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24/06/2018 Caio Fábio -

A VOCAÇÃO PASTORAL - Por Marcelo Quintela, em 2006


----- Original Message -----
To: marceloquintela@caiofabio.com
Sent: Monday, June 04, 2007 1:07 AM
Subject: Voces Fazem a Diferença
Olá, sou membro da Igreja Batista da Lagoinha em Belo Horizonte e estou no último ano do Seminário, o STEB.
Gostei muito de um artigo publicado por você, Marcelo, a respeito de liderança, de como deve ser o líder!
Queria, se possivel, te pedir para me mandar algo a mais a respeito de liderança, pois minha monografia de final de
curso vai ser sobre: O PERFIL DO LÍDER CRISTAO.
Desde ja vai meu obrigado e que o Senhor continue a abençoar e a trazer mais e mais Graça sobre sua vida e do
Caio... Que o Espirito Santo continue capacitando e iluminando suas mentes "...das coisas lá do Alto!"
_____________________________________________________________
Meu irmão,

Olha só... Já falei muito no tal assunto. Falei mais do que escrevi. Todavia, meus conceitos de liderança sempre
assustaram o status quo da eclesiologia. Daí eu só ter encontrado guarida junto ao Caio - meu pai, inspirador, amigo e
mentor.

Em 2004, pouco antes de ser ordenado ao ministério pastoral na minha antiga denominação, escrevi um leve ensaio
sobre o tal assunto, de umas 20 páginas. Ficou publicado no site da igreja por um bom tempo.

Contudo, quero acrescentar-te que hoje me recordo com gratidão do nível de influência indescrítivel que uma
determinada literatura do Caio, dentre tantas e tantas, teve na minha vida - protegendo-me dos devaneios religiosos
da minha geração: NOVOS LÍDERES PARA UMA NOVA REALIDADE. Sugiro a você que adquira esse material aqui
na LOJA VIRTUAL desse site.
http://www.caiofabio.com/novo/caiofabio/loja_detalhe.asp?PaginaAtual=&CodigoProduto=00014&Grupo=00001

De minha parte, "VOCAÇÃO PASTORAL" é o que eu tenho aqui, mano. Espero que ajude na sua carreira de fé!
OBS: Vou publicar esse ensaio no site para socorrer qualquer outro seminarista corajoso...rs.

Um grande abraço

Marcelo

A VOCAÇÃO PASTORAL

Reflexão sobre o Chamado Ministerial na Igreja Evangélica Contemporânea

1. INTRODUÇÃO

“Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, para pastorearem
a Igreja de Deus, que Ele comprou com seu próprio sangue.”

Convivo com pastores protestantes há algum tempo. Tempo suficiente para conhecer os meandros desse
chamado vocacional. O ser “pastor” possui um status que assume variáveis culturais e éticas impressionantes.
Sociologicamente, mal se consegue interpretar o fenômeno atual em torno dessa categoria eclesiástica: O pastor já foi
considerado um respeitado modelo de cidadão, com caráter rígido, reputação ilibada e postura pública moralista, até
chegarem a ser suspeitos das maiores canalhices só pelo simples fato de ser pastor.
Conheço gente sincera, gente sonhadora, gente apaixonada por Deus, gente apaixonadas pelas gentes, gente
que caminha no Ministério com compaixão, misericórdia, tendo em vista principalmente o que é bem para os outros, e
não para si mesmo. Nesse meio há muito suor, muita lágrima, muito joelho dobrado e muita esperança na alma, fé no
coração e Evangelho na boca. Admiro-me de conhecer gente que parece viver e se alimentar do amor que sente pela
Causa de Deus na Terra. Mas também conheço as sombras ministeriais. Sei que é no chão do exercício pastoral que
acontecem as piores tentações que um homem pode ser submetido. Conheço o cinismo característico, a crueldade
relacional, as politicagens típicas, a inveja, o ciúme e o espírito de competitividade, o apego ao dinheiro, o farisaísmo e o
oportunismo. E quando é assim, conheço o peso que esse “jeitão” de ser pastor trouxe para a comunidade evangélica.
Nesses casos, parece que quem precisa de vocação é a igreja, para suportar seus pastores.
Refletir sobre o Chamado Ministerial na Igreja Evangélica Contemporânea nunca foi minha demanda. Desenvolvi
essas linhas enquanto colecionava pensamentos para ajudar meu irmão Denis Muniz e alguns outros amigos a corrigir
distorções sobre o entendimento comum do que seja VOCAÇÃO PASTORAL. O que aflige minha alma é perceber que
as incoerências que tenho observado em meus irmãos são tão intensas quanto intensas são as marcas do próprio
chamado e vocação na vida dessas pessoas. Em sua maioria, essas pessoas estão confusas quanto à forma e não
quanto ao contéudo que o Chamado carrega. A confusão é no campo das exterioridades da atuação pastoral: Como
começar? Para onde ir? Com quem? Qual a importância do Estudo Acadêmico? E coisas dessa ordem de questões.
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24/06/2018 Caio Fábio -

Junto com isso, esse texto trazem consigo minhas próprias indagações e o que aqui está exposto é fruto de
percepções pessoais ao longo dos últimos 15 anos.
É óbvio concluir que minhas considerações sofreram influências tanto de pessoas como de situações. Afinal, não
sou teólogo nem escritor. É, naturalmente, à luz desses relacionamentos e dessas experiências, que fui buscar o
contexto que imprimiu o tom desse pequeno trabalho. Eu temia que adiando sua elaboração, ou corrigindo-o por demais,
revisando-o constantemente ao tom do meu perfeccionismo, acabasse por perder a essência algo impulsiva, reacional e
cárdica que bem expressam o meu sentir das coisas e a ofegância do respirar o ar do ambiente evangélico atual. Preferi
assim. Deixar o texto parecido comigo mesmo. Ora, porque eu faria o contrário, se o que falo sou eu quem falo? Então,
que seja... para o bem ou para o mal. Sempre sabendo que em Cristo sou suportado.

Quanto aos amigos que me influenciaram, deixo-os “inocentes” e não obrigo ninguém a tomar posições por mim.
Eles são o meu professor Átila, do “seminário”, o pastor Dennis Walker, um dos poucos corajosos que conheço presidir
um ministério mundial com um Eclesiologia tão elementar quanto neo-testamentária, o reverendo Caio Fábio, minha
inegável fonte de estudos desde a conversão de minha família por conta de seu ministério em Manaus, e que só agora,
depois de “tudo”, se tornou para mim alguém tão perto, com quem tenho trocado “confidências”.

Espero ajudar.

2. CONCEITOS

A palavra vocação tem origem no verbo grego Kaléo, que tem o sentido de “chamar”, “reclamar para si”, e de
“comissionamento”.
Portanto, vocação significa “chamada”, “convocação” ou, de forma mais literal, “sair de si mesmo para servir
aquele que chamou”. As cartas paulinas empregam a palavra kaléo, 29 vezes; klésis por 8 vezes e klétos 7 vezes, quase
sempre com o sentido de vocação divina.

