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Estudo no Livro de Apocalipse 2018. Segunda parte.

5. PARALELOS
Todo o Livro do Apocalipse está cheio de paralelos que são apresentados em múltiplos de se-
te. Há sete cartas às igrejas da Ásia Menor; há sete selos seguidos de sete trombetas e con-
cluídos com sete taças.
Começando com as cartas às sete igrejas, observamos paralelos em sua estrutura. Cada car-
ta consiste de sete partes:
1. A saudação ou destino; por exemplo: "Ao anjo da Igreja em Efeso..."
2. A autodesignação de Cristo; por exemplo: "aquele que conserva na mão direita as sete es-
trelas..."
3. A aprovação da parte de Cristo; por exemplo: "Conheço as tuas obras, assim o teu labor
como a tua perseverança..."
4. A condenação da parte de Cristo; por exemplo: "Tenho, porém, contra ti..."
5. A advertência e a ameaça da parte de Cristo; por exemplo: "Lembra-te, pois, de onde
caíste... se não..."
6. A exortação da parte de Cristo; por exemplo: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito
diz às igrejas".
7. A promessa de Cristo; por exemplo: "Ao vencedor dar-lhe-ei de comer da árvore da vi-
da..."
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Em seguida, as sete trombetas e as sete taças revelam paralelos seguindo uma sequência
idêntica que aponta para o fim de todas as coisas.
A sequência das partes nos sete selos não é tão marcante como na das trombetas e taças.
Mas ainda nos sete selos observamos uma sequência de eventos sempre em grupos de 7 tan-
to na terra quanto no céu.
As séries de selos, trombetas e taças conclui cada uma com uma referência à consumação
do mundo. Revelam uma progressão que cresce em intensidade dos selos para as trombetas e
para as taças.
O sexto selo e também o sétimo introduzem o grande dia da ira de Deus e a ira do Cordeiro,
o que ninguém é capaz de suportar. Todas as classes de pessoas gritam aos montes e rochas
que as escondam da face daquele que está sentado no trono (6.15-17).
O clangor da sétima trombeta faz com que os vinte e quatro anciãos adorem a Deus e di-
gam: "As nações se iraram; e chegou a tua ira. Chegou o tempo de julgares os mortos"
(11.18).
E, por fim, depois que o sétimo anjo derrama sua taça, ouve-se uma forte voz que sai do
trono de Deus, dizendo: "Está feito" (16.17). O furor da ira de Deus faz com que todo monte e
ilha se escondam de sua presença.

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As três séries terminam com uma descrição da consumação, mas também revelam parale-
lismo. Os paralelos destacam expressões que incluem esconder, a ira de Deus, montes, terre-
motos, relâmpagos e vozes.
O intuito dessas três passagens mencionadas é apontar para o Dia do Juízo, quando o fim ti-
ver chegado.
6. DIVISÃO
O paralelismo expresso nos três grupos (selos, trombetas e taças) sugere que o escritor não
está apresentando uma sequência cronológica, mas, sim, diferentes aspectos dos mesmos
eventos.
Isso é ainda mais enfático quando notamos as frequentes referências indiretas e diretas ao
juízo final.
1- Cristo está vindo com as nuvens (1.7).
2 - O juízo para os pecadores é iminente, enquanto os santos cercam o trono (6.16; 7.17).
3 - Chegou o tempo para julgar os mortos (11.18).
4 - A vinda do juízo é simbolizada pelo Juiz que ceifa a terra (14.15, 16).
5 - A ira de Deus é derramada como uma descrição do juízo final (16.17-21).
6 - Esta descrição é ainda mais vívida com respeito ao cavaleiro do cavalo branco que vem
julgar com justiça e fazer guerra a seus inimigos (19.11-21).

