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12/09/2017 Licitações, Contratos e Convênios: Lei nº 8.

666/93

Licitações, Contratos e Convênios: Lei nº 8.666/93

MÓDULO II - LICITAÇÕES, CONTRATOS E CONVÊNIOS:


LEI Nº 8.666/93
Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB
Curso: Modalidades, Tipos e Fases da Licitação - Turma 02 A
Livro: Licitações, Contratos e Convênios: Lei nº 8.666/93
Impresso por: Tassiana Vituriano
Data: Terça-feira, 12 Sep 2017, 20:45

Sumário
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Sumário
Módulo II - Licitações, Contratos e Convênios: Lei nº 8.666/93

Unidade 1 - Aspectos Pertinentes à Licitação


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Unidade 2 - Critérios, tipos e fases da licitação


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Unidade 3 - Contratos
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Unidade 4 - Convênios e Contratos de Repasse


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Exercícios de Fixação - Módulo II

Módulo II - Licitações, Contratos e Convênios: Lei nº 8.666/93


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Módulo II - Licitações, Contratos e Convênios: Lei nº 8.666/93

Ao final deste Módulo, você será capaz de:


. Indicar a modalidade de licitação de acordo com o limite definido;
. Identificar os tipos de licitação utilizados como critérios de seleção para a
proposta mais vantajosa;
. Enumerar as fases do procedimento de licitação;
. Analisar os aspectos pertinentes a contratos e convênios.

Unidade 1 - Aspectos Pertinentes à Licitação


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Unidade 1 - Aspectos Pertinentes à Licitação

Que a licitação é um procedimento formal da Administração Pública e por isso necessita obedecer a uma série de
princípios, você já sabe. Mas, talvez o que ainda não saiba é que, como todo procedimento formal da Administração
Pública, a licitação possui uma série de especificidades e ritos dispostos em Lei.

Indo mais fundo na análise da Lei nº. 8.666/93, nesta aula você estudará sobre as modalidades, os tipos e as fases
da licitação e sobre aquilo que é uma das finalidades da licitação: a execução de contratos. Estudará também sobre
convênios.

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Modalidades

As modalidades de licitação referem-se às formas de condução do procedimento de licitação, ou seja, como a


licitação vai ocorrer.

O artigo 22 da Lei nº. 8.666/93 estabeleceu cinco modalidades de licitação:

tomada de
concorrência; convite; concurso; e leilão.
preços;

A Lei nº 8.666/93 só trata dessas 5 modalidades, mas há uma sexta, que é o PREGÃO. O pregão foi instituído como
modalidade de licitação aplicável no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios pela Medida Provisória
nº 2026/2000 e consagrada, mais tarde, pela Lei nº 10520/2002. Em 8 de agosto de 2000, o Poder Executivo
editou o Decreto nº 3555/2000, aprovando o regulamento para a modalidade pregão, instituída pela Medida
Provisória 2026/2000. Esse Decreto foi recepcionado pela lei 10520/2002 e continua em pleno vigor. A princípio, a
regra atual é licitar pela modalidade de pregão.

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Veja cada uma das modalidades de licitação:

Concorrência

Lei nº 8.666/93
Art. 22 § 1º - Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer
interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem
possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para
execução de seu objeto.

Tomada de preços

Lei nº 8.666/93
Art. 22 § 2º - Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados
devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para
cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas,
observada a necessária qualificação.

Convite

Lei nº 8.666/93
Art. 22 § 3º - Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo
pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número
mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local
apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais
cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com
antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.

É importante destacar que na modalidade convite é possível a participação de interessados que não tenham sido
convidados formalmente, mas desde que sejam do ramo do objeto licitado e estejam cadastrados no órgão ou
entidade licitadora, ou, ainda, no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF. Contudo, os
interessados deverão fazer a solicitação do convite com antecedência de até 24 horas da apresentação da proposta.

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Concurso

Lei nº 8.666/93
Art. 22 § 4º - Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer
interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante
a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios
constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima
de 45 (quarenta e cinco) dias.

Leilão

Lei nº 8.666/93
Art.22 § 5º - Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para
a venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos
legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis
prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da
avaliação.

Pregão

É a modalidade de licitação em que a disputa pelo


fornecimento de bens ou serviços comuns é feita em sessão
pública.

Lei 10520/02

Art. 1° - Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a


licitação na modalidade de pregão... Parágrafo único. Consideram-se bens e
serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de
desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por
meio de especificações usuais no mercado.

O principal fator de escolha entre as modalidades de concorrência, tomada de preços e convite é o valor estimado
para a contratação, conforme define o art. 23 da Lei 8.666/93. Contudo, no âmbito da União, de acordo com o art.
4º do Decreto nº 5.450/05, a licitação para contratação de bens ou serviços comuns deverá ser realizada sob a
modalidade de Pregão, preferencialmente na forma eletrônica: "Art. 4° Nas licitações para aquisição de bens e
serviços comuns será obrigatória a modalidade pregão, sendo preferencial a utilização da sua forma eletrônica. §
1o O pregão deve ser utilizado na forma eletrônica, salvo nos casos de comprovada inviabilidade, a ser justificada
pela autoridade competente.”

