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GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL


Tatiane Antonovz
Prezado aluno,
Esta apostila é a versão estática, em formato.pdf, da disciplina online e contém
todas as informações necessárias a quem deseja fazer uma leitura mais linear do
conteúdo.

Os termos e as expressões destacadas de laranja são definidos ao final da


apostila em um conjunto organizado de texto denominado NOTAS. Nele, você
encontrará explicações detalhadas, exemplos, biografias ou comentários a
respeito de cada item.

Além disso, há três caixas de destaque ao longo do conteúdo.

A caixa de atenção é usada para enfatizar questões importantes e implica um


momento de pausa para reflexão. Trata-se de pequenos trechos evidenciados
devido a seu valor em relação à temática principal em discussão.

A galeria de vídeos, por sua vez, aponta as produções audiovisuais que você
deve assistir no ambiente online – aquelas que o ajudarão a refletir, de forma
mais específica, sobre determinado conceito ou sobre algum tema abordado na
disciplina. Se você quiser, poderá usar o QR Code para acessar essas produções
audiovisuais, diretamente, a partir de seu dispositivo móvel.

Por fim, na caixa de Aprenda mais, você encontrará indicações de materiais


complementares – tais como obras renomadas da área de estudo, pesquisas,
artigos, links etc. – para enriquecer seu conhecimento.

Aliados ao conteúdo da disciplina, todos esses elementos foram planejados e


organizados para tornar a aula mais interativa e servem de apoio a seu
aprendizado!

Bons estudos!

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 1


Auditoria operacional e contábil - Apostila
Apresentação
Esta disciplina apresentará o procedimento que torna as demonstrações
contábeis mais confiáveis para os usuários dessas informações. Inicialmente,
definiremos os conceitos gerais de auditoria, identificando como esse processo
funciona, bem como as noções de normatização.

Em seguida, conheceremos os principais tópicos da documentação de auditoria


e as formas de controle interno. Além disso, aprenderemos a elaborar o relatório
de auditoria, que serve para demonstrar a opinião dos auditores.

Por fim, destacaremos os aspectos relativos à auditoria operacional: um tipo de


auditoria diferente que se dedica à verificação da eficiência e da eficácia –
normalmente em órgãos públicos –, mas que possui conceituações muito
importantes que podem ser utilizadas na gestão das empresas.

Sendo assim, esta disciplina tem como objetivos:

1. Definir os principais conceitos de auditoria;

2. Demonstrar os aspectos práticos do processo de auditoria;

3. Aplicar a auditoria operacional.

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Aula 1: Aspectos iniciais da auditoria
Introdução

Vamos começar esta disciplina a partir do estudo da evolução histórica da


auditoria, apresentando os fatos que marcaram seu desenvolvimento nacional e
mundial.

Além disso, identificaremos os objetivos da auditoria operacional, ou seja,


entenderemos PARA QUE ela é necessária e POR QUE deve ocorrer dentro das
entidades.

Por fim, diferenciaremos a auditoria interna da externa e conheceremos os


diferentes tipos de auditoria.

Boa aula!

Objetivo

1. Explicar a evolução histórica e os principais aspectos da auditoria;

2. Identificar os propósitos e os diferentes tipos de auditoria.

Resumo do conteúdo

Nesta aula:

• Contextualizamos a história da auditoria;

• Diferenciamos a auditoria interna da externa;

• Estudamos os principais tipos de auditoria.

Conteúdo

História da auditoria

Você sabe onde nasceu a auditoria e para que essa atividade foi criada?

Assim como a contabilidade, a auditoria surgiu na Europa. Sua fase inicial se


destacou depois da Revolução Industrial, quando órgãos e normatizações foram
criados. Entretanto, não há uma data exata de sua constituição.

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Para que você possa compreender a relação entre essas áreas, conheça alguns
fatos marcantes da contabilidade e da auditoria.

Atenção
A criação da SEC, em 1934, foi um marco no desenvolvimento
da auditoria no mundo, pois estimulou as empresas que tinham
valores negociados em bolsa a utilizarem os procedimentos de
auditoria para aumentar a credibilidade de suas demonstrações,
o que, por consequência, atraiu mais investidores.

De acordo com Attie (2011), a evolução da auditoria foi baseada


na necessidade, por parte dos investidores e proprietários das
empresas, de verificar a fidedignidade dos registros contábeis.

Auditoria no Brasil

A auditoria surgiu no Brasil pela necessidade que grandes empresas e


multinacionais tinham de realizar tal processo em seus países de origem.

De acordo com Attie (2011), os fatos que marcaram esse surgimento foram:

• A existência de filiais de empresas multinacionais;

• A busca por financiamento de empresas brasileiras através de entidades


internacionais;

• O crescimento das empresas brasileiras, sua necessidade de


descentralização e a busca por diversificação de suas atividades
econômicas;

• A evolução do mercado de capitais;

• A criação, em 1972, das normas de auditoria, promulgadas pelo Banco


Central do Brasil (Bacen);

• A criação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – que devia seguir os


princípios da SEC;

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• A regulamentação dos aspectos societários, principalmente das sociedades
de capital aberto, através da criação da Lei das Sociedades Anônimas –
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm Lei
nº 6.404/76.

A auditoria teve um grande desenvolvimento justamente pelos aspectos


relacionados à verificação das demonstrações contábeis trazidos por esses fatos.

Mas, afinal, como a auditoria pode ser entendida?

Vamos descobrir?

Atenção
A criação da CVM e a regulamentação dos aspectos societários
foram necessárias após a expansão das empresas brasileiras e sua
constante busca por novas formas de capital.

Auditoria pública e privada

A auditoria possui uma forte relação com o conceito de accountability, que está
presente tanto no setor privado quanto no público. Basicamente, a auditoria pode
ser aplicada, então, nesses dois campos. Vejamos como...

Conforme aponta Silva (2012, p. 5), no setor privado, que inclui as empresas
em geral:

“O Parlamento (Congresso) é representando pelo Conselho de Administração,


que delega responsabilidade ao administrador para gerir a empresa, de forma
eficiente e eficaz, para a otimização dos recursos e a geração de lucro.

O auditor verifica se os recursos estão sendo utilizados de acordo com as metas


e diretrizes gerais, e informa ao Conselho. O parecer de auditoria publicado
produz efeitos, também, junto ao mercado e aos acionistas”.

De acordo com o Artigo 70 da Constituição, já no setor público, o principal


objetivo da auditoria é verificar ações de órgãos e de entidades que fazem parte
da administração direta e indireta.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 5


Sendo assim, com base no conceito de accountability, dentro da administração
pública, há o Congresso, que delega responsabilidade ao administrador público e
ao auditor.

Conforme destaca Silva (2012), estes, por sua vez, respondem pela prestação de
contas deste modo:

Administrador público – tem condições de aplicar os recursos de forma


eficiente e eficaz.

Auditor – representado pelo Tribunal de Contas, verifica se esses recursos estão


sendo aplicados corretamente, de acordo com a legislação e o Congresso.

Portanto, dentro da área pública, a noção de auditoria assume um papel muito


importante – afinal, trata de recursos públicos a que todos os cidadãos têm
direito. Nesse caso, a Fazenda Nacional deve se sobrepor aos interesses
individuais.

Objetivo da auditoria

Agora que já apresentamos o conceito de auditoria, você deve estar se


perguntando:

Qual é seu objetivo?

Para Perez Júnior (2012), o principal objetivo da auditoria é fornecer a todos os


usuários nela interessados uma opinião imparcial, que deve estar fundamentada
em normas e em princípios vigentes.

O autor afirma que esse processo é uma técnica autônoma dentro da Ciência
Contábil e, por isso, tem um objetivo bem definido, que pode ser
entendido de múltiplas formas, quais sejam:

• Comprovar, pela verificação dos registros, os fatos que alteraram o


patrimônio;

• Apresentar erros e fraudes;

• Sugerir possíveis providências que coibirão futuros erros ou futuras


fraudes;

• Verificar o controle interno da entidade;

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• Identificar se a contabilidade é satisfatória do ponto de vista sistemático e
societário.

Portanto, a principal função da auditoria é descobrir fraudes e erros, a fim de


atestar a fidedignidade das demonstrações contábeis, ou seja, de indicar se elas
representam, de forma fiel, a situação patrimonial da instituição.

Auditoria interna X auditoria externa

Você já ouviu falar em auditoria interna e auditoria externa? Saberia


diferenciá-las? No quadro a seguir, apresentamos uma comparação entre essas
duas vertentes:

Observe que a maior diferença entre o auditor interno e o externo é a


independência: enquanto o primeiro tem algumas limitações, o segundo é mais
livre, pois não possui vínculo com a empresa auditada.

Atenção
De acordo com a legislação brasileira, para que um profissional
esteja habilitado a exercer a profissão de auditor, ele tem de ser
Bacharel em Ciências Contábeis e estar devidamente aprovado e
registrado no Conselho Regional de Contabilidade (CRC), bem
como na CVM.

Além disso, esse profissional deve passar por um processo de


educação continuada e ter uma conduta ética perfeita.

O registro do auditor pode ocorrer de duas formas: como pessoa


física ou jurídica. Para cada uma dessas categorias, ele deverá
obedecer a uma série de requisitos.

Tipos de auditoria

Já vimos que, em sentido mais amplo, a auditoria refere-se à verificação das


demonstrações contábeis e pode, em primeiro plano, ocorrer nos setores privado
e público.

Além disso, identificamos que a auditoria interna trabalha, principalmente, a


questão de controles no interior das entidades.

Mas que outros tipos de auditoria existem? Vamos conhecê-los? São eles:
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Auditoria de gestão

Forma de auditoria que realiza análises dos planos e das diretrizes de


determinada empresa ou entidade e que mede a eficiência da gestão, verificando
se está de acordo com os planos traçados.

Auditoria de sistemas

Forma de auditoria realizada nos sistemas de informação, cujo objetivo é analisar


se os controles dessa área estão adequados e, por consequência, podem
minimizar riscos inerentes aos sistemas de dados.

Auditoria operacional

Forma diferente de auditoria realizada com o intuito de verificar tanto a eficiência


quanto a eficácia das atividades operacionais que ocorrem durante os processos
administrativos. Em outras palavras, esse tipo de auditoria busca a melhoria
contínua e soluções para os procedimentos operacionais, de acordo com a
legislação vigente.

Nesse caso, os controles internos do setor público são avaliados. É nesse


momento que identificamos seus pontos fortes e fracos à procura da melhor
atuação, com processos mais eficientes, até diminuir os custos indesejados.

Para entender a diferença entre as auditorias contábil e operacional,


veja em
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS681/docs/Aula_1_Au
ditoria_contabil_auditoria_operacional.pdf.

Atividade proposta

Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade!

Primeiro, leia o texto


http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS681/docs/Aula_1_Ati
vidade_proposta.pdf Fraudes no inventário de estoques. Com base em
sua leitura, responda:

a) Quais deveriam ter sido os objetivos primários dos auditores quando


observaram o inventário físico anual da empresa? O que, tipicamente, deveria
ser levantado?

b) Que tipos de procedimentos poderiam ser realizados para prevenir as fraudes


nos estoques?
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a) Os auditores deveriam ter verificado, de imediato, a conta-estoque – por ser
representativa – e se as quantidades físicas correspondiam àquelas que
constavam nos relatórios. Para isso, seria necessária a contagem in loco, ou seja,
dentro das geladeiras.

b) Outra possível forma de se evitar o problema seria verificar os controles


internos – que eram fracos na área – e o aumento injustificável da conta-estoque
na referida divisão.

Aprenda Mais

Para saber mais sobre fraudes, erros e aspectos de auditoria, leia o texto
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS681/docs/Aula_1_Fra
udes_corporativas.pdf Fraudes corporativas: como prevenir perdas por
fraudes e desfalques na empresa.

Para saber mais sobre os tipos de auditoria, leia o texto


http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS681/docs/Aula_1_Au
ditoria_conceitos_objetivos.pdf Auditoria: conceitos e objetivos.

Referências desta aula

ARAÚJO, I. da P. S.; ARRUDA, D. G.; BARRETO, P. H. T. Auditora contábil –


enfoque teórico, normativo e prático. São Paulo: Saraiva, 2008.

ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília:


Presidência da República, 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso
em: 16 mar. 2015.

______. Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGE). Subcontroladoria


de Auditoria e Controle de Gestão (SCG). Apostila do Curso Básico de
Controle Interno e Auditoria Governamental. Minas Gerais: CGE, SCG,
2012.

______. Senado Federal. Disponível em: <www.senado.gov.br>. Acesso em: 16


mar. 2015.

CAMARA DOS DEPUTADOS. Atividade legislativa. Créditos adicionais. Disponível


em: <http://www2.camara.leg.br/atividade-
legislativa/orcamentobrasil/creditos>. Acesso em: 16 mar. 2015.

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CASTRO, D. P. de. Auditoria, contabilidade e controle interno no setor
público: integração das áreas do ciclo de gestão. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas,


2011.

LIMA, L. H. Controle externo. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2009.

PEREZ JÚNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e


procedimentos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

ROCHA, A. C.; QUINTIERE, M. de M. R. Auditoria governamental – uma


abordagem metodológica da auditoria de gestão. 1. ed. Curitiba: Juruá, 2011.

SILVA, M. M. da. Curso de auditoria governamental: de acordo com as


normas internacionais de auditoria pública aprovadas pela INTOSAI. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2012.

Exercícios de fixação
Questão 1

O fato que marcou o desenvolvimento da auditoria foi a:

a) Guerra Fria.

b) Crise de 1929.

c) Revolução Francesa.

d) Revolução Industrial.

e) Segunda Guerra Mundial.

Questão 2

O marco na auditoria foi a criação do seguinte órgão:

a) Caixa Econômica Federal (CEF).

b) Security and Exchange Comission (SEC).

c) Financial Accounting Standards Board (FASB).

d) International Financial Reporting Standards (IFRS).

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e) Associação dos Contadores Públicos Certificados (AICPA).

Questão 3

Entre os fatos a seguir, assinale aquele que NÃO pode ser considerado um marco
do desenvolvimento da auditoria no Brasil:

a) A existência de filiais de empresas multinacionais.

b) A evolução do mercado de capitais.

c) O crescimento e a complexidade da carga tributária brasileira.

d) A busca por financiamento de empresas brasileiras através de entidades


internacionais.

e) O crescimento das empresas brasileiras, sua necessidade de


descentralização e a busca por diversificação de suas atividades
econômicas.

Questão 4

De acordo com o que estudamos nesta aula, o objetivo da auditoria é:

a) Formular opinião com base nos princípios do IFRS.

b) Atender as demandas da administração e dos acionistas da entidade.

c) Verificar se as demonstrações contábeis estão de acordo com as


exigências da SEC.

d) Aumentar o grau de confiança das demonstrações contábeis por parte dos


usuários nela interessados.

e) Apresentar opinião sobre as demonstrações contábeis de acordo com os


princípios exigidos pela AICPA.

Questão 5

Uma das bases da auditoria na área pública é a (o):

a) Ética.

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b) Sigilo.

c) Entidade.

d) Economicidade.

e) Conservadorismo.

Questão 6

Como ciência autônoma dentro da Ciência Contábil, a auditoria possui um


objetivo bem definido que pode ser entendido de múltiplas formas, EXCETO:

a) Apresentar erros e fraudes.

b) Verificar o controle interno da entidade.

c) Analisar as estratégias e os aspectos gerenciais da empresa.

d) Sugerir possíveis providências que coibirão futuros erros ou futuras


fraudes.

e) Comprovar, pela verificação dos registros, os fatos que alteraram o


patrimônio da entidade.

Questão 7

Os dois principais aspectos que fazem parte dos objetivos da auditoria são:

a) Erros e evasão.

b) Erros e fraudes.

c) Fraudes e roubos.

d) Elisão e evasão fiscal.

e) Fraudes e evasão fiscal.

Questão 8

O conjunto de procedimentos que tem como objetivo examinar a integridade e a


adequação dos controles internos e das informações físicas, contábeis,
financeiras e operacionais da entidade é chamado de:
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a) Auditoria interna.

b) Auditoria externa.

c) Auditoria de gestão.

d) Auditoria operacional.

e) Auditoria de sistemas.

Questão 9

A maior diferença entre a auditoria externa e a interna é representada pela(o):

a) Ética.

b) Sigilo.

c) Competência.

d) Dependência.

e) Independência.

Questão 10

Determinada entidade contratou uma auditoria para verificar se seu processo


operacional está ocorrendo de acordo com o previsto e para buscar possíveis
soluções para erros apresentados. Nesse caso, o tipo de auditoria contratada foi
a:

a) Auditoria interna.

b) Auditoria de gestão.

c) Auditoria operacional.

d) Auditoria de sistemas.

e) Auditoria independente.

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Aula 2: Profissional de auditoria
Introdução

Nesta aula, definiremos os conceitos relativos ao trabalho do auditor,


identificando como se desenvolvem sua formação acadêmica e sua carreira e
quais são as características desse profissional, bem como suas responsabilidades.

Analisaremos, também, alguns aspectos que o auditor deve observar durante a


execução de seu trabalho e a questão da independência, que tem de ser
considerada durante a carreira do profissional de auditoria.

Além disso, apresentaremos os tipos de ameaça que podem ocorrer dentro do


desenvolvimento da função do auditor e como ele deve lidar com tais situações.

Bons estudos!

Objetivo

• Explicar o trabalho do auditor;

• Identificar os riscos envolvidos no desenvolvimento dos trabalhos de


auditoria.

