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UNIRIO
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS - CCH
ESCOLA DE EDUCAÇÃO - EE
CURSO DE PEDAGOGIA
Rio de Janeiro
2014
RENATA COSTA FERREIRA
Rio de Janeiro
2014
FERREIRA, Renata Costa. Cinema como espaço de
aprendizagem: as narrativas das crianças sobre os
filmes no Ensino Fundamental / Renata Costa
Ferreira_ _ Rio de Janeiro, 43 f.
Aprovada em ______/______/__________
BANCA EXAMINADORA
_________________________________
Profª. Drª. Adriana Hoffmann Fernandes
(orientadora)
_________________________________
Profª Drª Claudia Miranda
(examinador externo)
Rio de Janeiro
2014
AGRADECIMENTOS
A todos que sempre acreditaram em mim, em especial a minha família.
À Lúcia Feitoza sempre disposta a ajudar e a Érica pela parceria na pesquisa.
À minha orientadora Adriana pelo seu carinho e por toda aprendizagem
compartilhada.
À beleza da vida que sempre nos permite recomeçar.
RESUMO
The main purpose of this research is to express some reflections on the use of the
cinema at schools, and present some suggestions to lead children to have a pleasant
and creative interaction with the cinema inside the school. Thus, the main focus of
such research is on the relationship children have with the cinema. To observe and
describe the way children build such a relationship with the cinema, a cineclube
called Megacine was created within the school. The text is mainly based on the
discussions that have taken place during the project, investigating the relationship
that children have with the cinema in their educational context. The focus is on
elementary students. In order to achieve the main purpose of the research, a
cineclub was created. It was intended for about 40 children between 10 and 12 years
old, from a public elementary school in Oswaldo Cruz, a suburb from the north of Rio
de Janeiro. In order to understand the way children respond to the cinema culture,
the discussion was based on interviews that happened after debates about the films,
and also on drawings made by the children themselves, expressing what the cinema
means for them. To promote a dialogue between such research and elementary
education level, authors that discuss the relationship between the cinema and
education are going to be analysed. Last but not least, The Megacine project
emphasizes the role of the school as an enjoyable place for students to interact with
one another, through stories told by the cinema
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INTRODUÇÃO .............................................................................................................
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1-REFLEXOES COM A TEORIA: CINEMA NA EDUCAÇÃO ..............................
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2- METODOLOGIA: A CONSTRUÇÃO DA PESQUISA .........................................
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3.1 - Cinema como lugar ...................................................................................................
22
3.2 - Cinema como diversão: uma dimensão narrativa .....................................................
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3.3. - Cinema como consumo ............................................................................................
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3.4 - Cinema como afetividade/alteridade..........................................................................
28
3.5 - O que é cinema para as crianças: “o cinema deixou de ser um cinema” ..................
31
3.6 - Filmes “bons” e “maus” para as crianças: questões para diálogo .............................
36
CONSIDERAÇÕES FINAIS .........................................................................................
39
REFERÊNCIAS ..............................................................................................................
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ANEXOS..........................................................................................................................
INTRODUÇÃO
Outro autor, Teixeira Coelho, comenta que quando se fala de cinema está se
falando de um modo cultural, mas não necessariamente de filmes. Nessa
perspectiva considera-se neste estudo, o filme como um produto cultural enquanto o
cinema é entendido como fenômeno social (Duarte, 2002). Nesse sentido, ver filmes
numa sala de projeção coletivamente com possibilidade de debater de forma coletiva
após a exibição, constitui um modo de constituição cultural diferenciado do ver filmes
sozinho em casa.
Fica claro que mesmo atuando no espaço da escola podemos trazer para
esse espaço a possibilidade de criação de uma cultura do cinema. Nossa
investigação não pretende apenas perceber a relação das crianças com filmes como
espectadores de forma isolada, mas, ao instituir e investigar um cineclube no espaço
da escola, objetiva perceber a possibilidade de captar o modo de relação das
crianças com a cultura do cinema numa dimensão mais ampla assim como a
apontada por Coelho.