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Dispõe o artigo 23, da Lei nº 8.666/93:
Art. 23 As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão
determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação:
I - para obras e serviços de engenharia:

a) convite: até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais);

b) tomada de preços: até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);

c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais).

II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:

1. convite: até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);

2. tomada de preços: até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais);

3. concorrência: acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais).

Unidade 2 - Critérios, tipos e fases da licitação


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Unidade 2 - Critérios, tipos e fases da licitação


Tipos de licitação

Tipo de licitação não é o mesmo que modalidade. Os tipos de licitação estão relacionados aos critérios que serão
utilizados para avaliar e classificar as propostas apresentadas pelos licitantes, para seleção da proposta mais
vantajosa. O quadro a seguir foi elaborado de acordo com § 1º do art. 45 da Lei 8.666/93. Além dos tipos, você
encontrará os critérios e a orientação de quando utilizá-los:

Lei nº 8.666/93

Art. 45 O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o


responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios
previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente
nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de
controle.

Orientação para o uso dos tipos de licitação

Tipo O que é considerado Quando é utilizado

Nas compras e serviços de modo geral e nas aquisições de bens


Critério que considera como vencedora -
e serviços de informática realizadas na modalidade de pregão
Menor após verificar se a proposta atende às
eletrônico ou presencial e no caso de obras e serviços de
Preço especificações do edital - aquela que
engenharia, alienações e locações imobiliárias na modalidade de
apresentar o menor preço.
convite.

Exclusivamente para serviços predominantemente de natureza


Critério que considera como vencedora a intelectual. Ex: elaboração de projetos, cálculos, fiscalização,
Melhor
proposta mais vantajosa, escolhida com supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral
Técnica
base em aspectos de ordem técnica. e, em particular, para a elaboração de estudos técnicos
preliminares e projetos básicos e executivos.

Critério em que considera como


vencedora a proposta mais vantajosa, Pode ser utilizada na contratação de bens e serviços de
Técnica e
escolhida com base na maior média informática e nas modalidades de tomada de preço e
preço
ponderada, considerando-se as notas concorrência.
obtidas nos aspectos de preço e técnica.

Maior Nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de


A proposta que oferecer melhor lance ou
lance ou uso.
oferta.
oferta

O Decreto nº 7174, de 12 de maio de 2010, que regulamenta a contratação de bens e serviços de informática e
automação pela administração pública federal, estabelece no § 4º do art. 9º que "A licitação do tipo técnica e preço
será utilizada exclusivamente para bens e serviços de informática e automação de natureza predominantemente
intelectual, justificadamente, assim considerados quando a especificação do objeto evidenciar que os bens ou
serviços demandados requerem individualização ou inovação tecnológica, e possam apresentar diferentes
metodologias, tecnologias e níveis de qualidade e desempenho, sendo necessário avaliar as vantagens e
desvantagens de cada solução."

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Os parágrafos e incisos do artigo 46 da Lei 8.666/93 explicam os procedimentos adotados nas licitações do tipo
'melhor técnica' e 'técnica e preço'. Leia-os antes de prosseguir seus estudos. Observe que os aspectos a serem
cobrados na avaliação e classificação das propostas deverão ser definidos com clareza e objetividade no ato
convocatório. Assim, merecerá especial atenção a fase interna ou preparatória da licitação, como você poderá
constatar a seguir.

Fases da Licitação

O procedimento de licitação compreende as seguintes fases:

Fase interna ou preparatória- Esta fase delimita e determina as condições do ato


convocatório, antes de divulgá-lo aos interessados. Esta fase é trabalhosa e requer
o máximo de atenção, pois dela dependerá o sucesso da execução da fase externa.

Fase externa ou executória – A fase externa poderá ser subdivida considerando a


modalidade de licitação. Esta fase tem início com a publicação do edital ou a
entrega do convite e só termina com a contratação do licitante para o
fornecimento do bem, da execução da obra ou da prestação do serviço.

Vale ressaltar que na fase externa não poderá haver nenhuma alteração. Qualquer falha ou irregularidade
constatada ocasionará a anulação do procedimento de licitação.

Os procedimentos a seguir ilustram os passos da fase interna e da fase externa de um procedimento de licitação
nas modalidades que não sejam o Pregão.

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Passos da fase Interna

1º Verificação da necessidade pública a ser atendida:

A necessidade deve ser definida por meio de solicitação justificada do setor requisitante, por meio de documento
próprio que comporá o processo, configurando assim o passo um do procedimento licitatório. Exemplo: Obras a
serem executados, bens a serem adquiridos etc.

