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Tecnologia
Conheça as propriedades dos principais
tipos de plásticos usados nos produtos e
sistemas construtivos
Com aplicações consagradas em instalações hidrossanitárias, as
matérias-primas termoplásticas ganham espaço na construção, inclusive
em aplicações externas
Juliana Nakamura
Edição: Abril/2014
Aprovado pela Caixa Econômica Federal, o sistema construtivo com paredes de PVC vem sendo utilizado na construção de moradias térreas
e em prédios de até quatro pavimentos. Nesses casos, as paredes com o termoplástico são normalmente preenchidas com concreto e
reforçadas com aço, dependendo do tipo de projeto. Em alguns municípios, como São José e Camboriú, ambos em Santa Catarina, a solução
está sendo empregada na construção de creches e postos de saúde
Características como baixo peso, custo competitivo, elevada resistência mecânica e à
corrosão ajudaram os materiais termoplásticos a conquistar espaço na construção de
edificações, em substituição a materiais como madeira e aço. Exemplos clássicos são os
tubos de PVC, que substituíram em grande parte os tubos de ferro fundido para condução
de água fria, e os reservatórios de polietileno, que agora dividem espaço com os
equivalentes de fibra de vidro.
"Na construção civil, os materiais plásticos, como o PVC, CPVC, PPR e o PEX, vêm se
consolidando para instalações hidrossanitárias como alternativa aos tubos e conexões
metálicos. Entre as vantagens agregadas estão o menor custo, a maior durabilidade, a
facilidade de instalação em campo e a possibilidade de execução de kits hidráulicos, o que
induz à menor necessidade de mão de obra", comenta o engenheiro Carlos Tadeu
Colonese, gerente de engenharia da Porte Construtora.
Termoplásticos
Amolecem quando aquecidos, sendo moldados e posteriormente resfriados. Não perdem suas propriedades
neste processo, podendo ser novamente aquecidos e moldados. Os mais conhecidos são o polietileno, o
náilon e o policloreto de polivinila (PVC).
Termofixos
Resultam da reação química irreversível entre as moléculas, tornando o material duro e quebradiço. Não
pode ser moldado duas vezes. A resina epóxi e as melaminas são alguns exemplos.
Elastômeros
Apresentam grande elasticidade e, por isso, recebem o nome de borracha sintética. Alguns exemplos são o
neoprene (policloropreno), o butil (isobutileno-isopreno), o teflon e os silicones (polisiloxano).
Dominando as fragilidades
Avaliações técnicas
O Sistema Nacional de Avaliações Técnicas (Sinat) do Ministério das Cidades tem diretrizes que norteiam
os ensaios de sistemas construtivos inovadores, em especial relacionados a quesitos como desempenho
estrutural, segurança contra incêndio, estanqueidade à água, desempenho térmico e acústico, entre outros.
Três documentos abordam tecnologias baseadas em materiais plásticos. Use seu celular para ler os códigos
a seguir e fazer o download dos documentos em PDF diretamente do site do Sinat, ou acesse os links
encurtados logo abaixo.
Na busca por termoplásticos com desempenho adequado mesmo quando expostos às
intempéries, a solução pode passar pela escolha de materiais de densidade mais elevada
e pela adição, na composição do polímero, de proteção contra os raios UV.
A maioria dos plásticos pode ser reciclada, mas há casos em que o reaproveitamento não
é admitido porque o material resultante não apresenta o desempenho mecânico mínimo
exigido. A indústria de polímeros, de certa forma, vem se preocupando em avaliar o
impacto ambiental de sua produção e em desenvolver produtos a partir de fontes
renováveis.
Outros materiais de origem plástica podem impactar a avaliação de um edifício que almeja
um selo verde, mas de forma indireta. É o caso do poliestireno expandido (EPS), utilizado
para elevar as características de isolamento da envoltória, e das películas de baixa
emissividade (low-e), adicionadas às peles de vidro. "Esses materiais, que têm origem
plástica, acabam contribuindo para a redução de carga térmica do edifício, impactando
positivamente sua avaliação global", finaliza Adriana.
Termoplásticos mais utilizados em produtos e sistemas construtivos para edificações
PVC
CPVC
Limitação: Em função do custo mais elevado (em comparação com outros termoplásticos), é usado
apenas em situações de maior exigência estética e aproveitamento da luz natural, normalmente em
substituição ao vidro. Quando não conta com aditivos de proteção contra raios UV em sua
composição, podem sofrer amarelecimento com o passar do tempo.
Aplicações: Coberturas e fechamentos de piscinas, claraboias, jardins de inverno, pátios internos ou
passarelas de interligação entre edifícios.
Polietileno
Limitação: Este tipo de material não é resistente à oxidação de ácidos, cetonas e hidrocarbonetos
clorados. Também não deve ser exposto diretamente à luz solar.
Aplicações: Proteção de pisos e isolação de ruídos (mantas), preenchimento de juntas de dilatação
(tarugos), isolante térmico e impermeável para telhados (subcobertura aluminizada), redes e ramais
de distribuição de água, de gás, adutoras e emissários (tubos PEAD).
Polietileno reticulado
Limitação: Preço mais elevado, em comparação com outros materiais plásticos. Pouca
disponibilidade em algumas praças. Quando instalado em kits hidráulicos junto a paredes de
alvenaria, exige algumas adaptações no projeto.
Aplicações: Os tubos de polietileno reticulado (PEX) têm sido usados em instalações hidráulicas
(água quente e fria e gás) em obras que buscam racionalização de recursos e acessibilidade à rede,
bem como em sistemas de aquecimento. Disponíveis nas versões monocamada (convencionais) e
multicamada (com alma de alumínio).
Poliestireno expandido
Limitação: Baixa resistência à radiação solar. Não é biodegradável e, embora possa ser reciclado, na
prática o reaproveitamento do EPS ainda é raro no Brasil. Quando empregado em construções, deve
ser revestido por camadas de materiais não combustíveis. Sempre que não for revestido por materiais
incombustíveis e resistentes ao fogo, deverá ser do tipo F, ou seja, não inflamável.
Aplicações: Estabilização de aterros, fôrmas para lajes nervuradas, enchimento de piso, isolamento
térmico em telhados, dutos de ar-condicionado e câmaras frigoríficas, como recheio em painéis, na
composição do chamado concreto leve.
Polipropileno