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Aula 4
~ = N q d~
~ = Np
P
~ = ²0 E
D ~ +P
~
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O quanto o material se polariza na presença de um campo elétrico depende de suas
características intrínsecas e, em eletrostática, e para campos elétricos muito intensos, é
comum supor que a polarização varia linearmente com o campo, isto é,
~ = ²0 χE
P ~
~ = ²0 (1 + χ)E
D ~ = ²0 ²r E
~
Modelo de Drude-Lorentz
F E = qE 0 e −i ωt
~
~0 , já que ~
onde absorvemos a fase e i k.~r em E r é a posição da molécula que consideramos
fixa.
Esta força elétrica oscilante fará com que as cargas positivas e negativas da molécula os-
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cilem em sentidos contrário. Mas naturalmente entre elas há uma força atrativa interna
tentando restaurar a posição de equilíbrio. No modelo de Drude-Lorentz esta força é mo-
delada como a força restauradora de um oscilador harmônico. Este modelo é apropriado
por que, em estado de equilíbrio, as cargas devem estar em um minimo do potencial mo-
lecular, ou seja, onde sua primeira derivada é nula e a segunda positiva. Como sabemos de
mecânica clássica, nessas condições podemos analisar pequenas oscilações no entorno do
equilíbrio aproximando o sistema como um oscilador harmônico.
F l i g = −kx = −mω20 x
Finalmente, quando as cargas da molécula oscilarem no campo externo, elas serão ace-
leradas ou desaceleradas. Como veremos na sequência deste curso, cargas aceleradas emi-
tem radiação e, portanto, perdem energia. No modelo de Drude-Lorentz esta perda de
energia é representada por uma força de amortecimento.
dx
F amor t = −mγv = −mγ
dt
Com esses três ingredientes, podemos escrever a equação de movimento para “carga efe-
tiva” do dipolo molecular que está oscilando na presença do campo externo,
d 2x dx
m 2 = qE 0 e (−i ωt ) − γm − mω20 x
dt dt
onde x representa a separação entre as “cargas efetivas” positiva e negativa do dipolo. Di-
vidindo todos os termos por m e rearranjando, temos
d 2x dx q
+ γ + ω2
0 x = E 0 e −i ωt
dt2 dt m
£ 2 q
−ω − i γω + ω20 x 0 = E 0
¤
m
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ou
q/m
x0 = E0
ω20 − ω2 − i γω
Tendo a expressão para a variação temporal entre as cargas do dipolo, podemos determinar
o momento dipolar
q/m
p(t ) = q x(t ) ∴ p(t ) = E 0 e −i ωt
ω20 − ω2 − i γω
Supondo que todas as moléculas sejam de um só tipo e que sua densidade seja N , podemos
finalmente determinar a expressão do vetor polarização.
N q/m
P = Np P (t ) = E 0 e −i ωt
ω20 − ω2 − i γω
~ (t ) = ²0 χE
ou, escrevendo na forma vetorial, P ~ (t ), onde a susceptibilidade dependente da
frequência é definida como
ω2p N q2
χ(ω) = ; ω2p ≡
ω20 − ω2 − i γω m²0
ω2p
~ = ²0 ²r E
D ~; ²r = 1 + χ = 1 +
ω20 − ω2 − i γω
ω2p (ω20 − ω2 )
Re[²r ] = 1 +
(ω20 − ω2 )2 + γ2 ω2
²r = Re[²r ] + i I mg [²r ];
γω2p
I mg [²r ] =
(ω20 − ω2 )2 + γ2 ω2
Antes de prosseguir, vamos ver o efeito de ²r ser complexo na propagação de uma onda
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pelo meio. Recordando o que a equação de onda para o campo elétrico é
~
∂2 E
~ − µ²
∇2 E =0
∂t 2
~ (~
temos que a sua solução é dada por E ~0 e −i (~k·~r −ωt ) , onde
r ,t) = E
~ =0
¡ 2
k − µ²ω2 E k 2 = µ²ω2
¢
⇒
Mas agora, ² = ²0 ²r será complexo! Portanto, como no caso de propagação em meios con-
dutores, a constante de propagação será complexa, ou seja, escrevendo
~
k = k k̂
temos
e
s s 1/2
¶2
µ²Re[²r ] I mg [²r ]
µ
β=ω −1 + 1+
2 Re[²r ]
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pelo efeito Joule (~ ~ ) como nos condutores, mas sim pela perda de energia nos dipolos
j = σE
elementares oscilantes.
Por outro lado, a parte Re[²r ] vai determinar a velocidade de fase da onda se propagando
no meio, através do coeficiente α, isto é
ω
vf =
α
1 I mg [²r ] 2
· µ ¶ ¸
α ≈ ω µ²Re[²r ] 1 +
p
8 Re[²r ]
ou
1
vf ≈ p
µRe[²r ]
c
n=
vf
temos que
p
n∝ Re[²r ]
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Re@Εr D-1
Fazendo os gráficos de Re[²r ] − 1 e I mg [²r ] em função de ω, obtemos a figura a seguir
Ω0 Γ
Ω
Ω0 +
Γ 2
Ω0 -
2
ω2p ω0
I mg [²r ] = M =
ω20 γ
Então, na ressonância
p
· ³
1 p ´¸1/2
α|ω=ω0 = ω µ² 1+ 1+M 2
2
p
· ³
1 p ´¸1/2
β¯ ω=ω0 = ω µ0 ²0
¯
−1 + 1 + M 2
2
ω
Portanto, embora na ressonância Re[²r ] = 1, a velocidade de fase, v f = α não é igual a c,
mas é dada por
· ³
1 p ´¸−1/2
vf = c 1+ 1+M 2
2
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Por outro lado, notamos que nas regiões ω < ω0 −γ/2 e ω > ω0 +γ/2 a parte Re[²r ] cresce
com a frequência enquanto que, na região ω − γ/2 < ω < ω0 + γ/2, ela decresce com a
p
frequência. Como o índice de refração depende de Re[²r ], temos nas duas primeiras
regiões n cresce com ω enquanto que decresce coma frequência na região intermediária.
Portanto, supondo que um feixe de lux branca incidindo na interface do meio, vindo do
ar, com ângulo de incidência θ1 ,
temos que o ângulo de difração, sen θ2 = sen θ1 /n será menor para as componentes de
mas alta frequência da luz (ultravioleta) do para as de menor frequência (infravermelho).
Esta situação é denominada de dispersão convencional. Por outro lado, o inverso ocorre
com o intervalo ω0 − γ/2 < ω < ω0 + γ/2, que é denominada região de dispersão anômala.
Problemas:
B
µ ¶
∼
n = 1+ A 1+ 2 ; A e B constantes
λ