ENTENDENDO

A RESPONSABILIDADE
DO CHAMADO DE DEUS
Israel Leal

FORTES
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 ENTENDENDO A RESPONSABILIDADE
DO CHAMADO DE DEUS
TEXTO BASE: MATEUS 25:14-30

Chegamos ao auge da “Geração Y”, aquela que

cresceu escutando e aprendendo que deveria
acumular o máximo de conhecimento para
conseguir um grande emprego numa mul nacional
que lhe garan ria um salário alto e a felicidade
plena. Nós estudamos, garan mos as melhores
notas, entramos numa universidade e a concluímos
com mérito. Alcançamos o emprego desejado e
com ele veio o dinheiro. Porém, algo faltou.
Ninguém nos ensinou a sermos felizes de verdade
e, mesmo com tantos elogios e talvez uma conta
gorda no banco, há um sen mento de frustração
no meio desta geração.

E este sen mento está causando um fenômeno

nada agradável aos olhos da sociedade e muito
perigoso para quem o pra ca. A crise da realização
está levando jovens a fugirem das
responsabilidades a eles atribuídas. A fuga é o
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caminho que estes jovens estão tomando para
fugir das responsabilidades e para buscar a rota da
felicidade. Todos conhecemos exemplos de jovens
que largaram carreira, emprego, família e uma
certa estabilidade para aventurar-se com uma
mochila nas costas mundo afora. Gente que cursou
uma faculdade cara e ou bem conceituada,
alcançou os melhores cargos nas melhores
empresas, mas simplesmente não sen ram-se
felizes.

Entendo que este é um fenômeno que começou

lá de trás quando a an ga geração passou esse
fardo de “ser alguém” no mundo pós-moderno. É
um fardo que foi passado a uma geração preparada
para os resultados, mas não para a felicidade. E
essa situação, que cada vez lota mais as agendas
dos psicólogos só tende se tornar mais frequente
com a chegada da Geração Z ao mercado de
trabalho.

Só que um outro fenômeno de fuga vem sendo

percebido na mesma geração, quando observamos

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a juventude cristã contemporânea. Assim como
Jonas fugiu do chamado para anunciar a Nínive o
julgamento de Deus, muitos jovens estão
ignorando a responsabilidade do chamado do
Senhor para suas vidas, tentando calar a voz do
Senhor em seus corações.

Neste caso, a responsabilidade é dada pelo

próprio Senhor dos senhores que nos mostra o
caminho a seguir. Mas com medo do desconhecido
ou tendo em vista a realização dos planos que na
nossa mente nos leva à plena felicidade, vamos
driblando e seguindo o caminho contrário da
vontade de Deus para as nossas vidas.

E o que entendemos como “chamado de Deus”

e a responsabilidade que temos para com este
chamado? Veremos a seguir:

Chamado para assumir o Caráter Cristão

Em Mateus 28:19-20 há um chamado universal.

A ordem é sair e espalhar as boas novas de salvação

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por todo o mundo. Pregar o evangelho é uma tarefa
incondicional daqueles que se dizem discípulos de
Cristo e deve ser feita para abreviar a volta do
Senhor Jesus. Coisa que deve ser ansiada por nós e
que nos levará à nossa verdadeira casa.

Mas Deus nos chama também para adquirirmos

o caráter de Cristo. A pergunta “O que faria Jesus no
meu lugar?” ques onamento que se tornou
famoso após o best-seller de Charles Sheldon “Em
seus passos, o que faria Jesus”, de 1986, na verdade
deve ser uma constante reflexão do Cristão. “Sede
meus imitadores como também sou de Cristo”,
como disse Paulo aos Corintos (1CO 1:11) é
premissa para uma vida cristã desejosa pelo Senhor
para todos aos que se in tulam seus filhos. Na
epístola à igreja de Colossos, Paulo con nua a
instruir para que o povo assuma um caráter cristão
por completo, sendo guiados pela Palavra de Deus
e que tudo – palavras ou ações – seja feito em nome
do Senhor Jesus com ações de graças ao pai (Ver
Colossenses 3:15-17).

