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O ensino da leitura

Solé, Isabel. O ensino da leitura. In: Estratégias de leitura. Porto Alegre:


Artmed, 1998. p. 49-65.

Assessoria Acadêmica Sorocaba (maio/2016)


http://assessoriaacademicasorocaba.blogspot.com.br
assessoriaacademicasorocaba@gmail.com
O que é leitura?

 “Poder ler, isto é, compreender e


interpretar textos escritos de
diversos tipos com diferentes
intenções e objetivos” (Solé, 2009,
p. 18).

 E mais:

“(...) leitura é um processo de


interação entre o leitor e o texto;
neste processo tenta-se satisfazer
[obter uma informação pertinente Isabel Solé
para] os objetivos que guiam a leitura”
(Solé, 2009, p. 22).
 Neste capítulo a autora vai tratar do ensino inicial da leitura,
isto é, do que acontece quando a criança pequena aprende a ler.

 A etapa inicial da leitura tem uma série de implicações que leva


a ser considerada de forma específica.

 Isso não significa que primeiramente a criança aprender a ler e


depois a compreender.

 Aprende-se ou não se aprende a ler e a compreender.


Alfabetização
 Normalmente o termo é assimilado como domínio dos
procedimentos de leitura e escrita.

 Para a autora essa definição é restritiva e enganosa.

 A alfabetização é um processo através do qual as pessoas


aprendem a ler e a escrever.

 Mas esses procedimentos vão muito além de técnicas de


transcrição da linguagem oral para a linguagem escrita.
 O domínio da escrita e da leitura pressupõe o aumento da
domínio da linguagem oral, da consciência metalinguística, que
é a capacidade de manipular e refletir intencionalmente sobre a
linguagem.

 A restrição da noção de alfabetização à linguagem escrita, pode


ser fruto de uma interpretação errônea, segundo a qual a escrita
requer uma instrução formal e a linguagem oral, não.

 Nas duas situações é necessária a presença de um adulto, de um


meio social, que ajude a criança em um processo de
aprendizagem que ocorre na interação educativa, seja ela formal
ou informal.
 Isabel Solé propõe a seguinte
definição para alfabetização
adotada por Garton e Pratt:

 “[...] O domínio da linguagem


falada e da leitura e da escrita
[...]. Uma pessoa alfabetizada tem
a capacidade de falar, ler e
escrever com outra pessoa e a
consecução da alfabetização
implica aprender a falar, ler
e escrever de forma
competente” (1991, p. 19-20
apud Solé, 2009, p. 50).
 Há, no entanto, diferenças substanciais entre a linguagem oral e
a linguagem escrita.

 Neste processo, um marco fundamental é o constituído pela


aprendizagem das habilidades da decodificação (caracterizado
pelo estabelecimento de correspondência entre os sons da
língua e sua representação gráfica convencional).
Código, consciência metalinguística e leitura

 Para ler precisa-se ter acesso ao texto cuja leitura transforma-se em


objetivo.

 Os textos possuem características, entre as quais não menos


importantes, estar o fato de ser formado por um sistema de
símbolos, por um código.

 Para ter acesso ao texto, é preciso ter acesso ao seu código.

 Autonomia pessoal é importante para compreender o papel das


habilidades de codificação quando se fala das crianças que aprendem a
ler.
 Facilitar o acesso ao código às crianças é facilitar-lhes estratégias
autônomas de exploração do universo escrito.

 Mas isso não significa uma assimilação entre leitura e o acesso ao


código.

 Ler não é decodificar, mas para ler é preciso saber decodificar.

 Em que se baseiam as habilidades de decodificação? Como uma


criança pode aprender a decodificar significativamente, sem que isso
represente uma tortura para ela?

 Aprender a decodificar pressupõe aprender as correspondências que


existem entre os sons da linguagem e as letras e do conjunto de
letras.

 Dificuldade: identificar e isolar os sons, pois não existem como tais


na linguagem falada, ou pelo menos não existem todos.
 Exemplo: identificar e isolar os sons da palavra COISA.

 Isso pode ocorrer com a criança ao tentar isolar palavras. Por exemplo:
“Você pegou a bola”. Muitos alunos escrevem como ouvem:
“Vocêpegouabola”.

