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2010

PORTUGUÊS
Anéis | Bielas | Bronzinas | Camisas |
Filtros | Kits | Pistões | Válvulas | Bombas de Água
Piston Ring Sets | Conrods | Engine Bearings | Cylinder Liners |
Filters | Kit Sets | Pistons | Valves | Water Pumps
Juegos de Segmentos | Bielas | Cojinetes de Fricción | Camisas |
Filtros | Conjuntos | Pistones | Valvulas | Bombas de Agua

Fundamentos Página 2
Instruções para uso do catálogo Página 4

Basics Page 38
Instructions for Using the Catalogue Page 40

Fundamentos Página 74
Indicaciones para la utilización del catálogo Página 76

Declaração / Disclaimer / Declaración

A nomeclatura e descrição de motores, veículos, Names, descriptions, figures of engines, vehicles, La nomenclatura y las descripciones de motores,
produtos, fabricantes, etc. que aparecem neste catálogo products, manufacturers etc. are only for reference. vehículos, productos, fabricantes etc. que aparecen en
são referencias para fins comparativos. As peças The parts in this catalogue are spare parts of KS este catálogo, sólo se indican para fines de comparación.
listadas neste catálogo são itens de reposição com guaranteed quality, suitable for the applications listed. Las partes que aparecen en este catálogo son
qualidade garantida KS para as aplicações indicadas. repuestos de garantizada calidad KS, para las
aplicaciones indicadas.
FUNDAMENTOS

Prólogo
Os produtos originais KS são À medida que são fabricados, todos
produtos de reconhecida qualidade. os produtos são submetidos a um
A confiança depositada em nossos minucioso e estrito controle da
produtos tem satisfeito exigências em qualidade KS, que as montadoras
diversas ocasiões, em equipamentos reconhecem como exemplar.
originais de fabricantes de motores Além disso, os contínuos trabalhos
de primeira linha, no campo interna- de pesquisa e desenvolvimento
cional e no mercado de reposição. contribuem para melhoria das
matérias primas e elevação na
durabilidade dos produtos.
A marca KOLBENSCHMIDT é sinônimo
de garantia na alta qualidade da
produção, desenvolvimento e serviço.
PORTUGUÊS

Orientações importantes
As informações e dados contidos Os números usados pelos fabri-
neste catálogo mesmo que cuida- cantes de veículos e motores para
dosamente elaborado, não repre- reposição têm somente finalidade
sentam qualquer compromisso ou comparativa interna. Não se trata
responsabilidade de nossa parte de identificação de origem e não
por isso desde já nos isentamos devem ser utilizados por terceiros.
de quaisquer ações tomadas pelo Para isto deve-se contatar o fabri-
usuário deste material. Não nos res- cante ou uma de suas concessioná-
ponsabilizamos por modificações rias oficiais que saibam dar todas
em especificações feitas pelos informações necessárias. Nós
fabricantes de veículos e motores. não nos responsabilizamos pelo
Em casos de dúvida procure nosso conteúdo das tabelas comparativas
departamento técnico. uma vez que algumas modificações
Será bem vinda toda notificação de podem ter ocorrido por parte dos
erro identificado no catálogo nos fabricantes e/ou podem haver varia-
auxiliando nas correcões necessá- ções de dimensões entre diferentes
rias para as próximas edições. Caso fabricantes.
seja encontrado qualquer erro no Cópias ou reproduções integrais ou
decorrer da leitura deste volume parciais deste volume, realizadas
favor comunicar ao nosso depar- sem o nosso consentimento escrito
tamento técnico através do SAKS e/ou sem a indicação da fonte, são
- Serviço de Atendimento Técnico KS proibidas.
0800 721 7878.
A presente versão substitui e anula
Os nomes, descrições, números de todas as versões anteriores. E fica a
automóveis, fabricantes, etc., que nós reservado o direito de proceder
aparecem neste catálogo servem modificações sem prévia notificação.
apenas para fins comparativos.
Os nomes, descrições, esquemas,
números e outros dados listados
servem apenas para explicar e ilus-
trar nossos produtos e em nenhum
caso podem ser tomados como
base para instalação de peças ou
sua construção.

2
FUNDAMENTOS

Índice Página

Prólogo, Orientações importantes ..........................................................2


Índice, Gestão da qualidade ...................................................................3
1. Instruções para usar o catálogo .............................................................4
2. Informações técnicas sobre nossos produtos ..........................................8
2.1 Pistões ...................................................................................................8
2.2 Camisas............................................................................................... 11
2.3 Anéis ................................................................................................... 11
2.4 Kits ...................................................................................................... 13
2.5 Bronzinas ............................................................................................ 20
2.6 Válvulas............................................................................................... 28
2.7 Bombas de água.................................................................................. 31
3. Lista de fabricantes ........................................................................... 109

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4. Aplicação de motoress ........................................................................ 113
5. Lista de Produtos ............................................................................... 121
6. Referência cruzada ............................................................................ 449
7. KS antigo  KS novo ......................................................................... 527
8. KS novo  KS antigo ......................................................................... 535
9. Peça - Par / Jogo ................................................................................. 543

Gestão da qualidade
Os produtos da KS destacam-se por partir da apresentação do defeito.
sua alta precisão, atingida através O período de prescrição para recla-
do desenvolvimento profissional de mação por defeito é de 24 meses
produtos e processos, modernos contados a partir da data de entrega
métodos de fabricação e rigorosos do produto.
controles de qualidade. Reclamações por defeito estão exclu-
Nosso sistema de gestão da qua- ídas se o produto tiver sido modifi-
lidade está certificado segundo a cado por terceiros ou por incorpo-
ISO 9001:2000 e é constantemente ração de peças provenientes de ter-
revisado e melhorado. Se apesar ceiros. São excessões casos em que
dos controles efetuados ao longo do não haja uma relação causal entre o
processode producão e do rigoroso defeito e a modificação efetuada.
controle final, for identificado um As mesmas exclusões de garantia se
defeito de material ou fabricação em aplicam caso o produto não tenha
algum produto nosso, garantimos sido instalado e manuseado em con-
dentro do prazo prescrito o ressarci- formidade com as instruções.
mento das despesas efetuadas com Nossa garantia não cobre o desgaste
a aquisição dos produtos. normal das peças e nem danos
As reclamações por defeitos devem resultantes de condições inadequa-
ser comunicadas por escrito dentro das de utilização.
de um prazo de 30 dias contados a

3
FUNDAMENTOS

1. Instruções para usar o catálogo

Índice de Motores
A informação para cada fabricante é relacionada de forma a facilitar a busca.
A identificação do motor é classificada em ordem alfa-numérica.

Fabricante
PORTUGUÊS

posição

Índice de veículos
A informação para cada fabricante é relacionada de forma a facilitar a busca.
A identificação do veículo é classificada em ordem alfa-numérica.

