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ABRIL.

1951
O SENHOR E ’ MEU PASTOR

O Senhor é meu pastor,


E com Êle eu seguirei.
D e ita r-m e faz em verdes pastos!
Feliz, m uito feliz serei!

R efrigera a m inha alma


Levando-m e com m uito am ôr!
Pelas veredas da justiça
Me encam inha o Salvador!

P or am ôr do seu Santo Nome,


Meu coração, tra nsform ou;
Do vale da sombra da m o r te . . .
Todo o tem or me tirou.

Porque, Êle está com igo


E não me deixa tropeçar;
E por Êle, eu, protegido
O m ar da m orte vou passar!

Diante dos meus inimigos,


Com piedade. . . preparou;
Uma mesa, e com óleo
O meu calix, transbordou!

Ungida a m inha cabeça,


Com Êle eu habitarei!
Certam ente que a presença
De meu Jesus, eu gosarei!

Fausta A m a ra l

N A C A P A vemos um desenho do novo templo da Igreja a ser construído


na cidade de Los Angeles, Califórnia. V eja-se “Igreja no M undo”

T radu ções neste n ú m ero: C urta H istó ria da Ig re ja , L ia C arn eiro; P ro fe c ia ,


C ícero P roen ça L a n a ; U m Testem u n h o M u ndial, A ben çoado seja o
alim en to, H on y C astro; A P e d ra Azul, M a y M a c K n ig h K ü h l;
Aspectos Quím icos da P a la v ra da Sabedoria, G eorge J.
An gerbau er.
Órgão Oficial da Missão Brasi­
leira da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias

R ua Itapeva, 378
Caixa Postal 862 SAO P A U L O Tel.: 33-6761

Ano IV A B R IL DE 1951 N .° 4

Í N D I C E

E D ITO R IAL — Pres. Rulon S. Howells ........................ 63


ARTIG O S ESPECIAIS
PECULIARIDADE — Pres. Jorge Alberto Smith ......... 64
NA SOMBRA DA PERSEGUIÇÃO — História da Igreja 65
UM TESTEMUNHO M UNDIAL — Aubrey J. Parker. . . . 68
ASPECTOS QUÍMICOS DA “ PALAVR A SABEDORIA” 70
A PEDRA AZUL — Conto verídico por Ralph M argett 74
ABENÇOADO SEJA O ALIM EN TO — Vesta P . Crawford 80
VÁRIOS
O SENHOR É MEU PASTOR — Fausta A m a r a l............. I I Capa
A IGREJA NO MUNDO ................................................. 62
QUEM É MEU AMIGO? — José Qunnney J r................ 77
O RUMO DOS RAMOS ................................................... 78
M IS C E L Â N IA ................................................................... I I I Capa
ACONTECEU NO MEZ DE AB R IL ............................... IV Capa

pi[]iiiiiN iiiii[]m iiiiiii!i[]M iiiiiiiiii[]iiii!iiiM iuiiiiiiiiiiii[]m iiiim ii[]im m i!m []iiii!iiiiiiiuiM iN iim i[]m iiiiiini[iiM iiiiiii!iuiiiiiiim iiniiiiiiiiiii£
| “ A L IA H O N A ” é publicada m ensalm ente no Brasil pela Ig r e ja de Jesus 1
| C risto dos Santos dos Ü ltim os Dias. Preços das assinaturas: por cada |
| exem plar, Cr$ 4,00; por ano, Cr$ 40,00; exterior, Cr$ 50,00. Tôda cor- |
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| Cláudio M artins dos Santos. g
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□ Jornais e Periódicos, conform e Decreto N.° 4857, de 9-11-1939
^fim illllllC3nilllllllllC]im illlllllC]lllllllltlllC3IIIIIIIIIIIIC3IIIIIHIIIIinillll!IIIIIIC]|lllimi!l!C3llllllllllll[]IMIIIIIillOIIIIIMIIIIC]llllllllllll[]l!IIIIIIIIIIC3llíÍ:
A Igreja
no
Mundo

LO S A N G E LE S , C a lifó rn ia tem p lo in clu irá m ais do que 100,000 S a n ­


tos dos Ú ltim os Dias, residentes n a C a­
U m p ro je to especial p ara o T em p lo de lifó rn ia e p a rte de Nevada.
Los A n geles — o undécim o T em p lo a ser
construído p ela Ig r e ja de Jesus Cristo M U N IC H , A lem an h a
dos Santos dos Ú ltim os Dias — fo i a p ro ­ F o i com prada recen tem en te um a séde
vad o p ela P rim e ira P resid ên cia e pelas p ara construir um a n ova capela na c i­
autoridades gerais. dade de M unich, na M issão da A le m a ­
As plantas, os p rojetos e as esp ecifi­ n h a O cidental.
cações serão com pletadas o m ais cêdo
possível. P la n e ja -s e in ic ia r im e d ia ta ­ S A L T L A K E C IT Y , U tah, E E .U U .
m en te a construção dêste Tem plo.
A p ro x im a d a m en te 4.000 pessoas fo ra m
C om um plan o tôdo “ sui gen eris” no
con vertid as e batisadas no ano 1950 pelos
qual se pode n o ta r a in flu ên cia do a n tigo
m issionários das estacas nos Estados
estilo m aya, o T em p lo se v o lta rá para o
Unidos. N a m aioria os m issionários pas­
lado sudoeste da cidade de Los Angeles.
sam duas noites por sem ana ensinando
A fig u ra p rin cip a l será a de um a tôrre
o E van gelh o. Quasi 200 d en tre as con ­
tendo no tôpo um a estátu a do a n jo M o ­ vertid a s eram índios n orte-am erican os.
ron i tocando um a trom beta, bem com o
podem os v e r no pináculo do T em p lo do O A K L A N D , C a lifó rn ia , E E .U U .
L a g o Salgado.
Eugene H ilton , p ai do ex-m ission ário
As jan elas, na m aioria, serão salp ica­
no B rasil, John L. H ilton , deixou uma
das com p ed ra picada para a b ran d ar o
posição a lta n a system s escolar da c i­
ruído e x te rio r e red u zir a claridade do
dade para cu m prir um a m issão n a G rã -
sol. O T e m p lo está p la n eja d o ex p ecia l-
B retan h a.
m en te p a ra o clim a de Los A n geles e será
equipado com ar condicionado. Jardins
H O N G K O N G , C hina
especialm en te p la n eja d os vão ocupar os
terraços do e d ifíc io an exo cu ja estrutura P o r causa das condições perturbadas
tem a fo rm a de um “ U ” e um grande em H on g K o n g, atu alm en te, a séde cen ­
p lan o de arborização está sendo estuda­ tra l da m issão chinesa fo i tra n sferid a
do para cob rir a área que fic a ao redor p a ra Honolulu, nas Ilh a s H avaí. Num
do T em p lo o qual fa r á com que fiqu e curto espaço de tem po, em H o n g K on g,
m ais realçad a a fo rm a e a beleza do m u ito progresso fo i n otad o pelos quatro
ed ifício. m issionários chineses, de H a va í, dois
A té a construção dum segundo tem p lo norte-am erican os, e P resid en te e Sra.
n a C a lifó rn ia , a área de in flu ên cia do H ilton A. Robertson.

62 A LIAH O NA
EDITORIAL=

DONS E S P I R I T U A I S
Êles representam um papel importante no Evangelho de
Jesus Cristo e são as características da verdadeira Igreja.
Êsses dons tornaram-se bem conhecidos entre os membros da
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e de tempos
em tempos são grandemente aproveitadas pelas pessoas, com
um resultante aumento de fé e testemunho.
Contudo, dúvidas surgem sôbre esses dons e em considera­
ção aos mesmos, publicamos a seguinte declaração do falecido
presidente José F . Smith, sôbre êste assunto:
“ O próprio diabo pode aparecer como um anjo de luz.
Falsos profetas e falsos pregadores sempre aparecem pelo mun­
do. Não existe talvez nenhum dom do Espírito de Deus mais
facilmente imitada pelo demônio do que o dom das línguas.
Para cada duas pessoas que tenham o dom de línguas, inspira­
dos pelo Espírito de Deus, existe uma dúzia, que são inspirados
pelo diabo.
“ Apóstatas falam de línguas, de profecias, e de maravilho­
sas manifestações. Mas, o que é isto para nós? A dificuldade
é que nós mesmos sabemos tão pouco da verdade, que qualquer
tolo pode afirmar ter tido uma visão ou algum sonho maravi­
lhoso, e por mais absurdo ou falso que seja, sempre encontrará
seguidores.”
Numerosos incidentes têm sido relatados por missionários
em terras estrangeiras, indicando a maneira pela qual o dom
das línguas fôra dado aos mesmos, não somente nos momentos
em que pregavam, mas aprendendo para uso permanente, o
idioma das pessoas, entre as quais êles trabalhavam.
Outros dons são também concedidos, disse o Pres. Smith,
mas com outra finalidade. Os Santos devem lembrar-se disto
e não andar procurando sinais, nem serem desviados pox pessoas
apóstatas, que afirmam ter tido uma visão ou recebido algum
sinal.

