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Supremo Tribunal Federal

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.033.992 R IO DE JANEIRO

REGISTRADO : MINISTRO PRESIDENTE


RECTE.(S) : IVAN PRADO FERNANDES
ADV.(A/S) : ENEIDA SANTOS DE BRITO
ADV.(A/S) : NARUE SANTOS DE BRITO
RECDO.(A/S) : HELOISA BEATRIZ MOURA WOLOSKER
ADV.(A/S) : TARCISIO MARTYR CORREA

DECISÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM


AGRAVO. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.
SUBSTITUIÇÃO DO ACÓRDÃO
RECORRIDO. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
PREJUDICADO.

Relatório

1. Examinados os autos, tem-se óbice jurídico intransponível ao


processamento deste recurso: o caso é de provimento do recurso especial
pelo Superior Tribunal de Justiça, que atendeu à pretensão do Agravante.

2. Ivan Prado Fernandes interpôs, concomitantemente ao recurso


extraordinário, recurso especial com o mesmo objeto e ao qual o Superior
Tribunal de Justiça deu provimento, nos seguintes termos:

“De início, cumpre salientar que o presente recurso será


examinado à luz do Enunciado 2 do Plenário do STJ: ‘Aos recursos
interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a decisões
publicadas até 17 de março de 2016) devem ser exigidos os requisitos
de admissibilidade na forma nele prevista, com as interpretações
dadas, até então, pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça’.
Na origem, trata-se de agravo de instrumento em face de decisão
que rejeitou exceção de pré-executividade apresentada pelo recorrente
em fase de cumprimento de sentença de ação de despejo e cobrança de

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ARE 1033992 / RJ

aluguéis proposta contra RUSTILUS INDÚSTRIA E COMÉRCIO


DE MÓVEIS E ESQUADRIAS LTDA., em que o agravante alega
sua ilegitimidade passiva para a execução do julgado.
O relator negou seguimento ao recurso, com fundamento no
artigo 557, caput, do CPC/73, e a decisão foi mantida pelo órgão
colegiado no âmbito do agravo interno, nos termos da seguinte
fundamentação:
‘Como bem elucidado no decisum guerreado, o agravante
responde pela execução da qual pretende se eximir.
O contrato de locação firmado pelos litigantes contém cláusula
de solidariedade dos fiadores Rosana Furtado Fernandes e Ivan Prado
Fernandes, este na qualidade de representante e fiador da locatária
Rustilus e esta na qualidade de locatária (fl. 26/26v), sendo certo que
ambos tiveram ciência da demanda que deu origem ao título e
constrição judicial noticiada no recurso.
A ação de despejo e cobrança foi proposta em 26/04/1999,
quando a Lei 8.245/91 ainda não obrigava a citação dos fiadores,
situação alterada com o advento da Lei 12.112/2009.(...)
Nada obstante, o agravante foi citado na qualidade de
representante da locatária e notificado como fiador (fls. 37/37v°),
sendo Rosana, fiadora, também notificada (fls. 34 e 36) e as situações
envolvendo o contrato havido entre as partes foram decididas em
processo de conhecimento, com sentença transitada em julgado.
De outro passo, também hígida a etapa de execução (hoje
cumprimento de sentença), conforme se pode ver das peças que
instruem este recurso, notadamente a petição deflagradora do
requerimento de constrição judicial (fls. 254/258); mandado de citação
e penhora para a locatária, cumprido na pessoa do representante legal,
fiador e ora agravante Ivan Prado Fernandes (fls. 271/273);
esclarecimentos de fls. 292/293 e decisão de f. 394; termo de penhora
(f.307) e intimação do fiador e agravante (f. 312/313) e da também
fiadora Rosana Furtado Fernandes (fls. 324/325)." (e-STJ, fls.
442/443)
Assim decidindo, o acórdão recorrido divergiu do entendimento
da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.
Extrai-se dos autos que o fiador, ora recorrente, efetivamente não

