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Evasão Maçônica

Causas & Consequências

Autor: Luiz Alberto Abdalla da Silva - MM 0


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Evasão Maçônica – Causas e Consequências

O objetivo da presente obra de arquitetura é apresentar as causas que levam


à desmotivação e consequente evasão dos membros da Maçonaria. Para tanto,
utilizamos do expediente de resumir o livro de mesmo nome do tema proposto, do Ir 
Cassiano Teixeira de Morais, Grão-Mestre da GLMDF, o qual parabenizo pelo
brilhante trabalho, onde foram pesquisadas as teorias da motivação, as causas que
levam ao engajamento do voluntariado bem como os fatores da desmotivação.
Analisando algumas informações, foi possível conhecer o perfil dos maçons
que deixaram a Maçonaria, que em sua maioria são mestres maçons, com menos de
10 anos de instituição, casados, católicos, com curso superior e com renda entre 5 e
10 mil Reais.
Vamos aproveitar essa pesquisa e trazer a nossa realidade da GLEMT e
consequentemente a ARLS Rômulo Rampini.
Kennyo Ismail, em seu livro “História da Maçonaria Brasileira para Adultos”,
apresenta um prognóstico para a Maçonaria brasileira no Século XXI, no qual
estamos surfando sobre o ápice da parábola de quantitativo de membros por média
de idade. O termo surfando é usado porque essa parábola terá mesmo um formato
de onda, já que a queda será brusca e rápida quando toda a atual geração maçônica
predominante, com idade concentrada na faixa dos 60 anos, vier a se ausentar
involuntariamente (evasão involuntária) e de forma massiva da Maçonaria (velhice
ou falecimento) a partir de 2030 até 2045.
Nesse período, Lojas inteiras abaterão colunas ou se fundirão a outras em
situação similar, lutando pela sobrevivência. Imóveis de Lojas serão vendidas pela
dificuldade em mantê-los a um custo alto com um contingente baixo de pessoas que
os subutilizam.
A Maçonaria brasileira, ou melhor, o que sobreviverá da mesma, iniciará a
segunda metade deste Século XXI sendo outra, provavelmente com 20% do tamanho
da atual. Isso se nada for feito nesse período até 2030.
E o que poderia ser feito a respeito? Iniciar mais homens livres e de bons
costumes? Numa visão bastante simplificada de tão complexo problema, sim, mas
somente iniciar mais candidatos na Maçonaria não resolverá o problema se a média
de idade for superior a 40 anos, como tem sido.
O grande problema é: e o que fazer quando, mesmo ao iniciar muitos membros,
perde-se muitos desses e tantos outros, que pedem para sair (evasão voluntária)?
Em alguns casos, o contingente de desligamento é maior do que se consegue
iniciar em um período! Então, qual a solução para esse problema de frear a evasão
involuntária, quando se tem um alto índice de evasão voluntária?
Para resolver um problema, precisa-se, antes de mais nada, compreendê-lo.
Ou melhor, para se curar um paciente doente, precisa-se, antes de mais nada,
diagnosticá-lo.
É exatamente isso que vamos tentar fazer, buscar as verdadeiras causas da
evasão voluntária e propor soluções para a redução dessa evasão, chamando a
atenção para uma doença comum a todas as Lojas brasileiras, que, se não tratada
imediatamente, em muito reduzirá as chances de sobrevivência desses pacientes