A princípio, saiba-se que todo discípulo de Cristo é vocacionado para servir a Deus através do desenvolvimento
dos talentos naturais, dons espirituais e profissão (Ef 4.1). Todos os que são membros do Corpo de Cristo (do Corpo, não
do rol) possuem um chamado, e esse chamado ou vocação é para servir a Deus no serviço ao próximo, e dentro de
quatro paredes, isso acontece muito de vez em quando, posto que é ao ar livre e em campo aberto que a vida acontece
e o chamado se manifesta e a vocação acontece.
A vocação é para a salvação, para a santificação, para viver como discípulo e servir com amor não fingido. E
com “ o auxílio de todas as juntas...”

A vocação pastoral recebeu na visão protestante o sentido de um ministério “especializado” na pregação da


Palavra, na ministração dos sacramentos, no cuidado generalizado do rebanho e na representatividade da igreja, e
nesse sentido, digo igreja-camisa-que-veste, a maior parte das vezes.

JOSUÉ ADAM LAZIER, bispo metodista documenta que “O pastor ou a pastora ... tem sobre si um ‘ministério
especial’ – o de guiar, liderar, supervisionar, nutrir, apascentar o rebanho para o exercício do ministério do Corpo de
Cristo”.

Bom, e na visão neotestamentária, como o ministério pastoral foi percebido pelos primeiros cristãos?

3. O MINISTÉRIO PASTORAL PRIMITIVO

Quanto ao ofício pastoral, faz-se necessário uma breve vasculha nas indicações neo-testamentárias sobre o
tema.

3.1. Indicações Neo-Testamentárias

Bispo, presbítero e pastor pareciam ser a mesma coisa na Igreja Primitiva. Como assim? Em Atos 20.17,
Paulo convoca os “presbíteros” de Éfeso, mas em seu discurso de despedida a eles no v.28, ele os chama de “bispos”
que devem pastorear (“pastor”) o rebanho de Deus.

Em Tito 1.5-7, os termos presbíteros e bispos são intercambiáveis, parecem sinônimos. Em 1 Pe 5.1,2, Pedro
apóstolo, que na ocasião se classifica como “ presbítero com eles”, afirma que os presbíteros “pastoreiam o rebanho de
Deus que está aos seus cuidados.” O termo pastor nesse texto aparece como metáfora do AT (Ez. 34.1-10), indicando
aos líderes da igreja que o exercício do episcopado é similar ao trabalho de um pastor de ovelhas a frente do seu
rebanho: supervisionando, administrando, cuidando, alimentando, guiando, tratando, etc.

Portanto, aqui não se fala do ofício pastoral específico como o pensamos hoje, mas da função a ser exercida na
liderança do povo.

Presbítero (“ancião”) podia ser um título, um status, e dizia respeito à idade e/ou maturidade espiritual dos
líderes. Como hoje em dia se fala senhor, doutor a gente reconhecidamente digna de respeito e honra, considerando-se
seu modelo de vida e o trabalho prestado à Causa. O termo denota, então, qualificação (maturidade e experiência), ao
passo que “bispo” dá a idéia de responsabilidade.

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Percebe-se claramente a importância da liderança dos presbíteros no ministério de Paulo. Paulo contava com
eles. Entregou aos presbíteros da igreja em Jerusalém a oferta da igreja de Antioquia (Atos 11.30). Nomeou presbíteros
na primeira viagem missionária (Atos 14.23). Em carta a Timóteo e Tito, o apóstolo os convocou a constituir presbíteros
em cada cidade onde a igreja estava plantada. Era gente com qualificações no caráter. Pessoas confiáveis, que
responderiam pela igreja e a supervisionavam e pastoreavam. Esses irmãos eram nomeados, separados, constituídos,
eleitos - inclusive com a tensão própria das escolhas difíceis, que reivindicava da igreja reflexão em oração e jejum. De
tal modo que Paulo alerta Timóteo que não se precipite em impor as mãos sobre ninguém, considerando que a escolha
de um presbítero não deve ser levada a efeito sem que o “candidato” tenha evidenciado ser quem de fato já É.

Bispos (episkopos – supervisor) eram os presbíteros que encontravam proeminência dentre todos, na condução
da Igreja. O termo pode Ter relação, portanto, com a natureza do ministério, com a função de um presbítero, de um
ancião da igreja. Bispos eram anciões que pastoreavam. Já que o termo pastor não aparece na Bíblia como ofício, cargo,
posição ou status. Ninguém era ordenado PASTOR, no sentido de ser consagrado, separado. Mas tanto os presbíteros
como os bispos eram ordenados a pastorear, no sentido mais prático e genérico do termo pastor: apascentar o rebanho
de Deus (1 Pedro 5.1 e Atos 20.28). Ou seja, só é pastor quem pastoreia, porque pastor nas páginas do NT é verbo, não
substantivo, porque é ação, e não condição, é função, não título, é aquilo que se faz como Dom, como serviço
(ministério). Não é nada que se carrega sem ser-fazer, de fato. Mesmo em Efésios 4, quando o termo aparece como
“pastores e mestres”, tem relação com a esfera dos dons espirituais distribuídos aos que creêm. Eles não são, portanto,
tratados ali como oficiais da igreja, uma vez que a questão da capacitação é o que parece estar em questão.

Em suma, creio que alguns anciãos eram eleitos bispos, e conduzidos ao ofício episcopal, e supervisionavam a
igreja em cada cidade. Ou seja, nem todo presbítero era bispo, mas todo bispo era um presbítero.

Mas, enfim, os comentários da NVI de Estudo reforçam bem a idéia exposta: “Todos os presbíteros deviam
liderar (1 Timóteo 3.4-5), ensinar e pregar (1 Timóteo 3.2).

3.2. Como se selecionavam os presbíteros na Igreja Primitiva?

“Constituir liderança em cada cidade!” Era a instrução de Paulo a Tito (Tt. 1.5). Já em Atos 14.23, a congregação
dos crentes parecia estar envolvida na escolha ou eleição. Além disso, Atos 20.28 evidencia o Chamado Divino para a
função pastoral sobre o Corpo de Cristo. Disso se extrai, então, que a constituição desses oficiais não era feita de forma
leviana.

A orientação paulina quanto às qualificações dos “pretendentes” ao episcopado aparecem


em duas listas (1 Timóteo 3.1-7 e Tito 1.5-9). Nessas listas, predominam a importância do caráter
pessoal, integridade e domínio próprio—ou seja: saúde humana e relacional—, e há apenas um
item relacionado à cultura, preparo e comunicação: “seja apto para ensinar... convencer os
contradizentes... mas sempre com espírito de brandura”.
Resumo das Atividades do Apóstolo Paulo como Pastor em Éfeso, por Ele mesmo

“Estou inocente do sangue de todos vocês... Pois não deixei de proclamar-lhes toda a vontade de Deus...
Cuidem de vocês ... Cuidem do Rebanho... Cuidado com os lobos de fora... Cuidado com vocês mesmos... Lembrem-se
de que durante três anos jamais cessei de advertir cada um de vocês disso,
noite e dia, com lágrimas.

Agora eu os entrego a Deus e à Palavra de Sua Graça...

