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Pilares

Como se sabe, o pilar é uma barra submetida predominantemente a


compressão axial. Em alguns casos, entretanto, os pilares podem ficar
submetidos, além do esforço de compressão axial, ao esforço de flexão,
como em pórticos, ou quando incidem sobre eles forças horizontais, como
o vento ou a frenagem de veículos.

c = compressão axial
M = momento fletor
Q = força cortante

Comportamento
Em princípio, um pilar de concreto, submetido apenas ao esforço de
compressão, não necessitaria de armação, já que o concreto resiste bem à
compressão. Usa-se armação no pilar para aliviar as tensões de compressão.
Com isso, as dimensões da seção do pilar podem ser diminuídas.
Os estribos, por sua vez, têm a função de evitar a flambagem das armações
longitudinais, comprimidas. Assim, quanto mais finas forem as barras
longitudinais, menos espaçados deverão ser os estribos.
A norma recomenda para espaçamento máximo entre estribos o valor de 12
vezes o diâmetro das barras longitudinais. Sabe-se que o fenômeno mais
problemático nos pilares é o da flambagem. A flambagem é a perda da
estabilidade do pilar sob a ação de forças de compressão. Num pilar de
concreto armado, a flambagem depende da carga aplicada, do comprimento
não travado da barra e da forma da seção.

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CAPíTULO 2 - Sistemas estruturais de concreto armado

Para evitar a flambagem, cuidados especiais devem ser tomados em relação


ao travamento adequado e às dimensões da seção do pilar. O travamento de
um pilar deve ser feito pelas vigas ou, excepcionalmente, pela laje, o que
não é o mais indicado. Se em uma das direções não houver vigas, o
comprimento de flambagem nessa direção fica duplicado (fig. a).

h = comprimento de
flambagem nas
duas direções

vigas de travamento

(fig. a)

Como o comprimento influencia ao quadrado o efeito de flambagem (lembrar


fórmula de Euler para flambagem), especial atenção deve ser dada à espessura
do pilar, que deverá ser maior na direção menos travada (fig. b).

Pré-dimensionamento
O pré-dimensionamento de um pilar consiste em determinar a área de sua
seção transversal. A forma da seção - quadrada, retangular, circular ou
qualquer outra - é dada por exigências arquitetônicas ou por fatores
estruturais que serão vistos mais adiante.

Uso de fórmulas empíricas


- Para pilarescom menos de 4,0 m de alturalivre (nãotravadospor vigas ou por laje).
p
A = -- (cm2)
seçõc 100

- Para pilares com mais de 4,0 m de altura livre (não travados por vigas ou por laje).
p
A"ÇãO = 80 (cm 2), onde:

A"çoo = área necessária para a seção do pilar em em?

P = carga atuante no pilar

Para a determinação da carga atuante no pilar, usa-se o processo da área de


influência. Área de influência é a área de carga hipoteticamente depositada
em cada pilar.

197
CAPíTULO 2 - Sistemas estruturais de concreto armado

Para determiná-Ia, parte-se do fato de que dois pilares contíguos recebem,


cada um, uma parcela de carga proporcional à metade da distância entre
eles. Portanto, a área de influência é determinada pelos comprimentos
correspondentes à metade das distâncias entre os pilares, em ambas as
direções.

Pl P2 P3

Al i A2 i A3
! :

!-A4------
:
-----~ ,

-----------J
A5 I P4 !;;------------- -
I

I --A6---------- -------------------1
:
r i

P~ 1~'
3,0 m
1,5 :6~: 2,0 m
,y
4,0 m
2,0
P7+-
m_t-
A4 = (1,5 m + 2,0 m) x (1,5 m + 1,0 m) = 8,75 m2

Para determinar a carga que incide sobre os pilares, multiplicam-se suas


respectivas áreas de influência por uma carga hipoteticamente distribuída
sobre toda a área do edifício. Essa carga engloba as cargas de peso próprio,
as sobrecargas e as alvenarias. Os valores dessa carga são:
- Para piso = 800 kgf/m2
- Para cobertura = 600 kgf/m2
Os valores acima são as médias obtidas nas edificações, podendo ser
aumentados ou diminuídos em casos especiais, ou conforme nosso bom
senso recomendar. Quando o edifício for alto, a carga devida à área de
influência, em cada pavimento, deverá ser multiplicada pelos números de
pavimentos acima do pilar.
Resumindo, a determinação da carga em um pilar qualquer é dada por:
P = (A influência x q piso) x n +A influência x q cobertura, onde:
P = carga no pilar;
A influência = área de influência do pilar;
n = número de pavimentos;
q piso = 800 kgf/m2;
q cobertura = 600 kgf/m2

