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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Conceitos Introdutórios da Lei de Migração (Lei nº 13.445 de 24 de Maio de 2017)�����������������������������������2
Objetivo da Lei�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Revogação do Estatuto do Estrangeiro���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Terminologia����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Princípio da Nova Política Migratória Brasileira����������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Direitos do Imigrante��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Conceitos Introdutórios da Lei de Migração


(Lei nº 13.445 de 24 de Maio de 2017)
Objetivo da Lei
A Lei de Migração, Lei 13.445, de 24 de maio de 2017, constitui importante avanço na política mi-
gratória brasileira. Sua edição decorre diretamente do processo conhecido como globalização, que
estreitou os laços da comunidade mundial e recomenda, cada vez mais, a diminuição das barreiras
entre os Estados Soberanos.
Sua adoção pelo Direito brasileiro parte da mudança de paradigma: enquanto o antigo Estatuto
do Estrangeiro tratava o estrangeiro como o outro, a Lei de Migração passa a tratar o agora denomi-
nado genericamente migrante como um sujeito de direitos, ou um de nós.
O objetivo da Lei de Migração é estabelecer os princípios e as diretrizes para as políticas públicas
de imigração e emigração, regulamento a entrada e a saída do país, além dos documentos de viagem
e condições de nacionalização.
É importante deixar registrado, de pronto, que os direitos descritos na Lei são meramente exempli-
ficativos, e de forma alguma prejudicam a aplicação de normas internas ou internacionais específicas e
mais abrangentes sobre refugiados, asilados, agentes e pessoal diplomático ou consular, funcionários de
organizações internacionais e seus familiares. Como registra o Art. 111 da Lei de Migração, essa Lei não
prejudica direitos e obrigações estabelecidos por tratados vigentes no Brasil e que sejam mais venéficos ao
migrante e ao visitante, em particular os tratados firmados no âmbito do Mercosul.
Também a Lei deixa claro que deve haver uma tolerância das autoridades brasileiras quanto ao
uso do idioma do residente fronteiriço e do imigrante, quando eles se dirigirem a órgãos ou reparti-
ções públicas para reclamar ou reivindicar direitos.
Essa lei, ademais, permite a cobrança de taxas e emolumentos, de acordo com tabela própria, que
poderão ser ajustados para preservar o interesse nacional ou para assegurar a reciprocidade de tratamento.
Registre-se, contudo, que não serão cobrados emolumentos consulares pela concessão de:
I – vistos diplomáticos, oficiais e de cortesia; e
II – vistos em passaportes diplomáticos, oficiais ou de serviço, ou equivalentes, mediante reciprocidade
de tratamento a titulares de documento de viagem similar brasileiro.
Também não serão cobrados taxas e emolumentos consulares pela concessão de vistos ou para
a obtenção de documentos para regularização migratória aos integrantes de grupos vulneráveis e
indivíduos em condição de hipossuficiência econômica.
É importante registrar que a Lei estabelece a necessidade de um regulamento para tratar de
diversas questões que deixa em aberto.
Por fim, ainda em momento introdutório, embora previsto no Art. 122 da Lei de Migração,
convém lembrar que as garantias e os direitos trazidos pela Lei de Migração não impedem o tra-
tamento mais favorável assegurado por tratado em que a República Federativa do Brasil seja parte,
determinando-se expressamente que ninguém será privado de sua liberdade por razões migratórias,
exceto nos casos previstos em Lei.

Revogação do Estatuto do Estrangeiro


A nova política instituída pela Lei da Migração passa, necessariamente, pela revogação da política
que a antecedia. Assim, a Lei revogou expressamente tanto o Estatuto do Estrangeiro (Lei 6.815, de
19 de agosto de 1980), quando a lei que regulava a aquisição, a perda e a reaquisição da nacionalidade,
e a perda dos direitos políticos, trata-se da Lei 818, de 18 de setembro de 1949.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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É pertinente registrar, ainda, que a Lei de Migração entra em vigor decorridos 180 dias da publi-
cação no diário oficial, que se deu em 25 de maio de 2017.

Terminologia
A Lei de Migração tem um rol explicativo dos termos por ela utilizados para facilitar sua leitura
e interpretação. Dos principais termos relacionados à temática da lei, um deles foi vetado pelo Presi-
dente da República, por reputá-lo demasiadamente extensivo. Trata-se do termo migrante. Embora
não definido expressamente pela lei, pode-se considerar migrante todo aquele se desloca de país
ou região geográfica ao território de outro país ou região geográfica. Deve-se, portanto, considerar
migrante como gênero, do qual são espécies o imigrante e o emigrante.
˃˃ Imigrante é a pessoa nacional de outro país ou apátrida que trabalha ou reside e se estabelece
temporária ou definitivamente no Brasil. Imigrante é o termo atualmente utilizado para substi-
tuir a ideia de estrangeiro.
˃˃ Emigrante, de outro lado, é o brasileiro que se estabelece temporária ou definitivamente no
exterior. É o nacional que deixa o país.
˃˃ A lei ainda traz outras três definições importantes:
˃˃ Residente fronteiriço: pessoa nacional de país limítrofe ou apátrida que conserva a sua residên-
cia habitual em município fronteiriço de país vizinho. É o caso dos moradores daquelas cidades
que fazem fronteira com Brasil, como é o caso de Puerto Iguaçu na Argentina, que faz fronteira
com Foz do Iguaçu, no Paraná, ou a cidade de Pedro Juan Caballero, que está separada por uma
rua da cidade de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul.
˃˃ Visitante: é toda pessoa nacional de outro país ou apátrida que vem ao Brasil para estadas de
curta duração, sem pretensão de se estabelecer temporária ou definitivamente no Território
Nacional. É a ideia do turista.
Por fim, é relevante a definição do apátrida: pessoa que não seja considerada nacional por
nenhum Estado, segundo sua legislação, nos termos da Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas,
de 1954, promulgada no Brasil pelo Decreto 4.246, de 22 de maio de 2002, ou pessoa assim reconhe-
cida pelo Estado brasileiro.