Que fique claro que não cobicei nem o dinheiro e nem o patrimônio de ninguém. Vocês mesmos sabem que
estas minhas mãos supriram minhas necessidades e as de meus companheiros. Em tudo o que fiz, mostrei-lhes que
mediante trabalho árduo devemos ajudar os fracos, lembrando as palavras do próprio Jesus: ‘Há maior felicidade em dar
do que em receber!’”

4. O Chamado Ministerial na Igreja Evangélica Contemporânea

Do Bispo Robison Cavalcanti, da Diocese Anglicana do Recife

Creio... ter vivido o suficiente para presenciar o “crescimento decadente” do protestantismo brasileiro — seu abandono,
quase por completo, das fontes reformadas;. Tenho saudades do velho protestantismo que conheci e que me atraiu:
fraterno e progressista, profundo e solene, ético e relevante, liderado por estadistas que davam a vida e se esvaziavam
pela causa do evangelho e pela consolidação das suas denominações (que eram de reduzido número e cooperativas).
Vidas e exemplos que marcaram a vida da igreja e do país, e a minha vida, em particular. Sem querer ser pessimista,
posso, a esta altura, parafrasear um autor, em relação ao quadro atual do protestantismo brasileiro: “O que permanece
de bom não é novo; o que apareceu de novo não é bom”.
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Agostinho de Hipona afirmava que são marcas do episcopado: “Muito martírio e pouca honra”. É o que tenho vivenciado
estes últimos seis anos como bispo. Protestante e evangélico, creio no Pentecostes como experiência de toda a igreja (e
não de um ismo), reiterando a crença na construção do presente e do futuro do protestantismo pela constante memória e
atualização do seu legado.

Como criatura redimida, tenho sido humano em tudo, inclusive no pecado. Vivencio a promessa de ver aperfeiçoada a
força do Senhor em nossa fraqueza. Ele nos tem devolvido o ânimo, a visão e a esperança, apesar de na igreja termos
encontrado incompreensão, ingratidão, preconceito, desamor, falsas e inconsistentes amizades, calúnias, etiquetas
apressadas, inverídicas e injustas.

Exponho esse texto do Bispo Cavalcanti para dizer com menos sutileza o que eu penso: Acho que quem ficar
esperando a “redenção” da igreja evangélica está perdendo tempo. A redenção de Deus vem para pessoas, não para
organizações. O reino de Deus não tem visível aparência, está dentro de nós.
Quem fica buscando “sinais do reino” do lado de fora, acaba não vendo o lugar do reino: do lado de dentro.

Precisamos saber que Deus nunca teve nenhum compromisso nem mesmo com as coisas que por um tempo
Ele abençoou. Posto que Deus não tem alianças com coisas, senão com gente.
Não tem compromisso com instituições humanas criadas, muitas vezes, para glorificar o ego de seus
proprietários – senhores de seus feudos religiosos, que existem para se manter existindo, e ainda, sob pretexto de ser
Agência Exclusiva do Reino de Deus na Terra. Não! Deus não tem promessas de preservação de nossas agremiações
religiosas.

É só procurar onde estão o Templo de Israel, as sinagogas e as igrejas do Apocalipse! Acabaram como coisa
institucionalizadas. Não ficou pedra sobre pedra. Tudo virou pó!

Mas a Igreja de Deus permanece e sempre permanecerá constituída de pessoas redimidas e conscientes acerca da
Graça; sempre vivendo em fé e comunhão umas com as outras!

Portanto, com a crise de integridade que se abateu sobre a igreja contemporânea, se percebe o chamado sendo
confundindo com tudo de ruim que existe nos porões das motivações espúrias das igrejas-empresas e das igrejas-
partidos. Tem gente sendo ordenada para concorrer a um cargo público na próxima eleição (eu conheço, e sei os nomes
de um monte!). Tem ordenação pastoral de parentes dos pastores presidentes, dos manda-chuvas que arranjam
“boquinhas” para primos e irmãos, e fortalecem o controle da família real sobre o rebanho colonial. Tem gente que vira
pastor porque não quer mais trabalhar, preguiçoso que é e sempre foi. Tem ordenação que considera a importância
econômica do candidato. Conheço gente que nem queria ser pastor, mas num lugar onde tal irmão era o último lúcido a
perder a lucidez, ele deveria ser ordenado a pastor porque era muito rico: O cara mais rico da igreja tem que virar pastor!
E assim se faz também com os intelectuais, os doutores, os políticos, os atletas famosos, e por aí vai.

Para justificar tudo isso, quando muito, evocam-se dispositivos bíblicos, quase sempre vetero-testamentários,
que remetem a experiência de ser filho da Nova Aliança para o Velho, o ultrapassado, para a sombra do que havia de vir
ejá veio (para a infelicidade deles). E dessa filosofia herética advém os termos tão em voga atulamente, tais como
“ungido que não pode ser tocado”, levitas, sacerdotes sobre o povo, e muitas profecias voltadas contra qualquer um que
não estiver no time, mesmo sendo irmãos. Basta discordar! Os tais se tornam filhos de Caim, suas igrejas viraram o
Egito, vencê-los é como derrubar os muros de Jericó, derrubá-los é ilustrado com a queda de Golias. Os outros são
sempre a Babilônia, e quem está dentro do esquema é Israel, é Judá, é de Deus!!!

È assim ou não é?

Hoje é isso e hoje é assim. Nas igrejas históricas e tradicionais a coisa acontece de forma sutil e com
impedimentos regimentais que acabam por restringir um pouco a “pouca-vergonha”. Mas no meio neo-pentecostal essa
forma de “chamado” ocorre escrachadamente, diante da cara de todo o povo e da face do Deus que não temem.

5. Como ter certeza de que se tem um chamado para o ministério pastoral?

Ministério não é algo que se pode fabricar ou inventar, e muito menos é algo que se busca como meta externa a
nós. Ministério não existe fora de nós, mas dentro de nós. Não é algo a ser aprendido, mas algo a ser praticado. A
vocação é inerente a nós. Ela não é ensinável. Ela É! Portanto, resta-nos identificá-la, desenvolvê-la e colocá-la em
ação, sendo experimentados na prática dos dons ofertados pela Graça para o serviço ministerial.

A palavra ministério significa "serviço", e pastoral é aquilo que é pertinente ao cuidado das ovelhas de Cristo.

Qualquer serviço a Deus (ministério) só acontece de forma genuína, se acontecer como serviço às ovelhas, por
conta do amor. Só o amor torna legítimo qualquer expressão do Dom.

E o Dom, quanto mais se usa, melhor fica! O Dom não gasta, ele se aperfeçoa à medida que corresponde ao
fluxo do amor de Deus derramado pelo Espírito em nosso coração!

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Portanto, antes de ouvir o "apascenta as minhas ovelhas", o discípulo precisa responder ao "Tu me amas?" de
Jesus a Pedro, quando de seu comissionamento. Sem que você possa responder "Senhor, tu sabes todas as coisas; tu
sabes que eu te amo", nada será de qualquer proveito para você. Pode estar ocorrendo uma ânsia por encontrar seu
próprio espaço comunitário, reflexo da necessidade de estar no controle, o que é muito característico da personalidade
pastoral de nossos tempos.