2º Aprovação da autoridade competente:

A aprovação da autoridade competente deverá estar devidamente motivada e compreender a autorização para a
autuação do processo correspondente, o qual deverá estar protocolizado e numerado. O ato autorizativo, quando
não vinculado diretamente à lei, porque esta é omissa ou obscura, deverá levar em consideração os aspectos de
oportunidade, conveniência e relevância do interesse público, e nesta hipótese o administrador deve justificar
(motivar) de forma ainda mais completa.

3º Elaboração da especificação do objeto da licitação:

A redação da especificação deve ser clara, objetiva e sucinta. Não deve deixar dúvidas sobre o que se espera como
resultado do processo licitatório. Quando o processo envolver critérios técnicos, estes devem ser descritos
utilizando o vocabulário adequado. No caso de Pregão esta elaboração das especificações do objeto e sinalização de
contratação será denominada de Termo de Referência. Nas demais modalidades chama-se Projeto Básico, e deverá
conter no caso de obras soluções técnicas suficientemente detalhadas, de forma a serem utilizadas na elaboração
do projeto executivo.

4º Estimativa do valor da contratação:

Deve ser feita uma ampla pesquisa no mercado relevante para a melhor avaliação do valor esperado.

5º Indicação dos recursos:

Indicação dos recursos orçamentários que cobrirão as despesas. Aqui deve ser verificada a adequação orçamentária
e financeira, bem como a Lei de Responsabilidade Fiscal, caso seja necessário.

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6º Escolha da modalidade e do tipo de licitação:

Verificar de acordo com o objeto e se for o caso (não sendo a hipótese de pregão) o valor da licitação e, então
definir, quais as melhores modalidades e tipos da licitação.

7º Elaboração do edital:

O edital deve ser claro, preciso, objetivo e ainda contemplar os seguintes aspectos: a descrição do objeto, os
requisitos de habilitação, os critérios de julgamento, de aceitabilidade dos preços, as condições de pagamento, os
prazos de execução, prazos e condições para assinatura de contratos, local de realização do certame, bem como
horários e prazos para esclarecimentos, impugnações e publicações, critérios de participação, reajustes, sanções e
outras indicações especificas ou peculiares à licitação. A redação do edital deverá considerar ainda o princípio da
isonomia e os demais princípios que orientam o processo licitatório.

Antes de continuar seus estudos, veja exemplos de editais


consultando o site www.mj.gov.br/licitacao,
www.agu.gov.br e www.tcu.gov.br. (Acessados em 10
de março de 2014).

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Passos da Fase Externa

Os procedimentos da fase externa sofrerão alterações de acordo com o objeto, da modalidade e do tipo de
licitação. Os procedimentos a seguir, apresentam apenas os passos principais, executados na maioria das
modalidades.

1º Início da publicação do aviso:


O objetivo desta fase é divulgar o processo licitatório, atendendo assim o princípio de divulgação
(publicidade/transparência).

2º Habilitação das licitantes:


Quando pertinente, deverá haver a habilitação dos licitantes. A habilitação poderá ser realizada considerando:
aspectos jurídicos, regularidade fiscal, qualificação técnica e qualificação econômico-financeira.

3º Classificação das propostas:


A classificação das propostas deverá atender as especificidades contidas na Lei de acordo com a modalidade
adotada.

4º Contratação e Execução do Objeto:


Após a classificação, e não havendo recursos e/ou decisão judicial suspendendo qualquer ato administrativo, cabe
então a contratação e a posterior execução do objeto de licitação.

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O prazo de divulgação da publicação do aviso da licitação dependerá da modalidade que venha a ser

adotada. Assim temos:

Modalidades Prazos

Concorrência 45 dias: quando a licitação for do tipo melhor técnica


ou técnica e preço, ou o regime de execução do objeto
for empreitada integral; 30 dias: para os demais casos

Tomada de Preços 30 dias: no caso de licitação do tipo melhor técnica ou


técnica e preço; 15 dias: para demais casos;

Convite
05 dias úteis: qualquer caso

A Fase Externa do Pregão é diferente das demais modalidades e é principalmente isto que dá
mais celeridade, transparência e agilidade nas contratações da Administração. Nesta hipótese, o
prazo de publicação é de 08 dias úteis. Trataremos sobre pregão à frente.

Obras e serviços merecem atenção especial, principalmente, no que se refere as fases da licitação. Leia
atentamente a Seção III (art. 7º e seguintes) da Lei nº. 8.666/93. Veremos agora sobre Contratos, Convênios e
Consórcios.

Unidade 3 - Contratos
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Unidade 3 - Contratos

Como já sabemos todo contrato é precedido de licitação. Portanto, concluído o procedimento licitatório ou os
procedimentos de dispensa ou inexigibilidade (arts. 24 e 25 da Lei 8.666/93) é hora de celebrar o contrato. Nesta
oportunidade toda atenção é recomendável, pois as cláusulas, direitos, obrigações e responsabilidades da
Administração e do licitado deverão ser claras e precisas. Nesta lição você estudará sobre esta questão.

