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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

O ENSINO DA ARTE E AS RELAÇÕES COM AS ÁREAS DO CONHECIMENTO


NA PRÁTICA PEDAGÓGICA.

Curitiba
2009
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Jucileine Malosti

O ENSINO DA ARTE E AS RELAÇÕES COM AS ÁREAS DO CONHECIMENTO


NA PRÁTICA PEDAGÓGICA.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a


Pró-Reitoria de Pós Graduação, Pesquisa e
Extensão da Universidade Tuiuti do Paraná para
obtenção do grau de especialista em Gestão
Pedagógica da Educação Infantil e Anos Iniciais.
Orientadora: Maria Iolanda Fontana

Curitiba
2009
RESUMO

O objetivo desta pesquisa é investigar o trabalho pedagógico do professor


com o ensino de artes em sala de aula e a relação que estabelece com as demais
áreas do conhecimento, na segunda etapa do ciclo II do ensino fundamental. A
pesquisa é de abordagem qualitativa, pois busca por meio da aproximação do
pesquisador com a realidade escolar compreender os fatores que configuram as
práticas pedagógicas no ensino das artes. Discute-se os conceitos relacionados
ao ensino e aprendizagem da arte, formação de professores e a
interdisciplinaridade, além de sintetizar os conceitos presentes nos referenciais
teóricos legais para o ensino da arte. Como fontes, utiliza-se a pesquisa
bibliográfica e de campo, realizada em três escolas do Município de Curitiba, por
meio de observação em sala de aula, aplicação de questionário às professoras e
entrevista com as pedagogas das escolas investigadas. Após a análise de dados
ficou evidente que o ensino da arte ainda necessita de mais apoio e valorização,
os professores precisam aprimorar sua formação, especializando-se nesta área e
a integração da arte com as demais áreas do conhecimento já é praticada, porém
merece maior estudo para compreensão se sua real função.

Palavras-chave: ensino da arte, interdisciplinaridade, conhecimento e prática


pedagógica.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................... 4
1 ENSINAR E APRENDER ARTE......................................................... 6
1.1 A INTERDISCIPLINARIDADE............................................................. 7
1.2 A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES............................................. 9
2 SÍNTESE DOS REFERÊNCIAIS TEÓRICOS LEGAIS PARA O 1 1
ENSINO DA ARTE..............................................................................
2.1 LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO Nº 9394/96............ 11
2.2 PARÀMETROS CURRICULARES NACIOANAIS PARA O ENSINO 12
FUNDAMENTAL..................................................................................
2.3 DIRETIZES CURRICULARES NACIONAIS DA EDUCAÇÃO ........... 14
2.3.1 Diretrizes curriculares para a Educação Municipal de 14
Curitiba................................................................................................
2.3.2 Cadernos Pedagógicos....................................................................... 16
3 COLETA E ANÁLISE DE DADOS..................................................... 18
3.1 DA OBSERVAÇÃO............................................................................. 20
3.2 DO QUESTIONÁRIO.......................................................................... 26
3.3 DA ENTREVISTA................................................................................ 32
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................ 35
REFERÊNCIAS................................................................................... 38
APENDICES........................................................................................ 39
INTRODUÇÃO

O ensino da arte na educação básica corresponde à definição de conteúdos

e objetivos para formação cultural, histórica, estética e artística do estudante. Por

ser tão importante à formação do ser humano, merece maior preocupação por

parte de pesquisadores.

Os documentos oficiais que norteiam o trabalho pedagógico do professor

nessa perspectiva, apesar de divulgados e de fácil acesso aos professores, nem

sempre são compreendidos e aplicados nas práticas de ensino de artes nas

escolas. Essa situação tem sido anunciada por pesquisadores da área, e em

experiências de estágio nas escolas, portanto constituindo-se em uma

problemática a ser investigada e analisada para o avanço da educação integral na

escola básica.

Com base nesse contexto, a presente pesquisa tem como objetivo investigar o

trabalho pedagógico do professor com o ensino de artes em sala de aula e a

relação que estabelece com as demais áreas do conhecimento do currículo

escolar, para a segunda etapa do ciclo II do ensino fundamental.

Para fundamentar a pesquisa utiliza-se a produção de autores como: Ana

Mae Barbosa, Rosa Iavelberg, Ferraz e Fusari e outros autores que possam dar

sustentação às questões teóricas necessárias ao desenvolvimento do trabalho.

A pesquisa é de abordagem qualitativa, pois busca por meio da

aproximação do pesquisador com a realidade escolar compreender os fatores que

configuram as práticas pedagógicas no ensino das artes.

Divide-se em três capítulos, sendo o primeiro uma apresentação de conceitos

relacionados ao ensino-aprendizagem da arte, formação de professores e a


interdisciplinaridade, o segundo trata-se de uma síntese dos referenciais teóricos

legais para o ensino da arte, são eles: Lei de Diretrizes e Bases da Educação

9394/96, Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, Parâmetros

Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, Diretrizes Curriculares

Municipais para a educação de Curitiba e Cadernos Pedagógicos. E o terceiro

refere-se ao trabalho de campo, ou seja, coleta e análise de dados, realizado em

três escolas do Município de Curitiba, do Núcleo Regional de Santa Felicidade,

onde houve observação em sala de aula do ensino das artes, na segunda etapa

do ciclo II, aplicação de um questionário às professoras das salas observadas e

entrevista com as pedagogas das escolas investigadas, buscando analisar a

coerência da prática com os documentos oficiais e teorias relacionadas ao ensino

da arte e a integração com as demais áreas do conhecimento.

A identidade dos sujeitos e das instituições foram resguardadas na

pesquisa.
1 ENSINAR E APRENDER ARTE

Desde o nascimento, todo ser humano tem à sua disposição uma história

socialmente construída e a partir do momento em que passa a interagir com meio

em que vive, inicia o processo de criação de sua própria história por meio de

experiências, vivências e observações. Assim, constrói seu conhecimento em

todas as áreas em que teve a oportunidade de interagir.

O mesmo acontece com a arte, quanto maior o contato que manter com

experiências artísticas, maior será seu conhecimento e domínio nessa área.

A arte promove o desenvolvimento de competências, habilidades e


conhecimentos necessários a diversas áreas de estudo; entretanto, não
é isso que justifica sua inserção no currículo escolar, mas seu valor
intrínseco como construção humana, como patrimônio comum a ser
apropriado por todos. (IAVELBERG, 2003 p.09).

O maior valor atribuído à produção artística é a individualidade, ou seja, a

riqueza cultural que o individuo deposita em seu trabalho.

Segundo IAVELBERG (2003 p. 11) “Aprender em arte implica desafios, pois a

cultura e a subjetividade de cada aprendiz alimentam as produções, e a marca

individual é aspecto constitutivo dos trabalhos”.

É importante reconhecer a relevância da arte na vida do ser humano tanto

fora quanto dentro da escola, levando em consideração as experiências externas

e aprimorando-as no espaço escolar. “É nessa abrangência que a arte deve

compor os conteúdos de estudos nos cursos de arte na escola e mobilizar as

atividades que diversifiquem e ampliem a formação artística e estética dos

estudantes” (FERRAZ E FUSARI 1999, p. 17).


