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2.

PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL

2.1 CONCEITO

No direito penal, os princípios têm a função de orientar o legislador, no intuito de limitar o poder
punitivo estatal mediante a imposição de garantia aos cidadãos.

2.2 PRINCÍPIOS EM ESPÉCIE

2.2.1 PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL OU DA ESTRITA LEGALIDADE (Art. 5°, XXXIX, CF; art. 1°,
CP)

É clausula pétrea. Preceitua, basicamente, a exclusividade da lei para a criação de delitos e de penas.
(nullum crimen nulla poena sine lege). Aplica-se não somente ao crime, mas também às
contravenções penais. Com efeito, a palavra “crime” foi utilizada em sentido genérico tanto pelo
código penal como pela Constituição.

É proibida a edição de medida provisória em matéria penal, seja ela prejudicial ou mesmo
favorável ao réu. (art. 62, I, “b”, CF)

O princípio da reserva legal possui dois fundamentos: de natureza jurídica, que é a taxatividade,
certeza ou determinação, ou seja, o legislador deve determinar precisamente o tipo penal, ainda que
minimamente e o juiz deve se ater ao máximo ao mandamento legal; e um de natureza política, que é a
proteção do ser humano em face do arbítrio do poder de punir do Estado. Direito fundamental de 1ª
geração.

OBS: ATENÇÃO: Denominação do princípio – reserva legal e estrita legalidade, pois somente se
admite lei em sentido formal e material. Utilização do termo legalidade não é correta, pois nele se
enquadram quaisquer espécies normativas. No confronto entre legalidade e reserva legal ou estrita
legalidade, ficar com os dois últimos.

**Tomar cuidado ao utilizar esses termos na prova discursiva e verificar nas alternativas na prova
objetiva.

2.2.1.1 PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL E MANDADOS DE CRIMINALIZAÇÃO

A Constituição estabelece mandados explícitos e implícitos de criminalização. Cuida-se de hipóteses


de obrigatória intervenção do legislador penal; matérias sobre as quais o legislador ordinário não tem
a faculdade de legislar, mas a obrigatoriedade de tratar, protegendo determinados bens jurídicos.

Mandados explícitos: Racismo (art. 5°, XLII, CF); Tortura, Tráfico Ilícito de Entorpecentes, e drogas
afins, Terrorismo e Crimes Hediondos (art. 5°, XLIII, CF); Ação de grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático (art. 5°XLIV, CF); Tratados e Convenções
Internacionais sobre Direitos Humanos (art. 5°, §3°, CF); Retenção dolosa do salário dos
Trabalhadores (art. 7°, X, CF); Abuso, Violência e Exploração sexual de criança ou adolescente (art.
227, §4°, CF); Condutas lesivas ao meio ambiente (art. 225, CF).

Há também mandados implícitos, podendo ser citado o combate eficaz à corrupção eleitoral.
2.2.2 PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE (art. 5°, XXXIX, CF; art. 1°, CP)

O crime e a pena devem estar definidos em lei prévia ao fato cuja punição se pretende. A lei penal
produz efeitos a partir de sua entrada em vigor. Não pode retroagir, salvo se beneficiar o réu.
Ademais, é proibida a aplicação da lei aos fatos ocorridos no seu período de vacatio legis.

2.2.3 PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA OU CRIMINALIDADE DE BAGATELA

Surgiu inicialmente no Direito Civil, derivado do brocardo de minimus non curat pretor. O Direito
Penal não deve se ocupar de assuntos incapazes de lesar o bem jurídico.

Funciona como uma causa de exclusão de tipicidade, desempenhando uma interpretação restritiva
do tipo penal.

Requisitos (STF):

 Requisitos objetivos:
1. Mínima ofensividade da conduta
2. Ausência de periculosidade social da ação
3. Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento
4. Inexpressividade da lesão jurídica

 Requisitos subjetivos: importância do objeto material para a vítima


1. Condição econômica da vítima
2. O valor sentimental do bem
3. Circunstâncias e o resultado do crime

Com a caracterização desse princípio, opera-se tão somente a tipicidade formal, isto é, adequação
entre o fato praticado pelo agente e a lei penal incriminadora. Não há, entretanto, tipicidade material,
compreendida como o juízo de subsunção capaz de lesar ou ao menos colocar em perigo o bem
jurídico penalmente tutelado. Em síntese, o principio da insignificância tem força suficiente pra
descaracterizar, no plano material, a própria tipicidade penal.

