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A Guerra Civil na Síria: atores internos, jogos de poder e possíveis reflexos para o

Brasil a partir da situação dos refugiados desse conflito

Carlos Eduardo Cardoso Souza


Diego Madureira Peixoto
Flávio Barros Correa
Renato Moreira Ciscotto
Walter Augusto Manhães dos Santos 1

RESUMO: o presente artigo teve como objetivo analisar a série de conflitos que vêm
ocorrendo na Síria desde 2011, levando em consideração seus antecedentes históricos,
características geográficas e políticas, a fim de compreender sua origem e
desenvolvimento e verificar questões relativas às relações internacionais. Foi realizado
um estudo dos quatro principais participantes do conflito: o governo de Bashar al-
Assad, os rebeldes sírios, o povo curdo e o grupo terrorista conhecido como Estado
Islâmico, no Iraque e na Síria, bem como a influência dos demais atores do cenário
internacional no apoio a cada uma destas partes. Buscou-se ainda identificar quais são
os possíveis reflexos deste cenário para o Brasil e, como resultado, verificou-se que
devem ser adotadas medidas em relação aos refugiados que, ao mesmo tempo em que
atendam aos direitos humanos, não coloquem em risco a segurança nacional brasileira.

Palavras-chave: Síria. Guerra Civil. Atores Internos. Refugiados. Brasil.

1 INTRODUÇÃO

1.1 Antecedentes históricos

A Síria é um país localizado no Oriente Médio, um dos pontos onde surgiram as


primeiras civilizações do mundo e também onde surgiram as principais religiões
monoteístas, cristianismo, judaísmo e islamismo.
Ao estudar a região da Síria, analisa-se que cerca de 50% de sua população está
localizada na faixa oeste do país, mais próximo ao Mar Mediterrâneo. O restante da
região é tomado por um grande deserto. No entanto, este deserto possui reservas
consideráveis de petróleo e também uma grande quantidade de gás natural.
Toda esta região já esteve sob o domínio de grandes impérios, entre eles, os
persas, os gregos e os romanos. Dominada durante os primeiros séculos da Era Cristã
pelos romanos, a região passou ao controle do Império Romano do Oriente depois da
divisão efetuada no século IV. Em seguida, no século VII, um novo poder surgiu na
região, os árabes, inspirados por uma nova religião, o Islamismo. Seus seguidores,
inspirados pelo profeta Maomé, são chamados de muçulmanos.

1
Cadetes do 4º Ano da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), sob orientação do Ten Cel José
Ribamar Cândido de Sousa Neto, Assistente-Secretário do Comandante da AMAN e Coordenador de
Doutrina da AMAN até 25 abr 2017, o qual também fez parte do Estado-Maior da Brigada Espanhola da
Força Interina das Naçoes Unidas no Líbano (UNIFIL), no período de maio a novembro de 2015.
Os muçulmanos estão divididos entre dois grupos: os xiitas e os sunitas. Após a
morte do profeta Maomé, teve início um período de discussões sobre quem deveria ser o
seu sucessor. Neste contexto, o islamismo dividiu-se nestes dois grupos. Os sunitas
correspondem ao grupo islâmico que pregava que o sucessor de Maomé deveria ser do
mesmo clã de origem do profeta, enquanto os xiitas afirmavam que o sucessor deveria
ser alguém da família de Maomé. Desta forma, os xiitas seguiam Ali, primo de Maomé,
pois acreditavam que este havia sido escolhido por Deus para tal função e acusaram os
sunitas de terem omitido do Alcorão a parte que esclarecia que alguém de laço familiar
era o herdeiro legítimo do califado.
As Cruzadas foram a tentativa dos cristãos europeus de reaver estas terras. Por
fim, chegam os turcos, com Genghis Khan, conquistam a região e fundam o Império
Otomano, que ali permanece até a Primeira Guerra Mundial.
Para derrotar o Império Otomano, a França e o Reino Unido necessitavam de
ajuda e a conseguiram do lado de dentro, com o povo árabe. Este foi o Acordo Sykes-
Picot: em troca da ajuda para derrotar os otomanos, os ingleses e os franceses
prometeram aos árabes um país somente para eles, chamado de “Grande Arábia”. Isto
não ocorreu.
Após a Primeira Guerra Mundial, o que aconteceu foi o surgimento de vários
países na região que antes pertencia ao Império Otomano. Países estes, controlados por
governantes de confiança da França e do Reino Unido para que estes pudessem atuar
como quisessem na região, principalmente na extração do petróleo. Dentre estes países,
encontra-se a Síria.