Resumo do conteúdo

Nesta aula:

• Estudamos os principais aspectos normativos do trabalho do auditor;

• Definimos os riscos e analisamos sua implicação no trabalho do auditor.

Conteúdo

Trabalho do auditor

Quando se trabalha na área de auditoria, um ponto importante a ser observado


é que a competência profissional é obtida com o tempo, conforme a carreira vai
se desenrolando. Isso requer treinamento tanto formal quanto informal por parte
dos auditores.

Um dos resultados do trabalho do auditor é um documento chamado de Relatório


de Auditoria, o qual é confeccionado por um profissional devidamente registrado

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no Conselho Regional de Contabilidade (CRC). Mas todo esse trabalho prévio é
realizado por uma equipe com diversos níveis hierárquicos e técnicos distintos.

Toda empresa prestadora de serviços na área de auditoria possui uma estrutura


organizacional que apresenta algumas variações.

Contudo, de maneira mais genérica, as organizações apresentam certos níveis


hierárquicos – sobre os quais nos deteremos a seguir – que são praticamente os
mesmos, quer seja em empresas nacionais ou em multinacionais.

Como fazemos, então, para crescer dentro da carreira de auditor?

Assim como o conhecimento, o crescimento na área de auditoria é gradual, pois


envolve uma quantidade considerável de saberes, de habilidades e
responsabilidades. O mais provável é que um trainee venha a chegar ao cargo
de sócio com 15 a 20 anos de trabalho contínuo.

A maneira mais comum de ingresso no setor é pelo recrutamento – normalmente,


quando os trainees ainda são alunos do curso de Graduação em Ciências
Contábeis, Administrativas, Jurídicas, Econômicas e áreas correlatas.

Embora a atividade de auditoria seja uma prerrogativa exclusiva dos contadores,


as empresas desse setor selecionam profissionais de outras áreas para que
auxiliem os trabalhos. Caso eles tenham destaque e queiram seguir carreira,
terão de obter a Graduação em Ciências Contábeis com o posterior registro no
CRC.

Perfis da carreira de auditor

Vamos apresentar, agora, com mais detalhes, os perfis desejados na maioria das
empresas de auditoria, bem como as especificidades dos diversos níveis
representativos da carreira de um auditor. São eles:

Trainee

Estudante universitário que se enquadra no perfil normalmente exigido pelas


empresas de auditoria, selecionado nas principais universidades brasileiras.

O trainee é aquele aluno que está no último ou no penúltimo ano do curso de


Graduação em Ciências Contábeis, Administração ou Ciências Econômicas.
Outros estudantes podem iniciar a carreira, mas, para dar sequência a ela, eles
deverão obter o grau de Bacharel em Ciências Contábeis.

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Entre as principais características do profissional de auditoria trainee,
destacamos:

• Idade não superior a 23 anos – Passando dessa idade, normalmente, os


estudantes já estão empregados, conseguindo salários superiores aos da
posição de trainee de auditoria. Além disso, pessoas com mais experiência
profissional poderiam gerar maior resistência a mudanças no perfil (algo
muito comum durante os procedimentos de adequação às práticas das
empresas de auditoria). Procuram-se profissionais com pouca ou nenhuma
experiência para moldá-los de acordo com as necessidades dessas
empresas.

• Jovens solteiros – Os casados possuem responsabilidades financeiras não


compatíveis com os salários iniciais oferecidos por tais organizações. Isso
pode fazer com que esse estudante não se dedique totalmente à profissão.

• Fluência no idioma inglês não é algo obrigatório – Entretanto, sabemos


que o conhecimento mínimo da língua é fundamental, além de precisar
ser aprimorado para o crescimento na carreira, dadas as oportunidades e
necessidades em empresas com capitas estrangeiros.

O processo de seleção é composto de diversos testes, bem como de várias


entrevistas e dinâmicas de grupo – momento em que um grupo de trainees é
contratado.

Eles iniciam a carreira na auditoria passando por um longo período de


treinamento, o qual pode chegar a seis meses, com a apresentação de
orientações gerais sobre:• As políticas da empresa e a atividade de
auditoria;

• Os planos de carreira;

• O comportamento exigido;

• As matérias ligadas diretamente à profissão do auditor.

Assistentes ou auxiliares

Este cargo é dividido em três categorias em quase todas as empresas de


auditoria: A, B e C – que é o trainee. Cada uma dessas fases dura de um a dois
anos, dependendo do desempenho e das vagas abertas nas empresas.

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Quando são promovidos, esses assistentes passam por outro programa de
treinamento, mais exaustivo que o primeiro, pois é mais adequado à nova função
que o profissional exercerá.

Auditor sênior

Na maior parte das empresas de auditoria, passados os quatro anos na categoria


de assistente, o profissional chega ao nível sênior, podendo exercer função de
chefe junto a equipes de outros auditores.

O auditor sênior assume responsabilidades por distribuição, orientação e


supervisão dos trabalhos dos assistentes hierarquicamente inferiores a ele, e
deve se dirigir diretamente ao gerente de cada trabalho.

Tanto o sênior quanto o assistente são classificados em três categorias: A, B e C


ou semissênior.

A cada trabalho realizado, o sênior é avaliado formalmente pelo gerente imediato.


Tais avaliações são analisadas periodicamente para fins de promoção a cargos
superiores.

É exatamente nesse momento em que uma quantidade maior de profissionais


deixa a atividade de auditoria. Mas por que isso acontece com tanta frequência?
E por que as empresas não conseguem alterar tais estatísticas?

Algumas respostas possíveis a essas perguntas envolvem:

• Dificuldade ou não adaptação à carreira;

• Não aprovação em avaliações passadas e consequente perda de


promoções;

• Recebimento de propostas de trabalho financeira e profissionalmente mais


vantajosas para atuar nas próprias empresas auditadas – antes clientes e,
agora, empregadoras;

• O fato de que outros podem receber propostas de pequenas empresas de


auditoria sem tanta estrutura quanto as grandes. Como os auditores não
necessitam de treinamentos – pois já foram realizados nas empresas
anteriores –, tais companhias menores acabam oferecendo salários
maiores por um profissional já treinado e que já conhece a rotina de
trabalho.

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Supervisor

Decorridos os quatro anos ou o período previsto para a atividade como sênior, o


profissional será, então, alçado para supervisor e ficará nessa posição por dois
anos, sendo treinado para assumir o cargo de gerente.

Como supervisor, ele receberá treinamento específico, exercendo atividades


como auditor sênior de grandes clientes, sempre se reportando ao gerente
imediato. Se for gerente para clientes menores, esse profissional se reportará ao
sócio imediato.

Gerente

Ficando dois anos como supervisor, o auditor será promovido a gerente e


receberá treinamento específico para tal cargo.

Esse profissional gerenciará o trabalho de diversos clientes e fará a supervisão


de diversas empresas de auditoria. Em outras palavras, ele será responsável
direto por várias tarefas. São algumas delas:

• Elaborar o planejamento do trabalho de auditoria;

• Realizar a programação da equipe;

• Supervisionar a equipe;

• Discutir sobre assuntos diretamente com a gerência e com a direção da


empresa auditada;

• Revisar papéis de trabalho;

• Desenvolver o esboço do relatório de auditoria.

Sócio

Geralmente, após cinco anos exercendo a função de gerente, o auditor pode ser
convidado pelos sócios atuais para fazer parte da sociedade.

Aqui, todos os sócios devem aprová-lo, considerando, os seguintes aspectos:•


Indubitável capacidade técnica;

• Bom ou ótimo relacionamento com os clientes, com os sócios e com os


outros auditores da empresa;

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• Habilidade de negociação;

• Vontade de participar da gestão da empresa de auditoria;

• Disponibilidade para atuar em outras sedes físicas, em outras cidades ou


em outros estados do território nacional etc.

Na situação de que esse gerente não seja aceito como um novo sócio,
normalmente, ele deixa a empresa, sendo informado de tal situação. A empresa
abre, então, a vaga para outro gerente que atenda a todas as expectativas e que
possa ser alçado à categoria de sócio em seu lugar.

Caso sejam aprovados, além de convidados e promovidos a sócios, os gerentes


recebem uma quantidade de quotas ou ações que poderão crescer conforme eles
evoluam enquanto sócios.

São algumas das novas atribuições pertinentes aos sócios:• Manter


contatos com clientes para discutir sobre honorários e negociá-los;

• Revisar e aprovar o planejamento dos trabalhos com clientes sob sua


responsabilidade – elaborados pelos gerentes subordinados;

• Discutir com os gerentes e com a alta administração sobre os principais


pontos observados pela equipe durante a execução dos trabalhos com os
clientes;

• Revisar e aprovar os papéis de trabalho;

• Elaborar o relatório final dos trabalhos;

• Assinar o relatório final.

Além disso, o sócio também é responsável junto aos demais sócios pelo trabalho
executado e pela emissão do relatório de auditoria. Mas, perante os órgãos
fiscalizadores e a sociedade de modo geral, quem possui essa responsabilidade
é a própria empresa de auditoria, e não o sócio que revisou e assinou o relatório
da área.

Independência mental

Mudando um pouco o foco, vamos ver, agora, outros aspectos que devem ser
analisados no decorrer dos trabalhos de auditoria?

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Durante suas atividades, o auditor deve possuir independência mental. Caso
essa prerrogativa não seja alcançada e demonstrada, não só o trabalho do
auditor estará comprometido mas também todo o trabalho da empresa de
auditoria.

Sendo assim, esse profissional não pode ter qualquer interesse ou influência –
seja financeira ou não – ou, ainda, relação pessoal de qualquer âmbito com a
empresa a ser auditada.

Quando são encontradas quaisquer irregularidades nas demonstrações de


grandes empresas, fica evidente que o auditor não teve o completo domínio de
conteúdo ou não aplicou as normas e os procedimentos de auditoria em sua
completude, fazendo com que as primeiras suspeitas recaiam exatamente sobre
sua pessoa.

Cuidados necessários ao auditor

Enquanto prestar serviços à entidade auditada, o auditor estará automaticamente


impedido de realizar quaisquer outros trabalhos na empresa, tais como
consultorias ou semelhantes. Esse procedimento simples busca a manutenção da
independência por parte do auditor.

O auditor também NÃO DEVE:

• Auditar o próprio trabalho;

• Exercer funções gerenciais na entidade auditada;

• Promover interesses próprios nessa empresa.

Esse profissional precisa ter bastante cautela, principalmente quando for avaliar
outras empresas ou reavaliar ativos, seja:

• Na prestação de serviços de auditoria interna;

• Na seleção de executivos;

• Na análise da escrituração contábil;

• Em outros serviços-chave para o trabalho de auditoria.

Mas, quando recebe uma proposta para a realização de um trabalho de auditoria


de demonstrações contábeis, como deve a empresa ou o profissional autônomo
proceder com relação à definição dos honorários a serem cobrados?
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Quais são os pontos que temos de considerar para a fixação dos preços a serem
cobrados das empresas auditadas?

O tamanho da entidade a ser auditada bem como o nível de complexidade de


suas operações são fatores fundamentais para a análise de fixação de preços a
que nos referimos. Quando não consideramos tais fatores, podemos cobrar
pouco por um trabalho muito longo, o que compromete a qualidade da auditoria
no geral.

Pensando de maneira oposta, se cobramos muito da empresa a ser auditada, o


auditor tende a perder sua independência, pois seus honorários estão fora da
realidade do mercado, o que pode gerar favorecimento ilícito para a empresa a
ser auditada.

Os honorários também NÃO podem ser definidos com base em:

Situações predeterminadas – como, por exemplo, um desfecho específico dos


trabalhos ou certo resultado alcançado no final das análises realizadas;

Trabalhos futuros que a empresa auditada possa demandar da empresa de


auditoria.

Atenção
Atenção

A segurança, o sigilo e o zelo profissional devem estar presentes


desde o momento do primeiro contato do auditor com a empresa
a ser auditada até o momento da emissão de seu relatório de
auditoria.

Os papéis de trabalho devem ser mantidos sob a boa guarda dos


auditores a todo o momento, gerando maior confiabilidade por
parte da empresa auditada e, consequentemente, garantindo uma
boa análise e posterior divulgação de informações para seus
sócios ou aqueles da sociedade em geral.

O zelo profissional no trabalho de auditoria está intimamente


ligado a fatores como:

• A definição do risco de auditoria;

• A estimativa das horas a serem trabalhadas na auditoria;

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 21


• A definição dos honorários de auditoria;

• A programação das visitas às pessoas-chave da empresa


auditada, tais como gestores, administradores, gerentes de
departamento etc.;

• O planejamento dos trabalhos de auditoria;

• A definição dos procedimentos e a extensão dos testes de


auditoria a serem executados;

• A definição da equipe de auditoria, com a quantidade e


qualidade necessárias para o bom desenvolvimento do
trabalho;

• A avaliação do ambiente de controle interno da empresa


auditada;

• A revisão analítica e o confronto das principais


discrepâncias com a avaliação do ambiente de controle
interno;

• A supervisão do trabalho de auditoria e suas etapas;

• A elaboração e a revisão dos papéis de trabalho;

• A emissão de relatórios sobre a avaliação do ambiente de


controle interno;

• A garantia do sigilo profissional;

• A boa guarda da documentação, ou seja, dos papéis de


trabalho.

Naturalmente, há outros aspectos a serem observados com


relação ao zelo profissional. Esses são os mais difundidos, mas
não são os únicos a serem praticados durante o trabalho de
auditoria em uma entidade qualquer.

Atividade proposta

Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade!

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 22


a) O auxiliar tinha, realmente, de escrever o sumário?

b) Qual deveria ser a postura do auditor sênior nesse caso?

Chave de resposta

Com sua experiência e com o respaldo das 1.000 horas trabalhadas pela equipe,
além das extensas evidências de auditoria, João poderia, sim, ter escrito o
sumário. Mas a posição de Jorge está errada, pois, como superior, ele deveria
ajudar João diante de suas dificuldades.

Aprenda Mais

Para saber mais sobre a ética na profissão do auditor, leia o texto


http://www.portaldecontabilidade.com.br/noticias/auditoria-responsabilidade-
etica.htm Auditoria – responsabilidade legal e ética profissional.

Referências desta aula

ARAÚJO, I. da P. S.; ARRUDA, D. G.; BARRETO, P. H. T. Auditora contábil –


enfoque teórico, normativo e prático. São Paulo: Saraiva, 2008.

ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília:


Presidência da República, 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em:
16 mar. 2015.

______. Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGE). Subcontroladoria


de Auditoria e Controle de Gestão (SCG). Apostila do Curso Básico de
Controle Interno e Auditoria Governamental. Minas Gerais: CGE, SCG,
2012.

______. Senado Federal. Disponível em: http://www.senado.gov.br


www.senado.gov.br. Acesso em: 16 mar. 2015.

CAMARA DOS DEPUTADOS. Atividade legislativa. Créditos adicionais.


Disponível em: http://www2.camara.leg.br/atividade-
legislativa/orcamentobrasil/creditos. Acesso em: 16 mar. 2015.

CASTRO, D. P. de. Auditoria, contabilidade e controle interno no setor


público: integração das áreas do ciclo de gestão. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 23


CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas,
2011.

LIMA, L. H. Controle externo. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2009.

PEREZ JÚNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e


procedimentos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

ROCHA, A. C.; QUINTIERE, M. de M. R. Auditoria governamental – uma


abordagem metodológica da auditoria de gestão. 1. ed. Curitiba: Juruá, 2011.

SILVA, M. M. da. Curso de auditoria governamental: de acordo com as


normas internacionais de auditoria pública aprovadas pela INTOSAI. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2012.

Exercícios de fixação
Questão 1

A auditoria caracteriza-se como prerrogativa exclusiva da seguinte categoria:

a) Atuários.

b) Bacharéis em Direito.

c) Técnicos em Ciências Contábeis.

d) Bacharéis em qualquer uma das Ciências Sociais.

e) Bacharéis em Ciências Contábeis devidamente aprovados e registrados no


CRC.

Questão 2

Dentro das possibilidades de desenvolvimento da carreira de auditor, esse


profissional passa por treinamentos e pelo processo de educação continuada,
bem como adquire experiência com o passar dos anos durante a execução dos
trabalhos de auditoria. Tais habilidades podem ser definidas, respectivamente,
como:

a) Formais e mistas.

b) Mistas e informais.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 24


c) Informais e formais.

d) Formais e informais.

e) Complexas e informais.

Questão 3

Um profissional possui o seguinte perfil: é jovem, solteiro, fluente em dois


idiomas, está no último ano do curso de Ciências Contábeis e bastante motivado
a trabalhar. No campo da auditoria, esse profissional se enquadra na seguinte
categoria:

a) Sócio.

b) Trainee.

c) Gerente.

d) Analista.

e) Supervisor.

Questão 4

O gerente de auditoria é um profissional que já possui experiência, pois passou


por diversos momentos dentro da carreira. Assinale, entre as opções a seguir,
aquela que NÃO pode ser considerada como sua responsabilidade:

a) Realizar a programação da equipe.

b) Elaborar o planejamento de trabalho.

c) Realizar a revisão dos papéis de trabalho.

d) Elaborar o esboço do relatório de auditoria.

e) Revisar e aprovar o planejamento dos trabalhos.