No processo ensino-aprendizagem em arte, é preciso mostrar ao educando

as maneiras que a arte aparece em sua vida, pois está presente a todo momento,

por exemplo, quando admiramos certa música, cena ou objeto artístico.

Assim, se pretendemos contribuir para a formação de cidadãos


conhecedores de arte e para a melhoria da qualidade da educação
escolar artística e estética, é preciso que organizemos nossas propostas
de modo que a arte esteja presente nas aulas de Arte e se mostre
significativa na vida das crianças e jovens.(FERRAZ E FUSARI 1999, p.
15).

Diante disso, muito mais que ensinar e aprender arte é tornar esses momentos

significativos, é reconhecer e apreciar a arte em seus diversos aspectos.

1.1 A INTERDISCIPLINARIDADE

São muitas as discussões em relação à ação interdisciplinar na sala de aula,

pois embora os educadores reconheçam sua importância ao processo ensino-

aprendizagem, ainda é uma visão muito recente que requer adaptação.

“A interdisciplinaridade é uma nova atitude diante da questão do conhecimento, de

abertura à compreensão de aspectos ocultos do ato de aprender e dos

aparentemente expressos, colocando-os em questão”.(FAZENDA 2001 p. 11)

A prática pedagógica está cercada de culturas diferentes, concepções,

ideias, costumes que precisam ser levados em consideração ao desenvolver das

aulas, da mesma forma acontece com os conteúdos, é praticamente impossível

trabalhar apenas um conteúdo específico em uma aula sem se referir a outro, pois

a criança necessita situar-se no tempo para assim compreender a ideia geral.

“Entendemos por interdisciplinaridade o trabalho com diversas áreas do

conhecimento e sua articulação” (IAVELBERG 2003, p 68).


Essa visão exige que o educador esteja em constante harmonia com os

demais, não somente trabalhando em equipe, mas trabalhando por um objetivo

em comum, de maneira dinâmica, fazendo com que os educandos percebam essa

relação e assim facilitando a compreensão dos conteúdos.

“A interdisciplinaridade permite-nos olhar o que não se mostra e intuir o que ainda

não se consegue, mas esse olhar exige uma disciplina própria capaz de ler nas

entrelinhas”.(FAZENDA apud FAZENDA 2000 p. 15)

Nessa perspectiva, inclui-se a busca por novos caminhos, com ousadia e

enfrentando os desafios que possam surgir.

O trabalho interdisciplinar pode se tornar mais eficiente se for relacionado

ao ensino da arte, sendo este o ponto de partida para as demais descobertas que

se objetiva.

A cada objetivo, pode-se relacionar conteúdos de vários tipos a


diferentes ações de aprendizagem dos estudantes. Ao fazer arte, ao
apreciar e ao refletir sobre a arte, o aluno pode assimilar conteúdos que
correspondem a esse objetivo. O aluno pode aprender tipos de
conteúdos distintos que inserem nesse ou naquele eixo, em apenas um,
dois ou mesmo nos três eixos (fazer, apreciar e refletir sobre a arte.)
(IAVELBERG 2003 p.25).

É importante a contribuição da arte para proposta interdisciplinar, pois torna

a aprendizagem mais prazerosa e despertar o olhar sensível às concepções

futuras.

Na realização do planejamento, o professor já pode pensar em práticas,

fatos, conceitos que envolvam mais de um conteúdo e de diferentes áreas

realizando associações com as linguagens artísticas.

No ensino fundamental, no 1º e 2º ciclos, o professor unidocente pode


trabalhar com a articulação entre as áreas, tanto no seu planejamento de
sequência de atividades para ensinar um conjunto de conteúdos como
em projeto de trabalho em que pode arrolar distintas áreas do
conhecimento (IAVELBERG 2003, p. 69).
Vale ressaltar a presença da diversidade cultural existente em sala de aula,

onde os próprios alunos podem estabelecer esta relação sem mesmo que o

professor tenha planejado e assim, a aula pode tornar-se mais rica em

conhecimentos.

1.2 A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES

Os alunos, a equipe pedagógica e a sociedade esperam encontrar professores

capacitados para realizar o trabalho que lhes é ofertado, porém muitas vezes

deparam-se com outra realidade, onde professores deixam a desejar por não ter a

formação específica.

“Art. 87º É instituída a Década da Educação, a iniciar-se um ano a partir da

publicação desta lei”.

“§ 4º_ Até o fim da Década da Educação somente serão admitidos professores

habilitados em nível superior ou formados por treinamento em serviço” (LDB 9394

- 1998, p.55-56).

A formação do professor de arte merece igual importância que é dada aos das

demais áreas, uma vez que trata-se de uma disciplina com conteúdos próprios e

de alta relevância à formação do indivíduo, crítico, criativo e capaz de transformar

o mundo como objetiva a sociedade.

Um dos objetivos centrais da formação dos professores é que eles


possam progressivamente identificar-se como coparticipantes de um
projeto nacional de melhoria do ensino e da qualidade de vida das
crianças e dos jovens, ampliando o exercício da cidadania e da ética na
sociedade. (IAVELBERG 2003, p. 62).
Para que os professores sejam eficientes em suas metodologias de ensino,

criativos em seus planos e que tenha alunos verdadeiramente capazes de

construir ideias e produções relevantes a si e aos outros, é necessário que tenham

subsídios materiais e morais.

“Os professores que educam crianças e jovens têm o direito de ser bons

professores e precisam ser apoiados em sua formação e valorizados como

profissionais, a fim de acompanharem a evolução dos processos educativos”

(IAVELBERG 2003, p. 52).

A formação do professor, sem dúvida nenhuma, faz muita diferença no

processo ensino-aprendizagem, porém deve estar enraizada a outras questões

que a escola precisa garantir ao trabalho do professor para que o bom

desempenho em sala de aula seja garantido, uma delas é a valorização do

mesmo. “Um professor valorizado, respeitado e habilitado pode criar uma escola

que atrai os alunos, uma escola inclusiva, na qual aluno quer aprender e aprende

a participar” (IAVELBERG 2003, p. 63).

A outra é garantir a formação continuada, possibilitando a atualização dos

saberes para que assim, possa tornar suas aulas mais criativas dinâmicas fazendo

com que os alunos se interessem e participem com prazer.

Quanto ao processo educacional em arte, além disso, precisamos


verificar quais as práticas artísticas e estéticas existentes em nossa vida
contemporânea queremos conservar e mudar e por quê. Isso significa
que necessitamos assumir práticas de uma continuada educação em
arte. (FERRAZ E FUSARI 1999, p. 18-19).

Não basta apenas ensinar é importante também, refletir sobre a própria

prática, reavaliando o método de ensino e ocasionando modificações, se for

necessário.
2. OS REFERÊNCIAIS TEÓRICOS LEGAIS PARA O ENSINO DA ARTE

Neste capítulo pretende-se abordar as principais orientações expressas

nos referenciais teóricos expressos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação,

Parâmetros Curriculares Nacionais, Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação, Diretrizes Curriculares para a Educação Municipal de Curitiba e

Caderno Pedagógico de Arte) com o objetivo de verificar a proposta dos mesmos

em relação ao ensino da arte.

