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Gêneros discursivos

e sequências
textuais
INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS DE LÍNGUA PORTUGUESA II
PROF. DR. PAULO ROBERTO GONÇALVES SEGUNDO – 10.08.2015
Introduzindo a noção de gênero
discursivo
Gêneros discursivos (genres) consistem em modos de ação sociossemióticos, ou seja,
em padrões de ação linguística socialmente motivados e funcionalmente coesos que
estruturam, parcialmente, a produção de sentido.

Motivação social  diz respeito às demandas comunicacionais e práticas inerentes


aos diversos campos de atividade humana. Ex.: educação, jornalismo, publicidade,
ciência, direito, etc.

Coesão funcional  relaciona-se à relativa estabilidade do gênero no que se refere


aos padrões linguísticos que realizam determinadas funções intrínsecas à realização
de determinadas atividades.

Gêneros são padrões acionais; em outros termos, consistem em coerções sociais e


semióticas que embasam a produção linguística. Entretanto, a produção real sempre
põe em risco a integridade do gênero, colocando-o numa tensão entre estabilidade
e dinamicidade.
Perspectivas sobre gênero discursivo

+ Estrutural

Retórica; Kabatek;
Bakhtin Miller

+ Estabilidade + Dinamicidade

Hasan;
Marcuschi
Martin

+ Funcional
Círculo de Bakhtin
Bakhtin (2003: 262) define gênero discursivo como “tipos relativamente estáveis de
enunciado”, determinados pelas especificidades de uma dada esfera (ou campo) da
atividade humana, cuja realização se manifesta na construção ou forma
composicional, na temática e no estilo.
Esfera/campo: cada esfera delimita um modo específico de refratar a realidade,
especialmente no que tange às demandas de base socioeconômica, orientando-a à
sua própria maneira, visto que cada esfera tem uma função determinada na vida
social. Dessa forma, o campo se constitui em “um espaço de refração que condiciona
a relação enunciado/objeto de sentido, enunciado/enunciado, enunciado/co-
enunciadores” (GRILLO, 2005: 175).
Forma composicional: refere-se à estrutura da obra, que funciona como agente
organizador do material discursivo em um determinado gênero.
Temática: entende-se por temática de um gênero os princípios de seleção dos assuntos,
as formas definidas de ver e conceituar a realidade, o que inclui a profundidade e a
orientação da abordagem.
Estilo: seleção dos recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais de uma língua,
aplicados a um texto, sob a coerção da forma composicional e da temática, elementos
que, por sua vez, determinam o grau de liberdade expressiva concernente a um
determinado gênero.
Marcuschi
Marcuschi (2008) propõe que os gêneros sejam tratados a partir dos
seguintes traços e características:
a. são históricos e têm origem em práticas sociais;
b. têm caráter sociocomunicativo;
c. estabilizam determinadas rotinas de ação;
d. tendem a possuir uma forma característica;
e. não podem ser definidos apenas por seu aspecto formal;
f. a funcionalidade consiste em seu traço central e consiste no elemento
que lhes dá maleabilidade e definição;
g. são eventos com contrapartes tanto orais quanto escritas.
O autor também destaca a questão do suporte. VÍDEO
Gêneros x Sequências textuais
Sequências ou tipos textuais são construtos teóricos e abstratos definidos por
propriedades linguísticas. Não se constituem em textos empíricos e
configuram-se em um número limitado de categorias.

SEQUÊNCIAS TEXTUAIS ENTRAM NA CONSTITUIÇÃO DOS GÊNEROS DISCURSIVOS.

Adam propõe cinco tipos textuais:


a. Narração O autor reformulou certos aspectos
b. Descrição da teoria em obra recente.
Entretanto, procuraremos nos ater à
c. Argumentação formulação inicial, apenas focando
d. Injunção em alguns elementos da nova
proposta.
e. Exposição
SEQUÊNCIA NARRATIVA
(sucessão temporal e causal)

Situação Final
Situação Inicial Nó Reação ou Desenlace
(+ Avaliação
(Orientação) Desencadeador Avaliação (Resolução)
Moral)
SEQUÊNCIA NARRATIVA
A CIGARRA E A FORMIGA (A FORMIGA BOA)
Monteiro Lobato

Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé do formigueiro. Só parava quando cansadinha; e seu
divertimento era observar as formigas na eterna faina de abastecer as tulhas.
Mas o bom tempo afinal passou e vieram as chuvas, Os animais todos, arrepiados, passavam o dia cochilando nas tocas.
A pobre cigarra, sem abrigo em seu galhinho seco e metida em grandes apuros, deliberou socorrer-se de alguém.
Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro. Bateu – tique, tique, tique...
Aparece uma formiga friorenta, embrulhada num xalinho de paina.
— Que quer? – perguntou, examinando a triste mendiga suja de lama e a tossir.
— Venho em busca de agasalho. O mau tempo não cessa e eu...
A formiga olhou-a de alto a baixo.
— E que fez durante o bom tempo que não construí a sua casa.
A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois dum acesso de tosse.
— Eu cantava, bem sabe...
— Ah!... exclamou a formiga recordando-se. Era você então que cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos para
encher as tulhas?
— Isso mesmo, era eu...
— Pois entre, amiguinha! Nunca poderemos esquecer as boas horas que sua cantoria nos proporcionou. Aquele chiado nos
distraía e aliviava o trabalho. Dizíamos sempre: que felicidade ter como vizinha tão gentil cantora! Entre, amiga, que aqui terá
cama e mesa durante todo o mau tempo.
A cigarra entrou, sarou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol.
SEQUÊNCIA NARRATIVA
Daí você está dentro do táxi, se preparando pra ir embora, pede pro taxista encostar. Você olha pro lado
esquerdo e vê um carro ultrapassando o seu táxi parado, buzinando e xingando. Você acha isso estranho, mas até
aí tudo bem, você mora no Rio de Janeiro, todo mundo é estressado no trânsito, é normal.
Daí você olha pra frente e o carro que te ultrapassou parou, o motorista saiu do carro PUTO, xingando o taxista e
começou a falar um bando de merda para o taxista que eu não consegui ouvir. Só sei que o taxista resolveu
responder ao senhor mal humorado. O cara não ficou muito feliz com a resposta, foi lá e entrou no carro deu uma
ré, bateu no táxi e saiu. Eu e Samu estávamos dentro do táxi. Completamente sem reação, só sei que pagamos dez
reais pro taxista e ele foi atrás do cara sabe se lá pra que.
Daí você fica nervoso na hora, relaxa depois, vai lá e come sua comida e na volta pra casa no outro táxi você
resolve ser simpático e contar essa história pro taxista. O cara acha um absurdo, fala que tem gente que tem o
demônio no corpo e tudo e tal. Daí 100 metros depois a gente fica preso na rua porque tem um caminhão tirando
uma caçamba da rua e bloqueou a rua por uns 5 minutos, até que o taxista se cansou e deu a volta pelo
caminhão e resolveu se enturmar e contou a história dele: "Teve uma vez que aconteceu um negócio parecido
comigo com esse negócio aí do táxi de vocês e parecido também com o caminhão. Eu fui deixar o passageiro
numa boate, encostei o carro direitinho, deixei o passageiro, tinha espaço pra manobrar, tudo tranquilo. Daí veio
um playboy bombadinho que tava atrás de mim, saiu do carro cheio de moral e veio reclamar do meu carro. Daí
eu fui conversei com o maluco, ele veio querendo arrumar confusão, então eu fui, peguei a minha pistola" (Nisso eu
percebi a tensão no olhar do Samuka) " apontei pra ele e falei " tu só não vai morrer aqui porque tá cheio de gente
aqui na rua vendo pq senão vc rodava, maluco" "
Depois disso pedimos pra descer do táxi, meio tensos. O cara percebeu e falou que desde esse episódio ele não
anda mais com a pistola no carro pra não fazer besteira. Acho que é isso por hoje.
TIPO DESCRITIVO

Presença de
Apresentação de Realização de
conectivos e
propriedades, de analogias
articuladores
características, de (comparação e
espaciais e
componentes metáfora)
situacionais

Descrição perceptual
Predomínio de verbos
(sinestésica) x
no Presente e no
Descrição epistêmica
Pretérito Imperfeito
(conhecimento)
TIPO DESCRITIVO
Produto da Semana – Slim Shake Mundo Verde Seleção
22/7/2013