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 Assumir o caráter cristão e, até mesmo como
consequência, pregar a salvação em Cristo Jesus,
são os chamados que TODOS nós temos, sem
exceção. Temos um manual de instruções (a Bíblia)
que contém as regras morais a seguir em todas as
nossas a tudes para que, de fato, sejamos cristãos
por completo. Desta forma, seja qual for o
direcionamento que tomamos para nossas vidas
pessoais ou profissionais, somos chamados para,
onde es vermos, fazendo o que for, proclamarmos
a nossa fé a fim de que outros venham conhecer ao
único Deus através de nossas vidas. É como
podemos observar como o ins nto no reino
animal. Se somos seguidores de Cristo o evangelho
dEle deve ser o norte para nosso comportamento.

Chamados específicos

Há sim um plano divino especial e específico

para cada um de nós. Assim como na parábola dos
Talentos, onde um senhor distribuiu valores
diferentes com seus servos para que eles
cuidassem e mul plicassem daquilo que lhes foi

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dado, Deus deu responsabilidades diferentes para
cada um de nós e cobrará de nós por essas
responsabilidades dadas.

Em 1 Corín os 12:4-11, há a explicação sobre os

dons do Espírito dados a todo po de pessoa e, ao
mesmo tempo, é dito que “a cada cristão é dado
algo a fazer, que mostre como Deus é: todos
ganham, todos são beneficiados” (MSG). Deus nos
capacita com seus dons espirituais para fazermos
aquilo que Ele escolheu para que fizéssemos! Seja
pregar nos países onde o Estado Islâmico esteja
degolando Cristãos, seja para pra carmos a
misericórdia em nossa comunidade, ou seja para se
manter em oração constante por nossos amigos e
familiares, Deus está te capacitando pra isto e vai te
cobrar por isso. Na parábola dos Talentos, o senhor
deu a cada um valores diferentes, e cobrou a todos
da mesma forma. Mesmo aquele que pouco
recebeu e que achava que não deveria dar
importância à responsabilidade pela pouca parte
que foi lhe dada, a esse o seu senhor cobrou e o
puniu por ter sido negligente!

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 Não existe aquele que não foi chamado por
Deus para nada. Todos temos um chamado. Não
seremos todos pastores, não seremos todos
missionários, não seremos todos ministros de
louvor, porém Deus tem chamado a cada um e
dado a cada um dons para serem u lizados de
alguma forma. Busque a Deus em oração e em sua
Palavra e procure entender o que Ele quer de você!

Atendendo ao chamado

Infelizmente, vivemos a era dos “esquenta-

banco de igreja”, onde jovens, adultos e idosos,
agraciados por Deus com dons extremamente
poderosos, preferem ficar sentados, sugando das
mensagens e canções, e deixam de cumprir o
chamado. Talvez falte sensibilidade ao Cristão para
buscar a vontade de Deus para suas vidas. E, talvez,
quando buscam e conhecem essa vontade, falta
coragem para seguir o caminho ordenado pelo
Senhor.

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 Vejamos, a seguir, como alguns personagens
bíblicos encararam o chamado de Deus para suas
vidas:

Lá em Gênesis (Capítulo 12, versículos de 1 a 9)

o Senhor Eterno chamou seu servo Abraão para sair
do conforto de sua casa, da companhia de seus
amigos e familiares para ir até uma terra
desconhecida onde dele seria gerada uma grande
nação. Em momento algum a Bíblia relatou recusa
ou esquiva de Abraão. E no seguimento da história
sabemos que ali teria início a história do Povo de
Israel. Abraão, sem ques onar, foi para onde o
Senhor mandou e ali, mesmo imperfeito como ele
era (um medroso e men roso, como a sua história
é descrita na bíblia), cumpriu a sua parte no que
Deus nha proposto.

Com Moisés foi um pouco mais complicado.

Deus o chamou e ele relutou por achar que não era
capacitado para cumprir a missão. Primeiro, ele
u lizou a incredulidade do povo e do Faraó como
desculpas e Deus o capacitou para realizar atos

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milagrosos, como transformar água em sangue, e a
vara numa serpente, para que os outros cresses
que ele estava falando por parte do Todo Poderoso.
Mas não foi suficiente, o livro de Êxodo mostra que
Moisés usou de seu problema com a gagueira para
tentar convencer a Deus que não era apto para a
Missão. Deus diz mais uma vez a Moisés que Ele
cuidaria disso (Ex 4:11-12), mas novamente o
homem falha em escutar o Senhor. E, no verso 13
do capítulo 4, Moisés diz “Ah! Por favor, Senhor,
manda outra pessoa!” (MSG). Deus então levantou
Arão, um ajudador e não um subs tuto. Ou seja, o
Comandante deu todas as condições para o
Soldado cumprir a missão.