1
No entanto, a Síria, sob o comando francês, por não apresentar reservas
satisfatórias, foi vendida para companhias estrangeiras e mantida sob seu controle até a
Segunda Guerra Mundial. Terminada a Segunda Grande Guerra, os estrangeiros foram
expulsos de todos os novos pequenos países, inclusive da Síria. Porém, antes desta
retirada, criaram o Estado de Israel, o que passou a ser uma das causas de conflito na
região.
Enquanto todos estes conflitos ocorriam, a Síria passou por um grande período
de instabilidade, com golpes de Estado e o surgimento de uma nova ideologia, chamada
Baath. Esta ideologia une o antigo desejo de uma nação unicamente árabe, com ideais
socialistas e laicos. Desta forma, chega ao poder, Hafez al-Assad.
Com o início da Guerra Fria, e a divisão ideológica do mundo entre os Estados
Unidos da América e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, inicia-se um
período muito movimentado na Síria, em que também surge uma oposição ao governo
al-Assad, a chamada Irmandade Muçulmana.
Apesar de ser um Estado laico, al-Assad é alauíta, uma corrente, mais moderada,
derivada dos xiitas e, portanto, tem seu apoio. Porém, mais de 70% da população é
sunita, fato que a Irmandade Muçulmana aproveita para iniciar uma revolta armada
contra o governo. A reação do presidente foi uma resposta violenta, em que morreram
milhares de civis, e múltiplas prisões. No ano 2000, este morreu e seu filho, Bashar al-
Assad assume o governo.
Bashar, com as diversas pressões existentes no momento, traz uma onda de
esperança para o povo sírio, com a libertação de presos e com a internet. Ressurge a
Irmandade Muçulmana e após anos de debates políticos, a oposição é presa, fazendo
com que o presidente americano George W. Bush considere a Síria um país do “eixo do
mal”.
Com o advento da Primavera Árabe, em 2011, os povos do Oriente Médio
começam a protestar por melhores condições de vida, exigindo seus direitos políticos e
um regime democrático, repudiando o desemprego e a corrupção.

1.2 A Primavera Árabe e o início da rebelião na Síria

Dentre os diversos povos árabes que participaram da onda de protestos, estava o


povo sírio. Primeiramente, com as mesmas reivindicações do restante do Oriente Médio,
até que o Governo Assad decidiu por intervir, utilizando das Forças Armadas para
prender e torturar um grupo de estudantes que realizava manifestações nas ruas. Diante
deste fato, além das demais exigências da Primavera Árabe a Síria começou a pedir a
renúncia do ditador, cuja família permanece no poder há mais de quarenta anos. Até
então, todos os protestos haviam ocorrido de maneira pacífica. Porém, desta vez, o
presidente Assad respondeu de maneira agressiva ordenando às autoridades policiais
que realizassem disparos de armar de fogo contra a população. A partir daí, as
manifestações assumiram uma postura ofensiva, até se tornarem uma Guerra Civil sem
previsões de encerramento.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 A Ação dos rebeldes sunitas

Iniciada a ação armada da população contra o governo, Assad influenciou


extremistas a se juntarem a rebelião. A ideia do ditador era tornar a revolta extremista

2
como um todo, para desencorajar a comunidade internacional de apoiá-los contra o seu
governo.
A rebelião toma outras dimensões. Os rebeldes se nomeiam Exército Livre da
Síria, formado, dentre outros cidadãos, por desertores do Exército da Síria. Surge uma
ramificação da Al-Qaeda, chamada de Frente Al-Nusra, mais radical. Os curdos, povo
que ocupa uma região que se expande por vários países ao norte da Síria, também
rompem relações com o Governo Assad. Surge também no cenário, o Estado Islâmico,
braço da Al-Qaeda no Iraque que tem intenção de dominar um território e fundar um
Estado próprio, usando de terrorismo. Este grupo atua na Síria, também, confrontando o
Governo Assad. Declarou um dos integrantes do ELS:
Trabalho para o mesmo objetivo: libertar a Síria da ditadura Assad e da Al-
Qaeda (…) o nosso problema não é com os alauítas, mas com a gente do
regime e seus assassinos. Tenho muitos inimigos. Hoje na Síria, não sabemos
quem é quem. A contra-revolução liderada pelo Estado Islâmico e Nusra
baralhou as cartas.

Atores internacionais começam a tomar parte no conflito sírio. Em meados de


2012, os Estados do Golfo enviam dinheiro e armas, via Turquia para os rebeldes. A
Turquia, pretendendo atacar o Estado Islâmico, atinge rebeldes curdos, e algum tempo
depois, sírios derrubam um caça turco, encerrando, desta forma, o apoio daquele país, à
rebelião. O Hezbollah libanês enviou tropas para apoiar Assad. Em resposta a este
acontecimento a Arábia Saudita envia mais dinheiro, armamentos e equipamentos para
os rebeldes.