Definição

A Lei 8.666/93 define contrato como:


Art. 2º Parágrafo único - Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre
órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades
para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação
utilizada.

Os contratos administrativos têm características distintas daquelas dos contratos entre particulares. O artigo 54, da
Lei nº 8.666/93 deixa ver isso muito claramente. E o artigo 55, desta mesma Lei diz quais são as cláusulas
necessárias em todos os contratos.

Os contratos administrativos são regulados por cláusulas, normas da Lei 8.666/93 conforme o Art. 54 da lei
8.666/93.

Lei nº 8.666/93
Art. 54 Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas
e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da
teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.
§ 1º - Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua
execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações e responsabilidades
das Unidades, em conformidade com os termos da licitação e da proposta a que se
vinculam.
§ 2º - Os contratos decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação devem
atender aos termos do ato que os autorizou e da respectiva proposta.

Apesar da denominação de contrato, nos contratos administrativos não prevalece o princípio


da autonomia das vontades dos contratos em geral.

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Regulação de contratos

1. De acordo com os preceitos da Administração Pública, deverá prevalecer o interesse da coletividade sobre o
particular. Entretanto, deve ser observado pela Administração o direito dos particulares, zelando pela justiça.

2. Há diferença entre os contratos celebrados entre a Administração Pública e o particular comparados àqueles
firmados entre particulares. Isso está relacionado à natureza e aos preceitos de ordem pública que regem a
Administração para a qual deve prevalecer o interesse público.

3. O contrato só poderá ser celebrado com o licitante que venceu a licitação ou com aquele que tenha cumprido os
procedimentos de dispensa ou de inexigibilidade. Caso contrário poderá ser declarada a nulidade do procedimento
licitatório e, consequentemente, a do contrato.

Elaboração de Contratos

Um contrato é formado por cláusulas enumeradas e que especificam as condições para


sua execução.

As cláusulas que compõem o contrato deverão estar em consonância com o ato


convocatório da licitação. Em caso de dispensa ou inexigibilidade de licitação a redação do
contrato deverá considerar a proposta do contratado e o ato de autorização da
contratação sem licitação.

Com relação às cláusulas, na elaboração dos contratos celebrados deverá ser observado o
comando do art. 55, da Lei 8.666/93.

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Lei nº 8.666/93
Art. 55 - São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:
I - o objeto e seus elementos característicos;

II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;

III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do


reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do
adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;

IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação


e de recebimento definitivo, conforme o caso;

V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional


programática e da categoria econômica;

VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;

VII - os direitos e as responsabilidades das Unidades, as penalidades cabíveis e os


valores das multas;

VIII - os casos de rescisão;

IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa


prevista no art. 77 desta Lei;

X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o


caso;

XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao


convite e à proposta do licitante vencedor;

XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos;

XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em


compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação
e qualificação exigidas na licitação.

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Além das cláusulas descritas no art. 55 da Lei de Licitação, nos contratos elaborados pela Administração Pública
deverão constar as seguintes informações:

Nome do órgão ou entidade da Administração Pública e do seu representante;

Nome do responsável da empresa contratada e do seu representante;

Finalidade e objetivo do contrato;

Ato que autorizou a regulação do contrato;

Número do procedimento de licitação, da dispensa ou da inexigibilidade;

Sujeição dos contratantes às normas da Lei 8.666/93;

Submissão dos contratantes às cláusulas contratuais.

Cabe ressaltar ainda que outros dados ou informações que sejam consideradas como importantes, principalmente,
em razão da peculiaridade do objeto, devem constar do contrato com o objetivo de garantir a perfeita execução do
objeto e resguardar direitos e deveres de ambas as Unidades.

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A Gestão Contratual

A gestão dos contratos deve ser organizada de modo que sejam designados, formalmente, servidores públicos
qualificados como responsáveis pela execução de atividades e/ou pela vigilância e garantia da regularidade e
adequação dos serviços e produtos elaborados e aceitos.

Após o inicio da execução do contrato a Administração deve acompanhar para saber se a contratada está
cumprindo com o pactuado, o que será feito pelos servidores prévia e formalmente designados para exercerem tais
atribuições.

E este controle e fiscalização da execução contratual, principalmente com relação às obrigações da contratada, é de
responsabilidade do fiscal do contrato, lembrando que o fiscal do contrato tem responsabilidade solidária com a
contratada por possíveis danos causados pela execução irregular do contrato, conforme o art. 16, § 2º, da Lei nº.
8.443, de 16 de julho de 1992, que estabelece a Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União.

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Contratos Especiais

Apesar da maioria dos contratos serem regidos pelas normas de Direito Público, há contratos celebrados pela
Administração pública que têm suas cláusulas regulamentadas por normas do Direito Privado, observadas as regras
dos artigos 55 e 58 a 61 da Lei 8.666/93.

