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O presente livro busca aprimorar o conceito de exclusão, explicitando a complexidade e contraditoriedade que

constituem o processo de exclusão social e sua possível transformação em inclusão social. Visa abordar o tema sob a
perspectiva ético-psicossociológica, baseada na dialética exclusão/inclusão, ampliando o conceito de exclusão que
passa a ser entendida como descompromisso político com o sofrimento do outro.

O binômio exclusão/inclusão manifestam-se no cotidiano como identidade, sociabilidade, afetividade, consciência e


inconsciência. É um processo sutil e dialético, pois só existe em relação à inclusão como parte constitutiva dela e que
envolve o homem por inteiro e suas relações com os outros.

O texto em pauta tem como objetivo apresentar as principais ideias sobre a noção de exclusão social a partir dos
anos 90. Atribui-se a René Lenoir a invenção desta noção em 1974 que foca a exclusão como um fenômeno não mais
individual, e sim social. Dentre suas causas destacava o rápido e desordenado processo de urbanização. Xiberras, em
1993, coloca que “excluídos são todos aqueles que são rejeitados de nossos mercados materiais ou simbólicos, de
nossos valores”.

Na década de 80 houve o declínio dos Welfare States iniciando novos tipos de relações entre economia, política e
sociedade. No momento em que o neoliberalismo torna-se hegemônico, constata-se uma crise do trabalho e do
sujeito, onde camadas da sociedade consideradas aptas ao trabalho e adaptadas à sociedade moderna não
encontram lugar no mercado, apontando para um aumento das desigualdades.

No caso brasileiro a situação possui componentes estruturais. Segundo Aldaíza Spozatti (1996), no Brasil a
discriminação é econômica, cultural e política, além de ética e caracteriza-se por exclusão social e não individual
(embora atinja as pessoas), pois impossibilita um conjunto significativo da população de poder partilhar o que leva à
vivência da privação, da recusa e do abandono e da expulsão, inclusive com violência. Incluindo pobreza,
discriminação, não equidade, não acessibilidade e não representação pública. A estigmatização da pobreza faz os
direitos serem transformados em favor das elites dominantes para os beneficiários das políticas públicas, ratificando
a exclusão.

A exclusão contemporânea é diferente das formas anteriores de discriminação e segregação, pois cria globalmente
uma massa de indivíduos desnecessários ao processo produtivo. A eles são atribuídos os males da sociedade:
despreparo para o emprego e a violência social, por exemplo. Assim, pobreza e exclusão no Brasil são faces da
mesma moeda.

O tema da exclusão social no Brasil não é recente. Porém, o processo de globalização vem dando novos contornos
para o conceito de marginalidade social. Nas décadas de 60 e 70 a exclusão era vista, por alguns autores, como uma
das consequências do processo migratório e da desadaptação dos novos habitantes urbanos. Outros colocavam o
fenômeno da pobreza urbana como uma cultura diferenciada do restante da sociedade. As populações marginais
aparecem como consequência da acumulação capitalista, um exército industrial de reserva singular.

Em 1978, a publicação de O mito da marginalidade apontou uma tendência já presente em outros trabalhos da
época: a marginalidade como consequência de um modelo de desenvolvimento que tem como característica básica
a exclusão de vastos setores da população de seu aparato produtivo principal.

Na década de 80, utilizando a obra de Milton Santos como expoente, chama-se a atenção para a importância do
componente territorial na exclusão. Explicita que não só os habitantes deveriam ter acesso aos bens e serviços
indispensáveis, mas que haja uma gestão adequada dos mesmos, assegurando os benefícios para a coletividade.
Aponta que o terceiro mundo tem “não cidadãos” porque se afunda na sociedade do consumo, da mercantilização e
na monetarização. Em lugar do cidadão surge o consumidor insatisfeito. Portanto o direito à acessibilidade e à
mobilidade seriam condições de cidadania.

