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Material de Apoio – Leitura Necessária e Obrigatória

Teologia de Umbanda - TU

Desenvolvido e Ministrado por Alexandre Cumino

ICA - Instituto Cultural Aruanda I Bauru-SP

AULA 01 BLOCO 01 - Versão Digitada

Saravá Umbanda, eu sou Alexandre Cumino, estamos aqui na Plataforma UMBANDA


EAD, iniciando a Teologia de Umbanda. A maior jornada de estudo e conhecimento
dentro da nossa religião, e você é o nosso convidado. Axé

Cena de entrevista:

Alexandre: “A questão não é viver a Umbanda, eu sou a Umbanda. Umbanda não é


uma coisa que eu faço, Umbanda é algo que eu sou. Eu sou Umbanda. Minha forma de
viver, de pensar, de agir é Umbanda. Umbanda é religião também, não apenas. Umbanda
é também uma cultura, um estilo de vida. No meu caso, Umbanda me define, eu sou
Umbanda.

Para dar início a todo esse conteúdo, eu, a Teologia, Rubens Saraceni, como tudo
isso se encontra. Venho de uma família espírita que seguia a doutrina de Kardec. Isso
quer dizer que minha mãe teve toda uma formação espírita e passou essa formação para
mim desde a infância. Por que contar essa história? Porque é a historia da maioria de nós.
Há uma identificação no momento em que conto minha história, você pode se identificar,
e irá entender que não há diferença entre eu e você. Estamos aqui e por mais que exista
um conteúdo formal, uma formalização da organização do ensino desse conhecimento, há
uma troca de experiências também. Porque a Teologia de Umbanda se confunde com a
minha historia, pelo fato que há muitos anos eu sou Umbanda, vivo Umbanda. É muito
forte isso para mim. A única razão para eu estar aqui ministrando Teologia de Umbanda é
porque amo Umbanda, sou apaixonado por essa religião.

A Umbanda mudou a minha vida completamente e conhecer o Rubens Saraceni,


conhecer a Teologia de Umbanda foi o que me manteve umbandista.

Cena de entrevista:

Alexandre: “Você é Umbanda, algumas pessoas são Umbanda, outras pessoas estão
na Umbanda. Mas para aqueles que são Umbanda ela se amolda, segundo inclusive as
palavras do meu Pai Mestre Rubens Saraceni, a Umbanda amolda a sua maneira de ver, e
ela se amolda de tal maneira, é como incorporar um Caboclo. Quando você está
incorporado, você não sabe se é você ou o Caboclo. De tal forma que você se perde no
Caboclo, o Caboclo se perde em você. E você não sabe mais onde você começa, onde
termina, ou o Caboclo. Umbanda, não sei onde começa eu, onde eu termino. Onde
começa a Umbanda...eu sou Umbanda. Então, eu poderia responder como é minha vida?
Ótima, eu sou feliz, Umbanda é um caminho para a felicidade.”

Eu trabalhava junto com meu pai, na marcenaria dele, lá no Belém, Largo


Ubirajara, tinha um senhor que carregava papel, que colhia papel na rua. O nome desse
senhor é Expedito, ele já desencarnou. Na época ele tinha uns 70 anos, um negro, de
cabelo e barba branca, como um preto velho, forte. E embora ele fosse um catador de
papel que andava com esses carrinhos na rua, ele usava um uniforme, sempre muito bem
alinhado, limpo. O cabelo e barba dele sempre muito bem cortadinho e aparadinho. E ali
em um bar, na rua Silva Jardim, tinha lá um bar que todos os dias eu tomava café com
leite mais ou menos no mesmo horário, ele tomava uma cerveja. Ele era muito
disciplinado. Todo dia ele cumpria um ritual, tomava cerveja no mesmo horário, sempre
arrumado, alinhado para carregar papel. Muito curioso. Para mim, tinha alguma coisa
nele que despertava uma curiosidade enorme.

Por algum motivo, eu também devo ter despertado uma curiosidade nele, porque
eu tomava café com leite, ele tomava cerveja. Eu achava ele muito curioso, olhava para
ele, de alguma forma ele estava sempre sorrindo. Ficamos conhecido. Ele estacionava o
carrinho de papel na porta. De longe já sabia que ele estava lá. Ficou meu conhecido, eu
sorria para ele, ele sorria para mim. Um dia, esse senhor chegou para mim: “Qual a sua
religião?”, e eu disse, sou espírita. O velho deu risada, olhou na minha cara e falou assim:

“Você não é espírita, você é Umbanda”. Eu disse, Umbanda? Nem sei o que é isso?
Umbanda, Umbando. Meu senhor, eu sou espírita, minha mãe é espírita e minha vó era
espírita. Minha família inteira é espírita. Não sei o que esse Umbando que o senhor está
falando. E ele mais uma vez deu risada, olhou na minha cara e disse assim: “Eu estou
vendo com você um Caboclo e uma criança. Isso é Umbanda.”