A constituição do cineclube Megacine vai criando uma forma de relação com
os filmes como evento, inserindo-os numa provável construção de prática cultural
que, para esse grupo de crianças moradoras da zona norte, pode não ser tão
próxima de seu cotidiano. Como o objetivo da investigação é pensar as relações de
crianças com o cinema, a proposição desse espaço favoreceu momentos de diálogo
com as crianças que aconteceram tanto nos debates coletivos após os filmes como
nas entrevistas, aspectos que fazem parte da estratégia metodológica da pesquisa.
A investigação visa entender de que modo as crianças estabelecem sua
relação com o cinema e que tipo de narrativas produzem a partir da participação em
um cineclube criado na escola. Foi realizada através da metodologia da pesquisa-
intervenção em parceria realizada com a mestranda Érica1 integrante do grupo de
pesquisa. A implantação do cineclube, nomeado pelas crianças de Megacine, surgiu
da colocação espontânea da aluna Hanna, após a exibição do curta cearense
intitulado “Vida Maria”, de Márcio Ramos:” - Eu entendi o filme! Ele fala de várias
Marias”.
Daí em diante consolidou-se, no ano de 2011 sendo realizado até os dias
atuais com sessões de filmes seguidas de debate. No ano de 2011 alguns dos filmes
exibidos foram “Valentin”, um filme argentino, dirigido por Alejandro Agresti, “O dia
do pagamento” de Charles Chaplin e “Filhos do Paraíso”, um filme iraniano, de Majid
1
Mestranda em Educação, integrante do grupo de pesquisa “O cinema e a narrativa de crianças e
jovens em diferentes contextos educativos” da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.
Majidi e como também “O Pequeno Nicolau”, cuja sessão foi mediada por alguns
alunos participantes da pesquisa, que já o tinham assistido no Festival Internacional
do Cinema-FICI.
O cineclube criado na escola continua a existir, mas nessa pesquisa o
objetivo foi analisar as entrevistas realizadas após as sessões do primeiro ano do
cineclube. Outro viés de análise dessa pesquisa serão os desenhos das crianças
produzidos dentro de uma oficina nomeado “diálogos com o cinema” realizada em
dezembro de 2011 a partir da questão “O que é um bom filme para vocês? E o que
seria cinema?”. Da oficina realizada surgiram cerca de 36 desenhos que
representam as relações delas com o cinema. Tanto as entrevistas como a oficina
foram registradas por escrito através de transcrição ou diário de campo para
posterior análise nessa monografia.
Trabalhar com os desenhos e relatos das crianças é trabalhar com suas
narrativas. Ao falar de narrativa na pesquisa entendemos que ela nos constitui, pois
como reflete Benjamin (1994) nos formamos pelas narrativas que temos acesso
rememoradas pela coletividade. Por elas criamos e damos sentido sobre o que
vivemos no mundo. O narrador “pode recorrer ao acervo de toda uma vida (uma
vida que não inclui apenas a própria experiência, mas em grande parte a experiência
alheia) (Benjamin, 1994, p.221)”.
Essa nossa constituição narradora também ocorre, em nosso entender, na
relação que as crianças estabelecem com o cinema, forma de narrativa audiovisual.
Nossa relação com o outro e com o mundo passa pela narrativa. É um modo de
percebermos o mundo e sermos afetados por ele. “O narrador assimila à sua
substância mais íntima aquilo que sabe por ouvir dizer (Idem, p.221).”
Entendendo o percurso metodológico da pesquisa-intervenção como aquela
que transforma a realidade dos sujeitos numa construção conjunta dos pesquisados
com o pesquisador (Castro,2008) ressaltamos que o Projeto Megacine favoreceu um
encontro dialógico entre as crianças e os pesquisadores ao estabelecer um espaço
para o debate coletivo, fazendo desse momento um local de fruição e construção do
gosto. De acordo com Duarte e Alegria (2008) “o cinema é arte e como tal deve
integrar o conhecimento que é transmitido pela escola, tendo como objetivo a
formação do gosto estético”. Dessa maneira, ao construirmos o projeto com elas
possibilitamos que elas expusessem seus estranhamentos e novas maneiras de se
reconstruírem como sujeitos e autores no processo de pesquisa construindo e
ampliando suas relações com o cinema.
