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APS – Atividade Prática Supervisionada


http://www.fsg.br/

ABORDAGEM PSICOLÓGICA E JURÍDICA SOBRE:

O ABUSO SEXUAL INFANTIL - PEDOFILIA

Ana Cláudia Eidt

Nisiane da Silva de Godói

Curso de Graduação em Direito da Faculdade da Serra Gaúcha

Professor Supervisor da APS

Professor Mestre Fábio Beltrami

RESUMO: O presente artigo busca apresentar as relações jurídicas e psicológicas acerca da


pedofilia, apontando os principais estudos, teorias, normas e consequências da mesma, na
vida de crianças e adolescentes. Buscou-se analisar as políticas públicas e legislações
atualmente vigentes, discorrendo sobre suas aplicações e eficiência. Também versa a respeito
dos tratamentos oferecidos aos indivíduos acusados de abuso, bem como sobre a assistência
oferecida às crianças e adolescentes vítimas de violência sexual.

1. INTRODUÇÃO

Atualmente, muito se comenta sobre a necessidade de combater a exploração e os


abusos sexuais cometidos contra crianças e adolescentes. Frente a isso, faz-se necessária a
identificação do que, de fato, é um abuso e de quem o comete. Para Araújo et al. (2004, p.10),
o abuso sexual é:

“Um ato ou jogo sexual a que o adulto submete a criança ou o adolescente, com ou
sem consentimento da vítima, para estimular-se ou satisfazer-se, impondo-se pela
força física, pela ameaça ou pela sedução com palavras ou com a oferta de presentes.
Essa forma de violência pode ser intrafamiliar, extrafamiliar e institucional”.
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Já para a DSM - IV (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4th


edition), ‘’a pedofilia consiste numa desordem psicológica em adulto, caracterizada pela
preferência sexual por criança ou pré-púbere’’. O indivíduo que comete crimes sexuais contra
menores habitualmente, é chamado de pedófilo, podendo este ser desde uma pessoa mais
próxima do vínculo familiar da vítima, como também alguém desconhecido. Segundo dados
da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), levantados no ano
de 2014, 65% dos suspeitos de abuso sexual infantil estão inseridos no grupo familiar das
crianças, sendo 72% dos crimes cometidos na casa da vítima ou do suspeito.
Por não seguirem padrões e possuírem semelhanças com pessoas completamente
normais, os pedófilos e abusadores cometem crimes frequentemente, visto que se sentem
seguros para agir diante da desinformação popular e da lentidão das normas em aplicar-lhes
punições e tratamentos necessários. Devido ao fato de tratar-se de um tema de extrema
importância, o artigo busca explicar o que é a pedofilia e o pedófilo e quais as consequências
psicológicas causadas pelo abuso.
Além da apresentação comportamental do abusador, analisou-se o desenvolvimento
das leis de proteção às crianças e adolescentes, ponderando sobre sua real eficácia quando se
trata de punir abusadores e acolher as vítimas dos abusos. Também se discutiu sobre o que
ainda falta para que o estupro de vulnerável deixe de fazer parte do cotidiano das pessoas e
sobre qual é o papel da sociedade no combate a esse tipo de crime.

2. ORIGENS E CONCEITO DA PEDOFILIA

O termo pedofilia teve origem na Grécia, podendo ser explicado como o “amor por
crianças”. Nas antigas civilizações gregas e romanas, a prática sexual envolvendo menores era
vista como normal, chegando muitas vezes a ser cultuada. Não existia o crime de estupro, no
entanto, com o crescimento do cristianismo e a forte influência da Igreja na sociedade,
passou-se a condenar e punir as práticas remetentes a pedofilia. Segundo a OMS
(Organização Mundial da Saúde), “a pedofilia pode também ser definida como sendo
simultaneamente uma doença, um distúrbio e um desvio sexual”.
Para Neto, Gauer e Furtado (2003, p.492), pode-se considerar pedófilos indivíduos que
tenham:
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 Ocorrência por no mínimo seis meses de fantasias, impulsos


sexuais ou comportamentos sexuais excitantes, recorrentes e
intensos, envolvendo atividade sexual com uma ou mais de uma
criança pré-púbere (geralmente com 13 anos ou menos).
 As fantasias, impulsos sexuais ou comportamentos sexuais
excitantes causam sofrimento clinicamente significativo ou
prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras
áreas importantes da vida do indivíduo.
 O indivíduo tem no mínimo 16 anos e é pelo menos 5 anos
mais velho que a(s) criança(s) com o qual mantém relação.
Aqui não cabe incluir um indivíduo no final da adolescência
envolvido num relacionamento sexual contínuo com uma
criança com 12 ou 13 anos de idade.

