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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA: PSICOFARMACOLOGIA

FRANCISCO DE ASSIS SILVA LIMA


GABRIELLE DE OLIVEIRA FREITAS
JOSANE SILVA LIMA
YASMIN COSTA BARROS RIBEIRO

A ATENÇÃO, A INFÂNCIA E OS CONTEXTOS EDUCACIONAIS

São Luís
2017
FRANCISCO DE ASSIS SILVA LIMA
GABRIELLE DE OLIVEIRA FREITAS
JOSANE SILVA LIMA
YASMIN COSTA BARROS RIBEIRO

A ATENÇÃO, A INFÂNCIA E OS CONTEXTOS EDUCACIONAIS

Texto apresentado como requisito para obtenção de


nota referente à disciplina Psicofarmacologia,
ministrada pela professora Maria Luiza Cruz no 2º
semestre de 2017 do Curso de Psicologia da
Universidade Federal do Maranhão.

São Luís
2017
A ATENÇÃO, A INFÂNCIA E OS CONTEXTOS EDUCACIONAIS
O texto escrito por Freitas e Baptista (2017) reflete sobre os diferentes sentidos
atribuídos ao conceito “atenção” para se pensar na criança no campo educacional. Os
autores iniciam a discussão abordando esse conceito a partir de um apanhado histórico.
Para isso, trazem o filósofo Foucault, que analisa as formas de poder ao longo dos
séculos XVI ao XVIII, tendo o “poder disciplinar” como uma forma de controle para
atender aos interesses de quem necessita de corpos disciplinados.
No final do século XVIII, após o avanço da Ciência e da Medicina, foi
necessária uma modificação dos sujeitos, de modo que precisariam ser mais racionais,
prudentes e ordenados. A mente também deveria ser controlada e a atenção, atenuada.
Caberia apenas aos artistas o uso excessivo dela. A atenção é analisada, assim, como
“um objeto empírico e social produzido na relação política, econômica e científica de
cada tempo” (p. 2).
A educação não fugia a essa regra, passando a articular maneiras para que as
crianças fixassem sua atenção nos modelos morais aconselháveis da época. As
necessidades externas ditavam a forma como os sujeitos deveriam se modificar ou
controlar seus impulsos.
A partir do século XX, a atenção vai ganhando destaque, pois há um “processo
de cerebrização da vontade da atenção” (CALIMAN, 2006 apud FREITAS &
BATISTA, 2017, p. 3) com relação à prática diagnóstica das patologias da atenção,
mais especificamente, da falta dela.
Os autores apontam numerosos estudos que surgiram no século XX acerca dos
distúrbios da atenção, como a hiperatividade, nos quais a forma impulsiva das crianças
se comportarem era considerada um “defeito de controle moral”, sendo tais
consideradas perturbadoras (BARKCLEY, 2008, p. 17 apud FREITAS & BAPTISTA,
2017, p. 3). A medicação, assim, entrou como um elemento importante nesse período,
com o aumento de casos de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade
(TDAH), sendo não apenas a hiperatividade um problema, mas também a desatenção.
Nas escolas até os dias atuais a dimensão do ajustamento social é predominante,
os corpos são tolhidos e silenciados através dos medicamentos que em muitos casos são
utilizados de forma ampla e generalizada pela “facilidade e frequência com que as
crianças são diagnosticadas e medicadas” (p. 3). Nesse contexto, a desatenção é vista
como hiperatividade, sintoma este que não teria função outra que não atrapalhar o
processo de aprendizagem. Aqui, “é o corpo em movimento que provoca no professor a
instabilidade e o desejo de que esse seja ‘contido’” (FREITAS & BAPTISTA, 2017,
p.3).
O que se vê, pois, é uma preocupação com a disfunção da atenção, com a
desatenção, e não se discute sobre a atenção propriamente dita. Os autores trazem como
exemplo o DSM-IV, onde termos como “falta de atenção” e “desatenção” são utilizados
a todo o momento. No entanto, não há uma preocupação em explicar o que significa o
termo ou pensar em melhores formas de estimular a atenção das crianças no processo de
aprendizagem, mas trata-se frequentemente da desatenção como algo que denota
desajustamento e que está fora dos padrões morais, muitas vezes por meio de
medicamentos como a Ritalina e o Concerta - sendo este último um nome que nos leva
à reflexão pela sua semelhança com o verbo “consertar”.
É válido, diante de atuais reflexões, pensarmos na criança como um ser em
desenvolvimento, descobrindo seu corpo, suas capacidades, suas habilidades motoras,
manuais, cognitivas, e os espaços os quais pertence. É comum em diversas delas que
esse processo se dê de forma mais dinâmica, com mais curiosidade e inquietação, bem
como pode ser de forma calma, lenta e gradual. Cada criança possui seu ritmo de
aprendizado e memorização, e isto envolve a atenção, mas não de modo que a “falta
dela”, ou melhor, a falta de uma normatização de comportamento e do controle desses
corpos seja algo prejudicial para a criança. Novas formas de educação podem ser
utilizadas a fim de canalizar a atenção, enquanto função cognitiva, de formas lúdicas,
práticas e vivenciais para que todo o processo educacional seja facilitado e formem-se
pessoas cientes de si, dos seus corpos e com mentalidades grandiosas.

REFERÊNCIA:

FREITAS, C. R; BAPTISTA, C. R. A atenção, a infância e os contextos educacionais.


Psicol. Soc., Belo Horizonte, v. 29, e140387, 2017. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/psoc/v29/1807-0310-psoc-29-e140387.pdf> Acesso em: 20
out 2017.

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