Exemplos de contratos especiais: contratos de seguro, de financiamento, de locação (nos quais a Administração
Pública seja a locatária) e aqueles em que a Administração Pública é usuária de serviço público.

Muitas pessoas utilizam o termo convênio como sinônimo de contrato, mas além de conceitos distintos existem
outras diferenças.

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Lei nº 8.443/92
Art. 15. Ao julgar as contas, o Tribunal decidirá se estas são regulares, regulares com ressalva, ou
irregulares.

Lei nº 8.443/92

Art. 16. As contas serão julgadas:

I - regulares, quando expressarem, de forma clara e objetiva, a exatidão dos demonstrativos


contábeis, a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos de gestão do responsável;

II - regulares com ressalva, quando evidenciarem impropriedade ou qualquer outra falta de natureza
formal de que não resulte dano ao erário;

III - irregulares, quando comprovada qualquer das seguintes ocorrências:

a. omissão no dever de prestar contas;

b. prática de ato de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico, ou infração à norma legal ou


regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial;

c. dano ao erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ao antieconômico;

d. desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos.

§ 1° O Tribunal poderá julgar irregulares as contas no caso de reincidência no descumprimento de


determinação de que o responsável tenha tido ciência, feita em processo de tomada ou prestação de
contas.

§ 2° Nas hipóteses do inciso III, alíneas c e d deste artigo, o Tribunal, ao julgar irregulares as
contas, fixará a responsabilidade solidária:

1. do agente público que praticou o ato irregular, e

2. do terceiro que, como contratante ou parte interessada na prática do mesmo ato, de qualquer
modo haja concorrido para o cometimento do dano apurado.

§ 3° Verificada a ocorrência prevista no parágrafo anterior deste artigo, o Tribunal providenciará a


imediata remessa de cópia da documentação pertinente ao Ministério Público da União, para
ajuizamento das ações civis e penais cabíveis.

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Principais pontos a serem observados com relação a regulação de contratos.

Vale ressaltar que um dos primeiros passos na execução contratual é designar um representante (ou mesmo
colegiado, no caso de objeto contratual complexo) para cada contrato celebrado. Dessa forma, a autoridade
competente deverá eleger representante que melhor atenda as necessidades do contrato. Isto pode ser feito
mediante cláusula contratual ou ato administrativo específico, importando aqui que se cumpra o previsto no artigo
67, da lei 8.666/93.

"Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração
especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações
pertinentes a essa atribuição."

O gestor ou fiscal do contrato deve conhecer bem o contrato que está sob responsabilidade dele. Ele deve deter
boa organização quanto a todos os atos que se relacionem ao contrato. Nos contratos de prestação de serviços, por
exemplo, é imprescindível que verifique a frequência, se a quantidade de empregados na prestação daquele serviço
está de acordo com o pactuado, verificar se a folha de pagamento está de acordo com a planilha de formação de
custos e preços pactuada, e, no caso de fornecimento de material, se aquele objeto é o contratado e se não há
nenhuma variação em relação ao efetivamente comprado.

Nos pagamentos de contratos continuados que envolvam mão-de-obra, o gestor dos contratos, ou em alguns casos
a área responsável pelos pagamentos, deverão estar atentos à regularidade fiscal, bem como a previdenciária dos
empregados da contratada que prestaram os respectivos serviços, pois, apesar de o contratado ser responsável
diretamente pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato,
a Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes da
execução do contrato, nos termos do art. 31, da Lei nº. 8.212, de 24 de julho de 1991.

Para que os contratos sejam fielmente cumpridos, em todas as cláusulas, sem exceção, o gestor do contrato
precisa atuar de forma adequada e imediata. Com esse fim deve comunicar, por escrito, a necessidade de o
contratado sanar falhas, e vícios redibitórios verificados durante a execução dos contratos. E não só isso, deve ele,
ainda, comunicar, também por escrito, à chefia imediata de situações que firam ao que foi pactuado, sugerindo,
inclusive, sanções e até a própria rescisão contratual. E quando no caso de renovação contratual, precisa compor o
processo de aditamento contratual com manifestação favorável e motivada.

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O Papel do Gestor de Contratos

Gestor de contratos ou fiscal de contratos é o termo designativo para função exercida por servidor que irá
acompanhar e fiscalizar a execução contratual, desde o início da contratação até o termino do contrato.

Existem várias nomenclaturas atribuídas ao servidor designado como representante da Administração que irá agir
no acompanhamento, fiscalização e atestação da execução contratual. A Lei nº 8.666/93, no artigo 67 estabelece
as atribuições, do servidor denominado representante:

Lei nº 8.666/93

Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da
Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e
subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.

§ 1º O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências


relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das
faltas ou defeitos observados.

§ 2º As decisões e providências que ultrapassarem a competência do representante deverão ser


solicitadas a seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.

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Já o Decreto nº 2.271 de 7 de julho de 1997, no artigo 6°, traz a nomenclatura de Gestor.

