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O documento resume o texto "O Estado no Brasil Contemporâneo" de Maria Hermínia Tavares. Ele descreve a história do Estado brasileiro desde 1822, destacando a oscilação entre centralização e descentralização ao longo do tempo. Também discute as características atuais do Estado federativo brasileiro e como líderes que defendiam a descentralização promoveram a centralização quando assumiram o governo federal.
O documento resume o texto "O Estado no Brasil Contemporâneo" de Maria Hermínia Tavares. Ele descreve a história do Estado brasileiro desde 1822, destacando a oscilação entre centralização e descentralização ao longo do tempo. Também discute as características atuais do Estado federativo brasileiro e como líderes que defendiam a descentralização promoveram a centralização quando assumiram o governo federal.
Drepturi de autor:
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O documento resume o texto "O Estado no Brasil Contemporâneo" de Maria Hermínia Tavares. Ele descreve a história do Estado brasileiro desde 1822, destacando a oscilação entre centralização e descentralização ao longo do tempo. Também discute as características atuais do Estado federativo brasileiro e como líderes que defendiam a descentralização promoveram a centralização quando assumiram o governo federal.
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HZ248 – Política II: Política Brasileira (noturno) Professor Valeriano Costa Módulo: de 1822 a 2004
O ESTADO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO – Um passeio pela história
TAVARES, Maria Hermínia (2007). O ESTADO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO
– Um passeio pela história. In ALCANTARA E MELO (org.), A Democracia Brasileira. Balanço e perspectivas para o século 21, Humanitas.
O texto de Maria Hermínia propõe-se a tratar, de um ponto de vista histórico,
das características e das formas que assumiu o Estado brasileiro no decorrer de sua existência. Destaca também a especificidade desse Estado – o caráter pendular, oscilando entre a centralização e a descentralização. A autora começa pela definição, segundo ela, “canônica” weberiana de Estado: “conjunto de organismos e burocracias próprias e um ordenamento legal” i. Logo em seguida, expõe as condições básicas para a formação, na sociedade, desse objeto de estudo a fim de poder compreender tais elementos na situação brasileira. Posteriormente, a autora começa a construção histórica do Estado no Brasil de maneira analítica. O êxito da elite em ser suficientemente hábil para manter a integridade do vasto território brasileiro foi enfatizado na obra. Nesse sentido, condições como a de estandardização, homogeneidade política na elite fizeram possível o estabelecimento de um Estado, mesmo que balbuciante, porém com os fundamentos de Estado. Como elucidado pela autora, começa aí a relação conflitante entre governo federal e estadual. A preferência pela inicial descentralização, considerando-se, obviamente, o período pós-império, entra em declínio junto com a política dos governadores e dá lugar à centralização varguista. Essa, por sua vez, lutará durante anos contra a oposição – descentralizadora; liberal – e usará práticas diversas para tal combate: fechamento do Congresso, Revolução Constitucionalista de 1932 - reprimida fortemente pelas tropas nacionais - O Plano Cohen, redução da autonomia estadual etc. Durante a era Vargas, o Estado brasileiro sofreu um importante processo de evolução qualitativa. O espírito da descentralização é reanimado com a proposta de Constituição em 1946 no governo Dutra. Logo, a tensão pendular mantém-se até a decisão realizada em 1964, quando o golpe militar decreta a opção pela centralização. Dessa maneira, o país se conduz até 1988, momento em que a necessidade de descentralização e democracia é enorme devido à experiência traumática do regime de 20 anos anteriores. O resultado da proposta de 1988 foi alterado de forma visível, já que as estruturas estatais, as relações políticas, e as relações entre os estados da federação consumaram características centralizadoras, decorrência da democratização. O tópico seguinte é destinado à abordagem da situação do Estado federativo no cenário atual. A autora demonstra os motivos fenomênicos para a centralização enquanto o conceito primário era o das idéias liberais. “Líderes e partidos, que na oposição defendiam iniciativas de descentralização, promoveram a centralização tão logo assumiram o governo federal” ii. Isso somado à idéia de que o Executivo figurava como “agente de mudança e avalista de direitos” deram base sólida para a construção do ambiente político brasileiro: organização federativa, fragmentação partidária, presidencialismo de eleições competitivas”. i TAVARES, Maria Hermínia(2007). O ESTADO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO – Um passeio pela história. In ALCANTARA E MELO (org), A Democracia Brasileira. Balanço e perspectivas para o século 21, Humanitas. Pág. 18 ii TAVARES, Maria Hermínia(2007). O ESTADO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO – Um passeio pela história. In ALCANTARA E MELO (org), A Democracia Brasileira. Balanço e perspectivas para o século 21, Humanitas. Pág. 30