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hotel jasmim
Cláudia Barral
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apresentação
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HOTEL JASMIM
CENA I
Fernando aquiesce.
FERNANDO É o horário.
JORGE Tem gente que ainda vai tomar banho. O meu é rápido.
Fernando sai. Jorge, meio sem jeito, urina dentro da lata. Depois, olha ao
redor, verifica a cama, abre a janela do quarto e observa a rua. Finalmente,
coloca a mala embaixo da cama e a mochila em cima do pequeno armário
que está no quarto. Fernando retorna com outras latas de cerveja.
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JORGE Não, obrigado.
Pequena pausa.
FERNANDO Já se arrependeu?
JORGE De quê?
JORGE Parece que a gente tá dentro da casa das pessoas. Ali tem um
cara jogando baralho na tela de um computador.
Pequena pausa.
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JORGE Ali tem uns gatos brigando.
JORGE É.
FERNANDO Dá até pra ouvir. Aqui em cima tem um pessoal que, quando
bebe, começa a brigar por causa de futebol. Ninguém consegue dormir.
FERNANDO Você tem que aprender a cuidar da sua vida. Isso, aqui,
é regra de ouro. Quanto mais perto as nossas casas estão umas
das outras, mais longe a gente tem que ficar dos vizinhos. É uma
questão de sobrevivência.
JORGE Na frente dos outros, não. Você acha que eles vão me ver aqui?
FERNANDO Eu acho que ela deixa a luz acesa porque gosta que
o povo veja.
JORGE Olha que peitos! Olha como eles balançam... Quando eu pensar
em São Paulo, é essa a imagem que vai vir na minha cabeça.
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FERNANDO Tá certo. Esse é mesmo o lugar onde todo mundo se fode.
Fernando sorri.
JORGE Minha mãe me disse a mesma coisa: “Você vai perder o seu juízo
e o seu sotaque naquela Babilônia”.
FERNANDO Babilônia?
Jorge sorri.
JORGE No começo, sim. Depois vai melhorar. O patrão disse que depois
de três meses, aumenta o meu salário. Eu falei com ele pelo telefone.
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FERNANDO Já é amigo do patrão?
FERNANDO Boa bosta. Levar bebida pros outros, enquanto você mesmo
está com a boca seca.
Fernando ri.
JORGE Meu pai era garçom. Ele gostava. Ele tomou um tiro,
voltando do serviço.
FERNANDO Quem?
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FERNANDO Os vizinhos já chamaram até a polícia, mas não tem jeito.
Ela gosta. Apanha e depois dá pro cara. Mulher não presta. Tem um dos
dois aí que é muito otário, só não sei ainda quem é.
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JORGE Esse negócio de ouvir música.
FERNANDO O iPod?
JORGE É.
FERNANDO Gostou?
JORGE Não.
Pequena pausa.
JORGE Nada.
Pequena pausa.
JORGE Mulher que se oferece pra homem não presta. É puta, sabe?
JORGE Problema nenhum. A mulher direita, no fim das contas, sai até mais
caro. Tem que levar pra ver filme, tomar suco. Mulher é um bicho muito
interesseiro. Você chega numa festa, logo vem uma te perguntar as horas,
isso é pra sacar se você tem relógio. Se você tiver relógio, aí elas vão atrás
da moto. Ficam perguntando: Tu veio como? Veio de onde? Tudo isso pra
checar. Elas não perguntam nada diretamente, tudo elas fazem rodeio.
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FERNANDO Você tem moto?
JORGE Eu não tenho nem o relógio. No fundo, são todas umas putas.
Menos Aline.
FERNANDO Uma hora dessas, ela deve estar igual à mulher desse outro
prédio, levando na bunda.
JORGE Você brinca com o que não deve. Esse negócio que você falou,
isso aí ela não faz.