Abril de 1951 63
ALGUNS P O M O S DE Porém nós cremos na revelação
divina; nós acreditamos que nosso
Pai fala ao homem hoje como o tem
feito desde o tempo de Adão. Nós
acreditamos e sabemos — o que é
P e lo P resid en te Jorge A lb erto Sm ith mais do que méra fé — que o nosso
Pai colocou sua mão neste mundo
Nós somos chamados um povo para a salvação dos filhos dos ho­
peculiar porque, talvez, nós cabal­ mens.
mente cremos no Evangelho de Jesus Èste é o trabalho do Senhor. Não
Cristo. Nossa peculiaridade extende- é um trabalho militante, mas é um
se amplamente no fato de crermos trabalho de amor e com o auxílio do
que o Velho e Novo Testamento efe­ nosso Pai Celestial nós podemos fa ­
tivamente contêm a palavra do Se­ zê-lo como êle prometeu que seria —
nhor, desde que tenham sido tradu­ a glória da terra e os meios (para
zidos corretamente. Nós também fir ­ isto é o que é) para a salvação de
memente cremos no Livro de Mórmon, seus filhos que ainda não O escuta­
do qual o mundo sabe comparativa­ ram .
mente pouco; e adicionamos a êle uma Nosso Pai Celestial tornou possí­
resoluta crença em “ Doutrinas e Con­ vel a todo o povo normal dêste mun­
vênios” e “ Pérola de Grande Valor” . do saber a verdade se quizerem. Tor­
Nós consideramos os ensinamentos nou possível a cada homem e cada
que êles contêm como revelações do mulher receber o Evangelho se dese­
nosso Pai no céu para seus filhos que jarem. Nós temos nosso livre arbí­
habitam sôbre esta terra . trio. Nisto está a condenação do ho­
mem, bem como a gloriosa oportuni­
Não é somente porque temos fé dade do homem, porque nela está a
nestes livros, que somos considerados verdad? que tem sido claramente
um povo peculiar, mas também por­ manifestada desde o começo.
que nós confidentemente cremos que Quando lutamos pela coisas desta
o nosso Pai no céu falou neste dia e terra que perecem, aos poucos as dei-
época. Neste caso, sabemos que há
(C on tin ú a n a p á g . 73).
comunicação com o céu. Nós cremos
que Jeová tem o mesmo sentimento
complacente, a mesma influência sô­
bre nós que êle tinha para sôbre seus
filhos que viviam neste mundo em
tempos passados.
Pelos descrentes, os membros da
Igreja de Jesus Cristo em tôdas as
épocas do mundo foram considerados
como um povo peculiar. Quando o
Senhor falou por intermédio de seus
servos, houve em diferentes períodos
de tempo muitos povos na terra oue
diziam: “ Eu não acredito em revela­
ções.” Esta época não é exceção à
regra. Os milhares, sim, os milhões
de filhos do nosso Pai, que vivem na
terra, estão, porém, repetindo a his­
tória do passado quando negaram
que Deus revelou novamente seus de­
sejos aos filhos dos homens e dizem Jorge A lb erto Sm ith, atu al p residen te da
que não têm necessidade de qualquer Ig r e ja de Jesus C risto dos Santos dos
uíterior revelação. Ú ltim os Dias

64 A LIAH O NA
C U R T A H IS T Ó R IA D A IG R E J A — ll.a PA R TE

Na Sombra da Perseguição
N o período que mediou entre os anos de 1831 e 1838, estabelecimen­
tos se desenvolveram separadamente em Kirtland e em Missuri. Em
Kirtland fo i recebida uma grande parte das escrituras modernas que se
encontram na Pérola de Grande Valor e no Livro das Doutrinas e Con­
vênios. Instruções foram dadas para que se construísse o primeiro Tem­
plo, ou “ Casa de Deus” da Igreja e, um grande movimento missionário
começou a surgir na Inglaterra.

Neste mesmo tempo, muitas coisas Em Jackson foram criadas facili­


importantes aconteciam nos acampa­ dades para o desenvolvimento espi­
mentos Mórmons, no condado de ritual e intelectual da comunidade
Jackson, Missouri. Mórmon. Os Santos traziam consigo
Como o leitor deve se lembrar, ali os ideais de vida e pensamento. Fun­
fôra estabelecida a primeira colônia daram um periódico, o “ Estrêla da
dos Santos dos Últimos Dias, Agôsto Noite e da Manhã” , em alusão à nova
de 1831, dezeseis meses depois de or­ religião. 0 editor foi William W .
ganizada a Igreja. 0 terreno foi con­ Phelps, que além de ter cultura, já
sagrado, o local para o templo foi es­ tinha sido jornalista em Nova York.
colhido e as primeiras casas foram Foi ajudado por Olívio Cowdery.
construídas em K aw ; daí por diante Sendo Independence a sede em
uma contínua corrente de imigrantes perspectiva da Igreja, os Santos que­
chegava à cidade, nas diligências de riam ser bem representados na im­
época. No outono de 1833, mil e qui­ prensa. Eram proprietários das ofi­
nhentos Mórmons pasaram a residir cinas do “ Estrêla” . A í seria publi­
em Kaw. cado o Livro dos “ Convênios” e quais­
quer outros que fôssem necessários.
Sentiam-se felizes, a-pesar-das di­
Além disto, foi organizada uma
fíceis condições de vida. Eram tra­
balhadores, econômicos e inteligentes “ Escola dos Profetas” , para be­
e amavam o belo. Não eram gente de nefício dos irmãos adultos, onde teo­
maus hábitos. Todos tinham vindo logia e religião eram as principais
de colônias estabelecidas, há uns 25 matérias. Era semelhante a uma
Ou 50 anos, no Canadá e Estados escola fundada em K irtland. Fazia
Unidos, mas esta tera tinha uma parte do programa o ensino de Gra­
significação especial. Era a Terra mática Inglêsa, História e Geografia.
Prometida. A í seria edificada uma Si houvesse um professor competen­
cidade, planejada mais para o bem- te, o Hebráico teria sido incluido,
estar humano do que no sentido co­ como o fôra na escola de Kirtland. A
mercial. Aí, também, seria erigido principal finalidade dessa instituição
um templo sagrado, de sorte que os era preparar os homens para os deve-
colonos Mórmons começaram a tra­ res de missionários, que certamente
balhar, arando, plantando e colhendo, seriam chamados a cumprir.
na firme esperança de fazerem dali
o seu lar permanente e o dos seus
descendentes. Em fins de 1833 ha­ A principal característica dos San­
viam dez colônias diferentes, a prin­ tos do condado de Jackson era, tal­
cipal delas em Independence. vez, a preocupação da sua organiza­

Abril de 1951 65
ção social. O Profeta assim os havia
ensinado.
Formavam, primordialmente, uma
comunidade civil. O plano para a
futura cidade de Sion, em Indepen-
dence, havia sido feito pelo próprio
Profeta. Nada existia, ainda, de se­
melhante a êste plano. Suas bases
eram puramente civis e não comer­
ciais .
A cida.de tinha uma milha quadra­
da. As ruas, com oito varas (1 ) de
largura, seriam cortadas por outras,
em ângulos retos, formando grelhas
ou o desenho de um taboleiro de xa-
dres. Havia uma praça pública,
onde seria erigido o templo — uma
construção de imcomparável beleza
e majestade . Cada casa, que seria
construída dentro de meio acre (2)
de terra, ou menos, ficaria mais para
o fundo do terreno, deixando espaço
A “ E strêla da N oite da M a n h ã ” fo i pu ­
na frente para um jardim com flo­ b licado na Im p ren sa “ R a m a g é” operado
res, arbustos e árvores ornamentais por mão
e um quintal na parte de tra z. Todo
proprietário, portanto, poderia fazer
arquitetura, recentemente escreveu
plantações de legumes e frutas. A
naquêle jornal dizendo que os planos
população não deveria exceder de
civis de José Smith “ eram muilo
vinte mil. Dezenove igrejas seriam
avançados para a sua época.” Em tal
suficientes para todos os fiéis.
cidade não haveria lugar para a
Fóra da cidade ficariam as fazen­ escória, com seus efeitos degradan­
das, as fábricas e os cemitérios. So­ tes nem para casas de apartamento
mente as lojas seriam permitidas no onde vivessem duas os três famílias.
perímetro urbano. Assim, como dis­ O propósito dêsse plano era o bem-
se o Profeta, todos viveriam dentro estar do povo.
da cidade. Com as plantações de fru­
A estrutura econômica dessa cida­
tas e legumes dentro da cidade, os
de modêlo era ao mesmo tempo nova
cereais, o feno e outras grandes co­
e admirável. Cada indivíduo seria
lheitas produzidas nas fazendas e os
proprietário de uma casa, com o res­
artigos manufaturados nas fábricas,
pectivo terreno e tôdas as ferramen­
para o consumo dos habitantes, cada
tas de trabalho, quaisquer que fos­
cidade teria o seu próprio abasteci­
sem, seriam fornecidas gratuitamen­
mento. À proporção que cada cidade te. Nisto consistia a propriedade
fôsse crescendo, outras semelhantes privada, o que resulta em estímulo.
seriam fundadas, conforme as neces­
Mas, em certo ponto termina a pro­
sidades. Os detalhes de menos im­ priedade privada para dar comêço
portância, dêsse plano civil, foram aos bens públicos. Dos seus ganhos,
deixados para serem estudados à me­ o indivíduo deveria tirar o suficiente
dida que as condições exigissem. para o seu sustento e de sua família.
Um dos colaboradores do “ New O resto, fôsse muito ou pouco, deve­
York Times” , também estudante de
ria ser entregue ao bispo, como re­
(1 ) Medida antiga de comprimento, igual presentante da comunidade. Desta
a um metro e dez centímetros. forma, esperava o Profeta criar o
(2 ) Medida agrária. bem comum, onde não houvesse nem