Decreto nº 2.271
Art. 6º A administração indicará um gestor do contrato, que será responsável pelo
acompanhamento e fiscalização da sua execução, procedendo ao registro das ocorrências e
adotando as providências necessárias ao seu fiel cumprimento, tendo por parâmetro os
resultados previstos no contrato.

Independentemente da terminologia atribuída ao servidor, seja fiscal de contrato, gestor de contrato, fiscalizador
de contrato, executor de contrato, agente fiscalizador, dentre outras, a atribuição é a mesma.

Na Administração Pública normalmente existe um grande envolvimento dos setores de compras durante o certame
licitatório, comissão de licitação, pregoeiro, equipe de apoio dentre outros e para muitos dos envolvidos sua
participação no processo termina ali, mas o processo continua e é na fase de execução do contrato que entra em
cena a figura do fiscal do contrato ou gestor do contrato, nomeado para acompanhar, fiscalizar, certificar e atestar
o objeto contratado.

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Características do Gestor de Contratos

O gestor de contratos precisa conhecer o processo licitatório, o projeto básico ou termo de referência, precisa saber
fiscalizar e gerenciar o contrato, contratos de cunho mais técnico precisam ser acompanhados por fiscais que
tenham conhecimento ou formação na área, como nos casos de obras, por exemplo, o ideal é que seja alguém com
formação na área de engenharia. Mas também precisa conhecer as fases da despesa pública como o empenho, a
liquidação e o pagamento (Artigo 58 da Lei 4.320 de 17 de março de 1964) e conhecer os instrumentos de
planejamento orçamentário (PPA, LOA, LDO), porque assim como o ordenador, como já vimos, ele também pode
responder ao Tribunal de Contas da União, até mesmo com o patrimônio pessoal em ações regressivas nos casos
considerados lesivos ao Erário, sem prejuízo das demais ações passíveis. Daí ser primordial sempre fundamentar
todas as decisões e fazê-las por escrito, inclusive juntando os documentos que o convenceram da decisão tomada.

Destarte, o gestor de contratos é peça fundamental na Administração Pública, pois representa a causa pública. Nas
situações nas quais o servidor designado não se sinta capaz de desempenhar a contento as funções delegadas e
não podendo negar-se em desempenhá-la, deverá solicitar à chefia imediata curso de capacitação, conforme
preconiza o Decreto nº 5.707, de 23 de fevereiro de 2006. Disciplina o artigo 3° desta norma (próxima página):

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Decreto nº 5.707

Art. 3º São diretrizes da Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoal:

I - incentivar e apoiar o servidor público em suas iniciativas de capacitação voltadas para o


desenvolvimento das competências institucionais e individuais;

II - assegurar o acesso dos servidores a eventos de capacitação interna ou externamente ao seu


local de trabalho;

III - promover a capacitação gerencial do servidor e sua qualificação para o exercício de atividades
de direção e assessoramento;

IV - incentivar e apoiar as iniciativas de capacitação promovidas pelas próprias instituições,


mediante o aproveitamento de habilidades e conhecimentos de servidores de seu próprio quadro de
pessoal;

V - estimular a participação do servidor em ações de educação continuada, entendida como a oferta


regular de cursos para o aprimoramento profissional, ao longo de sua vida funcional;

VI - incentivar a inclusão das atividades de capacitação como requisito para a promoção funcional do
servidor nas carreiras da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, e assegurar
a ele a participação nessas atividades;

VII - considerar o resultado das ações de capacitação e a mensuração do desempenho do servidor


complementares entre si;

VIII - oferecer oportunidades de requalificação aos servidores redistribuídos;

IX - oferecer e garantir cursos introdutórios ou de formação, respeitadas as normas específicas


aplicáveis a cada carreira ou cargo, aos servidores que ingressarem no setor público, inclusive
àqueles sem vínculo efetivo com a administração pública;

X - avaliar permanentemente os resultados das ações de capacitação;

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XI - elaborar o plano anual de capacitação da instituição, compreendendo as definições dos temas e


as metodologias de capacitação a serem implementadas;

XII - promover entre os servidores ampla divulgação das oportunidades de capacitação; e

XIII - priorizar, no caso de eventos externos de aprendizagem, os cursos ofertados pelas escolas de
governo, favorecendo a articulação entre elas e visando à construção de sistema de escolas de
governo da União, a ser coordenado pela Escola Nacional de Administração Pública - ENAP.

Parágrafo único. As instituições federais de ensino poderão ofertar cursos de capacitação, previstos
neste Decreto, mediante convênio com escolas de governo ou desde que reconhecidas, para tanto,
em ato conjunto dos Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Educação.

Logo para que o gestor participe em todas as etapas do processo administrativo, ele precisa estar envolvido da
elaboração do projeto básico ou do termo de referência até o termino da vigência do contrato, de forma a
aumentar a eficiência das contratações permitindo assim procedimentos de fiscalização e gerenciamento do
contrato precisos e eficazes.