O princípio da insignificância tem aplicação a qualquer espécie de delito que com ele seja compatível,
e não apenas aos crimes contra o patrimônio. Nesse sentido o STF – HC 107.370/SP - já admitiu a
aplicação deste princípio inclusive em crimes contra a Administração Pública (ex: peculato na
apropriação de uma folha de papel em brando, ou de um clipe de metal). No entanto, o STJ possui
entendimento diverso, afirmando que este princípio é inaplicável nos crimes contra a Administração
Pública, ainda que o valor da lesão seja ínfimo, porque a norma busca resguardar não somente o
aspecto patrimonial, mas a moral administrativa, o que torna inviável a afirmação do desinteresse
estatal à sua repressão.

O STF admite a incidência deste princípio em crimes praticados por prefeitos – HC 104.286/SP - e nos
crimes contra a ordem tributária. Esse princípio não é admitido em crimes praticados com emprego
de violência à pessoa ou grave ameaça, pois os reflexos daí resultantes não podem ser considerados
insignificantes. HC 60.185/MG.

Decisões do STF:

1)crime: descaminho, em decorrência do fato de haver o acusado iludido impostos devidos pela
importação de mercadorias, os quais totalizariam 5.118,60. O STF decidiu pela aplicação do
princípio. Essa decisão tem por base que a lei 10.522/02 estabelece que serão arquivados, sem baixa
na distribuição, os atos das execuções fiscais de débito inscritos como Dívida Ativa da União de valor
consolidado igual ou inferior a 10.000,00. (Os autos serão reativados quando os valores dos débitos
ultrapassarem esse valor.) Assim o STF decidiu pela impossibilidade de ser uma conduta relevante
para o Direito Penal sendo que ela não é para o Direito Administrativo. HC 92.438/PR

2) crime: drogas. O STF é firme no sentido de impedir o princípio da insignificância no tocante aos
crimes previstos na lei 11.343/06 (Lei de Drogas), seja qual for a qualidade do condenado. Porém em
um caso isolado o STF permitiu a incidência deste princípio a crime envolvendo droga em relação a
militar com fulcro na dignidade da pessoa humana. Conduto, em outro caso envolvendo militar o STF
não concedeu habeas corpus. HC 91.759/MG

3) crime: portava 10 notas falsas de 5 reais. Decidiu pela não aplicação do princípio, pois atingiu a fé
pública, a credibilidade do sistema financeiro. HC 93.251/DF

4) crime: furto de dinheiro de uma senhora analfabeta de 68 anos. Não aplicação do princípio pelas
condições da vítima. REsp 835.553/RS

5) crime: furto de uma bicicleta de uma pessoa humilde. Não aplicação do princípio pelas condições
da vítima. HC 96.003/MS

7) atos infracionais (crimes e contravenções praticados por criança ou adolescente). O STF aceita a
utilização do princípio da insignificância. HC 98.381/RS

Decisões do STJ:
1) crime: obteve por meio fraudulento valores do Bolsa Família. Decidiu pela não aplicação do
princípio. HC 85.739/PR

2) reconheceu o princípio da insignificância a um réu reincidente, por se tratar de causa de exclusão


da tipicidade, que em nada se relaciona com a dosimetria da pena. HC 96.929/MS.

3) crime: improbidade administrativa. O STJ decidiu pela inaceitabilidade do princípio da


insignificância em ato de improbidade administrativa. Com efeito, o bem jurídico que a Lei de
Improbidade busca salvaguardar, por excelência, a moralidade administrativa. REsp 892.818/RS.

4) crime: ambiental; paciente flagrado pescando em represa mediante utilização de um material


proibido, crime do art. 34, §único, II, da lei 9.605/98. No entanto só foram encontrados 2 kg de peixe.
O STJ aplicou o princípio da insignificância, uma vez que há um mínimo de probabilidade da conduta
do paciente atingir o bem jurídico tutelado na espécie. HC 93.859/SP.

O cabimento do princípio deve ser analisado em cada caso concreto, de acordo com as suas
especificidades, e não no plano abstrato.