66 A LIAH O N A
rico nem pobre. Esta idéia ficou co­ a chegada dos Mórmons ao condado.
nhecida pelo nome de “ Ordem Uni­ Em 1832 algumas casas de Mórmons
da” . foram apedrejadas, montões de feno
Não sabemos si esta nova idéia te­ foram queimados e os “ velhos coloni­
ria sido um sucesso, porquanto, an­ zadores’’ se reuniam para decidirem
tes de haver sido começada os Mór­ o que poderiam fazer em tal situação.
mons foram expulsos do condado de Em Julho de 1833 os gentios elabo­
Jackson. Os Santos não mais a pu- raram uma “ constituição” , fazendo
zeram em prática até depois da fuga certas queixas contra os recem-che-
de Illinois. E ’ certo, porém, que José gados e pedindo a retirada dos Mór­
Smith esperava implantar nos ho­ mons. Nem ao menos sugeriam terem
mens o amor, no sentido Cristão, em os Santos infringido qualquer lei.
troca do egoismo manifestado por Pelo contrário, os signatários decla­
aqueles sue não possuíam restrições raram que “ os braços da lei” não os
religiosas. E isto o Profeta almeja­ protegia “ contra os males” que en­
va fazer por meio de uma religião do tão os afligia. A “ Constituição” foi
poder em contradição com uma reli­ assinada por muitas centenas de pes­
gião meramente de forma. soas, algumas delas funcionárias do
No fundo, foi êste ideal socialista, govêrno.
saturado, como o era, de espírito re­ Pouco tempo depois disto os che­
ligioso, que deu margem ao choque fes dos dois partidos se encontraram
de interêsses entre os Mormons e os e como estivessem as hostilidades
seus oponentes, no condado de iminentes, escreveram um “ memo­
Jackson. Por êste ideal, eram os rando” . Neste documento, que os Mór­
Santos anti-escravagistas, pois, a sua mons assinaram sob pressão, ficou
religião dava grande valôr ao ser estabelecido que os Santos deixariam
humano, qualquer que fôsse êle. Os o condado a 1.° de Abril de 1834.
velhos colonizadores eram a favor da Considerando que haviam assinado
escravidão, o que os tornava, politi­ êste “ acôrdo” contra vontade, os
camente, mais ou menos unidos, por­ chefes Mórmons resolveram apelar
que se assim não fôsse veriam pre­ para o govêrnador, o que fizeram de­
judicado o seu ideal de vida econômi­ pois de uma turba ter destruído as
ca . Havia entre os Mórmons o senso oficinas de imprensa, livros e papéis
do cooperativismo, o que não acon­ pertencentes aos “ novos” colonizado­
tecia com seus adversários, os ho­ res, ter posto abaixo o edifício onde
mens sem peias e extremamente in­ habitavam e ter, na praça pública, co­
dividualistas. Os Missourianos se berto de pixe os Bispos Partridge e
espantaram com a crença dos Mór­ Carlos Allen. Quando, porém os San­
mons de que a parte Oeste lhes fôra tos tomaram providências para a
“ legada” pelo Senhor. proteção dos seus direitos, por um
Finalmente, havia o que o Profeta apêlo às autoridades, seus inimigos
muitas vêzes chamava de espírito os denunciaram como tendo infringi­
alerta do “ adversário contra tudo o do o “ acôrdo” e os ameaçaram de ex­
que era direito.” Em última análise, pulsão do condado. Nesta situação
era uma contenda entre as fôrças do crítica, João Corrill, João Whitmer,
Bem o do Mal. William W . Phelps, Algernon S.
O conflito não tardou muito. Os Gilbert e Eduardo Partridge se ofe-
murmúrios de rixa começaram desde (C on tin ú a na pág. 76)

“ B em -aven tu rad os sois vós, quando vos in ju ria rem e perseguirem , e


m entindo, disserem todo o m al con tra vós por m in h a causa. E xu ltai e ale-
grai-vos, porçue é gran d e o vosso galard ão nos céus; porque assim perse­
guiram os p rofetas que fo ra m antes de vós” . (S. M ateus 5:11-12).

Abril de 1951 67
Um Testemunho Mundial
P A R A TODOS OS HOMENS EM
TÔDA PA R T E , a quem estas pala­ “ Existe uma grande diferença na
vras possam chegar: SAUDAÇÕES : qualidade mental daqueles que são
E ’ meu desejo, há muito tempo, diri­ convertidos a uma fé, e aqueles que
gir estas palavras a todo o mundo crescem dentro dela: Os primeiros
com referência às minhas descober­ conhecem-na tanto por fora como por
tas sôbre o assunto do assim chama­ dentro” :
do, “ Mormonismo” . Tendo sido um H. G. Wells em “ A alma de um
zeloso estudioso de religigião duran­ Bispo” .
te os últimos 50 anos e tendo me
afiliado a êste grupo de adoradores
pelos últimos 40 anos, sinto-me ca­ PO R A U B R E Y D. P A R K E R
paz de me expressar sôbre êste as­
sunto. Não existe nenhuma religião, — que é o “ Grande Presidente Deus
de qualquer proeminência, que eu não Elohim” : que é o Pai dos espíritos
tenha tentado estudar. Tôdas têm de todos os homens” : o pai literal de
algo de belo e nobre. A Ciência tam­ tôda a alma nascida de pais terres­
bém entrou em minhas considera­ tres. Êste pai todo sábio mora nos
ções, mas eu, há muito tempo, decidi céus, — onde Jesus disse que Êle es­
que os frios fatos da ciência não po­ tava — de onde Êle mandou Seu F i­
deriam salvar minha alm a: seja lá lho para nascer de uma mulher, po­
sôbre qual nome exista, Deus, meu rém sem pecado, e morrer como uma
Pai Celeste, e Êle somente pode sal­ propiciação para os pecados de todos
var-me atravez da expiação trazida os homens” . Êles declaram sua cren­
“ pelo Seu Único Filho” com a sua ça em Jesus Cristo, como “ O Filho
morte na cruz do Calvário. do Deus Vivo” , que conquistou a mor­
As minhas descobertas, até hoje, te — e obteve para todos a salvação
após ter investigado centenas de sis­ do túmulo. Os Santos dos Últimos
temas religiosos, alguns dos quais Dias acreditam no Espírito Santo,
bem extensivamente, são que “ nenhu­ que é o Confortador — “ uma perso­
ma das declarações feitas por qualquer nagem de Espírito” sendo a “ Tercei­
uma das religiões sôbre suas doutri­ ra pessoa da divindade” — tôdas sen­
nas, é tão concisa e completa como do personagens distintas e separadas,
“ as treze regras de fé” dadas pela mas tendo “ um propósito em tôdas
Igreja Mormon” . Estas regras, lidas as coisas” . Uma declaração clara é
e seguidas, satisfariam a maioria dos esta, feita de maneira clara.
homens e mulheres que pensam, se A prova de qualquer religião é des­
isto for feito de uma maneira des­ cobrir se os seus membros estão dis­
prendida. E ’ minha opinião, que postos a viver para e por ela. Preci­
qualquer homem ou mulher que não sa ser “ uma regra de fé e prática” .
têm nenhuma filiação religiosa ou Precisa ser “ completa” , cada ato
qualquer outra pessoa com razão de deve ser interligado por tôda a vid a:
queixa, não pode deixar de encontrar “ seja vida ou morte, comendo ou be­
neste estudo uma experiência satis­ bendo” . Deve tocar a vida em todos
fatória para seu espírito, ao seguir os pontos. Deve ser capaz de ascen­
os dogmas da Igreja de Jesus Cristo der as mais sublimes alturas ou des­
dos Santos dos Últimos Dias. cer aos pontos mais baixos para
Esta é uma “ Declaração de Cren­ procurar e salvar as almas dos ho­
ça” com a sua fé em Deus, como “ O mens: e — na filosofia do Mormo­
Criador e Sustentador do Universo” nismo — isto significa salvar os