JORGE Aline é direita. Essas coisas a gente sente. A pessoa tem que ter
limite. Pode transar, sentir prazer, mas não precisa fazer sujeira. Deus
fez o corpo da gente com um propósito. Isso que você disse aí é coisa de
gente que não se respeita.
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JORGE Pelo menos ninguém paga as minhas contas, eu não vivo de
presente de mulher.
FERNANDO Já voltou?
FERNANDO Toma.
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JORGE Precisa, sim. Não quero que paguem nada pra mim. Você alegou.
FERNANDO O quê?
Jorge ri.
JORGE Esqueci.
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Fernando não o escuta. Tira os fones do ouvido.
FERNANDO O quê?
JORGE Nada.
Jorge sorri.
JORGE Dos dois. Mas parece que o mar muda a medida das coisas
na cabeça da gente. Não importa o problema que você tenha, o mar é
maior. Faz a gente se sentir pequeno.
JORGE Não pode ser tão ruim. Essa cena que eu vi aí, da janela, me
animou. São Paulo é legal. São muitos peitos. São vinte milhões de
peitos, balançando pra mim.
FERNANDO Me fala mais desse mar aí. Nadar deve ser bom, né?
FERNANDO No dia que eu for na praia, não penso duas vezes, me atiro.
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FERNANDO Como?
JORGE Quando a gente voltou sem os dois, ela soube. Meu pai nem
precisou dizer. Ela ficou doida. Passou muitos anos na loucura. Meu pai
veio embora pra cá.
JORGE É. Mas quando um vai embora, faz falta. Depois disso, minha
mãe entrou pra Igreja. Foi o que salvou. Ficou mais calma. Minha mãe
era uma pessoa muito raivosa. Depois, melhorou.
FERNANDO Você tem muito o que sofrer ainda nessa vida, Jorge
Washington.
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JORGE Eu já sofri bastante.
Pequena pausa. Jorge pega uma bíblia, tira uma fotografia que estava
guardada dentro do livro e mostra para Fernando.
FERNANDO Bonita.
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FERNANDO Fica pagando de trabalhador.
JORGE E se for?
FERNANDO Deus? Eu tenho pena desse cara, sabia? Tudo é culpa dele.
Pequena pausa.
JORGE O quê?
JORGE Tô.
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FERNANDO É louco por mim. Foi ele que me deu esse tênis.
JORGE Não.
FERNANDO Esquece.
Pequena pausa.
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FERNANDO Tá louco?
JORGE Você trabalha lá comigo, eu falo com o patrão. Ele é legal. Depois
de três meses, ele contrata. Aí o salário aumenta. Tem os benefícios.
JORGE Você vai ganhar menos, mas pelo menos não precisa fazer isso.
JORGE Você diz que eu sou fodido, mas eu to começando a achar que o
fodido aqui é você.
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FERNANDO Deixa de besteira.
JORGE Eu não vou chegar pedindo, eu tenho que trabalhar primeiro, pra
pagar a passagem que ele mandou.
JORGE. Eu não posso, cara. O cara gostava do meu pai, confiou em mim,
comprou minha passagem.
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JORGE. Meu pai foi o primeiro funcionário do primeiro restaurante que
ele abriu. Quando meu pai tomou o tiro, ele ligou pra lá desesperado,
disse que não ia deixar a gente na mão, que ia ajudar. Me chamou pra
esse trabalho, mandou passagem, comprou minha mala, comprou
casaco, me ajudou em tudo. Eu tô na dívida. Eu não tenho como chegar
lá pedindo mais nada. Não tem condição.
FERNANDO Toma.
FERNANDO Deixa de ser idiota, rapaz. Ta todo fodido aí, uma pessoa te
estende a mão e você vem com orgulho? Tá vendo? É isso que eu digo.
Você vai se foder muito, se não mudar essa mentalidade. Pega. É pra
você comer, pegar ônibus, essas coisas.
FERNANDO Esquece.
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FERNANDO Sou nada.
FERNANDO Relaxa.