2.2 O Regime de Bashar al-Assad e a sua influência na Guerra Civil na Síria

2.2.1 A Herança de Hafez al-Assad

Para falar da influência que Bashar al-Assad tem sobre a guerra civil na Síria,
primeiro deve-se falar da influência que seu pai teve no país, e o porquê de ele ter sido
seu sucessor.
Desde 1971, a família al-Assad detém o controle na Síria, tendo Hafez al-Assad,
pai de Bashar al-Assad, sendo o governante à frente do Estado Sírio por mais de 25
anos. Tendo chegado ao poder através de um golpe de Estado, Hafez era descrito como
um “Chefe Autoritário”, termo muito apropriado visto seus métodos para mitigar
qualquer forma de oposição ou qualquer um que quisesse se opor ao seu governo que
era visto como instável pelo restante do mundo. Internamente havia complicações para
manter a harmonia de interesses – geográficas e religiosas – algumas vezes, essas
complicações eram lidadas de forma diplomática, outras vezes se fazia necessário o uso
da força para garantir a estabilidade do governo sírio, não importando o nível da força
que era empregado, sempre cuidando para garantir que a oposição interna fosse
controlada.
O uso da força de forma descontrolada por sua parte pode ser percebido no
ataque violento provocado pelo seu governo no ano de 1982 contra os próprios cidadãos
sírios protestando na cidade de Hama. Atos como esses fizeram crescer o nível de
descontentamento populacional contra o governo de Hafez, fazendo com que o mesmo
sofresse várias tentativas de ser deposto e, até mesmo, sofrendo ataques contra sua vida.
Com isso, viu-se a necessidade de garantir para que seu filho mais velho, Bassel,
prepara-se para assumir o cargo que por direito era seu, caso algo viesse à acontecer
com seu pai. Mas, tais planos foram frustrados quando seu primogênito, Bassel al-

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Assad, não viria mais a assumir a liderança na Síria por conta de um falecimento
prematuro por causa de um acidente de carro sofrido em 1994. Esse fato acabou
forçando o então jovem Bashar a ser chamado de Londres, onde estava estudando, para
se preparar para o cargo de futuro líder na Síria, sendo referenciado publicamente na
Síria como a “Esperança”.

2.2.2 O Presidente Bashar al-Assad: lidando com a rebelião

Poderia o bem-educado Bashar dar conta de uma, há muito tempo esperada,


reforma econômica e política que a Síria precisava? Conforme defendido por
Christopher Hemmer (2003, p. 221, tradução nossa), a transferência inicial de poder de
pai para filho foi bem mais amena do que muitos esperavam, uma conquista
significativa para um país onde David Sorenson afirma que golpes de estados são um
meio tradicional para sucessão. Bashar logo entrou na Academia Militar de Homs, ao
norte de Damasco, e obteve a patente de Coronel em janeiro de 1999. Em 10 de junho
de 2000, Hafez veio a falecer de um ataque cardíaco, Bashar assume a presidência e a
assegura com um referendo realizado no mesmo ano, para mostrar ao mundo o apoio
popular que tem, o referendo mostra uma resposta positiva da população, com mais de
90% de aprovação. Nas suas ações iniciais podem-se notar uma abrangente reforma na
modernização da economia e combate a corrupção politica. Mas, essas mudanças se
viram muito breves quando, no começo do ano de 2001, medidas de censura da
impressa foram implementadas e algumas figuras intelectuais e politicas de oposição
foram presas.
Os sinais da “Primavera de Damascus” logo chegaram ao fim, no entanto, em
fevereiro de 2001, o governo baniu os fóruns civis independentes, requerendo
que todos esses encontros tivessem permissão governamental. Em setembro,
Bashar expediu um decreto expandindo o número de contenções e regulações
para a impressa. (Hemmer, 2003, p. 227, tradução nossa)

No restante da década, as agências de segurança Síria continuaram a prender


com uso irrestrito de sua força, mantendo os presos sem comunicação por longos
períodos de tempo, incluindo em suas prisões ativistas curdos. Toda e qualquer benéfice
econômica parecia afetar somente a elite e seus aliados, ao invés de criar aquela
atmosfera de “oportunidade para todos” que se tinha em mente quando o jovem Bashar
al-Assad assumiu a presidência do país. Ainda assim, em 2007 houve outro referendo, e
mais uma vez a aprovação de seu governo foi gratificante, estendo seu governo por mais
outro mandato.
Em março de 2011, protestos contra seu governo começaram a ocorrer na cidade
de Deraa. Diferente da Tunísia ou o Egito, ao invés de mostrar um pouco de tolerância e
buscar alternativas diplomáticas, Bashar preferiu dar ordem para que os protestos
cessassem. Contudo, no decorrer do próximo mês isso não ocorreu, e como medida,
soldados foram enviados para áreas de resistência dentro da cidade e foram combater
esses cidadãos que estavam “atrapalhando a paz pública”. O número de mortos naquele
incidente fez com os protestos se intensificassem em diversas partes do país e, ao invés
de levarem consigo agora cartazes e faixas, aqueles que apoiavam os protestos contra o
governo agora empunhavam armas. Esse ato foi um dos motivos iniciais para a criação
do “Exército Livre da Síria”, um grupo rebelde dedicado a depor o governo.
Embora o presidente tenha negado ter dado a força militar do país para matar ou
ser brutal, o mesmo também alegou em janeiro de 2012 que iria acabar com um “punho
de ferro” qualquer ato de terrorismo dentro do território sírio.