Fabricante

posição

4
FUNDAMENTOS

Dados relativos aos produtos


As páginas do catálogo são formadas por blocos de informações conforme
mostrado a seguir:

Posição Linha de motor/modelo Linha de fabricante

Fabricante

PORTUGUÊS
Característica técnica da válvulas Ilustração da biela

Característica técnica da camisa e kit Característica técnica da bomba de ãgua Ilustração da bronzinas

Característica técnica do pistão

Linha para motor

Posição: (numeração sequencial Ano modelo de  até


para cada fabricante) Número de válvulas

Potência

Diâmetro Ø nominal do cilindro Cilindrada Curso

Linha de modelo Combustível* Número de cilindros Taxa de compressão

Indentificação do motor e atendimento Tipo de aspiração *


a legislação de emissões

* Veja lista de abreviaturas 5


FUNDAMENTOS

Dados do pistão

Característica técnica de pistão Comprimento/Ø do pino

Tipo de pistão Quantidade dos anéis


PORTUGUÊS

Dados de kits e camisas

N° da camisa Medida externa do colar Altura de colar

Medida externa Comprimento

N° do kit N° do pistão

Dados de bronzinas e bielas

Tipo de bronzina Diâmetro do eixo

Diâmetro do alojamento Espessura

N° de bronzina Jogo/Par Largura Observação

N° de biela Medidas Material

6 * Veja lista de abreviaturas


FUNDAMENTOS

Dados de válvulas

Válvula de escape Material da haste

N° de válvulas Material Válvula material do núcleo

Válvula de admissão Ângulo de assentamento ponta da haste

Diâmetro da cabeça – diâmetro da haste


– comprimento total

PORTUGUÊS
Dados de bombas de água

Nº de bomba de água

Restrição

* Veja lista de abreviaturas 7


FUNDAMENTOS

2. Informações técnicas sobre


nossos produtos

2.1 Pistões
A segurança de funcionamento
e vida útil de um motor reparado
dependem principalmente dos
pistões que se tenha montado.
Ao fazer reparação é preciso
assegur ar que as demais partes
do motor atendam aos requisitos
indispensáveis a fim de que a
qualidade dos pistões KS não sofra
desvantagens e funcione em seu
máximo desempenho. A montagem
dos pistões KS nas reparações de
motores deve ser precedida de uma
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cuidadosa preparação do motor.

8
FUNDAMENTOS

Tipos de pistões

Os pistões se diferenciam pelas


seguintes características:

PORTUGUÊS
Pistão fundido monometálico Pistão forjado monometálico Pistão com anel com dilatação
controlada

Pistão com chapas reguladoras de Pistão com inserto e canal de refri- Pistão com chapas reguladoras de
dilatação geração dilatação e insertos

Na cabeça do pistão é dada indica- Exemplo:


ção sobre o diâmetro nominal do Ø Pistão 84,00 mm
pistão e a folga ideal do pistão. A Folga 0,04 mm
soma de ambos resulta na medida
do diâmetro do cilindro. Ø Cilindro 84,04 mm

B = Folga e direção
de montagem
C = Marca e data
de fabricação

Frente do motor Traseira do motor


Frente A = Diâmetro
nominal do pistão
Montagem
Frente Frente Frente Frente
PM = Ponto de medida na saia

Polia Volante
FM = Folga entre cilindro e pistão

9
FUNDAMENTOS

Termos técnicos e denominações dos pistões


PORTUGUÊS

10
FUNDAMENTOS

2.2 Camisas

Devido a experiência que a KS possui


com Kits, Pistões, Anéis e Camisas,
as camisas atendem às aplicações
mais severas tornando-se excelentes
soluções aos problemas de desgaste,
durabilidade e dissipação térmica.

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Camisa seca Camisa úmida

2.3 Anéis de segmento

Se ao montar os anéis ocorrer


uma abertura excessiva, pode-se
ocasionar uma deformação irrever-
sível. Desmontar e voltar a montar
prejudica a eficiência dos anéis.

A descrição dos vários tipos de anéis


e suas respectivas abreviaturas
estão listados na próxima página.

11
FUNDAMENTOS

R ET T M/SM N NM

R Anel retangular M Anel de face cônica S Anel de óleo de G Anel de óleo com
faces retas face reta e chanfros
ET Anel trapezoidal de SM Anel ligeiramente assimétricos
uma face cônico

T Anel trapezoidal de N Anel napier


duas faces 6° ou 15°
NM Anel napier de face
cônica
PORTUGUÊS

D Anel de óleo com SSF Anel de óleo com GSF Anel de óleo com DSF Anel de óleo com
face reta e chanfros face reta com face reta e chanfros face reta e chanfro
simétricos expansor helicoidal assimétricos com simétricos com
expansor helicoidal expansor helicoidal

SLF Anel de lâminas UF Anel tipo U-Flex SEF Anel com expansor
de aço (raspador) poligonal

12
FUNDAMENTOS

2.4 Kits originais KS

O kit original KS é composto de um


pistão completo (com anéis, pino e
travas) assim como de uma camisa,
que também pode ser fornecida
com anéis de vedação e calços. O
kit como fornecido na embalagem
deve ser montado como peça de
reposição, sem necessidade de
retrabalho adicional (exceto quando
a camisa for semi-acabada). Misturar
camisas e pistões entre si pode
provocar avarias no motor.

Os kits originais KS, compostos pelo


pistão completo e camisa (eventu-

PORTUGUÊS
almente com anéis de vedação e
calços), são fornecidos prontos para
montagem. Ao transportar e manu-
sear os kits deve-se evitar golpes
para que não haja deformação dos
produtos. Antes de iniciar a monta-
gem dos kits originais deve-se asse-
gurar sua correta aplicação.

13
FUNDAMENTOS

Folga e posição do pistão no ponto morto superior (PMS)

Dimensão da folga Saliência ou rebaixo do pistão em Em casos de cilindros aletados


A folga “B” é a saliência ou o rebaixo ponto morto superior para diferen- (motores refrigerados a ar), a dimen-
do pistão medidos em relação a face tes tipos de motores. são “C” corresponde à distância
do bloco quando o pistão está em A dimensão “C” é para ser entendida entre a cabeça do pistão e a
ponto morto superior. A espessura como uma saliência (identificada pelo
da junta e eventuais rebaixos no sinal “+”), ou como um rebaixo (iden-
cabeçote devem ser considerados na tificado pelo sinal “-”) do pistão, no
hora de medir esta folga. ponto morto superior, em relação à
face do bloco. A espessura da junta e
a forma geométrica do cabeçote não
são consideradas.

face de contato do cabeçote no


C+ cilindro.
C–
PORTUGUÊS

Para motores com camisas úmidas,


a saliência ou rebaixo do pistão são
medidos à partir da superfície do
bloco do motor.
A saliência ou um eventual ressalto da
camisa não deve ser considerada.