Sem amor, nada disso me aproveitará!

Parece até incrível que muita gente vai para o seminário ainda imaginando que a única
maneira de servir a Deus é se dedicando às programações da igreja e não ter vergonha de “falar
de Jesus” a todos os que encontrarem.
O trabalho na vida normal é, para tais pessoas, uma coisa suportável, na melhor das hipóteses. Mas, a maioria,
sofre o trabalho, pois gostaria de servir apenas a causa de Deus, que em seu entendimento tacanho é somente fazer a
igreja crescer, e, assim, dominar a sociedade com a influência dos cristãos.

Entre os candidatos ao ministério pastoral, a motivação para pregar a palavra vai da admiração aos “maiores”
líderes”, passando pela “melhor” forma de “sobrevivência” hierárquica dentro da comunidade religiosa, até a mais sincera
expressão de fé pessoal, mas que assume muitas vezes um caráter “martirizado”, posto que pregam com amor aflito e
angustiado, já que creêm que se não anunciarem a Jesus, e não plantarem novas igrejas na Terra, o mundo inteiro está
perdido, visto que Deus está de mãos amarradas e sem voz no planeta, a não ser que nos disponhamos a falar e agir
por Ele.

6. A VOZ DO CHAMADO

É Deus quem chama. Não duvide que Ele chama. Ele chama para o serviço ministerial,
respeitando as continências denominacionais com que cada ser chamado se apresenta diante
Dele e dos homens. Deus chama cada um de um jeito, e Cada um ouve a Voz a seu modo! E
responde com categorias pessoais e intrínsecas também.

Moisés disse “não me ouvirão!” e Jeremias disse “eu sou um menino”. E foi diferente com
Josuel, Isáias, Eliseu, Amós e com todos, haja visto a peculiaridade de cada um de nós.

Eu ouvi desde sempre. Nunca fiz a ligação entre chamado pastoral e exercício oficial da
coisa. Já sai anunciando, pregando, aconselhando à medida que me aprofundava no estudo
pessoal das Escrituras. Penso que sempre corri em direção aquilo do qual tenho fugido.
O chamado, portanto, pode ser fruto de uma experiência dramática de busca de Deus, pode ser fruto de uma
convocação profética confirmando o Dom, pode ser resultado do reconhecimento público da atuação ministerial do
irmão-pastor durante uma fase anônima.

Mas a vocação é antes de tudo, fruto da entrega do ser ao Deus de toda Graça, que
responde como discípulo ao convite do Siga-me e vai... para ser usado conforme a dispensação
da Graça de Deus a cada um. A partir daí vem o serviço apaixonado. Se é ministério, ministre! Se
é ensino, esmere-se no fazê-lo. E assim vai... Não arrombando portas, ou obrigando os outros a
engolir você, mas vai conforme o operar de Deus, que realiza tanto o seu querer como efetuar.
Para ser mais claro, o vocacionado deve deixar o vento levar. O Espírito sopra onde quer, e como
deseja. Eu tenho que estar disponível para discernir e seguir.
Se foi Deus quem chamou, então Foi Deus quem chamou!!! Entendeu?

Daí vem que não devemos nos preocupar com reconhecimentos humanos ou discriminação religiosa. Não
devemos “forçar” nosso espaço, nem exigir nossas posições. Só obedeça a Voz! Obedeça a Voz com “uma consciência
e lucidez que a razão não explica!”

7. A CARICATURA DO CHAMADO - ESTILOS DE LIDERANÇA EVANGÉLICA

Vivemos tempos difíceis. O protestantismo no Brasil está perdendo o rumo. Digo que está PERDENDO,
considerando a melhor das hipóteses. Porque, na verdade, não sei se o nível do RETROCESSO, permite alguma
redenção histórica. Isso só a história dirá. A igreja evangélica se aproxima dos mesmos conteúdos heréticos da
instituição romana que abandonou na Reforma Protestante, como a porca lavada que volta a lama... como o cachorro
que lambe o próprio vômito. E ainda se consegue absorver misticismo, espiritismo, esoterismo e charlatanismo num
caldo só, e como um animal no cio, a igreja sorve qualquer vento de doutrina que passa. Se esse vento for capaz de
fazer uma média com o público, com o rebanho, então vira vento do Espírito na hora, vira moda, é incorporada às coisas
santas e fica inquestionável.

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Assistindo um programa de TV, “flagrei” o bispo (não era da Universal, como todos pensariam) exigiu uma “oferta
pela culpa” para uma irmã aflita que ligara arrependida de ter oferecido oferendas em encruzilhadas antes de ter
aceitado a Cristo. Mandou que ela anotasse agência e conta corrente e “liberou” o perdão, baseado em sua “autoridade
apostólica” pela TV mesmo, já que não havia uma igreja daquela denominação em seu bairro para que ela “se
confessasse ao sacerdote”, segundo foi orientada pelo bispo. Eu vi isso! Veja: É preciso pagar pela culpa? Logo, não
está pago!? Nesse programa evangélico, a graça foi anulada e Cristo morreu em vão pela vida da irmãzinha! Efésios
4.14

Tem mais: Por acaso, somos católicos medievais que precisamos do clero para intermediar nossa relação de
confissão com o Pai??? Esquecemos da orientação do autor de Hebreus de nos chegarmos com ousadia ao Trono da
Graça para alcançar misericórdia em tempo oportuno. Porque para Deus não existe bispo, nem padre, nem pastor, nem
apóstolo entre eu e ELE. O sacerdote é Cristo! Foi para isso que, na Cruz, tudo foi consumado! Meu pecado cabe na
Cruz do Cordeiro de Deus, que segundo João Batista, tira o pecado do mundo!

É trágico que tudo isso está aí sem que a grande massa de membros perceba as idiossincrasias do cristianismo
representado pelo movimento evangélico atual, que como segue crescendo de forma impressionante, pensa com isso
estar obtendo sucesso no estabelecimento do Reino de Deus na Terra, quando na verdade, tal crescimento só tem
servido para dar a coragem, o respaldo, e a cara de pau de fazer o que quiser e bem entende com a igreja: A igreja-
marketing, a igreja-empresa, a igreja-franchaise, a igreja-circo, a igreja-poder temporal, a igreja-massa de manobra
eleitoral, com o púlpito palanque e decretos de maldição a quem não aderir ao voto-cabresto; e tantas outras molduras
que enquadram essa fotografia na qual aparecemos todos sorrindo, e fingindo que nada está acontencendo.

Sem contar que muitas vezes o "chamado para o ministério" acontece apenas porque as pessoas gostam da posição
e do status de mestre. A coisa toda ficou feia. Muita feia!

