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1.1 - População
1.3 – Poluição
Como resultado da utilização dos recursos naturais pelo população surge a
poluição. Poluição é uma alteração indesejável (causada pelas atividades e interações
humanas) nas características químicas, físicas ou biológicas da atmosfera, litosfera ou
hidrosfera que cause ou possa causar prejuízo à saúde, à sobrevivência ou às atividades
dos seres humanos e outras espécies ou ainda deteriorar materiais.
Poluentes são resíduos gerados pelas atividades humanas, causando um impacto
ambiental negativo. As fontes poluidoras (origem dos resíduos) podem ser classificadas
em:
• Pontuais(ou localizadas): lançamento de esgoto domético, aterro sanitário,
etc...
• Difusas(ou dispersas): gases expelidos do escapamento de veículos,
agrotóxicos aplicados na agricultura e dispersos no ar, etc...
2.4 – Conclusão
A Lei da conservação da massa mostra que nunca estaremos livres de algum tipo
de poluição (resíduos). Uma conseqüência da 2ª Lei é o fato de ser impossível obter
energia de melhor qualidade do que aquela disponível inicialmente, ou seja, não existe a
reciclagem completa da energia. Logo, a energia dispersada em qualquer transformação
será pedida para sempre. Outra conseqüência é o aumento da entropia, o que implica
maior desordem nos sistemas locais, regionais e globais.
Portanto, deve-se buscar um novo posicionamento ante as necessidades de
desenvolvimento da sociedade: o desenvolvimento sustentável.
Cap. 3 – Ecossistemas
3.1 – Definição e estrutura
O ecossistema é a unidade básica no estudo da ecologia. Em um ecossistema, o
conjunto de seres vivos interagem entre si e com o meio natural de maneira equilibrada,
por meio da reciclagem de matéria e do uso eficiente da energia solar. Ecossistema é um
sistema estável, equilibrado e auto-suficiente. Possui dimensões variadas. Um
ecossistema compõe-se de elementos abióticos (matéria inorgânica ou sem vida – Ex:
água, ar...) e elementos bióticos (seres vivos).
Em um ecossistema cada espécie possui seu hábitat (local ocupado pela espécie,
com todas suas características abióticas) e seu nicho ecológico (função da espécie
dentro do conjunto do ecossistema e suas relações com as demais espécies e com o
ambiente). Espécies que ocupam nichos semelhantes em regiões distintas são
denominadas de equivalentes ecológicos.
Todo ecossistema procura um estado de equilíbrio dinâmico ou homeostase por
meio de mecanismos de autocontrole e auto-regulação que entram em ação assim que
ocorre qualquer mudança. Entre a mudança e o acionamento dos mecanismos existe um
tempo de resposta.
A quantidade total de matéria viva em um ecossistema é denominada biomassa e
pode ser quantificada em termos de energia armazenada ou de peso seco, geralmente
referidos a uma unidade de área.
3.7 – Biomas
A superfície terrestre apresenta, em toda sua extensão, uma grande diversidade
de hábitats em função da variação do clima, distribuição de nutrientes, etc... Devido a
este fato, podemos dividir nosso planeta em regiões de grande extensão onde se
desenvolveu predominantemente um tipo de vida, esses grandes ecossistemas são
denominados biomas.
As diferenças básicas entre os ecossistemas terrestres e aquáticos são as
seguintes:
• Enquanto que nos ecossistemas terrestres a água é muitas vezes fator limitante,
nos ecossistemas marinhos a luz é que se torna limitante.
• As variações da temperatura são mais pronunciadas no meio terrestre do que no
meio aquático.
• No meio terrestre, a circulação do ar provoca uma rápida distribuição e
reciclagem de gases, enquanto no aquático o oxigênio, às vezes, é um fator
limitante.
• O meio aquático requer esqueletos menos rígidos dos seus habitantes do que o
meio terrestre.
• Os ecossistemas terrestres apresentam uma biomassa vegetal muito maior que os
ecossistemas aquáticos, mas as cadeias alimentares tornam-se bem maiores nos
ecossistemas aquáticos.
