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“XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso
de poder;”
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Direito Penal Ambiental - Comentários à Lei 9.605/98, Millenium Editora, 2002, pág. 212.
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II – DOS FATOS
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"Art. 54 (...)
§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de adotar, quando
assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano
ambiental grave ou irreversível."
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"Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação
de relevante interesse ambiental:"
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"Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de questões
ambientais:"
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"Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as
regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente."
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"Art. 41 (...)
§ 1º (...)
VI - deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em
caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível."
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"Art. 2o As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções:
II - multa simples;"
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"Art. 6º (...)
Parágrafo Único – Para os efeitos do estabelecido no caput deste artigo, considera-se vício sanável, aquele
que a correção da autuação não implique em modificação do fato descrito no auto de infração".
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"Art. 7º. O Auto de Infração que apresentar vício insanável deverá ser declarado nulo pela autoridade
julgadora competente, que determinará o arquivamento do processo, após o pronunciamento do órgão
consultivo da Advocacia Geral da União que atua junto à respectiva unidade administrativa do IBAMA."
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Direito Penal Ambiental - Comentários à Lei 9.605/98, Millenium Editora, 2002, pág. 157.
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Direito Penal Ambiental - Comentários à Lei 9.605/98, Millenium Editora, 2002, pág. 163.
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"A responsabilidade pela preservação e recomposição do meio-ambiente é objetiva, mas se exige nexo
de causalidade entre a atividade do proprietário e o dano causado (Lei 6.938/81)" (REsp. 327.254-PR,
Rel. Eliana Calmon).
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Direito Penal Ambiental - Comentários à Lei 9.605/98, Millenium Editora, 2002, pág. 195
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E não é só; fez tabula rasa ao art. 50, da Lei 9.784/1999, no que
concerne ao princípio da motivação. Equivale a dizer, carece o Auto de Infração das
razões da sua lavratura.
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Direito Penal Ambiental - Comentários à Lei 9.605/98, Millenium Editora, 2002, pág. 196.
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"Art. 41 (...)
§ 1º (...)
VI - deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade
competente, medidas de precaução em caso de risco de dano
ambiental grave ou irreversível.
§ 2o As multas e demais penalidades de que trata este artigo
serão aplicadas após laudo técnico elaborado pelo órgão
ambiental competente, identificando a dimensão do dano
decorrente da infração. (destaques da Recorrente)
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"§ 2o As multas e demais penalidades de que trata este artigo serão aplicadas após laudo técnico
elaborado pelo órgão ambiental competente, identificando a dimensão do dano decorrente da infração."
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17 "Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o disposto no
art. 6º:"
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"Um dos principais diplomas legais voltado para a questão ambiental no transporte marítimo é a Lei nº
9.966, de 28 de abril de 2000, que dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição
causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição
nacional e dá outras providências." (Silvio Leandro R. Varella, artigo citado)
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"Art 8º A ação preventiva ou corretiva iniciar-se-á imediatamente após o conhecimento do incidente.
§ 1º. Qualquer incidente deverá ser comunicado imediatamente à Capitania dos Portos da área, ou órgão a
ela subordinado, por quem tomar conhecimento de fato que possa resultar ou tenha resultado em poluição
por óleo.
§ 2º. A Capitania dos Portos, recebida a comunicação de que trata o parágrafo anterior, deverá participar o
incidente, com urgência, à SEMA e aos órgãos estaduais de controle do meio ambiente da área atingida.
§ 3º. A DPC apurará os fatos relativos ao incidente, coligirá as provas necessárias, e encaminhará, à
SEMA, a documentação resultante da investigação efetuada."
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"Art 2º A fiscalização desta Lei fica a cargo da Diretoria de Portos e Costas do Ministério da Marinha,
em estreita cooperação com os diversos órgãos federais ou estaduais interessados".
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"Art. 21 (...)
§ 3º O proprietário de estabelecimento ou o seu preposto responsável permitirá, sob a pena da lei, o
ingresso da fiscalização no local das atividades potencialmente poluidoras para a inspeção de todas as
suas áreas."
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"O processo de criação e ampliação das unidades de conservação deve ser precedido da regulamentação
da lei, de estudos técnicos e de consulta pública". (REsp. 24.184-5)
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Curso de Direito Administrativo, 12ª edição, pág. 682
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"Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito."