Tem cada coisa acontecendo por esse Brasil afora: Um ex-sócio de meu pai um dia teve uma idéia “genial” para
ganhar dinheiro: Alugou um salão, ‘contratou’ um pastor, se auto-consagrou bispo, e assumiu a tesouraria da sua “igreja
evangélica”, a sua igreja-bolso, a sua igreja-caixa 2. Com isso, não quero dizer que essa é a motivação com que se
abrem igrejas hoje. Não. Acho que não. Somente quero dizer o que já disse: Qualquer coisa pode chamar-se Evangélico.
E quem se orgulha disso, aceita qualquer coisa. Eu procuro falar de Jesus, e se me perguntam, eu respondo: "Sou
evangélico." Vejo acontecer o contrário em nosso meio: Procuramos falar da igreja, e se perguntam, aí falamos de Jesus.

Tempos como os de hoje são marcados pela ausência do profetismo santo, que denuncia, que não compactua,
que indica as deformações e sinaliza novos caminhos. Falta-nos líderes comprometidos com a inquietude da boca de
João Batista, com os “anátemas!” de Paulo, com os combates de João.

A liderança evangélica de nossos dias é uma caricatura malfeita do Chamado Pastoral. Diferentes estilos de
liderança tem alcançado algum destaque, por conta de características inerentes a certos tipos de personalidade e em
função do próprio organograma de cada igreja, que não privilegiam o Dom responsável e as qualificações interiores
descritas por Paulo.

Quanto ao funcionamento da igreja, em seu “eclesio-grama”, há basicamente dois tipos de liderança:

LIDERANÇA POSICIONAL: Os líderes estão dispostos num esquema hierárquico baseado no cargo, ou seja, o
cargo existe por si mesmo e precisa ser ocupado, mesmo a despeito da necessidade da igreja.

LIDERANÇA FUNCIONAL: Diferente da descrita acima, a liderança funcional prioriza encontrar


espaço para o exercício dos dons de cada um diante da Igreja, e dispõe lado a lado a equipe
ministerial.

Quanto à personalidade dos líderes, percebo os tipos abaixo, sabendo que há muitos outros que tal análise não
alcançou:

LIDERANÇA CENTRALIZADORA: Concentra em si mesmo todas as funções, e mesmo quando as delega,


mantém pouco espaço para a criatividade de seus liderados. Naturalmente, não pode fazer tudo, então deixa
vácuos nos trabalhos, pois nem faz nem deixa fazer. A natureza dessa espécie de liderança não tem qualquer
respaldo bíblico, a medida que é certo que não tem todos os dons disponíveis ao Corpo, ao contrário ela só existe
respaldada pela força do cargo em vigor.

LIDERANÇA CARISMÁTICA: Mantém o vínculo de autoridade respaldada por seu carisma. Esse estilo de
liderança é altamente personalista. Dizem que é importante, já que as pessoas não seguem sonhos, mas seguem
aquele que os alimenta (?). Pode, com o passar dos anos, assumir postura mitológica. A condição de representar
sempre um “totem” para seus liderados cria uma confusão existencial sem proporções e adoece o ser, tanto do
líder escravo da necessidade de manter seu carisma-sustentador-da-fantasia, quanto dos iludidos discípulos que
possui.

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LIDERANÇA INTELECTUAL: Possuem excelente interpretação teológica das realidades sociológicas e são
capazes de entender contextos e encontrar fórmulas de solução. Porém, podem padecer de dificuldades de
executar as mudanças. Dão pouca atenção a assuntos corriqueiros. São pensadores cristãos, e transformam o
ofício numa experiência que não experimenta, só teoriza. O chão de atuação desse pessoal é o ambiente dos
gabinetes, bibliotecas e seminários, e a liderança que possui é respaldada por sua superioridade intelectual, em
se desconsiderando outros fatores. Não conhecem a igreja, mal sentem seu cheiro e gosto.

8. A oratória não é uma forma de reconhecer o pastor que há dentro de nós?

De modo nenhum! Falar bem é até coisa simples. Mas, falar com o coração é uma marca
de quem se dedica a pregação!
Dentre tantos e tantos bons pregadores que ministram atualmente, confesso para todos que nunca ouvi ninguém
pregar como o pastor Caio Fábio. No quesito pregação penso que ele está acima da média nacional, e digo isso para
valorizar a seguinte dica por ele descrita:
“Seja simples. Não creia que a verdade precisa de reforço de “doutores”. Anuncie a Palavra, sem afetamentos e
sem performances teatrais. Fale o Evangelho do mesmo modo que você fala com as pessoas. E sua organização
homilética não precisa ser como uma “bula de remédio”. Leia Jesus, Pedro, Paulo, e os demais, e veja que eles tinham
uma mensagem, não um “esquema”. Pense de modo simples, pois isto tornará tudo mais claro. E não tente nunca
falsificar seus sentimentos. Não seja negativo. Mas nunca dê uma de palhaço se você está com vontade de chorar. E
saiba: a Palavra tem que passar antes por você, mesmo que seja como contradição. Por isso, nunca pregue para os
outros. Pregue sempre para você. E evite ser pregador de uma nota só. Varie. Mas saiba que o final é sempre o mesmo:
um convite para que as pessoas amem a Deus de todo o coração, e descansem na Graça de Deus. Isto é o que as
fortalece para irem para casa e para vida com animo para viver.”

Onde leciono ciência odontológica, me perguntaram se falar em classe e falar na igreja era a mesma coisa.
Respondi que uma coisa de fato melhorava a outra, por conta da própria experiência de se falar publicamente. Mas,
ortodontia eu ensino com o cérebro, a Palavra eu ensino com o coração, com a alma envolvida na coisa. Falo com o
testemunho do Espírito e compungido pelo próprio efeito da Palavra em mim mesmo.

Ensinar dá prazer de qualquer forma, mas PREGAR é privilégio e obrigação! O vocacionado sente o “Ai de mim
se não o fizer...” Tem prazer e impulso, mas tem também um senso de não-merecimento. Até parece que tem um ship
instalado na alma do cara, que leva o homem chamado em direção ao exercício do chamado.

Eu penso que a ciência pode ser do seu tamanho, do tamanho do seu saber sobre ela. Basta-me o
conhecimento intelectual do tema, muitas vezes. Mas o Evangelho é mistério, é o segredo de Deus revelado como Boa-
Nova. Ele é maior que você! Não cabe em você, mas ao mesmo tempo, está todo dentro de você, porque quando você
prega o Evangelho, não fala nada que não seja seu em Deus. Ensina o que vive, ainda que em contradição e
permanente estado de afetação pela Graça. Como assim? Ora, o preparo é para além do intelectual, mas por mais que
alguém se prepare, ele só prega com unção porque já foi preparado pelo Dom para as boas obras de antemão
preparadas para se andar nelas. Ou seja, “quem ensina, esmere-se no fazê-lo”, mas quem não ensina como Dom, todo
esmero é vão!

Na faculdade ensino ciência para profissão. Na pregação, ensino Vida para a vida! Então, é de se supor que
meu nível de envolvimento é diferente.

Porque disse tudo isso? Porque é assim que o vocacionado se sente: Apto e inapropriado. Professor e aluno do
seu próprio tema. Deve-se porém, seguir sem prestar muita atenção a essas coisas. Toda nossa energia deve ser em
responder a questão do Amor colocada por Jesus para Pedro, independente do que Pedro acabara de fazer em
negação, mas ao mesmo tempo, só porque Pedro era Pedro. Era o cara CHAMADO! E com negação, temperamento
instável e tudo o mais, ele creu e foi “apascentar gente”.