2.1 LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO Nº 9394/96

A arte em sua história passou por várias modificações, tendências

pedagógicas, que cada uma com sua finalidade e de acordo com a época,

marcaram o processo de desenvolvimento da concepção artística, mas até então

a arte não era considerada uma disciplina. Somente em 1996, com a nova Lei de

Diretrizes e Bases da Educação, foi considerada parte do currículo escolar.

Conforme consta no “§ 2º o ensino da arte constituirá componente curricular

obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o

desenvolvimento cultural dos alunos”.

A LDB surge para proporcionar uma base nacional comum aos currículos,

mas deixa claro que é preciso considerar as singularidades da região onde

localiza-se a escola.

Art 26 Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base


nacional comum, a ser contemplada, em cada sistema de ensino e
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigidas pelas
características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia
e da clientela.

As características de uma instituição de ensino podem modificar e definir os

conteúdos e procedimentos que serão abordados em sala de aula, trabalhando a

partir das necessidades educacionais, culturais e econômicas regionais, a escola

estará proporcionando aos alunos a compreensão de sua história e sua cultura

como integrante de um sistema social, além de estar incentivando-os a criar uma

visão de mundo diferenciada e crítica.

Um exemplo desta proposta está explicita abaixo,

Art. 26-A § Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e


dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o
currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de
literatura e história brasileira.

O estudo da história e cultura afro-brasileira, proposta especialmente para o

ensino da educação artística, revela o quanto a arte é importante e deve fazer

parte da vida dos alunos, mostrando-os e ajudando-os nesse processo de

descoberta do mundo.

2.2 PARÀMETROS CURRICULARES NACIOANAIS PARA O ENSINO


FUNDAMENTAL

No ensino fundamental é importante ao aluno que a aprendizagem artística

ocorra por meio de experiências e vivências, tanto no cotidiano quanto em contato

com o meio artístico.

Aprender arte é desenvolver progressivamente um percurso de criação


pessoal cultivado, ou seja, alimentado pelas interações significativas que
o aluno realiza com aqueles que trazem informações pertinentes para o
processo de aprendizagem. (Pcn´s 1997 p. 35).
O percurso criador do educando acontecerá de forma mais rica,

proporcionando o desenvolvimento artístico e estético quando a diversidade de

contato for ampla. O ensino da arte deve estar sempre ligado às informações não

só da arte, mas de situações que sejam relevantes ao educando, envolvendo-o

em atividades artísticas de forma prazerosa.

Assim, aprender com sentido e prazer está associado á compreensão


mais clara daquilo que é ensinado. Para tanto, os conteúdos da arte não
podem ser banalizados, mas devem ser ensinados por meio de
situações e / ou propostas que alcancem os modos de aprender do
aluno e garanta a participação de cada um dentro da sala de aula.
(Pcn´s1997 p. 35)

O professor precisa primeiramente entender e saber explicar a função da

arte na vida dos indivíduos, de acordo com a faixa etária e a diversidade cultural

presente em sala de aula, para assim despertar o interesse de seus alunos nas

aulas de arte. Neste sentido, ‘’O aluno, em situações de aprendizagem, precisa

ser convidado a se exercitar nas práticas de aprender a ver, observar, ouvir, atuar,

tocar e refletir sobre elas. (PCNs, 1997 p.35).

O PCN propõe o ensino da arte em quatro linguagens: arte visual dança,

música e teatro, contemplando assim, os diferentes modos de assimilar o

conhecimento, além disso, apresenta com o título Orientações didáticas, a

sugestão do trabalho com projetos, onde aparece a questão da

interdisciplinaridade.

Uma das modalidades de orientação didática em Arte é o trabalho por


projetos. Cada equipe de trabalho pode eleger projetos a serem
desenvolvidos em caráter interdisciplinar, ou mesmo referentes a apenas
uma das formas artísticas (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro).
(PCNs, 1997 p.49).

Nessa perspectiva, fica evidente a possibilidade de integração da arte com

as demais áreas do conhecimento.


Na prática, os projetos podem envolver ações entre disciplinas, como
por exemplo, Língua Portuguesa e Arte, ou Matemática e Arte e assim
por diante. Os conteúdos dos temas transversais também são favoráveis
para o trabalho com projetos em Arte. (PCNs, 1997 p.50).

O trabalho interdisciplinar no ensino fundamental muito pode contribuir à

aprendizagem, pois estabelecendo relações com conteúdos de outras disciplinas

os alunos poderão assimilar o conhecimento com mais facilidade.

No transcorrer do ensino fundamental, o aluno poderá desenvolver sua


competência estética e artística nas diversas modalidades da área de
Arte (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), tanto para produzir
trabalhos pessoais e grupais quanto para que possa, progressivamente,
apreciar, desfrutar, valorizar e julgar os bens artísticos de distintos povos
e culturas produzidos ao longo da história e na contemporaneidade.
(PCNs, 1997 p.20).

A riqueza de conhecimento que pode ser adquirida pelo aluno por meio do

trabalho interdisciplinar possibilitará a expansão de ideias, clareza de conceitos e

pensamento reflexivo e crítico acerca do mundo em que vive.

2.3 DIRETIZES CURRICULARES NACIONAIS DA EDUCAÇÃO

Neste documento de enorme utilização e importância aos professores de

todo o Brasil, que dá sustento à organização curricular das escolas encontra-se

apenas um trecho que serve para a educação em arte.

“Art. 3º. São as seguintes as Diretrizes Curriculares Nacionais para o


Ensino Fundamental:
I - As escolas deverão estabelecer como norteadores de suas ações
pedagógicas:
(...)
c) os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade e da
diversidade de manifestações artísticas e culturais.
Coloca que a sensibilidade e a criatividade devem fazer parte da prática

pedagógica e ainda deve haver lugar para as manifestações artísticas e culturais.

Esses objetivos são propósitos da educação artística e que desde então, precisam

ficar evidentes nos sistemas de ensino.

2.3.1 DIRETRIZES CURRILARES PARA A EDUCAÇÃO MUNICIPAL DE


CURITIBA.

As formas de expressões artísticas foram construídas culturalmente, que

trazem muito da individualidade do artista, mas também das relações sociais

presentes na época da criação. Por meio das Diretrizes Curriculares para a

Educação de Curitiba (DCM) podemos conceber a arte como cultura, pois é uma

criação humana. “A cultura é, pois a concretização humana, o acúmulo de

experiências indissociáveis do processo de construção da existência” p.87.

Neste referencial teórico, que dá apoio ao trabalho dos professores,

encontramos a seguinte proposta.

O ensino da arte, através da disciplina de Educação Artística,


possibilitará um conhecimento revelador, na medida em que a reflexão
possa proporcionar a superação do senso comum e o desvelamento das
relações implícitas na produção artística. (p. 89)

Tal sugestão deixa clara a importância em despertar na criança a reflexão e

a capacidade criadora como intenção no ensino da arte, formando cidadãos com

opiniões próprias.

O ensino da arte é permeado pela diversidade cultural, por isso faz-se

importante o desenvolvimento do pensamento reflexivo através do pensamento

estético para que os alunos possam compreender produções artísticas como


portadoras de relações sociais. PAREYSON (1989) apud DCEMC define

pensamento estético da seguinte forma

A estética não pode pretender estabelecer o que deve ser a arte ou o


belo, mas tem a incumbência de dar conta do significado da estrutura
artística e das possibilidades que se apresentam na experiência estética.