Deus nos dá todas as condições necessária para

o cumprimento do chamado. E nós, com nosso ego
pecaminoso não enxergamos estas soluções e não
aceitamos a providência de Deus. E isso é muito
sério, pois, quando par mos para a história de
Jonas, a coisa se complica ainda mais, gerando
duras consequências ao protagonistas.

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 Jonas era um profeta que já nha uma certa
in midade com Deus (2 Reis 14:25), mas, ao ser
chamado para anunciar a destruição de uma
cidade, Nínive, ele foi de contra a vontade do
Senhor, literalmente, pegando um navio que
navegara para o lado oposto do des no a ele
ordenado. Estudando o livro de Jonas, vemos que o
próprio profeta diz que não queria cumprir esta
missão porque sabia que, no final das contas o
Amor de Deus salvaria a cidade. Porém, ele
esqueceu que nós somos usados como agentes do
Pai de Amor para que os homens se arrependam de
seus maus caminhos. Por tomar tal a tude, vemos
uma das mais fantás cas e assustadoras
consequências de quem não cumpriu o chamado
do Senhor. Após ser jogado no mar revolto de uma
tempestade, Jonas é engolido por um peixe gigante
e, naquele lugar, escuro, frio e assustador, pela
misericórdia do Senhor, Jonas é tratado e
reconhece seu erro.

Os propósitos de Deus são soberanos em

nossas vidas. Se não queremos cumpri-lo, o Senhor

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vai criar mecanismos para que entendamos o que
Ele quer e de que forma Ele quer. Cabe a cada um de
nós estarmos com os ouvidos atentos e com os
corações abertos para aceitar esse chamado antes
que sejamos jogados dentro da barriga de um peixe
para então, decidirmos fazer a vontade de Deus. E a
vontade de Deus é soberana. Por mais que não
aceitemos e lutemos contra essa vontade divina, é
a palavra dEle que sempre se sobressairá. A nós,
podemos escolher cumprir esta missão passando
ou não pela escuridão que Jonas enfrentou no
estômago do animal.

Da mesma forma acontece quando nossos

planos e sonhos nos empacam de realizar a
vontade divina. Quando decidimos buscar uma
vida bem estruturada financeiramente, com o
status que a sociedade quer de nós e ao mesmo
tempo sabemos que Deus está nos cobrando algo
bem específico, estamos negligenciando a Sua
vontade. Não se iluda com a possibilidade de deixar
de lado a voz do Senhor para manter sua vida
bacana. A voz de Deus no seu coração nunca se

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calará e você viverá uma vida de inquietude,
sabendo sempre que há um dever a ser cumprido.
Lembre-se que, à frente do dinheiro, do status
social e até de seus sonhos, está a vontade de Deus.
“Buscai pois o reino de Deus e sua Jus ça e as
demais coisas vos serão acrescentadas” (Mateus
6:33).

A s s i m co m o p a ra o s d o i s s e r vo s q u e
mul plicaram os talentos, se você por em prá ca
dos dons que Deus te deu para cumprir o chamado,
você será exaltado e se alegrará com o seu senhor.
Porém, de acordo com o mesmo texto, para aquele
que recebeu seus talentos, mesmo que sejam
poucos e aos olhos do mundo insignificantes, e não
os mul plicou como era vontade do seu senhor,
este será chamado de inú l e o seu des no é o
esquecimento.

Finalizo convidando-os a orar, meditar na

palavra de Deus e, se necessário, jejuar, para buscar
entender do Senhor qual a missão que Ele quer que
você cumpra aqui neste mundo. E quando

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descobrir, enfrente as barreiras externas e suas
próprias limitações, sen ndo-se sempre honrado
por ser chamado para trabalhar pelo Rei dos Reis.
Lembre-se que “Deus não nos deu espírito de
covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio” (2
Timóteo 1:7)

Que o Senhor te abençoe e te mostre o caminho

a seguir.

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