9. E SE NÃO RECONHECEREM MEU MINISTÉRIO?

Penso que ninguém deve ficar esmolando chances eclesiásticas. Não se deve forçar a barra para conquistar
espaços oficiais dentro da igreja. Se a paróquia é o mundo, tal como definiu Wesley, então quem É, seja sendo! Como?
Vai e anuncia! É “partir para dentro”, de peito aberto, com a boca ungida, a alma em fogo, o espírito em fé e o corpo em
movimento no chão da vida. Nos ambientes não oficiais da igreja e fora dela.

O ministério É, independente do reconhecimento humano, ainda que o mesmo seja importante para a igreja
local, porque potencializa as ações do vocacionado no meio das gentes. Mas, enquanto não acontece a tal ordenação,
acontece o ministério. E a ordenação só acontece porque foi precedida da experimentação do Dom pastoral na
comunidade dos discípulos. O ministério acontece primeiro porque o mundo é o campo de todos os que carregam a
mensagem do Evangelho, como semente. Segundo porque não se requer nenhuma formação especial para que alguém
reúna os amigos e lhes anuncie a Palavra. Terceiro, porque a gente não começa a pregar quando dão o púlpito. Ao

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24/06/2018 Caio Fábio -

contrário: porque você prega é que lhe darão o púlpito. Conhecimento é importante e cada denominação aplica um
importância diferente ao requisito FORMAÇÃO TEOLÓGICA, indo de um extremo ao outro desse entendimento: uns só
fazem pastores seus membros que estudaram por 5 anos numa faculdade da denominação, com monografia e
bacharelado e tudo o mais, outros conduzem ao ministério gente que não tem a menor noção teológica, nem mesmo do
que seja o Evangelho para si próprio.

O Evangelho mostra que Jesus não sabia letras e não havia estudado. Sua sabedoria não procedia de rabinos
ou de professores. E Ele não pediu permissão a ninguém para anunciar o Reino de Deus. Assim foi com todos os
profetas e com Paulo, por exemplo.

Portanto, se você ama a Jesus e ama as ovelhas Dele, sendo você apenas uma delas,
então sirva-as de todo o coração. E não se impressione com o tal "ministério pastoral", mas
apenas procure discernir seus dons, e os deixe à serviço do reino de Deus, e que se expressa
como serviço aos irmãos e ao homens. Quanto à ordenação, o que tiver que acontecer que
aconteça sem encantamento – mas com discernimento e fé.
Veja abaixo o trecho de uma carta respondida pelo Pr. Caio Fábio D´Araújo Filho, disponível na internet:

Mensagem:

Prefiro não dizer meu nome, embora minha história possa ser identificada.
Tenho 30 anos, sou casado, sinceramente feliz com minha esposa e filhinha de 10 aninhos.
Sou pastor, segundo o chamado, há onze anos; segundo a “igreja” desde 98; mas isso tanto faz pra mim hoje; pois já tive
tantos conflitos por não distinguir uma coisa da outra.
Nesses anos todos, quanto mais forte sentia o chamado, mais me envolvia com a “igreja”, que sempre me decepcionava;
então me afastava da “igreja”, mas infelizmente me afastava também da Igreja do Senhor, a qual fui chamado para
servir.
Bem, surgia o vazio, a tristeza de não responder ao chamado...aí eu voltava, me envolvia de novo com ela: a “bendita
igreja”, que de novo me machucava.
Pastor eu nunca gostei “dela”, sempre desconfiei de sua falsidade e hipocrisia; mas, enfim, tentei encarar, reter o que é
bom, ser sal fora do saleiro (fora do saleiro é dentro da “igreja”), dar frutos onde fui plantado!
Em 98 me “ungiram”, que presunção!
Não teve muita badalação; afinal quem sou eu?
Acho que foi por caridade que me deixaram entrar; eu quis um pouco de badalação; talvez para sufocar a voz da minha
consciência, ou das minhas dúvidas...
Tudo bem, consegui um título...
Nunca deixaram de mencionar a palavra “auxiliar” quando mencionavam o meu “titulo”...comecei a não gostar, crendo
estava me tornando um deles.
Veio também o desgaste da relação com o pastor titular, por motivos que eu não conseguia definir; ora eu achava que
era por não ver nele a santidade do evangelho que eu cria; o que talvez, de minha parte, fosse legalismo também; ora
era expectativa e carência de pai projetada nele, que não tinha nada de ver com minhas tragédias familiares (essa é
outra história, sem um dia você tiver paciência de ler eu te escrevo).
Enfim, eu não sabia e nem sei se sei ainda.
Mas o que fazer?
Sem emprego, apenas salário pastoral...bom, melhor do que eu ganhava fora, com minha pouquíssima formação de
rapaz pobre da periferia (o que fazia sentir-me ainda mais vendido); e a esposa e a filhinha para sustentar.
Pobre esposa, sofrendo com a distância do maridão, amigo, pastor no lar, que resolveu ser pastor auxiliar na “igreja” e
estranho no lar.
Criei coragem ou rebeldia, nem sei, pedi demissão, sem saber o que fazer, apenas contando com o carinho e a coragem
da linda esposa que aceitou pagar o preço para ter o marido de volta.
Imagine, nessa mesma época, por ordem da justiça passei a receber de uma empresa na qual havia trabalhado há anos,
em 12 parcelas, uma rescisão de contrato, que não me pagaram quando me demitiram.
As parcelas mensais eram menos da metade do salário recebido na ‘igreja’, mas nos deixava tão felizes apesar de
apertados.

Sempre ouvi histórias de homens que deixaram carreira e bons salários para servirem no ministério ganhando bem
menos; eu fiz o contrário e glorifiquei a Deus tanto quanto eles.
Dois anos se passaram desde que pedi demissão, recebi meu primeiro salário em meu novo emprego exatamente trinta
dias após receber a última parcela daquela rescisão; agora já um pouquinho melhor do que recebia antes, e que ainda
pagam na “igreja”.
E neste mês de Novembro/2003, um ano após começar trabalhar nesse meu emprego, sem eu saber de nada, sem
passar pelos treinamentos requeridos e sem nenhuma explicação, fui promovido, com boa alteração no salário; fiquei
muito feliz, porque não fui um funcionário excepcional, e recebi essa promoção, ou por erro de alguém, ou por pura
Graça; creio que foi Graça!
E meu ministério?
Em fevereiro de 2003, eu, acompanhado e estimulado por um amigo, sem consultarmos carne ou sangue, começamos a
fazer visitas evangelísticas num bairro bem pobre daqui da cidade; “chão” dominado pelos usos e costumes e
preconceitos com os sem “doutrina”...imagine conosco que éramos sem “igreja” (incrível, como eles são sempre os