JORGE (lendo na cédula) Olha o que está escrito aqui: Em verdade, vos
digo, pedi e recebereis. Essa letra é da minha mãe. Essa porra desse
dinheiro é meu.
FERNANDO Calma!
FERNANDO Eu só queria te mostrar que aqui você tem que ficar ligado.
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Jorge começa a juntar as suas coisas, pega a mala.
Jorge bate a porta com estrondo. Fernando abre a última lata de cerveja.
Deita-se na cama e sorve a bebida. Subitamente Jorge volta, cabisbaixo.
FERNANDO Já voltou?
JORGE Eles não têm mais quarto vago. Eu vou ter que ficar.
Pausa.
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FERNANDO Não ouvi porra nenhuma.
JORGE Olha lá. Ele tá machucando muito. Ele vai matar ela.
FERNANDO Que ligar pra polícia, cara? Tá maluco? Você acha que a
polícia vai fazer o quê? Você não tá vendo? Isso aí é a vida aqui! Isso é
todo dia. Um bate, o outro apanha. E o que apanha tem que ficar calado.
É a selva. É assim. E agora que você está aqui, se acostuma, aprende a
bater e a levar, aprende a viver a porra da vida. Você não entende? É isso
aí que você está vendo. Não dá pra fazer nada. Você tem que ficar firme,
um dia depois do outro, ir levando. Ouvir uma mulher gritando, isso é
bobagem. Pior é quando você grita calado e ninguém escuta. Você tem
que engolir. Não tem jeito. A vida é isso.
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JORGE Calma, Fernando. Ele parou. Acabou.
FERNANDO Não.
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CENA II
JORGE Tranquilo.
FERNANDO Recebeu?
Jorge aquiesce.
JORGE Tô fora.
Pequena pausa.
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FERNANDO Peguei.
FERNANDO Você dá metade do seu salário pra essa puta e eu que tenho
que ser salvo? Acorda, Jorge. Quantas vezes eu já te disse isso? Essa
mulher achou um otário que tá sustentando ela e o filho dela.
JORGE Seu problema é que você acha que todo mundo vive de golpe.
Pra você ninguém presta.
FERNANDO Você disse que no início ela botou a maior banca, te tratou
mal. Por quê? Você era só mais um nordestino fodido que ia trabalhar
lá. Quando ela notou que você era otário, ela resolveu faturar em cima. E
conseguiu, né? Até o aluguel da mulher você paga.
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FERNANDO Todo mês essa mulher te pede dinheiro e você dá.
JORGE Não esqueço, não! Você veio me acusar de ter pegado o seu
perfume. Você já chegou na maior ignorância, gritando, quase me bate.
Depois, lembrou que você mesmo tinha deixado a porra do perfume
cair e quebrar no banheiro. Você fala de mim, mas você é que tem que
mudar. Outra coisa, não quero mais você falando mal de Celeste. Acaba
com isso. Ela tá até indo pra Igreja comigo.
Fernando gargalha.
JORGE Tá.
FERNANDO Essa puta vai ser pastora, qualquer dia desses. Vai
faturar altíssimo.
FERNANDO Tem razão. Até as putas tem que trabalhar. Essa Celeste
aí é uma sortuda. Você vai se foder na mão dela, Jorge. Você vai sofrer.
Escuta o que eu tô te falando.
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FERNANDO Você não tinha parado de beber?
FERNANDO Desde que você virou crente, parece que começou a beber
mais. Nunca vi isso.
FERNANDO O que eu sei é que toda sexta você chega tão bêbado que eu
tenho que descer pra te buscar. Não consegue nem subir a escada.
Pequena pausa.
FERNANDO Não.
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JORGE Eu conheço você, Fernando.
FERNANDO Ah, foi com uma bichona velha lá. Deixa eu te mostrar uma coisa.
JORGE Parece ouro mesmo. Isso deve valer uma nota. Fernando, se você
roubou esse relógio, vai dar merda...