Nos pistões anodizados


Nunca se deve usinar o topo de
pistões para atingir a folga. Os
pistões anodizados são identificados
pela coloração negra da superfície
do topo. Para se conseguir a folga
necessária deve-se utilizar pistões
com altura de compressão reduzida.
Na maior parte dos casos a variação
da altura de compressão é escalo-
nada em 0,2–0,6 mm.

14
FUNDAMENTOS

Montagem de pistões - Passo a Passo

Preparação do motor

PORTUGUÊS
Inspecionar cuidadosamente o bloco Mandrilar e brunir os cilindros
dos cilindros Mandrilar com precisão o diâmetro
interno dos cilindros com as capas
de mancais montadas e apertadas . de brunir. O ângulo de brunimento
Considerar um desbaste para bruni- deve ser entre 40 e 80 graus. Para
mento de 0,08 mm (relativo ao diâ- que a película do filme de óleo possa
metro interno). A superfície interna aderir bem à superfície do cilindro,
do cilindro brunido deve apresentar a mesma deve apresentar uma certa
pelo menos 20% de veios de grafita rugosidade. São usuais 3 processos
exposta e os veios não devem ter de medição segundo a tabela R t, R a,
esmagamentos ou dobras impedindo R 3z.
a exposição da grafita na superfície.
Use sempre o óleo de brunimento rugosidade superficie de
indicado pelo fabricante da máquina superficial cilindro não
utilizada
Rt (valor de medida 3–6 μm
do aparelho)
Ra (valor de medida 0,4–0,8 μm
do aparelho)
R3Z (análise do diagrama) 4–7 μm

Pedras de brunimento
Desbaste: tamanho do grão 150 para o polimento (com no máximo
(remoção de material em de 10 passadas), usando óleo lubri-
aprox. 0,06 mm no diâmetro). ficante, não se deve remover mate-
Acabamento: tamanho do grão 280 rial, apenas é feita uma limpeza da
(remoção de material em aprox. superfície com o polimento. Brunimento normal
0,02 mm no diâmetro). Verificar o diâmetro do cilindro na
Brunimento de plataforma (platô parte superior, no meio e na parte
/ plateau): tamanho do grão 400– inferior fazendo medidas cruzadas
600 (Remover picos do perfil com do diâmetro na mesma região a 90°
aplicação de passadas rápidas com uma da outra.
leve pressão de contato). Importante: Após brunimento lavar o
Brunimento plataforma
Brunir e escovar: trabalhar com cilindro e bloco.
pedras tamanho de grão 120, 150 e intervalo do tolerância a
180. Para blocos de motor de ferro diâmetro ser respeitada
fundido cinzento liga grau 5–7, para o cilindro
camisas centrifugadas liga grau 5  30–50 mm 0,011 mm
remoção de material entre 0,03 a  50–80 mm 0,013 mm
 80–120 mm 0,015 mm
0,05 mm no diâmetro no máximo. Brunido / polido
 120–180 mm 0,018 mm
Usar escovas Sunnem C30 – PHT731
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FUNDAMENTOS

Só para motores com camisas de A superfície “A “deve ficar perfeitamente


paralela a face do bloco.
cilindro

a) Camisa úmida
1. Antes de proceder a montagem
das camisas limpe com cuidado a
superfície de assentamento da borda
da camisa no bloco do motor não
utilizando ferramenta com arestas ou
pontiagudas. A borda “A” da camisa Assentamento correto
deve assentar em paralelo e deve
estar completamente limpa. Aplique
um lubrificante (ex: óleo) com cui-
dado nos anéis de vedação. A camisa
do cilindro deve ser montada sem
grande esforço evitando-se pancadas
fortes e movimentos da camisa para
PORTUGUÊS

dentro e para fora. A borda saliente


“B” da camisa deve corresponder ao Assentamento incorreto
valor recomendado pelo fabricante do
motor (ex: 0,05–0,10 mm).

2. A montagem da camisa deve ser A falha de ambas medidas de segu-


precedida do seguinte teste preli- rança fará com que a vedação da
minar: introduzir a camisa no bloco câmara de combustão fique prejudi-
sem os anéis de borracha a fim de cada o que eventualmente pode pro-
comprovar se a camisa se encaixa duzir uma deformação considerável
sem interferência (esforço), porque na camisa. Se o assento no bloco
esta pode ocasionar deformações estiver defeituoso será necessário
Ressalto da camisa B
dimensionais na peça. corrigí-lo usinando a superfície
Além disso devemos comprovar se o conforme especificado pela mon-
colar se apóia igualmente em toda a tadora e colocar um anel metálico,
circunferência. Após este teste pode- calço de compensação apropriado
remos medir a dimensão “B” em (para acertar a altura de camisa em
relação ao bloco (valor orientativo: relação à face do bloco). Um assen-
0,05–0,10 mm). tamento defeituoso significa sempre
perigo de quebra do colar da camisa.

3. Ao fazer a montagem final das Em nenhum caso deve-se montar as


camisas os anéis de borracha camisas à base de força ou golpes.
deverão ser lubrificados.

4. Depois de fixada a camisa, verifi- Finalmente, deve-se encher d’água a


que a circularidade com a ajuda de galeria de refrigeração do bloco para
um dispositivo de medição (súbito) que se possa detectar e eliminar à
e se houve contração na região dos tempo possíveis vazamentos.
anéis de borracha, se necessário
verifique a dimensão correta dos
anéis.
Assento perfeito Corrosão na região
assentamento

16
FUNDAMENTOS

b) Camisa seca 1. Antes de proceder com a mon- 4. Para os diversos tipos de moto-
tagem das camisas deve-se limpar res são fornecidas camisas com
cuidadosamente os assentos no sobremedida. A correção dos diâme-
bloco e comprovar que o mesmo não tros internos deformados é obtida
sofreu nenhuma deformação. fazendo a retífica para próxima
medida.
2. Aplicar um lubrificante na super-
fície externa da camisa do cilindro. 5. As camisas secas com colar não
As camisas secas tem geralmente podem ultrapassar a face do bloco
uma sobremedida em relação ao (B = quota de ressalto), devem ficar
bloco do cilindro e tem de ser mon- na mesma altura da face ou estar
tadas sob pressão (ajuste forçado). abaixo até no máximo 0,10 mm
O chanfro da borda “C” tem que (verifique especificações da monta-
corresponder ao raio “D” na camisa dora).
do cilindro.

3. Depois da montagem deve-se

PORTUGUÊS
medir com exatidão o diâmetro da
camisa. A precisão do diâmetro é
alcançada brunindo novamente o
diâmetro interno.