Nos anos 90, um artigo apresentado por Atkinson coloca que o conceito de exclusão social é dinâmico. Onde os
indivíduos e grupos são excluídos das trocas sociais, das práticas componentes e dos direitos de integração social e
de identidade. A exclusão, portanto, vai além do desemprego, englobando os campos da habitação, educação, saúde
e a cesso a serviços, e portanto à não cidadania. Segundo Boaventura de Souza Santos, os primeiros, que respeitam
as diferenças, houve um movimento de reflexão e passou-se a entender que estar incluído é estar dentro do sistema
mesmo que desigualmente.

No Brasil com a obra de José de Souza Martins (1997) que faz a crítica à rotulação do termo exclusão que passa a ser
explicativo e responsável de tudo e por tudo. Aponta que as políticas econômicas atuais (neoliberais) acabam por
provocar não políticas de exclusão, mas de inclusão precária e marginal, ou seja, incluem pessoas nos processos
econômicos, na produção e circulação de bens e serviços estritamente em termos daquilo que é conveniente e
necessário a mais eficiente e barata reprodução do capital. Coloca ainda que a exclusão é estruturante do sistema
capitalista, que exclui para poder incluir de uma n ova forma. O que acontece hoje é que o hiato entre estes dois
momentos está se transformando num modo de vida que permanece. O excluído hoje é

aquele que além de estar em situação de carência material é aquele que não é reconhecido como sujeito, pois não
se reconhece a si como tal e, portanto não atua como tal.

Segundo Francisco de Oliveira há que se atentar para a exclusão social como face econômica do neoliberalismo
globalizado na América Latina e Brasil. A proteção estatal se transforma no custo Brasil, onde os direitos e conquistas
civilizatórias traduzidos em direitos sociais se transformam em fatores causais da miséria, pobreza, em obstáculo
para o desenvolvimento econômico e ausência de cidadania.

A Psicologia Social tenta compreender de que maneira pessoas ou grupos são objetos de uma distinção. A questão
central da maioria das pesquisas é o que faz com que as pessoas sejam levadas a aceitar a injustiça ou tolerar frente
àqueles que não são seus pares. É a desconsideração do outro como pessoa ou quando o laço de solidariedade é
rompido que se estabelece uma situação propícia para agredir o outro, fortalecida se a ordem emana de uma
posição de poder.

Nos anos 50, a teoria da personalidade autoritária, elaborada pela Escola de Frankfurt, conta com as tomadas de
posições racistas e antidemocráticas, ou seja, associa diferentes grupos de atitudes etnocêntricas a uma estrutura de
personalidade. A educação determinaria um estilo cognitivo que utilizaria clichês e estereótipos, generalizando-os

para todas as pessoas de uma mesma categoria, sem levar em conta as diferenças individuais, e que não se altera
com a presença de informações novas e contraditórias.

Os modelos psicodinâmicos apresentados ressaltam dois mediadores importantes no processo de exclusão: os


estereótipos e os preconceitos. Ambos operam a descrição e o julgamento das pessoas. O preconceito é um
julgamento positivo ou negativo, formulada respeito de algo ou pessoa. Os estereótipos, por sua vez, são
considerados como a simplificação dos pensamentos do senso comum.

Os preconceitos e os estereótipos alimentam-se do discurso social para servir às forças de poder na regulação das
relações entre grupos que se confrontam em situações sociais e políticas concretas. Os estereótipos de
deslegitimação visam excluir moralmente um grupo do campo de normas e de valores aceitáveis, por uma
desumanização que autoriza a expressão do desprezo e do medo e justifica as violências e penas que lhe infligimos.
A exclusão, portanto, se instaura e se mantém graças a uma construção da alteridade que se faz baseada nas
representações sociais que a comunicação social e mediática contribui para difundir.

A pobreza reveste-se de um status social desvalorizado e estigmatizado. Consequentemente há uma tendência ao


isolamento destes sujeitos, pois há uma tentativa de dissimular a inferioridade. Além disso, o sentimento de
humilhação impede a construção de um sentimento de pertinência a uma classe social.