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O Processo de Execução do Contrato

Você estudou a definição do gestor do contrato, as atribuições e características deste e os pontos a serem
observados. Agora, verá o acompanhamento da execução contratual.

O Passo a Passo da Execução Contratual:

O contrato também é acompanhado do processo de pagamento, e este por sua vez precisa cumprir todos os ritos
previstos na legislação, como o da regularidade fiscal, para que seja cumprido, liquidado, ou seja, pago, o serviço
ou o objeto adquirido, é necessária a expressão da execução do contrato por meio do atesto que foi expedido pelo
gestor do contrato ou pelo substituto eventual formalmente nomeado pela autoridade competente como o titular.

É importante que o gestor do contrato tenha um processo montado, paginado e rubricado com todos os
documentos relativos à execução contratual, uma organização que permita e facilite:

arquivar todos os documentos relevantes, relativos à execução;

registrar por meio de ata no processo todos os fatos ocorridos;

estar atento quanto aos despachos emitidos dentro dos prazos;

manter cópia do contrato, da planilha de formação de preços, do ato convocatório (edital) para consulta em caso
de esclarecimentos;

manter cópia de todas as comunicações escritas à chefia imediata, contendo as decisões ou solicitação de
providências que fujam à competência dele e careçam de decisão superior.

Unidade 4 - Convênios e Contratos de Repasse


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Unidade 4 - Convênios e Contratos de Repasse


Os recursos constantes do orçamento da União podem ser executados pelo próprio Governo Federal ou por meio de
transferência de recursos para os Estados e Municípios. Os repasses de recursos federais a Estados e Municípios
são efetuados por meio de três formas distintas de transferências, a saber:

• Transferências Constitucionais – são as parcelas de recursos arrecadados pelo Governo Federal e repassados
automaticamente aos Estados e Municípios, de acordo com a Constituição Federal (ver arts. 157 a 162). Como
exemplos temos o FPE (Fundo de Participação dos Estados), FPM (Fundo de Participação dos Municípios); FPEX
(Fundo de Compensação pela Exportação de Produtos Industrializados); FUNDEB (Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação); Imposto sobre Operações
Financeiras – IOF Ouro; e Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR.

• Transferências Legais – são regulamentadas em leis específicas. Exemplo: Lei 9.478/97 (art. 49), que disciplina o
repasse dos royalties do petróleo aos municípios.

• Transferências Voluntárias – são repasses de recursos da União a Estados, Municípios e Entidades Privadas Sem
Fins Lucrativos, que não decorrem de determinação constitucional ou legal, mas do desejo da União de imprimir
agilidade e efetividade ao gasto público. Essa é a modalidade que interessa ao nosso curso.

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Há três formas de se efetivar as Transferências Voluntárias, são elas:

• Convênios - acordo ou ajuste que disciplina a transferência de recursos financeiros de dotações consignadas nos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União e tenha como partícipe, de um lado, órgão ou entidade da
administração pública federal, direta ou indireta, e, de outro lado, órgão ou entidade da administração pública
estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos, visando à
execução de programa de governo, envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou
evento de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação.

• Contratos de Repasse - instrumento administrativo por meio do qual a transferência dos recursos financeiros se
processa por intermédio de instituição ou agente financeiro público federal, destinada à execução de programas
governamentais. Assemelha-se ao convênio, no entanto as agências financeiras oficiais – especialmente a Caixa
Econômica Federal – atuam como mandatárias do Governo Federal. Para operacionalizar o contrato de repasse, o
Ministério concedente firma o chamado Termo de Cooperação com a instituição financeira escolhida.

• Termo de Parceria - instrumento jurídico para transferência de recursos a entidades qualificadas como
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP, para o fomento e a execução de atividades
consideradas de interesse público, tais como assistência social, cultural, saúde, educação etc.

Portanto, no caso das transferências a Estados e Municípios, será utilizado o Convênio, o Contrato de Repasse ou o
Termo de Cooperação, dependendo de que órgão será o repassador dos recursos. Esses instrumentos estão
disciplinados pela Portaria Interministerial nº 507, de 24 de novembro de 2011, publicada no DOU de 28 de
novembro de 2011, alterada pela Portaria Interministerial nº 205, de 14 de maio de 2012, publicada no DOU de 15
de maio de 2012. São signatários dessas Portarias os Ministros de Estado do Planejamento Orçamento e Gestão,
Fazenda e Controladoria-Geral da União.

Nos termos da citada portaria, os atos e os procedimentos relativos à formalização, execução, acompanhamento,
prestação de contas e informações acerca de tomada de contas especial dos convênios, contratos de repasse e
termos de parceria serão realizados no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse - SICONV, aberto
à consulta pública, por meio do Portal dos Convênios do Governo
Federal https://www.convenios.gov.br/siconv/ (acessado em 21 de junho de 2013).