Ecossistemas Aquáticos
• Rios:
¾ Intimamente relacionados com o ambiente a seu redor
¾ Fatores que influem em seu povoamento são: velocidade da corrente, a
natureza do fundo, a temperatura, a oxigenação e a composição química.
¾ Temperatura das águas correntes acompanha a do meio externo.
¾ Possuem suprimento abundante de oxigênio.
• Lagos:
¾ Originam-se de períodos de intensa atividade vulcânica e tectônica.
¾ Produtividade de um lago depende de sua profundidade e idade geológica e
do recebimento de nutrientes do exterior. Podem ser classificados em:
oligotróficos (baixa produtividade, profundos e geologicamente jovens) e
eutróficos (vida aquática abundante e elevada capacidade de depuração da
matéria orgânica em decomposição).
• Oceanos:
¾ Grande influência nas características climáticas e atmosféricas da Terra
¾ Papel importante no equilíbrio do ciclo do carbono
¾ Em função da iluminação temos 2 zonas distintas: eufótica (ode ocorre a
fotossíntese) e afótica (não há luz suficiente para a fotossíntese).
¾ Região mais bem conhecida e estudada dos oceanos: plataforma
continental (até 200 m de profundidade, os produtores são basicamente os
fitoplânctons e os consumidores dividem-se entre o zooplâncton, os bentos
e nécton).
• Estuários:
¾ Corpo d’água litorâneo semifechado com livre acesso para o mar
¾ Águas marinhas se misturam com água doce
¾ Condições de alimento muito favoráveis, levando a um grande número de
organismos
Ecossistemas terrestres
A água torna-se às vezes escassa, o que leva os seres vivos a desenvolver uma
série de adaptações para garantir sua sobrevivência. Uma característica marcante nos
ecossistemas terrestres é a presença de grandes vegetais providos de raízes (são
estritamente autótrofos, necessitando apenas de luz e nutrientes minerais para
elaboração de matéria orgânica), que são os principais produtores do meio terrestre. Os
decompositores são basicamente constituídos pelos fungos e bactérias. A seguir será
apresentado os principais ecossistemas terrestres.
• Tundra:
¾ Desenvolve-se no hemisfério norte
¾ Caracteriza-se pela ausência de árvores e pelo solo esponjoso e acidentado
¾ Cadeias alimentares relativamente curtas
• Florestas tropicais:
¾ Ocorrem em regiões isoladas, sempre a baixas altitudes e próximas ao
equador
¾ Precipitação elevada e distribuída por todo o ano
¾ Grande variedades de espécies tanto animais como vegetais
¾ Flora característica composta por árvores de grande porte e densa folhagem
¾ Fauna desenvolve-se principalmente nas árvores
¾ Abundância de alimentos
¾ Produtividade bastante elevada
¾ Decomposição e reciclagem de nutrientes acontece com grande rapidez
¾ Solo pobre (baixa quantidade de minerais)
• Campos:
¾ Predomina a vegetação herbácea (baixa)
¾ Divide-se em 2 tipos: estepes (domínio das gramíneas) e savana (arbustos e
pequenas árvores)
¾ Fauna das savanas compreende um grande número de herbívoros de grande
porte e grandes carnívoros
¾ Possui aves corredoras e de grande porte (avestruz e ema)
• Desertos:
¾ Regiões áridas de vegetação rara e espaçada
¾ Regiões de baixa precipitação e com altas taxas de evaporação
Parte I
Capítulo 4 – Ciclos Biogeoquímicos
5.2- Comunidade
5.5 – Biodiversidade
-A qualidade da água
-Características biológicas
-Mecanismos físicos
-Mecanismos bioquímicos
- Mecanismos químicos
Existem reações químicas na água que podem ser afetadas por: ph, temperatura,
radiação solar, etc.
-Mecanismos biológicos
Não existe água pura pois a água é ótimo solvente e há coisas dissolvidas nela,
Indicadores químicos:
Indicador Características Problemas causados
Salinidade Conjunto de sais Poluição de esgotos
Dureza Materiais alcalino-terrosos (ex. Dificuldade na lavagem, podem
cálcio), não faz espuma pelo incrustar tubulações, radiadores,
sabão. etc.