Assentamento correto

Montagem dos pistões

Generalidades
Os pistões KS são protegidos com mede-se o diâmetro nos pontos não
conservantes que não agridem ou con- grafitados da saia ou deve se diminuir
taminam o óleo lubrificante do motor, 0,015–0,02 mm (ref. a espessura de
sendo assim qualquer procedimento grafite na saia) para manter a medida
de limpeza química dos pistões não estampada na cabeça do pistão.
é recomendado. No topo dos pistões
está indicado o diâmetro, folga e
sentido de montagem (por uma seta).
Atentar que o diâmetro do cilindro
corresponde ao diâmetro da saia do
pistão mais a folga de montagem.
Nos pistões com camada de grafite,

Pontos de medição

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FUNDAMENTOS

Montagem dos pistões e bielas


Antes de proceder a montagem Colocar o pistão e a biela conforme
das bielas flutuantes, controlar as o sentido de montagem. Introduza
mesmas quanto a deformação e com cuidado o pino lubrificado nos
torção com um aparelho alinhador. respectivos furos do pistão e no olhal
A tolerância não deve exceder da biela. Evite movimentos bruscos
0,02 mm em cada 100 mm. ao montar.
PORTUGUÊS

Pino flutuante
Para a montagem do pino utilize as
travas de segurança fornecidas; a
montagem só é possível com um
alicate especial. Não utilize travas
de segurança “usadas” e não force
as travas para não causar deforma-
ções permanentes. Gire as travas de
segurança ligeiramente verificando
se as mesmas estão encaixadas cor-
retamente nas ranhuras do pistão.
Posicione as pontas das travas
sempre no sentido do movimento
dos pistões.
Montagem da biela com interferência
(pino fixo)
O furo do olhal da biela deve ter uma
interferência de 0,02–0,04 mm em
relação ao pino. Aqueça a biela entre
os 280–320 °C. (Em nenhuma hipó-
tese deve-se aquecer o pino utilizando
a chama direta, ex. maçarico).
Introduza rapidamente o pino a frio
e bem lubrificado no olhal da biela
usando ferramenta adequada. Em
seguida controle com alinhador
se o pistão esta corretamente posicio-
nado. O resfriamento das peças deve
ocorrer na temperatura ambiente.

Montagem do pistão no cilindro


Limpe o bloco dos cilindros com
cuidado, observando que todas as
superfícies deslizantes estejam bem
limpas e lubrificadas. Na monta-
gem do pistão: comprima os anéis
de segmentos do pistão com uma
cinta de aperto para possibilitar um
deslizamento livre no cilindro. Nos
motores diesel, verifique a folga e
siga estritamente as indicações do
fabricante.

18
FUNDAMENTOS

Informação sobre a montagem Rasgo do anel Gancho de posicionamento


dos anéis dos pistões
Quando montar um jogo de anéis de tida, o efeito de raspagem de óleo
segmento KS em um pistão, utilize se faz na direção da câmara de com-
sempre ferramentas adequedas ao bustão e o anel perde sua função.
diâmetro dos anéis. Observar que a Ao se montar anéis com molas Anel de óleo com gancho de posicionamento
gravação “TOP” deve estar voltada expansoras, assegure-se que as
para cima, na direção da cabeça do extremidades da mola fique sempre
pistão. na posição oposta às pontas do correto:
Desta forma o efeito de raspagem do anel. Os anéis devem ser montados Traço de cor verde Traço de cor vermelha
óleo se faz no sentido da extremi- nas respectivas canaletas do pistão
dade inferior da saia do pistão. Se o de forma que as suas pontas fiquem
anel for montado na posição inver- defasadas 120° uma da outra.
Recomendação de montagem

PORTUGUÊS
errado:

Sobreposição das pontas

Anel de óleo em três peças

Primeiros cuidados com o motor recondicionado

Recomendações para amaciamento Depois do amaciamento


de motores novos ou recondicionados O óleo aquecido flui rapidamente
– Não rode o motor em rotações e limpa todas as partículas estran-
muito baixas. has ao motor que tenham ficado
– Não force o motor com cargas ele- aderidas após o recondicionamento.
vadas porque o efeito de vedação Essas partículas acumulam-se no
dos anéis do pistão ainda não óleo do motor e no filtro de óleo. Os
está otimizado, (ainda não estão primeiros 50 km já são suficientes
perfeitamente assentados) para filtrar a maior parte de todas as
– Cuidado com o uso de produtos impurezas. A primeira troca de óleo
para partida à frio por muito e filtro deve ser feita até no máximo
tempo pois podem diluir o óleo . 500 km após o primeiro enchimento
– Troque as marchas adequada- de óleo.
mente.
– Mantenha o nível de óleo entre o
mínimo e máximo.
– Faça a primeira troca de óleo
entre 500–1000 km.
– Verifique o sistema de arrefeci-
mento: nível da água e tensão da
correia.

19
FUNDAMENTOS

2.5 Bronzinas

As bronzinas são elementos impor-


tantes em todos os motores a com-
bustão. Por isso, seu desenvolvi-
mento está estritamente vinculado a
característica de cada motor. As com-
plexas exigências e cargas cada vez
mais elevadas a que são submetidas
as bronzinas das partes móveis de
um motor, tais como os virabrequins,
as bielas, os pistões e os eixos de
comando, obrigam hoje em dia a
utilização de materiais perfeitamente
adequados as aplicações requeridas.
As numerosas combinações de
materiais disponíveis, permitem aos
PORTUGUÊS

engenheiros, escolher a configuração


mais adequada.

20
FUNDAMENTOS

Tipos de bronzinas e suas denominações.


Superfície de separação Bolsa de Óleo

Bronzinas lisas
As bronzinas lisas são utilizadas tanto para
as bielas como para os mancais principais.
Tratam-se, na maioria dos casos, de bron-
zinas com características “Bi ou Tri-metáli-
cas”.
Nas bronzinas “bi-metálicas” a área de Espessura da
trabalho esta revestida de material anti- parede
fricção, principalmente alumínio com
Superficie frontal Furos de lubrificacao
estanho ou cobre. Nos casos de bronzinas
“tri-metálicas” o material anti-fricção Ressalto de
(cobre com adição de chumbo e estanho) é fixação direito

Largura da
bronzina
aplicado sobre a capa de aço da bronzina,
mediante processo de sinterização-lami- Ressalto de
fixação esquerdo
nação e o material é revestido por uma

PORTUGUÊS
camada galvanizada. Canal interno de Rebaixo de fixação
lubrificação

Dimensäo livre durante a montagem


Medindo-se as extremidades livres
da bronzina, esta dimensão deve
ser maior que o diâmetro do alonja-
mento. Assim se obterá um bom
ajuste na parede do alojamento,
evitando que a bronzina gire ou saia
do lugar.