O comportamento pedófilo está inserido dentro das parafilias, sendo estas definidas
como fantasias sexuais incomuns capazes de causar dor e constrangimento. Este
comportamento dá seus primeiros sinais durante a adolescência dos indivíduos, prolongando-
se e crescendo gradativamente durante a vida adulta, sendo mais frequente em homens do que
em mulheres. Para a psiquiatria, a pedofilia é resultado de contextos psíquicos do indivíduo e
da sua história pessoal, podendo tornar-se pedófilo também o indivíduo que passou por
situações de constrangimento sexual ou que sofreu abusos quando criança.
Apesar de grande parte de a população, entender a prática da pedofilia como sendo
crime, esta interpretação mostra-se falha, uma vez que nem todo pedófilo abusa sexualmente
de crianças e adolescentes, crime este descrito como estupro de vulnerável no artigo 217-A do
Código Penal.Embora muitos sejam os estudos a respeito do tema, a origem do transtorno
ainda é desconhecida, visto que muitos são os fatores que podem colaborar para o diagnóstico
de um pedófilo. Segundo Spizzirri et al. (2010, p.43), ''pesquisas atuais apontam alterações
neurológicas, hormonais e psicodinâmicas envolvidas nessa gênese'', sendo elas:

a) Fatores neurológicos
Diminuição considerável do volume e da massa cinzenta da amídala
direita, do hipotálamo bilateral, das regiões septais, da substância
inominata e do núcleo da estria terminal foi observada em pedófilos e
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pode refletir alterações ou agressões do ambiente, em períodos críticos


do desenvolvimento psicossexual.
b) Fatores hormonais
Observa-se aumento dos níveis de testosterona, especialmente naqueles
pedófilos que apresentam conduta agressiva.
c) Aspectos psicodinâmicos
História de abuso sexual e/ou emocional na infância é recorrente e
contribui para a compreensão das causas da pedofilia: as primeiras
experiências ou fantasias sexuais, sejam gratificantes ou não, podem
influenciar comportamentos futuros. Pesquisas atuais indicam que
parafílicos (entre eles os pedófilos) e criminosos sexuais advêm de
famílias mais numerosas e seus pais tendem a serem mais velhos na
ocasião de seus nascimentos.

A ressocialização de pedófilos e abusadores sexuais é algo extremamente complicado


no Brasil. Além do fato de serem discriminados pela sociedade e de sofrerem constantes
ameaças de morte e abuso, principalmente dentro dos presídios, onde ficam em alas separadas
sem contato com outros presos, o país possui pouca estrutura para que, de fato, estes
indivíduos não tornem-se criminosos reincidentes.

Não bastasse a marginalização, os tratamentos oferecidos não são os ideais, sendo


necessário conscientizar tanto o pedófilo de que ele deve se tratar, como a sociedade de que a
pedofilia é uma doença, fazendo com que nem todos os portadores desta, possuam controle
absoluto sobre suas ações. Mesmo não tendo cura comprovada, a pedofilia pode ser tratada
por especialistas, sendo eficaz o tratamento realizado a base de:

[…] ajuda medicamentosa e terapia cognitivo-comportamental para trabalhar as


atitudes, emoções (como aumento de empatia pela vítima), crenças e
comportamentos do indivíduo que aumentariam o autocontrole, diminuindo e
eliminando agressões sexuais a crianças. (WILLIAMS, 2012, p.24)