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7 - O juízo chega a seu clímax quando os livros são abertos e cada pessoa é julgada (20.11-
15).
Esse é o paralelismo progressivo [que] divide o Apocalipse em sete partes."
As Sete Seções Paralelas
1. Cristo no meio dos candeeiros (1.1-3.22)
A figura interna central dos três primeiros capítulos do Apocalipse é Cristo no meio dos sete
candeeiros de ouro. Esses candeeiros representam as sete Igrejas (1.20). A cada Igreja João é
levado a escrever uma carta (ver capítulos 2 e 3).
Como esse número sete ocorre muitas vezes no Apocalipse, e é em todo lugar um símbolo
daquilo que é completo, podemos ter como certo, com segurança, que esse é o caso aqui, e
que ele indica a Igreja toda através de todo o espectro de sua existência até o próprio fim do
mundo.
Assim interpretada cada Igreja em particular é, por assim dizer, um tipo, não indicando um
período definido da História, mas descrevendo condições que são constantemente repetidas
na vida de diversas congregações.
Assim, essa seção parece compreende toda o momento histórico entre aprimeira vinda de
Cristo para salvar seu povo (1.5) à sua segunda vinda para julgar todas as nações (1.7). A
última das sete cartas é escrita à Igreja em Laodicéia. E evidente que o capítulo 4 introduz um
novo assunto - ainda que intimamente relacionado.
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2. A visão do céu e dos selos (4.1-7.17)
Os capítulos 4-7 constituem a próxima divisão natural do livro. O capítulo 4 descreve aquele
que está sentado no trono e a adoração daqueles que o cercam.
Na mão direita do Senhor há um livro selado com sete selos (5.1). O Cordeiro toma esse
livro e recebe adoração. Do capítulo 6 aprendemos que o Cordeiro abre os selos um a um.
Entre o sexto e o sétimo selo temos a visão dos cento e quarenta e quatro mil que foram
selados e da incontável multidão postada ante o trono.
Deve-se notar cuidadosamente que essa seção também cobre toda o momento histórico da
primeira à segunda vinda de Cristo.
A primeira referência a Cristo retrata-o como tendo sido imolado, e, agora, como governando
dos céus (5.5, 6). Próximo do fim dessa seção é apresentado o juízo final. Observe a
impressão da segunda vinda sobre os não-crentes: "...e disseram aos montes e aos rochedos:
Caí sobre nós, e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono, e da ira do Cordeiro,
porque chegou o grande dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?" (6.16,17).
Agora, observe a bem-aventurança dos crentes: "Jamais terão fome, nunca mais terão sede,
não cairá sobre eles o sol nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono
os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos
toda lágrima" (7.16, 17).

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Esse é um retrato da Igreja triunfante toda, ajuntada de todas as nações e assim, em sua
inteireza, postada diante do trono e diante do Cordeiro - um ideal que não é entendido até o
dia da grande consumação. Temos, assim, perpassado toda a era do evangelho.
3. As sete trombetas (8.1-11.19)
A seção seguinte consiste dos capítulos 8-11. Seu tema central é: as sete trombetas que afe-
tam o mundo. O que acontece com a Igreja é descrito nos capítulos 10 e 11 (o anjo com um
pequeno livro, as duas testemunhas).
Também, no fechamento dessa seção há uma clara referência ao juízo final. " O sétimo anjo
tocou a trombeta e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo tornou-se de
nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos... Na verdade, as nações
se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os
mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o
teu nome, assim aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra"
(11.15, 18). Tendo alcançado o fim da era histórica, termina a visão.
4. O dragão perseguidor (12.1-14.20)
Tudo isso nos leva aos capítulos 12-14: a mulher e o "filho varão" perseguidos pelo dragão e
seus auxiliares. Essa seção também cobre toda a era presente entre a primeira e a segunda
vinda de Jesus.

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Começa com uma clara referência ao nascimento do Salvador (12.5). O dragão ameaça
devorar o filho varão. O filho é carregado para Deus e para o seu trono. O dragão, agora,
persegue a mulher (12.13).
Como seus agentes, ele emprega a besta que vem do mar (13.1), a besta que vem da terra
(13.11,12) e a grande meretriz, Babilônia (14.8). Essa seção, também, termina com uma
inspiradora descrição da segunda vinda de Cristo, para julgamento: "Olhei, e eis uma nuvem
branca, e sentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma
coroa de ouro e na mão uma espada afiada ... E aquele que estava sentado sobre a nuvem
passou a sua foice sobre a terra, e a terra foi ceifada" (14.14,16).
5. As sete taças (15.1-16.21)
A seção seguinte compreende os capítulos 15 e 16, e descreve as taças de ira. Aqui, tam-
bém, temos uma referência clara ao juízo final e aos eventos que ocorrerão em conexão com
ele. Assim, lemos em 16.20: "Toda a ilha fugiu e os montes não foram achados".
6. A queda da Babilônia (17.1-19.21)
A seguir vem uma descrição vívida da queda da Babilônia e a punição infligida sobre a besta
e o falso profeta. Observe a figura de Cristo vindo para julgar (19.11ss.). "Vi o céu aberto, e
eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro, e julga e peleja com justi-
ça".
7. A grande consumação (20.1-22.21)
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Isso nos leva à seção final, capítulos 20-22, pois Apocalipse 20.1 definitivamente começa
uma nova seção e introduz um novo assunto.
Esse novo assunto é a condenação do diabo. Uma comparação, sobretudo, com o capítulo 12
revela o fato de que, ao início do capítulo 20, estamos mais uma vez no limiar da nova era.
Enquanto em 12.9 nos é dito que, em conexão com a ascensão e a coroação de Cristo, o di-
abo é lançado à terra, aqui em 20.2, 3, lemos que ele é preso por mil anos, sendo depois lan-
çado no abismo.
Os mil anos são seguidos por um tempo curto durante o qual Satanás é solto de sua prisão
(20.7). Isso, por sua vez, é seguido da descrição da derrota final de Satanás em conexão com
a vinda de Cristo para julgamento (20.10, llss.). Nessa vinda, o presente universo, passando,
deixa lugar para os novos céus e a nova terra, a nova Jerusalém (20.llss.).
Uma leitura cuidadosa do livro do Apocalipse mostra claramente que o livro consiste de sete
seções, e que essas sete seções correm paralelas umas às outras. Cada uma delas envolve to-
da a dispensação, da primeira à segunda volta de Cristo. Esse período é visto ora de uma
perspectiva, ora de outra.
B. LINGUAGEM FIGURATIVA
Como os livros proféticos do Antigo Testamento estão cheios de sinais, assim o último livro
do Novo Testamento tem também muitos símbolos.