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quando a versão mais implacável da doença (a evasão involuntária) bater à porta
deles em alguns anos.
O estudo, que se aprofunda na compreensão dos diferentes motivos que
levam os irmãos a se desligarem voluntariamente da Maçonaria, além da análise
das características desses evasores, em busca de elementos comuns entre os
mesmos. A partir do conhecimento gerado, ações poderão ser planejadas.
Agora, cabe a nós, não nos deixarmos levar pela cultura nacional da ausência
de planejamento, da preferência pela remediação em detrimento da prevenção, e não
esperarmos sentados pelo pior para somente então reagirmos, pois poderá ser tarde
demais. Devemos quebrar esse ciclo vicioso que leva à evasão voluntária, de forma
a estarmos fortes o bastante para sobrevivermos ao que nos espera nos próximos
anos.
Os números da Maçonaria são expostos e analisados, evidenciando a queda
no número de maçons e Lojas Maçônicas em vários países ao redor do mundo.
Nesse ponto, procuramos responder à seguinte indagação: Caso o número de
maçons continue diminuindo, em quanto tempo a Maçonaria deixaria de existir? Na
Inglaterra? Nos Estados Unidos? No Brasil?
Especificaremos nosso foco na Grande Loja do Estado de Mato Grosso, uma
célula representativa dessa organização centenária.
Com o intuito de descobrir quais as principais características da evasão de
seus membros ao longo dos anos, qual o perfil socioeconômico do maçom que
abandona sua Loja e suas diferenças em relação aos membros que permanecem na
instituição.
Atualmente, a Maçonaria está presente nos cinco continentes do planeta,
contando com mais de 200 Grandes Lojas e com aproximadamente 3 milhões de
maçons, isso não considerando as outras obediências ou potências maçônicas.
No Brasil, contamos com cerca de 300.000 maçons presentes em 26 Estados
e no Distrito Federal. A Grande Loja Maçônica do Estado de Mato Grosso é composta
por 2.362 maçons, (dados de 2016), dispostos em 87 Lojas Maçônicas.
A Maçonaria é definida como “um sistema de moralidade e ética social, que
tem, entre outros, a felicidade de seus membros e o auxílio ao próximo como objetivo
institucional.
O trabalho que o maçom desempenha nas Lojas é voluntário, espontâneo e
não remunerado. Em verdade, na sua totalidade das vezes, seus membros são
responsáveis pela manutenção da estrutura da Maçonaria, com pagamento de
mensalidades, taxas ou doações.
Tendo a Maçonaria essas características, é de se esperar que as razões que
impulsionam as pessoas a ingressarem nesta instituição sejam similares a de outras
organizações do terceiro setor (Lions e Rotary).
Essa suposição foi confirmada por uma pesquisa realizada com 1.571
maçons brasileiros, das 27 unidades da federação.
Os motivos que levam os indivíduos a ingressarem na Maçonaria, são
definidas as seguintes categorias e subcategorias:
Categoria 1. Vontade de ajudar o próximo: essa categoria se refere ao
ingresso na Maçonaria com intenção de participar de projetos e trabalhos sociais, de
cunho filantrópico e caritativo.

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Categoria 2. Busca por conhecimento: está relacionada ao acesso a
conhecimento sobre história, filosofia, simbologia e afins.
Categoria 3. Valores morais: remete a questão relacionadas a valores
morais. Emergiram cinco categorias distintas:
3.1 - Aperfeiçoamento moral e espiritual;
3.2 - Admiração pela instituição ou membros;
3.3 - Identificação com os valores morais;
3.4 - Questões familiares;
3.5 - Convite de amigos.
Categoria 4. Outros motivos: referem-se ao ingresso com interesses
diversos, divididos em duas subcategorias:
4.1 - Curiosidade;
4.2 - Socialização.
Se a evasão é uma questão crucial para as organizações que utilizam o
trabalho voluntário (Lions e Rotary), também o é para a Maçonaria.
Os maiores centros mundiais da Maçonaria são os Estados Unidos e a
Inglaterra. São de longe os países com o maior número de Lojas e consequentemente
de maçons. Mas, ao avaliarmos os números oficiais desses dois países, podemos
facilmente notar os efeitos da evasão demonstrados no acentuado declínio numérico.
Conforme ilustração na Tabela 1.

2008 2012 2016


País Lojas Maçons Lojas Maçons Lojas Maçons
USA 11.610 1.534.821 11.504 1.339.051 11.319 1.232.832
Tabela 1 – Dados coletados no List of Lodge Massonic, anos 2008, 2012 e 2016.

Como vemos é expressiva a redução dos números da maior nação maçônica


do mundo. Em apenas 8 anos, foram fechadas 291 Lojas Maçônicas, representando
uma queda de 2,5%. Já em relação ao número de maçons, houve um declínio de
301.989 membros, o que corresponde a uma queda de 19,7%.
Essa tendência de declínio se repete, com agravamento, no país que possui
a mais antiga Grande Loja do mundo, a Grande Loja Unida da Inglaterra. A
Inglaterra também é a segunda nação maçônicamente mais populosa, segundo
dados expressos na Tabela 2.

2008 2012 2016


País Lojas Maçons Lojas Maçons Lojas Maçons
Inglaterra 8.220 258.033 7.850 231.074 7.476 201.286
Tabela 2 – Dados coletados no List of Lodge Massonic, anos 2008, 2012 e 2016.