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JORGE Você se aproveita da solidão das pessoas.
JORGE Esse velho deve estar muito desesperado pra dar um relógio
desses pra você.
FERNANDO Isso não é nada pra ele. Ele tem muito dinheiro.
Pequena pausa.
JORGE Hoje mesmo eu encontrei seu Inácio. Fiquei conversando com ele.
FERNANDO Na sua cidade não tem nem rua, não tem nem asfalto.
JORGE Não tem asfalto e não tem tanta porta fechada. Não tem
tanto desespero. Lá, mal ou bem, todo mundo se conhece, todo
mundo se ajuda.
FERNANDO Claro!
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JORGE Não foi um presente? Eu pensei que você fosse guardar.
FERNANDO Guardar pra quê? Aqui não dá nem pra usar isso daí.
FERNANDO Não.
JORGE Que merda! Parece uma criança! Vou te contar, viu? É difícil.
Como é que eu vou sair fedendo desse jeito?
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FERNANDO Eu nem sei o que é isso. Olha, Jorge, relaxa. Não vai mais
acontecer. Sério mesmo. Você não gosta? Eu respeito.
JORGE Sei lá. Algum aí, do Centro. (Jorge faz um gesto obsceno com as
mãos) Hoje vai ter.
Fernando ri.
Fernando ri.
JORGE Eu não.
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FERNANDO Mostra, cara.
Fernando gargalha.
FERNANDO E aí?
JORGE Legal.
FERNANDO Não é pro seu bico. Mas eu deixo você ouvir, de vez
em quando.
JORGE Essas músicas que você tem aí são todas umas bostas. Tô
indo nessa.
FERNANDO Vê se te cuida.
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FERNANDO Você não ia sair?
FERNANDO Isso tá cheirando a mentira. Não sei por que você insiste.
FERNANDO Ainda tem a Igreja, que você paga lá não sei o quê.
JORGE O dízimo.
FERNANDO Então, me dá uma cerveja dessas aí, vai. Amanhã eu te dou duas.
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Jorge acaba sorrindo da brincadeira do amigo, estende uma lata
para Fernando.
JORGE Eu gosto das coisas que o pastor diz. Eu me lembro de minha mãe. Eu
me lembro dela rezando, com aquela voz fraquinha. Além do mais, a palavra
que eles pregam é cheia de amor, de esperança. Acende a fé. Isso não tem
preço. O dinheiro que eu dou pra Igreja parece que é sempre pouco.
JORGE Você não entende, nem vai entender. Uma palavra de amor, num
deserto como esse, não tem preço.
JORGE Eu não gosto de ficar sozinho. Uma mulher é uma casa que você
entra pra se abrigar.
JORGE Não quero nem mais pensar em Aline. Celeste foi um furacão,
um vento que me levou.
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FERNANDO Você fala tanto de mim, do jeito que eu ganho a vida, mas
isso aí é que é um perigo. Eu vi como você ficou. Dois meses jogado
pelos cantos.
FERNANDO A recepcionista?
JORGE Se você não estivesse lá, nem sei. Não tenho nem como te
agradecer.
JORGE O que é?
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FERNANDO Olha lá.
FERNANDO Tá.
JORGE Pára!
FERNANDO Por que você não vai? Celeste nunca vai saber.
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FERNANDO Tá vendo? Eu acho que esse seu Deus não é tão
generoso assim.
JORGE Minha vida tem que dar certo aqui, Fernando. Com Celeste,
com o trabalho. Tem que dar certo. Deus é generoso, sim. A gente
só precisa enxergar a generosidade dele, que está em tudo. Quando
eu vejo essa moça aí da frente, meu coração se enche de esperança.
Tem uma coisa na risada dela, uma alegria, que me faz achar que a
vida aqui pode ser boa.
Pequena pausa.
JORGE Não...