Entendemos dessa forma, de acordo com Xavier (2008, p.14) que a pesquisa
com o cinema pode ter uma dimensão formadora, pois como nos diz o autor “o
cinema que educa é aquele que (nos) faz pensar não somente sobre suas
propriedades, porém evidencia novos questionamentos e desestabiliza as nossas
certezas”.
Nesse sentido, temos como objetivo discutir a relação das crianças com o
cinema a partir de duas perspectivas diferentes trazidas pelas próprias crianças nas
entrevistas realizadas após os debates dos filmes. Nestas entrevistas as questões
giraram em torno do que era ser criança; a importância da imaginação e fantasia; o
que era um filme, o que entendiam por ler um filme; a diferenciação entre ler um
filme e ler um livro; a concepção de um bom filme; filmes apropriados para as
crianças; o que entendem por filme de época; quais as diferenças entre os filmes
antigos e atuais; preferência por um tipo de filme ou outro e o que entendiam como
cinema. Todas essas questões foram propostas a partir de opiniões trazidas pelas
crianças durante o debate de alguns dos filmes que foram exibidos e debatidos na
escola.
Estabelecemos como eixos de análise nesse momento os seguintes aspectos
trazidos pelas crianças: O que é cinema para as crianças e Filmes “bons” e “maus”
para as crianças. A reflexão sobre as falas e concepções das crianças será
analisada no próximo capítulo.
4- CONCEPÇÕES DO CINEMA PELO OLHAR DAS CRIANÇAS:
DESENHOS E ENTREVISTAS
Cinema para mim é um lugar especial, que as pessoas se sentem a vontade...
(Brenda).
Cinema seria um conjunto de imagens, igual a um livro assim...o livro você lê,
o filme você lê só que com seus olhos, você pode entender de outra forma. O cinema
digamos, pode ter muito tipos de filme...
(Andressa)
O cinema para mim é o filme, filme para mim é a imagem e imagens juntas que dão
sentido de movimento... Para mim cinema é isso, imagem em movimento.
(Mylena)
Um cinema pra mim é um lugar cheio de gente, com uma tela bem grande...
(Daniela)
2
Philippe Dubois falou sobre tais aspectos na palestra de abertura da Pós-graduação da Faculdade
de Comunicação da UFRJ no dia 02 de abril de 2012 intitulada “O cinema de exposição”. O relato da
palestra foi realizado por integrantes do grupo de pesquisa Cine Narrativas.
Figura 1 – a sala de cinema
Luana: Pra mim, é um filme que faz a pessoa chorar. Tem várias mensagens,
que fazem a pessoa chorar. Tem imagens bonitas nos filmes, mas as pessoas
choram. Então para mim, um filme bom e emocionante seria assim.
Ester: ...ah o filme é lindo, emociona... a maioria dos filmes que a gente fala
que é lindo é de uma história real... a gente vê o que a pessoa sofreu, a gente
fica emocionado com aquilo...
Mylena: Aquele filme que desperta emoção, incentiva você a entrar no filme,
por isso pó pessoal diz esse filme é bom...faz você se emocionar, ter os
mesmos sentimentos da pessoa do filme.
Porque um filme bom para elas teria que ter fantasia? Porque não entendem
um filme quando não tem fantasia? O que isso nos faz pensar? Sugere-se nas falas
das crianças uma associação com os contos de fadas, com esse mundo imaginário
e repleto de sonhos. Assim a ênfase na fantasia parece indicar a necessidade e o
fenômeno social de um mundo ideal, em que precisamos acreditar e buscar um final
feliz para nos realizarmos completamente, sejamos crianças, jovens ou adultos.
Filmes interessantes no ponto de vista destas crianças precisam ter muita
fantasia e imaginação, necessitam ter “brilho”, que é a fantasia fundamental, já que
elas consideram ser estes itens que dão vida ao filme, além de despertar o desejo
nas pessoas em assisti-los.
Para as crianças, todo filme precisa de imaginação e fantasia para não ficar
repetitivo. Estes ingredientes trazem inovações, diversão e entretenimento.
