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LUCAS CABRAL
MARIA EDUARDA VIDAL
RECIFE
2017
INTRODUÇÃO
Eram utilizadas diversas alternativas para disposição de resíduos.
Dentre elas, estão os lixões e as queimadas. Nos lixões, os resíduos são
depositados em aterros a céu aberto sem nenhum controle ambiental ou
tratamento. Além de produzir o gás natural metano (CH4), um dos agravadores
do efeito estufa, junto com a decomposição da matéria orgânica que gera o
caldo chorume, altamente poluente. Como o terreno dos lixões não é
impermeabilizado, o chorume se infiltra no solo e contamina o lençol freático,
com efeitos nocivos sobre a água, a flora e a fauna, comprometendo o meio
ambiente. Esse problema, também envolve âmbitos tanto sociais, quanto
econômicos, pois muitas pessoas tiram seu sustento desses locais insalubres,
recolhendo o lixo para reaproveitar os materiais, sujeitando-se a contaminação
e doenças.
Outra alternativa, são as queimadas, que correspondem a uma das
técnicas agrícolas mais primitivas da história do homem. No Brasil há registros
da utilização das queimadas desde o período colonial, quando já era usada
para retirada da cobertura vegetal original antes do plantio e ou formação de
pastagem. Por ser uma técnica rápida e barata, ainda é muito utilizada no meio
rural. Além do custo e rapidez, a queimada é considerada por alguns
agricultores como uma ferramenta de fertilização do solo. Uma vez que as
cinzas que restam após a passagem do fogo, seriam uma espécie de adubo
natural. No entanto, este modo de limpar o terreno, na atualidade é alvo de
críticas por parte de ambientalistas e técnicos. Considerando apenas o aspecto
da retirada da vegetação original, as queimadas provocam a alteração no
equilíbrio dos ecossistemas das mais distintas paisagens, uma vez que
impacta diretamente, na manutenção da fauna, na circulação de águas
superficiais e subterrâneas, nas condições de temperatura e umidade, na
liberação de vapor de água na atmosfera. Outras consequências preocupantes
que podem decorrer das queimadas, são: diminuição da biodiversidade;
emissão de gases poluentes na atmosfera, piorando a qualidade do ar;
aumento das doenças respiratórias, em razão dos gases e partículas nocivas;
danos ao patrimônio público e privado, como por exemplo, cercas, casas, e
rede de energia elétrica; agravamento do aquecimento global, contribuindo
para elevação da temperature; diminuição da fertilidade do solo que perde
matéria orgânica e umidade, e por fim, intensificação da erosão nas áreas
atingidas pelo fogo.
Em razão dos diversos malefícios das alternativas acima, em agosto de
2010, foi sancionada a Lei 12.035, que instituiu a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, onde se tem a intenção de prevenir e reduzir os remanescentes, tendo
como proposta a implantação de aterros sanitários.
Aterros Sanitários
É um espaço destinado à deposição final de resíduos sólidos gerados
pela atividade humana, provenientes de residências, indústrias, hospitais,
construções e consiste em camadas alternadas de lixo e terra que evita mau
cheiro e a proliferação de animais. O aterro segue princípios da engenharia de
confinar resíduos sólidos à menor área possível e reduzí-los ao menor volume
possível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão da jornada de
trabalho ou em intervalos menores, se necessário. Deve ser impermeabilizado
e possuir acesso restrito, ter a quantidade de lixo controlada e conhecer que
tipos de resíduos estão sendo depositados. Na maioria, os aterros sanitários
são construídos em locais afastados das cidades em razão do mau cheiro e
da possibilidade de contaminação do solo e das águas subterrâneas. Essa
contaminação pode ocorrer por infiltração do chorume ou percolado, líquido
contendo componentes tóxicos que flui do lixo para o solo e corpos d’água.
Segundo a ABNT, quanto á periculosidade, os resíduos podem ser
classificados em 3 categorias: classe l (perigosos), apresentam risco a saúde
pública ou ao meio ambiente, tendo como exemplo os resíduos industriais;
classe ll (não-inertes), possuem propriedades como inflamabilidade, ou
biodegradabilidade; classe lll (inertes), são os resíduos da construção civil, que
não incluem substâncias tóxicas. Atualmente, existem normas que regulam a
implantação dos aterros, e uma dessas regras é a implantação de mantas
impermeabilizantes que evitem essa infiltração. É necessário também que haja
a retirada desse líquido, por sistemas de drenagem eficientes, com posterior
tratamento dos efluentes sem que agrida o meio ambiente. Gases também são
liberados e podem ser aproveitados como combustíveis, o que pode trazer
benefícios financeiros.
Processos do Aterro Sanitário
Levantamento de dados
Viabilização do local
Investigações Diretas
Sistemas de Contenção