68 A LIAH O NA
melhores do espírito” . Êles vêm en
tão como Shakespeare. “ E ’ a mente
que enriquece o corpo” . A sua atual
religião ou não-religião, satisfaz êste
desejo? Se não satisfaz, investigue
as doutrinas da igreja que os homens
denominaram “ Mormon” . Seu nome
verdadeiro é A Igreja de Jesus Cris­
to dos Santos dos Últimos Dias. 0
rótulo do lado de fora da caixa, nem
sempre indica os verdadeiros -con
teudos.
A Igreja chamada “ Mormon” tem
o inalterado Evangelho de Jesus
Cristo: que foi restaurado na terra
pela ministração de anjos em nossos
dias. Ela dá a visão de uma vida
melhor, não essencialmente no além,
mas agora. E ’ adaptavel ao mais
seus corpos também — porque “ 0 fraco dos mortais, como ao mais for­
corpo e o espírito são a alma do ho­ te dos homens.
mem” . 0 Evangelho de Jesus Cristo Esta igreja agora tem mais do que
satisfaz todos os requesitos da vida. 6.000 missionários enviados para
Salvação econômica é uma parte in­ tôdas as partes da terra. Êles ser­
tegral do Plano de Deus para o ho­ vem sem pagamento e sustentam-se
mem — E ’ para que o homem possa a si mesmos, algumas vêzes servindo
ter vida, e mais abundamente” . As “ sem eira nem beira” , como faziam
doutrinas de qualquer igreja bem su­ os discípulos nos dias antigos. Êles
cedida deve ser de elevação e inspira­ vão “ dois a dois” , como faziam os
ção suficiente para fazer com que os missionários da primeira igreja, —
homens sacrifiquem, se necessário de porta em porta procurando pro­
fôr, todo o seu eu, para servir nas var a todos os homens que “ Deus fa ­
suas fileiras. Economicamente deve lou” em nossos dias. Êles declaram a
satisfazer tôda a emergência física todos que “ Deus vive e que Jesus é
de um mundo ràpidamente mutável. o Cristo” — e que José Smith foi o
Se as suas doutrinas são verdadeiras profeta dos Últimos dias para res­
em todos os sentidos, o tempo de­ taurar na terra aquilo que tinha sido
monstrará a sua marcha triunfante perdido. Cumprindo a profecia de
em tôdas as direções. Não falhará em João, encontrada no Apocalipse 14:
nenhum ponto: continuará firme en­ 6-7: que “ Um anjo voará — tendo
tre “ tôdas as ruinas do tempo” — o eterno Evangelho para pregar
“ tendo feito tudo para ficar firm e” . àqueles que vivem sôbre a terra, di­
Em outras palavras, sua origem Di­ zendo adorem Deus” — Êste é o seu
vina será evidenciada pelos sucessos testemunho — e o meu: “ Que Deus
obtidos em tôda esfera de ação: esta seja verdadeiro” . As verdades ensi­
deve ser a natureza da organização de nadas pelo moderno profeta ainda
Deus — A Igreja de Jesus Cristo. são verdadeiras. O tempo serve de
Os homens estão sujeitos ao peca­ prova a isto. Por mais de cem anos
do em todo o lugar. “ O maior dos ela aguentou todos os testes. “ E ’ a
pecados é não estar conciente de ne­
nhum” : Contudo, todos pecaram e (C on tin ú a n a p á gin a 75).
não alcançam completamente a gló­
ria de Deus” . Todos os homens, al­ O autor era um Ministro Metodista antes
guma vez durante a curta existência de começar um estudo honesto do
humana, têm um desejo para “ coisas Mormonismo

Abril de 1951 69
Era aceita somente pela fé, agora tas não Mórmons, que mostram que
a ciência lhe dá mais apôio. o tabaco é definitivamente preju­
A história da ciência atesta a ori­ dicial à humanidade.
gem divina da nossa Palavra de Sa­ A nicotina, contida no tabaco, é
bedoria. No dia 27 de Fevereiro de uma substância interessantíssima
1833, José Smith condenou o uso de sob o ponto de vista químico, sendo
tabaco, bebidas alcoólicas, as bebidas alcalina, ela existe no tabaco como
quentes daquela época (chá e c a fé ), sais cítricos e outros ácidos. No ato
ofereceu sugestões dietéticas, e avi­ de fumar, ela é distilada fora do ta­
sou seus seguidores contra “ os ho­ baco, como está aquecida pelo calor
mens conspiradores” naquele tempo da ação de fumar, visto que a nicoti­
não havia evidência para justificar na está presente na fumaça sabemos
a condenação. Sua “ sabedoria” não que a maior parte escapa sendo quei­
era tão obvia como é hoje. Ninguém mada ou tornando-se condensada na
pode reclamar que José Smith pro­
feriu essa revelação de seu próprio
conhecimento pessoal, pois conheci­
mento das substâncias e práticas con­ Aspectos
denadas não existia anteriormente à
data desta revelação.
Naquêle tempo, tôda a ciência estava
na sua infância, e muitas fases da
P alavra
ciência não eram conhecidas. Em 1833
os químicos não sabiam quasi nada
de caféina e teobromina. Nenhum
estudo científico tinha sido feito dos
efeitos fisiológicos do álcool etílico.
A nicotina foi descoberta no ano de
1828 por Posselt e Raimann, mas ne­
nhuma informação relativamente aos 4
seus efeitos fisiológicos era conheci­
da até que Haskell publicou suas des­
cobertas em 1871. Os químicos nês-
te tempo não tinham entendimentos
claros dos conceitos atômicos e mo­
leculares .
Mesmo a composição da água foi
conhecida apenas 33 anos antes. A
ciência da química orgânica estava
bem no seu princípio, apenas cinco
anos antes dêste tempo, quando ponta do cigarro. Outro alcalóide
Woehler demonstrou o poder da quí­ venenoso conhecido como piridina é
mica para criar e controlar substân­ também encontrado na fumaça de
cias envolvidas nas “ funções de tabaco. A molécula nicotina contém
vida” . A ciência de dietéticos esta­ como parte de sua estrutura, uma
va começando a nascer, porque os molécula de piridina e a presença do
primeiros experimentos na digestão último na fumaça é provavelmente
de alimentos foram executados oito devida à decomposição parcial de al­
anos antes por Beaumont. guma nicotina.
Atualmente a sabedoria da nossa A nicotina na fumaça do tabaco
“ Palavra de Sabedoria” é grande­ existe em partículas estremamente
mente realçada pelos descobrimentos pequenas conhecidas na química como
da ciência. Oakes e Widtsoe têm re­ coloides. Estas partículas têm pouca
latado as pesquisas de vários cientis­ tendência a coagular ou fixar-se em

70 A LIAHONA
virtude da carga elétrica que elas cimento na eficiência mental. O efei­
tem. Faz-se possível a ação de fu­ to do veneno é lento, devido relativa­
mar, por causa desta condição, por­ mente à pequena quantidade que é
que detem a maior parte do veneno atualmente efetiva e em muitos casos
em contacto com os pulmões e san­ rendido mais cruel do que a ação re­
gue do fumante, por êsse meio per­ pentina duma dose grande. Muitas
mitindo ao fumante viver até acabar vêzes o resultado é uma destruição
seu cachimbo, charuto ou cigarro. perceptível de saúde, ligado com uma
Isto não é exagero porque a nicotina ruina financeira e moral. O envene­
é igualmente tão venenosa quanto ao namento agudo pela nicotina causa
mortífero cianeto. No estado puro, vômito, confusão mental, e convul­
a nicotina é um líquido sem côr e sem sões, isto nos indica, numa escala
cheiro e mais do que dez vêzes mais grande, o efeito das doses minúscu­
venenosa de que “ conune” o ingre- las que administra cada cigarro.
O prejuizo total do hábito de ta­
baco não é devido somente à nicotina.
u í m i c o s da Há muitos ingredientes que o quími­
co não conseguiu descobrir. Ain­
da assim o uso de tabaco cria há­
bito. Deverá ser descoberto um in­
Sabedoria grediente qualquer que tenha a pro­
priedade de viviar. Há forte evidên­
cia que êste ingrediente seja um nar-
cotico pertencendo à classe de subs­
tâncias conhecidas como alcalóides e
asemelhar-se-á, em muitos áspectos,
a tais alcalóides como nicotina, stri-
quinina, morfina, etc.
Não será surpreendente se final­
mente os químicos isolarem diversos
outros alcalóides do tabaco. Outras
plantas produzindo alcalóides são
conhecidas para produzir tanto como
vinte venenos diferentes numa só
planta. A piridina mencionada como
ingrediente do fumo de tabaco é um
alcalóide venenoso caracterisado por
um cheiro muito desagradavel. E ’
extensamente usado atualmente para
vender álcool intolerável para o uso
diente mortífero da cicuta que Sócra­ humano, e é responsável pelo cheiro
tes e outros usaram para suicidar-se. horrível que diversas qualidades de
Quatro décimos milésimos duma onça álcool retificado têm.
de nicotina (0.00284 gramas) é dose Outras substâncias tem sido decla­
letal, contudo o cigaro comum con­ radas como constituintes de fumo por
tém dez vêzes mais do que esta quan­ vários investigadores. Entre estas
tidade. substâncias há o monoxido de carbo­
Estudos feitos por Bush e outros no, acido prussico, álcool de madeira,
têm mostrado que o fumante recebe arsênico e amoniaco. Estudos ciêntí-
bastante nicotina para transtornar ficòs provam que o fumo de tabaco é
as funções corporais normais, cau­ irritante, e um grande esforço tem
sando um aumento na velocidade da sido devotado para pesquisar os mé­
ação do coração, um aumento na pres­ todos de tratar o tabaco a fim de l i ­
são do sangue, e considerável decres­ vrar o fumo dos seus irritantes.::'

Abril de 1951 71
Até agora êste problema tem de­ sentidos. A conduta peculiar de pa­
safiado o melhor conhecimento e pe­ cientes voltando a si dêste gás tem
rícia química. dirigido a sua designação como “ gás
Certos fabricantes recentemente de riso” mesmo o oxigênio puro sob
têm feito muita propaganda a respei­ pressão razoavelmente alta produzirá
to de seus cigarros, que aumentavam efeitos notáveis sôbre a conduta men­
o valor ou quantidade de açúcar no tal . Há outras substâncias que foram
sangue. Bailey e Petre porém, dizem achadas que são capazes de restaurar
que esta reclamação foi contrariada as proteínas do cérebro à sua condi­
por Diel, Edwards e Forbes, os quais ção normal, e muitos casos de insani­
mostraram que a ação de fumar é dade têm sido curado ou melhorados
sem efeito no açúcar do sangue, áci­ pelo tratamento de sódio amitol ou
do lático e quociente respiratório. rodanato de sódio.