Tal importância dirigida ao pensamento estético deve-se ao fato de ser a

interação do individuo com o objeto a melhor explicação para esse processo que

deve ser ativo e interativo.

O desenvolvimento do pensamento estético se efetivará pelo trabalho de


análise e reflexão da arte como produção cultural, a partir da
especificidade de cada área artística e do desenvolvimento da
capacidade criadora “(DCM, p. 90).

As vivências emotivas proporcionadas pelo contato com a arte faz com que

o público ou estudante, esteja sempre modificando sua concepção sobre as

coisas, além disso, a interpretação e participação em diferentes meios artísticos

garantem sua interação com a sociedade, desenvolvendo assim a história da

humanidade.

2.3.2 CADERNOS PEDAGÓGICOS

Trata-se de mais um referencial teórico disponibilizado aos professores da

rede de ensino municipal de Curitiba, no qual poderão recorrer para manter-se

atualizados às propostas de trabalho.

Já no primeiro parágrafo, encontramos palavras que estimulam a

valorização da arte.”A arte é o produto do existir do homem, sempre haverá

integração entre o fazer e o responder a objetos artísticos, atitudes e condições

sociais” ( CURITIBA, 2005, p.09)


E se repete, ainda na mesma página, a afirmação seguinte, “Como produto

do existir do homem, a arte é cultura resultante do movimento das relações sociais

em diferentes formas de organização”.

Diante de tais citações fica evidente que o ensino de artes proposto pelo

Caderno Pedagógico de Artes para as escolas municipais de Curitiba está

intimamente ligado à história da humanidade, ou seja, a cultura construída de

diversas formas de relacionamento da sociedade, justificando o objetivo principal

“O desenvolvimento do pensamento estético através da experiência estética”,

como “aprecia, analisar, experimentar, manipular materiais e técnicas, conhecer

os códigos, improvisar e criar” (p. 09). Reafirmando a relação que o homem

estabelece com o objeto artístico.

Além disso, apresenta dois eixos norteadores e simultâneos para o

desenvolvimento do trabalho pedagógico: “a especificidade das linguagens

artísticas e o entendimento da arte como produção cultural” Tais eixos também

são mencionados nas Diretrizes Municipais de Curitiba, acrescentando a arte

como produção cultural, social e histórica.

Para auxiliar os professores nos momentos de elaboração e organização do

planejamento, encontra-se um roteiro composto por cinco itens: “1- seleção de

objetivos e conteúdos; 2 - apreciação\ seleção de repertório; 3 - execução; 4 -

criação e 5 - avaliação”

O caderno Pedagógico prossegue com a explicação das diferentes

linguagens artísticas separadamente: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro, cada

qual com um objeto de estudo e especificidade.


E ainda, com um suporte maior ao professor, um modelo de planejamento

dividido por ciclos, com exemplos de objetivos, conteúdos, atividades, avaliação e

recursos necessários para efetivação do mesmo.


3. COLETA E ANÁLISE DE DADOS

A presente pesquisa tem o objetivo principal de levantar dados sobre o

trabalho pedagógico do professor, na segunda etapa do ciclo II do ensino

fundamental, com o ensino da arte e verificar a relação ele estabelece com as

demais áreas do conhecimento do currículo escolar.

Para Ruiz (1996), “A pesquisa de campo consiste na observação dos fatos

tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados e no registro de variáveis

presumivelmente relevantes para ulteriores análises”. (p.50).

Foram selecionadas 3 escolas municipais pertencentes ao Núcleo

Regional de Educação do Bairro de Santa Felicidade pelo motivo de ser de fácil

acesso à pesquisadora.

Para preservar a identidade das instituições observadas e seus

respectivos profissionais foram atribuídas as letras A, B e C. Dessa forma

denomina-se: Instituição A - sala A - professora A - pedagoga A; Instituição B -

sala B - professora B - pedagoga B e instituição C: sala C - professora C e

pedagoga C.

Foram realizadas observações, entrevistas e questionários tendo como

objetivo a investigação da prática pedagógica, a concepção dos professores e

pedagogos em relação ao tema abordado e a coerência entre os mesmos.

A seguir apresentam-se os dados resultantes dos procedimentos

metodológicos adotados.
3.1 DA OBSERVAÇÃO

As observações foram realizadas em três Escolas Municipais de Curitiba,

em três turmas de quarta séries do ensino fundamental, abrangendo estudantes

com 10 anos de idade. Foi realizada uma observação em cada turma.

Nessas escolas, as aulas de Arte acontecem na sala de aula e são

ministradas por professoras específicas para cumprir essa função. Todas as

turmas observadas têm aulas de Arte uma vez por semana.

Segundo LAKATOS E MARCONI (2001, p. 107), a observação “utiliza os

sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste

apenas em ver ou ouvir, mas também em examinar fatos ou fenômenos que se

deseja estudar”.

As observações foram realizadas em datas previamente agendadas com a

escola e com o consentimento das professoras.

Apresenta-se a seguir a descrição dos dados resultantes das observações

realizadas em cada sala de aula das três instituições. As análises tomaram como

base a literatura pertinente ao tema.

a) Instituição A - sala A - professora A - 29 alunos presentes.

No primeiro momento acontece a distribuição dos cadernos de arte, estes

são grandes e de folhas brancas. Em seguida, a professora escreve no quadro e

os alunos copiam a explicação de uma obra trabalhada na aula anterior, cujo título

é: Releitura da obra Carnaval em Madureira – 1924.

A professora orienta sobre a escrita, pedindo atenção.


Sugere um endereço eletrônico para que os alunos visitem na aula de

informática.

Após terminarem essa cópia, a professora inicia outra com o título:

releitura da obra Auto-retrato ou Manteau Rouge. A professora explica porque o

nome Manteau Rouge. Faz algumas perguntas sobre a biografia de Tarsila do

Amaral, a qual já foi copiada pelos alunos em outra aula.

Para explicar a obra, cita Santos Dumont e inicia uma conversa sobre ele,

perguntando o que ele criou e porque se matou. Os alunos respondem e

comentam sobre a poluição trazida por aviões e carros.

Então, a professora mostra a obra e questão, em uma capa de livro

pequeno. Sai da sala em busca de uma obra maior e traz um livro. Diz aos alunos,

que após terminarem a cópia deverão desenhar a obra. Os alunos iniciam o

desenho e a professora passa nas carteiras para corrigir a escrita individualmente.

Alguns alunos se aproximam da obra, que está exposta no quadro, para

observarem os detalhes.

Uma aluna diz:

_Professora, já que é releitura eu não preciso fazer totalmente igual. Será

que eu posso colocar umas flores

A professora disse sim e comentou com a turma que eles poderiam

interferir na obra.

Caminhei pela sala e pude observar que a maioria das produções

mantiveram as características principais da obra, com poucas interferências. Após

terminarem a atividade proposta, os alunos deveriam entregar o caderno e

escolher um gibi para ler até a hora do lanche.


Ao término da aula, a professora analisou as informações descritas por

mim e confirmou estar ciente por meio da assinatura.