2.1 PERFIS PSICOLÓGICOS DOS ABUSADORES

Segundo Williams (2012, p.40), ‘’[...] não há um perfil psicológico para o ofensor
sexual. Trata-se de uma população heterogênea, que pode envolver indivíduos com pedofilia
ou sem pedofilia [...]’’. Dessa forma, entende-se que questões fisiológicas, como a etnia,
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gênero, orientação sexual e a fisionomia de um indivíduo não definem se este virá ou não a
ser um abusador.
Por não haver possibilidade de identificá-los sem que antes tenham cometido crime,
torna-se mais fácil para os abusadores a prática do ato sexual, visto que estes geralmente estão
inseridos dentro da família de suas vítimas, podendo ser o pai, tio, avô, padrasto ou irmão das
mesmas. Este vínculo propicia os abusos, visto que a criança está próxima e nutre pelo
agressor um sentimento de confiança, além do fato de tornar-se mais fácil coagi-las para que
aceitem o abuso e não o relatem a outros adultos. Este abuso recebe o nome de intrafamiliar e
acontece quando há “estimulação sexual intencional por parte de algum dos membros do
grupo que possui um vínculo parental pelo qual lhe é proibido matrimônio.” (COHEN, 1993,
p. 212).
Como citado anteriormente, a crença popular é de que todo molestador de menores é
um pedófilo, o que não condiz com a realidade, visto que grande parte dos abusadores não são
portadores da parafilia mas sim, adultos que de alguma maneira exploram a sexualidade dos
menores, tanto para satisfazer-se sexualmente como para obtenção de lucros. Os indivíduos
portadores da pedofilia, diferentemente dos abusadores, podem jamais abusar sexualmente de
crianças, visto que:

É consenso que os portadores de pedofilia podem manter seus desejos em segredo


durante toda a vida sem nunca compartilhá-los ou torná-los atos reais; podem casar-se
com mulheres que já tenham filhos ou atuar em profissões que os mantenham com
fácil acesso a crianças, mas raramente causam algum mal. (SERAFIM et al. apud
HORNOR., 2009)

Diante das diferenças para a motivação do crime, torna-se importante exemplificar e


explicar os comportamentos de pedófilos e de abusadores, já que tanto na esfera penal como
na psicológica o tratamento e as sentenças de ambos devem ser diferenciados, levando em
consideração os fatores neurológicos e as circunstâncias que os levaram a cometer o estupro.
É importante entender como é tão fácil para estes indivíduos aproximar-se de crianças, ainda
mais, quando não são conhecidos das mesmas, visto que as vítimas de pedófilos são
facilmente seduzidas pelos mesmos com promessas que geralmente envolvem a oferta de
presentes, doces e jogos virtuais dos quais as crianças gostam, os quais são oferecidos em
troca de carícias sexuais ou do abuso de fato.
Segundo Sanderson (2005, p.16) os pedófilos:
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“Se interessam pelos programas, filmes e vídeos dos quais as crianças gostam.
Também mostram muito interesse em jogos de computador e ficam sempre contentes
de jogá-los com a criança por horas a fio, ao contrário de muitos pais que não têm
muito interesse nem tempo ou disposição para isso. O pedófilo também procura
conhecer o vocabulário infantil, as gírias, a moda, os livros, as atividades comuns, os
alimentos e as bebidas. Portanto, ele fala a língua da criança com muito mais
desenvoltura do que os pais dela e mostra um interesse real pelo mundo dela”.

Para concretizar o abuso, após conquistar a confiança das crianças e dos adultos que as
cercam, a próxima etapa para os pedófilos é:

[...] dessensibilizar a mesma para o toque sexual, de preferência quando estiverem a


sós. No início os toques são sutis, mas aos poucos as brincadeiras tornam-se mais
eróticas, passando a ficar mais e mais ousadas, relembrando que o emprego de
violência física não seja costumeiro no ofensor sexual de crianças. (WILLIAMS,
2012, p.42)

Por possuírem comportamento infantilizado e dificuldades de se relacionar


intimamente com outros adultos, pedófilos não sentem-se culpados ou enxergam como algo
errado o sentimento e a relação com uma criança, entretanto, muitos sabem que agem de
maneira errada e das punições que serão aplicadas caso venham a ser denunciados. A maioria
dos pedófilos, incluindo os que abusam de crianças, pode passar por tratamento, mas é
consenso que voltem a abusar quando houver nova oportunidade, já que:

Quaisquer que sejam as razões pelas quais as pessoas desenvolvem tal fixação, ela
costuma ser crônica e resistente a mudanças, mesmo que corram o risco de serem
identificados, ou seja, ele irá repetir seus abusos como um vício, nenhuma promessa
de mudança deve ser aceita porque não irá ser cumprida. (SERAFIM et al., 2009)