Acreditam que é através da fantasia e da imaginação que as pessoas revelam seus
pensamentos em um filme, tornando-as mais abertas para o mundo. Deve ser
apropriado para as crianças e de preferência ser baseado em histórias reais, além
de ter muito “brilho”, porque fantasia é fundamental.
Quando nos deparamos com as colocações das crianças “filme bom precisa
de brilho” e “fantasia é fundamental”, surgiram diversas indagações e inquietações:
Que experiência é essa que elas têm de ver filmes? Não ter fantasia é sair do
formato conhecido? O fato de um filme estar mais próximo da realidade, o torna um
filme ruim ou de pouca qualidade? Qual será de fato as melhores narrativas trazidas
pelos filmes no ponto de vista delas?
Neste aspecto, as crianças mostram que as representações que têm sobre
bons filmes se configuram a partir do entendimento da relação que instauram com
eles por meio das histórias, fantasias e emoções. Esses critérios de escolhas
instituídas por elas sugerem a ênfase de que um filme para agradar precisa ter como
ingrediente essencial despertar a capacidade criativa e a imaginação. Enfim, essa
percepção pode ser explicitada por Fernanda “É um filme que tem história, não tem
muita bobagem tipo o filme O Estranho Caso de Benjamin Button. Aquele filme é
muito emocionante” e Hozana “Pra mim um filme bom, seria com imaginação,
fantasia... como Sharkboy, a gente viu que ele representa a imaginação de uma
criança”, quando ressaltam os filmes de suas preferências e o motivo de suas
escolhas.
Fresquet (2007) afirma que a vivência do cinema permite estabelecer uma
ponte entre nossa realidade atual e a nossa infância. Nesse sentido, proporcionar
novas aprendizagens é fundamental. Partindo dessa premissa, o encontro com o
cinema proporciona um melhor aprender e um conhecimento da nossa própria
história...
Nesse contexto como entenderiam os filmes “maus”? Seriam “maus” por quê?
Bruno: Tia eu tenho um anime, do Naruto, q que é livre, mas acho que a
classificação deveria ser 10 anos, porque ele fala “ah vou te matar” e tem
armas ninjas, que até eu tenho medo... acho que não valeria para as
crianças.
Ester: Tem filmes que faz até mal para o desenvolvimento da criança.
Juliana: Lucas você não pode ver, você não entende, tem partes chocantes.
Como afirma Xavier (1988, p. 370) “No cinema, posso ver tudo de perto, e
bem visto, ampliado na tela, de modo a surpreender detalhes no fluxo dos
acontecimentos, dos gestos. A imagem na tela tem sua duração, ela persiste, pulsa,
reserva surpresas”. Assim como no cinema, a pesquisa reserva surpresas, faz as
nossas reflexões pulsarem e amplia os detalhes que no cotidiano poderiam passar
despercebidos. Detalhes que as próprias crianças revelam. Os processos sociais
significados pelas crianças ao assistir e experienciar os filmes, atribuem novos
sentidos à cultura e nos permitem ampliar o olhar ao perceber a relação das
mesmas com o cinema.
Nessa trajetória de pesquisa construída junto às crianças no Projeto
Megacine percebi que a escola pode ser local de fruição, bem como o espaço para
se experimentar o significado da existência e o encontro com o outro, aqui em
questão, o cinema. Porém esse encontro não acontece ao acaso, ele é permeado de
sentidos e significados, é o meio pelo qual passa uma sucessão de movimentos,
impregnados de afeto e possibilidades estéticas.
Pensando sobre o que as crianças nos trazem nos remetemos a Benjamin em
seu artigo O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov: “A experiência
que passa de pessoa a pessoa é a fonte, a que recorreram todos os narradores
(1994, p.198)”. As crianças apontam que constroem-se em suas trocas, na relação
com seus pares nesse contexto de fruição. Sendo assim, a experiência do outro, das
outras crianças –seus pares – e das outras crianças dos filmes - modifica o
conhecimento de si mesmo.
A pesquisa nos possibilitou refletirmos sobre a educação e a escola de modo
geral vendo que, embora a escola muitas vezes ainda veja o cinema como mera
ferramenta para ilustrar ou aprofundar conteúdos, podemos sim considerá-la um
espaço de convivência para o cinema que educa, forma e faz pensar. A capacidade
de pensarmos o cinema como transformador da realidade e aquele que facilita o
contato com outras culturas nos faz considerar que o cinema como fenômeno social
nos auxilia a entender o percurso histórico cultural da infância.