No caso da Inglaterra, o déficit de Lojas, no período, foi de 744, significando


uma perda relativa de 9%. Quanto à queda no número de membros, chegamos a
56.747 maçons a menos, que totalizam 22 % de déficit.
Ainda de acordo com as publicações do List of Lodge, notamos uma tendência
de retração numérico em outros países:
➢ Com muita tradição maçônica, como a França, expressos na Tabela 3.

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2008 2016
País Lojas Maçons Lojas Maçons
França 1.461 37.722 1.171 26.335
Tabela 3 – Dados coletados no List of Lodge Massonic, anos 2008 e 2016.

➢ Com grandes extensões territoriais, como o Canadá, revelada pela


Tabela 4.

2008 2016
País Lojas Maçons Lojas Maçons
Canadá 588 53.736 541 40.159
Tabela 4 – Dados coletados no List of Lodge Massonic, anos 2008 e 2016.

➢ Orientais e populosos, como China e o Japão que apesar de aumentarem


o número de Lojas, decresceram à quantidade de maçons, conforme Tabela 5.

2008 2016
País Lojas Maçons Lojas Maçons
China 13 748 14 567
Japão 14 1.929 16 1.624
Tabela 5 – Dados coletados no List of Lodge Massonic, anos 2008 e 2016.

E, muito embora haja uma certa tendência de crescimento nos países


considerados mais jovens e onde a Maçonaria chegou recentemente, muitas nações
com essa característica apresentam retração no número de maçons, como é o caso
da África do Sul e do Peru, exemplificados pela Tabela 6.

2008 2016
País Lojas Maçons Lojas Maçons
África do Sul 84 1.522 64 1.271
Peru 175 5.000 188 4.508
Tabela 6 – Dados coletados no List of Lodge Massonic, anos 2008 e 2016.

Quando tratamos da realidade brasileira, notamos um crescimento relevante


durante o período avaliado. Tabela 7.

2008 2012 2016


País Lojas Maçons Lojas Maçons Lojas Maçons
Brasil 4.856 164.373 5.355 178.468 5.621 198.370
Tabela 7 – Dados coletados no List of Lodge Massonic, anos 2008, 2012 e 2016.

Em nosso país, houve um aumento absoluto e relativo do número de Lojas,


765 e 15%, respectivamente. Em relação à quantidade de maçons, o crescimento
apresentado foi de 33.997 membros, que representa incremento de 20,7%.
À primeira vista, os números são animadores e induzem à conclusão de que
a Maçonaria brasileira está em franca expansão, não devendo se preocupar com a
questão de evasão. Entretanto, quando nos detemos sobre o levantamento numérico
dos estados notamos que alguns apresentam queda no número de membros, ou
Lojas, em determinados períodos, conforme dados da Tabela 8.

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2008 2012 2016
Estados Lojas Maçons Lojas Maçons Lojas Maçons
AC 20 570 18 762 19 650
TO 28 673 27 686 28 685
AL 20 525 20 450 22 531
PE 51 1.150 42 965 52 1.300
PI 34 1.250 43 1.366 47 1.350
DF 31 815 38 1.000 38 1.015
RJ 115 9.700 177 7.453 196 5.765
SP 648 18.157 640 21.351 712 23.005

Tabela 8 – Dados coletados no List of Lodge Massonic, anos 2008, 2012 e 2016, referentes às Grandes Lojas Maçônicas
do Brasil (Confederada à CMSB).