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ARE 1033992 / RJ

integrou a relação processual da ação de despejo cumulada com


cobrança de alugueis, a qual foi intentada apenas contra a locatária
(RUSTILUS INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÓVEIS E
ESQUADRIAS LTDA.). Por essa razão, não pode o garante
responder pela execução do julgado, sob pena de ofensa aos princípios
constitucionais do contraditório e da ampla defesa e de afronta à literal
disposição do art. 472 do Código de Processo Civil de 1973, o qual
reza:
‘Art. 472. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é
dada, não beneficiando, nem prejudicando terceiros. Nas causas
relativas ao estado de pessoa, se houverem sido citados no processo, em
litisconsórcio necessário, todos os interessados, a sentença produz
coisa julgada em relação a terceiros.’
Nesse sentido, já está consolidada a jurisprudência desta Corte,
nos termos do enunciado n.º 268, litteris:
‘O fiador que não integrou a relação processual na ação de
despejo não responde pela execução do julgado.’
Compulsando os precedentes que deram origem ao enunciado da
Súmula 268, verifica-se que, ainda que cientificado da ação de despejo,
o fiador não pode ser executado se não foi citado como parte na
sentença condenatória. (…)
Nessa linha, a execução de fiador que não participou da relação
processual, da qual decorre o título judicial executado, caracteriza
frontal ofensa ao artigo 472 do Código de Processo Civil de 1973, bem
assim aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla
defesa.
O fato de o fiador recorrente ser o representante legal da empresa
locatária, tendo respondido a ação de conhecimento naquela qualidade,
não supre a nulidade do título executivo em face da pessoa física, que
não se confunde com a pessoa jurídica que representa.
Diante do exposto, nos termos do art. 255, § 4º, III, do RISTJ,
dou provimento ao recurso especial para acolher a exceção de pré-
executividade, julgando extinta a execução em face de IVAN PRADO
FERNANDES, em razão de ilegitimidade passiva. A recorrida fica
condenada ao pagamento de honorários advocatícios fixados em 10%
sobre o valor da execução” (fls. 210-212).

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Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.

3. O presente agravo está prejudicado por perda superveniente do


objeto.

4. O Superior Tribunal de Justiça certificou o trânsito em julgado da


decisão em 23.2.2017 (fl. 216). Operou-se, portanto, a substituição do
julgado nos termos do art. 1.008 do Código de Processo Civil. Assim, por
exemplo:
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO
PREJUDICADO EM VIRTUDE DE PROVIMENTO DO
RECURSO ESPECIAL. PERDA DE OBJETO. O Superior Tribunal
de Justiça, em decisão transitada em julgado, deu provimento ao
recurso especial, determinando o retorno dos autos à origem, para que
o tribunal a quo aprecie eventual ocorrência de prescrição da ação,
considerado o prazo de cinco anos do recebimento das restituições.
Recurso extraordinário prejudicado, por perda de seu objeto. Agravo
regimental a que se nega provimento” (AI n. 651.966-AgR, Relator o
Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 17.9.2012).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO


EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CAUTELAR
DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS. PEDIDO DE INTIMAÇÃO
ESPECÍFICA. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO PREJUDICADO: PERDA
SUPERVENIENTE DE OBJETO. ART. 512 DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL
AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Atendida a pretensão
recursal no julgamento do recurso especial, é de ser reconhecido o
prejuízo do recurso com o mesmo objeto” (RE n. 662.773-AgR, de
minha relatoria, Primeira Turma, DJe 25.4.2012).

“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO


COM AGRAVO. PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO.

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AGRAVO PREJUDICADO. I - A pretensão deduzida no recurso


extraordinário perdeu seu objeto, prejudicando, pois, o recurso de
agravo nele interposto. II – Agravo regimental improvido” (ARE n.
639.404-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski,
Segunda Turma, DJe 10.2.2012).

Atendida a pretensão do Agravante pelo Superior Tribunal de


Justiça, prejudicado o recurso extraordinário com agravo.

5. Pelo exposto, julgo prejudicado o presente recurso extraordinário


com agravo por perda do objeto (art. 13, inc. V, al. c, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.

Brasília, 5 de abril de 2017.

Ministra CÁRMEN LÚCIA


Presidente

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