Os indivíduos desclassificados socialmente fecham-se em si mesmos desestabilizando suas relações com os outros. A
fragilidade destas leva a uma dependência dos serviços sociais, pois estas parecem se encarregar dos problemas dos
indivíduos. A esta fase segue-se outra caracterizada pela ruptura dos vínculos sociais: elas saem das malhas da
proteção social, por terem acumulado fracassos demais, e deparam-se com situações de alto grau de marginalidade,
onde a miséria é sinônimo da dessocialização, e buscam o álcool e drogas. Isolam-se da família, que muitas vezes
também adota uma postura de separação deste elemento. Após interiorizarem sua condição marginal procuram
satisfazer suas necessidades imediatas.

A autora adota então a noção de desfiliação social (R. Castel) que visa analisar as situações colocando em evidência
seu caráter dinâmico e dialético. Assim os sujeitos que pertencem a categorias sociais ditas não favorecidas, acabam
por desenvolver formas de participação social.

Em Sartre, ressalta o momento de integração entre subjetividade, objetivação e dimensão temporal. É direcionado
constantemente para o futuro, é a afirmação do homem pela ação e ao mesmo tempo inclui lembranças da infância
e escolhas amadurecidas, sendo simultaneamente “uma bruma de irracionalidade”.

Na perspectiva psicanalista, o projeto se coloca como sintoma de normalidade, ou seja, para viver-se de um modo
normal é necessário fazer-se projetos e para tal é necessário negar a morte. E, porque a morte é imprevisível, é uma
ameaça real, o projeto deve assegurar uma satisfação que, fora dele, é inacessível e inalcançável.

Empregando as referências psicanalíticas, num projeto marcado por tendências heterônomas, sobressai a
reprodução, havendo uma prevalência da pulsão de morte, ataque aos vínculos sociais e um trabalho de destruição
e desgaste dos mesmos.

As pessoas que vivem em meios sociais desfavorecidos permanecem à margem das grandes dimensões institucionais
ou se beneficiam muito pouco delas. Há uma projeção para a esfera da subjetividade da inutilidade, que gera
sofrimento psíquico e que, por ter raiz social, deve ser considerado sofrimento social. Ele pode ser resultado de três
diferentes processos:

Não reconhecimento social que se traduz por uma representação de inutilidade na sociedade de produção;

Receio de perder a condição de trabalhador podendo passar a esta “esfera de inutilidade”;

Práticas de trabalhos que não levam a uma valorização social, mas a um desgaste do corpo.

O sofrimento não tem lugar institucional reconhecido pela proteção social, a não ser através da doença. Neste
sentido há um deslizamento do sofrimento social para oindividual, indicando que categorias institucionais ignoram
formas de mal estar que não estejam rotuladas como doença. Pode-se dizer que as instituições oferecem “projetos
doença” a estes indivíduos, que podem aceitá-los para ter legitimada a cidadania e certas condições de sobrevida,
colocando em ato um projeto de filiação social, que também é gerador de sofrimento na medida em que o faz a
partir de sua doença, de seu desfuncionamento.

Muitos conceitos científicos têm culpabilizado o sujeito por sua situação social e legitimado as relações de poder,
encarando a afetividade como empecilho para a apreensão do fenômeno social. Ela propõe que se encare a
afetividade como positiva, permitindo manter viva a capacidade de indignar-se diante da pobreza. Supera-se assim a
concepção de que a preocupação do obre é unicamente de sobrevivência e que não há justificativa para trabalhar se
a emoção quando se passa fome. A exclusão vista como sofrimento de diferentes qualidades recupera o indivíduo,
sem tirar a responsabilidade do Estado. É o indivíduo que sofre, mas a gênese deste sofrimento está nas
intersubjetividades delineadas socialmente.

Autores como Heller, Espinosa e Vigotsky concebem a emoção positivamente como constitutiva do pensamento e da
ação e que se constitui e se atualiza com os ingredientes fornecidos pelas diferentes manifestações históricas.