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O que se sucedeu nos próximos meses foi um aumento no número de ataques
rebeldes, cada vez mais emprenhados em derrubar o governo de Assad, que aos poucos
ganha cada vez mais características de um regime autoritário, os rebeldes focam em se
apossar de terras ao norte e ao leste do país, lançando ofensivas contra Damasco e
Aleppo. O regime de Assad utilizou-se de artilharia, poder aéreo e misseis balísticos
para diminuir o número de áreas mantidas pelos insurgentes, forçando assim a
população a não se manter nessas áreas e diminuir o apoio que os rebeldes estejam
recebendo da população. Apesar do aumento na força usada pelo regime de Assad para,
cada vez mais, tentar acabar com a guerra civil que se instaurou em solo sírio, em 2015
o governo sofreu varias derrotas novamente para os rebeldes, que com o passar do
tempo, foram recebendo auxilio de nações estrangeiras.

2.2.3 As Ações de Assad na batalha de Aleppo

Aleppo, a maior cidade na Síria, foi palco de um grande confronto militar entre o
Exército Livre da Síria, outros grupos sunitas tais como Al-Qaeda ( ligada ao Al-Nusra )
e o regime de Assad. Tal conflito teve grande proporção internacional, a batalha foi
marcada por inúmeros atos de violência contra os civis, um número estimado de 21,500
civis mortos desde o início do conflito, escolas e hospitais eram indiscriminadamente
atacados em bombardeios aéreos. Alega-se que os crimes de guerra cometidos, como o
lançamento de bombas de barril em áreas populosas, foram feitos livremente pela Força
Aérea Síria e outros membros das forças armadas, tais artefatos explosivos continuam
sendo usados na luta contra os rebeldes.
A tomada de Aleppo significou um ponto de inflexão na Guerra Civil da Síria, e
a vitória do Regime de Assad era essencial. Assad alegou em uma conferência de
impressa que esse é o “preço” às vezes, mas que no fim todos serão liberados dos
terroristas.

2.3 EUA e Rússia

Neste contexto, de governos ditatorias, terrorismos e rebeliões, os Estados


Unidos da América se posicionam contra o governo Sírio, acusando Bashar de atentar
gravemente contra os direitos humanos, pelo grande número de mortos e refugiados. Por
ordem do presidente Barack Obama, a CIA, Agência de Inteligência Americana, dá
início ao treinamento dos rebeldes sírios, bem como ao fornecimento de equipamentos
para os mesmos. Posteriormente, no final do ano de 2014, o Pentágono realiza um novo
plano de treinamento, mas desta vez, com foco apenas no combate ao Estado Islâmico.
A Rússia, aliada ideológica da Síria, desde a Guerra Fria, mantém o apoio ao
governo. O presidente Vladmir Putin critica a ação americana por interferir na soberania
de um país independente:
Ali só existe um exército convencional legítimo. É o exército do presidente
da Síria, Assad. E a ele se contrapõem, segundo a interpretação de alguns dos
nossos parceiros internacionais, a oposição. Mas, na realidade, na vida, o
exército de Assad luta realmente é com organizações terroristas. Inicialmente
o objetivo era de preparar 5-6 mil combatentes, depois – 12 mil. No fim das
contas, revelou-se ter sido preparado um total de 60, enquanto apenas 4 ou 5
mil pessoas lutam com armas em mãos, e todos os restantes simplesmente
passaram para o Estado Islâmico com as armas norte-americanas.
Em segundo lugar, ao meu ver, a prestação de ajuda militar a estruturas não
legítimas não responde aos princípios do direito internacional e à Carta das

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Nações Unidas. Nós apoiamos exclusivamente estruturas governamentais
legítimas.

Estes são alguns fatores relacionados à história da Síria, de como seu território e
seu povo foram constituídos, como os atuais conflitos se iniciaram e como os rebeldes e
quem os apoia integram o cenário como um todo. Desta forma, com esta breve análise, é
possível entender, pela complexidade dos fatos, porque esta verdadeira Guerra está
longe de ter um fim.