Q UÍM IC A E ÁLCOOL

A química tem evidênciado muito


a condenação do uso interno de
álcool. Wilder, Dr. Bancroft, “ O
grande homem da física química” e
um dos grandes químicos do mundo
desenvolveu uma teoria de insanida­
de que parece derramar uma luz in­
teressante sôbre os efeitos internos
do álcool. Esta teoria atribue certas
formas de enfermidades mentais a
um mau ajustamento dos coloides do
sistema nervoso.
E ’ bem conhecido que o cérebro e o O álcool é outra substância que
sistema nervoso contém partículas de produz conduta mental anormal, e
proteínas do tamanho e natureza co- portanto, acredita-se transtornar os
loidal. Além disso, muitos compostos coloides do cérebro e do sistema ner­
químicos são capazes de transtornar voso.
o estado normal destas partículas A intoxicação é o estado de estar
miudas. Quando isto acontece, a saú­ rendido transtornado mentalmente
de mental peóra. pela ação química. O álcool sendo
eliminado desembriaga o “ sujeito”
Diversos produtos químicos conhe­
cidos afetam o cérebro. Os primei­ porque os coloides estão restaurados
ros operários em usinas produzindo a sua condição normal, pelo menos
gasolina etilada se tornaram violen­ aproximadamente.
tamente insanos devido ao “ tetraétil- Aplicações repetidas do álcool fa ­
chumbo” que entrou em seus corpos. zem definido e permanente prejuizo à
Foi descoberto que o efeito passava mentalidade do beberrão, provavel­
lentamente quando seus corpos t i ­ mente porque os coloides do cérebro
nham tempo de eliminar o veneno. e nervos não são restaurados em
Diversas formas de distúrbios men­ condição perfeita depois de cada em­
tais têm sido produzidos com os tio- briaguez.
cianetos. Várias misturas de monóxi­ Cada “ borracheira” deixa a sua ci­
do de carbono com outros gases tem catriz ou efeito sôbre a mentalidade
produzido extraordinários efeitos do bebado, e são acumulados os pre­
mentais. O óxido nitroso usado pelo juízos de cada uma. Consequente­
odontológico para deixar seu pacien­ mente, casos de instabilidade mental
te insensível à dôr, produz uma his­ devido ao uso do álcool não são ra­
teria quando o paciente recobra os ros. Todos os gráus de prejuízos

72 A LIAH O NA
mentais desta causa estão indubita­ voso humano. Consta que uns com­
velmente em nós, embora poucas vê­ postos, tais como misturas de gaso­
zes estejamos inclinados a admitir lina com leite, que parecem par­
que os poderes mentais estão preju­ ticipar com o álcool o poder de trans­
dicados até que a vítima torna-se tão tornar o equilíbrio nervoso ou men­
doente mentalmente que é necessário tal do homem, são também capazes
interná-la. de efetuar dispersões de proteínas
Até agora a profissão médica não coloidais do cérebro.
aceitou tudo que Bancroft dizia rela­ Além disso, o álcool é narcótico
tivamente à sua teoria de insanida­ visto que é venenoso, capaz de produ­
de. O tratamento químico de Ban­ zir um desejo excessivo e progressi­
croft dos insanos têm sido bem suce­ vo, capaz de causar um estupor men­
didos em muitos casos. Não é sur­ tal.
preendente que os seus esforços em A ciência evidenciou que o álcool
restabelecer condições normais co-
é definitivamente prpejudicial ao
loidais nos sistemas nervosos dos seus
pacientes têm falhado em alguns ca­ corpo humano. Numerosos estu­
sos, porque certamente tôdas as en­ dos têm sido citados por Oakes, os
fermidades mentais não são coloidais, quais mostram que desde o primeiro
ou, se coloidais, não responderiam ne- estudo científico do efeito fisiológico
cessáriamente ao sódio amitol, ro- do álcool feito em 1907, uma porção
danato de sódio, ou outros compostos de dados médicos e sociais são agora
que até agora têm sido experimenta­ conhecidos que testificam que o
dos. álcool é “ reconhecido como um des­
Não obstante, a teoria de Bancroft truidor de saúde tanto da mente
oferece uma explicação muito plausí­ quanto no corp, e um veneno que li­
vel dos efeitos prejudiciais de que o geiramente desfará todos efeitos de-
álcool etílico produz no sistema ner­ educação e cultura.”

P E C U L IA R ID A D E Pai Celestial, então seremos realmen­


(C on tin u ação da p á gin a 64). te um povo abençoado. Nós vivemos,
xamos para traz. Porém, se em nos­ em larga escala, pelo testemunho que
sas almas for gerado o desejo de ser­ nos for dado pelo nosso Redentor, e
vir à Deus e guardar seus manda­ desta maneira somos um povo aben­
mentos vivendo a nossa religião e en- çoado ; mas seriamos ainda muito
ensinando-a aos filhos dÊle, então mais abençoados e favorecidos se pu-
nós estamos acumulando riquezas dessemos persuadir-nos a nós mes­
eternas para nós mesmos, as quais mos a fazer nossa completa obriga­
ninguém pode roubar-nos. ção.
Êstes são fatos. Esta é nossa mis­ Eu óro para que o espírito, que nos
são: esta é nossa oportunidade; e o habilitará a servir fielmente, seja
Senhor prometeu-nos em troca, pelo conosco, para que o desejo de fazer
nosso proveito desta oportunidade, o bem possa vencer as tentações que
que teremos a vida em tôdas as épo­ estão colocadas no nosso caminho, e
cas da eternidade. para que, onde quer que sigamos, ou­
Se nossa peculiaridade alcançou a tros, observando nossas boas obras,
grandeza de nossas vidas por cada sejam impelidos a glorificar o nosso
palavra provinda da boca de nosso Pai que está no céu.

Abril de 1951 73
A PEDRA AZUL
UM A H ISTÓ R IA C U R TA

por Ralph Margetts

Em uma das minhas visitas habi­


tuais à casa de Dente Terzi, em Ge­
nebra, Suíssa, perguntei-lhe como foi
que êle e sua família haviam se to r ­
nado membros da Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Como podemos imaginar, não é fácil
pertencer a uma seita que é mal vis­
ta por muitos dos nossos amigos e Ficou empolgado pelo desejo de pos­
conhecidos. E ’ muito mais fácil fa ­ suir a pedra, e resolveu possuí-la.
zer o que todos fazem e acompanhar Com uma vara, o resoluto Dente
a maioria. tentou empurar a pedra para a beira
do riacho, de onde êle poderia alcan­
Dente recostou-se em sua cadeira e çá-la sem se molhar. Com um em-
sorriu, um sorriso cheio de reminis- purão um tanto forte, a pedra se
cências. . . Seus olhos pareciam fixos deslocou e a correnteza começou a le­
«m uma recordação distante e agra­ vá-la. Com medo de perder a sua
dável, como se estivesse revivendo al­ presa, Dente redobrou seus esforços,
guma aventura da sua juventude. mas, no seu entusiasmo, curvou-se
- Esta é a história que me contou. demais e com um grito selvagem, des­
O comêço desta história é igual ao lizou da ponte para dentro dágua.
de muitas outras, sôbre rapazes: co­ Nêsse ponto, Dente manifestou
meçamos com o jovem Dente che­ aquela caraterística que mais tarde o
gando em casa, molhado até aos levaria ao sucesso. Êle parecia
ossos e pingando água sôbre o fino obsecado por um só pensamento:
tapete de sua mãe; tal procedimento obter aquela pedra. Ensopado, mas
só poderia provocar a sua ira e Den­ triunfante, emergiu do seu banho
te não sabia exatamente o que espe­ inesperado, segurando junto ao peito
rar. Demais, Dente não tinha uma a pedra azul. E Dente sentiu uma
explicação razoável para dar sôbre sensação exquisita.
o seu estado, e quando sua mãe o Para confirmar a sua história,
fixou com o olhar chamejante per­ Dente tirou a pedra do bolso e deu à
guntando-lhe por que havia esqueci­ sua mãe, pedindo-lhe que a levasse a
do os seus ensinamentos ao ponto de um lapidário a fim de ser avaliada.
cair dentro de um riacho, o seu co­ Dona Terzi suspirou profundamen­
ração se comprimiu ainda mais. te e justificou o incidente como sen­
A verdade parecia ser o único meio do mais uma prova pela qual as mães
de aplacar o descontentamento ma­ têm que passar. O jovem Dente, po­
terno e, por isso, com a coragem que rém, não pensava assim. Depois de
nasce do desespero, mergulhou na his­ diversos dias de inércia, êle pergun­
tória do mesmo modo como havia tou à sua mãe se ela havia mostrado
mergulhado no riacho há apenas al­ a pedra ao lapidário. Ela disse que
guns minutos. não, e mandou-o brincar. Mas êle im­
Parece que, ao atravessar uma cer­ plorou muito e, com aquela ingenui-
ta ponte, havia visto no fundo do ria­ -dade caraterística às crianças, afir­
cho, uma pedra azul, que imediata­ mava que a pedra era de grande va­
mente calculou ser de grande valor. lor.