 Por outro lado, a criança no processo de alfabetização costuma se mostrar


competente no uso comunicativo da linguagem.

 Essa habilidade é importante para a aprendizagem da leitura e da escrita.


Pois quando a criança precisa aprender o código, ela não precisa apenas
usar bem a linguagem, ela necessita manipulá-lo e refletir sobre ele.

 A criança precisa ter desenvolvido uma certa consciência metalinguística, isto


é: refletir sobre a linguagem.
 Quando lemos prestamos atenção ao conteúdo e não a forma.

 As crianças desde muito cedo prestam atenção à sua linguagem e a


linguagem dos outros.

 São hábeis usuários da linguagem, mas também podem efetuar


reflexões espontâneas conscientes sobre ela.

 Sobre a base dessa consciência pode-se ir se desenvolvendo outras


formas de consciência metalinguísticas mais deliberadas e
controladas, que possibilitarão o acesso a um melhor conhecimento
da estrutura da linguagem e do seu sistema de representação
alfabético.

 Assim consciência metalinguística e alfabetização estão relacionadas.


 A autora chama a atenção para o fato das crianças prestarem
atenção a forma como se pronuncia uma palavra, no caso, o
nome dito incorretamente.

 O fundamental é que o escrito transmite uma mensagem, uma


informação, e que a leitura capacita para ter acesso a essa
linguagem.

 Na aquisição desse conhecimento, as experiências de leitura da


criança na família desempenha importante função:

 Ambiente em que se promova o uso de livros;


 Disposição dos pais para adquiri-los e ler;
 Conversas em torno dos livros lidos.
 Importância da leitura feita pelos outros:

 Familiarização da criança com o texto escrito e com sua


linguagem;

 Assistir um especialista lendo;

 Participar das diversas formas da tarefa de leitura;

 Constrói paulatinamente a ideia de que o


texto escrito diz coisas e que pode ser
divertido e agradável conhecê-las, isto é,
saber ler.
 Nessas experiências, antes de chegar à escola, a criança pode
aprender numerosas convenções sobre a linguagem escrita:

 Manter o livro erguido;


 Começa pela primeira página;
 Folheia uma página de cada vez;
 Que a escrita segue da esquerda para a direita
 Entre outras (p. 55).

 Pode também ter aprendido o nome de alguma letra ou


diferenciá-las.

 Pode reconhecer globalmente algumas palavras significativas:


seu próprio nome, o dos produtos consumidos habitualmente, o
de personagens das histórias.
 Mas há muito a ser aprendido sobre o sistema de escrita.

 Inicialmente, a autora, restringe esse muito, à autonomia para


explorar o sistema de escrita, o que passa pela decodificação.

 Mediante a capacidade de decodificar, há a possibilidade de se


prestar atenção de forma deliberada e consciente à linguagem e
de refletir sobre ele.

 Parte-se sempre do que a criança já sabe: suas perguntas e das


concepções que ela vai construindo.

 A consciência fonológica surge inicialmente do interesse


suscitado pela língua falada e por algumas das suas propriedades,
como a rima, que leva a explorar semelhanças e diferenças entre
as palavras e parte de palavras.
 A consciência que a criança tem da palavra aumenta com o manejo
do impresso.

 No tocante ao código, é necessário levar em conta o que a criança


sabe sobre a linguagem oral e escrita, sobre as palavras e os sons, e
oferecer-lhe a informação que ela requer no momento oportuno.

 Questões para reflexão

1- Há consequência para o ensino se levarmos em consideração a


definição de alfabetização utilizada por Isabel Solé?
2- O que é leitura para Isabel Solé? De que forma essa definição é
vivenciada em nossas escolas?
3- A leitura pode ser identificada apenas com decodificação?
Justifique.
Que está escrito aqui? Ensino inicial da leitura e
aprendizagem do código
 Recapitulando:

 Alfabetização: é um processo que não envolve apenas os procedimentos


de leitura e escrita, mas que repercute favoravelmente na linguagem
entendida em sua globalidade.

 A compreensão da forma de representação da linguagem definida pelo


sistema alfabético requer que a criança desenvolva uma consciência
metalinguística.