2.4 OS CURDOS

2.4.1 Antecedentes Históricos

Os Curdos correspondem a um grupo étnico do oriente médio, porém sem uma


nação própria. Fato esse caracteriza uma busca constante por um território próprio,
denominado Curdistão. Sua população encontra-se dividida principalmente no território
da Turquia, Iraque, Irã, Armênia e Síria, transformando-o num dos importantes agentes
desse território.
O Atual conflito na Síria, que acontece desde meados de 2011, tem os Curdos
como um dos principais atuantes, que aproveitam a instabilidade do governo de Bashar
al-Assad para conseguir a conquista de um território para sua nação.
Antes mesmo do conflito estourar no país, a comunidade curda sofria com o
governo, com milhares de curdos privados do direito à cidadania e com partidos na
clandestinidade devido à perseguição.
Com o início do conflito e o foco da Síria no enfrentamento dos rebeldes, as
facções curdas tiveram a oportunidade de se unir e assumir o norte do país, que no
momento estava desprotegido militarmente.

2.4.2 As ações na fronteira

O Partido da União Democrática Sírio-Turco (PYD) foi o primeiro grupo


insurgente a lutar contra os jihadistas, começando com o Jabhat al-Nursa em novembro
de 2012. No verão de 2013, o PYD está impedindo a aproximação do ISIS ao leste do
rio Eufrates e, de acordo com Barfi (2017, tradução nossa) os EUA observaram de perto
o PYD, tomando cuidado para não estragar seus planos autônomos e suas ligações com
o partido dos trabalhadores turcos do curdistão (PKK).
A ameaça constante do Estado Islâmico e a sua atuação tanto contra o governo
tanto contra os rebeldes da região foram um fator preponderante para a assunção do
movimento Curdo como agente de caráter internacional na guerra da Síria. A resistência
curda na região de Kobone contra o ISIS, durante o período de setembro de 2014 a
janeiro de 2015, fez com que ISIS perdesse parte de seus territórios conquistados e
aproximou a comunidade curda de Raqa, a capital do califado. Essas ações geraram um
apoio dos EUA que viu nos curdos uma força com condições para fazer frente ao EI.
Já a Turquia, que persegue o Partido dos Trabalhadores do Curdistão há três
décadas, encontra-se preocupada com o domínio curdo na região ao norte da Síria,
fronteira com seu território, e usa o pretexto da luta contra o Estado Islâmico como
forma de mascarar seu real objetivo, que é o de impedir o avanço da comunidade curda
e impedir a autonomia dessa população e a futura perda de parte de seu território,
conforme pode ser analisado no mapa abaixo da fronteira turca.
Depois do governo sírio ceder as terras mais ao norte de seu território para os
curdos, em julho de 2012, o Primeirno Minstro turco Recep Tayyip Erdongan afirma

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que: “Meu pais não irá aceitar que grupos terroristas estabelecessem campos na parte
mais ao norte da síria para ameaçar a Turquia”
Os entraves entre os curdos e a Turquia tendem a se intensificar desde o
rompimento do acordo de cessar fogo em 2015, quando um atentado supostamente
realizado pelo ISIS matou 33 ativistas na cidade de Suruq, principal cidade curda,
próxima a fronteira da Síria.

2.4.3 Expectativas para o futuro

Curdos na síria compartilham experiências similares com os curdos da


Turquia e o Iraque. A primavera árabe no oriente médio e o norte da África
também afetou a síria quando a mesma entrou em guerra civil, levando a
morte de centenas de milhares de pessoas. Esse fatal levante, entretanto,
ofereceu uma oportunidade importante aos curdos na síria, que aproveitaram
a oportunidade oferecida pela fraqueza na autoridade do estado na parte mais
ao norte da síria, estabelecendo um importante degrau de autonomia dentro
da região assim como a parte mais ao sul da Turquia. (DUMAN, 2016,
tradução nossa)

Tamanha complexidade do conflito no que tange aos vários atores presentes na


guerra da síria, tanto internamente como externamente, fazem com que o mesmo se
assemelhe a uma “mini-guerra mundial”. Os conflitos iniciados em 2011 atingiram um
vulto tão grande que atualmente contam com a presença das principais alianças e
organizações mundiais, ou até mesmo de estados próprios, todos procurando defender
os seus interesses sob a região, face isso os curdos procuram por fim realizar um eterno
desejo, o de assumir um território para a sua nação, que está espalhada pela síria e pelos
países adjacentes.
Os atuais ataques químicos na Síria apenas comprovam que esse conflito ainda
não está desgastado, os diversos atores e a influência externa apenas servem como
forma a intensificá-lo, as ações ditatoriais e coercitivas do estado dificultam ainda mais
qualquer possibilidade de acordo, frente a todos esses fatores, encontra-se uma nação a
procura de uma região para unir seu povo.
Mas, para tal, os curdos devem enfrentar as pressões constantes de novos
inimigos, como o ISIS, e a reprovação e ataques dos países que não querem perder
território para a sua comunidade, como a Turquia, o Iraque e a própria Síria.

