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CENTRO UNIVERSITARIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO

CAMPUS EC
DTP – Doutorado em Teologia Pastoral

Resenha Crítica

Nome: Milton Dax


Matéria: Seminário em Preparação Laica para o Ministério Turma:
DTP – Doutorado em Teologia Pastoral
Data: 29/09/2014

1. Keith Phillips, A Formação de um Discípulo. Editora Vida, 2008.


Keith Phillips é presidente da World Impact, organização dedicada a missões

urbanas nas periferias dos Estados Unidos da América. Bacharel em Artes pela

University of California (UCLA); mestre em Divindade e doutor em Ministério pelo

Fuller Theological Seminary; doutor em Letras pela John Brown University e também

pelo Sterling College. Há quarenta e dois anos Keith Phillips cuida de pessoas, de

origens e situações de pobreza das mais diversas.1

Keith Phillips parece assumir uma posição sincera no que concerne ao discipulado.

A convicção descrita por ele próprio, brotando do estudo do Novo Testamento, de que

o discipulado é a única maneira de evitar a má nutrição espiritual e a fraqueza dos

filhos espirituais produzindo cristãos maduros e capazes de reverter a deterioração

física e espiritual, é o fio condutor de toda a obra.2

Phillips define discipulado cristão como “um relacionamento de mestre e aluno

baseado no modelo de Cristo e seus discípulos, no qual o mestre reproduz tão bem

no aluno a plenitude da vida que tem em Cristo que o aluno é capaz de treinar outros

para que ensinem outros”, tendo como dois elementos essenciais a morte de si

mesmo e a multiplicação. 3

1 Paixão Pela Palavra. Disponível em http://www.editoravida.web558.kinghost.net/produto.asp?codigo=61.


Acesso em 30 de setembro de 2014.
2 Ver página 18.
3 Ver página 20.
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Ele também estabelece uma correspondência biunívoca entre salvação e serviço,

apresentando como erro fundamental fazer distinção entre estes dois fatores e ainda

presumir que é aceitável ser salvo sem assumir compromisso com as exigências mais

radicais de Jesus, como “tomar a sua cruz” e segui-lo (Mt 10.38).4

Jesus é apresentado como o Mestre que troca a sofisticação pela simplicidade.

Como em um “efeito borboleta”5, doze homens, em sua maioria obscuros6, são

escolhidos e treinados e equipados para que treinar outros que pudessem ensinar

outros.7 Um investimento lento de três anos com um patente fracasso: Judas

Iscariotes.

“Abandonar as vítimas após breves encontros” acaba sendo uma frase

emblemática para definir um nascimento sem discipulado.8 Em contrapartida, um

discipulado que se espalha por quatro gerações aparece de maneira eficiente através

do exemplo de “Paulo (primeira geração) [que] instruiu seu filho espiritual, Timóteo

(segunda geração), a ensinar o que tinha aprendido a homens fiéis (terceira geração),

os quais, por sua vez, ensinariam outros (quarta geração).”9 Isto vai na contramão de

uma “produção em massa”, trazendo como opção “uma obra de qualidade”.“Não

existe lugar para a mediocridade no discipulado”. 10

A lei do tudo ou nada é apresentada de maneira clara e sem rodeios, o

desdobramento da decisão daquele que optou por entregar toda a vida a Cristo

4 Página 22.
5 O autor usa a analogia do grão de mostarda, o que acaba sendo uma metáfora cognata (ver página
27). O cálculo em progressão geométrica da página 28 é bem elucidativo neste sentido.
6 Quanto ao fator obscuridade, talvez Judas seja a exceção.
7 Página 26.
8 Ver página 30.
9 Página 32.
10 Página 33.
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também aparece, conforme o próprio Phillips, como um chamado de Cristo que ainda

ecoa pelos séculos: “Venha morrer comigo!”.11

“Eu procurava atrair as pessoas às reuniões cristãs com truques que prostituíam o

evangelho”.12 Uma afirmação desconcertante que sintetiza a metodologia de

evangelização populista que se alastrou por diversas igrejas hoje. Mas, para o pastor

Keith Phillips, uma “revelação paralisante”, “uma verdade dolorosa e clara” que

contrastava o ativismo e a resposta do homem com retidão e também a adoração com

as atividades, destruiu a sua segurança nas boas obras.13

Como pernas trêmulas a que sustém-se sobre um andador para o idoso,

“obediência, submissão, amor e oração”, pareciam características de uma pessoa

fraca que precisava reconhecer a sua total dependência. Mas deveriam ser as bases

fundamentais do ministério.14

A obediência é o primeiro fator que surge em direção proporcional ao amor

concedido por Deus. O contraste entre amor e medo no exército de Deus e no exército

dos homens aparece como ilustração perfeita.15

O estudo da palavra de Deus comparado a uma corrida em que cada dia é um

desafio e a constatação de que existe uma grande massa de analfabetos bíblicos e a

convicção de que existe um princípio orientador ou uma ordem direta na Palavra de