Questão 5

Dentro do quadro evolutivo da profissão de auditor, quando o profissional chega


a sócio, uma de suas atribuições mais importantes é:

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 25


a) Assinar o relatório final.

b) Realizar a programação da equipe.

c) Elaborar o planejamento de auditoria.

d) Distribuir e orientar os trabalhos dos assistentes.

e) Discutir sobre assuntos da empresa com a gerência.

Questão 6

Uma característica marcante do trabalho do auditor é a independência mental,


que pode ser descrita como a capacidade de:

a) Analisar situações.

b) Fazer julgamentos.

c) Fazer julgamentos neutros.

d) Fazer julgamentos neutros e parciais.

e) Fazer julgamentos neutros e imparciais.

Questão 7

Até a década de 1990, era comum que as empresas de auditoria realizassem o


trabalho de consultoria nas empresas auditadas. Isso contraria o seguinte
princípio da auditoria:

a) Ética.

b) Unidade.

c) Entidade.

d) Pessoalidade.

e) Independência.

Questão 8

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 26


Caso um auditor possua operações de crédito e garantias de qualquer tipo com
a entidade auditada, poderá acontecer o seguinte tipo de ameaça:

a) Autorrevisão.

b) Familiaridade.

c) Independência.

d) Interesse próprio.

e) Defesa de interesses da entidade auditada.

Questão 9

Determinado auditor possui um primo de primeiro grau na empresa em que está


auditando. De acordo com as regras relativas aos riscos de trabalho de auditoria,
nesse caso, devemos adotar o seguinte procedimento:

a) Recusar o trabalho.

b) Terminar a auditoria.

c) Modificar o plano de auditoria.

d) Substituir o membro da equipe que possui o relacionamento familiar.

e) Envolver outro profissional para revisar os trabalhos elaborados pela


pessoa que possui a relação familiar.

Questão 10

Quando executamos o trabalho de auditoria, devemos levar em consideração


alguns aspectos, entre os quais o mais importante é:

a) O regime de tributação.

b) O número de funcionários.

c) O tamanho da entidade auditada.

d) As políticas contábeis observadas.

e) O tipo das demonstrações contábeis.


AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 27
Introdução

Nesta aula, você conhecerá as normas de auditoria, ou seja, o conjunto de


regulamentações que norteiam o trabalho dos auditores com relação tanto ao
desempenho de seu trabalho quanto a sua pessoa.

As normas profissionais do auditor são aquelas que orientam a execução dos


trabalhos do auditor e apresentam os principais aspectos relativos a essa
profissão – prerrogativa exclusiva de Bacharéis em Ciências Contábeis.

Em seguida, daremos início à discussão sobre a importância dos controles


internos para o trabalho de auditoria.

Bons estudos!

Objetivo

• Explicar as normas de auditoria profissionais, técnicas – relativas à


execução dos trabalhos do auditor – e do relatório de auditoria;

• Definir os conceitos iniciais dos controles internos.

Resumo do conteúdo

Nesta aula:

• Compreendemos as normas de auditoria;

• Iniciamos o estudo dos controles internos.

Conteúdo

Normas de auditoria

As normas de auditoria são diferentes dos procedimentos de auditoria, pois


possuem relação direta com as ações a serem praticadas e representam as
medidas de qualidade da execução dos objetivos pretendidos com a utilização de
alguns procedimentos específicos.

As normas estabelecem a regulamentação profissional mas também se


relacionam com a figura do auditor. Em outras palavras, elas têm ligação direta
com sua avaliação pessoal e com a redação do relatório de auditoria.

As normas de auditoria são divididas da seguinte forma:


AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 28
Controle interno

Muito citado nos processos de auditoria por fazer parte desse trabalho, o
controle interno possui importância fundamental nessa atividade.

Mas quando esse procedimento deve ser aplicado e levado à risca em


uma entidade?

Em se tratando de países desenvolvidos, a relevância dada a métodos científicos


utilizados pela gestão é maior, pois se parametriza a forma de alcance e controle
dos objetivos atingidos e daqueles que se pretende atingir.

Mas não confunda controle interno com auditoria interna. Analise a diferença
entre ambos os conceitos:

Auditoria interna

Trabalho de revisão, organizado e executado por departamento específico.

Controle interno

Conjunto de procedimentos adotados de forma permanente e por todos os


setores de uma entidade qualquer, cada qual com seu grupo específico de
processos.

Impacto do controle interno para as organizações

Agora que já definimos a importância do controle interno, veremos como esse


procedimento pode ser medido.

Inicialmente, devemos entender que a função do controle interno é a de gestão


empresarial, pois o sistema deve ser capaz de verificar seu próprio cumprimento,
alterando-se conforme as necessidades das organizações. O fluxo de operações
também é afetado diretamente por esse sistema.

É impossível manter uma entidade sem qualquer tipo de controle: tarefa


necessária para garantir a continuidade das operações e da geração de
informações. Então, podemos dizer que todas as empresas possuem controles
internos – quer seja em maior nível ou não, colocados em prática ou não.

Crepaldi (2011) afirma que devemos observar o binômio


operações/informações X custo/benefício com o objetivo de avaliar o
impacto desses controles e da geração de informações para uma entidade.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 29


Mas, se processos decisórios também dependem da qualidade dos controles
internos, como podemos tomar a decisão certa com base em informações sem
fundamentação confirmada? Vejamos...

O sistema de controles internos está diretamente ligado ao crescimento e à


diversificação das atividades de uma entidade.

Inicialmente, as empresas eram controladas apenas por seus proprietários, que


verificavam todos os fatos ocorridos em sua rotina. Mas, com o crescimento do
negócio e o aumento de complexidade das operações, tornou-se inviável esse
controle exclusivo.

Era preciso delegar poderes a outros funcionários comprometidos com o negócio,


que possuíssem o mesmo empenho e a capacidade técnica mostrada pelos
proprietários.

A partir dessa constatação, surgiu a necessidade de um sistema de controles que


buscasse a eficiência operacional: o controle interno. Esse sistema poderia utilizar
relatórios, indicadores e outros índices que mostrariam como a gestão das
operações fluía, além de verificar o pleno comprometimento com as metas da
entidade.

Atenção
Atenção

Em um sistema de controle interno, os funcionários devem ter


RELATIVA liberdade de execução do trabalho. Em outras palavras,
é necessário que existam formas de coibir os funcionários de
caírem em tentação – seja por problemas pessoais ou profissionais
– e cometerem atos ilícitos.

Atividade proposta

Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade!

1. Quais são os objetivos-chave de auditoria para a função de processar a folha


de pagamento de um cliente auditado? Relacione-os com testes de controles e
procedimentos substantivos.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 30


2. Que fraquezas nos controles internos se mostraram mais claramente no
sistema da folha de pagamento?

Chave de resposta

1. Nesse caso de processo com relação à folha de pagamento, os objetivos-chave


de auditoria são:

• Realizar testes de controle por ciclo de pagamentos;

• Identificar os riscos e verificá-los ao final de cada ano;

• Conferir os valores provisionados com as despesas de salários;

• Conferir os valores dentro da realidade da empresa.

2. O caso apresentou as seguintes fraquezas nos controles internos:

• O fato de uma pessoa ser responsável por desenhar um sistema,


operacionalizá-lo e não haver outra que realize ou valide tal procedimento;

• A ausência de férias para pessoal-chave;

• A falta de testes de controle pela auditoria interna – que seriam suficientes


para descobrir tal esquema fraudulento.

Aprenda Mais

Para saber mais sobre o assunto, leia o texto


http://www.portaldeauditoria.com.br/auditoria-interna/Conceito-de-Controle-
Interno.asp Conceito de controle interno.

Referências desta aula

ARAÚJO, I. da P. S.; ARRUDA, D. G.; BARRETO, P. H. T. Auditora contábil –


enfoque teórico, normativo e prático. São Paulo: Saraiva, 2008.

ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília:


Presidência da República, 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em:
16 mar. 2015.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 31


______. Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGE). Subcontroladoria
de Auditoria e Controle de Gestão (SCG). Apostila do Curso Básico de
Controle Interno e Auditoria Governamental. Minas Gerais: CGE, SCG,
2012.

______. Senado Federal. Disponível em: http://www.senado.gov.br


www.senado.gov.br. Acesso em: 16 mar. 2015.

CAMARA DOS DEPUTADOS. Atividade legislativa. Créditos adicionais.


Disponível em: http://www2.camara.leg.br/atividade-
legislativa/orcamentobrasil/creditos. Acesso em: 16 mar. 2015.

CASTRO, D. P. de. Auditoria, contabilidade e controle interno no setor


público: integração das áreas do ciclo de gestão. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas,


2011.

LIMA, L. H. Controle externo. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2009.

PEREZ JÚNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e


procedimentos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

ROCHA, A. C.; QUINTIERE, M. de M. R. Auditoria governamental – uma


abordagem metodológica da auditoria de gestão. 1. ed. Curitiba: Juruá, 2011.

SILVA, M. M. da. Curso de auditoria governamental: de acordo com as


normas internacionais de auditoria pública aprovadas pela INTOSAI. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2012.

Exercícios de fixação
Questão 1

Um profissional auditor deseja realizar a auditoria de demonstrações contábeis


de sociedades anônimas de capital aberto. Nesse caso, ele deve possuir registro
profissional:

a) No CFC e no Bacen como contador.

b) Na CVM como contador monetário.

c) No CFC como contador e auditor somente.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 32


d) No CFC como contador e na CVM como auditor.

e) No Banco Central do Brasil (Bacen) como auditor.

Questão 2

De acordo com o especificado pelo CFC, por meio da Resolução nº 1.328/11, o


objetivo das NBCs é estabelecer:

a) Os mesmos padrões utilizados nas IFRS.

b) Uma diferenciação entre empresas industriais e outras empresas do setor


terciário.

c) Uma ordem para que os contadores apenas façam atividades de


contabilidade de sociedades anônimas.

d) Uma ordem para que os contadores realizem o exame de suficiência a


cada dois anos, invariavelmente.

e) As regras mais flexíveis para empresas menores, isentando-as da


obrigatoriedade dos registros contábeis.

Questão 3

Entre os diversos tipos de treinamento, o(s) que NÃO pode(m) ser previsto(s)
para o auditor independente é (são):

a) O formal e o informal.

b) Aquele ligado a sua independência mental.

c) Aquele destinado à avaliação de sua competência.

d) Aquele destinado à redação do relatório de auditoria.

e) Aquele destinado às práticas contábeis de entidades do Terceiro Setor.

Questão 4

A documentação de auditoria – chamada de papel de trabalho – deve pertencer


ao seguinte ente:

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 33


a) CVM.

b) Bacen.

c) Auditor.

d) Governo federal.

e) Empresa auditada.

Questão 5

Caso não seja possível que o auditor expresse sua opinião por meio de parecer,
ele deve fazer o seguinte:

a) Apresentar parecer em branco.

b) Apresentar parecer com opinião adversa.

c) Detalhar os motivos de tal impossibilidade.

d) Apresentar apenas uma carta para a administração da entidade auditada.

e) Não apresentar qualquer documentação para evitar comprometimento


futuro.

Questão 6

Um dos principais objetivos do controle interno é:

a) Proteger o patrimônio da empresa.

b) Realizar um conjunto de práticas exigido pela CVM.

c) Justificar a departamentalização nas entidades auditadas.

d) Realizar a parametrização obrigatória, exigida pela legislação societária


brasileira.

e) Atestar boas práticas internas pela aplicação de políticas externas de


atividades operacionais.

Questão 7

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 34


A concepção de controle interno dentro das entidades:

a) É pouco utilizada nos países desenvolvidos.

b) Enfatiza que os métodos científicos utilizados pela gestão são mais


frequentes.

c) Originou-se no Brasil, na década de 1970, logo após a publicação da


legislação societária.

d) Não possui a mesma configuração no Brasil em comparação com países


desenvolvidos.

e) Estabelece como o trabalho dos auditores deve ser realizado nas empresas
auditadas, como regra obrigatória a ser seguida.

Questão 8

Quando um auditor independente avalia a estrutura de controles internos de uma


entidade durante o planejamento e define a quantidade de testes a serem
realizados, temos a seguinte configuração:

a) Quanto melhor o controle, menos segurança haverá para o trabalho.

b) Não há ligação entre o controle e a segurança para o trabalho.

c) Quanto pior o controle, mais segurança haverá para o trabalho e vice-


versa.

d) Quanto melhor o controle, mais segurança haverá para o trabalho e vice-


versa.

e) Uma entidade pode não ter controle interno, o que torna o trabalho do
auditor mais seguro.

Questão 9

Assinale, entre as opções a seguir, aquela que NÃO apresenta aspectos ligados
aos controles internos de uma entidade qualquer:

a) Eficiência operacional, métodos e medidas e proteção do patrimônio.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 35


b) Plano da organização, políticas administrativas e métodos e medidas.

c) Plano da organização, proteção ao patrimônio e políticas administrativas.

d) Eficiência operacional, métodos e medidas, e exatidão e fidedignidade dos


dados contábeis.

e) Proteção ao patrimônio, exatidão e fidedignidade dos dados contábeis e


necessidade de auditoria interna.

Questão 10

Com relação ao controle interno, é CORRETO afirmar que:

a) Há entidades que não possuem qualquer tipo de controle interno.

b) Todos os controles internos devem, previamente, receber a chancela da


CVM.

c) Algumas entidades não são obrigadas pelo governo a apresentar controle


interno.

d) Todas as empresas possuem controles internos, em maior ou menor nível,


estejam essas atividades em prática ou não.

e) Se uma empresa não apresenta controle interno, é porque já avaliou que


tal atividade não compensa pela relação desfavorável entre custo e
benefício.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 36


Aula 4: Controle interno e programas de auditoria
Introdução

Nesta aula, aprofundaremos os conceitos referentes ao controle interno –


assunto sobre o qual discutimos na aula anterior.

Apresentaremos, agora, suas principais características e seus tipos, e


identificaremos como o conhecimento desse tema pode auxiliar o bom processo
de auditoria.

Além disso, abordaremos os programas e procedimentos de auditoria, dando


ênfase a sua importância e demonstrando as formas de preparo e de investigação
desses processos.

Por fim, estudaremos os grupos contábeis e os aspectos que devem ser


observados em cada uma das épocas de seu processamento.

Objetivo

• Reafirmar os conhecimentos sobre controle interno;

• Descrever os procedimentos e as áreas de auditoria.

Resumo do conteúdo

Nesta aula:

• Aprofundamos seus conhecimentos sobre controles internos;

• Definimos os conceitos relativos aos programas e procedimentos de


auditoria.

Conteúdo

Sistema de controle interno

A contabilidade é responsável por fornecer, de forma segura, dados para a


tomada de decisões, de modo que todo o processo decisório seja confiável. Até
porque informações geradas de maneira equivocada podem prejudicar essa ação.

Por isso, os controles internos devem ser divididos em duas categorias. São elas:

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 37


Controles administrativos

Categoria cujo objetivo é garantir a qualidade das informações geradas pela


entidade e dos documentos por ela processados. Aqui, estão inseridos o plano
da organização, bem como os métodos e procedimentos para as decisões da
organização.

Esse tipo de controle interno está ligado aos registros financeiros das instituições
e deve abranger:

• Estatísticas;

• Estudos de tempo;

• Programas de treinamento e de qualidade.

Controles contábeis

Categoria cujo objetivo é garantir a qualidade da informação contábil e que


possui relação com o patrimônio da entidade. Aqui, estão incluídos:

• Os sistemas de autorização e aprovação;

• Os sistemas de segregação de funções;

• Outros controles ligados à área contábil.

Controle interno dentro do processo de auditoria

Durante a auditoria, você sabe o que ocorre com os controles internos?


Em que nível os auditores devem conhecer tais controles?

Sabemos que esse sistema é muito importante para as entidades. Portanto, é


fundamental que os auditores disponham de tal conhecimento prévio para a
execução de suas atividades.

Para isso, eles devem:

• Realizar uma leitura aprofundada dos manuais da empresa;

• Entrevistar funcionários-chave da organização;

• Arquivar toda a descrição do sistema da companhia em papéis de


trabalho;
AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 38
• Avaliar tal sistema com a ajuda de um questionário de controles internos
– diferente a cada entidade.

Os auditores devem considerar cada uma dessas atividades na


concretização do processo de auditoria.

Programa de auditoria

Durante a etapa de planejamento de auditoria, com posterior revisão na fase de


sua execução, elabora-se o programa de auditoria. Nesse processo, alguns
detalhes são importantes, tais como:

• Os objetivos dos procedimentos e do programa de auditoria;

• O escopo de auditoria;

• As técnicas e os procedimentos que serão utilizados;

• Os critérios de seleção da amostra;

• As etapas a serem cumpridas e os cronogramas de sua execução;

• Os recursos humanos necessários, especificando a qualificação exigida;

• A referência ao planejamento de auditoria.

Além disso, é importante que o programa de auditoria seja preparado por meio
de registros, o que facilita a compreensão dos procedimentos que serão adotados
e a adequada divisão do trabalho.

Dessa forma, o detalhamento de tais procedimentos esclarece o que o auditor


vai examinar na entidade, com base no estudo do sistema contábil e de controles
internos. Nesse contexto, é necessário conhecer o sistema e a verificação de sua
aplicabilidade dentro da empresa.

Importância dos procedimentos de auditoria

Quando tratamos do programa de auditoria, naturalmente, outros aspectos


necessitam de investigação mais profunda. Dentre elas, destacamos os setores
ou subsetores de uma entidade qualquer, que devem ser considerados durante
os procedimentos de auditoria.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 39


Mas como tais procedimentos influenciam o trabalho do auditor?