2.5 ESTADO ISLÂMICO

2.5.1 Antecedentes

O Estado Islâmico (EI) é um grupo jihadista que se expandiu, territorial e


ideologicamente, a partir de 2014 sob o califado de Abu Bakr al-Baghdadi após a
conquista de Mosul – cidade Iraquiana com relevância geopolítica. Em outras palavras,
essa comunidade é constituída de muçulmanos sunitas radicais que pervertem os
preceitos religiosos islâmicos, transformando-os em violência ilegítima.
De fato, o processo de formação do ISIS (Islamic State in Iraq and al-Sham) tem
início em 2002, após a invasão dos EUA ao Iraque na chamada “Guerra ao Terror” –
justificativa para as políticas antiterroristas sobre as relações internacionais –, travada
por consequência do ataque aéreo de 11 de setembro de 2001 às Torres Gêmeas, na
capital comercial e financeira estadunidense. Ano após ano, essa movimentação
extremista vai se consolidando e, já em 2004, é criado um novo braço da Al-Qaeda sob
a liderança de Abu Musab al-Zarqawi, que jurou lealdade a seu antecessor, Osama Bin

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Laden. Após sua morte em 2006, dois novos sucessores aparecem, são eles: Al-Masri e
Omar al-Baghdadi; que formaram um grupo alternativo, o Estado Islâmico do Iraque
(ISI).
Em 2010, com o advento da Primavera Árabe – série de revoluções populares e
protestos contra as ditaduras no Oriente Médio e Norte da África – é que o grupo
terrorista começa a ganhar força. É nesse contexto que, já em 2011, os rebeldes
contrários ao governo de Bashar al-Assad inserem a Síria numa grave guerra civil.

2.5.2 Sunitas x Xiitas

A rivalidade entre os grupos religiosos Xiitas (minoria) e Sunitas (maioria) se


intensifica gradativamente. Vale elucidar, nesse ponto, que Sunitas e Xiitas são os
povos que seguem o Islamismo e que, devido a controvérsias sobre quem teria o direito
de suceder o líder político-religioso, promoveram a cisão de toda a comunidade
muçulmana, sendo os conflitos em torno desse tema existentes até os dias atuais. Nessa
disputa, os Xiitas concordavam que apenas os descendentes da linhagem direta de
Maomé poderiam ser os líderes do Islamismo. Abu Bakr al-Baghdadi, então, aproveita-
se da situação e com o apoio dos militantes em oposição à Bashar al-Assad forma o
ISIS, na sigla em inglês.

2.5.3 Ações do ISIS

Como primeiro movimento terrorista, o grupo tomou Mosul, segunda maior


cidade do Iraque, criando assim um califado que se baseia num governo regido pelas
normas islâmicas, cujo objetivo principal é fundar um Estado sob o islamismo puro e
único através da forte expansão territorial. Essa forma de governo tem como lei
fundamental a sharia, direito muçulmano mais antigo que possui a interpretação do
Islamismo na qual não há tolerância aos considerados “infiéis”, com penas que
abrangem torturas, decapitações e mortes. Com o foco de alcançar mais seguidores e
com isso expandir seus territórios e sua dominação, o Estado Islâmico se utiliza de
ampla divulgação de suas atrocidades através de propagandas e divulgações para os que
almejam entrar para o grupo. Consequentemente, os terroristas formaram uma legião de
seguidores fanáticos ao redor do mundo.
Cabe, nesse ponto, fazer uma distinção entre o conceito de terrorismo e a prática
realizada pelo Estado Islâmico, o horrorismo. O terrorismo, como sabemos, é quando se
tenta promover a dominação pelo terror; é quando se busca impor/implantar seus
objetivos ou princípios (sejam políticos, religiosos ou econômicos) através da pressão,
violência ou coerção. A autora Cynthia Weber introduz o conceito de horrorismo nas
discussões sobre as Relações Internacionais contemporâneas, principalmente no que
tange às ações do ISIS. Como uma forma de exacerbar as ações terroristas, o horrorismo
surge como uma prática de desumanização, onde há a violação extrema das condições
físicas e psíquicas de vítimas que já se encontram vulneráveis. Nesse sentido, o horror
ofende a condição humana fazendo com que as vítimas experimentem situações de
violência repugnantes como a desfiguração corporal e diversas formas de tortura, nos
momentos em que mais necessitam de salvamento. De maneira mais didática, o
terrorismo causa o medo, sendo assim, a primeira tentativa de sobrevivência do
indivíduo é a fuga, o movimento. Por outro lado, o horror causa o pavor, o trauma, onde
o indivíduo fica paralisado diante da cena de horror e não consegue escapar; é então, a
imagem do corpo mutilado.