74 A LIAHONA
Finalmente, mais para conservar de Mórmon” (ou antes, Le Livre de
a paz do que por qualquer outro mo­ Mormon, em “ Francês” ) era o que
tivo, Dona Terzi levou a pedra à casa estava impresso em letras douradas
de uma de suas amigas — Dona Ma- na capa. Ela o pegou e leu o seu títu­
they-Doret, cujo marido era lapidá­ lo.
rio, e pediu-lhe que a examinasse. A curiosidade é uma coisa bem ex-
Depois de um rápido exame, o Snr. tranha; tudo o que não é familiar,
Mathey-Doret colocou a pedra sôbre usual e conhecido é sempre intensa­
um livro, cuja capa era de couro pre­ mente interessante. Guiada por uma
to e, rindo, assegurou a Dona Terzi viva curiosidade, Dona Terzi fêz mui­
que a pedra não era mais do que um tas perguntas à Dona Mathey-Doret,
pedaço de lava vulcânica, que ficou que já era filiada à Igreja, e que, sa­
desgastada pela ação contínua da tisfeitíssima, deu explicações sôbre a
água e, por conseguinte, não tinha sua religião.
nenhum valor.
Com um suspiro de alívio, Dona Ter­ Depois de algum tempo, Dona Ter­
zi pegou a pedra para recolocá-la na zi tornou-se membra da Igreja. Ago­
sua bolsa, quando, casualmente, ela ra ela é a primeira pessoa a dizer que
viu o título do livro prêto sôbre o a pedra azul foi, de fato, de valor
qual a pedra tinha estado. “ O Livro inestimável.

T E S T E M U N H O M U N D IA L Ensina que esta terra será a mora­


da celestial dos homens libertos do
(C on tin u ação da páçin a 58). pecado. Dá uma explicação mais
clara da chamada “ Queda” do pai
mais certa palavra de profecia” res­ Adão. Anuncia a segunda vinda de
taurada novamente em nossos dias Cristo, como o Senhor dos Senhores” ,
para guiar o homem: o testemunho Rei dos Reis — cujo reinado “ não
de Jesus que é “ O espírito da profe­ terá fim ” .
cia” . Sua Igreja está aqui novamen­ Os mensageiros estão espalhando
te para servir tôda a humanidade: e o “ Eterno Evangelho” que foi revela­
para mostrar o caminho às mansões do na terra — tendo sido recebido
celestiais, que o Senhor preparou “ da mão de um anjo” — em cumpri­
para aqueles que o amam e servem. mento ao Apocalipse 14:6-7. “ Êste é
O Evangelho Restaurado mostra ao o último testemunho, QUE DEUS
homem o caminho verdadeiro no qual E X IS T E ” . Eu sei que meu Reden­
“ êle pode conseguir sua própria sal­ tor vive e que no último dia Êle fica­
vação” , a-pesar-dêle fazê-la “ com rá sôbre a terra” e a-pesar-de ver­
mêdo e tremendo” . Não por meio de mes destruírem êste corpo, ainda as­
uma cerimônia fantástica ou um sim em minha carne verei a Deus”
ritual complicado, mas por simples (Job 19:25:26). A Sua Igreja está
e fáceis regras do Evangelho, em aqui. Com um profeta a sua testa,
obediência aos eternos princípios e oficializado com “ Doze Apóstolos”
de acôrdo com as imutáveis leis de “ pastores, pregadores e evangelis­
Deus. Ensina também uma salva­ tas” , como era a Igreja dos primei­
ção temporária, assim como uma es­ ros dias. Oráculos vivos e não “ santos
perança assegurada de “ um céu na mortos’’ nos guiam no caminho da
terra” , mostrando aos homens “ um verdade. Atente nesta mansagem,
modo de vida” mais satisfatório para suas palavras são para você e você
todos aqui e agora, não “ no céu mui­ será eternamente abençoado se assim
to além.” fizer.

Abril de 1951 75
H IS T Ó R IA voluntários. Convocaram duzentos
(C on tin u ação da p á g . 67).
homens. A êste grupo deram o nome
de “ Exército do Sion” . A 1.° de Maio
receram como refens a favor da de 1834 estavam a caminho de Mis-
Igreja; queriam ser condenados à souri, viajando sem deixar transpa­
morte, si necessário, para que a tur­ recer quem eram nem quais os seus
ba fôsse apaziguada. Mas, esta ofer­ propósitos. Vestidos com roupas co­
ta de sacrifício não produziu efeito. muns, não eram reconhecidos como
Começou, então, a violência. Na soldados, no sentido exato da pala­
Noite de 31 de Outubro de 1833, al­ vra, mas eram alvo de curiosidade
guns lares Mórmons, às margens do em tôda a parte. Viajaram por
Rio Azul, foram destelhados e outros Dayton, Indianópolis, Springfield e
destruidos, obrigando seus morado­ Jacksonville. Alcançaram Richmond,
res a fugirem para salvar suas vidas. no Missouri, no dia 19 de Junho.
Na noite seguinte, em Independence, Nêsse interim, foram tomadas pro­
muitas casas foram demolidas e os vidências para que cessassem as hos­
haveres roubados. Três dias depois tilidades de maneira amigável. En­
houve uma batalha entre os gentios traram em entendimentos com os
e os Mórmons, na qual dois dêstes úl­ “ velhos” colonizadores e o governa­
timos foram mortos. Nesta altura, dor. Os Mórmons se recusaram a
a milícia foi chamada, ostensivamen- vender as terras e não puderam con­
mente, para proteger os Santos, mas cordar com as condições impostas
na realidade a intenção era a de ex­ pela oposição — de arranjarem di­
pulsá-los de condado, pois, o primei­ nheiro, provavelmente um milhão de
ro ato foi desarmar os Mórmons. F i­ dólares, no prazo de trinta dias. O
nalmente, foram obrigados a retirar. governador disse que ajudaria os
A 7 de Novembro, as margens do Rio Mórmons a rehaverem seus lares,
Azul estavam repletas de refugiados, após o que poderiam se defender,
sem abrigo e sem meios de subsistên­ proposta esta que os Santos estavam
cia. Logo depois, refugiaram-se no dispostos a aceitar. Esta promessa,
condado de Clay, na margem oposta da parte do governador, no entanto,
do Rio. não foi cumprida.
* * * A expulsão do condado de Jackson
custou aos Mórmons perto de duzen­
Logo que em Kirtland tiveram co­ tos mil dólares. Algumas proprieda­
nhecimento do ocorrido com os San­ des foram destruídas, antes do êxo­
tos, no condado de Jackson, providên­ do, mas depois, as casas que ficaram
cias foram tomadas para, si possível, de pé foram queimadas. Assim fize­
aliviar seus sofrimentos e mandá-los ram com mais de duzentas residên­
de volta aos lares. cias, na esperança de que, com isto,
Numa revelação dada ao Profeta, os Mórmons desistissem de alí vol­
em Dezembro de 1833, êste deveria tar.
convocar de 150 a 500 “ homens jo­ Êstes revêzes enfraqueceram a fé
vens e de meia idade” para irem de alguns Mórmons, mas um número
“ imediatamente à terra” que havia muito maior se conservou fiel. Os
sido comprada pelos Santos como novos oficiais na Igreja — os apósto­
“ herança” . Por isto, os chefes da los e os presidentes dos Setenta —
Igreja, inclusive o Profeta, percorre­ foram os que se mostraram fiéis ao
ram todos os Estados, a procura de Exército de Sion.

“E novamente, eu quizera que aprendesses que somente é salvo aquêle


que resiste até o fim. Assim seja. Amém.” (Doutrinas e Convênios 53:7).

76 A LIAH O NA
????????

Quem é meu amigo ? “ DEUS É MEU AM IG O ”

Êle ensina que o tra b a lh o bem fe ito é g lo rific a d o e que é fa to r esta b ili­
zad or da vida e que p a ra sen tir a a leg ria da v id a eu devo p roced er assim em
m eu tra b a lh o . “ A ben çoad o é o h om em que en con trou seu tra b a lh o; n ão cuide
êle por bênção m ais g lo rio sa ” .

Êle m e dá o p od er de ver, ou vir e sen tir as sin fon ias da verd ad e ete rn a .
Êle m e revela p ela luz da verd ad e o cam in h o que d evo trilh a r e en tão ser um a
fo rç a no direito, assim com o Êle m e dá p od er de con h ecer o bem, e que n ão h á
substituto para a verd ad e que ela tran scen de tudo o m ais no poder e n a g ló ria
de Deus.

Êle revela a virtu d e da brandu ra e m e diz que ela p erten ce aos fortes,
que n ela está a ju stiça e o suave poder da p ied a d e. Êle ensina que a tern u ra
p erten ce aos puros de coração, e o puro de coração v erá a Deus.