Apresenta um sistema de ideias onde o psicológico, o social e o político se entrelaçam e se revertem uns nos outros,
sendo todos eles fenômenos éticos e da ordem do valor.
Para Heller, dor é diferente de sofrimento. Dor é próprio da vida humana, emana do corpo. Sofrimento é a dor
mediada pelas injustiças sociais. A vergonha e a culpa são apresentadas como sentimentos morais, de forma que a
vergonha das pessoas e a exploração social constituem as duas faces de uma mesma questão.

Em Vigotsky, a emoção e o sofrimento não são entidades absolutas do nosso psiquismo, mas significados
construídos no cotidiano, que afetam o sistema psicológico pela mediação das intersubjetividades.

A expressão dialética exclusão/inclusão é no sentido de marcar que ambas não constituem categorias em si, mas que
são da mesma substância e formam um par indissociável que se constitui na própria relação. Este conceito processo,
que não indica essencialidade, mas movimento, só adquire sentido quando são ouvidos aqueles que estão incluídos
pela exclusão dos direitos humanos. A exclusão é, portanto, um processo complexo, configurado nas confluências
entre o pensar, sentir e o agir e as determinações sociais mediadas pela raça, classe, idade e gênero, num
movimento dialético. Segundo Kolberg, o desenvolvimento moral passa por seis estágios de obediência às normas
sociais: pelo medo do castigo, pela reciprocidade concreta, pelareciprocidade ideal, pela reciprocidade mediada pelo
sistema, pela orientação legalista de contratos e pelo respeito aos princípios éticos universais. Segundo a autora não
é preciso atingir um patamar mais alto de conforto material para pensar e agir eticamente. Propõe duas estratégias
de enfrentamento da exclusão: a de responsabilidade do poder público e a que cabe a cada um de nós. Introduzir
também que a afetividade na análise e na prática de enfrentamento da exclusão é colocar a felicidade como critério
de definição de cidadania e do cuidado que a sociedade e o Estado têm para com o seu cidadão, promovendo o
enfraquecimento da política e das ações na esfera pública e aprisionando os homens em egos escravizados pela
tirania e narcisismo da intimidade.

A busca da identidade é uma das prioridades da modernidade. Ela é referência de liberdade, felicidade e cidadania e
resgata a individualidade como valor central e com ela a multiplicidade. Segundo, Ianni, identidades locais são
recriadas a partir de características como raça, religião, etnia, para se refugiar da globalização homogeneizadora. Por
outro lado o individualismo que impera em nossa época pode ser o motivador deste resgate da identidade,
alimentando o descompromisso social (cultura do narcisismo ou do mínimo eu). Este individualismo massificador
carrega uma contradição: a necessidade de se padronizar para pertencer a um grupo e de ao mesmo tempo se
destacar como único.

Souza Santos situa a identidade como um processo de construção de um modo de ser e de estar no confronto entre
igualdade e diferença, que nega o individualismo e abre espaço para o sujeito ao coletivo. A busca pela identidade
quer para negá-la, reforçá-la ou construí-la é parte do confronto do poder na dialética da inclusão/exclusão e sua
construção ocorre pela negação dos direitos e pela afirmação de privilégios. Ela é a qualidade que permite
reconhecer e ser reconhecido pela alteridade sem ser discriminado ou discriminar, garantindo a diversidade e a
autonomia como realização bem sucedida do projeto reflexivo do eu, condição de se relacionar com as pessoas de
modo igualitário.