198
CAPíTULO 2 - Sistemas estruturais de concreto armado

Devem ser ainda respeitadas as dimensões mínimas da Norma:


, . h livre
b rrurumo = 25 '
ou seja, a menor dimensão da seção do pilar, numa direção, não poderá ser
inferior a 1/25 da altura livre do pilar naquela direção. Entende-se por altura
livre o comprimento não travado do pilar.

h livre no direção x __ (hlx)

h livre no direção y -- (hly)


b -~
1 - 25

b2=~
h livre na direção y __ (hly) 25

Uso de gráficos

Gráfico para carga nos pilares


105,----,-----,----~----.----,-----,-----,----,-----.---~
PILARES DE CONCRETO
(vários andares)
90 D --t----+----_t-----t-----::<
2'
o
75 ~ --t---A~==

60

30t_~_t,_~~~=--t-----+_----t_--_t----_r----~----+_--~

15t----+-----t------t-----+-----t----+--
r ~~~
d
C~'tl ~~.'b~~~

.;> b.~Cl b.~ b

L ~';p'b';"
NÚMERO DE ANDARES APOIADOS - N

o 5 10 15 20 25 35 40 45 50
CAPITULO 6 - Dimensionamento das seções estruturais

6.6. Dimensionamento de barras comprimidas


de concreto armado

o dimensionamento de peças de concreto será sempre feito considerando


concreto e aço trabalhando nos seus limites, o primeiro na ruptura e o segundo
no escoamento.
Suponha-se inicialmente a peça livre do fenômeno da flambagem. Neste
caso, apenas as tensões de compressão no concreto e na armação devem
ser controladas para não ultrapassar a tensão máxima de ruptura, no concreto,
e de escoamento, no aço.
A tensão de escoamento à compressão do aço é diferente daquela de tração.
A tensão de escoamento à compressão do aço é especificada pela sigla ''f'y''.
Para o aço CA-50 e CA-60, normalmente utilizados, tem-se f'y = 4.200kgf/cm2•

A tensão de ruptura do concreto é especificada pela sigla "fck ".

Suponha-se a situação apresentada na figura: um pilar de concreto armado


submetido a uma força de compressão N.

AI(área da armação)

r --,
A seçãoAA

U--AC(área de concreto)
A A

V AI (área da armação)

Em um problema como este, normalmente o que se procura é determinar a


área de armação necessária, Af, para que não se supere a compressão no
concreto e escoamento no aço.
Para considerar a seção trabalhando no limite..ou seja, compressão de ruptura
no concreto e escoamento no aço, a carga de trabalho deverá ser também
acrescida de um coeficiente de segurança, que aqui será tomado como 2;
assim, a carga de trabalho passará a se denominar carga de ruptura, NR.

NR = 2xN

264
CAPíTULO 6 - Dimensionamento das seções estruturais

Sabendo-se que tensão é força dividida-por uma área, tem-se:

-F
Jck---
_ NCR
e
f y---
_ Nae
Ac Af
Ónde NCR é a força de ruptura no concreto e Nae é a força de escoamento
no aço. Assim:
NCR = fck x Ac e Nae = f'y x Af

A força total que atua sobre o pilar de concreto armado será repartida entre
o concreto e o aço da armação.
NR = NCR + Nae

NR = fck x Ac + f' y x Af CD
Para facilitar os cálculos, será usada a relação entre áreas de aço e concreto,
que se denominará porcentagem de armação.
Af
p=-
Ac

Assim, dividindo a equação (0 por Ac tem-se:


--NR = fick x --Ac + f' Y x --Af
Ac Ac Ac

- NR = fick + f' y x P
Ac
NR fck NR-Ac x fck
p= --- p=
I'r» Ac I'. f'yx Ac

Conhecidas a seção de concreto e a taxa de armação, pode-se calcular a


área de armação pela seguinte relação:

Af = P xAc

Exemplo 1: Calcular a armação do pilar da figura, sem considerar o efeito


de flambagem. Considerar:
2
concreto fck = 20MPa (lembrar que 1MPa = lOkgf/cm )

aço CA-50 (f'y) = 4.200kgUcm2

265
CAPíTULO 6 - Dimensionomenlo dos seções estruturais

N = 50,Otf
seção transversal
do pilar

NR = N x 2 = 50.000kgf x 2 = 100.000kgF

fck = 20MPo = 200kgf! cn/


2
Ac = 20crn x 20crn = 400crn

NR -AC x fck
p=
f'yx Ac
2 2
1OO.OOOkgf - 400crn x 200kgf/crn
p= 2 2
4.200kgf!crn x 400crn

Af = P xAc
2 2
Af = 0,0119 x 400crn = 4,76crn

Recorrendo à tabela da pago 244 ou à da pago 270, tem-se:


L

1 barra de 12,5rnrn tem 1,25crn de área, portanto 4


barras são suficientes para atender a área necessária
2
de 4,76crn .

0p = diâmetro da armação principal = 0 12,5rnrn

o estribo é calculado como visto anteriormente.

0p
0estr =--
4

266
CAPíTULO 6 - Dimensionamento das seções estruturais

Como o mínimo 0 disponível comercialmente é de 5mm, adota-se este


valor.
a espaçamento dos estribos deverá ser igual a 72 x 0p.

Portanto, o espaçamento do estribo = 72 x 0p = 72 x ),25em =) 5em.

A Norma Brasileira impõe, ainda, os seguintes limites para a porcentagem


de armação:

pmin = 0,8% e pmax = 6%

Em outras palavras: quando a porcentagem calculada para a armação for


inferior a 0,8% da seção de concreto, deverá ser usada a armação mínima,
calculada como 0,8% da seção de concreto. Quando a porcentagem calculada
para a armação for superior a 6%, a seção do pilar deverá ser aumentada.

Como nos casos reais o efeito da flambagem não pode ser desprezado. erá
apresentado a seguir um processo para levar esse efeito em consideração.
Nesse processo, considera-se a carga de ruptura NR aumentada por um
outro coeficiente de segurança, agora em relação à flambagem denominado
coeficiente de flambagem e representado pela letra grega úJ.
Portanto, tem-se:

Nfl = úJx NR

Desta maneira, o problema se reduz ao já visto, usando-se apenas no lugar


de NR um valor maior para levar em conta o efeito da flambagem.
Esse processo foi abandonado pelas novas Normas, que consideram a
flambagem como o efeito de uma excentricidade de carregamento, que tem
como resultado um momento fletor. Esse modelo tem como objetivo garantir
que a armação se concentre nas faces mais solicitadas pela flambagem.
Existem também críticas contra esse modelo, com o argumento de que o
processo que usa o coeficiente de flambagem tem-se mostrado eficiente na
prática, não havendo nenhum registro de problemas ocorridos pela sua
adoção. a processo que usa a excentricidade leva a um consumo bem maior
de armação.
a autor adota o processo do coeficiente de flambagem apresentado neste
livro há mais de 30 trinta anos, exclusivamente em edificações de pequeno
e médio porte e em pilares com comprimentos de flambagem até 4 metros.

267
CAPíTULO 6 - Dimensionamento das seções estruturais

Recomenda-se que, na distribuição da armação na seção do pilar, concentre-


se maior quantidade de barras na direção de maior possibilidade de
flambagem, ou seja, nas faces que possam apresentar tração e compressão
pelo efeito de giro das seções durante a flambagem.
A Norma Brasileira para concreto armado (revisão 68) recomenda variar o
coeficiente ú) com a variação da esbeltez da peça, segundo a relação abaixo:

W=2xJ~)3
l 700
Esta relação é válida para regime elástico, onde vale também a fórmula de
Euler. Experiências mostram que a fórmula de Euler no concreto é válida
para A ;::.700 (regime elástico).
Para valores menores, a peça entra em regime plástico e, como, já foi visto
para o aço, o módulo de elasticidade varia até chegar a zero com a seção
toda plastificada.
Para levar em conta essa situação, a Norma recomenda usar o seguinte
valor para o coeficiente de flambagem:

W = 700 , válido para 50::; Â::; 700


750 - Â

Para  < 50, a Norma manda usar um coeficiente de flambagem constante


e igual a 7, ou seja, para esbeltez inferior a 50 o efeito de flambagem é
desconsiderado. Assim, o cálculo passa a ser o seguinte:

NR -Ac x fck
para Â< 50 ~ p=
I'v= Ac

para Â;::. 50 ~ P =
Wx NR -Ac xfck
----'L_

f'yx Ac
Ou

Nfl -Ac x fck


p=
f'yx Ac

A Norma Brasileira, por questão de segurança, limita o valor da esbeltez em


 = 140, o que leva à necessidade de aumentar a seção do pilar quando
esse limite é ultrapassado.