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João às vezes interpreta um símbolo, como no caso de "aquela antiga serpente chamado di-
abo, ou Satanás" (12.9) e as águas que João observa como sendo "povos e multidões e na-
ções e línguas" (17.15).15 Outras vezes, o cenário, usos e características de uma dada palavra
fornecem uma explicação. O que precisamos considerar é uma descrição adequada da lingua-
gem figurativa.
1. Descrição
O mundo está cheio de símbolos que podem comunicar diversos significados a um observa-
dor. Por exemplo, uma bandeira de uma nação particular é uma fonte de orgulho nacional pa-
ra aquele país que, viajando no exterior, de repente reconhece o emblema de sua pátria natal.
Mas para o cidadão de uma nação que foi tratada injustamente pelo governo e forças arma-
das do país mencionado, a vista de sua bandeira o enche de aversão e desgosto.
A cruz é um símbolo que fala profundamente a um cristão, porém gera antipatia nas pessoas
de muitas outras religiões. A um observador, um símbolo comunica significado que é proporci-
onado pelo contato direto ou indireto que ele teve com o campo que um símbolo representa.
Eis uma definição de símbolo dada por um dicionário: "Alguma coisa que substitui ou sugere
algo mais por razão de relacionamento, associação, convenção ou semelhança acidental; es-
pecialmente um sinal visível de algo invisível."'

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Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento estão repletos de linguagem simbólica que se re-
laciona a uma variedade de classes: natureza, pessoas e nomes, números, cores e criaturas.
Analisemos cada uma mais detidamente.
2. Natureza
Deus advertiu a Adão e Eva a não comerem da árvore do conhecimento do bem e do mal, e
pôs querubins com uma espada flamejante na entrada do Jardim do Éden para que guardas-
sem o caminho à árvore da vida (Gn 2.9, 17; 3.22,24).
Referências à árvore da vida aparecem não só no início, mas também no fim da revelação
escrita de Deus (Ap 2.7; 22.2, 14, 19).
A linguagem simbólica do Apocalipse é evidente em 22.2: "De cada lado do rio estava a ár-
vore da vida, que frutifica doze vezes por ano, uma por mês. As folhas da árvore servem para
a cura das nações" (Comparar Ez 47.12).
O Livro do Apocalipse está cheio de expressões simbólicas relativas à natureza, inclusive um
vento forte (6.13; 7.1), um terremoto (8.5; 11.19; 16.18), um fogo consumidor (8.7; 20.9) e
um período de silêncio (8.1).
O escritor do Apocalipse recorre ao simbolismo de uma voz como de trombeta (4.1), um mar
de vidro (4.6), o firmamento enrolado como um rolo (6.14) e um rio da água da vida (22.1).
3. Pessoas e Nomes