Ajuste perfeito
0 comprimento do arco formado pela
bronzina deve ser maior que o aloja-
mento. Ao efetuar a montagem, esta
diferença se reduz por deformação
elástica provocada pela pressão
de aperto que assegura o correto
assentamento.

Buchas
Canal interno Bolsa de
de lubrificacäo lubrificacäo
Salvo poucas exceções, são usadas
buchas de material composto (aço e
revestimento) buchas de bielas, eixos
de comando e nos balancins. A partir
de uma cinta do material, são feitos
os canais de lubrificação, furos,
bolsas de lubrificação e dentes da
junção de travamento para posterior-
mente serem terminadas conforme
as especificações definidas.

Espessura da parede Junção de travamento Largura

21
FUNDAMENTOS

Arruelas de encosto do virabrequim


As arruelas de encosto do virabre- Em certos casos, no recondiciona-
quim usadas com as bronzinas lisas mento, seria teoricamente possível
servem para substituir as bronzinas instalar bronzinas de mancal central
flangeadas. Sendo assim, as arrue- em motores que estavam dotados de
las de encosto servem para ajuste arruelas de encosto, mas na prática
axial do virabrequim. Os mancais do se deve instalar de acordo com as
motor são projetados especialmente especificações originais, pois é a
para alojar essas arruelas. Devemos única forma de conseguir as con-
assegurar a correta montagem da dições ótimas dimensionais e do
arruela de encosto no virabrequim, material.
observando o posicionamento das As arruelas de encosto não fazem
travas (quando existentes) para parte do jogo de bronzina de mancal,
Canal de Óleo Trava exterior
evitar que as peças girem. Por isso, sendo necessário pedi-las em sepa-
em mancais que foram projetados rado.
para receber as bronzinas com
flange, não devem ser instaladas
PORTUGUÊS

arruelas de encosto.

Superfície frontal Superfície da partição


Bronzinas de mancal flangeadas

Canal de Óleo
Superfície frontal

Superfície de
deslizamento
Espessura
do flange Guia
entre flanges
Largura da
bronzina

Distância

Bolsa de Óleo

Superfície frontal

Mancal
Esforgos exercidos
durante funcionamento

Pressão exercida
pela embreagem

Bronzina axial
Bronzina radial

22
FUNDAMENTOS

Tipos de bronzinas em motores

Bucha de eixo de comando (NW-L) Buchas do balancin (KH-B) Bucha de biela (furo menor) (PL-B)

PORTUGUÊS

Bronzina de mancal (HL) Arruela de encosto (AS) Bronzina com flange (PASS-L) Bronzina de biela (furo maior) (PL)

23
FUNDAMENTOS

Bronzinas de alto desempenho (HGL)


– “Sputter”
Motores de elevada potência, exigem
especialmente das bronzinas de
biela, materiais com resistência a
fadiga, menor desgaste em condi-
ções de atrito e uma boa resistência
a corrosão por altas temperaturas.
0 processo de pulverização catódica
ou “Sputter” é o método que melhor
permite atingir esses requisitos. Em
condições de alto vácuo, se aplica
por meio de um campo eletromag-
nético finíssimas partículas de
material uniformemente assentado.
A camada de magnetrons obtida se
distingue pela distribuição uniforme
PORTUGUÊS

dos componentes micro estruturais.


A base para o desenvolvimento das
bronzinas sputter foi a liga já exis-
tente composta de material tri-metá-
lico. A camada de deslizamento em
material galvanizado foi substituída
por material “Sputter” que é ainda
mais resistente à fadiga e desgaste.

As bronzinas tipo “Sputter” são ins-


taladas nos pontos de maior sobre-
carga do motor, principalmente as
metades superiores das bronzinas
de bielas e nas metades inferiores
dos mancais. A correta instalação
das metades com “Sputter” é indis-
pensável para o funcionamento
seguro e confiável do motor. Uma
seta mostrada no catálogo define
a sua posição de montagem e as
bronzinas KS tipo “Sputter” vem
marcadas na sua parte posterior.

Dimensões de instalação

24
FUNDAMENTOS

Montagem de Bronzinas – Passo à passo

Preparação

Medição do diâmetro / ovalização e deformação dos furos, bielas partidas retas ou oblíquas

A
B
aprox. 25°

PORTUGUÊS
aprox.
25°

aprox. 25°
B aprox. 25°
C

Medição do diâmetro do alojamento Medição do diâmetro da bronzina

Respeitar rigorosamente as instruções de aperto nos Essas tolerâncias são valores de referência, a não ser que
processos de usinagem e medição. Conforme mostrado o fabricante especifique outros valores.
no desenho, será necessário fazer duas medições: Com referência às tolerâncias dos diâmetros, consulte os
1. Medição do diâmetro do alojamento (sem bronzina) valores indicados no catálogo.

Nota: siga as especificações do fabricante!


Conicidade admissível:
2. Medição do diâmetro com a bronzina montada. Largura (mm) Conicidade (μm)
Calcula-se a medida dos valores A e B e compara-se com até 25 máx. 3
o valor C. O resultado dirá se o furo está com circulari- 25 até 50 máx. 5
dade perfeita. Se for observado uma diferença entre A e B 50 até 120 máx. 7
é porque ocorreu um deslocamento da capa da biela.

Concentricidade dos furos de mancal no bloco do motor

Desvio admissível:
Concentricidade total entre os furos máx. 0,02 mm
Concentricidade entre furos adjacentes máx. 0,01 mm

25
FUNDAMENTOS

Montagem

Após a retífica do virabrequim, é necessário verificar a existência de trincas, e conferir o alinhamento e dimensões
do mesmo.

Controle dimensional de cada


virabrequim A tolerancia maxima de circularidade
Para diâmetro do eixo consulte as é até 1/4 da tolerancia do eixo.
tolerâncias indicadas no catálogo. Tolerancia maxima cônica, convexa e
Observando-se individualmente côncava:
as tolerâncias dos colos (munhão Diametro (mm) Tolerancia (μm)
e moente) sua circularidade e
até 30 max. 3
paralelismo.
de 30 a 50 max. 5
mais de 50 max. 7
PORTUGUÊS

Controle de concentricidade
É necessário verificar concentricidade Desalinhamento permissível nos colos
do virabrequim recondicionado, das bronzinas principais (munhão):
especialmente após o tratamento
Mancal adjacente 0,005 mm
térmico. A concentricidade é medida
Total 0,01 mm
apoiando-se o virabrequim nos
mancais das extremidades. Estas tolerâncias são valores orienta-
tivos a não ser que o fabricante tenha
especificado outros valores.
Os colos das bielas (moentes), devem
estar paralelos aos munhões adjacen-
tes em até 0,015 mm.