Não se pode confundir princípio da bagatela com crime de menor potencial ofensivo. Neste último,
tanto não há que falar em insignificância da conduta que a situação foi expressamente prevista no art.
98, I, CF e regulamentada posteriormente pela legislação ordinária, revelando a existência de
gravidade suficiente para justificar a intervenção estatal. O princípio da bagatela pode ser aplicado em
crimes de menor, médio e elevado potencial ofensivo.

Princípio da insignificância e furto privilegiado: neste, a coisa é de pequeno valor (inferior a um


salário mínimo), enquanto naquele o seu valor é irrelevante para o direito penal, por não colocar em
risco o bem juridicamente tutelado.

Deve-se ter cautela no tocante à habitualidade criminosa, circunstância impeditiva do princípio da


insignificância. Não se pode dar salvo conduto à prática delituosa. É imprescindível que a aplicação
deste princípio se dê de forma prudente e criteriosa, observando os requisitos apontados pelo STF.

2.2.4 PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA (art. 5°, XLVI, CF)

Deve-se atribuir a cada indivíduo o que lhe cabe, de acordo com as circunstâncias específicas de seu
comportamento, ou seja, levando em conta não a norma penal em abstrato, mas, especialmente, os
aspectos subjetivos e objetivos do crime.

Três planos:
 Legislativo: quando descreve o tipo penal e estabelece as sanções adequadas, indicando seus
limites, mínimo e máximo, e também as circunstâncias aptas a aumentar ou diminuir.
 Judicial: complementa a legislativa. O juiz utiliza-se dos instrumentos fornecidos nos autos da ação
pena, em obediência ao sistema trifásico, do art. 68, CP (pena privativa de liberdade) ou ao sistema
bifásico, do art. 49, CP, referente à sanção pecuniária.
 Administrativa: é efetuada durante a execução da pena, quando o Estado deve zelar pelo
condenado de forma singular, mediante tratamento penitenciário ou sistema alternativo.

2.2.5 PRINCÍPIO DA ALTERIDADE (exteriorização ou materialização do fato)

Proíbe a incriminação de atitude meramente interna do agente, bem como do pensamento ou de


condutas moralmente censuráveis, incapazes de invadir o patrimônio jurídico alheio. Em síntese,
ninguém pode ser punido por causar mal apenas a si próprio.

Nesse princípio se fundamenta a impossibilidade de punição da autolesão, bem como a atipicidade da


conduta de consumir drogas.

2.2.6 PRINCÍPIO DA CONFIANÇA

Se baseia na premissa de que todos devem esperar por parte das demais pessoas comportamento
responsáveis e em consonância com o ordenamento jurídico, almejando evitar danos a terceiros.

A conseqüência da aplicação desse princípio no direito penal será a de excluir a responsabilidade dos
agentes em relação a fatos que se estendam para além do dever concreto que lhes é imposto nas
circunstâncias e nas condições existentes no momento de realizar a atividade.

2.2.7 PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL

Não pode ser considerado criminoso o comportamento humano que, embora tipificado em lei, não
afrontar o sentimento de justiça social. Ex: trotes acadêmicos; circuncisão realizada pelos judeus.
Exclui a tipicidade.
2.2.8 PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA OU DA NECESSIDADE

A lei somente deve prever as penas estritamente necessárias. É legitima a intervenção penal apenas
quando a criminalização de um fato constituir meio indispensável para a proteção de um determinado
bem ou interesse, não podendo ser tutelado por outros ramos do ordenamento jurídico.

STF: a privação da liberdade e a restrição de direitos do indivíduo somente se justificam quando


estritamente necessárias à própria proteção das pessoas, da sociedade e de outros bens jurídicos que
lhes sejam essenciais.

Decorres desse princípio outros dois: fragmentariedade e subsidiariedade.

2.29 PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE OU CARÁTER FRAGMENTÁRIO DO DIREITO PENAL

Nem todos os ilícitos configuram infrações penais, mas apenas os que atentam contra valores
fundamentais para a manutenção e o progresso do ser humano e da sociedade. Todo ilícito penal é
também ilícito perante os demais ramos do Direito, mas a recíproca não é verdadeira. O Direito Penal
preocupa-se unicamente com alguns comportamentos (fragmentos) contrários ao ordenamento
juiridico.

Em razão de seu caráter fragmentário, o direito penal é a última etapa de proteção do bem jurídico.