Uma amiga visitou um terreiro de Umbanda da madrinha dela e conversando com


ela, ela me disse, na época eu tinha 20 anos, ela falou para mim: Cara, eu fui em um
terreiro de Umbanda, é um negócio muito louco, você precisa conhecer. Toca atabaque,
eles cantam música, eles dançam”. Eu na época também jogava capoeira, e ela disse que
tocava música de capoeira no terreiro de Umbanda. Marcamos um dia, era longe, eu
morava na casa dos meus pais lá em São Paulo, meus pais moram lá naquela região
Cupecê perto do aeroporto, para quem conhece, e esse terreiro era lá na Vila Jaguara.
Com trânsito, era um dia de semana a noite, coisa de 2 horas para chegar. Fomos ao
terreiro de Umbanda. O terreiro do Caboclo Flecha Dourada do Seo Zé Baiano, a dirigente
é a Marlene, até hoje existe esse terreiro. Funcionava dentro de uma garagem, e você
entrava naquelas entradinhas laterais, que tem em sobrados. Aquela entradinha lateral
que você sobe uma escada e do lado tem uma garagem. Na entradinha lateral tinha a
firmeza da esquerda e tinha um turíbulo na entrada, e eu já achei aquele negócio
fascinante. Um turíbulo, um defumador. Na entrada já tinha um cheirinho ali. Não tinha
isso nos Centros Espíritas em que eu ia. Com todo respeito, com todo amor. Amo o
Espiritismo, tenho um respeito pelo Kardec, acho que temos uma dívida de gratidão com
Kardec, com Espiritismo, mas minha experiência com Espiritismo era uma coisa um pouco
fria, um pouco distante.

Um Turíbulo na entrada me parecia uma coisa encantadora. A hora que cheguei


naquela porta, ou seja, eu fui “pegô”, primeiro pelo olfato, por aquele aroma, deu um
negócio em mim. Tem um amigo que fala: Cheiro de Macumba irmão. Então, aquele
cheiro....sabemos que Umbanda não é Macumba, mas é um jeito de falar....aquele cheiro
parece que entrou dentro de mim e já me deu um negócio na entrada. E aí, ao adentrar o
recinto, o ambiente, o Templo, o Centro, A Tenda, o Terreiro, um altar, Jesus lá em
cima: “Nossa, tem Jesus”. Todo mundo pensa quando entra em um terreiro de Umbanda:

“Aqui tem Jesus então posso ficar mais calmo”. Então, Jesus no altar, algumas imagens
católicas. Eu não vim do catolicismo, não tinha a menor idéia de quem era Santa Bárbara,
São Jerônimo, São Sebastião. Acho que São Jorge é muito popular, mas também não sabia
quem era não.

Havia uma curiosidade enorme em mim, então, Tambor. Falei: “Nossa, como é
esse negócio aqui? O povo vai rezar, vai tocar tambor, vai cantar, vai dançar, o que vai
acontecer aqui? Meu Deus, o que vai acontecer aqui dentro?”. Tem tambor, e uma
cortina, uma coisa misteriosa. Em um momento a cortina fechava e você e os médiuns
começavam a entrar. Naquele terreiro você pegava a fichinha e mais ou menos dizia com
quem você queria passar. “Não sei, não conheço ninguém. Se eu não conheço ninguém,
qualquer um”. Primeiro incorporava o guia chefe da casa, o Flecha Dourada, depois
tomava passe com o Preto Velho daquele dia e no final Seo Zé Baiano dava a mensagem
final e cumprimentava as pessoas que ali estavam. Mas o que eu vi, uma cortina fechada,
e os médiuns começaram a entrar. Dava para ver aquele movimento de bater cabeça,
então os médiuns batiam cabeça para dirigente, pediam a benção dela, depois batiam
cabeça para o altar. Eu não sabia o que era aquilo também.

Vamos pontuar que para um a pessoa que não sabe, você bate a cabeça porque
todo mundo bate, você canta porque todo mundo canta, você roda porque todo mundo
roda. Tudo bem. Você não sabe o que é isso, mas é extremamente curioso. Isso é
Umbanda.

Cena de entrevista:

“Eu sou Umbanda, mas Umbanda é muito mais do que eu. Umbanda não se define
por olhar para mim, ou ver o meu estilo de vida ou o que faço, porque ela é muito mais
do que eu. Então, eu sou a Umbanda por inteiro, e a Umbanda é muito mais do que eu,
onde, vivendo ela por inteiro, sou também uma parte dela. A Umbanda sou eu por
inteiro, o meu melhor, o meu pior, o meu tudo. Por que a minha sombra, que não é o
meu melhor, também é Umbanda, e lá está Exu, em ajudando a entender e a lidar. Na
Umbanda isso é incrível, na Umbanda eu sou inteiro. Não é apenas o meu melhor. A
Umbanda não é apenas a minha luz. Eu sou inteiro Umbanda, a minha luz, a minha

sombra, as minhas trevas, em tudo, tudo é Umbanda. Aqui está Oxalá, aqui está Exu,
aqui está Pomba Gira, aqui está Caboclo, em cada lugar do meu ser, há um aspecto da
Umbanda, em plenitude”.

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