Êle m e dá fo rç a para am ar e e x a lta r a g ló ria de Seu poder, e v e r no m eu


p róxim o som ente o que h á de bom, e a m á -lo com o a m im próprio, ser to lera n te
e bondoso e com preen der que nobreza de ca rá ter é a base do am or e conserva
a com pan h ia de Deus.

Êle m e ensina o p rin cíp io im orred ou ro da h on estidade e que a h onestidade


d eve ser exp on tân ea e não vigia d a e que m eu todo espiritual, m oral e físico
deve irra d ia r verd ad e e que fa z e r o bem é um p riv ilé g io gen u ín o m ais do que
um dever e que v is ita r os pobres e os órfã os e as viú vas é a ordem m ais alta
n a religiã o .

Êle ex e m p lific a o v erd a d eiro s ig n ifica d o da oração e que deve con stitu ir
a com posição da oração são os elem en tos de sinceridade, honestidade, co n fia n ça
e fé, que a luz da verd ad e flu e a nós através da oração fervo ro sa e nos dá o
con h ecim en to que Deus v iv e e que Jesús é o C risto. N a verd a d e é o cam in h o
que conduz a Deus.

Êle m e im pressiona com o fa to de que tôdas as bênçãos estão predicadas


sobre a le i da obediên cia e qus isto é fu n d a m en ta l n a gran d e ordem etern a da
verd ad e; que d ar é receber e que a le i da com pensação é sem pre o p era tiva na
v id a hu m an a.

N as horas silentes da v id a Êle m e en coraja e constroe em m im o con h e­


cim en to da fé n ’Êle, Êle m e ensina as leis físicas e espiritu ais da saúde. Êle
r e fa z o coração p a rtid o e fo r tific a o corpo en fraqu ecid o e en ch e-o com o bálsa­
m o p u rific a n te da vid a . Êle é o m eu a m igo na doença e n a saúde. Êle é o
p ro teto r do m eu la r e m eu guia em tôdas as coisas boas e verd ad eiras.

DEUS É M E U A M IG O , Êle m e revela que “ A g ló ria de Deus é a in telig ên cia


ou a luz da verd a d e” e que tôdas as coisas altas e nobres que fazem os re fle te a
g ló ria de Deus. Êle toca em tôdas as fases da v id a e ensina a verd ad e e a
dou trina sublime, que Êle em sua sabedoria criou o h om em e que o hom em
deve te r alegria e que a suprem a g ló ria de Deus é tra ze r a passar a im o rta li­
dade e a v id a etern a ao hom em e que a le i do progresso é etern a .
José Quinney Jr.

Abril de 1951 77
SOROCABA

É um p razer p a ra nós do ram o de to p a ra o nosso querido “ B ra n c h ” . Cêrca


Sorocaba, através das colunas de “ A de um m ês após, êle esteve conosco ju n ­
L IA H O N A ” , p orm o-n os em con tato com ta m en te com o É lder M om b erger, para
os “ B ran ch es” irm ãos, en vian d o-lh es “ m a ta r as saudades” . R ea lm en te senta­
n p ^ n s fra te rn a is saudações e as ú ltim as m os m u ito sua fa lta , mas, crem os estar
notícias. acim a de tudo o tra b a lh o que sabem os
D ia 25 de D ezem bro passado, em com e­ estar execu tan do p ara o nosso M estre.
m oração ao m ais belo dia do ano, tiv e ­ O utra tra n sferên cia que nos e n tris te ­
m os um a festa de N a ta l p rom ovid a pela ceu, fo i do nosso digníssim o e x -p re s i­
AM M . A freqü ên cia fo i m uito boa e dente do R am o, E lder V ern on L. Snow,
m em bros e am igos, com os espíritos bas­ que a cêrca de 7 mêses estava conosco,
ta n te hum ildes, ren d eram graças Àquele a quem vota va m os gran de adm iração.
cuio an iversário n a ta líc io decorria. Boa sorte, éld er!
No dia seguinte, com grandes tristezas, Tem os atu alm en te en tre nós, O E lder
assistim os a despedida de dois Élderes G oldsm ith, que se revela um ótim o m is­
m uito benquistos en tre nós — E lder sionário e gran d e am igo. Êste tom ou a
R id ge p a rtin d o para a C a p ita l Pau lista presidência do nosso próspero R am o.
e Elder G le d h ill p artin d o para o Rio. N a O E lder C otant, atu al presid en te do
P rim á ria , a “ g a ro ta d a ” lhes dedicava distrito, nos tem visitad o m ensalm ente,
grande am or, pois, souberam êles de uma p roporcion an do-n os, através de suas p a ­
m an eira tôd a especial, in icia r esta im ­ lavras, m aiores con h ecim en tos do E v a n ­
p orta n te organ ização de nossa ig reja , gelh o do Senhor. O utra visita a g ra d a -
tran sm itin d o aos plásticos alunos, os b e­ bilíssim a fo i a que recebem os dos Élderes
los ensinam entos do E van gelh o. O R am o R id g e e Slade, no dia 25 de Fevereiro.
está sendo sanado com a ch egad a dos Nosso irm ã o H y g in o de F reita s recebeu
Élderes Johnson, vin do de U tah, e W il- a ordenação do M estre, pelo qual nos
liam son, tra n sferid o de Joinvile. regosijam os.
S en tim o-n os orgulhosos ao dizer que A A M M teve algum as festas durante
de Sorocaba p artiu um jo v e m p a ra o tr a ­ as suas féria s e p reparou -se p a ra a re a ­
balho do Senhor. T ra ta -s e de nosso que­ bertu ra no dia 9 do passado com um p ro ­
rid o irm ão, O svaldo F ran ça, cu ja fo to ­ gram a especial.
g r a fia estam pa a 3.a capa do 2.° núm ero V oltarem os no próxim o mês com m ais
de “ A L IA H O N A ” . Sua p a rtid a se deu notícias. A vocês, caros irm ãos, até lá,
no dia 6 de Janeiro, para o qual o fe re ­ e que as bênçãos do S en h or recaiam sô­
cem os uma ju sta e sincera recepção, em bre todos.
h om en agem a êsse gran de acon tecim en ­ Pura e Hygino de Freitas

J O IN V IL E

O R a m o de Join vile se a legra em poder jou o seu 1.° centenário. O P la n o de


d ar as n otícias que todos estão tra b a ­ Bem Estar não podia d eix a r de a p ro v e i­
lh an do ju n tos para m elh ora m en to do ta r essa oportu n idade de tra b a lh a r nos
p réd io da Ig r e ja e do ja rd im . Duas a seus teares, e assim fizem os 24 tôcas e
três vêzes por sem ana todos os irm ãos alguns tapetes para serem ven didos na
com os Elders se reunem à n oite para exposição do cen ten ário. Com êsse tra ­
dar um a p in tu ra n ova e ren o va r tudo o balho esperam os que m ais pessoas vão
que fo r necessário para deixar a Ig r e ia in teressar-se p ela Ig r e ja , e com o d i­
m ais bonita. T a m b ém as irm ãs estão n h eiro que ganharm os, podem os au m en ­
prestan do o seu serviço no jard im . ta r o fu n do do P la n o de B em Estar.
N o dia nove de M arço, Join vile fe s te ­ Irm ã Dora Piske

78 A LIAHONA
CAMPINAS

A qu i estam os m ais um a vez com as ú l­ tem po de tra b a lh o com o m issionário já


tim as n otícias do nosso ram o. term in ou e êle re to rn a rá a seu lar, para
N o dia 6 de F evereiro, (ú ltim o dia de a leg ria de todos os seus. A o E lder M unk,
c a r n a v a l), a A .M . M . realizou um g ra n ­ nossos sinceros agrad ecim en tos p o r tôdas
dioso P ic -N ic carnavalesco, num a p ito ­ as bôas coisas que nos fê z e tam bém pela
resca F a zen d a nas p roxim id ad es de C am ­ sua sincera am izade.
pinas. O dia estava m aravilh oso o que Os m em bros dêste ram o continuam f i r ­
nos ajudou m uitíssim o. Depois do a l­ m es com o tra b a lh o p a ra a “ C O N S T R U ­
m oço, com in ício às 14,30 horas tivem os Ç Ã O D A IG R E J A ” . Tod os os sábados te ­
um a m atin ée dansante carn avalesca a m os tid o as costum eiras festinhas, leilões
qu al anim ou bastante o am biente. C on ­ am ericanos, brin cadeiras etc., e cada se­
tám os com um gran d e núm ero de pes­ m an a tem os a n ga ria d o um a bôa qu an­
soas e den tre elas nossa querida irm ã tia de d in h eiro para construirm os a Casa
H elen B en t do ram o de São Paulo. T i ­ do Senhor.
vem os um dia bastante feliz. Q uerem os p or in term éd io da “A
D ia 18 de F evereiro p róxim o passado L IA H O N A ” , con vid a r nossos irm ãos e
realizou -se num a lin d a C h ácara g e n til­ am igos p a ra que ven h am nos v is ita r
m en te cedida pelos seus p roprietários, quando tiv e re m oportunidade, pois cada
precisam en te às 8 horas da m a n h ã o vez que recebem os a visita de um irm ão
batism o de nosso irm ão A lb erto N yari, ou am igo fica m os m uito contentes. P o r ­
filh o de nossos irm ãos A n tôn io e T h ereza tanto, sejam benvindos irm ãos e am igos!
N yari. a êle, desejam os que Deus o A qualquer dia e a qualquer h o r a ! . . .
abençoe sem pre para que possa ser um
m em bro fié l e cum pridor de seus deveres. Sem m ais, énviam os a todos os nossos
N o dia 22 do m esm o mês, fom os h o n ­ irm ãos, am igos e leitores nossos sinceros
rados com a visita de nosso querido E l­ vótos de felicid a d es e prosperidade!
der Juan M u nk o qual veio despedir-se A té breve!
dos m em bros de Cam pinas, põis o seu Noem y Godoy

