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Ousadia nas intervenções de edifícios históricos

Quando se fala de intervenções em edifícios históricos é provável o surgimento de alguma polêmica. É o


combate entre o antigo e o novo, do obsoleto e do novo uso, das técnicas construtivas históricas e das
novas tecnologias e, principalmente, da ousadia versus a estética. É nesse ponto que os arquitetos sempre
esbarram nos conceitos de patrimônio, conservação e restauro. No meu primeiro post já descrevi
sucintamente o que é patrimônio cultural (leia aqui). Hoje vou falar um pouco sobre conservação e
restauro, dessa forma será mais fácil analisar os exemplares que apresentarei a seguir.

A conservação é a intervenção física na própria edificação que assegura sua integridade estética e
estrutural, visando garantir a sobrevivência do bem.

O restauro tem como finalidade a recuperação de um edifício garantindo a preservação das


características físicas originais do bem. Dentro deste conceito da restauração existem algumas teorias
principais nas quais os projetos são baseados:

1. Reconstituição completa do original, criando um falso histórico da obra (Viollet-le-Duc);


2. Valorização de ruínas, considerando o estado atual do edifício, sem complemento arquitetônico (John
Ruskin);
3. Aceitação de acréscimos e preenchimento de lacunas, assumindo todas as novas intervenções (Camillo
Boito e Carta de Veneza);
4. Utilização de a execução de novas técnicas (Carta de Veneza).
5. Respeito a todas as contribuições válidas nas edificações, de todas as épocas (Carta de Veneza).

Mas as definições de conservação e restauro muitas vezes não garantem a preservação do bem pois, sem o
uso adequado, ficam à mercê do tempo e da deterioração por parte do homem. A própria Carta de Veneza
defende que “a conservação dos monumentos é sempre favorecida pela sua destinação a uma função útil
à sociedade”. Dessa forma, nasceu o conceito de reciclagem, que nada mais é que uma readequação de
espaços preservados para uso de atividades das quais os edifícios não foram projetados. Uma forma
consciente de conservação e preservação do bem.
Independente dos conceitos adotados e do uso a ser dado a um edifício histórico, uma coisa é certa:
muitas vezes as interferências contribuem na aparência estética da obra. Por vezes, os teóricos e cartas
patrimoniais são deixados de lado em função de uma “obra de arte”. O antigo e o novo convivem no
mesmo espaço sem que se dê muita importância na interferência da paisagem e aos olhos do observador.
Mas são projetos aprovados pelos órgãos de preservação e alguns até premiados internacionalmente. Eis
alguns exemplares:

Intervenções Harmoniosas

Arquivo Histórico de Huesca - Espanha


Projeto: ACXT
Madeira integrando o ambiente de ruínas.

Museu Rodin Bahia | Palacete das Artes - Salvador (saiba mais)


Projeto: Brasil Arquitetura [Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci]
Concreto, vidro e madeira "conversam" com os elementos arquitetônicos do antigo Palacete Comendador
Catharino.

Parque das Ruínas | Museu Chácara do Céu - Rio de Janeiro


Projeto: Ernani Freire e Sonia Lopes
Aço e vidro em harmonia com as ruínas de tijolo do antigo casarão.

Intervenções Equilibradas

Convent de Sant Francesc - Espanha


Projeto: David Closes
Concreto, aço e vidro dão vida a antiga ruína.

Museu Municipal de Rapperswil-Jona - Suíça


Projeto: mlzd
Estrutura metálica dourada em contraste com a fachada de pedras.

Darwin Centre | Museu de História Natural de Londres


Projeto: C.F.Møller Architects
Estrutura metálica e vidro não competem com a antiga edificação de 1880.

Intervenções Ousadas

Museu de História Militar de Dresden - Alemanha


Projeto: Daniel Libeskind
Concreto, metal e aço sobressaltam da arquitetura clássica do século XIX.

Novo e Velho Armazém de Farinha de Rotermann - Tallin, Estônia


Projeto: HGA (Hayashi – Grossschmidt Arhitektuur)
Acréscimo de volumetria em aço corten e vidro fazem o contraste com a antiga edificação em pedra
calcária.
Museu de Arte de Akron - Estados Unidos
Projeto: Coop Himmelb(l)au
Volume suspenso de aço e vidro que foi acrescentado à antiga edificação.

Royal Ontario Museum Crystal - Toronto, Canadá


Projeto: Daniel Libeskind
Recortes de vidro e metal contrastando com a edificação de 1912.

Hearst Tower - Nova York, EUA


Projeto: Norman Foster
Torre em estrutura metálica e vidro surge de dentro da edificação de 1928.

CaixaForum - Madri, Espanha


Projeto: Herzog & de Meuron
Fachada em tapete vegetal e estrutura em aço corten agregam valor à antiga edificação do século XIX.

Espero que tenham gostado! Fico por aqui! Se você tiver alguma dúvida sobre o tema ou
quiser acrescentar informações relevantes sobre alguma edificação com intervenção
interessante, deixe sua mensagem nos comentários!

Até o próximo...

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