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24/06/2018 Caio Fábio -

primeiros a chegar).
A influência sobre o bairro já era grande, e havia muita gente excluída por não suportar a tal “sã doutrina”, andando
desgarrada pelo bairro, marcadas e estereotipadas, mesmo não freqüentando as igrejas, elas não abandonam o
estereotipo, que é menos agradável em comunidades com poucos recursos.
A mensagem da Graça mais do nunca era necessária ali; achei que iríamos ser bem aceitos, afinal o jugo iria se
quebrar.
Que nada!
A idéia de ir pro céu só pela fé mesmo, lhes pareceu esquisita!
Dizer que Deus se importava e queria curar o coração, fazia-os recuar dizendo que Deus não era açougueiro.
Chorei, busquei, sofri, mas alguns voltaram a ser o que eram antes: sem igreja, por acharem que Igreja era somente
“aquela” da qual haviam sido tragicamente expulsos.
Outros, no entanto, permaneceram, sendo que a maioria nunca teve, graças a Deus, nenhuma história evangélica.
A idéia de criar um ministério próprio me amedrontava.
Um dia querendo enfrentar meus fantasmas, visitei a igreja onde havia sido pastor auxiliar. Nem conto o misto de
sentimentos que borbulhavam dentro de mim, sem falar na surpresa que surgiu em todos, embora minha partida tenha
sido dentro do possível numa boa.
Bom, depois de uma conversa meio periférica e tal, com meu (sei lá) ex-pastor, surgiu o assunto desse grupo no bairro
pobre.
Outras conversas vieram, e sob o acordo de não negociar valores fundamentais, compreender o secundário, e em tudo o
mais manter o amor, o pequeno grupo (30 pessoas que eu amo), no mês de agosto, veio oficialmente a ser uma
congregação de minha antiga igreja.
Até aqui o acordo, que é também lema da denominação, tem sido mantido...
Continuo com emprego secular e não abro mão disso, embora ninguém tenha me proposto o contrário.
Os queridos irmãos lá na congregação do bairro carente estão indo bem, já estão testemunhando o encontro sem culpas
que tiveram com Cristo; o grupo só não é maior porque não quero, e acho que também não sei fazer um oba-oba legal
no bairro.

Bom!! Se o amado pastor abriu essa carta e chegou a ler até aqui, eis aqui minhas dúvidas. De acordo com o que leu se
puder me responda.
Estarei eu fazendo a vontade de Deus, pregando o Evangelho sem barganhas a fazer, recebendo Dele condições e
liberdade (até da denominação) para continuar esse ministério?
E se assim for, porque sinto que me “aproximei da antiga igreja” para provar algo? Exemplo: mostrar como posso viver
sem o salário “deles” e ainda posso desenvolver um ministério frutífero dentro do que é saudável.
Por favor, me ajude!
Quero ser o mais honesto possível com o povo a quem sirvo lá no bairro.

Resposta:
Meu amado: Paz!
A gente só não tem barganhas a fazer com Deus, pois Ele determinou que está Consumado!
Davi, no entanto, dizia: Caia eu nas mãos do Senhor; e não caia nas mãos dos homens; pois muitas são as misericórdias
do Senhor!
Com os homens a gente aqui ou ali faz algum negócio.
Pode até ter que babar e se fazer de louco—como fez Davi com os filisteus.
Mas sempre há alguma troca: Permite-me beber de tua fonte e tomarei conta de teu rebanho—propôs Davi mais de uma
vez.
Com Deus não há barganhas a fazer, pois, que darei ao Senhor por todos os Seus benefícios para comigo?
O que tenho para dar, se todas as minhas justiças são trapo de imundícia?
Mas com os homens a gente tem que ser prudente como as serpentes e simples como as pombas. E não se pode jogar
pérolas aos porcos.
Além disso, com os homens, às vezes, tem-se que fazer como Paulo e dizer: De modo algum, vocês me espancaram em
público e agora querem me soltar no escurinho! De jeito nenhum!
Com Deus está tudo resolvido, mas com os homens, às vezes, a gente tem que ir até Jerusalém a fim de fazer uma
santa média—como Paulo fez em Jerusalém—apenas para pacificar situações.
Ou seja: com Deus o que prevalece é a Graça, mas com os homens a Sabedoria.
O segredo é fazer isto tudo sem se deixar tornar “escravo de homens”.
Esta é a sabedoria.
Além disso, vemos Paulo se “gloriando” de que nunca havia tido que se fazer “pesado” aos crentes da Acaia, pois
trabalhara de graça, fosse provendo para si mesmo com seu trabalho de fazedor de tendas, ou fosse recebendo doações
que vinham de outras igrejas mais amigas, maduras e abertas.
Ele diz: Esta glória ninguém vai tirar de mim nas regiões da Acaia!
No mais, meu amado, fiquei super feliz com sua Carta e com seu discernimento.
Espero no Senhor que você continue firme, e que amadureça doce e belo.
E folgo em saber que você pode fazer o ministério sem depender do dinheiro de ninguém.
Que Deus o guarde e prospere, e que aumente a sua riqueza, e a alegria de seu casamento.
Caio

Ora, o que eu pretendo colando essa correspondência?

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24/06/2018 Caio Fábio -

Quero acrescentar, observando a dinâmica da vida do irmão remetente, que aqueles que querem fazer a Obra
de Deus, fazem! Fazem enquanto caminham. Fazem mesmo com fraquezas, receios, “perigos por fora, temores por
dentro”. Fazem sem impor muitas prerrogativas, sem muitos caprichos a serem considerados, sem muitas exigências,
sem desculpas a dar, sem instituição, com instituição. Fazem e sempre que fazem, fazem fazendo exame interior se o
que os faz fazer é amor genuíno ao Reino de Deus ou tentativa de iniciar uma frente paralela, um lugar-vingança.
Seria vaidade pessoal, vontade de aparecer, sede de poder, afirmação, ressentimento, inveja, competitividade e
tantas outras coisas que desde sempre estiveram presentes no mundo das intenções humanas no encontro com o
ALMEJAR de tão excelente obra-privilégio que é anunciar o Evangelho?

10. POR ONDE COMEÇAR?

Quero antecipadamente dizer que minha intenção com a categoria de resposta a essa questão passa por um retorno a
simplicidade do entendimento do que seja o Chamado Ministerial. De modo algum pretendo ensinar ninguém a dar de
ombros para as prerrogativas de suas denominações, ou descartar as exigências impostas por cada igreja a seus
membros separados para o ministério pastoral ou missionário.

Minha proposta é contribuir para não se construir obreiros de mentirinha, pastores profissionais, ministros-
ornamento-religioso, gente mais ligada à instituição do que a Deus. Gente que pensa que a ordenação entre os homens
tem algum significado absoluto diante Daquele que já ordenou.

Portanto, inicio dizendo o básico: Dê fruto onde Deus semear você! comece onde você está Se o Dom só se
manifesta quando se recebe a ordenação pública, então não era Dom! Haja visto haver no NT uma preocupação muito
maior com a manifestação abusiva e mal motivada dos dons do que com a negligência deles. O Dom também não
reconhece distinção entre os ambientes religiosos e seculares.

Comece onde você está. De preferência inicie se relacionando, e convidando as pessoas que você ajuda a se
encontrarem com você, ou na sua casa, ou na casa de alguém; e tudo será verdadeiro. Resista à ambição pelo palco da
igreja. Não foque o púlpito como seu alvo principal. O pastor é mais que um pregador.