O Slim Shake Mundo Verde Seleção é um alimento rico em fibras, elaborado para
auxiliar em um emagrecimento saudável e progressivo. Possuem em sua
formulação proteínas, vitaminas e minerais que tornam o produto nutricionalmente
balanceado, para ser utilizado como substituto de até 2 refeições diárias.
Seu diferencial é o alto teor de fibras, apresentando 4,5g de fibras por porção, ou
seja, 18% da quantidade diária recomendada para esse nutriente que promove a
sensação de saciedade e contribui para o bom funcionamento intestinal.
Os Shakes Mundo Verde Seleção são encontrados nos sabores: baunilha, morango
e chocolate.

Fonte: Bruna Murta


Nutricionista da rede Mundo Verde
http://www.mundoverde.com.br/Noticia/2013/07/22/Produto-da-Semana-%96-Slim-
Shake-Mundo-Verde-Selecao/
TIPO INJUNTIVO

Imperativo ou Encadeamento
Prescrição de
Formas sequencial- comportamento
modais temporal
TIPO INJUNTIVO
Segredos da beleza indiana
Corpo macio e descansado
Banho relaxante
Na banheira
 5 gotas de cada óleo essencial: camomila, erva-doce, lavanda, cedro e sálvia
 1 colher (sopa) de óleo-base
Dilua as cinco gotas de cada óleo essencial no óleo-base. Preencha a banheira
com água quente e adicione a mistura de óleos. Permaneça em imersão durante
15 a 20 minutos. Se desejar, pode acrescentar flores de ação medicinal (exemplos:
camomila ou rosas).
No chuveiro:
 Óleo de gergelim (o suficiente para o corpo todo)
Após o banho, feche o chuveiro e, com a pele úmida, realize uma automassagem,
com movimentos circulares e ascendentes, por todo o corpo, usando o óleo de
gergelim. Retire o excesso com água e enxugue-se suavemente.
Combinação (composicionalidade
sintagmática) de sequências textuais
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TIPO EXPOSITIVO
Análise ou síntese de representações conceituais
numa ordenação lógica

Predomínio do Presente, Futuro do Presente, Pretérito


Imperfeito

Encadeamento lógico preferencial. Função


referencial se destaca.
TIPO EXPOSITIVO
A imprensa de bairro constitui-se em uma esfera midiática e jornalística cujo nicho de mercado é o regional e o
cotidiano, dando corpo e voz públicos a atores sociais potencialmente relegados ao anonimato. Nesse sentido,
trata-se de um conjunto de organizações com fins lucrativos que se nutrem do processo de desmassificação dos
meios para garantir seu espaço no mercado simbólico e midiático.
Em consequência disso, tal modalidade de imprensa atua no sentido de

intermediar a relação entre público e privado, entre os desejos e reivindicações da comunidade que ela mesma constrói
em face das instâncias de poder decisório regionais, construindo-se em complacência no que se refere às representações e
valores projetados da comunidade como modo de estabelecer vinculação e captação em relação ao público [...]
(GONÇALVES SEGUNDO, 2011: 422).

Em linhas gerais, os editoriais publicados pela imprensa local consistem em textos predominantemente avaliativos,
orientados a conduzir o consumidor textual a crer em dada representação da realidade ou a agir mediante um
projeto de mundo, ambos legitimados textualmente pela instituição, a partir de uma perspectiva comunitária,
orientada pelos valores partilhados entre o jornal e a comunidade em que o veículo circula. Em termos temáticos,
os textos abrangem, de modo geral:
1. a análise de acontecimentos ou da conjuntura relevante em termos do domínio sociopolítico nacional e
internacional;
2. a análise de acontecimentos ou da conjuntura relevante no domínio regional;
3. a apresentação avaliada de eventos significativos de ocorrência extraordinária na região;
4. a abordagem acerca do significado de datas comemorativas;
5. a apresentação do jornal à comunidade, argumentando a favor de seu papel e de sua missão como árbitro
entre a população e as instituições e organizações de poder político, econômico, etc.
(GONÇALVES SEGUNDO, no prelo)
SEQUÊNCIA ARGUMENTATIVA
Dados Logo, Qualificação [Alegação]
(D) (Q) (A)

