
sobrecarregado, e neste caso devemos aumentar a capacidade do estabilizador para 1200VA ou superior.

Hki059 Hki05:

Vguvcpfq"wo"guvcdknk|cfqt"eqo"ectic Gzcokpcpfq"c"vgpuçq"fq"guvcdknk|cfqt"eqo"ectic

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