A Tabela 8 deixa bem claro que no estado do Acre, houve uma ligeira
diminuição de Lojas de 2008 para 2012 e uma queda mais acentuada na quantidade
de membros, déficit de 112 maçons, no intervalo entre 2012 e 2016.
Tocantins apresentou ínfima diminuição de 1 integrante, entre 2012 e 2016.
Alagoas teve um déficit de 75 maçons entre 2008 a 2012, recuperando-se em
2016.
Pernambuco foi um estado com declínio de 9 Lojas e 185 maçons no período
de 2008 a 2012, voltando a crescer em seguida.
Piauí teve uma discreta redução, 16 membros, entre 2012 e 2016, apesar do
aumento em número de Lojas.
Distrito Federal, notamos uma certa estagnação no número de Lojas e
maçons. Apesar do crescimento alcançado entre 2008 e 2012, desde então, nota-se
uma clara dificuldade de acompanhar os índices médios de crescimento.
Rio de Janeiro, um dos berços da Maçonaria brasileira, apresentou uma
queda constante e significativa ao longo dos 8 anos, decrescendo quase 4.000
maçons, apesar de um desproporcional aumento no número de Lojas, 81 no período.
E São Paulo, a maior Grande Loja do Brasil em número de Lojas e de obreiros,
registrou uma diminuição de 8 Lojas, de 2008 a 2012, retomando a ampliação de
Lojas em seguida e mantendo bom ritmo de crescimento no que se refere à
quantidade de maçons.
Todos esses dados nos servem de alerta e demonstram que a Maçonaria
brasileira tem motivos para ficar alerta quanto à progressão do seu número de
membros. Embora a maioria das Grandes Lojas esteja crescendo, oscilações são
frequentes.
Finalmente voltamos a nossa atenção para a Grande Loja Maçônica do
Estado de Mato Grosso, notamos, pela análise da Tabela 9, uma certa oscilação no
número de Lojas e maçons. Apesar do crescimento de obreiros alcançado entre 2008
e 2016, desde então, nota-se uma clara dificuldade de acompanhar os índices
médios de crescimento das demais obediências maçônicas brasileiras.

2008 2012 2016


Estado Lojas Maçons Lojas Maçons Lojas Maçons
MT 90 2.349 84 2.295 86 2.362
Tabela 9 – Dados coletados na GLEMT, anos 2008, 2012 e 2016.

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Esmiuçando essa informação levamos a nossa pesquisa à ARLS
Rômulo Rampini, que ao longo dos últimos 9 anos teve mais evasão que iniciação,
porém em cômputo geral, entre todas as modalidades que movimentam uma Loja
Maçônica estamos com um saldo positivo de 1,19%, isso se considerarmos que a
regularização é uma adesão, caso contrário, nosso saldo é 3, como mostra a Tabela
10.

Iniciação Filiação Regularização Falecimento Evasão


2008 2 0 0 0 2
2009 3 5 0 0 6
2010 3 0 1 0 2
2011 1 0 0 0 3
2012 0 0 0 0 1
2013 0 0 0 0 0
2014 0 0 0 1 0
2015 0 0 0 0 1
2016 2 0 0 0 0
2017 1 1 0 0 0
Tabela 10 – Dados coletados junto a Secretaria da ARLS Rômulo Rampini

Consequências da evasão maçônica

A Maçonaria cresce e se fortalece à medida que novos membros são iniciados


ou regularizados. E, de forma contrária, reduz seu tamanho enquanto instituição
quando seus integrantes morrem, são expulsos, suspensos ou abandonam suas
Lojas. Essas entradas e saídas produzem um saldo, conforme na figura 1.

➢ Iniciação ➢ Evasão

➢ Filiação Maçonaria ➢ Expulsão

➢ Regularização ➢ Mortes

Figura 1 – Saldo Numérico da Maçonaria

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Nesse sentido, a evasão tem importância destacada, por normalmente ser o
maior motivo de saída, bem como por ser uma causa evitável. As mortes e expulsões
ocorrem em número menor e são mais difíceis de evitar.
Fazendo uma analogia com a área médica, podemos considerar a evasão
maçônica como algo que prejudica a saúde da instituição, algo indesejável,
patológico: uma doença.
No curso de uma patologia podemos ter três desfechos distintos: cura,
cronificação ou morte.
Na melhor das hipóteses, a Maçonaria seria curada da evasão maçônica.
Hipoteticamente, isso tanto poderia ocorrer espontaneamente (o que não parece ser
a tendência), quanto através de um “tratamento”, da descoberta e implementação de
um “remédio” ou “antídoto” para o problema.
Outra possibilidade é a evasão se tornar algo crônico. Nesse contexto, a
doença causaria muitos danos, prejuízos e até sofrimento; entretanto, não seria
capaz de aniquilar a Ordem Maçônica.
Considerando um cenário sombrio, mas extremamente real e plausível, a
evasão maçônica teria a capacidade de se alastrar, crescer e abater uma a uma as
obediências maçônicas espalhadas pelo mundo. Seria a morte da Maçonaria.