já que a menos que

Garantia Refutação
(W) (R)

por conta de,


baseado em

Apoio
(B)
SEQUÊNCIA ARGUMENTATIVA
a. Dados (D): Os Dados, por sua vez, consistem nos “fatos aos quais recorremos como fundamentos para
a alegação” (Toulmin, 2006: 140); em outros termos, trata-se de “declarações que especificam fatos
particulares sobre uma situação” (Toulmin, Rieke e Janik, 1984: 37), aceitas como verdadeiras por
determinados grupos sociais, constituindo-se, portanto, no ponto de partida para que uma alegação
seja proposta.
b. Alegação (C): Alegações podem ser definidas como “asserções apresentadas publicamente para a
aceitação geral”, o que implica “haver ‘razões’ subjacentes para que se possa mostrar que são ‘bem
fundamentadas’ e, portanto, passíveis de ser aceitas de modo geral”.
c. Garantia (W): Garantias são proposições gerais que estabelecem raciocínios hipotéticos que permitem
legitimar o passo de D para C.
d. Apoio (B): Apoios são considerações de suporte, de caráter campo-dependente, que tornam explícito
o conjunto de experiências e de conhecimentos que nos permite confiar na garantia.
e. Refutação (R): Refutações são “tipos de circunstâncias excepcionais que, em casos específicos,
podem refutar as suposições criadas pela garantia” (Toulmin, 2006: 153). Entretanto, a Refutação pode
também se aplicar a outros componentes do modelo, como D e B. O que parece defini-la é a
possibilidade de minar a força do argumento como um todo, invalidando, parcial ou totalmente, a
Alegação.
f. Qualificação (Q): A Qualificação refere-se ao grau de comprometimento ou validação autoral sobre
a Alegação, tendo em vista a força de convencimento da garantia para estabelecer o vínculo D-C.
SEQUÊNCIA ARGUMENTATIVA
“Agora você é professor da USP; deve estar rico”.

X é professor da USP portanto, provavelmente X é rico

Já que: a USP é uma Universidade de ponta; A menos que: ele sustente 3 filhos
Instituições de ponta tendem a pagar bem ele seja viciado em y
ele seja professor assistente
SEQUÊNCIA ARGUMENTATIVA
César Tralli – O senhor concorda com o presidente Lula quando ele diz que o mensalão não existiu?
Fernando Haddad – Eu penso que o presidente Lula está fazendo referência a um aspecto que é a
questão da coalizão da base aliada, ele está fazendo referência a esse aspecto especificamente.
Porque, na visão dele, não é razoável imaginar que um parlamentar do PT precisasse receber recursos
para votar com o governo. Essa é a consideração que ele faz.

Fonte: Entrevista concedida por Fernando Haddad, no jornal SPTV, transmitido pela Rede Globo
(22.09.2012).
Endereço da página:
http://g1.globo.com/sao-paulo/eleicoes/2012/noticia/2012/09/fernando-haddad-do-pt-e-entrevistado-pelo-sptv.html
SEQUÊNCIA ARGUMENTATIVA
D1: W1: já que R: a menos que Q [C1]:
Membros do PT já <Membros da base Não é razoável/é
integram a coalizão da aliada do governo improvável [que um
base aliada do votam, via de regra, parlamentar desse partido
governo a favor deste> precise receber recursos
para votar a favor do
governo]

B1: por conta de <favorecer governabilidade, permanência no Notações:


poder, aprovação de projetos, etc.> : domínio POLÍTICA [ ] = conteúdo
D2 = C1: W2: já que R: a menos que Q [C2]: qualificado da
É improvável que <Apenas membros Modalidade categórica alegação;
membros da base de partidos de vigente na pergunta de < > = conteúdo
aliada precisem oposição teriam CT. implícito de
receber recursos para razões para exigir [O mensalão não existiu]. qualquer elemento
votar a favor do dinheiro para votar do modelo;
governo com o governo> Fonte Normal =
formulado por CT;
Itálico = formulado
B2: por conta de <todo o conhecimento prévio que se tem sobre por FH.
a conjuntura política, alianças, dissensões e interesses partidários> :
domínio POLÍTICA

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