Foi possível observar que as atividades desenvolvidas nesta aula,

interessaram aos educandos, foram exploradas e interligadas com outras

disciplinas, ampliando a possibilidade do trabalho com a sugestão da realização

de pesquisas. Relata Barbosa (1999, p32):

O que a arte na escola principalmente pretende é formar o conhecedor,


fluidor, decodificador da obra de arte. Uma sociedade só é artisticamente
desenvolvida quando ao lado de uma produção artística de alta qualidade
há também uma alta capacidade de entendimento desta produção pelo
público.

A aula obedeceu, em parte, às orientações presentes nas Diretrizes Curriculares

para a Educação Municipal de Curitiba, no que diz respeito ao eixo que norteia os

objetivos do ensino da arte:

“1. O entendimento da arte e das formas de expressão artísticas como

produção cultural, social e histórica.” (CURITIBA, 2005, p. 91). Isso ocorreu ao

discutirem sobre a biografia da autora e ao copiarem em que contexto foi criada a

obra.

Porém, deixou de explorar o segundo eixo proposto no mesmo documento

e de igual importância ao primeiro:

“2.a especificidade das linguagens artísticas.” P.91, pois não houve a

discussão sobre os elementos da obra, ou seja, leitura de imagem. Também

deixou de trabalhar a criatividade estética, levando o aluno a interagir com a

obra, desenvolvendo a sensibilidade artística. De acordo com as Diretrizes

Curriculares Nacionais da Educação deve fazer parte do ensino da arte, no Ensino


Fundamental: “Art. 3º inciso I alinea c) os princípios estéticos da sensibilidade, da

criatividade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais.”

b) Instituição B - sala B - professora B - 19 alunos presentes.

A professora inicia a aula explicando que não será possível realizar o que

havia planejado, que seria a observação de transparências da obra O quarto de

Van Gogh, pois não encontrou as transparências. Mesmo assim, explicou a obra

oralmente. Propôs a construção de uma maquete, como tarefa de casa, do seu

quarto. Para explicar a maquete estabeleceu relação com trabalhos expostos na

parede, o qual eram plantas de apartamentos feitos na aula de matemática.

No segundo momento, inicia a explicação sobre Pop Art, lendo um texto.

Explica a origem da palavra pop. Continua a leitura, sempre questionando o

significado das palavras e explicando-as. Faz uma breve explicação sobre classes

sociais, consumismo, capitalismo e cultura. Mostra no livro, alguns exemplos de

obras poéticas denominadas pop art.

Em seguida, passa no quadro um resumo para os alunos copiarem. Eles

possuem um caderno específico para Arte, que é pequeno e com linhas.

Eles copiam conversando o tempo todo e a professora precisou chamar a

atenção várias vezes até o final da aula.

Ao observar o desenvolvimento da aula de arte nessa sala verifica-se que a

metodologia de aula expositiva utilizada pela professora, restringindo o trabalho de


Artes apenas as atividades de leitura, explicação e cópia de texto, não atraiu a

atenção e interesse dos alunos.

Tal fato tem enorme importância, pois o aluno precisa ser visto como

integrante do processo de ensino e aprendizagem e suas produções precisam ser

valorizada

Discorre ANA MAE BARBOSA:

A arte serve à instituição escolar para mostrar abertura e ausência de


preconceito contra ciências humanas e contra a criação. Porém, através
da quantificação sem qualificação foram eliminados os possíveis efeitos
que a arte poderia exercer no despertar um raciocínio crítico e
independente. (2001, p. 52)

Vale ressaltar que a falta de formação adequada em artes, faz com que os

professores não compreendam a relevância e também impossibilita um trabalho

com maior necessidade da arte na escola.

c) Instituição C - sala C - professora C - 29 alunos presentes

Nesta instituição, ocorreram alguns empecilhos em duas tentativas de

observar a aula. No primeiro, a professora havia faltado e as crianças foram

dispensadas, no segundo a escola estava alagada, devido a uma chuva forte

durante a noite, então não houve aula. Tais fatos impediram a observação nestes

dias.

A professora dirige a turma à sala de arte, onde há torneira e pia, armários

com materiais específicos para as aulas de Arte e carteiras enfileiradas.

A professora inicia a aula explicando o que é arte contemporânea e

mostra uma obra em um livro de tamanho A3. Mostra exemplo de uma obra

interativa, em outra o material e ainda uma que expressa movimento.


Segue explicando o que é interseção (em geometria, o ponto de encontro

entre duas retas). Inicia a entrega de trabalhos realizados na aula anterior e

comenta sobre cada um, deixando sugestões aos alunos.

Mostrou, no quadro, como fazer retas utilizando a régua.

A professora fez isto, para melhor explicar a proposta da aula anterior,

onde eles já haviam criado uma obra utilizando-se de retas. Depois, dá início às

explicações da proposta do dia.

Colocou no quadro algumas obras de Candido Portinari e explicou o

modernismo, do século passado. Esclarece o termo “mecenas”.

Mostrou, então, um panfleto do Museu Oscar Niemeyer e contou um

pouco sobre a vida de Portinari , dizendo que ele veio do Nordeste para São

Paulo, era retirante e muito pobre. Portinari queria mostrar o sofrimento do povo

que vinha como retirante para trabalhar na cana de açúcar.

Distribuiu panfletos com as obras do autor para todos os alunos e eles

comentaram entre si sobre as mesmas.

A professora entrega os cadernos de arte aos alunos e pedem que tirem

uma folha. Distribui tinta preta e um palito de madeira para cada. Para explicar a

técnica que utilizariam, a professora usa o exemplo da caneta usada pela princesa

Daiana, o “bico de pena”.

Orientou sobre a técnica utilizada por Portinari e salientou que poderiam

criar uma obra com o tema que desejassem.

Os alunos que não conseguiram terminar o trabalho, puderam levá-lo para

casa a fim de concluí-lo.


Percebe-se que esta professora preocupou-se bastante com a

visualização da obra pelos alunos, pois mostrou em tamanho grande e ainda

distribui os panfletos para que eles pudessem observar melhor e individualmente.

“Assim, o papel da escola é proporcionar ao estudante o acesso aos

conhecimentos necessários para expressão e criação, convertendo sua

potencialidade expressiva em realização organizada” (DCEMC, 2005, p.90)

Também fez várias relações com outras áreas do conhecimento,

explicando termos, épocas e relações sociais, ou seja, proporcionando a

ampliação do vocabulário que diz respeito a português, desenvolvendo a noção

temporal na área de história e possibilitando a compreensão das relações de

trabalho e localização em geografia.

Outro ponto importante é o contato das crianças com as obras de arte.


Quando isto ocorre com crianças que têm oportunidade de praticar
atividades artísticas, percebe-se que elas adquirem novos repertórios e
são capazes de fazer relações com suas próprias experiências.
(FERRAZ E FUSARI 1999, p.49)

Sendo assim, as atividades proporcionadas pela professora de Arte neste

dia, despertaram o interesse dos alunos e desta forma conclui-se que tiveram

relevância para a sua aprendizagem.

3.2 DO QUESTIONÁRIO

Com o objetivo de investigar a concepção da integração da arte com as

demais áreas do conhecimento, como e se é utilizada e sua contribuição na

aprendizagem das crianças na ótica do professor de Arte do Ensino Fundamental,


foram aplicados três questionários, com professores das instituições investigadas.

