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Jaclin’ Freire, Carla Moleiro, Diana Farcas, Nuno Pinto, Sandra Roberto,
Catarina Pereira e Marta Gonçalves
ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa/ CIS (Centro de Investigação e Intervenção Social) (Portugal)
1
O presente estudo foi desenvolvido no âmbito do Projecto de Investigação financiado pela FCT:
PTDC/PSI/71893/2006 “Saúde Mental, Diversidade e Multiculturalismo: Para a integração de necessidades
específicas de grupos minoritários e competências multiculturais dos técnicos”, coordenado pela Professora Doutora
Carla Moleiro (CIS/ISCTE- Instituto Universitário de Lisboa).
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1 INTRODUÇÃO
À semelhança do que é o panorama Europeu, o fenómeno da imigração portuguesa tem
desempenhado um papel crescente na dinâmica demográfica, quer no contexto do
crescimento populacional, quer na atenuação do ritmo de envelhecimento demográfico
(Rosa, Seabra & Santos, 2004; Coelho, Magalhães, Peixoto & Bravo, 2008).
Até 1980, a imigração nunca atingiu valores superiores a 50 mil residentes. No entanto,
entre 1986 e 1997 o número de estrangeiros duplicou, passando de 87 mil para 175 mil,
segundo dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Mais recentemente, em
2000, os registos referenciavam a existência de mais de 200 mil residentes estrangeiros
em Portugal (Falcão, 2002; Rosa, et al, 2004; INE, 2008). Os dados referentes à última
década, tal como são apresentados na Tabela 1, exemplificam o crescimento contínuo da
população imigrante/estrangeira em Portugal. Actualmente e de acordo com os dados do
INE (2008), o número de imigrantes/estrangeiros com estatuto legal de residente em
Portugal ascende os 435 mil.
De acordo com os dados actuais, a imigração em Portugal é representada por: (1) uma
parte significativa de estrangeiros originários dos países europeus; (2) a manutenção dos
fluxos migratórios provenientes das antigas colónias portuguesas, nomeadamente dos
PALOP; (3) nos últimos anos, um aumento particularmente expressivo de imigrantes
provenientes da América do Sul, com uma maior representatividade brasileira e (4)
finalmente uma crescente procura de indivíduos provenientes do continente asiático
(Machado, 1997; INE, 2008).
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DESENVOLVIMENTO DE UMA MEDIDA COMPORTAMENTAL PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE MENTAL
Tabela 2. População estrangeira com estatuto legal de residente (local de residência e nacionalidade, 2008).
América do América Central
Local de residência (NUTS - 2002) Europa África Ásia Oceânia Apátrida
Norte e do Sul
Portugal 166025 125671 2944 112605 28425 264 31
Continente 160822 124291 2613 109244 27814 243 31
Região Autónoma dos Açores 1243 796 497 948 245 1 0
Região Autónoma da Madeira 3960 584 70 2177 366 20 0
(Fonte: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0001236&contexto=pi&selTab=tab0,
quadro extraído em 14 de Junho de 2010).
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2 COMPETÊNCIAS MULTICULTURAIS
Ao longo das últimas décadas, o interesse pela compreensão das competências
multiculturais tornou-se um tema central e constante nas investigações e estudos
desenvolvidos no âmbito do apoio clínico nos Estados Unidos da América (Sue, 1998;
Constantine & Ladany, 2001; Sue, Zane, Hall & Berger, 2009). Esses trabalhos têm
abrangido essencialmente a definição/conceptualização, operacionalização e avaliação
do constructo (D'Andreia, et al, 2003).
Em primeiro lugar, convém salientar, que o termo “cultura” representado no conceito
multicultural foi, inicialmente, utilizado com referência às questões étnicas e raciais do
contexto americano, tendo sido posteriormente alargado e associado ao termo
diversidade, de modo a abranger outros grupos minoritários e discriminados, tendo em
conta características como a religião, género, deficiência, orientação sexual (Arredondo,
Toporek, Brown, Jones, Locke, Sanchez & Stadler, 1996; Constantine & Ladany, 2001;
Sommers-Flanagan & Sommers-Flanagan, 2004; Gonçalves & Moleiro, submetido).
Apesar dos inúmeros estudos, investigações e orientações da APA (1993; 2000; 2002;
2003) publicados em resultado do crescente interesse pela diversidade cultural na
prática clínica da psicoterapia nos E.U.A., esta área é relativamente nova, tendo sido
necessário a estruturação de todo um corpo teórico, que abrange questões como a
conceptualização, operacionalização e avaliação do constructo (D'Andreia, et al,
2003).
2.1 CONCEPTUALIZAÇÃO
Os primeiros passos para a conceptualização das competências multiculturais foram
dados pela AMCD-ACA2, bem como na diferenciação de outros conceitos como
“transculturalidade”, e “interculturalidade” (Sommers-Flanagan & Sommers-Flanagan,
2004). Por agora, o nosso principal foco reside na compreensão e conceptualização das
“competências multiculturais”.