FERNANDO Foi hoje de manhã, você já tinha saído. Acho que o cara
surtou. Ele cagou e saiu passando bosta nas paredes. Foi uma merda,
literalmente. Aí seu Antônio botou ele pra fora. Uma gritaria, um fedor.
Só você vendo.
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FERNANDO Jorge, desce lá e devolve o relógio dele.
FERNANDO Toma.
VOZ Eu já contei pra todo mundo a merda que você fez. Você vai apanhar
muito, tá ouvindo?
VOZ Cadê o relógio, filho da puta? Eu vou subir aí, pra te pegar.
FERNANDO Eu não roubei o relógio dele. O velho deu o relógio pra mim.
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JORGE Não me interessa! Tudo que vem de você é sujo, é imundo. Você
só faz merda.
JORGE Que diferença isso faz? Ele disse que é pra você dar um tempo,
ficar uns dias sem aparecer.
JORGE Acredito.
FERNANDO Lê em voz alta? Esse negócio é tão chato que me ajuda a dormir.
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o meu rochedo e o meu lugar forte e o meu libertador; o meu Deus,
a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha
salvação e o meu alto refúgio. Tristezas de morte me cercaram, e
torrentes de impiedade me assombraram. Tristezas do inferno me
cingiram, laços de morte me surpreenderam.
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CENA III
FERNANDO Calma!
JORGE Me larga.
FERNANDO Não! A gente tava passando pela porta. Ele quis entrar! O
que eu ia dizer? Não posso comer aí porque meu amigo é garçom?
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JORGE Eu tenho nojo daquele velho.
FERNANDO Jorge.
FERNANDO Jorge?
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JORGE Cala a boca!
FERNANDO Eu sabia!
FERNANDO (Ao telefone) Alô? É o Fernando. Ele não vai falar com você.
O que é que você quer? A única besteira que ele fez foi ficar com você.
Ele não quer falar, eu já disse. Ah, vai você! Piranha.
Fernando pega o seu iPod, conecta nas pequenas caixas de som e uma
música evangélica invade o ambiente.
FERNANDO Gostou?
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JORGE Legal.
Pequena pausa.
JORGE Quando?
FERNANDO Falar com você. Ela pediu pra você não fazer besteira.
JORGE A besteira que eu podia fazer já está feita. Foi ficar com ela.
Fernando comemora.
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FERNANDO. Agora sim eu ouvi você falar direito. O que foi que aconteceu?
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FERNANDO O que você vai fazer?
JORGE Porque eu não vou conseguir olhar pro seu Paulo. Ele vai tomar
o maior prejuízo. Não tem seguro, não tem nada. Ele não tá nem
conseguindo pagar funcionário direito. Eles querem roubar tudo: freezer,
fogão. Vão fazer a rapa.
JORGE Eu me viro.
JORGE Todo mundo tem uma vozinha lá no fundo que diz o que a gente
deve fazer. Ouvir essa voz é o certo, desafiar essa voz é o errado.
FERNANDO Reparei.
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FERNANDO De grana?
Pequena pausa.
FERNANDO Você tem que ficar feliz. Você mesmo disse que não aguenta
mais olhar pra minha cara.
FERNANDO É.
FERNANDO Eu tô me virando.
FERNANDO Hoje.
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FERNANDO Eu já decidi.
FERNANDO Você não vai ficar sozinho. A gente nunca está só. Você que
me ensinou.
Jorge se emociona.
FERNANDO Você tem que ficar firme... A gente tem que ficar firme.
FERNANDO Mas você é duro na queda. Eu nunca te disso isso, mas você
com esse seu jeito, essas coisas que você acredita, isso é bonito. Você
vai seguir em frente, Jorge. Eu sei.
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JORGE Você também.
FIM
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Prefeitura de São Paulo Fernando Haddad
Secretaria de Cultura Maria do Rosário Ramalho
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WWW.CENTROCULTURAL.SP.GOV.BR
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