Quantitativo X Qualitativo

O dilema da quantidade versus qualidade existe em vários contextos e em


muitas instituições. Isso não é diferente na Maçonaria.
É bastante comum escutarmos de algumas lideranças maçônicas que o
importante é a qualidade dos membros da instituição; que Lojas com muitos irmãos
ou grande e numerosas iniciações são prejudiciais e comprometem essas qualidades.
Embora comum, esse argumento não se sustenta em nenhum dado ou estudo,
minimamente racional e objetivo. Ao contrário, tudo indica que que há uma relação
inversamente proporcional entre quantidade e qualidade.
Saindo dos exemplos pontuais e analisando em um âmbito mais geral,
percebe-se que os maçons, em sua maioria, desejam que a Maçonaria permaneça
existindo, que seja forte, que tenha influência, que esteja presente no maior número
possível de cidades, que possua membros das mais variadas formações, para que
possam aprender uns com os outros. Esses mesmos maçons, certamente, preferem
pagar taxas mais baratas para permanecer na instituição, não querem se sentir
sobrecarregados na distribuição dos trabalhos maçônicos, além de desejarem que
suas sessões estejam repletas de irmãos, tanto do quadro da Loja, quanto visitantes.
Podemos perceber facilmente que o ambiente favorável que desejamos é
aquele que a nossa Ordem disponha de um grande número de irmãos. Se
continuarmos com muita evasão e poucos membros, consequentemente existirão
menos Lojas, teremos que gastar mais dinheiro e esforços para manter a instituição,
seremos mais fracos e teremos menos influência na sociedade.
Nesse sentido, parem que a existência de uma Maçonaria de melhor
qualidade, necessariamente, passa pela existência de maçons em boa e suficiente
quantidade.

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Evasão Maçônica:

Na atualidade as evasões acontecem em nossas Lojas simbólicas, com


frequentes ocorrências de vários tipos; vejamos:
a) Evasão em que o filiado simplesmente abandona a Loja e a
Potência;
b) A que o filiado solicita o seu desligamento, recebe o seu Quite-
Placet e durante seis meses visita outras Lojas, e não achando o que procura se
afasta da Ordem;
c) A que o filiado solicita seu Quite-Placet e se filia em uma Loja de
outra Potência;
d) Evasão interna, que se dá entre Lojas da mesma Potência, onde
o obreiro se transfere para uma outra Loja;
e) Evasão onde um certo número de obreiros sai de sua Loja e
fundam uma nova Loja;
f) Evasão por falecimento do obreiro;
g) Insegurança pública, sentida pelos irmãos idosos;
h) Decepção;
i) Compromissos particulares;
j) Problemas financeiros;
k) Preguiça – um dos sete pecados capitais.

Não é possível avaliar quais modalidades de evasão é a que mais incomoda,


que mais causa prejuízos a uma Loja, ao constatar a redução de seu quadro social.
Durante essa pesquisa foram levantadas ainda como causas de evasão:
a) O abandono pelo padrinho;
b) Grupinhos ou isolamento de novos membros;
c) Fofocas, vaidades, “panelinhas”;
d) O uso do “EU”.
Em síntese, a existência da evasão é notória, bem como suas causas e suas
consequências. Ora se esse fato é uma realidade, o que devemos fazer para reter por
mais tempo nossos obreiros em plena atividade maçônica. A meu ver para combater
de frente este fenômeno associativo, devemos primeiro estudar o que oferecemos ou
podemos oferecer de estímulo para as Lojas e seus membros.
Por outro lado, é do conhecimento de todos que há irmãos que ferem as
normas, as doutrinas e juramentos maçônicos agindo como verdadeiros inimigos de
seus irmãos e da própria Maçonaria.
São aqueles que aproveitam o tríplice abraço para, covardemente,
apunhalarem os irmãos que, por fraternidade, confiança e por crédito aos juramentos
maçônicos, entendem que aqueles “cains” não vão intentar nada contra eles e sua
proles.
Muitos se desencantam e fogem para nunca mais voltarem. Vão engrossar as
fileiras daqueles ex-maçons que têm uma história a contar para se justificar o seu
êxodo da Ordem.
Outros enveredam pelos caminhos da corrupção, das negociatas e das
falcatruas, desmoralizando a Sublime Ordem.