 Antes da instrução formal em leitura e escrita, as crianças já possuem


um bom número de conhecimento sobre o sistema escrito.

 Nesse ponto a autora se detém, chamando atenção para a sua


importância.
 Convencimento de que o escrito transmite uma mensagem;

 Isso é garantido por meio da participação em atividades


conjuntas com os pais e na Educação Infantil, quais sejam:

 Ler histórias,
 Presenciar a elaboração de listas de compras;
 Levar bilhete da escola para casa,
 Ver a professora lendo histórias, anotando...

 As tentativas das crianças de explorar o universo escrito estão


firmemente dirigidas pela sua necessidade de ter acesso ao
significado do texto em questões.
 A decodificação e o significado sempre estão presentes no leitor,
mas a busca deste último é que geralmente guia as tentativas de
decodificação.

 Assim o acesso ao código deve se inserir sempre em contextos


significativos para as crianças, pois corre-se o risco de que a
criança construa uma ideia errada sobre a leitura, isto é: que ler
é dizer as letras, ou os sons, ou as palavras.
O ensino da leitura
 As crianças possuem numerosos conhecimentos sobre a leitura e a
escrita, mas o tipo de instrução que receberam influenciará o tipo de
habilidade que poderão adquirir.

 Tipos de instrução da leitura:

 Ensinar a correspondência entre os sons e as letras (cada letra seu som,


depois as exceções);
 Ensina-se a partir da frase (leitura global de frases com estrutura simples
e repetitiva);
 Ensina-se a partir de “experiência da linguagem” (das explicações das
crianças e das leituras do professor);
 Ensina-se palavras significativas para a criança.
 Para Solé todas essas posturas, se tidas isoladamente, não são
adequadas, pois a criança poderá aprender e de fato aprende à
medida em que for capaz de utilizar diversa estratégias de
forma integrada e toas elas precisam ser ensinadas.

 O bom leitor é aquele que utiliza simultaneamente os


indicadores contextuais, textuais e grafofônicos para construir
significado.

 Assim:

 o ensino de estratégias para ter acesso ao texto não é um fim em si


mesmo, mas um fim para poder interpretá-lo;

 Na leitura significado e codificação estão sempre juntos, porém seu


peso é diferente em diversas etapas da leitura.
Como o professor pode ajudar?

 Pensado que o sistema da língua escrita é complexo que exigir


esforço dele e da criança.

 Não perder tempo em discussões do tipo: se é melhor ensinar na


Educação Infantil; se seria melhor uma abordagem do código.

 É preciso acabar com a ideia de que só existe um caminho para se
tornar um usuário eficaz dos procedimentos da leitura e da escrita:

 A autora propõe uma abordagem ampla, não restritiva no ensino


inicial da leitura e da escrita, a qual pressupõe:
 O aproveitar o conhecimento que as crianças já possuem;

 Aproveitas as perguntas sobre o sistema para aprofundar sua


consciência metalinguística;

 Aproveitar e aumentar os conhecimentos prévio para servir de


contexto e conhecer novas palavras;

 Utilizar de modo integrado todas as estratégias.


 O ensino da leitura deve garantir a interação significativa e funcional da
criança com a língua escrita.

 O uso significativo da leitura e da escrita é motivador e contribui para


incitar a criança a aprender a ler e a escrever.

 O que mais motiva as crianças a ler é ver os adultos que tenham


importância para ela lendo e escrevendo.

 É imprescindível que os professores explorem os conhecimentos dos


alunos sobre o texto escrito.

 A leitura e a escrita são procedimentos, seu domínio pressupõe


poder ler e escrever de forma convencional. Para ensinar os
procedimentos é preciso mostrá-los.
Questões de entendimento

 O que a criança aprende quando ver os adultos lendo?


 Quais convenções sobre a linguagem escrita as crianças aprendem ao
participar de leituras realizadas por adultos?
 Quais tipos de ensino de leitura existem de acordo com Isabel Sole?
Explique-os?
 Para Isabel Sole qual e a postura mais adequada para o ensino da
leitura?
 Como o professor pode ajudar as crianças para que aprendam ler?
 O que o ensino da leitura deve garantir? O que mais motiva as
criança para ler?

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