Diferente dos pedófilos, os abusadores e agressores sexuais são sujeitos que muitas
vezes usam de violência e sadismo para conseguirem o que querem. Consideram-se
abusadores, não somente os que estupram menores, mas também cafetões e clientes de
crianças e adolescentes em situação de prostituição, seja está forçada ou consensual. Estes são
classificados como predadores, podendo ser divididos em dois grupos segundo Rodrigues
citando Azevedo et al. (n.59, 2008):

[...] Circunstanciais: Não apresentam uma preferência sexual pelas crianças, mas
praticam o sexo com elas por não possuírem limites morais e por satisfazer um desejo
de experimentar uma relação sexual com jovens. Alguns agressores também podem
seduzir-se por situações nas quais o sexo com crianças se apresenta como algo
extremamente acessível e normal, e contribui para incentivar o turista a deixar de lado
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suas próprias ideias sobre a idade de consentimento e relação entre crianças e as


atividades sexuais.

A exploração sexual da infância passa, então, a ser considerada pelo turista como um
estilo de vida na época das férias e pode desenvolver um padrão de conduta de personalidade
abusadora.
[...] Preferenciais: apresentam uma preferência definida e clara pelo sexo com
crianças. Este tipo de pessoa apresenta uma desordem de personalidade que lhe
motiva a busca por companheiros sexuais imaturos e vulneráveis. Os agressores
preferenciais constituem uma pequena minoria dentro do grupo de agressores
sexuais, mas podem abusar potencialmente de um grande número de menores.

Não são homogêneos em sua forma de agir, mas podem ser identificados em três
grandes tipos de conduta:
a) Os sedutores que utilizam o afeto, a atenção e os presentes para atrair
as vítimas. São capazes de esperar grandes períodos de tempo enquanto
seduzem as crianças até que estas aceitem o abuso e usam a ameaça e a
violência para evitar que revelem o acontecido.
b) Os introvertidos têm dificuldades para se relacionar com os menores.
Mantêm um nível mínimo de comunicação com eles e tendem a
procurar crianças desconhecidas e extremamente pequenas.
c) Os sádicos constituem o grupo mais numeroso. Conseguem a
satisfação sexual através do dano a suas vítimas. Este tipo de agressor
pode utilizar a força física para persuadir a criança, incluindo o
sequestro e, em alguns casos, o assassinato posterior.

De acordo com Rodrigues (p.59, 2008), esses indivíduos possuem uma constante de negação
sobre a culpabilidade de seus atos, que os conduz a deslegitimar a versão das vítimas,
culpando-as por uma suposta sedução, a negar os fatos ou simplesmente a seguir abusando
delas sem que exista reprovação ou censura. Essa é uma das características mais comuns
presentes nos autores de delitos sexuais contra as crianças. Alegam que os menores buscam
conscientemente a atividade sexual com o adulto e que consentem explicitamente nas relações
(o menor teria escolhido livremente essa forma de vida).
Por fim, de acordo com a ABP - Associação Brasileira de Psiquiatria, em pesquisa feita
pela Rádio Criciúma (São Paulo, 2010), pode-se organizar-se as diferenças entre pedofilia e
abuso sexual como:
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 Pedofilia: Consta na Classificação Internacional de Doenças e


Problemas Relacionados à Saúde (CID) e diz respeito aos
transtornos de personalidade causados pela preferência sexual
por crianças e adolescentes. O pedófilo não necessariamente
pratica o ato de abusar sexualmente de meninos ou meninas. O
Código Penal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
não preveem redução de pena ou da gravidade do delito se for
comprovado que o abusador é pedófilo.
 Abuso sexual: Nem todo pedófilo é abusador, nem todo
abusador é pedófilo. Abusador é quem comete a violência
sexual, independentemente de qualquer transtorno de
personalidade, se aproveitando da relação familiar (pais,
padrastos, primos, etc.), de proximidade social (vizinhos,
professores, religiosos etc.), ou da vantagem etária e econômica.