Sendo assim, o Estado ou Município que desejar celebrar Convênio ou Contrato de Repasse com a União deverá
apresentar proposta de trabalho no SICONV, em conformidade com o programa e com as diretrizes disponíveis no
sistema, que conterá, no mínimo:

• descrição do objeto a ser executado;

• justificativa contendo a caracterização dos interesses recíprocos, a relação entre a proposta apresentada e os
objetivos e diretrizes do programa federal e a indicação do público alvo, do problema a ser resolvido e dos
resultados esperados;

• estimativa dos recursos financeiros, discriminando o repasse a ser realizado pelo concedente ou contratante e a
contrapartida prevista para o proponente;

• previsão de prazo para a execução; e

• informações relativas à capacidade técnica e gerencial do proponente para execução do objeto.

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Por fim, para encerrar este estudo introdutório acerca dos Convênios e Contratos de Repasse, relacionamos abaixo
algumas cláusulas necessárias que devem estar contidas nos citados instrumentos:

• o objeto e seus elementos característicos, em consonância com o Plano de Trabalho;

• as obrigações de cada um dos partícipes;

• a contrapartida, quando couber, e a forma de sua aferição quando atendida por meio de bens e serviços;

• as obrigações do interveniente, quando houver;

• a vigência, fixada de acordo com o prazo previsto para a consecução do objeto e em função das metas
estabelecidas;

• a obrigação de o concedente ou contratante prorrogar "de ofício" a vigência do instrumento antes do seu término,
quando der causa a atraso na liberação dos recursos, limitada a prorrogação ao exato período do atraso verificado;

• a prerrogativa do órgão ou entidade transferidor dos recursos financeiros assumir ou transferir a responsabilidade
pela execução do objeto, no caso de paralisação ou da ocorrência de fato relevante, de modo a evitar sua
descontinuidade;

• a classificação orçamentária da despesa, mencionando-se o número e data da Nota de Empenho ou Nota de


Movimentação de Crédito e declaração de que, em termos aditivos, indicar-se-ão os créditos e empenhos para sua
cobertura, de cada parcela da despesa a ser transferida em exercício futuro;

• o cronograma de desembolso conforme o Plano de Trabalho, incluindo os recursos da contrapartida pactuada,


quando houver;

• a obrigatoriedade de o convenente ou contratado incluir regularmente no SICONV as informações e os


documentos exigidos por esta Portaria, mantendo-o atualizado;

• a obrigatoriedade de restituição de recursos, nos casos previstos pela Portaria Interministerial;

• no caso de órgão ou entidade pública, a informação de que os recursos para atender às despesas em exercícios
futuros, no caso de investimento, estão consignados no plano plurianual ou em prévia lei que os autorize;

• a obrigação do convenente de manter e movimentar os recursos da conta bancária específica do convênio ou


contrato de repasse em instituição financeira controlada pela União, quando não integrante da conta única do
Governo Federal;

• a definição, se for o caso, do direito de propriedade dos bens remanescentes na data da conclusão ou extinção do
instrumento, que, em razão deste, tenham sido adquiridos, produzidos, transformados ou construídos, respeitado o
disposto na legislação pertinente;

• a forma pela qual a execução física do objeto será acompanhada pelo concedente ou contratante, inclusive com a
indicação dos recursos humanos e tecnológicos que serão empregados na atividade;

• o livre acesso dos servidores dos órgãos ou entidades públicas concedentes ou contratantes e os do controle
interno do Poder Executivo Federal, bem como do Tribunal de Contas da União aos processos, documentos,
informações referentes aos instrumentos de transferências regulamentados por esta Portaria, bem como aos locais
de execução do objeto;

• a faculdade dos partícipes rescindirem o instrumento, a qualquer tempo;

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• a previsão de extinção obrigatória do instrumento em caso de o Projeto Básico não ter sido aprovado ou
apresentado no prazo estabelecido, quando for o caso;

• a indicação do foro para dirimir as dúvidas;

• a obrigação de o convenente ou o contratado inserir cláusula nos contratos celebrados para execução do convênio
ou contrato de repasse que permitam o livre acesso dos servidores dos órgãos ou entidades públicas concedentes
ou contratantes, bem como dos órgãos de controle, aos documentos e registros contábeis das empresas
contratadas;

• a forma de liberação dos recursos ou desbloqueio, quando se tratar de contrato de repasse;

• a obrigação de prestar contas dos recursos recebidos no SICONV;

• a responsabilidade solidária dos entes consorciados, nos instrumentos que envolvam consórcio público; e

• o prazo para apresentação da prestação de contas.

Exercícios de Fixação - Módulo II


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Exercícios de Fixação - Módulo II


Parabéns! Você chegou ao final do Módulo II de estudo do curso Modalidades, Tipos e Fases da Licitação.

Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que você faça uma releitura do mesmo e resolva os
Exercícios de Fixação. O resultado não influenciará na sua nota final, mas servirá como oportunidade de
avaliar o seu domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma de ensino faz a correção imediata
das suas respostas!

Para ter acesso aos Exercícios de Fixação, clique aqui.

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