Controle dos raios


correto
As medidas dos raios devem corres-
ponder às indicações do fabricante.
Raios reduzidos causam ruptura do
virabrequim e é importante ter aten-
ção especial aos colos das bronzinas
que são temperados. Devendo-se
errado
atentar para a qualidade da superfí-
cie e suas tolerâncias.

Medição do raio
Utilizar o calibre correto durante a
medicao, não podendo apresentar
passagem de luz. Controle de raios Medicão de raio

Dureza da superfície — virabrequim


temperados por inducao ou por calor
As profundidades das camadas colo esteja “com dureza baixa”, em
temperadas nos virabrequins devem consequência de um aquecimento.
permitir a usinagem de todas as Os virabrequins nitretados, sempre
sub-medidas, sem alterar a quali- devem voltar a ser tratados.
dade da têmpera, a menos que, o

Controle de dureza com durômetro portatil

26
FUNDAMENTOS

Superfície de trabalho - rugosidade Condições dos parafusos


da superfície Os parafusos apertados pelo método
Ao ultrapassar as tolerancias prescri- torque-ângulo apresentam tendên-
tas de qualidade da superficie dos cias a deformações permanentes.
colos, causara elevado desgaste. As Deve-se trocar o parafuso quando
profundidades de rugosidade são) atingir comprimento máximo e diâ-
medidas em Ra (CLA) de 0,2 μm no metro mínimo. Também quando
máximo (que corresponde aproxima- apresentar outros defeitos.
damente em Rt 1 μm no max.).
Esta indicação tambêm se aplica
para as laterais das bronzinas com
flange.

Comprovação: compare a bronzina


nova com a recém desmontada.
Este controle confirmará que a sua

PORTUGUÊS
escolha no catálogo foi correta.

Verifique se o ressalto da bronzina


coincide com o rebaixo no aloja-
mento

Lubrificação das bronzinas:


Deve-se lubrificar utilizando uma
almotolia, pois usando o pincel
pode-se transferir impurezas para a
bronzina

Utilize o aperto correto


Deve-se cumprir exatamente as
normas de aperto garantindo as
relações de pressão e ajuste para um
bom funcionamento da bronzina.

Folga axial:
Para reparação, a bronzina de mancal Último passo
flangeada é fabricada com sobre- Todos os componentes do motor
medida. Usina-se o virabrequim devem estar lubrificados. Tenha
removendo material correspondente a certeza que há óleo no cárter.
espessura da bronzina e à folga axial Em motores recém montados
especificada. é preciso mais tempo para que
o óleo chegue às bronzinas. O
Controle da folga axial:
perigo de acontecer um defeito
Verifique os valores corretos através prematuro por funcionamento
das especificações do fabricante ou à seco é muito grande. Este
catálogo KS. problema pode ser evitado
enchendo todo o sistema de
lubrificação com óleo.
Importante!
Certas bronzinas flangeadas e arru-
elas de encosto sobremedidas tem
material lateral à mais.

27
FUNDAMENTOS

2.6 Válvulas

Válvulas de admissão e de escape Quando aberta, durante o ciclo


vedam a câmara de combustão e de escape, a válvula de escape é
regulam a troca de gases de admis- aquecida pelo calor dos gases de
são e escape do motor. As válvulas exaustão. O resfriamento da válvula
são peças que sofrem altos esforços ocorre principalmente por condução
térmicos e mecânicos e que são de calor através da sede válvula para
igualmente expostas à corrosão. o cabeçote enquanto que a trans-
O esforço mecânico é causado pela ferência desse calor pelas guias de
deformação da cabeça da válvula válvula é menor. Válvulas de admis-
devido a pressão de combustão e são atingem temperaturas de aprox.
pelo forte impacto no seu fecha- 300 ° C a 550 ° C e as válvulas de
mento (choque mecânico). Estes escape podem chegar à aproximada-
esforços podem ser influenciados mente 1000 ° C.
e controlados através do projeto do
formato e material da válvula.
PORTUGUÊS

28
FUNDAMENTOS

Construção da Válvula

Válvula de admissão
a) válvula mono-metálica, válvulas devem ser mergulhadas
b) válvula mono-metálica com em um balde com água para neu-
face de assento endurecida, tralizar os efeitos nocivos do sódio.
c) válvula mono-metálica com Após a reação química, a válvula
face / assento de stellite, pode ser descartada na forma habi-
d) válvula bimetálica, tual. O hidróxido de sódio formado
e) válvula bimetálica com com face (soda cáustica) deve ser descartado
de assento de stellite seguindo os respectivos regulamen-
tos locais.
Válvula de escape
a) válvula mono-metálica, Instruções de segurança
b) válvula mono-metálica com face Por causa da violenta reação química
de assento de stellite, e a liberação de hidrogênio quando
c) válvula bimetálica, o sódio reage com a água, as vál-

PORTUGUÊS
d) válvula bimetálica com face de vulas devem ser “neutralizadas”
assento de stellite apenas em salas bem ventiladas ou
ambiente externo. O contato com a
Válvula mono-metálica pele e os olhos deve ser evitado. O
Válvulas mono-metálicas são feitas Durante a operação do motor, o sódio deve ser manuseado apenas
de um único tipo de material. A sele- sódio se torna líquido e é deslocado por pessoal devidamente treinado
ção do material para esta finalidade para cima e para baixo dentro da usando o vestuário de proteção ade-
é baseada em dois requisitos: alta haste devido às forças de inércia. quado (luvas, óculos de proteção,
resistência térmica e boas proprieda- Isto é conhecido como sendo o etc.). Normas de segurança quanto
des anti-fricção. “efeito agitador”(“shaker effect”). ao manuseio de materiais abrasivos,
Neste processo, o sódio transfere cáusticos e gases explosivos devem
parte do calor da cabeça para a ser observadas.
Válvula bimetálica
A válvula bimetálica permite que haste da válvula, o calor é dissipado
um material altamente resistente através da guia de válvula para o Válvulas com assento revestido de
ao calor e corrosão seja usado na cabeçote. Desta forma, a tempera- Stellite
cabeça da válvula combinando com tura na cabeça da válvula pode ser As válvulas de escape suportam
um material da haste que possa ser reduzida entre 80° à 150° C. grandes esforços e temperatura
endurecido (ponta) e ainda possua elevada que contribuem para seu
boas características de anti-fricção. Cuidados com o manuseio de desgaste. Desta forma é essencial
Os materiais são unidos por solda- válvulas com Sódio reforçar ou endurecer a região do
gem por atrito. O corte, usinagem, abertura de assento da válvula por têmpera ou
válvulas com Sódio requerem cau- recobrimento com stellite (liga de
tela. Atenção especial deve ser dada metal duro). Válvulas de admissão
Válvulas Ocas
para assegurar que a cavidade oca de motores de alta performance
Válvulas de escape ocas são utili- são endurecidas para se evitar o
zadas principalmente para baixar a não seja inadvertidamente aberta, o
sódio reage violentamente com água desgaste da válvula.
temperatura da região do assento
e são preenchidas com sódio para ou líquidos usados em usinagem.
se atingir esta finalidade. Um efeito Quando o sódio reage com a água, Ponta da haste da válvula
colateral positivo é que se consegue são produzidos soda cáustica e oxi- No seu funcionamento, a extre-
a redução no peso da peça. Por este gênio. midade da válvula sofre esforços
motivo, ou seja, redução da massa, provenientes do seu acionamento
utiliza-se também válvulas de admis- Descarte (balancins, pastilhas do eixo
são ocas. Pequenas quantidades de válvulas comando, tuchos). Para se evitar
Para conseguir uma redução da ocas podem ser descartadas em o desgaste, a ponta da haste da
temperatura das válvulas, cerca de condições comuns, não sendo neces- válvula é temperada e se não for
60% do volume da haste é remo- sário seguir cuidados especiais. possível, a ponta é reforçada com a
vido por usinagem, preenchido com Se as válvulas precisam ser descarta- soldagem de stellite ou inserto de
com sódio e vedado por processo das em maiores quantidades, as metal duro.
de soldagem de fricção. O sódio se hastes devem ser furadas em dois
funde à uma temperatura de 97,5 ° C lugares sem usar um líquido de corte,
e tem uma densidade de 0,97 g/cm3, ou se cortar a válvula ao meio. Desta
sendo um excelente condutor de forma, as válvulas estarão prepa-
calor. radas para serem neutralizadas. As