O questionário foi constituído por sete questões objetivas e sete discursivas.

Segundo LAKATOS E MARCONI, o questionário é "constituído por uma

série de perguntas que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do

pesquisador" (2001, p. 107). Sendo assim, foi disponibilizado o tempo de duas

semanas para o preenchimento dos mesmos pelas professoras.

As perguntas baseavam-se na investigação em relação a formação das

professoras, como elaboram seu planejamento de aula e se utilizam algum

referência teórico, sua concepção sobre a integração da arte com as demais áreas

do conhecimento, se essa perspectiva ocorre e como isso acontece. As

dificuldades encontradas e os materiais também foram uma preocupação no

questionário.

A professora “A” possui formação em pedagogia, trabalha na rede

municipal de ensino a 7 anos e amenos de 5 anos ministra aulas de arte.

A professora “B” também é formada em pedagogia, entre as pesquisadas é

a que atua mais tempo na rede municipal de ensino, 19 anos, porém menos de 5

anos com aulas de arte.

A professora ”C” é a única investigada que possui formação adequada,

Educação Artística e pós-graduação em Arte-educação. Ministra aulas de arte a 8

anos na rede municipal de ensino. Portanto, a que possui maior experiência como

professora de arte.

Questionando quais os referências teóricos utilizados como apoio pelas

professoras, foram dadas as seguintes alternativas: Parâmetros Curriculares


Nacionais, Diretrizes Curriculares Nacionais, Diretrizes Curriculares Municipais,

Cadernos Pedagógicos, Livros didáticos, Apostilas e outros (Quais?).

Apenas as Diretrizes Curriculares Municipais e o Caderno Pedagógico

foram assinaladas por todas professoras.

Quanto ao planejamento de ensino, a professora A assinala que é

preparado individualmente e com a pedagoga e é semanal. A professora B expõe

que é feito junto as demais professoras de arte, uma vez por mês. A professora C

diz elaborá-lo de forma individual e mensalmente.

Neste caso percebemos que a professora C constrói seu plano sozinha, tal

fato, pode ser justificado devida a sua formação específica em arte e que portanto,

não carece de auxílio no momento de elaboração das aulas. Sobre isto, afirma a

pedagoga entrevistada da mesma escola “Posso dizer que o professor que tem a

devida formação está preparado para trabalhar a interdisciplinaridade em artes,

mas o que não tem essa formação adequada precisará de mais ajuda por parte do

pedagogo, com maiores interferências.”

Ainda sobre isto diz, FERRAZ E FUSARI 1999, p.49 “no encontro que se

faz entre cultura e criança situa-se o professor cujo trabalho educativo será o de

intermediar os conhecimentos existentes e oferecer condições para novos

estudos” desta forma reafirmam a importância do professor, como mediador do

conhecimento no processo ensino aprendizagem, como um dos fatores

indispensáveis na prática escolar.

Nas questões que investigam a integração da arte com as demais áreas do

conhecimento, apenas a professora A responde que sempre é possível sua


ocorrência na prática pedagógica e que isso é previsto em seu planejamento. As

outras duas professoras preferiram responder que isso acontece às vezes.

A interrogação segui buscando saber com quais áreas essa integração

acontece com mais freqüência. As respostas foram diversas. A professora A

marcou as alternativas Ciências Naturais, Geografia, Ensino Religioso, História e

Matemática. A professora B assinalou apenas duas das alternativas, História e

Língua Portuguesa, já a professora C confirmou que em Ciências Naturais,

Educação Física, Geografia e Língua Portuguesa é possível relacionar o ensino da

arte, em sua concepção.

Vale ressaltar a confiança apresentada pela professora A nas duas últimas

questões, onde responde com segurança que sempre é possível integrar a arte e

com quase todas as áreas do conhecimento.

Ao perguntar quais os critérios para seleção de conteúdos, encontramos

respostas confusas que demonstram a incerteza sobre este assunto. A professora

não respondeu a questão, a professora B responde que os conteúdos são

selecionados no início do ano, deixando de colocar os critérios de escolha e a

professora C lista alguns conteúdos, mas também deixa de mencionar os critérios

de seleção dos mesmos.

...sequenciar atividades pedagógicas que ajudem o aluno a aprender a


ver, olhar, ouvir, pegar, sentir, comparar os elementos da natureza e as
diferentes obras artísticas do mundo cultural, deve contribuir para o
aperfeiçoamento do aluno. (FERRAZ e FUSARI, 1999, P. 21)

A partir da escolha dos conteúdos o professor consegue classificar as

atividades de maneira coerente, por isso, é preciso organizar o trabalho para que

os objetivos sejam alcançados. Além disso, selecionar os conteúdos faz parte da


proposta das Diretrizes Curriculares Municipais “ no desenvolvimento do trabalho

pedagógico, o professor deverá elaborar objetivos, conteúdos e critérios a partir

dos eixos propostos neste documento, observando sempre o conceito de cultura

abordado.” (p. 93)

Já em relação aos materiais disponíveis para utilização nas aulas de arte as

repostas são satisfatórias e rica em exemplos, como: retro projetor, projetor

multimídia, livros, vídeos, sites, panfletos e materiais alternativos. As professoras

não apresentam queixas dos recursos oferecidos.

Chegando ao ponto culminante do questionário, como ocorre e qual a

contribuição da interdisciplinaridade dos conteúdos de arte com os das outras

áreas, onde esperamos encontrar respostas bem elaboradas e significativas à

presente pesquisa, percebemos que as professoras não se empenham em suas

respostas, talvez pela falta de tempo ou pelo pouco domínio sobre o assunto,

deixam a desejar, apresentando fatos que mereciam ser melhor esclarecidos. As

respostas foram as seguintes: professora A limita sua resposta dizendo que a

interdisciplinaridade acontece na roda da conversa e que sua contribuição para a

aprendizagem dos alunos esta na percepção da arte no cotidiano e que ela esta

presente em todas as profissões. O despertar o olhar para a arte e sua

importância no contexto cultural de um povo.

A professora B diz que a interdisciplinaridade acontece espontaneamente e

que é uma aprendizagem mais significativa despertando maior interesse dos

educandos nas aulas de arte.


A professora C responde que incluindo outras áreas do conhecimento na

área de arte é possível que a interdisciplinaridade aconteça e serve para que o

aluno tenha uma maior compreensão da vasta teia global no qual ele está vivendo.

Realmente as professoras reconhecem que á importante relacionar os

conteúdos e que isso contribui à aprendizagem, porém deixam de esclarecer que

os conteúdos de arte podem ser aproveitados em outras disciplinas ou conceitos

aprendidos em outra área, usado em arte. Além disso, nos exemplos de trabalhos

interdisciplinares já realizados, não citam que esse fato seja um objetivo comum

entre os professores. Como afirma a pedagoga B na entrevista realizada “A

interdisciplinaridade com certeza acontece, não é um tema gerador, não é um

projeto único, mas utiliza os conhecimentos de matemática, português, história,

assim como ela precisa de todos os outros conhecimentos para poder aprender a

arte.”