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O Novo Testamento frequentemente emprega nomes, não para indicar pessoas como tais,
mas para sua condição, significação e obra.
Para ilustrar, Abraão personifica o pai de todos os crentes, e Moisés personifica a lei de Deus
(Lc 13.16; 19.9; 24.27). Moisés e Elias estão com Jesus no Monte da Transfiguração, onde
Moisés incorpora a lei e Elias, os profetas (Mt 17.1-8).
Paulo designa Adão como o pai da raça humana (Rm 5.14; l Co 15.22,45), e Tiago descreve
Jó como a incorporação da perseverança (Tg 5.11).
O Apocalipse de João registra nomes que ilustram fidelidade (Antipas: 2.13), engano (Bala-
ão: 2.14) e sedução (Jezabel: 2.20).
Faz menção de Sodoma e Egito como símbolos de imoralidade e escravidão, respectivamente
(11.8). Para ele, o Monte Sião é o símbolo da nova Jerusalém, que desce do céu, habitação de
Deus, com seu povo (Ap 14.1; 21.2, 3).
4. Números
Já discutimos determinados números, mas para completar temos também que analisar a sig-
nificação de números individuais.
Assim, o número um denota unidade, a qual para os judeus estava codificada em seu credo:
"Ouve, ó Israel: o Senhor nosso Deus, o Senhor é um" (Dt 6.4).

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Dois é o número de pessoas que precisam validar um testemunho num tribunal; no Apocalip-
se (11.3), duas testemunhas são representantes da Igreja de Deus na terra. O número três
descreve o Deus Triúno (1.4, 5).
Quatro se refere à criação divina como é evidente à luz das quatro direções dos ventos e as
quatro estações do ano. Cinco é um número redondo e, como tal, não tem muita significação
simbólica.
Assim, cinco meses (9.5, 10) significa um período de duração indefinida. Seis simboliza a luta
de Satanás pela completude, porém sempre fracassa em sua realização; daí o número da bes-
ta ser um seis triplo (Ap 13.18).
Por toda a Escritura, mas especialmente no Apocalipse, sete significa completude. O número
doze exemplifica a perfeição; e o número mil sugere uma multidão.
Daí, a figura 12.000 estádios, descrevendo o comprimento, a largura e a altura da nova Je-
rusalém, se relaciona com a perfeição na forma de um cubo (21.16).
Um cubo tem doze quinas, isto é, quatro no alto e quatro no fundo com quatro nos lados.
Uma quina mede 12 mil estádios, que vezes doze é igual a 144.000 mil estádios.
A espessura ou altura dos muros é de 144.000 cúbitos, que é o quadrado de doze. Por fim,
as doze tribos de Israel, consistindo cada uma de 12.000, perfaz o total de 144.000 (7.4-8),
que é também o número dos redimidos que jazem em pé diante do Cordeiro (14.1, 3).

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João viu que o número de tropas montadas destruídas por quatro anjos era de 200.000.000
(9.16). Esse número simboliza um exército incalculável de homens e cavalos designados como
forças opostas a Deus, seu Ungido e seu povo.
Os anjos são liberados para destruírem essas forças, de modo que um terço da humanidade
é morta. O uso que o autor faz da expressão "tempo, tempos e metade de um tempo" (12.14)
concorda com 42 meses e 1.260 dias (11.2, 3; 12.6; 13.5).
A expressão "tempo, tempos e metade de um tempo" deriva de Daniel 7.25, a qual se refere
ao período de três anos e meio. Os números evidentemente comunicam uma mensagem sim-
bólica, pois ninguém é capaz de designar com precisão a data do cumprimento.
5. Cores
Os tons de cores que João menciona no Apocalipse são branco, 22 vermelho (6.4; 12.3), es-
carlate (17.3, 4; 18.12, 16), preto (6.5, 12), lívido e verde (6.8; 8.7), azul (9.17), amarelo
(9.17) e púrpura (17.4; 18.12, 16). Outra cor é o ouro; aparece neste livro numerosas vezes,
ou como adjetivo, ou substantivo.
Para algumas das cores mencionadas na Escritura, o contexto parece fornecer um significado
simbólico. Por exemplo, branco é a cor que denota santidade, pureza, vitória e justiça.
Disse Deus ao povo de Israel: "Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlate, se tor-
narão brancos como a neve" (Is 1.18; ver SI 51.7); em sua transfiguração, as roupas de Jesus

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se tornaram brancas, de um brilho resplandecente (Mc 9.3); e o anjo do Senhor, no túmulo de
Jesus, estava vestido com roupa branca (Mt 28.3).
Semelhantemente, no Apocalipse as roupas dos santos no céu são brancas (4.4; 6.11; 7.9,
13, 14; comparar 3.4,5, 18). O cavaleiro que monta o cavalo branco é vitorioso e se faz
acompanhar de anjos vestidos com vestes brancas e que montam cavalos brancos (6.2;
19.11, 14).
O Filho do Homem, sentado numa nuvem branca, com uma coroa de ouro em sua cabeça e
um cetro em sua mão, surge como vitorioso vencedor que ceifa sua lavoura (14.14); e, final-
mente, a cor do trono de Deus é branco, para expressar juízo e justiça (20.11).
O vermelho é a cor da guerra, como é evidente do sangue derramado sobre a terra, quando
o cavaleiro que monta o cavalo vermelho brande sua grande espada (6.4).
O dragão vermelho se prepara para matar o menino ao nascer, e deflagra guerra contra o
arcanjo Miguel e seus anjos (12.3, 7-9).
O preto retrata a fome, como ilustrada pelo preço de alimento tão inflacionado: "Um quilo de
trigo por um denário, e três quilos de cevada por um denário, e não danifique o azeite e o vi-
nho" (6.6). Significa também trevas, quando o sol deixa de emitir sua luz (Is 13.10; Mt 24.29;
Ap 6.12).