29
FUNDAMENTOS

Termos técnicos da válvula

Comprimento total = L

espessura total da face do assentamento


altura do assentamento
altura da face do assentamento
revestimento de stellite
haste da rebaixo da
Diâmetro da haste = d válvula trava
Profundidade

Enchimento
do recesso
Diâmetro da cabeça = D
PORTUGUÊS

Cabeça da
válvula Comprimento retificado

ângulo do enchimento Ponta da haste - endurecida

ângulo do assentamento α
Superfície da cabeça

Instalação de Válvulas

A durabilidade das válvulas e Instalação


funcionamento do motor depen- Use ferramentas adequadas para a
dem fortemente da sua instalação montagem das válvulas no cabeçote.
correta. As diretrizes de monta- Quando instalar válvulas novas,
gem e definições do fabricante do sempre utilize travas novas e quando
motor, devem ser sempre observa- aplicável, o retentor da haste de
das enquanto o motor está sendo válvula. Verifique o disco retentor da
montado. mola da válvula quanto a desgaste e
danos. Confira a tensão da mola da
Cuidados no manuseio válvula utilizando como referência a
Um manuseio cuidadoso é muito especificação do fabricante do motor.
importante quando se trabalha
com válvulas. Lixas nunca devem
ser usadas para acabamento de
válvulas. Nunca puncione ou marque
a cabeça da válvula, assegure-se
que a válvula não tenha marca de
batidas.

Antes da instalação
A haste da válvula deve ser lubrificada
adequadamente com óleo do motor
antes da sua instalação na guia.

30
FUNDAMENTOS

2.7 Bombas de água

Circuito de Arrefecimento
O sistema de arrefecimento constitui O termostato controla a temperatura
de um circuito fechado. Sua função do circuito em função da temperatura
é proteger o balanceamento térmico do líquido de arrefecimento. Quando
no motor porque somente em con- o motor está frio, o termostato fica
dições ideais de temperatura é que fechado de forma que a temperatura
o motor tem o seu melhor desempe- de funcionamento seja atingida o
nho. Isto resulta em uma alta efici- mais rápido possível (circulação por
ência de desempenho e combustão circuito menor). Somente após certa
completa que em troca minimizam o temperatura, o termostato abre e per-
impacto ambiental. mite a circulação do líquido por um
Seguindo a especificação do fabri- circuito maior através do radiador.
cante do motor, a mistura de água e A bomba de água é acionada por uma
aditivos (anti-congelante e anti-cor- correia e após a abertura do termos-
rosivo) vai se constituir no líquido de tato, assegura um fluxo uniforme e

PORTUGUÊS
arrefecimento utilizado no sistema. transferência rápida do líquido de
O ponto de ebulição desta mistura arrefecimento do motor para o radia-
é maior do que o da água e permite dor. No radiador, o líquido quente é
temperaturas do líquido de arrefeci- arrefecido pelo fluxo de ar causado
mento de até 120 oC e pressão de pela movimentação do veículo ou se
1,4 bar (20 PSI). necessário pelo acionamento do ven-
tilador que aumenta essa vazão de ar.

Termostato
sensor de Válvula de controle
Bomba de Água temperatura Galeria do Bloco do aquecedor

Radiador

Aquecedor da
Cabine

Ventilador

Mangueira

31
FUNDAMENTOS

Componentes da bomba de água


O elemento central de uma bomba utilizam um par de rolamentos esféri- vazado é tão pouco que é logo eva-
do circuito de arrefecimento é o rotor. cos ou até mesmo um rolamento esfé- porado logo nos primeiros minutos
Dependendo do tipo, o rotor pode rico e outro de roletes dependendo de uso. Muitas carcaças de bombas
ter diferentes números de lâminas dos esforços aplicados no eixo. Rola- possuem o furo de dreno protegi-
ou aletas que podem ser retas ou mentos de qualidade utilizam graxas das por um ressalto que acumula o
curvadas, arranjadas radial ou tan- resistentes a altas temperaturas e liquido vazado até a sua evaporação
gencialmente. O rotor pode ser ainda contém vedadores que impedem a evitando que escorra pela carcaça.
fundido, estampado ou de plástico. contaminação da graxa e danos às O selo da bomba tem a função de
A construção e dimensões do rotor esferas e roletes. No lado interno da vedar o espaço entre a carcaça e o
influenciam o desempenho e efici- bomba, o eixo é montado com o rotor rolamento. O bom funcionamento
ência da bomba de água. Os rotores e externamente é montado um flange do selo praticamente garante a vida
de plástico injetado KS-Pierburg são adaptador ou polia de acionamento. útil da bomba de água. A boa quali-
desenvolvidos para resistir aos gran- A carcaça da bomba é feita de alumí- dade do selo da bomba de água é
des esforços térmicos e mecânicos nio injetado ou ferro fundido. Depen- um diferencial no produto final. Um
exercidos pelo motor e também suas dendo do tipo da bomba, os mais bom selo deve resistir a altas tem-
PORTUGUÊS

temperaturas elevadas evitando diversos elementos podem ser incor- peraturas, atrito entre as pistas de
assim a deformação ou soltura do porados à carcaça tais como, bujões, deslizamento, resistência química
rotor no eixo da bomba de água. termostatos, conexões de manguei- ao líquido sendo vedado e deve ter
Outros componentes da bomba são ras, etc.. A carcaça da bomba boas propriedades mecânicas para
o eixo e o rolamento, que no caso também contém um furo de dreno evitar riscos e trincas superficiais que
da maior parte das bombas de água que serve para verificação de vaza- causem vazamento.
formam um único conjunto já pré- mentos. Um pequeno vazamento é
montado. Alguns projetos de bombas permissível e geralmente o líquido