Já a pedagoga C lembra e cita um exemplo de um projeto elaborado pela

professora de arte em parceria com outras professoras. “Junto as outras

professoras, ela praticou a interdisciplinaridade com o projeto sobre a

afrodescendência.”

A pedagoga da escola A também cita um trabalho interdisciplinar envolvendo

mais de um professor “Um exemplo disso ocorreu em um projeto sobre o meio

ambiente envolvendo a escola toda.”

Diante de tais informações pode-se confirmar que a interdisciplinaridade não

é uma prática constante, mas que já vem sendo aplicada nas escolas. Por isso,

faz-se necessário um estudo mais aprofundado a cerca da interdisciplinaridade,


proporcionando aos professores uma maios compreensão, para que então

possam usar este método com mais eficácia.

É muito importante, ainda, que o educador saiba analisar as imagens,


cenas e sons que compõe o cotidiano das crianças de hoje. E que, em
conjunto com outros educadores, saiba encontrar os jeitos de
desenvolver, com qualidade, a parte que lhe compete na formação
educativa, individual e coletiva da infância. (FERRAZ e FUSARI, 1999,
P. 44-45)

Visto que, as influências externas fazem parte da vida dos alunos, é preciso

que o professor as conheça para poder introduzi-las em suas aulas. Os conteúdos

de outras disciplinas também influenciam a aprendizagem, aí está a importância

no elo entre os professores.

Ao final do questionário as professoras citam algumas dificuldades

encontradas no trabalho com arte, demonstrando preocupação com a

aprendizagem. Isso é muito significativo para a sociedade, encontrar professores

que realmente almejam uma educação ainda melhor é a garantia de que o futuro

do país pode ser diferente.

3.3 DA ENTREVISTA

A entrevista é um importante instrumento de trabalho que possibilita a

investigação com um maior entendimento dos fatos e precisão de informações.

Conforme LAKATOS e MARCONI, “trata-se pois, de uma conversação efetuada

face a face, de maneira metódica; proporciona ao entrevistado, verbalmente a

informação necessária” (2002, p. 92)

Há diferentes tipos de entrevista, esta em questão trata-se de uma

entrevista despadronizada ou não estruturada onde as “perguntas são abertas e


podem ser respondidas dentro de uma conversação informal. (LAKATOS e

MARCONI 2002, p. 94) Essa entrevista ainda caracteriza-se como entrevista

focalizada, segundo ANDER-EGG apud LAKATOS e MARCONI (2002, p. 94) “há

um roteiro de tópicos relativo ao problema que se vai estudar”.

As entrevistas foram realizadas com as pedagogas das escolas A, B e C.

Foram três pedagogas, sendo uma de cada escola.

O foco da entrevista foi saber se a interdisciplinaridade acontece nas aulas

de arte, caso a resposta seja sim, procurava-se saber se isso é uma intenção ou

um objetivo a ser atingido, citando exemplo. Foi questionado também, a

concepção do pedagogo em relação a essa perspectiva e sua contribuição à

aprendizagem, além da importância dada à formação adequada dos professores.

A pedagoga A possui uma experiência de 19 anos como coordenadora, a

pedagoga B 6 meses e a C 24 anos.

A entrevistada A cita as Diretrizes Curriculares Municipais como referencial

para elaboração do planejamento e expressa sua concepção a respeito da

interdisciplinaridade

“Isso é uma intenção, pois não tem como o planejamento ser voltado
somente para Arte. É muito importante porque uma área complementa a outra,
então, tem que haver a integração.”(Pedagoga A)

A pedagoga B também cita as DCEMC e o Caderno Pedagógico como

materiais de apoio disponíveis e mais utilizados. Cita vários exemplos de trabalhos

realizados e atribui enorme importância à formação dos educandos, dizendo:

“Considero que essa forma de trabalho onde não é técnica pela técnica, ela
possibilita uma visão de mundo estética e crítica. O aluno vai ter uma visão crítica
de mundo, não só da obra, mas consegue perceber toda a história.” (pedagoga B).
Já a pedagoga C mostra satisfação em ter em “sua escola” uma professora

de Arte com formação específica e reforça a contribuição da integração da Arte

com as demais áreas do conhecimento, dizendo:

“A contribuição da integração da arte com as demais áreas do conhecimento


aparece quando você aprende a observar o mundo e se voltar para a possibilidade
que você pode fazer um indivíduo melhor, a gente percebe que a criança que
recebe um bom encaminhamento do trabalho artístico, ela desenvolve suas
formas de expressão com mais eficácia e segurança. Isso é reflexo do trabalho
com a arte”

É natural que os coordenadores se preocupem em auxiliar os professores,

porém, coordenadores e professores aliados podem construir um currículo cada

vez mais aprofundado satisfazendo as necessidades dos alunos e da sociedade e

promovendo a educação.

A atuação tem como dimensão principal a docência, mas não se


restringe a ela: inclui também a participação no projeto educativo e
curricular da escola, a produção de conhecimento pedagógico e a
participação na comunidade educacional. (REFERENCIAIS PARA
FORMAÇÃO DE PROFESSORES apud IAVELBERG, 2003, P. 51)

O professor, uma vez que, os professores com suas bagagens de experiências

devem participar ativamente na construção do plano educacional, contribuindo à

melhoria da educação e consequentemente do mundo.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foram muitos os conhecimentos adquiridos com a realização desta

pesquisa. O primeiro deles, de caráter pessoal, consiste na satisfação encontrada

pela pesquisadora em alcançar o principal objetivo que era investigar o trabalho do

professor de artes e a relação que estabelece com as demais áreas do

conhecimento na 2ª etapa do ciclo II do Ensino Fundamental. Porém, a realidade

escolar despertou o sentimento de indignação e fez surgir reflexões a cerca da

prática pedagógica.

Com base nas investigações realizadas, foi possível detectar o quanto é

importante o planejamento coletivo dos professores para que a relação entre os

conteúdos de diferentes áreas aconteçam de maneira intensa no currículo escolar,

e promovam a efetivação de aprendizagens mais significativas. Pois, desta

maneira, haveria maior participação e envolvimento por parte dos alunos.

A realização da pesquisa trouxe inúmeras inquietações, a primeira delas é

o desvelamento da desvalorização do ensino da Arte, pois na realidade escolar

os conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática são prioridades e são

trabalhados isoladamente, sem a elaboração de um projeto interdisciplinar, o que

dificulta o interesse e a assimilação dos conteúdos.

A segunda reflexão proporcionada pela investigação em campo é a falta de

formação adequada dos professores que ministram as aulas de Arte interferindo

no processo ensino-aprendizagem. Isso ficou claro, ao observar a aula de arte da

professora C, a única que possuía formação em arte e nas respostas dadas pela
pedagoga da mesma escola, demonstrando satisfação pelo trabalho realizado

pela professora.

Os documentos oficiais que orientam o trabalho pedagógico na área de

Artes, são de fácil acesso e constituem-se em ótimas referencias para os

professores, mas infelizmente, não se observou a aplicação coerente dos

mesmos. Foi possível perceber que a realização da pesquisa, provocou uma

maior reflexão desses professores em relação à prática pedagógica, contribuindo

desta forma com a aprendizagem.