3. A LEI COMO FONTE DE COMBATE AOS ABUSADORES


Nos dias atuais cada vez mais existe uma necessidade de proteção à criança e o
adolescente, pois, a violência num âmbito geral tem se intensificado gradativamente,
principalmente no que diz respeito à pedofilia, problema este existente mundialmente, porém
a lei em outros países trata este delito com maior rigidez que no Brasil. O Estatuto da Criança
e do Adolescente (ECA) é voltado exclusivamente para a criança e o adolescente e sua total
proteção.
É importante ressaltar que existem muitos artigos voltados para a área da proteção
integral a criança e o adolescente, porém, serão tratados neste artigo apenas os mais
relevantes, de acordo com o assunto que está sendo abordado.
Conforme o artigo 2º da Lei 13.431, de 4 de abril de 2017:

A criança e o adolescente gozam dos direitos fundamentais inerentes à pessoa


humana, sendo-lhes asseguradas à proteção integral e as oportunidades e
facilidades para viver sem violência e preservar sua saúde física e mental e seu
desenvolvimento moral, intelectual e social, e gozam de direitos específicos à sua
condição de vítima ou testemunha.

Tanto as crianças como os adolescentes, têm obtido grandes conquistas no tocante a


preservação dos seus direitos fundamentais nos últimos anos, a conscientização e a pressão
social, assim como o surgimento de movimentos em defesa da criança e do adolescente tem
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possibilitado a criação de leis a favor da causa, a grande pressão feita sobre os políticos faz
com que essas leis sejam votadas e aprovadas com mais facilidade. O estado tem a obrigação
de fazer com que essas leis sejam eficazes, também tem como obrigação criar e desenvolver
projetos sociais para aumentar a conscientização.
A convenção mundial sobre os direitos da criança promulgada pela assembleia geral da
ONU (Organização das Nações Unidas) em novembro de 1989 e ratificada pelo Brasil em
setembro de 1990, veio assegurar uma serie de diretrizes para a defesa das crianças e
adolescentes de todos os países, através do reconhecimento da criança como um sujeito de
direitos, elas obtiveram o direito de terem condições dignas de desenvolvimento sobre todos
os aspectos.
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 227 afirma que:
“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar a criança e ao
adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à educação, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”

Devido a isso, conclui-se, que a sociedade através da educação e o estado através de leis
rígidas, devem combater os crimes contra as crianças e os adolescentes, no tocante as leis
brasileiras, a pedofilia ganhou uma atenção especial com a criação do ECA (Lei 8069/90),
Estatuto da Criança e do Adolescente, que foi a ferramenta garantidora de todos esses direitos
adquiridos. Atualmente a proteção frente aos abusos sexuais contra menores prevista no ECA
é a que consta nos artigos 240 e 241:

“Art. 240. Produzir ou dirigir representação teatral, televisiva, cinematográfica,


atividade fotográfica ou de qualquer outro meio visual, utilizando-se de criança ou
adolescente em cena pornográfica, de sexo explícito ou vexatória:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 1o Incorre na mesma pena quem, nas condições referidas neste artigo, contracena
com criança ou adolescente.
§ 2o A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos
I - se o agente comete o crime no exercício de cargo ou função;
II - se o agente comete o crime com o fim de obter para si ou para outrem vantagem
patrimonial.
Art. 241. Apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer
meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou internet,
fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo
criança ou adolescente:
Pena - reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 1o Incorre na mesma pena quem:
I - agencia, autoriza, facilita ou, de qualquer modo, intermedeia a participação de
criança ou adolescente em produção referida neste artigo;
II - assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou
imagens produzidas na forma do caput deste artigo;
III - assegura, por qualquer meio, o acesso, na rede mundial de computadores ou
internet, das fotografias, cenas ou imagens produzidas na forma do caput deste
artigo.
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§ 2o A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos


I - se o agente comete o crime prevalecendo-se do exercício de cargo ou função;
II - se o agente comete o crime com o fim de obter para si ou para outrem vantagem
patrimonial.”

Os artigos 240 e 241 abrangem o tópico pornografia infantil, já a violência sexual ficou
a cargo do código penal, os artigos 213 (estupro) e 214 (atentado violento ao pudor) são
usados para definir condutas relacionadas à pedofilia e a qualificação destas condutas em
decorrência da presunção de violência. Vale lembrar que todos os crimes relacionados à
pedofilia são considerados hediondos conforme a lei 8.072/90. Também ficou a cargo do
Código Penal a responsabilidade de punir crimes relacionados à prostituição infantil e o
tráfico de menores com fins sexuais.
O Projeto de Lei do Senado n° 250, de 2008 Altera o Estatuto da Criança e do
Adolescente, para aprimorar o combate à produção, venda e distribuição de pornografia
infantil, bem como criminalizar a aquisição e a posse de tal material e outras condutas
relacionadas à pedofilia na internet, esse projeto preenche lacunas referente aos crimes de
pedofilia na internet.

