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Resumo: Capítulo II

Rousseau fundamenta que existem dois tipos de desigualdade: desigualdade natural e


desigualdade política. Pois, podemos encontrar uma convergência entre estas desigualdades a
medida em que todas elas encontram-se vinculadas no homem, e que a força é utilizada como um
meio de sucessão do direito a violência, o forte pode resolver-se a servir o fraco e o povo a
procurar um repouso em ideia pelo preço de uma felicidade real.

Para Rousseau, a desigualdade surge no momento em que surge a propriedade privada, o homem
tendo cercado uma parcela de terra, fez com que cada começasse a privilegiar a riqueza
individual. Assim, o homem renunciou a sua liberdade natural, e o único estado onde vivia sem
preocupações, era no estado natural, porque todos os recursos eram de acesso a todos.

Neste âmbito, Rousseau vem ilustrar que nem mesmo a força pode transformar-se em direito, e
temos que nos sentir obrigados a seguir os direitos legítimos. Rousseau vem frisar que um povo
antes de se entregar a um rei, é necessário primeiro perceber porque um povo é um povo,
portanto, um domínio de si mesmo, um autoconhecimento porque esse ato, sendo
necessariamente anterior ao outro, constitui o verdadeiro fundamento da sociedade.

Pois, a sociedade o entregar o poder a um soberano, assina-se um pacto para a preservação dos
seus direitos. Esse acto de associação produz um corpo moral e colectivo composto de tantos
membros quantos são os votos da assembleia, o qual recebe, por esse mesmo ato, sua unidade,
seu eu comum, sua vida e sua vontade. Essa pessoa pública, assim formada pela união de todas
as demais, tomava outrora o nome de Cidade, e hoje o de República ou de corpo político, o qual
é chamado por seus membros de Estado quando passivo, soberano quando activo e Potencia
quando comparado aos seus semelhantes, pois, o pacto social produz aquilo que cada um de nós
põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a direcção suprema da vontade geral, e
recebemos, enquanto corpo, cada membro como parte indivisível do todo.

Nas perspectivas de Rousseau, a integridade do corpo político só deve existir a partir da


existência de um contrato, pois, o fundamental desta multidão é não ofender o outro, não
apoderar-se do outro, e nem violar os direitos do corpo de membros. Assim torna-se um dever e
o interesse obrigam igualmente as duas partes contratantes a se auxiliarem mutuamente, e os
homens devem procurar reunir, nessa dupla relação, todas as vantagens que dela provêm.
O soberano não pode basear-se nos princípios individuais, ele deve saber do seu povo, ou seja,
da vontade geral.

Neste caso, no contrato social podemos encontrar ganhos assim como perdas para homem, O que
o homem perde pelo contrato social é a liberdade natural e um direito ilimitado a tudo quanto
aventura e pode alcançar. O que com ele ganha é a liberdade civil e a propriedade de tudo que
possui.

Para que um cidadão ocupe uma porção de terreno, Rousseau fundamenta que esse terreno não
esteja ainda habitado, por ninguém; segundo, que dele só se ocupe a porção de que se tem
necessidade para subsistir; terceiro, que dele se tome posse não por uma cerimónia vã, mas pelo
trabalho e pela cultura, únicos sinais de propriedade que devem ser respeitados pelos outros, na
ausência de títulos jurídicos.

A vontade geral é legítima, A vontade geral, de acordo com Rousseau, poderia ser determinada
por meio de um plebiscito sob duas condições: em primeiro lugar, que cada eleitor estivesse
completamente informado; em segundo lugar, que nenhuns eleitores estivessem em comunicação
entre si. A razão de ser da segunda condição é prevenir a formação de grupos ou partidos
menores do que toda a comunidade. Pois só no contexto de todo o Estado se anulam entre si as
diferenças entre os interesses individuais de cada um, dando origem ao interesse do povo
soberano. É portanto essencial, para que a vontade geral possa exprimir-se, que não exista
qualquer sociedade parcial dentro do Estado e que cada cidadão pense apenas os seus próprios
pensamentos.

O limite do soberano, consiste assim como a natureza que dá a cada homem poder absoluto sobre
todos os seus membros, o pacto social dá ao corpo político um poder absoluto sobre todos os
seus, e é esse mesmo poder que, dirigido pela vontade geral, ganha, como já disse, o nome de
soberania. Consiste em distinguir os direitos respectivos dos cidadãos e do soberano, e os
deveres que os primeiros devem desempenhar na qualidade de súbditos, do direito natural de que
devem gozar na qualidade de homens.

Neste âmbito, o governo serve-se de mediador entre o povo e a soberania. No contrato legitima-
se o povo como o único soberano e o governo cuida somente de obedecer. O magistrado, corpo
que compõe o governo, tem suas obrigações, por sua vez, obriga-se a não fazer uso do poder que
lhe é confiado senão segundo a vontade dos comitentes, a manter cada um no tranquilo usufruto
do que lhe pertence e a preferir, em todas as ocasiões, a utilidade pública a seu interesse próprio.

O Governo democrático é estabelecido automaticamente no momento em que a vontade geral


vira acto do poder executivo.