Para determinada instituição, área ou demonstração específica, os procedimentos


de auditoria envolvem:

• O pleno conhecimento dos fundamentos, do objeto e das técnicas dessa


atividade;

• A prática dos saberes específicos nos segmentos que passarão por esse
processo.

Além disso, o trabalho de auditoria não é executado por apenas uma pessoa,
mas por uma equipe com habilidades e conhecimentos técnicos. Esse grupo é,
por sua vez, coordenado por outras pessoas mais experientes.

Procedimentos de auditoria e áreas correlatas

Vamos, a partir de agora, conhecer algumas das áreas de uma entidade que
normalmente são auditadas, além dos procedimentos mais utilizados.

Primeiro, temos de definir os grupos, subgrupos e as contas que passarão pelo


processo de auditoria. São eles:

Ativo

Passivo

Patrimônio Líquido

Resultado do Exercício

Atividade proposta

Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade!

1. O que você faria se estivesse em uma situação parecida com a de Mariela?

2. Você acredita que foi apropriado para Mariela contar aos gerentes sobre o
suposto roubo? Seria antiético se ela não reportasse o fato à gerência?

3. Que atividades de controle interno poderiam ter evitado o roubo à loja?

Chave de Resposta

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 40


1. Alguns podem usar o argumento de que todos são inocentes até que se prove
o contrário. Façamos uma analogia com a seguinte situação:

“Durante a execução de seu trabalho, um auditor está com sua equipe e ouve
que um colega está assinando procedimentos de auditoria como realizados, mas,
na verdade, eles não foram feitos”.

Esse é mais um caso sobre o qual podemos refletir, você não acha?

2. Resposta livre. Alguns podem achar que foi certo Mariela contar aos gerentes
sobre o suposto roubo e outros não.

3. Algumas atividades de controle interno que poderiam evitar essa situação são:

• O uso de dispositivos antirroubo nas peças de roupa ou nas mais caras;

• A instalação de câmeras escondidas de vigilância;

• A contagem mais frequente de estoque etc.

Aprenda Mais

Para saber mais sobre procedimentos e evidências de uma auditoria e como esse
processo funciona, acesse a NBC TA 200.

Link: http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2009/001203

Referências desta aula

ARAÚJO, I. da P. S.; ARRUDA, D. G.; BARRETO, P. H. T. Auditora contábil –


enfoque teórico, normativo e prático. São Paulo: Saraiva, 2008.

ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília:


Presidência da República, 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em:
13 mar. 2015.

______. Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGE). Subcontroladoria


de Auditoria e Controle de Gestão (SCG). Apostila do Curso Básico de
Controle Interno e Auditoria Governamental. Minas Gerais: CGE, SCG,
2012.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 41


______. Senado Federal. Disponível em: www.senado.gov.br
www.senado.gov.br. Acesso em: 13 mar. 2015.

CAMARA DOS DEPUTADOS. Atividade legislativa. Créditos adicionais.


Disponível em:http://www2.camara.leg.br/atividade-
legislativa/orcamentobrasil/creditos http://www2.camara.leg.br/atividade-
legislativa/orcamentobrasil/creditos. Acesso em: 13 mar. 2015.

CASTRO, D. P. de. Auditoria, contabilidade e controle interno no setor


público: integração das áreas do ciclo de gestão. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas,


2011.

LIMA, L. H. Controle externo. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2009.

PEREZ JUNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e


procedimentos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

ROCHA, A. C.; QUINTIERE, M. de M. R. Auditoria governamental – uma


abordagem metodológica da auditoria de gestão. 1. ed. Curitiba: Juruá, 2011.

SILVA, M. M. da. Curso de auditoria governamental: de acordo com as


normas internacionais de auditoria pública aprovadas pela INTOSAI. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2012.

Exercícios de fixação
Questão 1

Existem duas categorias de controles internos: os administrativos e os contábeis.


Assinale a opção que associa o tipo de controle a suas respectivas características:

a) Os contábeis abrangem estatísticas.

b) Os contábeis estão associados ao plano da organização.

c) Os contábeis têm relação com o patrimônio das entidades.

d) Os administrativos estão ligados aos sistemas de autorização e de


aprovação.

e) Os contábeis possuem o objetivo de garantir a qualidade das informações


geradas e dos documentos processados.
AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 42
Questão 2

Para que um auditor conheça os controles internos de uma entidade a ser


auditada, é fundamental que:

a) Realize uma espécie de estágio na empresa meses antes do início dos


trabalhos.

b) Não conheça nada sobre a entidade, pois isso o ajudará a ser imparcial
nas análises.

c) Trabalhe em uma empresa sem filiais, o que facilita o trabalho de análise


dos controles internos.

d) Conheça pessoas confiáveis que trabalhem na entidade e que estejam


dispostas a ajudá-lo nos trabalhos.

e) Faça uma leitura aprofundada dos manuais da entidade ou uma entrevista


com funcionários-chave da entidade.

Questão 3

No questionário de controles internos a ser aplicado pelo auditor:

a) Cada SIM respondido indica um problema no controle interno.

b) Cada NÃO respondido indica um problema no controle interno.

c) Não há ligação entre a resposta dada e a qualidade do controle interno.

d) Cada TALVEZ respondido representa um ponto forte para o controle


interno.

e) Todo SIM respondido representa um ou mais problemas no controle


interno.

Questão 4

Para a elaboração do programa de auditoria, é necessário que o auditor se baseie


nos sistemas contábil e de controles internos da entidade. Ele também deve:

a) Trabalhar em conjunto, e não individualmente.


AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 43
b) Elaborar, no mínimo, 30 papéis de trabalho diferentes.

c) Conhecer tais sistemas e verificar sua aplicabilidade dentro da entidade.

d) Buscar ajuda, prioritariamente, da alta gestão da empresa a ser auditada.

e) Confeccioná-lo em um único dia, independente do tamanho e da


complexidade das atividades da entidade a ser auditada.

Questão 5

O programa de auditoria é elaborado, normalmente, em quatro fases. São elas:

a) Definição de características e circunstâncias, aplicabilidade, identificação


da ocasião em que será implementado e decisão de quem o prepará.

b) Detecção de fraquezas do controle interno, determinação da forma de


classificação de tais fraquezas, identificação da ocasião em que será
implementado e decisão de quem o prepará.

c) Definição de características e circunstâncias, determinação da forma de


aprendizado de tais características e circunstâncias, identificação da
ocasião em que será implementado e decisão de quem o prepará.

d) Definição de características e de métodos de medida, determinação da


forma de aprendizado de tais características e dos métodos de medida,
identificação da ocasião em que será implementado e decisão de quem o
prepará.

e) Definição de características e circunstâncias, determinação da forma de


aprendizado de tais características e circunstâncias, identificação da
ocasião em que será implementado e possíveis desvios nas atividades
operacionais da entidade auditada.

Questão 6

No programa de auditoria, um dos aspectos a serem analisados é o ativo. Nesse


processo, o auditor NÃO deve:

a) Determinar se os princípios de contabilidade são efetivamente seguidos.


AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 44
b) Conferir se as duplicatas descontadas estão lançadas na estrutura correta
dentro do balanço patrimonial.

c) Verificar a existência de propriedades e de procedimentos aplicados a


investimentos considerados relevantes.

d) Assegurar que os estoques existem fisicamente e são de propriedade da


empresa – comprovação essa que precisa ser documental.

e) Assegurar que todos os rendimentos auferidos são devidamente recebidos


e contabilizados, verificando adesão – ligada ao princípio da competência.

Questão 7

Assinale, entre as opções a seguir, aquela que apresenta uma característica a ser
aplicada na auditoria das disponibilidades:

a) As aplicações com carência superior a 12 meses devem ser classificadas e


avaliadas por seu valor de realização.

b) As aplicações em títulos negociáveis, com conversibilidade imediata,


devem ser avaliadas pelo custo de aquisição.

c) Os valores que estão em moeda estrangeira devem ser registrados em


suas moedas originais para evitar lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

d) Os valores relacionados a consórcios não contemplados não devem ser


contabilizados no balanço patrimonial, pois os bens ainda não pertencem
às entidades.

e) As aplicações em poupança devem ser analisadas de maneira distinta em


disponibilidades e em direitos de curto prazo, pois sua correção ocorre de
30 em 30 dias.

Questão 8

Para realizar os controles internos das disponibilidades, toda entidade deve


praticar alguns procedimentos, EXCETO:

a) Sistema de autorização e aprovação de pagamento das contas.


AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 45
b) Segregação de funções entre a custódia de valores e a contabilização.

c) Conciliações bancárias periódicas e revisadas por uma pessoa que não seja
responsável por sua preparação.

d) Registro periódico da conta de provisão estimada para créditos de


liquidação duvidosa, seguindo o princípio da prudência.

e) Abertura de contas bancárias pela administração para facilitar o


gerenciamento das operações de entradas e saídas de recursos
financeiros.

Questão 9

Na elaboração do programa de auditoria, o auditor independente deve se


preocupar com diversos problemas em potencial que afetam o balanço
patrimonial. No entanto:

a) As receitas e despesas são analisadas com base no regime de caixa.

b) Os passivos não precisam ser considerados por representarem obrigações


exigíveis.

c) As provisões têm de ser ignoradas, pois representam apenas obrigações


não confirmadas de uma entidade.

d) As contas de resultado, que elencam a Demonstração do Resultado do


Exercício (DRE), também devem ser consideradas.

e) As contas de resultados devem ser analisadas apenas se forem referentes


a vendas e a compras a prazo, por não representarem entradas ou saídas
de recursos da entidade.

Questão 10

Diferentemente da auditoria do ativo, a do Passivo Não Circulante não se


preocupa com recursos tangíveis. Nesse caso, o auditor NÃO deve:

a) Certificar-se de que todo passivo foi registrado.

b) Confirmar a ocorrência dos passivos com os clientes.


AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 46
c) Determinar a razoabilidade e a propriedade do passivo registrado.

d) Verificar a existência de controles internos sobre o Passivo Não Circulante.

e) Identificar se os passivos são corretamente apresentados nas


demonstrações financeiras.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 47


Aula 5: Relatório e órgãos de auditoria
Introdução

Nesta aula, você compreenderá como funciona o relatório de auditoria –


documento através do qual o auditor emite sua opinião sobre a fidedignidade e
a adequação da matéria auditada.

Essa opinião não é pessoal, mas diz respeito às conclusões a que o auditor
chegou depois de todos os procedimentos, testes e trabalhos realizados por ele.
Tais atividades são fundamentadas em normas, em leis e em sua experiência
profissional.

Além disso, você conhecerá os órgãos envolvidos com a prática de auditoria e


entenderá a relação que mantêm com o próprio trabalho do auditor.

Objetivo

1. Descrever todos os aspectos do relatório de auditoria;

2. Listar os órgãos regulamentadores da auditoria.

Resumo do conteúdo

Nesta aula:• Compreendemos o relatório de auditoria;

• Identificamos os tipos de opinião do auditor;

• Conhecemos os órgãos relacionados ao trabalho desse profissional.

Conteúdo

Trabalho do auditor

Como já estudamos nas aulas anteriores, o auditor:• Realiza todos os


procedimentos de auditoria;

• Põe em prática o programa correspondente a essa atividade;

• Entrevista pessoas;

• Consulta saldos com instituições ou no ambiente interno da empresa.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 48


Mas o que acontece depois disso? Que procedimento deve ser realizado
após a verificação completa das demonstrações, dos grupos ou das
contas de determinada entidade?

Quando finaliza todo esse processo, o auditor deve emitir, de maneira


padronizada e formalizada, sua opinião sobre todos os aspectos analisados nas
demonstrações contábeis da organização.

Vamos entender, a seguir, como isso ocorre na prática.

Antes das mudanças das normas de auditoria, o documento que registrava a


opinião dos auditores era o parecer dos auditores independentes.

Depois disso, o relatório de auditoria passou a ser o documento formal, e a


opinião do auditor – equivalente ao parecer – tornou-se parte integrante dele.

O relatório continua com as mesmas funções e com os mesmos objetivos de


antes: apresentar a avaliação do auditor ou de sua equipe sobre o que foi
analisado.

Vamos, então, conhecer algumas normas específicas que


regulamentem esse documento?

Atenção
A opinião do auditor que consta no parecer de auditoria NÃO é
pessoal, mas técnica e bem fundamentada – consequência da
avaliação da aderência às normas e aos preceitos previstos, que
foram efetivamente empregados no processo de registro e de
elaboração das demonstrações contábeis.

Tal adequação está disposta nas normas de auditoria vigentes no


Brasil, emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC): as
NBC TA’s.

Normas regulamentadoras do parecer de auditoria

Vamos apresentar, agora, a NBC TA 700, que regula a utilização de informações


para a elaboração do parecer com a opinião do auditor sobre as demonstrações
contábeis auditadas.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 49


Essa norma especifica que o parecer de auditoria deve:• Possuir, no
mínimo, o destinatário dos trabalhos;

• Enfatizar, obrigatoriamente, a responsabilidade da administração sobre


tais demonstrações;

• Definir a responsabilidade do auditor;

• Apresentar a opinião desse profissional;

• Determinar o local e a data desse processo;

• Indicar as assinaturas devidas.

Mas para quem esse parecer é destinado?

Em situações normais, quando o processo de auditoria ocorre dentro do


esperado, o parecer deve ser destinado ao(s):• Acionistas da
empresa;

• Cotistas da companhia;

• Sócios da organização;

• Conselho de Administração ou órgão equivalente a ele.

Para continuar lendo sobre as normas regulamentadoras do parecer de auditoria,


veja em
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS681/docs/Aula_5_nor
mas_regulamentadoras_parecer_auditoria.pdf.

Tipos de opinião

Vamos conhecer, agora, os tipos de opinião que podem ser emitidos pelo auditor
no parecer de auditoria. São eles:

Opinião sem ressalva

Opinião em branco ou limpa, condicionada à execução de todos os procedimentos


de auditoria julgados como necessários e ao fato de que o auditor não encontrou
em suas análises qualquer elemento que influenciasse negativamente sua opinião
sobre as demonstrações contábeis que passaram por tais procedimentos.

Opinião com ressalva


AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 50
Opinião apresentada quando os procedimentos de auditoria identificam alguma
discordância com relação às práticas contábeis em vigor. Embora afete as
demonstrações contábeis de maneira isolada, essa discordância não atinge o
conjunto de demonstrações como um todo ou, ainda, as demonstrações
consolidadas.

Opinião adversa

Opinião que evidencia, por meio de evidências suficientes e adequadas, que há


divergências individuais e no grupo das demonstrações contábeis, as quais têm
o poder de afetar, de maneira generalizada, o conjunto das informações geradas
pela entidade auditada.

Abstenção de opinião

Quando não existem evidências de auditoria apropriadas ou suficientes, o auditor


independente não tem suporte para emitir sua opinião.

Como não é possível obter ou aplicar a quantidade mínima de procedimentos de


auditoria, esse profissional manifesta a falta de informações ou de acesso a elas,
o que o impede de concluir seu parecer.

Um exemplo clássico dessa situação é quando um auditor não consegue conferir


fisicamente os estoques de uma entidade e não pode opinar a respeito deles.

Muitas vezes, isso ocorre não porque ele não teve acesso ao setor de estoques,
mas porque os controles internos da empresa auditada não permitiram esse
acesso – quer seja por necessidade de autorizações ou por outra autorização
qualquer.

Órgãos relacionados ao trabalho do auditor

Até o momento, estudamos as aplicabilidades de auditoria, identificamos seus


objetivos e os pontos relativos aos controles internos de uma entidade. Além
disso, abordamos os principais aspectos dos procedimentos de auditoria, do
relatório e do parecer referente a essa atividade.

A partir de agora, vamos apresentar os órgãos relacionados ao trabalho do


auditor. São eles:

Conselho Federal de Contabilidade

Como já vimos em aulas anteriores, no Brasil, para que o profissional exerça, de


forma legal, a profissão de auditor, ele precisa, inicialmente, possuir o grau de
AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 51
Bacharel em Ciências Contábeis e registro ativo no Conselho Federal de
Contabilidade (CFC).

Esse é o órgão que realiza seu exame de qualificação técnica, que avalia o nível
de competência técnico-profissional necessário para que o auditor possa
trabalhar de forma regulamentada. O objetivo é registrá-lo no Cadastro Nacional
de Auditores Independentes (CNAI).

Comissão de Valores Mobiliários

O profissional de auditoria brasileiro também deve estar registrado na Comissão


de Valores Mobiliários (CVM), e possuir reputação e conduta éticas.

Na prática, há duas maneiras de um auditor independente exercer a


profissão, de forma regular, junto a esse órgão – seja como:•
Pessoa Física – conferida ao contador que satisfaz os requisitos
mínimos necessários ao cargo de auditor contábil;

• Pessoa Jurídica – conferida à sociedade profissional, constituída sob a


forma de sociedade civil, que satisfaz os quesitos específicos para a
referida carreira.

Para conhecer as condições para o registro de auditor Pessoa Física ou Jurídica,


veja em
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS681/docs/Aula_5_co
ndicoes_registro_auditor_pessoa_fisica_juridica.pdf.

Instituto Brasileiro dos Auditores Independentes

Os profissionais de auditoria sujeitam-se, ainda, à regulamentação específica


estabelecida pelo Instituto Brasileiro dos Auditores Independentes
(IBRACON).