Para compreendermos como vivem e pensam é preciso ter uma escuta e um
olhar atento sobre essas realidades, faz-se necessário observar uma multiplicidade
de infâncias e respeitar as crianças como sujeitos plurais em permanentes
construções.
Cabe ressaltar, que a experiência do Projeto Megacine viabiliza a reflexão
que o cinema pode estar na escola formando para a cidadania, entendendo-o como
educativo, experimentado na coletividade e aquele que impulsiona o narrar de novos
eventos. Tal fato se dá devido a ação instigante e provocativa do cinema, que por
meio de sua capacidade inventiva amplia o repertório dos sujeitos ao trazer
modificações em seus cotidianos, transformando-os em suas maneiras de ser.
As colocações trazidas pelas crianças nos dão pistas para compreendermos
as relações construídas com o cinema a partir das experiências culturais vivenciadas
no contexto do Projeto Megacine. Essa experiência com o outro acrescenta um
passo maior no conhecimento de si mesmo, como afirma Juliana “Estou vendo
coisas no filme que eu não via antes” e “eu tinha um olhar diferente”.
Presenciar através do cinema, a narrativa de outras histórias, de outras
culturas, permite ao sujeito estar em constante contato com outras realidades, faz o
ser humano posicionar-se melhor no mundo e ficar ciente de que não existe
somente uma única maneira de ver as coisas, de se viver. Essa sensibilidade em
perceber o mundo, constatamos no relato de Mylena “Quando eu comecei a
participar do Megacine eu vi que filme era muito bom”, “passei a gostar de filmes
mais antigos e a gostar mais de cinema, porque não gostava de ficar naquele escuro
e hoje eu gosto muito”. “Hoje se alguém criticar o cinema, eu debato com a pessoa”.
Ao estabelecer uma relação com o diferente, com o outro, as crianças
ampliam o seu conhecimento em todos os sentidos, reinventando suas relações com
o mundo. Além de reflexão e diálogo com os seus pares e pesquisadoras sobre as
narrativas dos filmes esse ressignificar do que viram com suas apropriações aponta
possibilidades para pensarmos que elas narram-se na relação com o cinema, tendo
como precursor dessa relação o Megacine.
REFERÊNCIAS
“Ter ação”...
“Ser engraçado”...
Outra questão lançada foi “O que é cinema para elas?” As falas das crianças foram
as seguintes:
“Cinema é lugar de suspense e onde ficamos a vontade, lugar onde podemos viver a
aventura do filme (Mylena)”
Após a tempestade de ideias, a professora fez uma leitura das inferências das
crianças que comemoraram esse momento com aplausos. Então, solicitou-se que
todas representassem com um desenho o significado do cinema para cada um e
ainda se instigou as crianças com a pergunta: quando você pensa em cinema, que
ilustração vem em sua cabeça? Imediatamente, Juliana que filmava a oficina
respondeu: “o telão”.
A criação das ilustrações foi feita em grupo, o que favoreceu a troca de ideias
sobre os desenhos. Após, a confecção dos desenhos, aconteceu um breve relato
por parte das crianças sobre o que foi desenhando e o porquê dessa escolha.
Juliana iniciou a apresentação, mostrando sua produção e explicando para o grupo
que o símbolo que desenhou foi o telão com Mega Cine escrito e o Valentin, pois
quando pensa em cinema vem em sua cabeça essas representações simbólicas.
Fala também sobre a importância do Mega Cine em sua vida “A importância do
Mega Cine na minha vida é que estou aprendendo cada vez melhor, outras
interpretações dos filmes... estou aprendendo várias coisas”.
“Às vezes as pessoas vão ao cinema em busca de uma aventura, por isso desenhei
isso” (Daniela)
“Eu fiz uma câmera que está registrando fotografias pq para mim o cinema são
fotografias em movimento, pq qdo eu penso no cinema penso em várias fotografias
juntas formando um filme”. (Mylena)