Em segundo lugar, onde você está, seja você mesmo! Como assim? Ora, toda e qualquer
falsificação do fruto só gera maldição e escândalo. Preocupa-me a cultura do testemunho a
qualquer preço. Aquela que diz: Fiz ou não fiz só por causa do testemunho. Preste atenção: Gente
falsificada não contribui para o Evangelho, nem mesmo para si, quanto mais para os outros.Não
seja a imitação de ninguém, não precisa se parecer com o pastor, o bispo, o apóstolo, o irmão
profeta da reunião de oração. Seja você mesmo com o Dom em você para o serviço em amor –
esse conjunto: Autenticidade – Dom pastoral – Amor Doador não falha nunca.
Rejeite ser um pastorzinho mecânico que vive no meio secular como uma espécie de peixe fora d´água, que
acaba por não fazer amizades sinceras, posto que cada um que se apresenta diante desse, acaba “vítima” de sua
pregação verbal, quase sempre sem correspondência com aquilo que se prega com a vida, e essa fala tão alto, que
impede que sua voz seja escutada para o bem. Portanto, Apenas seja alguém que serve ao povo com amor, e que o faz
onde está.

Ora, sendo assim, não haverá ninguém que possa impedir de ser quem você é, e de servir a Deus e aos homens
conforme a Graça que recebeu como dom.

Se você fizer assim, então, em havendo necessidade, procure maiores conhecimentos. E


aqui que o preparo acadêmico pode ajudar. E nesse ponto que um seminário, curso ou faculdade
tem muita contribuição a dar, posto que é necessário que o bispo esteja apto para ensinar. Daí por
diante, surgirá uma "ordenação incontestável", e que será validada pelas obras do amor, e não por
um concílio, conselho ou assembléia.

11. SUSTENTO MINISTERIAL

Voltando para o “caso-verdade” exposto na correspondência aberta dos irmãos acima, percebe-se como é crítica
e evidente a questão financeira envolvida com a atuação pastoral. O NT é absolutamente CLARO com o tema. Uma das
principais referências deixa claro que aqueles que trabalhavam bem deviam ser honrados pela comunidade dos
discípulos, principalmente os que labutavam no ensino e na pregação. Que tal honra (honor – honorário) incluía apoio
financeiro, fica claro pela ilustração do v. 18, do capítulo 5 da primeira carta a Timóteo: “não amordace a boca do boi,
enquanto está debulhando o cereal, e “ o trabalhador é digno de seu salário”.

Particularmente penso que um homem sempre deve buscar ter independência financeira.
Mesmo que não precise lançar mão de tal possibilidade, precisa ser possível fazer “tendas”
sempre que necessário. Ao menos uma profissão para qual voltar-se, se for o caso.
https://caiofabio.net/conteudo_detalhe.php?codigo=03302 10/12
24/06/2018 Caio Fábio -

Ao contrário do que tradicionalmente se possa imaginar, possuir Independência financeira


resulta em algumas vantagens para o ministério:

1. Elimina a tentação do crescimento numérico a qualquer preço. Tem gente a caça do mais novo método de
crescimento, com a motivação intrínseca do grande ministério bem sustentado. “Qual é a fórmula do momento? Tô
dentro!”

2. Tudo que se pode falar sobre contribuição financeira é tudo que está na Palavra, sem precisar arquitetar barganhas,
correntes, campanhas, exercendo terrorismo e ameaças ao povo.

3. O pastor não fica na mão dos donos da igreja. E todos sabem que é verdade que eles existem. Feliz da
congregação onde o maior dizimista não se acha no direito de ficar apagando as luzes acessas desnecessariamente
pelos corredores. Fuja desse cabra!!!

4. Fazer tendas é nobre e didático. Ensina que “todos devem fazer o que é útil com as próprias mãos” e que no
Reino não há espaço para gente encostada, folgada, que aprende a ser pedinte, esmolando sempre aos crentes
compreensivos na forma de cobrança de uma obrigação comunitária. Tem gente que passa anos nessa condição, e a
igreja nem percebe. A ponto até de alguns desejarem o Ministério por conta do “ganho fácil”. Diante dessa malandragem,
Paulo diria: Quem não trabalha, não coma! E para dar o exemplo, o apóstolo mostrou como se faz, ainda que sem nunca
abrir mão de afirmar o direito que tem de seus honorários duplicados.

Penso, então, que a menos que seja uma clara orientação divina,

“Tem-se também que quebrar esse paradigma de que o serviço a Deus é uma coisa à parte. Tudo
faz parte.”
12. CONCLUSÃO

Por fim, quero dizer uma coisa básica, mas que algumas mentalidades mais soberbas e em-si-mesmadas já se
esqueceram: A GENTE É SÓ GENTE! Não há homem, mulher, rico ou pobre, estudado ou ignorante, patrão ou
empregado, pastor ou ovelha, “todos são filhos de Deus mediante a fé em Cristo”. Ninguém tem vantagens de acesso ao
Pai, porque a todos foi dado a Graça de entrar ousadamente no Santo dos Santos, sem qualquer intermediação
sacerdortal. Ninguém chega diante Dele carregando algum título ou mesmo Dom, porque todos são estimulados a
“chegarem confiadamente ao Trono da Graça para encontrarmos Graça e Misericórdia em tempo oportuno.

E acrescento o seguinte:
1. Não corra atrás de currículo espiritual: Quem quiser se gloriar, glorie-se nisso: Em
conhecer mais e mais o Senhor. Paulo não se gloriou, senão nas suas fraquezas, pelas
quais o poder de Deus se aperfeiçoava em sua vida. 2 Coríntios 12.9-10
2. Não dê ouvidos a toda pregação evangélica só porque é evangélica. Precisa ser comprometida com a
Palavra, com as causas do Reino de Deus, sem barganhas, sem meninices, ameaças e induções. Saibam: Deus
não é evangélico, não é pentecostal, tradicional, congregacional, nem batista, presbiteriano, nem metodista, nem
qualquer outra coisa que diz representá-lo. Deus não cabe nessa coisinhas que inventamos! Ouça a Voz! Mesmo
que seja a única que prega o que prega! Não se iluda com multidões. As multidões são curiosas e seguem
somente enquanto se sentem bem. Os discípulos seguem porque só Ele tem as palavras de vida eterna.

Há muitas igrejas sérias, e boa parte dos pastores-presbíteros-bispos são homens de Deus. Homens sérios e
igrejas sérias vão continuar pregando as Boas Notícias do Reino que não é deste mundo. Que sua vida e sua igreja
sejam assim, mesmo que isso signifique ser uma Voz no meio do deserto.

Afinal, quando o Filho do Homem vier, vai encontrar Fé na Terra?

Bom, essa é minha carta aos vocacionados de minha geração. Meu compromisso é com minha geração e
com meu coração.

Essa é minha carta para mim mesmo, às vésperas da ordenação.

Marcelo Quintela

Em dezembro de 2004

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24/06/2018 Caio Fábio -

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