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APOSTILA DE EXPRESSÃO CORPORAL NA ESCOLA

ALGUNS ASPECTOS DO MOVIMENTO

O indivíduo age no mundo através de seu corpo, mais especificamente através do


movimento. É o movimento corporal que possibilita as pessoas se comunicarem,
trabalharem, aprenderem, sentirem o mundo e serem sentidos. O movimento voluntário,
coordenado, intencional e expressivo compõe o ingrediente básico para as atividades
artísticas, independente do enfoque, da técnica ou do objetivo que lhe seja dada.
De acordo com Gallahue e Donnelly (2008) o movimento refere-se à alteração
real observável na posição de qualquer parte do corpo. Gallahue e Ozmun (2005) também
apontam que podemos entender o movimento a partir do padrão de movimento, aspectos
temporais, e aspectos ambientais.
Em relação ao padrão de movimento pode ser classificado como geral quando
envolve grandes músculos (corrida, natação, futebol, basquetebol, dentre outros), e
específicos quando os movimentos são limitados das partes do corpo (bordado, caligrafia,
tiro, dentre outros).
No que se refere aos aspectos temporais do movimento, este pode se classificar
como discreto, em que o movimento tem começo e um fim bem definido (saltar,
arremessar, chutar, rebater, etc); seriado, em que envolve a performance de um único
movimento discreto várias vezes em rápida sucessão (pular corda, quicar a bola, rebatidas
no voleibol, dentre outros); e contínuos, repetidos durante um tempo específico e não é
possível observar início e fim (correr, nadar, andar de bicicleta).
Quanto aos aspectos ambientais o movimento pode ser classificado como tarefa
motora aberta e tarefa motora fechada. A tarefa motora aberta é aquela realizada em um
ambiente onde as condições estão constantemente em mudança. Essas condições
mutáveis exigem que o indivíduo faça ajustes ou modificações no padrão do movimento
para a performance de uma tarefa motora aberta. A maioria das atividades em dupla ou
grupo envolve habilidades abertas que dependem do feedback externo e interno para uma
execução bem-sucedida, por exemplo, na manja pega em que a criança precisa correr e
esquivar-se em várias direções, ela nunca usa um mesmo padrão de movimento o tempo
todo. A tarefa motora fechada é uma habilidade desempenhada em um ambiente estável
e previsível em que o executante determina quando começar a ação (arremessar ao alvo,
dar um salto vertical, plantar bananeira, etc).
Não existe expressão sem movimento, dessa forma é fundamental conhecer a
linguagem do movimento para se trabalhar expressões corporais. Segundo Gallahue e
Donnelly (2008) o sucesso do programa de educação física depende de professores que
tenham conhecimento deste vocábulo do movimento.
O vocábulo que compõe a linguagem de movimento é constituído por quatro
componentes de conscientização: Consciência corporal, estruturação espacial,
consciência de esforço e consciência de relação. Esses quatro conceitos de movimento
baseiam-se no trabalho de Rudolf Laban e são frequentemente denominados de estrutura
de movimento.
A consciência corporal é um senso do que o corpo pode fazer e envolve
conhecimento dos seguintes aspectos: as partes do corpo, o que as partes do corpo podem
fazer, como elas podem fazê-lo. Inclui conscientização dos movimentos que o corpo pode
desempenhar, incluindo movimentos locomotores, estáveis e manipulativos. Podem
também ser descritas por uma mais das quatro ações que seguem, ou funções intencionais
do movimento.
A estruturação espacial refere-se ao conhecimento de onde o corpo pode
movimentar-se e é composta por quatro elementos: trajetórias do movimento, extensão
de movimento, nível de movimento e direção de movimento
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Cada um desses elementos da estruturação espacial ocorre tanto em referência ao


