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Asma Brônquica
Definição: é uma doença inflamatória crônica, caracterizada pela hiper-responsividade das vias
aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo de ar, sendo reversível espontaneamente ou
com tratamento, manifestando-se por episódios recorrentes de sibilância, dispneia, aperto no
peito e tosse, particularmente à noite e pela manha ao despertar.
Epidemiologia: Predomina na infância, entre 7-10 anos. O principal fator de risco é a atopia.
Repercussão funcional:
Doença episódica, marcada pela exacerbação e remissão
Volume residual e capacidade residual funcional aumentados Aprisionamento de ar
Gasometria arterial Hipocapnia e alcalose respiratória (Taquipnéia e hiperventilação)
+ Hipoxemia
VEF 1,0 encontra-se reduzido
VEF 1,0/CVF (índice de Tiffenau) < 75% em adultos e < 86% em crianças.
Critérios diagnósticos:
VEF-1 < 80% do previsto e redução da relação VEF-1/CVF < 75% em adultos e <
86% em crianças.
Prova broncodilatadora positiva, ou seja, aumento em mais de 7% ou mais de 200ml
do VEF-1 após a inalação de um beta-2-agonista de curta duração.
Teste provocativo positivo, ou seja, queda de mais de 20% no VEF-1 após a utilização
de baixas doses de agentes broncoconstritores.
PEF (Peak Flow) com variação maior que 20% num período de 2-3 semanas, com
medidas diversas feitas pelo próprio paciente ou aumento do PEF em mais de 15% após
a inalação de um broncodilatador ou um curso de corticoide oral por 2-3 semanas.
Classificação:
Gravidade Sintomas Espirometria
Variação
Diurnos Noturnos Exacerbações VEF-1 do VEF-
1
Raros (<2x Raros (<2X
INTERMITENTE Raras > 80% < 20%
semana) no mês)
Afeta
PERSISTENTE < 20-
Semanais Mensais atividades > 80%
LEVE 30%
diárias
Afeta
PERSISTENTE
Diários Semanais atividades 60-80% > 30%
MODERADA
diárias
PERSISTENTE
Contínuos Diários Frequentes < 60% > 30%
GRAVE
*A classificação é dada sempre pelo critério mais grave.
*Se o paciente possuir critérios para Asma Intermitente, mas possui exacerbações classificadas
como graves, a classificação é de Asma Persistente Moderada.
Tratamento:
Definição: é uma síndrome caracterizada pela obstrução crônica difusa das vias aéreas
inferiores, de caráter irreversível, com destruição progressiva do parênquima pulmonar.
Histopatologia:
Bronquite obstrutiva crônica: hiperplasia e hipertrofia de glândulas submucosas
secretoras de muco, redução do lúmen das vias aéreas distais devido ao espessamento
da parede brônquica por edema e infiltração celular inflamatória, presença de fibrose,
hipertrofia da musculatura lisa brônquica.
Fisiopatologia:
Obstrução das vias aéreas e Hiperinsuflação Força expiratória reduzida (perda da
elasticidade pulmonar) + Resistencia expiratória aumentada (redução do lúmen das vias
aéreas) + Aprisionamento do ar + Retificação diafragmática + Utilização da
musculatura acessória.
Clínica:
Dispneia aos esforços e tosse com expectoração.
*Bronquite Crônica Simples Tosse produtiva, geralmente matinal, por mais de 3
meses consecutivos de um ano, há mais de 2 anos.
Exame físico: Sibilos, roncos, estertores, diminuição do murmúrio, timpanismo à
percussão, fácies pletórica, tórax em tonel.
Tipos estereotipados: Pink Puffers (Sopradores róseos - Enfisematoso) e Blue Bloaters
(Inchados azuis – Bronquítico grave).
Exames complementares:
Hemograma: Eritrocitose
Gasometria: Hipoxemia, Aumento PCO2, Aumento HCO3 e BE, PH quase normal
ECG: sobrecarga direita (Cor Pulmonale)
Radiografia de Tórax: Retificação diafragmática, hiperinsuflação pulmonar,
hipertransparência, aumento dos espaços intercostais, redução do diâmetro cardíaco,
aumento do espaço aéreo retroesternal no perfil.