2
Association for Multicultural Counseling and Development – American Counseling Association
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Em relação ao constructo em si, convém referir que este pode ser definido tendo em
conta três níveis de análise (Sue, et al, 2009): (1) relação “profissional/cliente” e do
tratamento/intervenção; (2) institucional/serviços; (3) ao nível sistémico ou comunitário.
É de salientar, igualmente, que o desenvolvimento conceptual deste conceito ainda se
encontra em expansão, acompanhando o curso dos resultados obtidos em diversos
estudos e investigações levados a cabo no âmbito da saúde mental (D'Andreia, et al,
2003; Hays, 2008; La Roche & Christopher, 2010, citados por Gonçalves & Moleiro,
submetido).
No entanto, e apesar dos inúmeros esforços, nenhuma das definições de competência
multicultural apresentadas até agora é universalmente aceite (Johnson, Saha, Arbelaez,
Beach & Cooper, 2004). Não obstante, e tendo em conta as diversas definições em uso
actualmente, parece ser comum que o ponto fulcral para a conceptualização do termo
reside na capacidade dos profissionais de saúde (física e mental) (1) compreenderem e
reconhecerem a sua própria cultura, examinar as suas crenças e atitudes em relação às
outras culturas, (2) entender como as diversas formas de opressão influenciam a relação
terapêutica, (3) compreender e aceitar genuinamente outras normas culturais e sistemas
de valores, e (4) habilmente utilizar competências para proceder a avaliações e
intervenções culturalmente apropriadas (Constantine & Ladany, 2001; Burckhardt &
Sánchez, 2006; Hays, 2008; Sue, et al, 2009). Desta forma, tal como Sue e Sue (2003,
citado por Hays, 2008) referem, “psicoterapeutas culturalmente competentes são
aqueles que têm consciência dos seus valores e preconceitos, compreendem e aceitam
genuinamente as perspectivas dos clientes e intervêm de uma maneira culturalmente
apropriada” (p. 95).
No entanto, alguns autores (como Neufeldt et al, 2006) salientam que o interesse pelas
questões multiculturais não significa que “os psicoterapeutas devam prestar tanta
atenção às questões da diversidade, ao ponto de perderem de vista as questões
essenciais da prática clínica” (p. 465). Pelo contrário, o papel das competências
multiculturais, que pode ser conceptualizado em termos organizacionais, estruturais
e/ou clínicos (Johnson, et al, 2004) deve ser visto como um “meio para ultrapassar as
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barreiras que impedem o acesso aos serviços de saúde pública” (Burckhardt &
Sánchez, 2006, p. 52), sem prejuízo da qualidade clínica.
Tabela 3. Modelo Tridimensional das Competências Multiculturais (Sue, Arredondo & McDavis, 1992)
Consciência Conhecimento Competências específicas
Esta primeira dimensão faz A dimensão “Conhecimento” retrata Por último, a terceira dimensão
referência à auto e hetero- a informação e compreensão que o refere-se à capacidade de um
consciência que o profissional de profissional tem acerca dos grupos profissional (de saúde) em traduzir a
saúde tem das suas próprias minoritários (a sua historia, valores, sua consciência e o conhecimento
atitudes, comportamentos, crenças, práticas, processos de discriminação cultural adquirido em intervenções
valores e preconceitos. Isto é, “ter e estigmatização, bem como dos sensíveis à diversidade, com a qual
esta consciência” significa e modelos de aculturação e/ou se depara em contexto clínico.
implica explorar o self enquanto desenvolvimento da identidade, Significa, em termos práticos,
ser cultural e avaliar o impacto que entre outros) e o impacto destas avaliar e intervir ética e eficazmente
os seus próprios valores e variáveis no bem-estar físico e com clientes minoritários, tendo
preconceitos podem ter na relação psicológico dos mesmos. No que se presente os possíveis efeitos das
terapêutica com clientes refere à saúde mental, torna-se características “culturalmente”
culturalmente diferentes. também importante ter diferentes, nos processos de
conhecimento sobre possíveis diagnóstico e elaboração de um
síndromes e intervenções específicos plano terapêutico.
da cultura de origem dos clientes.
Fontes: Sue, et al, (1992); Arredondo, et al, (1996); Arredondo (1999); Worthington, Mobley, Franks e Tan (2000); Sue (2001);
D'Andreia, et al, (2003); Ponterotto e Potere (2003). Sommers-Flanagan e Sommers-Flanagan (2004); Burckhardt e Sánchez
(2006); Maxie, Arnold & Stephenson (2006); Neufeldt, et al, (2006); Hays (2008); Moleiro, et al, (2009); Sue, et al, (2009).