A esse órgão cabe o encargo do auxílio à determinação dos princípios e à


elaboração das normas e dos procedimentos relacionados não somente à
auditoria, mas também à perícia contábil.

Instituto dos Auditores Internos do Brasil

Fundado em 1960, diferentemente da maioria dos institutos ligados à auditoria


contábil, o Instituto dos Auditores Internos do Brasil (AUDIBRA) tem como
objetivo promover, regulamentar e melhorar a atividade de auditoria interna nas
entidades.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 52


Atenção
Em vigor desde o ano de 1976, a legislação societária brasileira
estabelece que cabem ao Conselho de Administração da empresa
auditada a escolha do profissional auditor independente que nela
realizará o processo de auditoria bem como sua possível
destituição.

Atividade proposta

Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade!

Primeiro, leia o texto Código de ética profissional.

Em seguida, responda as seguintes questões:

a) Por que as profissões adotam códigos de ética para seus membros? Que
fatores fazem com que tais profissões os alterem com o passar do tempo?

b) Supondo que a esposa de um contador fosse corretora, seria antiético se ela


oferecesse serviço de corretagem a um cliente de seu marido – o contador?

Chave de resposta

Cada profissão – medicina, direito, contabilidade etc. – possui uma função direta
para a população. A carreira é algo mais que uma vocação e requer um altruísmo
e um sacrifício maior para o bem da sociedade.

O código de ética auxilia o alcance desses objetivos. Sem ele, muitos profissionais
poderiam ter suas atividades colocadas em cheque, sem a devida
regulamentação.

A sociedade também sofre, pois pode ser atendida por apenas praticantes, que
não têm a qualificação mínima necessária para exercer a profissão.

b) A situação descrita e outras semelhantes são normalmente previstas nos


códigos de ética. Em geral, a resposta à questão é negativa: a atitude da
corretora não seria antiética.

A esposa de um contador pode, sim, oferecer serviços de corretagem a um dos


clientes de seu marido, desde que as atividades de ambos sejam separadas e
AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 53
que o contador não esteja envolvido, de nenhuma forma, com o trabalho de
corretagem.

Aprenda Mais

Referências desta aula

ARAÚJO, I. da P. S.; ARRUDA, D. G.; BARRETO, P. H. T. Auditora contábil –


enfoque teórico, normativo e prático. São Paulo: Saraiva, 2008.

ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília:


Presidência da República, 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em:
13 mar. 2015.

______. Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGE). Subcontroladoria


de Auditoria e Controle de Gestão (SCG). Apostila do Curso Básico de Controle
Interno e Auditoria Governamental. Minas Gerais: CGE, SCG, 2012.

______. Senado Federal. Disponível em: www.senado.gov.br. Acesso em: 13


mar. 2015.

CAMARA DOS DEPUTADOS. Atividade legislativa. Créditos adicionais. Disponível


em: http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/orcamentobrasil/creditos.
Acesso em: 13 mar. 2015.

CASTRO, D. P. de. Auditoria, contabilidade e controle interno no setor público:


integração das áreas do ciclo de gestão. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

LIMA, L. H. Controle externo. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2009.

PEREZ JUNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e


procedimentos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

ROCHA, A. C.; QUINTIERE, M. de M. R. Auditoria governamental – uma


abordagem metodológica da auditoria de gestão. 1. ed. Curitiba: Juruá, 2011.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 54


SILVA, M. M. da. Curso de auditoria governamental: de acordo com as normas
internacionais de auditoria pública aprovadas pela INTOSAI. 2. ed. São Paulo:
Atlas, 2012.

Exercícios de fixação
Questão 1

Após a realização de todos os procedimentos de auditoria, chega o momento da


finalização dessa atividade, marcado, formalmente pela:

a) Emissão da opinião do auditor sobre as demonstrações contábeis


auditadas.

b) Apresentação à CVM de opinião sobre empresa auditada, em até 30 dias


corridos depois dos trabalhos.

c) Comunicação aos interessados da empresa auditada de que os


procedimentos de auditoria foram concluídos.

d) Última reunião de todos os membros da equipe de auditoria em conjunto


com os administradores da entidade auditada.

e) Imposição de alterações na estrutura das demonstrações auditadas, a fim


de que não apresentem discrepâncias em relação às normas contábeis
vigentes.

Questão 2

Assinale, entre as opções a seguir, aquela que apresenta a sequência correta de


atualizações das normas de auditoria vigentes no Brasil:

a) Mesmo após a mudança nas normas de auditoria, o parecer de auditoria


não deixou de ser obrigatório, assim como o era antes.

b) Mesmo após a mudança nas normas de auditoria, o relatório de auditoria


não deixou de ser obrigatório, assim como o era antes.

c) Inicialmente, o relatório de auditoria era obrigatório. Depois, o parecer


passou a ser uma obrigação para expressar a opinião do auditor.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 55


d) Inicialmente, emitia-se o parecer de auditoria. Depois, o relatório passou
a expressar a opinião do auditor.

e) Tanto o relatório quanto o parecer de auditoria eram documentos de


divulgação voluntária. Após a mudança nas normas de auditoria, ambos
passaram a ser obrigatórios.

Questão 3

O relatório de auditoria expressa a opinião do auditor sobre todo o trabalho de


auditoria, que representa:

a) A avaliação técnica e bem fundamentada, e não a opinião pessoal do


auditor.

b) A avaliação apenas da equipe de trabalho, que considera a opinião pessoal


de seu chefe.

c) A reunião de avaliações pessoais de todos os componentes da equipe, sem


considerar a opinião pessoal do chefe.

d) Sua avaliação pessoal ou a opinião pessoal dos componentes de sua


equipe, pois todos trabalham com o mesmo objetivo.

e) A avaliação generalizada da empresa que presta os serviços de auditoria,


e não a opinião pessoal do auditor tampouco de sua equipe.

Questão 4

O documento que expressa a opinião do auditor é destinado:

a) Aos organismos governamentais – principalmente o federal.

b) Ao jornal de maior circulação na cidade-sede da entidade auditada ou ao


Diário Oficial do Estado.

c) Aos acionistas, cotistas ou sócios da empresa, ao Conselho de


Administração ou ao órgão equivalente a ele.

d) Aos fornecedores e clientes, que possuem interesses comerciais


relacionados às atividades principais da entidade auditada.
AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 56
e) Às instituições financeiras e serve como garantia de futuros pagamentos
de empréstimos ou financiamentos previamente adquiridos.

Questão 5

Quando o auditor expõe sua opinião ao fim dos trabalhos de auditoria, as


legislações específicas de cada entidade auditada devem:

a) Ser desconsideradas em qualquer situação.

b) Confirmar a ocorrência dos passivos com os clientes.

c) Ser consideradas, desde que a entidade auditada seja regulada por


agência específica.

d) Ser desconsideradas nas filiais e consideradas apenas nas filiais das


entidades auditadas.

e) Somente ser consideradas se a entidade for constituída como sociedade


de capital aberto.

Questão 6

A legislação societária brasileira estabelece que a escolha do profissional auditor


independente que realizará o processo de auditoria bem como sua possível
destituição cabem à (ao):

a) Comissão de Valores Mobiliários.

b) Conselho de Administração da empresa auditada.

c) Empresa de auditoria juntamente com a Comissão de Valores Mobiliários.

d) Empresa auditada, em conjunto com a empresa que prestará o serviço de


auditoria.

e) Empresa contratada, que tanto pode definir a equipe quanto o auditor


individualmente.

Questão 7

De acordo com as normas legais em vigor desde 1976:


AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 57
a) A CVM apenas serve para estabelecer as regras para sociedades limitadas,
e não efetivamente para as empresas de capital aberto.

b) As empresas de auditoria devem efetuar registro no Bacen para realizar


auditoria de instituições financeiras e de empresas de capital aberto.

c) As empresas de auditoria não registradas na CVM estão impedidas de


emitir opinião adversa em relação às empresas auditadas.

d) Sem o devido registro na CVM, nenhuma empresa pode contratar


profissionais de auditoria, mesmo que eles não tenham Graduação em
Ciências Contábeis.

e) Somente as empresas de auditoria que têm auditores contábeis


independentes registrados na CVM podem realizar a auditoria das
demonstrações contábeis das entidades de capital aberto.

Questão 8

Em termos práticos, há duas maneiras de o profissional de auditoria


desempenhar suas atividades. São elas:

a) Auditor independente Pessoa Física – desde que satisfaça aos requisitos


mínimos da profissão – ou auditor independente Pessoa Jurídica – que
pode ser constituída por apenas um proprietário.

b) Auditor independente Pessoa Física – desde que satisfaça aos requisitos


mínimos da profissão – ou auxiliar de auditor independente Pessoa Física
– sem necessidade de qualquer conhecimento prévio na área.

c) Auditor independente Pessoa Física – desde que satisfaça aos requisitos


mínimos da profissão – ou auditor-administrador – que analisa os controles
internos da entidade e entrevista membros-chave da administração da
entidade auditada.

d) Auditor independente Pessoa Física – desde que satisfaça aos requisitos


mínimos da profissão – ou auditor independente Pessoa Jurídica –

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 58


sociedade profissional na forma de sociedade civil que satisfaça aos
requisitos mínimos estabelecidos para a carreira.

e) Auxiliar de auditor independente Pessoa Física – desde que seja


obrigatoriamente contador ou economista – ou auditor independente
Pessoa Jurídica – sociedade profissional na forma de sociedade civil que
satisfaça aos requisitos mínimos estabelecidos para a carreira.

Questão 9

Assinale a opção que NÃO apresenta uma obrigação para as entidades


prestadoras de serviços de auditoria:

a) Todos os sócios da entidade precisam ser economistas, e um terço deles,


cadastrados como responsáveis técnicos.

b) A entidade, seus sócios e os demais responsáveis técnicos precisam estar


regularmente inscritos e registrados no CRC.

c) A entidade precisa estar inscrita no Registro Civil das Pessoas Jurídicas sob
a forma de sociedade civil, constituída, exclusivamente, para a prestação
de serviços profissionais de auditoria e para os demais serviços.

d) No contrato social ou ato constitutivo equivalente, deve constar uma


cláusula dispondo que a sociedade se responsabilizará por reparação de
danos que possa causar a terceiros, por culpa ou por dolo no exercício da
atividade.

e) Todos os responsáveis técnicos precisam ser autorizados a emitir e a


assinar parecer de auditoria em nome da sociedade, exercendo atividade
de auditoria das demonstrações contábeis dentro do território nacional,
por período não inferior a cinco anos, consecutivos ou não, contados da
data do registro no CRC na categoria de contador.

Questão 10

Assinale a opção que apresenta a instituição que NÃO possui qualquer relação
com a normatização direta do trabalho de auditoria no Brasil:

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 59


a) CFC.

b) CVM.

c) Bacen.

d) AUDIBRA

e) IBRACON

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 60


Aula 6: Histórico da auditoria operacional
Introdução

Nesta aula, conheceremos a auditoria operacional, que surgiu para melhorar a


qualidade dos relatórios apresentados pelos auditores. Esta técnica pode ser
utilizada tanto no setor público quanto no privado.

Vamos compreender que este tipo de auditoria tem uma ligação muito forte com
a questão governamental por tratar de aspectos relativos aos princípios presentes
na administração pública: economicidade, eficiência, eficácia e efetividade.

Além disso, explicaremos dois tipos distintos de auditoria operacional: auditoria


de desempenho e de resultado.

Objetivo

1. Esclarecer o que é a auditoria operacional;

2. Descrever os diferentes níveis e tipos de auditoria operacional.

Resumo do conteúdo

Nesta aula:

• Compreendemos o que é a auditoria operacional;

• Entendemos os diferentes níveis e tipos de auditoria operacional.

Conteúdo

Conhecendo a auditoria operacional

A auditoria operacional foi criada por causa da necessidade de se melhorar a


qualidade dos relatórios apresentados pelos auditores tanto no setor público
quanto no privado.

Desse modo, foram criados alguns procedimentos de auditoria que forneciam


informações sobre o desempenho organizacional das instituições auditadas.

A auditoria operacional é uma forma de apresentar sugestões para a melhoria de


gestão dos recursos, bem como para identificar aspectos de ineficiência, desvios,
ações antieconômicas, ineficazes ou ainda práticas abusivas. Além disso, ela se

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 61


aplica perfeitamente ao aspecto público e ao governamental, com maior ênfase
neste último.

Para ler mais sobre a auditoria operacional, veja em


http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS681/docs/Aula_6_co
nhecendo_auditoria_contabil.pdf.

Princípios norteadores da auditoria operacional

A auditoria operacional é baseada em quatro "E", que são muito presentes no


ambiente público, de acordo com Araújo (2008).

Economicidade

A administração adquiriu seus insumos de acordo com os parâmetros de


qualidade? Além disso, considerando os padrões do mercado, os insumos foram
adquiridos observando o menor custo?

Eficiência

Os insumos adquiridos foram utilizados de forma e no momento correto, sem


desperdícios, desvios e outras práticas indevidas?

Eficácia

As metas que foram estabelecidas pela administração, emitidas de forma


facultativa ou impositiva foram alcançadas?

Efetividade

Os impactos decorrentes das ações desenvolvidas pela administração estão


sendo corretamente avaliados?

Agora vamos compreender mais a fundo como esses princípios funcionam nos
órgãos públicos e qual a ligação com a auditoria operacional?

No Brasil, o princípio da economicidade, conforme Rocha e Quintieri (2011),


tem uma ligação forte com a auditoria operacional, uma vez que o Estado carece,
muitas vezes, de recursos financeiros e recursos humanos.

E a eficiência? Em um primeiro momento é necessário compreender que, assim


como no setor privado, o setor público também possui metas que precisam ser
alcançadas, porém, em muitos casos, acaba-se por extrapolar uma verba para
que seja alcançada uma meta e isso demonstra ineficiência. Desse modo, a
AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 62
Auditoria operacional verificará que houve o atingimento da meta sem a
manutenção da relação custo versus benefício. Assim, você pode compreender a
eficiência com a seguinte fórmula:

Compreende-se a eficiência quando os resultados são alcançados mas também


a sua relação com os recursos consumidos.

A eficácia, por sua vez, também está relacionada ao atingimento de metas,


entretanto ela terá que apresentar uma medida para conhecer o sucesso de
determinado programa do governo.

A efetividade possui relação direta com os desejos das pessoas, no caso do


governo, com os desejos da população, uma vez que de nada adianta alcançar
os resultados, utilizar os recursos de forma correta e conseguir medir isso se não
houver satisfação por parte da população.

Atenção
Além dos que acabamos de ver, a auditoria operacional terá que
verificar alguns outros aspectos. Veja em
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS681/docs/Aula_6_out
ros_fatores_serem_observados.pdf para ler mais sobre o assunto.

Níveis de exigência da auditoria operacional

A auditoria operacional está ligada a metas e objetivos, e poderá ser realizada


em diferentes modalidades. Você precisa compreender que, para que o processo
de auditoria operacional seja realmente efetivo, atendendo às necessidades de
controle externo, do governo, da sociedade e dos órgãos que estão sendo
auditados, é preciso que se produza informação em níveis distintos, conforme
segue:

Nível de exigência mínimo

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 63


Neste nível, serão apresentados os registros contábeis para a verificação do modo
como as operações são registradas, e como as transações financeiras são
realizadas. Além disso, verifica a forma como estas sendo estão sendo conduzidas
e informadas, com o controle e correto cumprimento da legislação.

Nível de desempenho

Relacionado diretamente com a economicidade e a eficiência, ou seja, será


apurado se o órgão é eficaz em seu desempenho, verificando a correta utilização
dos recursos. A quantidade e a qualidade também são verificadas, bem como é
o momento para detecção de alguma prática que esteja gerando ineficiência ou
não economia dos recursos. Neste nível, há a conferência do real cumprimento
dos objetivos estabelecidos, proporcionando alternativas para o alcance dos
mesmos resultados com custos menores e ganhos de produtividade que podem
ocorrer com o uso de outras ou novas tecnologias.

Nível de resultados

Irá avaliar os resultados obtidos pelo impacto que um programa produz na


sociedade. Utilizando estes níveis de exigência podemos então dizer que a
auditoria operacional pode ser classificada em dois tipos distintos que vamos
conhecer a seguir: A auditoria de desempenho e a auditoria de resultados.

Auditoria de desempenho

Esse tipo de auditoria está ligado à ação do auditado, logo verificam-se os


aspectos relativos aos princípios da administração pública:• Obediência
aos princípios da administração pública;

• Observância de como os órgãos públicos adquirem, gerem e utilizam os


seus recursos;

• Real cumprimento das metas.

A auditoria de desempenho está ligada à verificação de todo o processo de


gestão, examinando, inclusive, se as metas traçadas foram alcançadas. Esse tipo
de auditoria operacional possui três diferentes abordagens:

Análise da estratégia operacional

• Avaliação da empresa;

• A missão da empresa está sendo cumprida;

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 64


• Os objetivos da empresa estão de acordo com o estabelecido pelo
governo;

• Pontos fortes e fracos da entidade, metas cumpridas ou não.

Análise da gestão organizacional

• Análise da estrutura organizacional, se está adequada ao proposto;

• Verificação das funções da entidade;

• Verificação de controles para a obediência as princípios de administração


pública;

• Investigação do uso correto tanto de recursos humanos, bem como de


instalações e equipamentos para a execução dos trabalhos do órgão;

• Conferência de metas, se as mesmas estão sendo cumpridas.