A autora aponta a questão do trabalho infantil e de adolescentes como uma violência que persiste desde a época
colonial até hoje, e, que reflete a ausência do debate sobre igualdade e justiça dentro das políticas públicas
apontando muito mais para discussões a respeito de punições mais drásticas do que pela exigência do cumprimento
da lei. As escolas acabam por expulsá-las após anos de repetidos fracassos ficando, desde cedo, excluídas de um dos
direitos da cidadania que é a educação. A experiência é partilhada por ricos e pobres, mas vivida sob condições de
extremada diferença; os objetos de desejo sejam eles bens materiais ou poder e prestígio não estão ao alcance de
todos, embora sejam universalmente exibidos. A visibilidade e a exposição são signos da cidade e seus habitantes
sentem as contradições e os aspectos visíveis da desigualdade. O desconhecimento sobre a cidade e seus habitantes
engendra percepções que podem estar na origem das imagens carregadas de preconceitos, fixadas pelas mensagens
estereotipadas da associação da pobreza com a violência, divulgadas pela mídia. Reconhecendo o diferente como
desigual, e logicamente como inferior. O desconhecimento leva ao medo e a características desabonadoras, de
traços de caráter indesejáveis, de um potencial de violência que os torna pouco humanos.
Os jovens por estarem numa idade de maior demanda, quando não encontram na escola, família e nos bairros as
respostas às suas insatisfações vão procurá-las nas ruas, espaço desestruturado onde encontram diversão, mas cheio
de perigos. Em 1995, 2137 jovens foram assassinados, o que configura um extermínio. Seu perfil era de pertencer às
camadas mais pauperizadas da população e não se encontravam em situação de abandono nem tampouco
envolvidos com práticas ilegais. Enquanto a mídia se ocupa em “explicitar” quem são estes jovens usando
estereótipos e preconceitos (as vítimas são suspeitas), a maior parte dos autores destes crimes permanece impune.
É o valor que tem a vida de crianças e adolescentes pobres – que ao não terem o direito de terem sua morte
investigada estão mais uma vez excluídos da cidadania. A mensagem que está posta é que existem mortos dignos e
indignos. Assim os meios de comunicação não se limitam a informar: tomam partido, julgam e condenam, usando
códigos estereotipados que só fazem aumentar o medo. Trata-se de caracterizar toda uma população como perigosa
e indigna de confiança, culpabilizando os pobres pela violência urbana.

Para entender a exclusão nos dias de hoje é necessário identificar alguns determinantes históricos bem como
analisar as relações dos indivíduos entre si e com a sociedade, numa perspectiva histórico-crítica. Para que esta
situação de exclusão se mantenha hegemônica na sociedade alguns aspectos ideológicos são fundamentais: a
competitividade e a culpabilizaç ão.

A competitividade é condição sine qua non para o progresso e desenvolvimento. É o confronto entre interesses
diferentes ou contrários que faz com que as pessoas lutem, trabalhem e se esforcem para conseguir melhorar seu
bem estar, sua qualidade de vida e sua ascensão econômica. Percebe-se que a competitividade exige a exclusão de
alguns e o privilégio de outros. Encontramos processos de individualização do trabalho, superexploração dos
trabalhadores, exclusão social, e uma integração perversa. Assim, na atual conjuntura, a exclusão acarreta um clima
de indiferença anti solidária e a “fabricação” de uma multidão de seres humanos empobrecidos e descartáveis.

Segundo Bourdieu, o que está em jogo hoje é a reconquista da democracia contra a tecnocracia, que não quer
negociar e sim explicar. A estratégia da culpabilização tem como uma de suas consequências à atribuição do sucesso
e do fracasso exclusivamente a pessoas particulares, deixando-se de lado as causalidades histórico-sociais. Há uma
individualização do social e um endeusamento do individual, impedindo o sujeito de pedir ou até de pensar em
responsabilidade global da humanidade pelas consequências das ações coletivas.

Outro ponto levantado pelo autor trata-se da visão sobre o saber popular. Parte da academia acredita que este
saber deve ser purificado e substituído pelo saber científico. Outra posição é a de, através da comunicação,
transformar as pessoas numa multidão de cientistas. Segundo Souza Santos, não reconhecer estas formas de
conhecimento alternativo, gerado por práticas sociais alternativas, implica em deslegitimar as práticas sociais que as
sustentam e, neste sentido, promover a exclusão social.

O autor conclui colocando que enquanto estas práticas de exclusão forem hegemônicas e os saberes populares
forem impedidos de se legitimarem, dificilmente poderá se falar de uma sociedade verdadeiramente democrática e
pluralista tanto política como cultural e economicamente.

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