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2.5.4 Forma de Expansão

O ISIS tomou grande notoriedade devido às suas ações de brutalidade e


assassinatos em massa. Seus vídeos de decapitações de ativistas e jornalistas criaram
horror em países no mundo afora, principalmente os países Europeus que, além de
serem fronteiriços, são também alvos para dominação. Diversos casos de terrorismo
ocorreram na Europa, sendo o principal e de maior relevância, os acontecimentos na
França, tanto a sede do jornal Charles Hebdo, o qual fazia sátiras a todo tipo de
atividade política ou assunto de grande abrangência mundial, incluindo nisso o líder do
Islã, Maomé, como também no caso em que terroristas invadiram o teatro Bataclan, em
2015, e fuzilaram várias pessoas e fizeram reféns.
Por fim, vale retomar o fato de que os movimentos terroristas contemporâneos
apresentam uma série de especificidades marcantes: a instrumentalização da religião
islâmica com fins políticos, a desumanização do outro, a intenção de maximizar o
número de mortes nos atentados, a transnacionalização do terrorismo, a realização de
atentados suicidas, o uso da internet como ferramenta indispensável na doutrinação e
radicalização do movimento, o financiamento e a busca por armas de destruição em
massa, etc. Em suma, o Estado Islâmico está longe de se apresentar como uma ameaça
decrescente.

2.6 Consequências da Guerra da Síria para o Brasil a partir da situação de refugi-


ado

O Brasil possui um grande histórico acolhedor em receber estrangeiros no seu


território por diversos motivos, seja pela imigração voluntária, como a vinda de famílias
europeias em busca de melhores oportunidades de trabalho nas primeiras décadas do
século XIX, seja pela imigração involuntária, como a vinda de Haitianos após o
terremoto de 2010 que sacudiu, sobretudo, a capital, Porto Príncipe.
Devido ao aumento dos conflitos políticos-religiosos no mundo, aumenta-se o
número de refugiados, que são aqueles que, segundo a Lei Nº 9.474/97 que define
mecanismos para a implantação do Estatuto dos Refugiados de 1951:
Art. 1º Será reconhecido como refugiado todo indivíduo que:
I - devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião,
nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas encontre-se fora de seu país
de nacionalidade e não possa ou não queira acolher-se à proteção de tal país;
II - não tendo nacionalidade e estando fora do país onde antes teve sua
residência habitual, não possa ou não queira regressar a ele, em função das
circunstâncias descritas no inciso anterior;
III - devido a grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigado a
deixar seu país de nacionalidade para buscar refúgio em outro país.

De acordo com alguns parlamentares, o mundo observa a fuga em massa dos


sírios por sobrevivência. Nesse contexto, a Europa se divide entre países que abrem suas
fronteiras em nome dos direitos humanos e países que se preveem de possíveis danos as
suas soberanias e seus nacionais.
Frente a esse impasse, o Brasil mantém uma postura acolhedora, mesmo com
mais de dez mil quilômetros de distância entre os países, os sírios já representam 2252
refugiados até o primeiro semestre de 2016. Segundo o Deputado Eduardo Barbosa
(PSDB-MG), é um direito das pessoas de sair de locais onde a loucura impera, pois não
é saudável viver em um ambiente de guerra.

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Atualmente, o Governo Federal realiza a triagem dos sírios por meio do
CONARE – Comitê Nacional para os Refugiados, vinculado ao Ministério da Justiça,
que também reúne segmentos representativos da sociedade civil e das Nações Unidas
(ACNUR). Tem por finalidade analisar e decidir todos os pedidos de refúgio no Brasil,
além de criar normas que esclareçam os termos da lei de refúgio (Lei nº 9.474/97).
Após decisão positiva pelo CONARE, o refugiado levará uma copia do Diário
Oficial para ser registrado junto ao Departamento de Policia Federal e solicitar a Cédula
de Identidade de Estrangeiro (CIE) e o Registro Nacional de Estrangeiros (RNE). Além
disso, o refugiado terá direito a uma carteira de trabalho provisória e adquire os mesmos
direitos de qualquer outro estrangeiro em situação regular no Brasil.
Direitos garantidos aos refugiados devem ser ampliados. Segundo o Deputado
Leonardo Quintão (PMDB-MG) – Coordenador da frente parlamentar para refugiados e
ajuda humanitária, devem-se inserir os sírios nos programas sociais como Bolsa
Família, Minha Casa Minha Vida, SUS entre outros.
Entretanto, deve-se levar em conta que o Brasil passa por um momento de
recessão orçamentária, no qual o Governo Federal, por meio da PEC 241, propõe limitar
o crescimento dos gastos públicos apenas ao aumento da inflação durante 20 anos, a
partir de 2017. Somado a isso, está em andamento no Congresso Nacional a reforma da
previdência pública, visando manter a operacionalidade do INSS. Sobre o ponto de vista
económico, a inserção dos refugiados nos programas sociais tornar-se-ia um paradoxo, a
partir do momento que existem famílias brasileiras que não possuem a correta
assistência do Estado, como um atendimento médico satisfatório pelo SUS ou o
funcionamento básico da rede de ensino pública. Além disso, deve-se considerar o
inchaço da oferta de mão-de-obra qualificada no mercado brasileiro, pois muitos sírios
possuem ensino superior e alguns até pós-graduação. Tais fatores tendem a levar certa
insatisfação à população brasileira. Soma-se a isso, o risco de segurança pública que o
Brasil corre, uma vez que, não há efetiva fiscalização no controle de entrada dos
refugiados, pois não existe um cruzamento de dados de informação da Polícia Federal,
da Interpol e do Itamaraty para a verificação dos antecedentes dessas pessoas. Nesse
ponto, o Deputado Jair Bolsonaro (PSC) posiciona-se contra a entrada dos refugiados no
país, pois proporciona uma porta de entrada aos terroristas. Deve-se ressaltar que não se
pode importar, na nossa cultura, um outro olhar de como se constitui o poder de um
Estado, e a comunidade Islâmica tem feito isso com muita velocidade no mundo.
Nesse sentido, o Governo Federal deve rever as prioridades de atendimento às
necessidades dos refugiados em detrimento da população brasileira, além de intensificar
a fiscalização da entrada de refugiados no país, afim de proporcionar maior segurança
nacional contra o terrorismo.