espaço individual de uma pessoa quanto ao espaço geral. Espaço pessoal é a área imediata
em todas as direções em torno do corpo do indivíduo na sua maior extensão, e espaço
geral é a maior área de movimento, incluindo o espaço de outros.
A consciência de esforço está relacionada a saber como o corpo pode mover-se.
O corpo humano simplesmente não pode se movimentar se o esforço físico não é aplicado,
dessa forma a consciência de esforço enfatiza as dinâmicas e qualidades do movimento,
consequentemente inclui os elementos tempo, peso e fluxo.
O tempo refere-se à velocidade na qual o movimento ocorre. Um movimento pode
ser executado em velocidade rápida, média ou lenta. Um movimento mantido no tempo
é considerado de esforço lento. Um movimento rápido e repentino é considerado um
esforço rápido.
O peso do movimento refere-se a energia ou força com que um movimento é
executado. Forte e fraco são descritivos de movimento para o elemento peso. Na ginastica
por exemplo, transferir peso das mãos para os pés ao saltar sobre um colchão de espuma
poderia ser descritivo como movimento forte.
O fluxo do movimento refere-se à continuidade do movimento. Em termos de
fluido, os movimentos são livres ou obrigatórios. Um movimento em andamento, e que
não pode ser parado, é um movimento livre. Um salto é um movimento livre, uma vez
que você sobe não pode parar o movimento até que toque o chão novamente. Um chute
ou um arremesso são ações obrigatórias porque podem ser interrompidas enquanto são
executadas.
A consciência de relação tem a ver com as interações entre objetos e/ou outras
pessoas, envolve um senso de com quem e com o que o corpo pode mover-se. Os
principais elementos são: movimentar-se com o equipamento, movimentar-se com os
outros, movimentar-se com elementos, e movimentar-se de acordo com as regras.

O CORPO
O corpo pode ser pensado como uma unidade que possui aspectos materiais e não
materiais, que se relaciona e se transforma continuamente. Deve ser compreendido não
somente como pura matéria e seus aspectos físicos, mas sim como um participante ativo
da vida, como produtor de vida, movimento, movimento e transformação.
Para observarmos as ações corporais, recorremos às subdivisões básicas do
esquema corporal referenciadas por Laban.
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A investigação do movimento articular pode ser proposta isoladamente,


observando as possibilidades de cada articulação, quanto aos seus aspectos anatômico,
cinesiológico, de flexão, extensão, rotação, circundação, pronação (palma da mão para
baixo), supinação (palma da mão para cima), adução (fechar) ou abdução (abrir), ou
combinada, como, por exemplo, o movimento do membro inferior que envolve um
conjunto de articulações. É importante que conceitos de anatomia sejam estudantes pelo
proponente, a fim de poder orientar com qualidade e competência as atividades.
A percepção característica de movimentos dos centros de leveza e de gravidade
possibilita a exploração de relações expressivas, tanto no aspecto do próprio natureza do
ser humano como na sua oposição intencional.
Um corpo mesmo que parado pode ter diferentes indicações ao olhar do
observador e é interessante explorar essas condições como meio de comunicação dentro
da linguagem dança outras formas de expressões corporais. O corpo pode ser visto
somente pelo contorno de sua massa, pela sua forma, porém posição, postura e gesto
nos remetem a condições do corpo no espaço com diferentes significados.
A investigação desses novos olhares sobre o corpo, sem movimento aparente,
pode ser um importante exercício para o professor e para o aluno. É interessante o
exercício de educar o olhar para perceber numa pessoa parada qual é o contorno de sua
massa corporal, em que posição ela se encontra, que postura ela assume. Nesse sentido,
entendemos a postura como sendo a expressão da ideia através da pose assumida. Já os
gestos são alguns movimentos ou formas assumidas pelo corpo que possuem significados
próprios dentro das diferentes culturas.
Sugerimos ao leitor uma pesquisa detalhada dos gestos como meio de identificar
as diferenças desses significados.
Como é enfatizado nos Parâmetros curriculares nacional – PCN, a orientação sobre o
corpo na dança deve ser feita mediante seu entendimento, como conhecimento, emoção,
comunicação e expressão e não somente instrumento ou veículo.
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QUALIDADE DO MOVIMENTO
A teoria do esforço de Laban pode ser definida como atitude interior que dá
origem a um movimento. A qualidade ou dinâmica é a característica derivada da
utilização dos elementos do movimento.
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O espaço
Este espaço é visto não pela ótica da qualidade e da intencionalidade do
movimento, mas analisado pelos princípios que regem a organização espacial do
movimento. Segundo Laban coceitos geométricos se aplicam nessa análise.
O espaço, nesse sentido, organiza-se em pessoal e geral.
Espaço pessoal – no lugar. É chamado por Laban de kinesfera e se refere ao espaço que
cada pessoa ocupa. Caracteriza a circunferência em torno do corpo constituído de todas
as possibilidades de movimento que ele pode executar sem deslocamento. Tem a
característica de ser elástico, possuindo relação com seu interior. É a esfera dançante que
envolve o corpo.
- Análise espacial do espaço pessoal: um lugar no espaço, sem deslocamento, é definido
por um ponto, interseção de duas retas.
Espaço geral – em deslocamento. O espaço geral é o lugar onde a dança ou atividade
expressiva acontece, e esse espaço pode ser transformado de acordo com a imaginação
do professor ou do coreógrafo para compor a cena desejada. Para isso, pode utilizar
recursos de iluminação, cenário, figurino, elementos cênicos e a própria dança.
- Análise espacial do espaço geral: na perspectiva do espaço geral, podemos considerar a
trajetória descrita pelo deslocamento do corpo no solo ou no espaço, indo de um ponto a
outro. O deslocamento do ponto define uma reta, uma curva ou combinações variadas.