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Apud Édis Milaré e Paulo José da Costa Júnior, Direito Penal Ambiental, Comentários à Lei nº
9.605/98, Millenium Editora, 2002.
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"Art. 12. A autoridade administrativa competente deverá julgar o auto de infração, no prazo de trinta
dias, contados da data da sua lavratura, apresentada ou não a defesa ou a impugnação, mediante parecer
prévio do órgão consultivo da Advocacia Geral da União que atua junto à respectiva unidade
administrativa do IBAMA.
§ 1º A decisão de que trata este artigo consistirá na homologação do auto de infração, com a indicação
dos fatos e dos fundamentos jurídicos, notificando-se o autuado sobre o seu resultado." (destaques da
Recorrente)
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"Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos
jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos,
propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.
§ 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância
com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão
parte integrante do ato.
§ 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que reproduza
os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessados.
§ 3o A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais constará da
respectiva ata ou de termo escrito."
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Direito do Ambiente, Ed. TT, 3ª ed.; 2004, pág. 713.
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32
Direito Ambiental Brasileiro, 12ª ed., Malheiros Editores, pág. 86.
33
Tutela Penal do Meio Ambiente, Ed. Saraiva, 3ª ed, 2004, pág 58.
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34
Vladimir Passos de Freitas e Gilberto Passos de Freitas, Crimes Contra a Natureza, RT, 6ª ed.;
Paulo Affonso Leme Machado, Direito Ambiental Brasileiro, 12ª ed., Malheiros Editores;
Luís Paulo Sirvinskas, Tutela Penal do Meio Ambiente, Editora Saraiva, 3ª ed, 2004.
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a) Raspagem do Casco
b) Solidariedade
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Responsabilidade Civil, Ed. Saraiva, 7ª ed., pág. 86.
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danos, real e efetivamente aconteceriam. Afinal, possíveis danos é uma coisa, danos
concretos é outra.
Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios, 1973, alterada pelo Protocolo de
1978 relativo àquela Convenção). 36
g) Resumo
Resumindo:
a) O navio ...................., objeto da autuação, teve seu casco raspado, hidrojateado com
areia e pintado, em 25/03/2000, isto é, há pouco mais de um (1) ano, da data da
autuação (31/08/2001), conforme documentos de fls. 25 e anexos;
b) Referido navio está em águas brasileiras desde 1997, isto é, há mais de 6 (seis) anos,
quando começou a prestar serviços para a Petrobras, conforme documentos anexos;
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"A fim de prevenir acidentes e minimizar suas conseqüências, uma série de medidas foram e vêm sendo
criadas pela IMO. As questões de segurança e ambientais relativas à marinha mercante no Brasil têm
seguido as convenções e resoluções internacionais da IMO e de legislação brasileira específica para a
matéria. Para tratar dos assuntos em tramitação naquela Agência, formular as posições das delegações
brasileiras e propor medidas que devam ser implementadas no país, principalmente no que concerne à
segurança marítima e à prevenção da poluição do meio ambiente marinho, foi criada, em 1999, a
Comissão Coordenadora dos Assuntos da IMO - CCA/IMO, que é coordenada pela Marinha do Brasil."
(Silvio Leandro R. Varella, artigo citado)
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- Foi feita a Auditoria Conama 265 no navio .................... (doc. 13) pela qual foi
constatado o atendimento de praticamente todos os requisitos.
X - CONCLUSÃO
- o Auto de Infração é nulo porque a (i) Notificação é inepta, (ii) carece da tipificação
das infrações cometidas pela Requerente, (iii) a multa foi aplicada ao arrepio da lei,
(iv) o Agente Fiscal não tem competência para fiscalizar navios e, (v) o Agente Fiscal
agiu com abuso de poder;
- impossível a Requerente ter causado dano ao meio ambiente, pois, o casco do navio
foi raspado, hidrojateado e pintado, além de não ter saído de águas brasileiras, dentre
outras razões acima mencionadas;
- indene de dúvidas que a Requerente não agiu com dolo ou má-fé no atendimento à
fiscalização.
XI - DO PEDIDO
N. Termos.
P. E. Deferimento.