Alcalinidade Bicarbonatos, carbonato e Influencia no tratamento de água
hidróxido
Corrosividade Ácidos minerais, O2, CO2 e gás Corroem metais
sulfidrico
Ferro e Sabor a água e mancham roupas,
manganês Fgerro e manfanes aparelhos e podem ficar
depositados em canos
Impurezas Origem animal Avaliam grau e distância de uma
Orgânicas poluição. Provocam em crianças
cianose.
Características Teor de iodo e flúor Redução de cárie, bócio. Teor alto
benéficas pode causar problemas ao homem
Compostos Cobre, zinco, chumbo, cianetos,
Tóxicos mercúrio, etc.
Fenóis Fenóis Tóxicos, problemas no tratamento
de água
Detergentes Detergentes Sabor e formação de espuma em
água agitada
Agrotóxicos Agrotóxicos Tóxicos, mortalidade de peixes e
prejuízo ao abastecimento público
Radioatividade Elementos radioativos (Indústria Chuva pode carrear a
Nuclear) contaminação
Tratamento Descrição
Sedimentação Remoção da matéria em suspensão
Coagulação Introduz produtos químicos para formar flocos de impureza de fácil
remoção
Filtração Remover impurezas muito leves
Desinfecção Destruição de organismos patogênicos através da aplicação de cloro e
seus compostos
Remoção da Produto químicos adicionados para a precipitação de cálcio. Chama-se
dureza abrandamento
Aeração Remove substâncias voláteis
Remoção de ferro e Somente feito se houver alta concentração
manganês
Remoção de sabor e odor
Controle de corrosão
Fluoretação Concentração de fluoreto para dar à população maior resistência a
cáries dentárias.
8.7 –
A escassez da água pode ocorrer em regiões onde os recursos hídricos são abundantes, mas
insuficientes para atender a demanda excessiva. Essa escassez tem levado à busca por recursos hídricos
de bacias adjacentes, aumentando o custo da utilização da água. Nessa condição, o conceito de
‘substituição de fontes’ torna-se uma boa solução, uma vez que ela determina a qualidade da água a ser
utilizada como sendo dependente de sua finalidade.
1)Formas Potenciais de Reuso
A presença de organismos patogênicos e de compostos orgânicos sintéticos na
grande maioria dos efluentes disponíveis para reuso faz com que sua recuperação com o
objetivo de se obter água potável seja inviável. Para implementar o reuso urbano para
fins potáveis, é necessário obedecer os seguintes critérios:
- não utilizar conexão direta com efluentes de uma estação de tratamento de esgotos a
uma de tratamento de águas;
- deve-se fazer um reuso indireto, que consiste na diluição dos esgotos, após
tratamento, em um corpo hídrico (lago ou reservatório) não poluído, no qual após
tempos de detenção longos, é efetuada a captação, seguida de tratamento e posterior
distribuição;
- o reuso só pode ser praticado tendo como matéria prima básica esgotos
exclusivamente domésticos.
Para usos urbanos não potáveis, os riscos envolvidos com o reuso são menores. Eles podem ser
utilizados para: irrigação de parques e jardins; reserva de proteção contra incêndios; descarga
sanitária de banheiros público e de edifícios comerciais; etc.
Os problemas associados ao reuso urbano para fins não potáveis são os custos
elevados de sistemas duplos de distribuição, dificuldades operacionais e riscos de
conexões cruzadas.
Os custos elevados da água para as indústrias têm as levado a avaliar
possibilidades internas de reuso e a compra de efluentes tratados a um preço inferior ao
da água potável. Nas indústrias, o potencial de aproveitamento do reuso está em: torres
de resfriamento; caldeiras; construção civil; processos industriais; etc.