Análise da gestão operacional• Investigação de rotinas de trabalho;

• Cumprimento de práticas;

• Adequação de aquisições quanto aos prazos, quantidade e qualidade dos


serviços;

• Guarda e manutenção de bens.

Atenção
Conclui-se, então, que esse tipo de auditoria verificará a
efetividade dos controles, regras e procedimentos, bem como se
as metas estão adequadamente sendo cumpridas.

Auditoria de resultados

A auditoria de resultados verifica se as ações implementadas produziram os


efeitos desejados pela administração.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 65


Você sabe como isso ocorre?

Vamos imaginar determinado programa do governo. Quando pensamos na


auditoria do desempenho, apenas verifica-se se esse programa alcançou as
metas que foram propostas, com eventuais sugestões para o aumento da
eficácia, mediante o exame dos critérios. Entretanto, não haverá nenhuma
sugestão em relação à correção ou não do programa em questão.

Nesse momento, a auditoria de resultados irá se preocupar com a forma lógica


como o programa foi concebido, fatores que podem inibir o programa, a
qualidade dos efeitos, trabalhando com o conceito de que atingir uma meta nem
sempre é o suficiente, aponta outras alternativas e verifica o cumprimento da
parte legal, ou seja, se normas e legislação vigentes estão sendo respeitadas.

A auditoria de resultados possibilita, assim, o conceito de todo o processo de


auditoria de um programa específico, e, além disso, verifica seus efeitos, traça
possíveis alternativas para o programa e ainda observa a obediência à legislação
vigente.

Podemos traçar um paralelo entre as duas modalidade de auditoria aqui


apresentadas:

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 66


Atenção
Esses dois tipos de auditoria podem acontecer de forma
independente, sendo que cada uma pode ser realizada em um
órgão participante de um determinando programa, e as
informações de cada um dos órgãos podem oferecer importantes
dados para a correta condução do programa.

Vantagens da auditoria operacional

Vamos compreender quais são as vantagens da auditoria operacional?


Segundo Araújo (2008) são vários benefícios, apesar de muitos serem de
difícil mensuração.

• Contribui para a accontability, que está ligada à obrigação de se prestar


contas dos órgãos envolvidos na administração pública;

• Proporciona o aumento das receitas, por otimizar os recursos, ou seja,


pela aplicação das melhores práticas;

• Melhora o desempenho, mediante a utilização de índices para avaliação


de desempenho das entidades;

• Diminui desperdícios e práticas ineficientes;

• Reduz os custos, uma vez que a auditoria operacional aponta as melhores


práticas para evitar os desperdícios;

• Incrementa o resultado, com a melhor utilização dos recursos, redução de


custos e melhoria nos controles.

Desse modo, é fácil perceber que a auditora operacional é uma ferramenta


poderosa para o auxílio à verificação de processos e melhoria da eficiência das
entidades, sejam públicas ou privadas.

Atividade proposta

Para ajudar um colega que quer entender todos os termos relacionados à


auditoria, você fez um pequeno resumo das definições de cada um dos objetivos
dos diferentes tipos de conceitos que estudamos e estão apresentados a seguir
(Adaptado de Controladoria Geral do Estado, 2012):

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 67


( ) Conjunto de atividades, planos, rotinas, métodos e procedimentos integrados
com vistas a assegurar que os objetivos da administração pública ou privada
sejam alcançados, de forma eficiente, eficaz e efetiva.

( ) Atividade que compreende os exames, análises, comprovações e


levantamentos, metodologicamente estruturados, para a avaliação da
consistência e adequação dos controles internos.

( ) Quando a verificação dos fatos é levada a efeito por profissional liberal ou por
associação de profissionais liberais e, portanto, elementos estranhos à empresa.
Este tipo de auditoria, todavia, tem sido predominante quanto à aplicação e
organização específica, mas não é de todo satisfatória na atualidade.

( ) Consiste em avaliar os procedimentos e mecanismos de controle adotados por


uma organização, certificando a sua regularidade, por meio de exames de
documentação comprobatória dos atos e fatos administrativos e a verificação da
eficiência dos sistemas de controles administrativo e contábil. Também chamada
de auditoria de conformidade, este tipo de auditoria auxilia a administração na
gerência e nos resultados, meio de recomendações que visem aprimorar
procedimentos, melhorar controles e aumentar a responsabilidade gerencial.

Desta forma, utilizando os seguintes termos-chave qual será a sequência dos


conceitos apresentados?

1. Auditoria operacional;

2. Auditoria interna;

3. Auditoria externa;

4. Controle interno.

Chave de resposta:

4. Controle interno

2. Auditoria interna

3. Auditoria externa

1. Auditoria operacional

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 68


Aprenda Mais

Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, leia o capítulo 1 do
livro:

CASTRO, D. P. de. Auditoria, contabilidade interno no setor público:


integração das áreas do ciclo de gestão. Contabilidade orçamento e auditoria e
organização dos controles internos, como suporte à governança corporativa. 4
ed, São Paulo: Atlas, 2011.

E assista ao seguinte vídeo sobre auditoria governamental.

DISPONÍVEL EM: https://www.youtube.com/watch?v=63q2E9kSE-o.

Referências desta aula

ARAÚJO, I. da P. S.; ARRUDA, D. G.; BARRETO, P. H. T. Auditora contábil –


enfoque teórico, normativo e prático. São Paulo: Saraiva, 2008.

ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília:


Presidência da República, 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso
em: 13 mar. 2015.

______. Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGE). Subcontroladoria


de Auditoria e Controle de Gestão (SCG). Apostila do Curso Básico de Controle
Interno e Auditoria Governamental. Minas Gerais: CGE, SCG, 2012.

______. Senado Federal. Disponível em: www.senado.gov.br. Acesso em: 13


mar. 2015.

CAMARA DOS DEPUTADOS. Atividade legislativa. Créditos adicionais. Disponível


em: http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/orcamentobrasil/creditos.
Acesso em: 13 mar. 2015.

CASTRO, D. P. de. Auditoria, contabilidade e controle interno no setor público:


integração das áreas do ciclo de gestão. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

LIMA, L. H. Controle externo. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2009.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 69


PEREZ JUNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e
procedimentos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

ROCHA, A. C.; QUINTIERE, M. de M. R. Auditoria governamental – uma


abordagem metodológica da auditoria de gestão. 1. ed. Curitiba: Juruá, 2011.

SILVA, M. M. da. Curso de auditoria governamental: de acordo com as normas


internacionais de auditoria pública aprovadas pela INTOSAI. 2. ed. São Paulo:
Atlas, 2012.

Exercícios de fixação
Questão 1

A auditoria operacional evoluiu desde a década de 1970 e, nos dias de hoje, esta
possui três aspectos distintos. Eles são:

a) Contábil, administrativo e operacional.

b) Contábil, administrativo e programático.

c) Contábil, operacional e programático.

d) Contábil, administrativo e de controles internos.

e) Contábil, de controles internos programático.

Questão 2

Sabe-se que a auditoria operacional é derivada da auditoria contábil. Qual a


principal diferença entre as duas?

a) A operacional apresenta uma ênfase para os controles internos


governamentais e a contábil possui verificação de processos.

b) A operacional apresenta uma ênfase à gestão e verificação de eficácia dos


processos e a contábil possui verificação das normas estabelecidas pela
Comissão de Valores Mobiliários.

c) A operacional apresenta uma ênfase à gestão e verificação de eficácia dos


processos e a contábil possui verificação de fraudes e erros.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 70


d) A operacional apresenta uma ênfase na verificação de fraudes e erros e a
contábil possui ênfase à conferência dos controles internos e se estes são
seguidos à risca pela entidade auditada.

e) A operacional não apresenta ênfase à gestão e à verificação de eficácia


dos processos.

Questão 3

Os auditores internos foram os principais disseminadores da auditoria


operacional. Segundo esses profissionais pioneiros, como poderia ser
caracterizada a auditoria operacional?

a) A principal característica da auditoria operacional é o foco na gestão,


sendo pouco ou não utilizada nos organismos públicos ou governamentais.

b) Com a evolução da auditoria externa, o foco da organização passou a ser


o principal objetivo da auditoria contábil, sendo posteriormente transferido
para a auditoria operacional.

c) Com a atualização e modernização das normas contábeis, os relatórios se


tornaram confiáveis e as únicas fontes de informação para as empresas
privadas. Já as públicas possuem fontes alternativas de informação.

d) Com a evolução da auditoria externa, o foco passou a ser específico nas


demonstrações contábeis. Estas, devido às regras evoluídas de
contabilidade, apresentam-se confiáveis em todos os seus termos.

e) Devido à evolução na auditoria interna, foi percebido que os relatórios


financeiros não eram suficientes para avaliar a gestão de uma empresa.

Questão 4

A auditoria operacional se baseia em quatro “E”. Uma destas opções não se refere
a um “E” da auditoria operacional. Aponte-a:

a) Economicidade.

b) Experiência passada.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 71


c) Eficiência.

d) Eficácia.

e) Efetividade.

Questão 5

Pode-se entender como eficiência a relação de:

a) Resultados consumidos com recursos alcançados.

b) Recursos consumidos com resultados alcançados.

c) Resultados alcançados com recursos consumidos.

d) Resultados alcançados com pessoal contratado.

e) Pessoal contratado com resultados alcançados.

Questão 6

Na auditoria operacional, em seu nível de resultados, pode-se citar como


exemplo:

a) Os registros contábeis que servirão para a futura verificação de como as


operações estão registradas.

b) O correto cumprimento da legislação vigente a uma entidade.

c) A eficácia de uma entidade em seu desempenho, verificando a correta


utilização de seus recursos.

d) As consequências que um programa produz em uma sociedade.

e) A identificação da não economia de recursos econômicos ou humanos


utilizados.

Questão 7

A auditoria de desempenho está intimamente ligada à administração pública.


Neste sentido, aponte o aspecto que não deve ser relacionado com ela:

a) Obediência aos princípios da administração pública.


AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 72
b) Cumprimento esperado das metas.

c) Observância de como os órgãos públicos adquirem seus recursos.

d) Observância de como os órgãos públicos utilizam seus recursos.

e) Real cumprimento das metas.

Questão 8

Na análise da gestão organizacional dentro da auditoria de desempenho,


apresenta-se como característica:

a) Cumprimento de práticas.

b) Avaliação da empresa.

c) Guarda e manutenção de bens.

d) Pontos fortes e fracos da entidade, metas cumpridas ou não.

e) Verificação das funções da entidade.

Questão 9

Aponte a alternativa que apresenta uma diferença entre a auditoria de


desempenho e a auditoria de resultado:

a) A primeira é focada no processo operacional e a segunda é focada nos


efeitos produzidos pela ação do ente governamental.

b) A primeira se preocupa com o impacto do efeito e a segunda não tem


preocupação com a verificação do efeito.

c) Na primeira, devem ser evidenciados dados que possam ser comunicados


e a segunda investiga o funcionamento de programas e projetos.

d) A primeira é interna e a segunda apenas ocorre de maneira independente.

e) O número de crianças alfabetizadas está relacionada à primeira e as


escolas construídas estão relacionados à segunda.

Questão 10

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 73


Não constitui uma vantagem da auditoria operacional:

a) Contribui para a accontability, que está ligada à obrigação de se prestar


contas dos entes envolvidos na administração pública.

b) Reduz os custos, uma vez que a auditoria de resultado aponta as melhores


práticas para evitar os desperdícios.

c) Proporciona o aumento das receitas por otimizar os recursos, ou seja, pela


aplicação das melhores práticas.

d) Melhora o desempenho mediante a utilização de índices para avaliação de


desempenho das entidades.

e) Diminui desperdícios e práticas ineficientes.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 74


Aula 7: Modalidades de auditoria operacional
Introdução

Nesta aula, estudaremos o ambiente da Auditoria Operacional e apresentaremos


as principais modalidades desse tipo de auditoria.

Além disso, entenderemos sua relação com o princípio da eficiência – bastante


presente na Administração Pública.

Por fim, compreenderemos como ocorre o processo de Auditoria Operacional,


identificando suas etapas e formas de procedimento.

Bons estudos!

Objetivo

• Descrever o ambiente da Auditoria Operacional;

• Explicar o processo de auditoria.

Resumo do conteúdo

Nesta aula:

• Compreendemos o ambiente de auditoria;

• Identificamos os primeiros passos da realização dos trabalhos de auditoria.

Conteúdo

Auditoria Operacional

A partir de agora, vamos compreender melhor o ambiente da Auditoria


Operacional ou Governamental.

Como já estudamos nas aulas anteriores, é mais comum utilizar esse tipo de
auditoria no ambiente público, devido a sua relação direta com os pilares da
responsabilidade desse setor: a eficiência e a eficácia.

Portanto, a Auditoria Operacional ocorre na:

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 75


Administração Direta – aquela relativa aos três Poderes da União (Legislativo,
Executivo e Judiciário).

Administração Indireta – aquela que inclui autarquias, sociedades de


economia mista, empresas públicas, entre outras que recebem algum recurso ou
incentivo público.

Auditoria Operacional

A Auditoria Operacional pode ser efetuada em duas modalidades principais. São


elas:

Tributária ou fiscal

Este tipo de auditoria é realizado pelo governo dentro do patrimônio privado. Seu
principal objetivo é conhecer os aspectos básicos da arrecadação e da destinação
de impostos.

Gestão pública

Este tipo de auditoria é realizado pelo Estado dentro de seus poderes para a
vinculação dos princípios inerentes à gestão pública, elencados de acordo com o
Artigo 37 da Constituição Federal.

Veja, a seguir, a importância do princípio da eficiência para a execução dessas


modalidades específicas de auditoria.

Princípio da eficiência

De acordo com o raciocínio do princípio da eficiência, é necessário alcançar os


melhores resultados de forma racional, com o melhor custo, respeitando a
relação custo X benefício.

Mas que ligação existe entre esse princípio e a Auditoria Operacional?

Vamos entender tal vínculo por meio de exemplos.

Atualmente, muitos hospitais novos não são utilizados. O mesmo ocorre com
grandes obras, que não têm utilidade evidente, certo?

Nesses casos, podemos nos valer da Auditoria Operacional justamente para


identificar o motivo de tais construções aparentemente sem finalidade alguma.
Concluindo esse processo, alguns gestores podem ser responsabilizados pela má
administração do dinheiro público.
AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 76
Para continuar lendo sobre os princípios da eficiência, veja em docs/a07_t04.pdf.

Formas de execução da Auditoria Operacional

A Auditoria Operacional pode ser:

Direta

Aquela realizada pelas pessoas que trabalham nos órgãos de controle e que
possuem atribuição para atuar em auditoria. Essa categoria de Auditoria
Operacional subdivide-se em centralizada e descentralizada.

Centralizada

Aquela realizada por servidores do órgão central ou, ainda, do Sistema de


Controle Interno do Poder Executivo Federal (SCI-PEF).

Descentralizada

Aquela realizada, exclusivamente, por servidores em exercício nas unidades


regionais do SCI-PEF.

Indireta

Aquela realizada por servidores que não trabalham em órgãos e em unidades do


SCI-PEF. Essa categoria de Auditoria Operacional subdivide-se em
compartilhada e terceirizada.

Compartilhada

Aquela coordenada pelo SCI-PEF, que conta com o auxílio de órgãos e de


instituições públicas ou privadas.

Terceirizada

Aquela realizada por instituições privadas, ou seja, empresas de auditoria externa


ou independente.

Simplificada

Aquela realizada por servidores em exercício no órgão central e nas unidades


setoriais e regionais do SCI-PEF.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 77


Esse tipo de auditoria utiliza informações obtidas por meio de exames e processos
eletrônicos e específicos das unidades ou entidades federais cujo custo/benefício
não justifica o deslocamento de uma equipe para o órgão correspondente.

Tal categoria pressupõe, ainda, o uso de indicadores de desempenho que


fundamentam a opinião do agente executor das ações de controle.

Como você percebeu, dentro da Auditoria Operacional, há vários tipos de


auditoria, o que demonstra a abrangência desse processo. Vamos entender, a
seguir, como ele funciona?

Processo de Auditoria Operacional

Da mesma forma que a auditoria contábil, a Auditoria Operacional é composta


por certas etapas que contribuem para:

• Verificar a veracidade e a regularidade das informações apresentadas por


determinada entidade;

• Avaliar a eficiência da gestão administrativa e dos resultados alcançados;

• Aperfeiçoar procedimentos administrativos ligados ao controle interno das


instituições.

Sendo assim, é necessário que o auditor planeje, adequadamente, seu trabalho,


a fim de:

• Analisar o sistema de controles internos relacionados com a matéria


auditada;

• Estabelecer a natureza, a extensão e a profundidade dos procedimentos;

• Colher as evidências que comprovem suas constatações;

• Formar sua opinião;

• Emitir o relatório de auditoria.

Atividade proposta

Para finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade!

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 78


Como vimos, antes de iniciar o processo de Auditoria Operacional de determinada
entidade, é necessário traçar um planejamento, definindo as etapas de tal
atividade.

Sua primeira tarefa, então, é identificar a que tipo de auditoria cada descrição se
refere: Auditoria Operacional (AO), Auditoria Interna (AI) ou Auditoria Externa
(AE).

Em seguida, organize as etapas de acordo com esta sequência:

1. Pré-auditoria;

2.Plano de auditoria;

3.Execução de auditoria;

4.Estruturação dos resultados;

5.Comunicação dos resultados;

6.Avaliação da efetividade do trabalho de auditoria.