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Por outro lado, mas no mesmo ano, Trujillo (2001, citado por Gonçalves & Moleiro,
submetido) complementou o modelo original, ao propor a extensão da perspectiva
individual do modelo tridimensional para um nível mais organizacional (serviços de
saúde, e em particular os de saúde mental e suas equipas). De acordo com este modelo
os serviços de saúde ou organizações podem ser caracterizados tendo em conta 4
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4 METODOLOGIA
Tal como foi referido no ponto anterior, este estudo apresenta o desenvolvimento de 2
investigações diferentes, sendo a metodologia respectiva a cada uma apresentada
separadamente e de seguida:
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aos 29 anos, com uma média de 4.45 anos (dp = 4.87), sendo que 80% dos inquiridos
revelam não ter tido qualquer formação específica sobre a diversidade cultural e
individual ao longo da sua carreira académica e ou profissional, tal como indicado na
Tabela 5.
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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO3
Em primeiro lugar, importa enfatizar que os resultados recolhidos e a seguir
apresentados são preliminares, dado que o processo de recolha de dados ainda se
encontra em desenvolvimento. Nesse sentido, os resultados devem ser considerados
com precaução. É de salientar, ainda, que para a análise dos dados foi utilizado o
programa SPSS Statistics 17.0 (Statistical Package for Social Science, 2008), sendo que
o nível de significância foi estabelecido em 0.05 (sempre que oportuno será apresentado
o valor p). Os resultados serão apresentados tendo em conta a análise psicométrica do
instrumento (1) análise da fiabilidade; (2) análise das categorias do instrumento; (3)
análise dos valores da escala e (4) diferenças estatísticas entre grupos.
3
Os resultados do estudo 2 não se encontram ainda disponíveis, tendo sido apenas construído o material para a
recolha de entrevistas com clínicos. Deste modo, não é possível apresentar neste artigo a análise convergente.
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Análise dos valores da escala: A média dos valores do CICDI-T foi de 3.9 numa
escala de 1-5, demonstrando que os participantes tenderam a situar-se entre os valores 3
(Não concordo, nem discordo) e 4 (Concordo). Esta tendência manteve-se na
comparação entre os grupos, destacando-se as comparações quanto ao género (em que a
média dos participantes do sexo masculino é 4.04), à escolaridade obtida (média dos
participantes doutorados é 4.17) e à experiência de formação específica anterior (o
grupo que respondeu “Sim” apresenta uma média de 4.01).
Escolaridade
• Licenciatura Pré-B. 3.87 27 .29 3.19 4.40
• Mestrado Pós-B. 3.88 28 .38 3.00 4.69
• Mestrado Pré-B. 3.92 10 .34 3.50 4.71
• Doutoramento 4.17 4 .43 3.54 4.48
• Pós-graduação
Formação específica
• Não teve. 3.87 56 .33 3.00 4.56
• Teve. 4.01 16 .37 3.35 4.71
Minoria
• Não pertence 3.80 20 .29 3.19 4.56
• Pertence 3.93 33 .38 3.00 4.71
Diferenças estatísticas entre grupos (test t student): A comparação da média total dos
resultados obtidos no CIDCI-T para as seguintes variáveis indica não existirem
diferenças estatisticamente significativas nesta amostra: “Teve/não formação” (t = -
1.473, ns), “Pertença/não a uma minoria” (t = -1.266, ns). Foi possível verificar ainda,
que ao correlacionar a média total dos resultados obtidos no CIDCI-T e a variável
“Anos de experiência clínica”, os resultados não apresentam diferenças estatisticamente
significativas, (r =. 040, ns), não havendo, portanto, uma relação linear entre as duas
variáveis.
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Tabela 8: Média e dp da comparação entre *Dimensões do CIDCI e “Teve ou não formação específica?”
6 CONCLUSÕES
Pretendeu-se com este estudo contribuir para o desenvolvimento de dois instrumentos –
um quantitativo de auto-relato e um qualitativo de resposta a casos apresentados em
vídeo – para a avaliação de competências multiculturais de clínicos (psicólogos e
psicoterapeutas). Estas medidas surgem em resposta à necessidade actual de avaliar as
competências multiculturais recorrendo à utilização de instrumentos psicométricos
adicionais às ferramentas de avaliação já existentes (Hays, 2008). Foi possível
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multiculturais, sendo esse facto consistente com os nossos resultados, que demonstram
uma ausência de correlações significativas com o nº de anos de experiência clínica.
Outra questão pertinente a salientar, prende-se com o facto de, na nossa amostra, os
resultados apontarem para a não existência de diferenças significativas entre pertencer
ou não a um grupo minoritário e competências multiculturais, o que pode ser explicado
pela dimensão da amostra, podendo ser um factor limitante dos resultados. Sendo assim,
reconhecemos algumas limitações no presente estudo, principalmente, no que se refere à
dimensão da amostra e ao facto de ainda estar em curso, o que limita a apresentação dos
resultados disponíveis. Ainda assim, esperamos ter contribuído para a reflexão sobre a
importância das competências multiculturais e dos esforços para a sua conceptualização,
operacionalização e avaliação.
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