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O 2 MINUTE WALK TEST COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO

FUNCIONAL EM AMPUTADOS DO MEMBRO INFERIOR


Pedro Correia Ferreira 1
1 Instituto Superior de Engenharia de Lisboa Mestrado em Engenharia Biomédica
Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa UC de Ortoprotesia e Órgãos Artificiais
Instituto Politécnico de Lisboa Docente: José Pedro Matos

INTRODUÇÃO
Uma amputação consiste na perda acidental ou remoção cirúrgica de uma extremidade corporal. As amputações do membro inferior podem ter várias classificações – transtibial, transfemural, desarticulação da anca
ou joelho, etc. – e várias etiologias – vascular, traumática, infeciosa, tumoral, etc. A reabilitação tem como principal objetivo reduzir a incapacidade do indivíduo amputado, permitindo que este se reintegre
totalmente na sociedade a nível pessoal, social e profissional. Deste modo, os instrumentos de avaliação constituem uma importante ferramenta, permitindo quantificar a funcionalidade de um amputado do membro
inferior que utilize uma prótese. Posto isto, este trabalho consiste numa revisão do 2 minute walk test (2MWT) como instrumento de avaliação funcional em amputados do membro inferior, onde será feita uma
pequena revisão da bibliografia que visa apresentar resultados obtidos em estudos realizados com o 2MWT, comparar este com outros testes e deduzir conclusões a partir da bibliografia revista.

O QUE É O 2MWT? COMO SE COMPARA O 2MWT COM OUTROS TESTES?


O 2 minute walk test (2MWT) é um teste onde é pedido ao paciente que caminhe a maior distância Existe um inúmero conjunto de testes que permitem avaliar funcionalmente um amputado e a forma
possível durante 2 minutos ao longo de um corredor desobstruído, sem revestimento com carpete e como este realiza a marcha com recurso a prótese. Gremeaux et al., 2012, realizou um estudo com o
sem qualquer tipo de ajuda ou encorajamento por parte de outrem [1]. Por norma, o indivíduo sujeito intuito de comparar diversos testes de avaliação funcional, de entre os quais o 2MWT, Timed Up and Go
ao teste pode usar um dispositivo de apoio a marcha à sua escolha [4]. O objetivo do teste é medir a test, Functional Reach test, Modified Houghton Scale, Berg Balance Scale, entre outros. A população
distância percorrida pelo paciente, em metros. consistiu em 64 amputados unilaterais transtibiais e transfemurais.
Após análise estatística dos resultados, foram gerados os respetivos histogramas para cada teste, dos
quais se destacam os seguintes:

X [m]
2 min

ESTUDOS REALIZADOS COM O 2MWT


Existe um grande número de estudos realizados com o 2MWT, contudo, neste trabalho, serão somente
abordados dois de forma a dar uma ideia geral do tipo de resultados que se podem obter a partir deste
teste, quais as populações de amputados estudadas e conclusões pertinentes. Os estudos abordados
são de Brooks et al., 2001 [1], e de Frlan-Vrgoe et al., 2011 [3]. No estudo de Brooks et al., a população
consistiu em 290 participantes alvo de amputações unilaterais e bilaterais, transtibiais e transfemurais.
Foram realizados 3 testes: logo após a colocação da prótese (baseline), 48h depois da colocação da
prótese (discharge) e 3 meses depois do fim do período de reabilitação (follow-up). Os resultados
obtidos são apresentados na tabela 1.

Tabela 1. Diferença da distância percorrida entre sexos

Como é possível aferir, houve uma considerável evolução na distância percorrida, sendo que no follow-
up esta foi superior comparativamente com o baseline e o discharge. No mesmo estudo, os autores
concluem ainda que o 2MWT é um teste sensível no sentido de que é capaz de detetar pequenas
mudanças funcionais da marcha [1].
Já o estudo de Frlan-Vrgoe et al. consistiu na avaliação de uma população de 50 amputados unilaterais A validade estatística de cada teste é analisada pelo comportamento da distribuição do seu
transtibiais e transfemurais, sendo todos utilizadores de próteses num período entre os 3 e os 18 anos. histograma. Neste estudo, o 2MWT foi o único que apresentou uma distribuição bimodal próxima do
Dos vários resultados obtidos, destacam-se as variações a nível da faixa etária, nível de amputação e ideal. Excluindo o Functional Reach Test, todos os outros apresentaram uma distribuição do tipo floor
causa de amputação, que estão representados nas tabelas 2, 3 e 4, respetivamente. or ceiling effect (percetível no histograma do Berg Balance Scale) ou seja, uma distribuição não ideal
[2]. Também a área da curva ROC foi superior no 2MWT. Este facto permite inferir que, quando
Tabela 3. Nível de amputação comparado com outros testes, o 2MWT representa um dos melhores candidatos para a avaliação
funcional de amputados do membro inferior [2].

Tabela 2. Faixa etária CONCLUSÃO


O 2MWT é um teste prático, barato, simples e rápido de implementar e demonstra ser uma
importante ferramenta de avaliação funcional de amputados do membro inferior. A sua aplicação é
Tabela 4. Causa de amputação extensa e promissora, e crê-se que pode ser proposto como a primeira abordagem clinica a um
amputado [2]. Quando aplicado a uma população considerável de amputados demonstra grande
sensibilidade a diferentes fatores como a idade, tipo e causa de amputação [3], permitindo detetar
pequenas variações funcionais da marcha [1]. Finalmente, é um teste fiável, ou seja, não apresenta
grandes variações de resultados quando levado a cabo por diferentes profissionais [4].

Pela análise dos resultados é possível verificar que os melhores resultados foram obtidos pela faixa de
idades mais baixa (tabela 2), pelo grupo de amputados transtibiais (tabela 3) e pelo grupo de
amputados de etiologia não-circulatória (tabela 4), cada um relativamente ao nível de avaliação tido
em conta. Este estudo permite assim comprovar que o 2MWT é, uma vez mais, um teste sensível à
funcionalidade física de cada indivíduo quando esta é relacionada com fatores como a idade, sexo, tipo
e causa de amputação, entre outros [3].
Maio de 2018
BIBLIOGRAFIA
1. D. B., J. P., J. P., M. D., & J. W. (2001). The 2-Minute Walk Test as a Measure of Functional Improvement in Persons With Lower Limb Amputation. Arch Phys Med Rehabil, 82,
1478-1483.
2. V. G., S. D., O. T., A. F., D. L., D. P., . . . J. C. (2012). Selecting a test for the clinical assessment of balance and walking capacity at the definitive fitting state after unilateral
amputation: A comparative study. Prosthetics and Orthotics International, 36(4), 415-422.
3. L. F., T. V., D. K., & M. K. (2011). Functional outcome assessment of lower limb amputees and prosthetic users with a 2-minute walk test. Collegium Antropologicum, 35, 1215-
1218.
4. D. B., J. P., J. P., E. L., J. Q., & M. D. (2002). Reliability of the Two-Minute Walk Test in Individuals With Transtibial Amputation. Arch Phys Med Rehabil, 83, 1562-1565.

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