Formas no espaço
As formas do corpo no espaço podem ser vistas como:
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- Formas do próprio corpo: é descrita no espaço pelo contorno de massa corporal no lugar.
Nesse contexto, podem ser exploradas linhas retas, curvas e combinações com partes do
corpo ou o corpo como um todo.
- Formas que são desenhadas pelo corpo no espaço: desenvolvidas na dança pelas figuras
descritas e desenhadas no espaço, pelo deslocamento do corpo.
Conceitos espaciais
Direções: considerado o centro do corpo, para cima, para baixo, para o lado direito ou
esquerdo, e ainda para frente e para trás.
Dimensões: é uma extensão entre duas direções opostas. É um elemento básico de
orientação
- Comprimento – (altura) na direção de cima para baixo
- Amplitude – (largura) na direção de lado-lado
- Profundidade – na direção de frente trás
Eixos: são linhas imaginárias, que cruzam um posto central do corpo, com conteúdo
direcional de tensão oposta. Para cada dimensão espacial há um eixo correspondente.
- Eixo sagital – (anteroposterior) dimensão profundidade frente-trás
- Eixo horizontal – (transversal) dimensão amplitude-lado-lado
- Eixo vertical – (longitudinal) dimensão comprimento-cima-baixo
Planos: são definidos pela união de duas dimensões
- Plano vertical ou frontal (plano da porta) – apresenta-se pela união das dimensões cima-
baixo e lado-lado; dominância da dimensão comprimento; experimentação do corpo na
postura vertical (cima-baixo) e de dobrar o corpo lateralmente; flexão da coluna vertebral
para os lados
- Plano sagital (plano da roda) – apresenta-se pela união das dimensões cima-baixo e
frente-trás; dominância da dimensão profundidade; experimentação de movimentos
anteroposteriores com os membros (pernas e braços); flexão anterior e posterior da coluna
vertebral.
- Plano horizontal (plano da mesa) – apresenta-se pela união das dimensões frente-trás e
lado-lado; dominância da dimensão amplitude; experimentação de movimentos que se
abrem e se fecham em relação ao corpo e de torcer o corpo; rotação da coluna vertebral.
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Nível – é a relação de posição espacial que leva em conta a altura (baixo, médio e alto),
sendo determinado a partir do estabelecimento de relações. Os níveis baixo, médio e alto
considerando a relação do corpo com o espaço, são estabelecidos pela experimentação
humana a partir do nascimento. Essa é uma vivência pela qual o ser humano possa nos
primeiros anos de vida. À medida que cresce, experimenta a passagem de um nível para
outro, cada vez com maiores possibilidades de movimento. Dessa forma torna seu
vocabulário de movimento mais rico e expressivo.
- Nível baixo – quando deitamos, rolamos, arrastamo-nos até chegar a engatinhar, posição
de quatro apoios
- Nível médio – quando, com os joelhos flexionados de diversas maneiras, até chegar a
ficar de pé
- Nível alto – quando ficamos nas pontas dos pés ou saltamos perdendo o contato com o
Chão
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Relacionamento
O corpo que se movimenta cria relações com objetos, pessoas ou com o próprio corpo,
de proximidade, afastamento e superposição.
Quanto a forma – solo, dupla, trio e grupo
Quanto a proximidade – perto, médio, distante
Quanto ao toque – pessoas e coisas