Tratamento:
1 - Abstinência ao Tabagismo e Vacina antipneumocóccica + anti-influenza
2 - Oxigenoterapia domiciliar
o PaO2 < 55mmHg ou SaO2 < 88% em repouso
o Evidencias de cor pulmonale ou policitemia (HT > 55)
4 - Farmacoterapia de Manutenção:
o Beta-2-Agonista de LONGA duração
o Anticolinérgico inalatório
o Corticoide inalatório
5 - Reabilitação Cardiopulmonar
6 - Considerar procedimento cirúrgico
Leve Moderada Grave Muito Grave
Parar tabagismo +
Vacinas +
Broncodilatadores
nas crises
Tratamento regular
com 1 ou mais
broncodilatadores de
longa duração +
Rabilitação
cardiopulmonar
Adicionar
glicocorticoides
inalatórios + Avaliar
uso de teofilina
Acrescentar O2 de
I.Resp. Aguda +
Considerar cirurgia
Tromboembolismo Pulmonar
“Deve-se pensar em TEP em todo paciente com fatores de risco que apresente qualquer
alteração cardiorrespiratória aguda!!”
Mais de 90% dos êmbolos pulmonares se originam de trombos das veias profundas dos
membros inferiores, principalmente a íleo-femoral.
Trombofilias adquiridas:
TEV prévio
Idade
Obesidade / Tabagismo
Trauma / Imobilização prolongada
Câncer
Gravidez / Uso de ACO e TRH
Sind. AC Antifosfolipídeo / ICC / DPOC / Dça Mieloproliferativas / Sd. Nefrótica
*Sempre desconfiar de TEP em todo paciente com dispneia súbita que mantém os pulmões
limpos na ausculta de tórax.
Classificação do TEP:
Maciço: PS < 90mmHg, ou queda > 40mmHg na pressão sistólica basal. Pcte com
altíssimo risco de morte. Uso de TROMBOLÍTICOS está indicado. Considerar opções
invasivas em pacientes com contraindicações aos trombolíticos.
Moderado: PA normal + dilatação e hipocinesia de VD vista pelo ecocardiograma.
*Pacientes com disfunção de VD + aumento da TROPONINA representam um
subgrupo de altíssimo risco para óbito hospitalar, e o uso de trombolíticos está indicado.
Pequeno: PA normal sem sinais de disfunção de VD. Grupo de melhor prognóstico e o
tratamento é feito apenas com anticoagulação.
Diagnóstico:
Escore de Wells Probabilidade de TEP Alta > 4 / Não-alta < 4
D-dímero < 500 ng/dl, em paciente Wells < 4, exclui satisfatoriamente a possibilidade
de TEV.
TEP
NÃO ALTA (< 4) ALTA (> 4)
D-dímero
Angio-TC com
Venografia ou
Exclui TEP Cintilografia
Diagnóstico Não-diagnóstico
Tratar Doppler
Exames Complementares:
Radiografia de Tórax:
o Achados comuns: Cardiomegalia, Atelectasias, derrame pleural, infiltrados
o Sinais sugestivos:
Westermack Oligoemia focal
Corcova de Hamptom Infiltrado em forma de cunha, base apoiada
sobre o diafragma
Sinal de Palla Dilatação da artéria pulmonar descendente direita
Eletrocardiograma:
o Taquicardia sinusal
o Sinais de sobrecarga de VD: Inversão da onda T em V1 e V4
o Síndrome S1Q3T3
o Warfarin:
Deve ser iniciado junto com a primeira dose da HBPM e ambos devem
ser mantidos juntos por 5 dias.
O efeito do Warfarin é avaliado através da dosagem do INR
Manter anticoagulação plena permanente (> 6 meses)
Trombolíticos:
o Atuam ativando o plasminogênio tecidual.
o Indicação: Instabilidade hemodinâmica!!!!
o A heparina deve ser suspensa até o termino da infusão do trombolítico. Após
isso, se o PTTa for inferior a 2 x o limite superior de normalidade, a heparina
pode ser reiniciada.