Aprenda Mais

Para saber mais sobre o processo de auditoria operacional, sugerimos a seguinte


leitura:

ARAÚJO, I. da P. S. (1964). Introdução à auditoria operacional. 4. ed. Rio de


Janeiro: FGV, 2008. cap. 7.

Referências desta aula

ARAÚJO, I. da P. S.; ARRUDA, D. G.; BARRETO, P. H. T. Auditora contábil –


enfoque teórico, normativo e prático. São Paulo: Saraiva, 2008.

ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília:


Presidência da República, 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em:
13 mar. 2015.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 79


______. Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGE). Subcontroladoria
de Auditoria e Controle de Gestão (SCG). Apostila do Curso Básico de
Controle Interno e Auditoria Governamental. Minas Gerais: CGE, SCG,
2012.

______. Senado Federal. Disponível em: http://www.senado.gov.br


www.senado.gov.br. Acesso em: 13 mar. 2015.

CAMARA DOS DEPUTADOS. Atividade legislativa. Créditos adicionais.


Disponível em: http://www2.camara.leg.br/atividade-
legislativa/orcamentobrasil/creditos http://www2.camara.leg.br/atividade-
legislativa/orcamentobrasil/creditos. Acesso em: 13 mar. 2015.

CASTRO, D. P. de. Auditoria, contabilidade e controle interno no setor


público: integração das áreas do ciclo de gestão. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas,


2011.

LIMA, L. H. Controle externo. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2009.

PEREZ JUNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e


procedimentos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

ROCHA, A. C.; QUINTIERE, M. de M. R. Auditoria governamental – uma


abordagem metodológica da auditoria de gestão. 1. ed. Curitiba: Juruá, 2011.

SILVA, M. M. da. Curso de auditoria governamental: de acordo com as


normas internacionais de auditoria pública aprovadas pela INTOSAI. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2012.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 80


Aula 8: Prática de auditoria operacional
Introdução

Nesta aula, estudaremos os aspectos práticos da Auditoria Operacional. Sendo


assim, entenderemos como ocorre a execução da auditoria, bem como
conheceremos os procedimentos de auditoria mais comumente efetuados.

Além disso, identificaremos as evidências de auditoria e sua importância para a


emissão do relatório de auditoria e a comprovação do próprio trabalho do auditor.

Por fim, definiremos os papéis de trabalho e concluiremos a disciplina


apresentando a etapa final da Auditoria Operacional, que, assim como a auditoria
independente, corresponde ao relatório de auditoria, ou seja, a emissão da
opinião do auditor.

Bons estudos!

Objetivo

• Empregar os aspectos da execução de auditoria;

• Elaborar do relatório de auditoria.

Resumo do conteúdo

Nesta aula:

• Compreendemos como ocorre a execução da auditoria;

• Aprendemos a elaborar o relatório final de auditoria.

Conteúdo

Execução da auditoria

Nesta última aula, vamos compreender alguns aspectos práticos da Auditoria


Operacional, fazendo uma analogia com as características da auditoria
independente.

Após a verificação dos controles internos – realizada na etapa de planejamento


ou de execução da auditoria –, o auditor define:

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 81


• As áreas que serão examinadas;

• As questões que serão respondidas;

• A extensão dos exames e procedimentos de auditoria que serão


empregados;

• Os programas específicos que serão utilizados durante a auditoria.

Essa fase de execução caracteriza-se pela aplicação dos procedimentos de


auditoria para a obtenção de provas ou evidências que devem constar no relatório
final do processo.

Vamos conhecer esses procedimentos?

Procedimentos de auditoria

Os procedimentos de auditoria são realizados para que o auditor consiga as


evidências ou, ainda, as provas de auditoria, de modo que possa alcançar o
objetivo de sua investigação.

De acordo com Araújo (2008), os procedimentos básicos de auditoria são os


seguintes:

Exame dos registros

Análise da adequação dos registros contábeis e auxiliares paralelos.

Exame documental

Análise da adequação dos documentos comprobatórios dos fatos auditados. Ao


realizar o exame dos documentos originais, o auditor deve atentar para sua
autenticidade, normalidade, aprovação e seu registro.

Conferência de cálculo

Revisão dos principais cálculos realizados pela entidade auditada, de modo a


verificar sua exatidão. Entre as conferências de cálculos fundamentais, está a
conferência de soma.

Entrevistas

Questões dirigidas, de forma técnica, aos auditados, de modo a detalhar e


esclarecer procedimentos.
AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 82
Inspeção física

Exame de existência dos bens e títulos a receber, bem como dos documentos
comprobatórios de registros. Esses procedimentos têm de ser aplicados, de forma
cuidadosa, pelo auditor, que deve estar atento aos detalhes.

Circularização

Confirmação de saldos e de informações mantidas com terceiros. Solicitada pelo


auditor, a circularização é elaborada pela entidade auditada. Entretanto, é o
auditor que deve receber diretamente as respostas.

Esse procedimento implica a obtenção de declaração formal e isenta de pessoas


independentes com relação ao ente auditado.

Atenção
Atenção

Os procedimentos apresentados não são rígidos e variam de


auditoria para auditoria, ajustando-se a cada situação específica.
Todos eles – ou somente a combinação de alguns deles – podem
ser usados, dependendo da necessidade do processo.

Formulários

Agora, vamos compreender a função dos formulários ou questionários dentro


do processo de auditoria.

Seu principal objetivo é investigar e registrar informações através das respostas


dos auditados a algumas questões. Esse tipo de ferramenta é normalmente
preenchido pelo próprio informante.

O questionário é considerado um método impessoal e indireto. Por isso, nele,


devemos evitar perguntas ambíguas e capciosas, com duplo sentido ou jargões
que podem não ser entendidos por todos, e aquelas que envolvam emoção.

Os formulários de auditoria apresentam as seguintes questões:

• Abertas – Perguntas livres, que podem ser respondidas pelo auditado de


acordo com sua vontade;
AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 83
• Fechadas – Perguntas que possibilitam maior precisão nas respostas, pois
direcionam o auditado.

Evidências de auditoria

As provas ou evidências de auditoria podem ser:

Físicas

Provas obtidas por inspeção física ou direta, tais como fotografias, amostras etc.
Na contagem do caixa, por exemplo, uma evidência física é o próprio dinheiro
disponível para a contagem do auditor.

Documentais

Provas representadas por documentos oficiais, tais como notas fiscais, contratos,
relatórios etc.

Testemunhais

Provas decorrentes da aplicação de entrevistas ou de questionários.

Analíticas

Provas obtidas por meio de conferência de cálculos e análises feitas pelo auditor.

Atenção
Atenção

Assim como na auditoria contábil, na Auditoria Operacional, nem


sempre, é fácil obter evidências. Para isso, o auditor precisa ser
bem experiente.

Programa de auditoria e papéis de trabalho

No programa de auditoria, o responsável pelo trabalho conhece o passo a passo


definido de acordo com o planejamento relativo a esse processo. Mas esse
programa deve ser elaborado de forma mais abrangente que o plano de auditoria.

Os programas de auditoria visam evidenciar:


AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 84
• Os requisitos planejados;

• A extensão e as datas dos procedimentos;

• A estimativa de horas de trabalho;

• O controle dos passos já cumpridos e daqueles que ainda não o foram;

• A identidade de quem revisou tais passos.

De acordo com Araújo (2008), os papéis de trabalho servem para registrar


todas as descobertas feitas pelo auditor e comprovar a atividade desenvolvida
por ele.

Eles se originam de documentos da entidade, mas são de propriedade exclusiva


do auditor, pois é nesse material que se encontram seus fundamentos e
comentários.

Além disso, os papéis de trabalho são confidenciais, pois contêm informações


referentes à instituição auditada. Suas codificações identificam determinados
processos de auditoria.

Relatório de auditoria

Assim como a auditoria independente, a Operacional tem como produto final a


emissão de um relatório de auditoria.

Esse documento expõe, de forma conclusiva, os comentários dos auditores e


descreve os fatos de maior importância: os achados de auditoria.

Suas sugestões devem ser construtivas, visando:

Ao aprimoramento dos controles internos

À redução dos custos

Ao aumento da economicidade, eficiência, eficácia e efetividade da utilização dos


recursos públicos

O relatório de auditoria tem de apresentar, no mínimo, as seguintes informações:

Índice

Item que facilita a identificação dos pontos abordados.


AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 85
Sumário executivo

Breve descrição dos principais pontos observados.

Informações

Dados que incluem:

• Nome da entidade;

• Exercício ou período auditado;

• Número do processo sob exame;

• Nome e endereço do gestor;

• Objetivo da entidade;

• Outros elementos considerados necessários pelo auditor.

Esse documento precisa, ainda, apresentar linguagem culta, correta, direta e


coloquial. A ideia é que o relatório seja facilmente entendido. Por isso, ele deve
ser construído com frases curtas – respeitando a padronização de letras
maiúsculas e minúsculas –, bem como expor os detalhes da forma mais objetiva
possível.

Atividade proposta

Para finalizar a disciplina, vamos fazer um exercício com base em um caso de


Auditoria Operacional sobre o programa de merenda das escolas públicas.

Imagine que você está analisando esse programa, cuja premissa é oferecer aos
alunos certa quantidade de alimento suficiente para suprir parte de suas
necessidades diárias de calorias e proteínas.

A ideia é que haja oferta de merenda em todos os dias eletivos para todas as
crianças em todas as escolas – dentro de determinados padrões nutricionais. Em
outras palavras, se houver aula em uma escola, deve haver merenda suficiente
para todos os alunos (ROCHA; QUINTIERE, 2011, p. 71).

Analisando os quatro “Es” da Administração Pública – economicidade, eficiência,


eficácia e efetividade –, que questões poderiam surgir em relação a esse
programa? Transcreva tais perguntas no docs/a08_t08a.pdf Modelo de Auditoria
Operacional.
AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 86
Aprenda Mais

Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, leia o docs/a08_t00.pdf
Manual de Auditoria Operacional.

Referências desta aula

ARAÚJO, I. da P. S.; ARRUDA, D. G.; BARRETO, P. H. T. Auditora contábil –


enfoque teórico, normativo e prático. São Paulo: Saraiva, 2008.

ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília:


Presidência da República, 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em:
13 mar. 2015.

______. Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGE). Subcontroladoria


de Auditoria e Controle de Gestão (SCG). Apostila do Curso Básico de
Controle Interno e Auditoria Governamental. Minas Gerais: CGE, SCG,
2012.

______. Senado Federal. Disponível em: http://www.senado.gov.br


http://www.senado.gov.br. Acesso em: 13 mar. 2015.

CAMARA DOS DEPUTADOS. Atividade legislativa. Créditos adicionais.


Disponível em: http://www2.camara.leg.br/atividade-
legislativa/orcamentobrasil/creditos http://www2.camara.leg.br/atividade-
legislativa/orcamentobrasil/creditos. Acesso em: 13 mar. 2015.

CASTRO, D. P. de. Auditoria, contabilidade e controle interno no setor


público: integração das áreas do ciclo de gestão. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas,


2011.

LIMA, L. H. Controle externo. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2009.

PEREZ JUNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e


procedimentos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

ROCHA, A. C.; QUINTIERE, M. de M. R. Auditoria governamental – uma


abordagem metodológica da auditoria de gestão. 1. ed. Curitiba: Juruá, 2011.
AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 87
SILVA, M. M. da. Curso de auditoria governamental: de acordo com as
normas internacionais de auditoria pública aprovadas pela INTOSAI. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2012.

Exercícios de fixação
Questão 1

De acordo com o que estudamos nesta aula, indique se os procedimentos de


auditoria são rígidos:

a) Não, pois se baseiam em normas de auditoria emitidas pelo Banco Central


do Brasil.

b) Sim, pois se baseiam em normas de auditoria emitidas pela Comissão de


Valores Mobiliários.

c) Não, pois podem variar de auditoria para auditoria, ajustando-se a cada


situação específica.

d) Sim, pois empresas com tipos de atividades diferentes precisam ser


auditadas, tendo como referência as mesmas regras.

e) Não, pois variam de empresa para empresa – uma empresa pequena, por
exemplo, não necessita de auditoria de disponibilidades.

Questão 2

Assinale, entre as opções a seguir, aquela que NÃO apresenta um procedimento


de auditoria:

a) Circularização.

b) Exame documental.

c) Exame dos registros.

d) Conferência de cálculo.

e) Padronização dos papéis de trabalho.

Questão 3

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 88


Existem quatro tipos de entrevistas: a formal, a focalizada, a por pautas e a
estruturada. Nesta última:

a) O auditor utiliza uma ordem fixa de perguntas, o que facilita a condução


do processo auditorial.

b) A sequência de perguntas é fixa e obrigatória para todas as empresas


auditadas. Nesse caso, o tamanho e o tipo de atividade não se
diferenciam.

c) Há menos estrutura, e esse tipo de entrevista só não se confunde com


uma simples conversa, pois exige do auditor grande habilidade de
percepção.

d) Há liberdade ao auditado, mas o auditor procura focalizar o problema


deste. Além disso, esse tipo de entrevista exige muita técnica e experiência
do profissional de auditoria.

e) O auditor conduz a entrevista com base em uma pauta explorada ao longo


da auditoria. Além disso, há certa liberdade para o questionado, mas o
auditor não o deixa se desviar da pauta.

Questão 4

Instrumentos muito utilizados como procedimentos de auditoria, os questionários


são:

a) Impessoais e indiretos, pois não contêm perguntas ambíguas.

b) Pessoais e objetivos, pois cada empresa deve ser auditada de maneira


distinta.

c) Impessoais e indiretos, pois contêm questões ambíguas para confundir os


entrevistados.

d) Impessoais, mas diretos, pois contêm questões de duplo sentido para


confundir os entrevistados.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 89


e) Impessoais, mas contêm apenas questões diretas, valendo-se, algumas
vezes, de questões ambíguas para tentar obter informações dos
funcionários.

Questão 5

Os questionários em auditoria apresentam a seguinte desvantagem:

a) Menos distorções.

b) Economia de pessoal.

c) Economia do tempo do auditor.

d) Mudança do informante escolhido.

e) Alcance de um grande número de pessoas.

Questão 6

A nota fiscal é um exemplo de evidência de auditoria:

a) Física.

b) Analítica.

c) Irrefutável.

d) Documental.

e) Testemunhal.

Questão 7

Comparando o programa de auditoria com o plano de auditoria, podemos afirmar


que:

a) O segundo é mais abrangente que o primeiro.

b) O primeiro é mais abrangente que o segundo.

c) Ambos são semelhantes com relação a sua abrangência.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 90


d) Ambos são distintos, mas um não é necessariamente mais abrangente que
o outro.

e) Como ambos são utilizados apenas no final desse processo, sua


abrangência é mínima.

Questão 8

Assinale, entre as opções a seguir, aquela que NÃO apresenta um objetivo do


programa de auditoria:

a) Estimar as horas de trabalho.

b) Evidenciar os requisitos planejados.

c) Apresentar opinião sobre os trabalhos de auditoria ora realizados.

d) Estabelecer a extensão e as datas dos procedimentos de auditoria.

e) Definir o controle dos passos já cumpridos e daqueles que ainda não o


foram.

Questão 9

A principal ferramenta que suporta a opinião emitida pelo auditor é o:

a) Papel de trabalho.

b) Plano de auditoria.

c) Relatório de auditoria.

d) Programa de auditoria.

e) Procedimento de auditoria.

Questão 10

O relatório de auditoria operacional deve conter diversas informações, EXCETO:

a) Índice.

b) Sumário executivo.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 91


c) Objetivo da entidade.

d) Exercício ou período auditado.

e) Ano em que a entidade foi fundada e, se for o caso, suas filiais.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 92


Chaves de resposta
Aula 1

Exercícios de fixação

Questão 1 - D

Justificativa: Na Revolução Industrial, houve o desenvolvimento de várias


empresas e, por consequência, da contabilidade e da auditoria.

Questão 2 - B

Justificativa: A criação da SEC, em 1934, nos Estados Unidos, foi um marco do


desenvolvimento da auditoria.

Questão 3 - C

Justificativa: O crescimento e a complexidade da carga tributária não tiveram


influência sobre o desenvolvimento da auditoria no Brasil.

Questão 4 - D

Justificativa: Mediante a emissão do relatório de auditoria, os auditores


aumentam o grau de confiança das demonstrações contábeis por parte dos que
nela estão interessados, já que verificam sua fidedignidade.

Questão 5 - D

Justificativa: A economicidade está prevista na Constituição Federal como um dos


princípios que definem a auditoria pública.

Questão 6 - C

Justificativa: A análise das estratégias e dos aspectos gerenciais da empresa não


faz parte do objetivo de auditoria, e sim da entidade.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 93


Questão 7 - B

Justificativa: Os erros e as fraudes representam a principal função da auditoria:


demonstrar a veracidade das demonstrações contábeis.

Questão 8 - A

Justificativa: A auditoria interna tem como objetivo principal examinar a


integridade e a adequação dos controles internos das entidades.

Questão 9 - E

Justificativa: Ainda que exista tanto na auditoria interna quanto na externa, a


independência é menor no primeiro caso, pois o auditor é funcionário da
empresa.

Questão 10 - C

Justificativa: A auditoria operacional verifica o processo operacional da entidade


e busca a melhoria contínua dos procedimentos.

Aula 2

Exercícios de fixação

Questão 1 - E

Justificativa: A auditoria é prerrogativa exclusiva dos Bacharéis em Ciências


Contábeis.