268
CAPíTULO 6 - Dimensionamento das seções estruturais

Exemplo 2: Supondo o mesmo. pilar do exemplo anterior, mas considerando


agora o efeito da flambagem, tem-se os seguintes passos:

1° Passo: Determina-se o índice de esbeltez Â


2° Passo: Calcula-se o coeficiente de flambagem Q)
3° Passo: Calcula-se a carga de flambagem:

Nfl = Q) x NR = Q) x2 xN

4° Passo: Calcula-se a taxa de armação:

Nfl-AcxJck
p=
f'yx Ac

5° Passo: Calcula-se a área de armação:

Af = P xAc

Aplicando os passos anteriores, tem-se:

Â=-
e r= ~ ~
r
b X h3
I para seção retangular =--
72

20cm x 203em
1=----- 73.333em4
72

A = 20em x 20em = 400em2

Fx = ry = 73.333em4
== S/Bem
400em2

o valor de S/Bem é igual para eixos X e Y por ser a seção quadrada.

 = 400em == 69
S/Bem
700
para 50 < Â .:::;700 --7 Q)
750 -À

269
CAPíTULO 6 - Dimensionamento das seções estruturais

100
ú) =--- == 1,23
150 - 69

NfI = ú) X 2x N

Nfl = 1,23 x 2 x 50.000kgf = 123.000kgf

NfI-Ac x fck
p=
f'yx Ac

123.000kgf - 400cm2 x 200kgf/cm2


p = ----------- = 0,026
4.200kgf/cm2 x 400cm2

p == 2,6%

Af = P x Ac --;,. Af = 2,6% x 400cm2 •• Af = 10,4cm2

Observações importantes:

1. Para pilares em que um dos lados seja menor que 20cm, a Norma manda
multiplicar o valor de N por 1,3. Portanto:

Nfl = 1,3 x to x 2 x N

Nfl = 2,6 x to x N

2. Determinado o valor deAf, distribui-se essa área de aço em uma quantidade


par de barras, com diâmetro previamente escolhido. Para isso, deve-se
levar em conta as seguintes áreas de seção de barras:

_Fõ ;~~5:2~~-
-~áª-1=~~-6--
10 I 0,70
12,5 I 1,25
16 ! 1,98
20 I 2,85
22 I .3,80
25 5,05

270
CAPíTULO 6 - Dimensionamento das seções estruturais

Por exemplo, se Af = 10,4cm2 e escolhida armação com diâmetro igual


12,5mm, cuja área da seção é de 1,25cm2, tem-se:

Af 10Acm2
Número de barras = -- = 2 = 8,3 barras
AJ0 1,25cm

A favor da segurança, adotam-se 10 barras de 12,5mm (deve ser númen


par). Não se deve misturar diâmetros diferentes em uma mesma seção.

3. A escolha do diâmetro e do espaçarnentodos estribosé feitapelas recomendaçãe


da Norma. Para diâmetro do estribo, a Norma recomenda um diâmetr
igualou superior a 1/4 do diâmetro das barras principais:

0principol
0estribo :::::
4

o espaçamento deve ser igual a 12 vezes o diâmetro da armação principal

Espaçamento = 12 x 0principol

No caso do exemplo, tem-se:

12,5mm
0estr = = 3,lmm
4

Adoto 0estr = 5mm e espaçamento igual a e = 12 x 12,5mm = 150mfi


ou, em outras palavras, estribo 0 5mm a cada 15cm.

4. A Norma recomenda, ainda, que a menor dimensão do pilar satisfaç


a seguinte relação:

h livre
b mínimo = ---
25

Onde hlivre é a altura não travada do pilar. Nos casos mais comuns, pode-s
tomar a altura livre como a altura do pé-direito.

5. Todos os cálculos vistos aqui podem ser feitos mais rapidamente com c
uso de planilhas eletrônicas.

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