Não é objetivo desta pesquisa julgar qual das escolas investigadas

apresenta um sistema de ensino mais eficaz, porém fica evidente que na escola C

a compreensão, tanto da professora quanto da pedagoga, além da aula de Arte

observada, foram mais claras e condizem melhor com os referências teórico aqui

analisados.

É importante considerar que a arte é cultura, está presente em muitos

momentos e pode ser encontrada em todos os lugares. A arte é uma forma de

expressão, onde o indivíduo tem a liberdade de deixar seus sentimentos

florescerem e ainda tem a possibilidade de encantar o espectador com sua obra,

em qualquer uma das linguagens artísticas.

A prática artística é o primeiro passo para que nossas escolas consigam

atrair os alunos, deixando-os mostrar o que possuem em sua essência, e assim

participarem da construção da história da humanidade.

A partir do ensino da Arte é possível desencadear interesses por outras

áreas do conhecimento, pois na arte está implícita a curiosidade, a vontade de

aprender e ensinar algo.


Portanto, fica a proposta de um método de ensino que possa revolucionar a

história da educação, um ensino que contemple os mais diversos conteúdos em

uma aula, que promova a participação e que possibilite a verdadeira construção

do conhecimento.

Sugere-se a ampliação da pesquisa em outras instituições e faixa etárias

para analisar o ensino da Arte e sua integração com as demais áreas do

conhecimento na prática escolar.


REFERÊNCIAS

BARBOSA. Ana Mae. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva, 1999.

BARBOSA, Ana Mae. John Dewey e o ensino da arte no Brasil. São Paulo.
Cortez, 2001.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no 9.394, de 20 de
dezembro de 1996

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Secretaria de Educação


Fundamental. Brasília, 1997.

Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação e Diretrizes


Curriculares para a Educação Básica. 1998.

CAVALCANTI. Zélia (coo) Arte na sala de aula. Porto Alegre: Artmed, 1995

CURITIBA, Diretrizes Curriculares Municipais para a Educação Municipal de


Curitiba. Prefeitura Municipal de Curitiba, 2006.v.3

___________. Secretaria Municipal da Educação. Caderno Pedagógico: artes.


Curitiba, 2008.

FAZENDA. Ivani (org.) Dicionário em construção: interdisciplinaridade. São Paulo:


Cortez, 2001.

FAZENDA. Ivani (org.) Didática e interdisciplinaridade. São Paulo: Papirus, 1998.

FERRAZ. Maria Heloísa C. de T.; FUSARI. Maria F. de Rezende e. Metodologia


do Ensino de Arte. São Paulo: Cortez, 1999.

IAVELBERG. Rosa Para gostar de aprender arte: sala de aula e formação de


professores. Porto Alegre: Artmed, 2003

MARCONI, Mariana de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho


Científico. São Paulo: Atlas, 2001.

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ. Normas Técnicas: Elaboração e


apresentação de trabalho acadêmico científico/Universidade Tuiuti do Paraná – 2
ed. Curitiba, 2006.

VYGOTSKY. Lev S. Psicologia da arte. São Paulo: Martins Fontes, 1999


APÊNDICES

QUESTIONÁRIO APLICADO ÀS PROFESSORAS

FORMAÇÃO:
________________________________________________________________
________________________________________________________________
_______________________________________________________
CURSOS RELACIONADOS À ARTE EDUCAÇÃO:
________________________________________________________________
__________________________________________________________
TEMPO QUE ATUA NAS ESCOLAS DA PREFEITURA DE
CURITIBA:___________________________________________________

1) Há quanto tempo ministra aulas de Artes para os alunos dos anos


iniciais do ensino fundamental?
( ) de 0 a 5 anos
( ) de 5 a 10 anos
( ) mais de 10 anos
2) Quais as referências que utiliza para o trabalho com o ensino das
Artes?
( ) Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação
( ) Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação
( ) Diretrizes Curriculares para a Educação Municipal de Curitiba
( ) Cadernos Pedagógicos
( ) Livros didáticos
( ) Aposilas
( ) Nenhum
3) Quais as referências teóricas que utiliza para o trabalho com o ensino
das Artes?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_________________________________________________________
4) Quanto ao planejamento de ensino:
a)Forma de elaboração:
( ) individual
( ) com o grupo de professoras do ciclo/etapa
( ) com a pedagoga
( ) com as demais professoras que ministram Artes
b) Frequência que é elaborado:
( ) semanal
( ) mensal
( ) semestral
( ) anual
c) Na sua prática pedagógica é possível integrar o conteúdo de artes com
as demais áreas do conhecimento?
( ) Sempre
( ) Às vezes
( ) Não
d) No planejamento é previsto a interdisciplinaridade dos conteúdos de
Artes com as demais áreas do conhecimento?
( ) Não
( ) Sempre
( ) Às vezes
e) Com base no seu planejamento e em suas aulas, a integração de
conteúdos ocorre mais freqüentemente com quais as áreas do
conhecimento?
( ) Ciências Naturais
( ) Educação Física
( ) Geografia
( ) Ensino Religioso
( ) História
( ) Língua Estrangeira
( ) Língua Portuguesa
( ) Matemática
( ) Nenhuma
f) Quais os critérios para seleção de conteúdos que são
trabalhados?____________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________
g) Quais os principais recursos materiais utilizados nas aulas de
Artes?_________________________________________________________
_______________________________________________________________
_________________________________________________________
h) Como a interdisciplinaridade entre os conteúdos de Artes com as
demais áreas é realizada na prática pedagógica?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_________________________________________________________
i) Cite exemplos de práticas do ensino da Arte em que foi possível realizar
o trabalho
interdisciplinar:__________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_________________________________________________
j) Qual a contribuição da perspectiva interdisciplinar no Ensino da Arte
para a aprendizagem dos alunos?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_________________________________________________
k) Existem dificuldades no trabalho com o ensino da Arte?
Quais?_________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_________________________________________________________
l)Observações:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
___________________________________________________
ROTEIRO DE ENTREVISTA REALIZADA COM AS PEDAGOGAS

FORMAÇÃO:

TEMPO QUE ATUA NAS ESCOLAS DA PREFEITURA DE CURITIBA:

POSSUI ALGUM CURSO NA ÁREA DE ARTES?

1) COMO ACONTECE A ELABORAÇÃO DOS PLANEJAMENTOS ?

2) COMO ORIENTA O PLANO DE ENSINO DE ARTES?

4) UTILIZA DOCUMENTOS OFICIAIS E REFERENCIAIS TEÓRICOS

PARA ORIENTAR O TRABALHO COM O ENSINO DA ARTES? QUAIS?

5) É UMA INTENÇÃO QUE OCORRA A INTERDISCIPLINARIDADE NO

CURRÍCULO E NO ENSINO DE ARTES?

6) RECONHECE QUE ISSO OCORRE?

7) OS PROFESSORES ESTÃO PREPARADOS PARA REALIZAR ESSA

ABORDAGEM?
8) A INSTITUIÇÃO OU A MANTENEDORA PROMOVEM CURSOS PARA

O TRABALHO COM O ENSINO DE ARTES?

9) QUAL A CONTRIBUIÇÃO DO ENSINO DA ARTE, NESTA

ABORDAGEM, À APRENDIZAGEM DOS ALUNOS?

10) CITE EXEMPLOS DE PRÁTICAS NESSA PERSPECTIVA?

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