Deve ser utilizado no plano abstrato, para o fim de permitir a criação de tipos penais somente quando
os demais ramos do direito tiveram falhado na tarefa de proteção de um bem jurídico. Refere-se
assim, à atividade legislativa.

2.2.10 PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE

Preceitua a atuação do direito penal apenas quanto os outros ramos do direito e os demais meios
estatais de controle social tiveram se revelado impotentes para o controle da ordem pública.

O Direito Penal funciona como um executor de reserva, entrando em cena somente quando outros
meios estatais mais brandos, e, portanto, menos invasivos da liberdade individual não forem
suficientes para a proteção do bem jurídico.

Se projeta no plano concreto, isto é, em sua atuação prática o direito penal somente se legitima
quando os demais meio disponíveis já tiverem sido empregados, sem sucesso, para a proteção do bem
jurídico. Guarda relação com a tarefa de aplicação da lei penal.

2.2.11 PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE

Relacionado à idéia de que a limitação da liberdade individual só se justifica para a concretização de


interesses coletivos superiores. Funciona como forte barreira impositiva de limites ao legislador. A lei
penal que não protege um bem jurídico é ineficaz, por se tratar de intervenção excessiva na vida dos
indivíduos em geral.

Incide também na dosimetria da pena-base, para que a resposta penal seja justa e suficiente para
cumprir o papel de reprovação do ilícito.
2.2.12 PRINCÍPIO DA HUMANIDADE

Apregoa a inconstitucionalidade da criação de tipos penais ou a cominação de penas que violam a


incolumidade física ou moral de alguém. Resulta na impossibilidade da pena passar da pessoa do
condenado. Decorre da dignidade da pessoa humana.

2.2.13 PRINCÍPIO DA OFENSIVIDADE OU DA LESIVIDADE

Não ha infração penal quando a conduta não tiver oferecido a menos perigo de lesão ao bem jurídico.

2.2.14 PRINCÍPIO DA EXCLUSIVA PROTEÇÃO AO BEM JURÍDICO

Veda ao direito penal a preocupação com as intenções e pensamentos das pessoas, do seu modo de
viver ou de pensar, ou ainda de suas conditas internas, enquanto não exteriorizada a atividade
delitiva.

Não de confunde com o princípio da alteridade, pois neste há um bem jurídico penalmente tutelado,
mas pertencente exclusivamente ao responsável pela conduta penal, enquanto aqui não há interesse
legítimo a ser protegido.

2.2.15 PRINCÍPIO DA IMPUTAÇÃO PESSOAL

O direito penal não pode castigar um fato cometido por agente que atue sem culpabilidade. Em outras
palavras, não se admite a punição quando se tratar de agente, inimputável, sem potencial consciência
da ilicitude ou de quem não se possa exigir conduta diversa.

2.2.16 PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE PELO FATO

Os tipos penais devem definir fatos, associando-lhes as penas respectivas, e não estereotipar autores
em razão de alguma condição específica. Não se admite um direito penal do autor. Ninguém pode ser
punido exclusivamente por questões pessoais.

2.2.17 PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE OU DA INTRANSCENDÊNCIA

Ninguém pode ser responsabilizado por fato cometido por terceira pessoa. Conseqüentemente, a pena
não pode passar da pessoa do condenado. (art. 5°, XLV, CF).

2.2.18 PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE PENAL SUBJETIVA

Nenhum resultado penalmente relevante pode ser atribuído a quem não tenha produzido por dolo ou
culpa. (art. 19, CP)

Vestígios da responsabilidade objetiva:


1) rixa qualificada (art. 137, §único, CP);
2) punição das infrações penais praticas em estado de embriaguez voluntária ou culposa – teoria da
actio libera in causa (art. 28, II, CP).
2.2.19 PRINCÍPIO DO NE BIS IN IDEM

Não de admite, em hipótese alguma, a dupla punição pelo mesmo fato. Por isso foi editada a súmula
241 do STJ que não permite que a reincidência seja considerada como circunstancia agravante e
judicial ao mesmo tempo.

A existência de duas ou mais ações penais, em searas judiciais diversas, pela prática de fatos distintos,
não acarreta violação a esse princípio.

2.2.20 PRINCÍPIO DA ISONOMIA

Pessoas em iguais situações devem receber idêntico tratamento jurídico e aquelas que se encontram
em posições diferentes merecem um enquadramento diverso, tanto por parte do legislador como
também pelo juiz.

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