3 CONCLUSÃO

A Síria passa por um conflito de extrema complexidade, por conter diferentes


atores e interesses em jogo, que já completa seis anos desde que foi iniciado. É inegável
que todos os desdobramentos dessas disputas impressionam a comunidade internacional
e diversas reações ocorrem pelo mundo em apoio ao povo que vive na região. Diante
desse cenário de completa desordem política e ataque aos direitos humanos dos
cidadãos sírios e curdos, faz-se necessário considerar o papel das Organizações
Internacionais como instrumentos institucionais reguladores da realidade
internacional. Muito se espera desses organismos, principalmente, no que tange ao
humanitarismo, à forma de tratar a relação conflituosa existente e os refugiados

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provenientes da guerra. Entretanto, a ação desses atores esbarra no entrave da discussão
sobre a soberania dos Estados e, na esmagadora maioria das vezes, o intervencionismo
perde essa guerra para o domínio reservado do Estado, tendo como única via de atuação
a indireta - exceto quando interesses econômicos estratégicos estão em jogo.
Infelizmente, a interferência de países externos tem complicado gradualmente a
situação na região. A ainda existente “Guerra Fria” continua a ocorrer no apoio que
Estados Unidos e Rússia têm demonstrado na Síria e no Oriente Médio como um todo.
A coexistência pacífica entre esses dois pólos de poder sempre esteve como primeira
opção, em especial por ambas possuírem as chamadas armas de destruição em massa.
Nesse sentido a disputa da região sempre se deu por jogo de influência e financiamento
indireto. Vale destacar que o fator geopolítico historicamente mais importante dessa
região é o fato dela ser possuidora de petróleo suficiente para abastecer os países aliados
dessas superpotências, revelando o aspecto econômico por trás da luta pela supremacia
global.
No que diz respeito aos grupos terroristas que se consolidaram na região ao
longo do conflito, é de extrema necessidade salientar que suas ações de horror precisam
parar. Ao deturpar uma crença e preceitos religiosos, muitas pessoas são levadas a esse
tipo de conduta acreditando ser o melhor para si e para a comunidade em que está
inserida. Os meios de articulação de disseminação do pensamento do Estado Islâmico
ultrapassa fronteiras nacionais através das redes de comunicação e, em diversos casos,
diferentes nacionalidades se juntam à essa causa trazendo vulnerabilidade a todos os
países-alvos do grupo. A guerra foi transferida para um novo tabuleiro: as tecnologias
de informação. De fato, o terrorismo agora possui um caráter transnacional.
Com relação ao papel do Brasil, este vem atuando de forma discreta, tendo em
vista a distância geográfica do conflito, mas, principalmente, devido ao posicionamento
pacifista da nossa Constituição Federal. Conforme exposto, vale relembrar que o Brasil
possui um histórico acolhedor de refugiados, o que contribui para a construção de uma
imagem nacional positiva dentro do tabuleiro internacional; identificamos como ponto
de atenção, nesse sentido, o controle de fronteiras e o combate à possíveis ações
terroristas. Por fim, este ensaio acadêmico tratou, em linhas gerais, de fazer uma grande
explanação e revisão sobre a dinâmica das relações políticas, sociais e conflituosas pelas
quais o Oriente Médio e, em particular, a Síria vem passando.

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