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Fichamento de Resumo. A fantasia: O prazer de ler Lacan. J.-D. Nasio. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.
Ela é muito útil, pois ela é como se fosse uma projeção de um filme, que nós
passamos para manter o nosso animal interior entretido sem que ele cause
danos ao nosso convívio social, com seus desejos agressivos e sexuais, que
querem se satisfazer imediatamente.
Então a fantasia é uma cena, pode ser uma recordação esquecida que tendo
retornado a consciência continua viva, é uma cena, em geral inconsciente,
destinada a satisfazer um desejo incestuoso que não se pode realizar.
Uma cena sentida e não vista, ela influencia o comportamento mas o sujeito
não a vê, embora experimente algo que corresponde aos seus gestos numa
ação.
Já Lacan, ele distingue três tipos de gozo: o gozo do outro, gozo fálico e o mais
gozar. Nesse caso, o psicanalista ou a função analítica ficaria na mais gozar ou
de objeto a.
O analista estaria na posição de a que representa a energia que faz o
inconsciente trabalhar, para diferenciar análise de qualquer outra relação
transferencial.
Para que o processo se complete, existem três caminhos que levam à formação
de qualquer fantasia, o sujeito torna-se objeto, o sujeito se identifica com o
objeto, o sujeito é o objeto.
O que o autor O corpo para psicanálise é o lugar do gozo sem rejeitar a concepção fisiológica
entende como e biológica do corpo. A pergunta da psicanálise então seria: como é que se
corpo em goza? E a pergunta do analista seria: de que sofre o meu paciente?
psicanálise:
O gozo no entanto não é do prazer, ele é o estado que fica além do prazer,
retomando Freud, ele seria exatamente a tensão excessiva, o máximo de tensão
e o prazer seria o rebaixamento das tensões.
Goza-se da tensão máxima que se sofre até perder tudo.
O real não faz parte da análise, mas a análise é atravessada por ele no ponto da
torção que liga o desejo do analista ao desejo do analisando. O real está nos
limites da experiência psicanalítica, porém não quer dizer que ele esteja
ausente na análise. O analista permanece excluído no real e de estar excluído,
se dá a sua relação com ele.
A originalidade da teoria lacaniana foi salientar que nós mantemos essa relação
com um lugar onde não somos essa relação chama-se desejo.
Através dessas fantasias lutamos para atingir o real, uma nova realidade
construída pelo analista e pelo analisando, a realidade de uma experiência de
análise e recobre a ponto a ponto a realidade psíquica. Uma análise é como
uma montagem construída a sessão após sessão em torno de um furo, o do
real.
Status real do O objeto a, enquanto real, corresponde ao objeto de pulsão, é uma forma de
objeto a designar com a letra A uma constante da perda através das perdas sucessivas,
diferentes elementos virão a ocupar o lugar vago do furo depois abandoná-lo.
Temos a intuição de que ele seja um simples furo, embora Lacan tenha
estabelecido três faltas: a frustração, a privação e a castração.
Estar congelado na espiral seria não esvaziar o corpo, não produzir lascas não
ampliar o furo da pulsão.
Assim como um significante, a imagem é o que nos faz fazer essa imagem
significa alguma coisa para o sujeito nesse caso a imagem é um signo e quando
ela leva o sujeito a ação ela é um significante.
O objeto da fantasia é uma imagem queimada pelo real, por ela encoberto.
Na fantasia, onde havia furo há agora o objeto a. Ali onde havia desejo do outro
há igualmente a, e finalmente, ali onde havia gozo, agora há simulacro.
Então o objeto a da fantasia seria uma imagem mordida, furada pelo real. Isso
significa que o furo do real é uma porta emoldurada pelo desenho de uma
porta. O objeto a da fantasia, da mesma ordem é uma imagem furada e
queimada de pulsões.
Então qual a O perverso pretende provar que a castração é possível e, além disso, faz gozar
diferença entre ao mesmo tempo. Quer provar que ela não existe, ele reconhece a existência da
a fantasia mesma com palavras mas renega imediatamente com seus atos.
perversa e a
fantasia O neurótico obsessivo faz-se objeto e faz da demanda do outro um objeto, ele
neurótica? se oferece ao analista como dejeto.