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Das cores que João menciona no Apocalipse, o branco e o preto são notáveis. Enquanto a
púrpura indica riqueza (18.16), o ouro denota a perfeição do céu (21.18, 21).23 Outras cores
ocorrem esporadicamente neste livro, e seus contextos falham para esclarecer o seu uso.
6. Criaturas
Do mundo animal, João selecionou numerosos representantes para ilustrar determinados
conceitos. Os animais quadrúpedes são um cavalo para ser montado (6.2-9), um cordeiro des-
tinado a ser morto (5.6), um leão com boca devoradora (13.2), um urso apoiado em seus po-
derosos pés (13.2), um boi em toda sua força (4.7) e um leopardo em toda sua rapidez
(13.2).
Os répteis são uma serpente representando Satanás (12.9, 15; 20.2), um escorpião exibindo
seu ferrão (9.3, 5, 10) e rãs descrevendo maus espíritos (16.13). As aves são os abutres que
se empanturram sobre seus cadáveres (19.17,18) e a águia com suas asas estendidas (8.13).
Os insetos são representados pelos gafanhotos que retratam uma praga (9.3). Todas essas
criaturas, a seu próprio modo, aumentam o simbolismo do Apocalipse.
7. Conclusão
Nenhum livro no Novo Testamento, como o Livro do Apocalipse, contém tanta ocorrência do
conceito grande, Expresso pelo termo grego megas, e traduzido diversamente por "alto",
"imenso" e "intenso".

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O que João vê só pode ser descrito em termos de tamanho, volume, intensidade e importân-
cia: anjos com vozes volumosas, de modo que cada criatura é capaz de ouvi-las (por exemplo,
6.10); "enormes pedras de granizo, de cerca de trinta e cinco quilos cada uma" (16.21); inten-
so calor (16.9); grande autoridade (18.1); e Babilônia, a Grande (18.2).
Não obstante, nem todo detalhe é simbólico e carente de interpretação. Ao explicarmos o
conteúdo do Apocalipse, devemos ter em mente a mensagem central de uma passagem e
considerar os detalhes como pictóricos e descritivos.
A mensagem é primária; os detalhes, secundários. A não ser que a mensagem de-
mande uma interpretação das partes individuais, devemos evitar descobrir um significado mais
profundo em cada componente.
Nem toda informação no Apocalipse é simbólica. Se o escritor declara que a erva é verde
(8.7), e que uma couraça é vermelha, azul e amarela (9.17), ele meramente descreve os obje-
tos.
Quando palavras como verde, azul e amarelo ocorrem apenas uma vez em dado contexto,
não temos motivo para suspeitar que expressem uma linguagem simbólica.
Outras passagens se relacionam à história, tais como o exílio do autor na ilha de Patmos
(1.9); o Dia do Senhor (1.10); as cartas às sete igrejas (capítulos 2 e 3); e os versículos con-
clusivos do capítulo 22.

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Ocorre uma alusão à história no nascimento do menino que é arrebatado para o céu (12.5).
João apresenta o resto do Apocalipse em visões introduzidas pela frase repetitiva: Eu vi.
A conclusão a que devemos chegar é que os números, imagens e expressões de grandeza
devem ser interpretados como símbolos que apresentam a ideia de totalidade, plenitude e per-
feição.
Muito do simbolismo de João se deriva das Escrituras veterotestamentárias e do contexto
eclesiástico na época em que ele viveu. Notemos que a mente judaica do primeiro século re-
cebia e apresentava informação por meio de quadros, ilustrações e símbolos.
À guisa de contraste, a mente grega daquela época lidava com conceitos abstratos que ana-
lisava e explicava com clara exatidão verbal.
Ainda que João gastasse tempo considerável em um ambiente grego, e escrevesse seu livro
no idioma grego, sua composição reflete uma mentalidade oriental que comunica revelação
com a corroboração de imagens pictóricas. A mente hebraica vê Deus como uma fortaleza,
uma rocha, um escudo e um libertador (Sl

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