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Alfredo Volpi nasceu na Itália e veio para o Brasil com um ano de idade, em 1897,
com os pais que emigraram para São Paulo. Desde pequeno gostava de misturar
tintas e criar novas cores. Esse talento o levou a trabalhar como pintor de frisos,
florões e painéis nas paredes das mansões paulistanas.
Em 1925 iniciou sua participação em mostras coletivas. Até se firmar como pintor,
exerceu vários ofícios, como o de decorador de interiores. Autodidata em artes,
tornou-se membro do Grupo Santa Helena, nos anos 1940, onde conheceu o pintor
paulista Ernesto de Fiori, que iria influenciá-lo de maneira decisiva.
O grupo era formado por artistas paulistas que se reuniam no palacete Santa
Helena, desenvolvendo, durante as décadas de 30 e 40, pinturas que retratavam
cenas da vida e da paisagem dos arredores de São Paulo. Participou das primeiras
manifestações artísticas contra os modernistas de 1922, junto com outros pintores
do Grupo Santa Helena, como Bonadei, Rebolo, Clóvis Graciano, Pennacchi.
Ao longo de quase um século de existência, Volpi passou por várias fases, recebeu
influências de pintores impressionistas e clássicos como Cézanne, Giotto, Ucello,
encontrando seu próprio caminho. Volpi criou sua própria linguagem na pintura e
evoluiu naturalmente das representações de cenas da natureza para produções
mais intelectuais, concebidas em seu estúdio.
Daí em diante suas obras seriam dominadas pelas cores e pelo estilo abstrato
geométrico. Exemplo marcante disso são suas bandeirinhas multicoloridas, que se
tornaram sua marca registrada. As formas geométricas e as trocas cromáticas
começaram nos anos 1970: Volpi preparava várias pinturas parecidas, alterando
cores, no que os críticos definem como uma combinação inventiva.
É a fase das bandeirinhas, sua maior contribuição para a arte brasileira moderna,
expressa em seu trabalho Bandeiras e Mastros. Só pintava com a luz do sol e se
envolvia totalmente com a criação de sua obra, o que incluía esticar o linho para as
telas. Depois de dominar a técnica da têmpera com clara de ovo, o artista nunca
mais usou tintas industriais - "elas criam mofo e perdem vida com o passar do
tempo", dizia.
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u615.jhtm