Deus para cada decisão a ser tomada, fazem do tópico referente à obediência,

relevante e surpreendente. “Sem conhecimento adequado da Palavra de Deus, o

11 Página 34.
12 Página 37.
13 Página 38.
14 Idem.
15 Páginas 41, 42.
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discípulo, baseando-se em sentimentos, esperanças e opiniões, estará arriscando seu

futuro, em vez de garanti-lo na vontade de Deus e nos fatos de sua fé”.16

O conflito entre a Palavra de Deus e os sentimentos é sumarizado na decisão pela

obediência como uma síntese do cristianismo.17 Este é o método de Deus, obediência

simultânea a revelação, e compromisso de viver o que aprendeu, como insofismável

fator que comprova quem é o discípulo de Cristo.18

A submissão com alegria surge como a segunda característica de um discípulo.

Internalizada e exteriorizada através da confiança no Deus soberano, amoroso e

onisciente.19 O sistema nervoso central para a Igreja de Cristo é estabelecido nas

relações de submissão e autoridade que Deus ordenou.20

Amar é a terceira característica que distingue o discípulo e imprime nele a marca

do discipulado e, consequentemente, a experiência do perdão e da comunhão está

ligada à consistência e à força do amor que ele internaliza.21

Aceitar o perdão de Deus, perdoar a si mesmo, perdoar e aceitar o perdão dos

outros são ações que estão ligadas diretamente ao amor. E o passo subsequente é a

vida em comunidade, sendo o isolamento um fator antibíblico.22 “O cristão sem a

16 Neste sentido, o testemunho absurdo da igreja do pastor sul-africano Daniel Lesego, coagida a comer
grama e beber petróleo é emblemático. Um discípulo firmado na palavra, não se deixará conduzir a um
meio tão tétrico, sendo que o discipulador é apenas um veículo da vontade de Deus, que não pode
contradizer a Sua Palavra. Ver After South African Pastor Makes Church Members Eat Grass, He Now
Forces Them to Drink Petrol. Disponível em: http://www.christianpost.com/news/after-south-african-
pastor-makes-church-members-eat-grass-he-now-forces-them-to-drink-petrol-127099/. Acesso em 30
de setembro de 2014. Ver também: página 45.
17 Página 47.
18 Página 48.
19 Página 49.
20 Página 61.
21 Página 63.
22 Páginas 64-70.
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comunidade é como um frango cuja cabeça foi cortada. A comunidade cristã é a linha

vital que o liga a Deus”.23

Um encontro com o Deus vivo, sem o qual não existiria discipulado, é o fator que

molda o caráter do discípulo. Assim, o ato de comunicar-se com Deus, traz em si a

base fundamental para os relacionamentos saudáveis.24

O louvor a Deus, a acuidade auditiva espiritual, a constância na vida de oração e

a sinceridade plena ao Senhor são bases fundamentais para o relacionamento

saudável entre o homem e Deus.25

A reprodução é um fator predominante para a caracterização de um discípulo e o

investimento de Deus aguarda pelo retorno, isto é, o fruto espiritual. Um

desdobramento natural da reprodução é a escolha de um discípulo que,

inevitavelmente irá perpassar o desejo de conhecer intimamente a Deus; a

disponibilidade constante de estar com o discipulador; a submissão; a fidelidade e a

necessidade de fazer outros discípulos.26

O discipulado não é uma máquina que trabalha constantemente em um movimento

retilíneo de estímulo-resposta, nem informalidade de encontros, como uma reunião de

negócios. Discipulado é, em seu cerne, relacionamento. A intensidade da vida de

Cristo comunicada do discipulador para o discípulo dependerá do relacionamento.

Amor, lealdade, imparcialidade maturidade, disponibilidade, paciência, honestidade,

motivação e compromisso são intrínsecos à essa aliança.27

23 Página 71.
24 Página 77.
25 Páginas 78-82.
26 Páginas 91-94.
27 Páginas 105-122.
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O que faz o discipulado não permanecer estático é corrigir as fraquezas, ensinar e

ministrar ao discípulo, adorar junto com ele e desenvolver os seus pontos fortes.28 Em

suma, “discipulado é reproduzir no outro sua experiência do envolvimento com Cristo

em sua vida”.29

“A formação de um discípulo”, do pastor Keith Phillips, é uma obra simples e prática

e parece refletir um ministério que busca uma qualidade independente da grande

pressão para o arregimento de multidões definindo um status quo eclesiástico. O seu

trabalho com o texto bíblico e o respeito demonstrado à comunhão espiritual parecem

refletir alguém que realmente tem um relacionamento de discipulado com Jesus

Cristo.

28 Páginas 123-141.
29 Página 143.

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