Furo de
Dreno
Selo

Polia
Rotor

Corpo

Eixo

Rolamento

32
FUNDAMENTOS

Tipos de construção
As bombas de água variam bastante e consequentemente no aspecto e tipo de acionamento são as
quando aos tipos de construção exterior. A construção do corpo características mais destacadas:

Tipo de acionamento
A bomba é acionada pelo motor ligada ao eixo do virabrequim. Se a
através de uma correia. Isto pode ser polia não faz parte da bomba, ela é
feito através da correia sincroniza- parafusada a um flange adaptador de
dora (dentada) ou por uma correia acionamento no eixo da bomba.

PORTUGUÊS
Bomba com flange adaptador Bomba com polia dentada Bomba com acionamento por polia
em V

Tipo de carcaça:

A bomba de água pode ser do tipo uma junta ou anel de borracha. A a carcaça e o corpo da bomba, a
fechada ou aberta. A bomba aberta, contra-peça da montagem faz parte vedação entre as partes também é
tem um flange ou face de montagem do bloco do motor. feita por junta ou anel de vedação.
no lado em que a bomba é montada A bomba fechada, constitue-se de
no bloco do motor e é vedada por um conjunto montado que contém

Bomba aberta Bomba fechada

33
FUNDAMENTOS

Diagnóstico
Vários tipos de falhas podem afetar o seguinte listamos os problemas prin- para sua correção.
sistema de arrefecimento. Na tabela cipais, suas causas e ações a tomar

Sintoma Causa possível Correção

Superaquecimento Insuficiência de liquido arrefecedor no sistema Adicionar liquido de arrefecimento

Condensador do ar-condicionado obstruído Limpar o condensador ou substituir se necessário

Colméia do radiador obstruída Limpar ou substituir o radiador se necessário

Termostato não abre Verifique o termostato e substitua se necessário

Circulação de líquido de arrefecimento restringida Limpe e drene o sistema de arrefecimento

Mau funcionamento da bomba de água Substitua a bomba de água


PORTUGUÊS

Mau funcionamento da embreagem do ventilador Substitua a embreagem do ventilador

Ponto de ignição atrasado Ajuste o ponto de ignição do motor

Mau funcionamento do ventilador Verifique o ventilador e motor do ventilador

Mau funcionamento do relé do ventilador Verifique o relé


Escorregamento ou quebra da correia de acionamento Ajuste ou substitua a correia

Corrosão Impurezas no líquido de arrefecimento Limpe e drene o sistema de arrefecimento

Perda de líquido de Mangueira danificada Substitua a mangueira


arrefecimento Vazamento na bomba de água Substitua a bomba de água

Colméia do radiador danificada Repare ou substitua o radiador se necessário

Tampa do termostato defeituosa Substitua a tampa


Cabeçote do motor defeituoso Verifique o cabeçote e junta do cabeçote
Vazamento no bujão ou tampões do sistema de
Substitua o bujão ou tampão
arrefecimento
Falta de aquecimento Mangueira do aquecedor danificada Substitua a mangueira
no compartimento de Elemento do aquecedor obstruído
Limpe o elemento ou substitua se necessário
passageiros
Termostato defeituoso Substitua o termostato

Instruções de instalação da bomba


de água KS 4) Instale a bomba com cuidado 7) Utilize sempre água limpa e os adi-
Para a instalação correta de uma evitando batidas no eixo pois tivos recomendados pelo fabricante
bomba de água KS, é importante que podem danificar o rolamento e do motor. Elimine bolhas de ar para
sejam consideradas as seguintes outros componentes importantes garantir a desaeração do sistema
instruções bem como as especifica- da bomba. de arrefecimento.
ções do fabricante do motor. 5) Encoste os parafusos da bomba Após a montagem verifique o
1) Drene completamente o sistema de e aperte-os em cruz seguindo o funcionamento do motor. Nesta
arrefecimento. torque especificado pelo fabricante ocasião é normal ocorrer um pouco
2) Remova todos os resíduos e do motor. de vazamento pelo orifício de dreno
incrustações da superfície de 6) Verifique o tensionamento, alinha- da bomba de água. Isto ocorre
montagem antes de posicionar mento e principalmente o estado por pouco tempo e é devido ao
a junta e anéis de vedação. Não de conservação das correias. Siga assentamento da superfície do selo
utilize cola ou graxa nas juntas e a especificação do fabricante do de vedação.
anéis. motor. Correias muito esticadas
3) Verifique se a embreagem (quando poderão ocasionar quebra do eixo
aplicável) e o ventilador estão da bomba ou desgaste prematuro
em boas condições de uso, o mal do rolamento.
funcionamento dessas peças pode
ocasionar sérios danos ao motor.

34
FUNDAMENTOS

Observação importante:
A manutenção do sistema de arre- condições de uso. O ventilador, cor- especificados pelo fabricante do
fecimento é essencial para o bom reias, válvula termostática, tensiona- motor, pois contém anti-corrosivos
funcionamento do motor. Quando dor da correia e mangueiras, devem que ajudam a manter a integridade
instalar uma nova bomba de água ser inspecionados e caso seja neces- da bomba e demais componentes do
KS é importante que os outros com- sário, devem ser trocados. Use os sistema de arrefecimento.
ponentes do motor estejam em boas aditivos do sistema de arrefecimento

Tipos de falha:

Sintoma Causa possível Correção


Condensação ao redor do furo de Vazamento permissível Selo de vedação requer de 1 a 3 hrs
dreno para assentamento perfeito

PORTUGUÊS
Vazamento pelo furo de dreno Corrosão no sistema de Limpe o sistema e adicione o aditivo
arrefecimento, uso de água sem recomendado
aditivos

Limpe o sistema e adicione o aditivo


recomendado

Corrosão pontual no rotor, Líquido de arrefecimento vencido Limpe o sistema e adicione o aditivo
carcaça ou eixo ou com alto conteúdo de cloro recomendado

Corrosão no sistema Junta do cabeçote defeituosa Substitua a junta do cabeçote e


limpe o sistema

Desgaste na polia e desgaste Tensão da correia muito alta Substitua a correia e ajuste a
na correia tensão conforme recomendação do
fabricante

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FUNDAMENTOS
PORTUGUÊS

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