Diante das grandes vazões envolvidas, deve-se dar grande atenção ao reuso para
fins agrícolas. O uso de esgotos para irrigação aumentou devido a: dificuldade de se
encontrar fontes alternativas de água; custo elevado dos fertilizantes (as águas de reuso
contém materiais orgânicos e nutrientes que chegam a eliminar a necessidade da
aplicação de fertilizantes nesses solos); a segurança de que os riscos à saúde e impactos
sobre o solo são mínimos; etc. Porém, há alguns efeitos negativos na utilização de
esgotos para a irrigação, como: poluição, principalmente por nitratos, de aqüíferos
subterrâneos; acúmulo de contaminantes no solo; dependendo das características do
esgoto, acumulo de compostos tóxicos, orgânicos e inorgânicos e ao aumento da
salinidade do solo, em prática por períodos longos; etc
2) Recarga de Aqüíferos
Os aqüíferos subterrâneos são continuamente realimentados por zonas ou áreas
de recarga ou por irrigação ou precipitações, o que, eventualmente, pode resultar em
poluição de suas águas. A recarga de aqüíferos com efluentes tratados tem por objetivo:
prevenir a intrusão de cunha salina em aqüíferos costeiros, proporcionar tratamentos
adicional de efluentes para uso futuro, aumentar a disponibilidade de água em aqüíferos
potáveis ou não potáveis, etc
8.8 – Tratamento de Esgotos
O esgoto é classificado em:
- esgoto sanitário: despejos líquidos constituídos de esgotos domésticos e industriais
lançadas na rede pública e águas de infiltração. Possuem características bem
definidas;
- Resíduo líquido industrial: esgoto resultante dos processos industriais. Possui
características específicas, dependendo do tipo de indústria – requer tratamento e
disposição isoladas.
1) Partes constituintes dos sistemas de esgotos sanitários
- Coletores: predial – canalização que conduz os esgotos sanitários dos edifícios;
secundário ou de esgotos – recebe efluentes dos coletores prediais – e tronco –
canalização principal, que recebe vários efluentes dos coletores secundários,
conduzindo-os a um interceptor.
- Interceptores: canalizações de grande porte que interceptam o fluxo dos coletores
com a finalidade de proteger cursos de água, lagos, praia, etc, evitando descargas
diretas.
2) Os esgotos sanitários e o meio ambiente
É importante conhecer o esgoto tanto quantitativa quanto qualitativamente, pois essas características
dependem de dados bastante importantes de uma comunidade, como: hábitos e condições sócio-
econômicas; existência ou não de ligações clandestinas; custo e medição da água distribuída; estado de
conservação dos aparelhos sanitários e vazamentos; etc.
É de suma importância o tratamento adequado do esgoto, pois ele elimina a presença de agentes
patogênicos, tais como vírus, bactérias, vermes, etc, que podem causar diversas doenças relacionadas à
alimentação e a infecções nos seres humanos, principalmente em regiões mais pobres, onde a rede pública
de esgotos não é amplamente desenvolvida.
3) Processos e grau de tratamento de esgotos
- Remoção ou transformação das características dos esgotos:
- sólidos grosseiros em suspensão: por crivos, grades e desintegradores.
- sólidos grosseiros sedimentáveis: por caixa de areia e centrifugadores.
- óleos, graxa e substâncias flutuantes análogas: por tanques de retenção de
gorduras, tanques de flotação e decantadores com removedores de escuma.
- material miúdo em suspensão: por tanques de flotação, tanques de precipitação
química e filtros de areia.
- substâncias orgânicas dissolvidas, semidissolvidas e finamente divididas: por
irrigação de grandes superfícies, filtros biológicos, lagoas de estabilização,
tanques de lodos ativados, tanques sépticos e valos de oxidação.
- odores e controle de doenças transmissíveis: por cloração, reagentes químicos e
instalações biológicas.
4) Processos de tratamento em função da eficiência das unidades
- Tratamento preliminar
- remoção de sólidos grosseiros, remoção de gorduras, remoção de areia.
- Tratamento primário
- decantação, flotação, digestão do lodo e secagem do lodo.
- Tratamento secundário
- filtragem biológica, processos de lodos ativados, decantação intermediária ou
final e lagoas de estabilização.
- Tratamento avançado
- remoção de nutrientes e remoção de complexos orgânicos.