Questão 2 - D

Justificativa: As habilidades formais são adquiridas com treinamentos e com o


processo de educação continuada. As informais, por sua vez, são obtidas com a
experiência no trabalho.

Questão 3 - B

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 94


Justificativa: Os trainees representam o primeiro degrau dentro do
desenvolvimento da carreira de auditoria. Por isso, eles são profissionais jovens
e solteiros, têm disponibilidade de tempo e podem ser moldados para executar
os trabalhos da área.

Questão 4 - E

Justificativa: Revisar e aprovar o planejamento dos trabalhos é uma das


responsabilidades dos sócios.

Questão 5 - A

Justificativa: A etapa final do trabalho de auditoria – a assinatura do relatório –


é de responsabilidade do sócio, ou seja, do nível hierárquico mais alto.

Questão 6 - E

Justificativa: A capacidade de fazer julgamentos neutros e imparciais está ligada


à independência do auditor.

Questão 7 - E

Justificativa: Nos anos 1990, era estranho que as empresas de auditoria


revisassem o que tinham levantado como pontos de atenção nas demonstrações
contábeis.

Questão 8 - D

Justificativa: A ameaça de interesse próprio ocorre quando algum membro da


auditoria pode auferir benefícios financeiros da empresa auditada.

Questão 9 - D

Justificativa: No caso de verificação de parentesco, devemos substituir o membro


que possui o relacionamento familiar.

Questão 10 - C

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 95


Justificativa: O tamanho da entidade auditada é fundamental, uma vez que gera
impacto no valor cobrado pelos serviços de auditoria.

Aula 3

Exercícios de fixação

Questão 1 - D

Justificativa: O profissional que pretende realizar auditoria em demonstrações


contábeis de sociedades anônimas de capital aberto deve ter registro ativo na
CVM e no CFC.

Questão 2 - A

Justificativa: Por meio da Resolução nº 1.328/11, O CFC normatizou a estrutura


das NBCs, cujo objetivo é estabelecer os mesmos padrões utilizados nas IFRS.

Questão 3 - E

Justificativa: Entre os tipos distintos de treinamento para o profissional auditor,


estão o formal e o informal, aquele destinado à avaliação de sua competência
técnico-profissional, aquele ligado a sua independência mental e, por fim, o que
o orienta para a redação do relatório de auditoria.

Questão 4 - B

Justificativa: As atividades de auditoria devem ser documentadas nos papéis de


trabalho, que são de propriedade do auditor responsável por sua guarda e por
seu sigilo.

Questão 5 - C

Justificativa: O documento que expressa a opinião do auditor é o parecer de


auditoria. Se sua emissão não for possível, isso deverá ser exposto
detalhadamente.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 96


Questão 6 - A

Justificativa: Implementar o controle interno nas entidades significa utilizar um


conjunto alinhado de métodos e de medidas com o objetivo de proteger seu
patrimônio, buscando a fidedignidade e a acurácia dos valores contábeis, bem
como aumentando a eficiência operacional a partir do cumprimento de políticas
internas vigentes nessas instituições.

Questão 7 - B

Justificativa: Em se tratando de países desenvolvidos, a relevância dada a


métodos científicos utilizados pela gestão é maior, pois se parametriza a forma
de alcance e controle dos objetivos atingidos e daqueles que se pretende atingir.

Questão 8 - D

Justificativa: Na elaboração do plano ou programa de auditoria, é necessário


observar os controles de uma entidade. Afinal, quanto maior o controle, mais
segurança haverá para o trabalho. Por outro lado, quanto menor o controle, mais
cuidado será exigido na execução dos trabalhos de auditoria.

Questão 9 - E

Justificativa: Entre os aspectos relacionados aos controles internos de uma


entidade qualquer, estão o plano da organização, métodos e medidas, a proteção
do patrimônio, a exatidão e a fidedignidade dos dados contábeis, a eficiência
operacional e as políticas administrativas.

Questão 10 - D

Justificativa: É impossível manter uma entidade sem qualquer tipo de controle –


tarefa necessária para garantir a continuidade das operações e da geração de
informações.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 97


Aula 4

Exercícios de fixação

Questão 1 - C

Justificativa: Implementar o controle interno nas entidades significa utilizar um


conjunto alinhado de métodos e de medidas com o objetivo de proteger seu
patrimônio, buscando a fidedignidade e a acurácia dos valores contábeis, bem
como aumentando a eficiência operacional a partir do cumprimento de políticas
internas vigentes nessas instituições.

Questão 2 - E

Justificativa: O sistema de controle interno é muito importante para as entidades.


Portanto, é fundamental que os auditores disponham de tal conhecimento prévio
para a execução de suas atividades. Para isso, eles devem, por exemplo, realizar
uma leitura aprofundada dos manuais da empresa e entrevistar funcionários-
chave da organização.

Questão 3 - B

Justificativa: De maneira padronizada, cada NÃO respondido no questionário


indica um problema no controle interno, o que demanda explicações e
detalhamentos posteriores.

Questão 4 - C

Justificativa: O detalhamento dos procedimentos de auditoria deve esclarecer o


que o auditor vai examinar na empresa, com base no estudo dos sistemas
contábil e de controles internos. Nesse contexto, é necessário conhecer tais
sistemas e verificar sua aplicabilidade dentro da entidade.

Questão 5 - C

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 98


Justificativa: A elaboração do programa de auditoria deve tomar como base a
natureza e o tamanho das entidades, e estar de acordo com os setores a serem
analisados, bem como com as políticas de controle interno adotadas.

Questão 6 - B

Justificativa: Geralmente, no processo de auditoria do ativo, o auditor deve


determinar se os princípios de contabilidade são efetivamente seguidos, apurar
se realmente existem todas as disponibilidades apresentadas no balanço,
assegurar que todos os rendimentos auferidos são devidamente recebidos e
contabilizados, verificando a adesão – ligada ao princípio da competência –,
apurar se as contas a receber são autênticas e têm origem em transações
relacionadas com vendas ou prestação de serviços, assegurar que os estoques
existem fisicamente e são de propriedade da empresa – comprovação essa que
precisa ser documental, e verificar a existência de propriedades e de
procedimentos aplicados a investimentos considerados relevantes.

Questão 7 - B

Justificativa: O subgrupo do ativo denominado disponibilidades apresenta


algumas questões que merecem atenção, quais sejam: como as contas são, em
sua maioria, representadas por seu valor nominal, não há grandes dificuldades
em sua avaliação; os valores que estão em moeda estrangeira devem ser
convertidos, na data do balanço, em moeda corrente à taxa vigente da data-base
de auditoria; as aplicações em títulos negociáveis, com conversibilidade imediata,
devem ser avaliadas pelo custo de aquisição.

Questão 8 - D

Justificativa: Para fortalecer os controles internos, alguns procedimentos devem


ser realizados no subgrupo disponibilidades, e sua aplicação tem de ocorrer de
maneira uniforme na maioria das empresas. São eles: segregação de funções
entre a custódia de valores e a contabilização, sistema de autorização e
aprovação de pagamento das contas, conciliações bancárias periódicas e

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 99


revisadas por uma pessoa que não seja responsável por sua preparação, e
abertura de contas bancárias pela administração para facilitar o gerenciamento
das operações de entradas e saídas de recursos financeiros.

Questão 9 - D

Justificativa: Todas as contas devem ser analisadas, sejam as patrimoniais ou de


resultado.

Questão 10 - B

Justificativa: O subgrupo do Passivo Não Circulante demanda uma postura


diferente daquela empregada no ativo, que determina a conferência de bens
tangíveis e intangíveis pautados pela observação pessoal e confirmação direta.
Para as exigibilidades, essa observação é irrelevante, pois é caracterizada pela
intangibilidade.

Aula 5

Exercícios de fixação

Questão 1 - A

Justificativa: Quando a auditoria se finaliza, o auditor deve emitir, de maneira


padronizada e formalizada, sua opinião sobre todos os aspectos das
demonstrações analisadas.

Questão 2 - D

Justificativa: Antes das mudanças das normas de auditoria, o documento que


registrava a opinião dos auditores era o parecer dos auditores independentes.
Depois disso, o relatório de auditoria passou a ser o documento formal, e a
opinião do auditor – equivalente ao parecer – tornou-se parte integrante dele. O
relatório continua com as mesmas funções e com os mesmos objetivos de antes:
apresentar a avaliação do auditor ou de sua equipe sobre o que foi analisado.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 100


Questão 3 - B

Justificativa: A opinião do auditor que consta no parecer de auditoria NÃO é


pessoal, mas técnica e bem fundamentada – consequência da avaliação da
aderência às normas e aos preceitos previstos, que foram efetivamente
empregados no processo de registro e de elaboração das demonstrações
contábeis.

Questão 4 - C

Justificativa: Em situações normais, quando o processo de auditoria ocorre dentro


do esperado, o parecer deve ser destinado aos acionistas, cotistas ou sócios da
organização, ao Conselho de Administração ou ao órgão equivalente a ele.

Questão 5 - B

Justificativa: As legislações específicas de cada entidade auditada devem ser


consideradas, pois, dependendo da atividade operacional desempenhada pela
empresa, podem ser exigidas adequações adicionais a outras leis, tais como
normatizações emitidas pelo Bacen, pela CVM e pela Anatel.

Questão 6 - B

Justificativa: Em vigor desde o ano de 1976, a legislação societária brasileira


estabelece que cabem ao Conselho de Administração da empresa auditada a
escolha do profissional auditor independente que nela realizará o processo de
auditoria bem como sua possível destituição.

Questão 7 - E

Justificativa: Em 1976, com a criação da CVM, ficou estabelecido que somente as


empresas de auditoria que tivessem auditores contábeis independentes nela
registrados poderiam realizar a auditoria das demonstrações contábeis das
entidades de capital aberto e das instituições integrantes do sistema de
distribuição e intermediação de valores mobiliários – atualmente com grande
destaque no cenário nacional.
AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 101
Questão 8 - D

Justificativa: Na prática, há duas maneiras de um auditor independente exercer


a profissão, de forma regular, junto à CVM: seja como Pessoa Física – conferida
ao contador que satisfaz os requisitos mínimos necessários ao cargo de auditor
contábil – ou como Pessoa Jurídica – conferida à sociedade profissional,
constituída sob a forma de sociedade civil, que satisfaz os quesitos específicos
para a referida carreira.

Questão 9 - A

Justificativa: Todos os sócios da entidade precisam ser contadores, e a metade


deles, pelo menos, cadastrados como responsáveis técnicos.

Questão 10 - C

Justificativa: O Bacen não normatiza a atividade de auditoria de maneira direta –


apenas emite normas para as empresas auditadas, que devem ser conferidas
pelos auditores durante seus trabalhos.

Aula 6

Exercícios de fixação

Questão 1 - B

Justificativa: Os primeiros estudos da utilização da auditoria operacional


iniciaram-se em 1970, já que em 1971 a INTOSAI, aprovou a ampliação do
universo da auditoria contábil, conhecida como auditoria integral ou integrada,
que compreendia os seguintes aspectos: contábil, administrativo e programático.

Questão 2 - C

Justificativa: Observa-se, assim, que a auditoria operacional originou-se na


auditoria contábil, porém apresenta uma ênfase à gestão e verificação de eficácia
dos processos e não ênfase somente em verificação de fraudes e erros.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 102


Questão 3 - E

Justificativa: Os principais criadores e disseminadores da auditoria operacional


foram os auditores internos e isso ocorreu devido à evolução da auditoria interna,
uma vez que houve a percepção de que somente os relatórios financeiros não
eram mais suficientes para que a gestão fosse avaliada, nascendo daí a
diferenciação deste tipo de auditoria para a auditoria contábil, ou seja, com o
foco na gestão.

Questão 4 - B

Justificativa: A auditoria operacional é baseada em quatro "E", que são bastante


presentes no ambiente público. São eles: Economicidade, eficiência, eficácia,
efetividade.

Questão 5 - C

Justificativa: <p>: A auditoria operacional irá verificar que houve o atingimento


da meta, porém não houve a manutenção da relação custo versus benefício.
Desta forma, pode-se compreender a eficiência da seguinte forma: Eficiência:<p
style="text-align:center;">Resultados Alcançados<br/>Recursos consumidos

Questão 6 - D

Justificativa: Nível de resultados - irá avaliar os resultados obtidos pelo impacto


que um programa, por exemplo, produz na sociedade.

Questão 7 - B

Justificativa: Este tipo de auditoria está ligado à ação do auditado, logo verifica-
se os aspectos relativos aos princípios da administração pública, sendo assim
observados os seguintes aspectos: Obediência aos princípios da administração
pública; observância de como os órgãos públicos adquirem, gerem e utilizam os
seus recursos; real cumprimento das metas.

Questão 8 - E

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 103


Justificativa: As características da análise da gestão organizacional são: Análise
da estrutura organizacional, se está adequada ao proposto; verificação das
funções da entidade; verificação de controles para a obediência aos princípios de
administração pública; investigação do uso correto tanto de recursos humanos,
bem como de instalações e equipamentos para a execução dos trabalhos do
órgão; conferência de metas, se as mesmas estão sendo cumpridas.

Questão 9 - A

Justificativa: Auditoria de desempenho é focada no processo operacional e a


auditoria de resultado é focada nos efeitos produzidos pela ação do órgão
governamental.

Questão 10 - B

Justificativa: São vantagens da auditoria operacional: Contribui para a


accontability, que está ligada à obrigação de se prestar contas dos entes
envolvidos na administração pública; proporciona o aumento das receitas, por
otimizar os recursos, ou seja, pela aplicação das melhores práticas;
melhora o desempenho, mediante a utilização de índices para avaliação
de desempenho das entidades; diminui desperdícios e práticas ineficientes; reduz
os custos uma vez que a auditoria operacional aponta as melhores práticas para
evitar os desperdícios; incrementa o resultado, com a melhor utilização dos
recursos, redução de custos e melhoria nos controles.

Aula 7

Exercícios de fixação

Questão 1 - B

Justificativa: A

Questão 2 - B, D

Justificativa: B
AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 104
Questão 3 - V, F

Justificativa: C

Questão 4 - A, B, A, B

Justificativa: D

Aula 8

Exercícios de fixação

Questão 1 - C

Justificativa: Todos os procedimentos de auditoria – ou somente a combinação


de alguns deles – podem ser usados, dependendo da necessidade do processo.

Questão 2 - E

Justificativa: Os procedimentos de auditoria são o exame dos registros, o exame


documental, a conferência de cálculo, as entrevistas, a inspeção física e a
circularização.

Questão 3 - A

Justificativa: A segunda opção não diz respeito a nenhum dos tipos de entrevistas
citados. A terceira opção corresponde à entrevista formal. A quarta, à entrevista
focalizada, e a quinta, à entrevista por pautas.

Questão 4 - A

Justificativa: O questionário é considerado um método impessoal e indireto, e


serve para o registro das informações obtidas com o auditado. Por isso, nele,
devemos evitar perguntas ambíguas e capciosas, com duplo sentido ou jargões
que podem não ser entendidos por todos, e aquelas que envolvam emoção.

Questão 5 - D

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 105


Justificativa: O questionário poupa tempo e pode atingir o máximo de pessoas.
Em muitos casos, essa ferramenta abrange uma área geográfica maior,
economiza pessoal, obtém respostas mais rápidas e apresenta menor risco de
distorções, já que não há influência dos entrevistados em sua elaboração.

Questão 6 - D

Justificativa: As provas ou evidências de auditoria podem ser físicas,


documentais, testemunhais e analíticas. Como exemplos de evidências
documentais, podemos citar as notas fiscais, os contratos, os relatórios etc.

Questão 7 - B

Justificativa: No programa de auditoria, o responsável pelo trabalho conhece o


passo a passo definido de acordo com o planejamento relativo a esse processo.
Mas esse programa deve ser elaborado de forma mais abrangente que o plano
de auditoria.

Questão 8 - C

Justificativa: Os programas de auditoria visam evidenciar os requisitos


planejados, a extensão e as datas dos procedimentos, a estimativa de horas de
trabalho, o controle dos passos já cumpridos e daqueles que ainda não o foram,
e a identidade de quem revisou tais passos.

Questão 9 - A

Justificativa: O papel de trabalho representa a documentação das evidências de


auditoria que respaldam as conclusões e opiniões significativas dos auditores.
Essa é a principal base para a elaboração do relatório de auditoria.

Questão 10 - E

Justificativa: O relatório de auditoria tem de apresentar, no mínimo, índice,


sumário executivo e informações como o nome da entidade, o exercício ou
período auditado, o número do processo sob exame, o nome e o endereço do

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 106


gestor, o objetivo da entidade e outros dados que sejam entendidos como
necessários pelo auditor.

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 107


Conteudista
Tatiane Antonovz é Mestre em Contabilidade pela Universidade Federal do
Paraná (UFPR) e Graduada em Ciências Contábeis pela mesma instituição. Tem
experiência na área de controladoria adquirida em empresas do setor e em
escritórios de contabilidade. Atualmente, é professora do curso de Ciências
Contábeis da Faculdade Estácio de Curitiba, onde ministra as disciplinas
Contabilidade de Custos, Contabilidade Gerencial e Prática Contábil
Informatizada. Também atua como docente, na modalidade a distância, na
entidade Inteligência Educacional e Sistemas de Ensino (IESDE) e no Instituto
Brasileiro de Pós-Graduação e Extensão (IBPEX).

Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6366913720238552

AUDITORIA OPERACIONAL E CONTÁBIL 108

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