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INTRODUÇÃO
Uma amputação consiste na perda acidental ou remoção cirúrgica de uma extremidade corporal. As amputações do membro inferior podem ter várias classificações – transtibial, transfemural, desarticulação da anca
ou joelho, etc. – e várias etiologias – vascular, traumática, infeciosa, tumoral, etc. A reabilitação tem como principal objetivo reduzir a incapacidade do indivíduo amputado, permitindo que este se reintegre
totalmente na sociedade a nível pessoal, social e profissional. Deste modo, os instrumentos de avaliação constituem uma importante ferramenta, permitindo quantificar a funcionalidade de um amputado do membro
inferior que utilize uma prótese. Posto isto, este trabalho consiste numa revisão do 2 minute walk test (2MWT) como instrumento de avaliação funcional em amputados do membro inferior, onde será feita uma
pequena revisão da bibliografia que visa apresentar resultados obtidos em estudos realizados com o 2MWT, comparar este com outros testes e deduzir conclusões a partir da bibliografia revista.
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Como é possível aferir, houve uma considerável evolução na distância percorrida, sendo que no follow-
up esta foi superior comparativamente com o baseline e o discharge. No mesmo estudo, os autores
concluem ainda que o 2MWT é um teste sensível no sentido de que é capaz de detetar pequenas
mudanças funcionais da marcha [1].
Já o estudo de Frlan-Vrgoe et al. consistiu na avaliação de uma população de 50 amputados unilaterais A validade estatística de cada teste é analisada pelo comportamento da distribuição do seu
transtibiais e transfemurais, sendo todos utilizadores de próteses num período entre os 3 e os 18 anos. histograma. Neste estudo, o 2MWT foi o único que apresentou uma distribuição bimodal próxima do
Dos vários resultados obtidos, destacam-se as variações a nível da faixa etária, nível de amputação e ideal. Excluindo o Functional Reach Test, todos os outros apresentaram uma distribuição do tipo floor
causa de amputação, que estão representados nas tabelas 2, 3 e 4, respetivamente. or ceiling effect (percetível no histograma do Berg Balance Scale) ou seja, uma distribuição não ideal
[2]. Também a área da curva ROC foi superior no 2MWT. Este facto permite inferir que, quando
Tabela 3. Nível de amputação comparado com outros testes, o 2MWT representa um dos melhores candidatos para a avaliação
funcional de amputados do membro inferior [2].
Pela análise dos resultados é possível verificar que os melhores resultados foram obtidos pela faixa de
idades mais baixa (tabela 2), pelo grupo de amputados transtibiais (tabela 3) e pelo grupo de
amputados de etiologia não-circulatória (tabela 4), cada um relativamente ao nível de avaliação tido
em conta. Este estudo permite assim comprovar que o 2MWT é, uma vez mais, um teste sensível à
funcionalidade física de cada indivíduo quando esta é relacionada com fatores como a idade, sexo, tipo
e causa de amputação, entre outros [3].
Maio de 2018
BIBLIOGRAFIA
1. D. B., J. P., J. P., M. D., & J. W. (2001). The 2-Minute Walk Test as a Measure of Functional Improvement in Persons With Lower Limb Amputation. Arch Phys Med Rehabil, 82,
1478-1483.
2. V. G., S. D., O. T., A. F., D. L., D. P., . . . J. C. (2012). Selecting a test for the clinical assessment of balance and walking capacity at the definitive fitting state after unilateral
amputation: A comparative study. Prosthetics and Orthotics International, 36(4), 415-422.
3. L. F., T. V., D. K., & M. K. (2011). Functional outcome assessment of lower limb amputees and prosthetic users with a 2-minute walk test. Collegium Antropologicum, 35, 1215-
1218.
4. D. B., J. P., J. P., E. L., J. Q., & M. D. (2002). Reliability of the Two-Minute Walk Test in Individuals With Transtibial Amputation. Arch Phys Med Rehabil, 83, 1562-1565.