R IO CLARO

Nas noites de silêncio em que m uitas


vêzes m e en volvi, os meus pensam entos
vagu eavam no horizon te, o m eu coração
a n siava pela verdade, por algo sublim e
que fosse a razão de nossa vida.
F o ra m tem pos de in certeza e sem
crença que fic a ra m para traz.
A o Senhor em preces fervorosa m en te
pedi, e a luz m a ra vilh osa da verdade,
brilhou através das p alavras am igas dos
nossos valen tes m issionários, b a ta lh a d o -
res incansáveis da causa de Cristo.
25 de fe v e re iro de 1951.
D ia de festa em nosso coração, quando
a v erd a d eira felicid a d e veio ao nosso e n ­
contro, com o ta n to desejam os.
C om que alegria, m in h a sobrinha M a ­
ria H elen a T e r r e ll e eu R a ch el H u n ger
G reen, recebem os o batism o e o dom do N o foto vem os E lder Jon V e rl Rees, M a­
Espírito S an to e p ela p rim eira vez o sa­ ria Helena T errell, Rachel Hunger Green,
cram en to da Ig r e ja de Jesus C risto dos E lder Glenn A . Jorgensen
Santos dos ú ltim o s Dias.
m u ito fa ze m p a ra o en gran d ecim en to do
P a ra sem pre e sem pre, fic a rã o em nos­ pequenino ra m o de R io Claro. A êles o
sos corações êsses m om entos de in fin ita nosso agra d ecim en to e pedim os a Deus
ventu ra, de in d iscritível felicid ad e. que os abençoe sem pre p a ra a exaltação
São m ais alguns fru tos do intenso t r a ­ do Seu nom e.
b alh o dos valorosos m issionários que R achel Hunger Green

Abril de 1951 79
que esteja pedindo ao Pai no Céu
ABENÇOADO SEJA pela primeira vez.
A bênção pedida para os alimen­
O ALIMENTO tos, feita como deve ser, serve
não somente para trazer a família
mais para perto do espírito da ver­
dadeira obediência, mas serve tam­
bém para fazer com que os membros
da família sintam a sua própria
união e a preciosidade da proximida­
de de cada um. Então a refeição pode
começar com agradecimento e a
atmosfera mais facilmente se torna
permeada de amor e dignidade. Mui­
tas mães descobriram que se torna
muito mais facil estabelecer hábitos
desejáveis de conversação e adquirir
melhores maneiras na mesa, após a
bênção ter sido pedida com reverên­
cia e sincera gratidão.
Em algumas famílias é costume
Por VE STA P. C R A W F O R D agradecer mais do que o alimento que
foi preparado. Se amigos ou paren­
Existem muitos modos pelos quais tes estão convosco, uma especial pa­
os indivíduos ou as famílias podem lavra de apreciação pela sua presen­
demonstrar sua crença no Evangelho ça pode ser expressada, e assim o
de Jesus Cristo e sua lealdade para antigo e honoravel costume de repar­
com o Senhor desta terra. Uma das tir o pão e compartilhar o alimento
mais simples, contudo uma das gra­ com aquêles que amamos pode ser re­
ciosas e sagradas expressões de fé e novado e os laços de parentesco e
crença, é a bênção dos alimentos. So­ amizade podem se tornar mais for­
mos avisados na Palavra de Sabe­ tes. Maior beleza e fôrça são acres­
doria que todos os alimentos devem cidos à nossa vida diária pela gra­
ser usados “ com prudência e agrade­ ciosa simplicidade desta prece.
cimento” e em muitas passagens de Cada família, testemunhando gra­
Doutrinas e Convênios faz-se notar tidão ao Ser Supremo, e constituindo
a obrigação e a oportunidade de uma unidade da comunidade e do es­
agradecer “ tôdas as bênçãos com que tado, torna-se assim uma parte inte­
sejamos abençoados.” gral de nosso país e contribue para a
Na correria dos tempos modernos, integridade religiosa da República.
é uma prática de grande reverência Se as Américas são conhecidas como
e dignidade para um pai de família, um grupo de nações cristãs, elas de­
presidir a mesa e designar alguém vem reconhecer e adorar o Senhor da
para dar graças ao Senhor . terra. Êste pensamento está magni-
Mesmo uma criança pequena pode ficamente expresso no Livro de
oferecer uma bênção de grande sin­ Mormon em palavras de grande sig­
ceridade, se o verdadeiro significado nificado :
da prece é explicado. Pedir a bênção “ Eis que esta é uma terra escolhi­
dos alimentos não deve ser nunca um da, e todos aquêles que a possuírem,
mero assunto de rotina, a ser rapi­ estarão livres da escravidão do cati­
damente efetuado e esquecido. Deve veiro, e do jugo de tôdas as outras
ser uma sincera e devota expressão nações que estão debaixo do céu, se
de gratidão, qur ela seja feita pelo servirem ao Deus da terra, que é Je-
avô da família ou por uma criança sús Cristo.” (Éter, 2 :12 ).

80 A LIAH O NA
envindos
A Missão
o n o

ra ira
Sterling A . Hill Larry D. Johnson,
Sandy, U tah Los Angeles, Califórnia

EN D EREÇ O S D O S R A M O S D A IG R E J A N O B R A S IL

S. P A U L O : R ua S em in ário, 165, 1.° and. C U R IT IB A : R . Dr. E rm elin d o Leão, 451.


C A M P IN A S : R u a Cesar B ierren bach , 133. P O N T A G R O S S A : R ua 15 de N ovem bro,
354, 3.° an d ar.
S O R O C A B A : R u a S aldan h a M arin h o, 54.
P O R T O A L E G R E : A v. N ew Y o rk , 72.
R IB E IR Ã O P R E T O : R. A lva res C abral 93.
N O V O H A M B U R G O : R ua D avid
S A N T O S : R ua P araib a, 94. Canabarro, 77.
R IO DE J A N E IR O : R u a C am aragibe, 16 Pontos adicionais para informações:
(T iju c a ). P IR A C IC A B A : V ila Boyce, R. A lfre d o , 5.
J O IN V IL E : R ua F red erico Hübner. R IO C L A R O : R ua 5, 1539.
IP O M É IA : Estrada p a ra V id e ira . B A U R Ú : R u a R io B ranco, 1152.

Está ou vindo o m u n d ialm en te fam oso Côro e O rgão da Cidade de L a g o


S algad o cada sem ana? P o d e o u vi-lo nas seguintes estações:

P o rto A leg re — Q u a rta s-feira s às 8 h oras —■ P R F -9 , R á d io D ifu sora.


C u ritiba — D om in go às 19,15 horas — Z Y M -5 , R á rio G u a ira çá .
R ib eirã o P re to — D om ingos às 19,30 h oras — P R A -7 , R á d io E m issora.
Santos — D om in gos às 19 horas — P R B -4 , R á d io Clube de S antos.
Sorocaba — S egu n d as-feiras às 20,30 horas — PR D -7 , R á d io Clube de Sorocaba.
J oin vile — D om ingos às 18,30 horas — Z Y A -5 , R á d io D ifu sora.
S eg u n d a -feira de cada m ês às 21,30 horas — Z Y A -5 , R á d io D ifusora.
R io C laro — S egu n d as-feiras ys 19,15 h oras — P R F -2 , R á d io Clube de R io Claro.
C am pinas — S egu n d as-feiras às 20,40 horas — Z Y Y -3 , R á d io B rasil.
B aurú — D om ingos às 19.00 horas — P R G -8 , R á d io Clube de Baurú.
Aconteceu
N o M ê s de
A B R I L
D O M IN G O SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA S Á B A DO

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Em 6 de Abril de 1830, um pequeno grupo de pessoas reu­


niu-se na casa de Pedro Whitmer, um fazendeiro proeminente
do oeste dos Estados Unidos, para organizar a Igreja, como
José Smith tinha sido instruido pelo Senhor. A fim de que as
leis do país fôssem observadas, seis pessoas formaram a atual
organização, e são recordadas na história como os primeiros
membros da Igreja. Êles foram : José Smith, Olívio Cowdery,
Hyrum Smith, Pedro Whitmer Jr. . Davi Whitmer e Samuel
H . Smith. Depois da primeira oração, os presentes começaram
a expressar suas vontades, como que instruídos por ordens di­
vinas, a aceitar José Smith e Olívio Cowdery como seus mes­
tres nas coisas do Reino de Deus. Nesta reunião foram ordena­
dos os primeiros Élderes da Igreja, o Sacramento foi adminis­
trado, e todos os presentes tendo sido antes batizados, foram
confirmados membros da Igreja. Através de provas e atribula-
ções, a Igreja tem crescido até hoje e seus membros excedem a
um milhão.

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