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Ainda existem aqueles que ingressam na Maçonaria à procura de vantagens
econômicas, sociais e políticas, para logo em seguida decepcionarem-se com a pureza
da Maçonaria e baterem em retirada.
Há algum tempo atrás, li uma parábola em Loja sobre “As Egrégoras e o
Carvão”, na verdade é que o “carvão” há de ser especial, o homem há de ser “livre e
de bons costumes”, caso contrário, vai-se malhar em ferro frio.
Nesse redemoinho de verdades e de triste realidade fica a indagação do que
vem acontecendo. Por saber que o padrinho que indica o candidato e os sindicantes
que investigam são mestres maçons é que se questiona se a qualidade da iniciação
à Ordem Maçônica e a concretização da sindicância sobre “modus vivendi” efetuada
influenciem significativamente para posterior evasão.
Uma reflexão metodológica:
Os métodos e as normas para a admissão maçônica são obsoletos ou talvez
inadequados?
Em resposta a esta indagação destaca os integrantes e os temperos que
compõem o cardápio que vai sendo confeccionado e servido no banquete do dia a dia
maçônico, sem que seus comensais percebam o fel nele adicionado.
“O relacionamento e a convivência com os irmãos facultam conhecer vários
problemas originados de política de grupos demandando supremacia doutrinárias,
traições de irmãos contra irmãos, quebra de juramento maçônico. Outros casos são
aqueles que os irmãos, com toda a razão do mundo, evadem-se de sua Oficina,
inconformado pelos maus exemplos que vão surgindo.”
Existem outras deficiências como, por exemplo, a má administração de uma
Loja e formação de grupos com atitudes mais materialistas e reprováveis possíveis
contra aqueles que almejam praticar a verdadeira Maçonaria, sem mácula e sem
sentimentos subalternos.
A ambição desmedida do poder faz que surjam dentro das Lojas grupos
inconfidentes liderados por péssimos irmãos que se jugam “donos” das Lojas e de
todas as verdades. E a partir daí destilam toda a sua mágoa contra quem quer os
contrarie e não se coadune com os seus desmandos, hipocrisias, indignidades,
corrupções e imoralidades!
Eis aí o que pode acontecer em nossos orientes espalhados por esses rincões
afora!
Há irmãos que não suportam tanta hipocrisia, maldade e tirania, preferindo
assim sair de suas Lojas, pedir o seu Quite-Placet e muitas das vezes nem pedem
nada! Saem correndo para nunca mais voltarem, enojados de “profanos de avental”!
Surgem aí os dissidentes!
A Maçonaria, dessa forma, tende a enfraquecer, mediante tantos e constante
reveses.
A doutrina da Maçonaria é manter os irmãos unidos de modo que seja um só
corpo, uma só alma, voltados para o eterno trabalho maçônico, qual seja, o bem-estar
da humanidade.
Caso não houvesse tantas rivalidades entre irmãos, as brigas e as querelas
inexistiam e a Maçonaria seria beneficiada.
Diante de tudo que foi exposto, sugiro, para que os trabalhos na nossa Ordem
melhorem fatorialmente, e que se eternizam para sempre justos e perfeitos.
É importante mudar tudo aquilo que for detectado como procedimento errôneo.

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É hora de sacudir e espanar as nossas colunas!
É hora de prever e prover!
É hora de fiscalizar para moralizar! Exigir responsabilidade para com a
Maçonaria daqueles que prestaram o juramento de zelar por ela e protegê-la custe o
que custar.
Encerro!
É sabido que temos problemas no relacionamento interpessoal e inter-
autoridades, que muito nos preocupam. E é por isso que urge sejam adotadas
providências e decisões para que possamos melhor arrumar nossa casa em outras
palavras, precisamos concluir o dever de casa.
Mesmo porque, enquanto perdurar as evasões dos nossos quadros, não
teremos como pensar num retorno a elite de nosso país, como bem o fizemos no
passado, liderado por meio de nossos obreiros os grandes acontecimentos para a
construção de nossa identidade nacional.
Finalizo com o seguinte pensamento:
“É duro para um agricultor após arar a terra, adubá-la, prepara-la e semeá-
la e, com toda a esperança do mundo e defrontar-se, nesses depois, com um arbusto
mal crescido e um fruto minguado, não chegando perto ao que se espera obter em tal
empreitada!”
(Ir Geraldo Magella Rosa)

Obrigado!

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Referência Bibliográfica:

• Evasão Maçônica – Causas & Consequências – Morais,


Cassiano Teixeira de – Brasília/DF: Ed. DMC (Difusora
Maçônica de Conhecimento), 2017

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