3.1 A BUROCRACIA NA EXECUÇÃO DA LEI E A FORMA COMO ELA


PREJUDICA A APLICAÇÃO DA PENA

Mesmo com a grande quantidade de normas, que visam proteger as crianças vítimas de
abuso sexual, muitos dos casos não chegam até o judiciário, fato este, que se explica tanto
pelo desconhecimento das vítimas que estão sofrendo de abuso quanto dos pais das mesmas,
da situação que ocorre com seus filhos, bem como, pelo fato da justiça brasileira no que
refere-se aos casos de violência sexual, ser lenta e excessivamente burocrática, dificultando
assim a prisão imediata dos acusados do crime.
Além das inúmeras fases processuais enfrentadas pelas vítimas de abuso e seus
responsáveis, que devem encarregar-se de acompanhar os procedimentos já que o mesmo não
pode ser feito pelos menores, o despreparo dos agentes públicos é evidente. Para a advogada
Xênia Melo, em entrevista feita pelo jornal Gazeta do Povo (2016), “hoje só tramitam com
celeridade os inquéritos com réu preso”. Ainda segundo a mesma “a maioria dos inquéritos
caduca, porque precisa colher depoimento, chamar testemunhas, fazer perícias e não tem
equipe suficiente para fazer tudo isso dentro do prazo”.
Segundo o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), havia em
junho de 2014 pouco mais de 12.800 pessoas presas por crimes contra a dignidade sexual. Em
um cálculo conservador, pode-se considerar que uma pessoa condenada por estupro cumprirá,
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no mínimo, dois anos de período de reclusão. Em 2013 e 2014, foram registrados,


respectivamente, 51.090 e 47.646 casos de estupros.
Tem-se, dessa forma, que os pouco mais de 12.800 correspondem a cerca de 13% das
ocorrências de crimes sexuais em dois anos. Se considerar a estimativa do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de que a ocorrência de estupros pode ser até dez vezes
maior do que o total notificado, teríamos algo próximo a 1% de punição (BUCHMÜLLER,
2016).Conforme consta na cartilha Abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes -
Manual de orientação para educadores (2004, p.39), os seguintes procedimentos devem ser
adotados após notificação de abuso:

 Encaminhamento ao Instituto Médico Legal: A fase de apuração


começa com emissão de um Boletim de Ocorrência, o chamado
B.O., primeiro passo para instauração de um inquérito. O
delegado deve solicitar provas do ato sexual (conjunção carnal),
das lesões corporais (corpo de delito) e da autoria do crime
sexual.
 Aplicação de medidas de proteção à criança sexualmente
abusada: Depois do IML, a criança ou o adolescente poderá ser
levado de volta para casa, ou na impossibilidade de ir para casa,
pode ser levado para um abrigo e encaminhado a um serviço
psicológico.
 Apuração dos fatos: A fase de apuração prossegue com a
audição da criança ou do adolescente abusado e de testemunhas.
Uma atitude cooperativa do notificador pode minorar o
sofrimento da criança ou do adolescente envolvido, evitando
que o processo se arraste indefinidamente.
 Encaminhamento do relatório ao Ministério Público: Nesta fase,
o promotor analisará o relatório enviado pelo delegado, e, se
houver indícios da violência, ele oferece a denúncia e qualifica
o crime, o qual segue para a Justiça.
 Encaminhamento do processo à Justiça e aplicação da sentença:
A Justiça ouve novamente todos os depoimentos em busca de
fatos novos (se existirem) para confrontá-los com o que foi dito
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no inquérito policial. Depois disso, o processo volta ao juiz


concluso para aplicação da sentença (fase final), a qual pode ser
uma pena ou multa ao agressor.