Capitulo III

É um capitulo onde fazemos umas conotações em relação ao posicionamento de outros autores


na tese de Rousseau, começando por Michel Debrun, concorda que o homem perdeu a sua
liberdade natural e que um dos mecanismos de ver a sua liberdade de volta é operando um
concerto, uma agregação que deva partir de uma formação de uma associação por princípios
normativos. O pacto social irá permitir a protecção dos bens do interesse público, e pela qual
cada um, unindo-se a todos, só obedece, contudo, a si mesmo, permanecendo assim tão livre
quanto antes. Obedecendo à vontade geral e às leis nas quais ela se corporifica, a vontade
individual não deixa, pois, de obedecer a si própria. Se a legislação não deve reconhecer
qualquer vontade particular, a associação deve fundar-se na identidade de interesses dos
membros do corpo político.

Caius Brandão destaca que quando o homem deixa o estado de natureza, o homem se torna um
ser social, racional e moral. Exactamente por isso, o total dos interesses comuns tem, para o
próprio indivíduo, um peso maior do que o total dos seus interesses particulares. É sobre a base
de uma estrita reciprocidade de obrigações e de direitos que deve ser organizado o sistema social.
Pois, não importa qual será a regra utilizada para determinar a vontade comum, mesmo que a
minoria não entre em concordância, é necessário que as decisões da maioria sejam unânimes.

Karl Marx não fica indiferente ao fenómeno da desigualdade, descrevendo que a propriedade
privada dos meios de produção, impulsiona diversas lutas de classe, Observa que nos seus dias a
verdadeira essência do homem, sua liberdade e independência, a actividade livre e consciente,
não se podem fazer valer. Por toda parte o homem é tirado a si mesmo. Por toda parte perdeu as
autênticas possibilidades humanas de existência. Para tal, o comunismo é a superação positiva da
propriedade privada enquanto auto-alienação do homem e por isso como apropriação real da
essência humana por meio de e para o homem. Portanto, para Marx, o comunismo é a verdadeira
dissolução do antagonismo entre o homem e a natureza e entre o homem e o homem. A
verdadeira solução do conflito entre liberdade e necessidade.

Já na base crítica sobre o pensamento de Rousseau, encontramos Benjamim Wiker, um crítico


forte que ilustra que existe uma confusão no discurso de Rousseau, pois, o estado de natureza por
si ilustrado não passa de uma mera ficção, pois, na sociedade primitiva não existe família, nem
amor pelo próximo, nem a linguagem, o homem é um ser movido a impulsos e desejos. Pois,
para Benjamim Wiker, as ideais têm consequência, e a tese de Rousseau possibilitou ao homem
um comportamento de simples inclinação cega, que produz apenas um acto puramente animal,
que satisfaz um desejo bruto e passageiro. E uma vez que esse desejo é resfriado, os dois sexos já
não se reconhecem, e até os filhos não significavam coisa alguma para sua mãe a partir do
momento que podiam se manter sem ela.

Neste âmbito, Wiker faz uma denúncia ilustrando que Rousseau corrompeu a nossa imaginação
de um modo muito profundo. Muito da forma como agimos, muito do que desejamos, do que
consideramos falso ou verdadeiro, real ou irreal, conforma-se à imagem que temos do que
consideramos ser realmente o homem e o seu lugar na natureza. Se imaginamos que nosso
verdadeiro lar é uma densa e primitiva floresta, jamais nos sentiremos em casa em qualquer outro
lugar. Se imaginamos que o paraíso sexual consiste na satisfação inconsequente de todo e
qualquer impulso sexual, então o casamento e a moral sexual parecerão correntes antinaturais
que prendem os nossos desejos.

Por fim, encontramos Kenny Anthony, que critica o aspecto da Vontade geral proposta por
Rousseau, analisando que tratar-se de uma ideia incoerente em termos teóricos e vácua em
termos práticos. Em termos lógicos, não é verdade que se A quer o bem de A e B o de B, então A
e B conjuntamente querem o bem de A e B. Rousseau estabeleceu como uma condição para a sua
expressão que cada cidadão estivesse completamente informado e que nenhuns cidadãos
pudessem fazer combinações entre si. O cumprimento da segunda condição exigiria uma tirania
absoluta do Estado; e a primeira nunca poderia ser cumprida numa comunidade de seres
humanos reais.
Capitulo IV

Para que em Moçambique haja a possibilidade de um contrato legítimo, é necessário que haja
uma partilha de decisões, ou seja, o alcance de uma vontade geral mediante a decisão de todos, e
a partilha dessas decisões, ou seja, é necessário que haja inclusão de todos, que não seja apenas o
governo e as ONG’s a decidirem do que deve ser feito. Por conseguinte, é necessário que a
educação tenha o papel de formar cidadãos capazes de tornar esse desafio da vontade geral em
prática.

O estado civil, originado por um contrato legítimo entre livres e iguais, possibilita que se atribua
a moral aos cidadãos. Este estabelecimento significa que, a partir da união, cada acto dos seres
humanos pode ser julgado como certo ou errado em relação ao bem ou ao mal que causam às
outras pessoas.

A missão do corpo político deve ser garantir a igualdade e a liberdade, pois vivemos num estado
onde as desigualdades sociais operam em diversas formas, seja na opressão dos mais fortes aos
mais fracos, assim como na opressão daqueles que governam e aqueles que são governados.

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