Princípio da Nova Política Migratória Brasileira


Uma das principais novidades da Lei de Migração é o estabelecimento de uma política migrató-
ria que tenha clara a ideia de que o migrante é um sujeito de direito, e não um inimigo.
Nesse sentido, o Art. 3º da Lei 13.445/2017 traz como princípios da política migratória brasileira
os seguintes:
I – universalidade, indivisibilidade e interdependência dos direitos humanos;
II – repúdio e prevenção à xenofobia, ao racismo e a quaisquer formas de discriminação;
III – não criminalização da migração;
IV – não discriminação em razão dos critérios ou dos procedimentos pelos quais a pessoa foi admitida
em território nacional;
V – promoção de entrada regular e de regularização documental;
VI – acolhida humanitária;
VII – desenvolvimento econômico, turístico, social, cultural, esportivo, científico e tecnológico do Brasil;
VIII – garantia do direito à reunião familiar;
IX – igualdade de tratamento e de oportunidade ao migrante e a seus familiares;
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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X – inclusão social, laboral e produtiva do migrante por meio de políticas públicas;


XI – acesso igualitário e livre do migrante a serviços, programas e benefícios sociais, bens públicos,
educação, assistência jurídica integral pública, trabalho, moradia, serviço bancário e seguridade social;
XII – promoção e difusão de direitos, liberdades, garantias e obrigações do migrante;
XIII – diálogo social na formulação, na execução e na avaliação de políticas migratórias e promoção da
participação cidadã do migrante;
XIV – fortalecimento da integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina,
mediante constituição de espaços de cidadania e de livre circulação de pessoas;
XV – cooperação internacional com Estados de origem, de trânsito e de destino de movimentos migrató-
rios, a fim de garantir efetiva proteção aos direitos humanos do migrante;
XVI – integração e desenvolvimento das regiões de fronteira e articulação de políticas públicas regionais
capazes de garantir efetividade aos direitos do residente fronteiriço;
XVII – proteção integral e atenção ao superior interesse da criança e do adolescente migrante;
XVIII – observância ao disposto em tratado;
XIX – proteção ao brasileiro no exterior;
XX – migração e desenvolvimento humano no local de origem, como direitos inalienáveis de todas as pessoas;
XXI – promoção do reconhecimento acadêmico e do exercício profissional no Brasil, nos termos da lei; e
XXII – repúdio a práticas de expulsão ou de deportação coletivas.

Direitos do Imigrante
Seguindo as diretrizes criadas pela própria lei no Art. 3º, o Art. 4º estabelece de maneira inova-
dora um rol extenso de direitos e garantais mínimas que devem ser asseguradas ao migrante em Ter-
ritório Nacional. Registrando, inicialmente, que independentemente de sua condição de migrante,
concorrerá em condição de igualdade com os nacionais, sendo-lhes assegurada a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, além dos seguintes:
I – direitos e liberdades civis, sociais, culturais e econômicos;
II – direito à liberdade de circulação em território nacional;
III – direito à reunião familiar do migrante com seu cônjuge ou companheiro e seus filhos, familiares e
dependentes;
IV – medidas de proteção a vítimas e testemunhas de crimes e de violações de direitos;
V – direito de transferir recursos decorrentes de sua renda e economias pessoais a outro país, observada
a legislação aplicável;
VI – direito de reunião para fins pacíficos;
VII – direito de associação, inclusive sindical, para fins lícitos;
VIII – acesso a serviços públicos de saúde e de assistência social e à previdência social, nos termos da lei,
sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória;
IX – amplo acesso à justiça e à assistência jurídica integral gratuita aos que comprovarem insuficiência
de recursos;
X – direito à educação pública, vedada a discriminação em razão da nacionalidade e da condição mi-
gratória;
XI – garantia de cumprimento de obrigações legais e contratuais trabalhistas e de aplicação das normas
de proteção ao trabalhador, sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória;
XII – isenção das taxas de que trata esta Lei, mediante declaração de hipossuficiência econômica, na
forma de regulamento;
XIII – direito de acesso à informação e garantia de confidencialidade quanto aos dados pessoais do
migrante, nos termos da Lei no 12.527, de 18 de novembro de 2011;
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XIV – direito a abertura de conta bancária;


XV – direito de sair, de permanecer e de reingressar em território nacional, mesmo enquanto pendente
pedido de autorização de residência, de prorrogação de estada ou de transformação de visto em autori-
zação de residência; e
XVI – direito do imigrante de ser informado sobre as garantias que lhe são asseguradas para fins de
regularização migratória.
É conveniente registrar que esses direitos são um rol mínimo entre os assegurados aos migran-
tes, devendo ser exercidos sempre em observância aos princípios e regras previstos na Constituição
Federal, independentemente da situação migratória, não excluindo demais direitos decorrentes de
leis brasileiras ou tratados de que o Brasil seja parte. Trata-se, portanto, de um rol mínimo e mera-
mente exemplificativo.
→→ Anotações:

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Exercícios
01. São garantidos aos migrantes os direitos exclusivamente previstos na Lei 13.445/2017.
Certo ( ) Errado ( )
02. Faz parte da nova política de migração brasileira a ampliação do rol de direitos específicos dos
migrantes.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - Errado
02 - Certo

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