Sem a resposta rápida da lei, as vítimas encontram-se sujeitas a problemas psicológicos


desencadeados pelo abuso e muitas vezes ficam a mercê de seus violadores, uma vez que
estes não recebem sua condenação no devido prazo ou são considerados inocentes por
interpretações contrárias feitas por juízes. Estes fatos contribuem ainda mais para o aumento
dos casos de violação sexual contra menores e servem de estímulo aos agressores sexuais,
uma vez que se sentem à vontade para reincidir e praticar o crime, visto que os poderes
responsáveis pela segurança de adolescentes e crianças mostram-se falhos e defasados no
momento da aplicação da pena e do atendimento dado às vítimas no momento da denúncia.

4 ANÁLISE E COLETA DE DADOS

Buscando conhecer a opinião e as experiências da população quanto ao tema Abuso sexual


durante a infância, realizou-se pesquisa de campo onde foi possível reunir, aproximadamente,
156 respostas de indivíduos de ambos os sexos. As questões elaboradas intencionavam
compreender como é vista a lei pelos olhos dos que já foram vítimas de abuso, quais as penas
que estas pessoas acreditam ser necessárias aos abusadores e o quanto essa violência é capaz
de afetar a vida das vítimas.
Ao questionar os participantes sobre o que os mesmos achavam, referente a qual
deveria ser a pena para estupradores, dentre eles 34,62% acreditam que deveria ter pena de
morte, seguido de 21,8% que ficaram indecisos quanto a questão, outros 12,17% optaram por
prisão perpétua e 10,25% sugeriram tratamento psicológico, e o restante preferiu optar por
castração química,prisão e isolamento.Observa-se nesta questão que existe opiniões bem
divergentes relacionadas ao assunto.
Quando questionados sobre sua opinião no que diz respeito a eficiência das leis, de
proteção a criança e de combate ao abuso sexual, os 87,80% não acreditam que a lei seja
eficiente, o restante dos participantes acredita que sim.Foi questionado aos participantes se
tinham sofrido algum tipo de abuso na infância (considerando-se não somente o estupro de
vulnerável mas também o assédio e a exploração sexual) dos 70,21% felizmente não
sofreram, em contrapartida 29,70% passaram por alguma situação semelhante.
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Ao questionar de que forma o abuso afetou o estado físico e psicológico destes


participantes 28,58% ficaram indecisos quanto ao que responder, além de 33,34% que tiveram
a vida sexual afetada devido ao ocorrido, já 19,04% ficaram com sentimento de culpa (uma
vez que mesmo não sendo ) o sentimento os acompanha, bem como 11,90% ficaram com
depressão entre outras doenças pós-traumáticas, e o estante, 7,14% os pais duvidaram da
veracidade dos fatos.
Por último mas, não menos importante foi questionado aos participantes se os mesmos
conhecem alguém que tenha sofrido algum tipo de abuso, e qual seria a faixa etária dos
abusados, destes 53,75% o fato ocorreu entre 9 a 14 anos de idade, e 28,27% entre 6 a 9 anos,
seguido de 14,19%que ocorreu entre 3 e 6 anos e 3,8% de 1 a 3 anos de idade.As perguntas
foram elaboradas considerando um total de 100% que seriam as 156 pessoas entrevistadas.

5 METODOLOGIA

Ao realizar pesquisas, é necessário buscar dados e referências sobre o assunto que será
abordado e apresentado, utiliza-se alguns métodos para expor as informações encontradas
nesta pesquisa, então, ao utilizar o método será possível confirmar determinada hipótese,
sobre um determinado fato, se é falso ou verdadeiro por exemplo (AZEVEDO, 2009).Logo,
método é o conjunto de processos que são utilizados na investigação, e na demonstração da
verdade, ou seja, é a maneira que o investigador pesquisa ou as formas de pesquisa utilizadas
por ele, no que se refere ao assunto que está sendo pesquisado (AZEVEDO, 2009).
O método de pesquisa utilizado no artigo é a pesquisa exploratória. Seu planejamento
tende a ser flexível, pois interessa considerar os mais variados aspectos relativos ao fato ou
fenômeno estudado (GIL, 2010). O tema abordado exige entendimento e compreensão.
Através deste tipo de pesquisa é possível obter uma visão geral sobre determinado assunto,
avaliando ideias que podem agregar valor à pesquisa realizada. Siena (2007, p.34) demonstra
que “o objetivo é obter maior familiaridade com o problema para torná-lo explícito ou a
construir hipóteses. Assumindo a forma de pesquisa bibliográfica ou estudo de caso, pode
conter entrevistas, questionários, análise de exemplos, etc.”.