DANÇA
A dança possui movimentos funcionais – são aqueles aprendidos para
desempenhar habilidades específicas (fundamental e especializado) – e expressivos –
movimentos utilizados para expressar sentimentos e ideias (expressão facial e corporal).
Elementos da dança
Movimentos articulares – são todas as possibilidades anatômicas de movimento dos
membros superiores, inferiores, cabeça e tronco. Podem ser executados como
movimentos de partes de corpo, ou do corpo como um todo, com ou sem deslocamentos.
Giros – são movimentos de rotação em torno do eixo corporal, podendo ser fixo,
deslocamento, ou ainda combinado com outros elementos. É interessante começar com
giros simples que estão ligados às ações do dia-a-dia, como no lugar, desviar sobre os
pés, mudando a frente para um dos lados (¼ de giro), depois para voltar (½ de giro, 3/4
de giro, 1 giro completo.
Saltos – são movimentos caracterizados pela perda de contato com o chão. Para análise
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observamos três fases: impulsão (saída do solo), voo propriamente dito (momento de
perda de contato com o solo), e amortecimento (retorno ao solo).
- Tipo – de 2 para 2 pés; 2 para 1 pé; 1 para 2 pés, de 1 para outro pé; de 1 para o mesmo
pé.
- Intenção – vertical (sem deslocamento), horizontal (com deslocamento)
-Impulsão – sem aproximação (no lugar) , com aproximação (precedido de outro
movimento em deslocamento como passos, corridas, contrapassos etc).
- Voo – simples (durante o voo mantém o foco), batido (durante o voo existem batidas de
pernas ou pés), com giro (durante o voo existe mudança de foco).
- Explosão – pequena (quando a intensidade de força de explosão é fraca), médio (quando
a intensidade de força de explosão é moderada), grande (quando a intensidade de força
de explosão é forte).
Rolamentos – movimento de rotação em torno do centro de gravidade do corpo
executados em contato com o solo. Pode ser: anterior, posterior, lateral.
Quedas – são movimentos que se caracteriza pela condição de ceder à lei da gravidade
ou potencializar a sua ação. Podem ser: no lugar (cair no chão, desmoronar) na direção
de cima para baixo; com deslocamento (ser empurrado ou se jogar ao chão) em qualquer
direção.
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REFERENCIAS

ATAXO, I.; MONTEIRO, G. A. Ritmo e movimento: teoria e prática. 4 ed. São Paulo:
Phorte, 2007.

GALLAHUE, D. L.; DONNELLY, F. C. Educação Física Desenvolvimentista para


todas as crianças. 4. ed. São Paulo: Phorte, 2008.

HAAS, A. N.; GARCIA, A. Expressão corporal: Aspectos gerais. Porto Alegre:


Edipucrs, 2008.

TADRA, D. S. A. Metodologia do ensino das artes: Linguagem da dança. Curitiba:


Editora Xibpex, 2009.

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