O tipo de pesquisa utilizada é a pesquisa qualitativa, uma vez que permite atingir um
público alvo pequeno e as informações podem ser obtidas através de entrevistas e
questionários. A pesquisa qualitativa tem como objetivo focar no objeto em estudo e
descrevê-lo ou analisá-lo, e distanciar um pouco menos a teoria de dados. Segundo
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Deslauriers (1991, p. 58), “na pesquisa qualitativa, o cientista é ao mesmo tempo o sujeito e o
objeto de suas pesquisas. O desenvolvimento da pesquisa é imprevisível. O conhecimento do
pesquisador é parcial e limitado”. Para complementar, Flick (2004, p. 18) afirma que “a
psicologia e as ciências sociais têm adotado como modelo as ciências naturais e de exatidão,
direcionando uma atenção especial para os métodos quantitativos e padronizados”.
A técnica de coleta de dados para quaisquer que for o assunto pode ter diversas
maneiras de identificação.

A coleta de dados pode ocorrer de diversas maneiras, mas geralmente envolve: 1.


levantamento bibliográfico; 2. entrevistas com pessoas que tiveram experiências
práticas com o assunto; 3. Análise de exemplos que estimulem a compreensão
(SELLTIZ et al., apud GIL 2010, p. 27).

No presente artigo, optou-se por efetuar a coleta de dados através de questionários


com perguntas abertas, aplicados a 136 pessoas escolhidas aleatoriamente. Acreditamos que
desta forma possibilitaríamos o entendimento e clareza do assunto.Além de utilizarmos como
coleta de dados o questionário, verificamos que para um melhor entendimento do assunto,
deveríamos aplicar a técnica de observação. Visto que possibilita ao pesquisador extrair
informações de grupos e situações que com outras técnicas se tornariam mais complexo ou
mesmo impossíveis.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ante o esclarecido, concluiu-se que apesar da existência das punições previstas em lei
aos crimes de estupro de vulnerável, já que a pedofilia não é tipificada como crime, as
mesmas não possuem o efeito desejado pelos legisladores e pela população, uma vez que os
números envolvendo este tipo de caso só aumentam a cada ano. Não se buscou fazer uma
crítica a atual legislação penal, mas sim,de demonstrar novos meios de aplicação da lei e de
tratamento aos abusadores e as vítimas de abuso, uma vez que a facilidade com que estes
criminosos adquirem sua liberdade em poucos anos e sem ter cumprido pelo menos metade da
pena, assusta a todos que possuem menores na família.
Ainda que a pedofilia seja considerada como uma doença pela psiquiatria, a maioria dos
pedófilos detém consciência de que seus atos são errados e condenáveis, sendo importante a
prisão destes indivíduos independente da condição mental. Entretanto, pode-se concluir que
apenas a junção da prisão com um tratamento psiquiátrico especializado é capaz de diminuir a
reincidência dos crimes de abuso sexual. Hoje o que ocorre é a exclusão destes indivíduos
completamente da sociedade, onde são tratados como monstros que segundo a opinião
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popular, merecem nada além da morte, tortura, ou em casos extremos, o estupro como
punição.
Colocá-los dentro do péssimo sistema carcerário brasileiro, onde virão a sofrer
ameaças de outros detentos, além de não receber acompanhamento médico, para que os
mesmos entendam a gravidade de seus atos, de forma que através deste atendimento médico
possam controlar seus impulsos, não é a solução ideal e deixa de atender seus direitos básicos,
como ser humano, independe da gravidade do crime que o mesmo cometeu.
De forma que é extremamente importante, que as denúncias sejam acolhidas e julgadas
com mais rapidez, visto que enquanto solto e sem acompanhamento o abusador pode fazer
novas vítimas e seguir importunando a parte autora da denúncia. No que se trata aos menores
afetados pelo crime, pode-se afirmar que merecem toda a proteção e atenção, tanto por parte
da lei como de seus familiares, amigos e educadores, uma vez que são severamente atingidos
em sua formação como pessoa após o abuso, que muitas vezes serve de gatilho para doenças
mentais graves. A realização de campanhas publicitárias e as conversas em família e no
ambiente educacional são importantíssimas e devem abordar a temática do abuso, buscando
encorajar as crianças a fazer denúncias e ajudá-las a compreender quando estão passando por
situações invasivas.

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