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Índice
1 - Apresentação;
3 - Assistência do advogado;
8 - Representação;
10 - Custo;
11 - Registro;
12 - Legislação específica;
Tabelionato Figueiredo
Manual de Inventário e Partilha Extrajudicial
1 - Apresentação
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Caso haja litígio, conflito quanto à divisão dos bens inventariados, existirá a
necessidade de se passar para as vias judiciais.
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- O inventário e partilha não são atos do tabelião, mas sim dos próprios herdeiros e
interessados. Diferentemente do juiz, que processa o inventário, profere a sentença e
decide sobre a partilha, o tabelião não decide sobre o inventário e a partilha, apenas
verifica o cumprimento das exigências legais, qualifica e formaliza juridicamente a
vontade das partes.
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caso de inventário extrajudicial, sempre será possível que o mesmo seja realizado no
Tabelionato de Notas.
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1) www.incra.gov.br >>> 2) "Serviços" >>> 3) CCIR >>> 4) "Clique aqui para a emissão
de Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR)"
3 - Assistência do advogado
O tabelião não pode indicar advogados, assim como não pode manter
advogados de plantão no tabelionato à espera de inventários. Ao cidadão que não
possui condições financeiras de constituir procurador, deve ser indicada a Defensoria
Pública ou em último caso, a Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil.
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As partes podem ser representadas por um único advogado ou cada uma delas
pode ser acompanhada por seu próprio representante. Caso haja algum herdeiro que
seja advogado, este pode atuar em causa própria.
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causa mortis, não importa onde foi processado o inventário ou arrolamento ou onde
estão domiciliados doador e donatário, o ICD pertencerá ao Estado de Pernambuco.
O imposto poderá ser pago à vista com uma redução de 10% (dez por cento)
sobre o valor imposto, ou poderá ser parcelado em até 06 (seis) parcelas, sem direito a
desconto. Se o contribuinte dentro do prazo de recolhimento do tributo (30 dias da
ciência da notificação de lançamento do ITCMD), não efetuar o pagamento, o crédito
tributário será inscrito na Dívida Ativa do Estado acrescido de uma multa de 5% (cinco
por cento).
Nos casos de inventário ou arrolamento que não for aberto dentro do prazo de
60 (sessenta dias) do óbito, o imposto será calculado com acréscimo de multa
equivalente a 1% (um por cento) do valor do imposto.
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possível que ocorra a recusa, já que o herdeiro não é obrigado a aceitar a herança. De
acordo com o Art. 1808 do Código Civil, não é possível a aceitação ou renúncia parcial
do quinhão.
Conforme consta no Art. 1809 do Código Civil, caso o herdeiro faleça antes de
ter aceitado a herança expressa ou tacitamente, direito de aceitar a herança se
transfere aos seus herdeiros.
Na renúncia, ato pelo qual o herdeiro recusa a herança, não é criado qualquer
direito ao renunciante, pois se considera que ele nunca foi herdeiro. A renúncia à
herança não pode ocorrer antes da abertura da sucessão, isto é, antes da morte de seu
autor.
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Essa cessão pode ser gratuita, ou seja, o herdeiro vai ceder os direitos
hereditários para o beneficiário sem receber nada em troca, e pode ser onerosa, o
herdeiro pode negociar com outras pessoas os seus direitos hereditários. Ele pode
“vender” os seus direitos hereditários, pode ceder esses direitos em troca de dinheiro,
algum bem ou algum valor. O herdeiro pode alienar esses direitos, pode negociá-los
com outrem.
Em relação aos impostos a serem pagos, na cessão existe uma dupla tributação:
um tributo vai incidir na transmissão que se deu do “de cujus” para o herdeiro (Imposto
causa mortis) e outro tributo vai incidir na cessão dos direitos sucessórios do herdeiro
para o terceiro (Imposto inter vivos). Se a cessão foi gratuita, incidirá duas vezes o ICD
(Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação), pois a primeira incidência do ICD é
por causa da transmissão causa mortis (do de cujus para o herdeiro) e a segunda
incidência é por causa da cessão que, por ter sido gratuita, será considerada uma
doação. Agora, se a cessão for onerosa, irá incidir o ICD por causa da transmissão
causa mortis e depois irá incidir o ITBI (Imposto sobre Transmissão inter vivos de bens
imóveis e Direitos a ele relativos) por causa da transferência onerosa dos direitos
hereditários do herdeiro para o terceiro.
Caso o herdeiro não ofereça o seu quinhão aos demais e aliene diretamente os
seus direitos sucessórios a um estranho à sucessão, sem, portanto, respeitar o direito
de preferência, qualquer dos herdeiros pode, no prazo de 180 dias, depositar o valor e
ter para si a herança cedida. Caso mais de um herdeiro esteja interessado na herança
cedida, o quinhão hereditário vai ser dividido entre eles, na proporção das respectivas
quotas hereditárias (Código Civil, art. 1.795).
A cessão pode ser feita desde o início do inventário até a partilha de bens. Caso
a partilha já tenha ocorrido, os bens já são dos herdeiros e qualquer herdeiro poderá
transferir os seus bens a terceiros através da venda ou da doação. É importante
destacar que, depois de feita a cessão, o beneficiário não se tornará herdeiro, ele vai
ter os direitos hereditários do herdeiro, ou seja, ele vai poder receber o quinhão que
caberia ao herdeiro que lhe cedeu os seus direitos, mas isto não o colocará na posição
de herdeiro.
bens do inventário que a cessão abrange, salvo por autorização judicial (Código Civil,
art. 1.793, § 3º).
Na cessão, o herdeiro não está transmitindo bens e sim direitos hereditários. Por
exemplo, temos um inventário em que os bens do espólio são um carro e um imóvel
(um apartamento). Nós temos dois herdeiros desse inventário e o falecido era solteiro,
não deixou viúva meeira, os herdeiros são Tício e Mévio. Antes da partilha, Tício não
pode alienar, doar e nem ceder direitos hereditários referentes, especificamente, ao
carro e nem ao imóvel. Ele não pode alegar que tem direito a um dos bens. O que Tício
pode fazer é ceder, gratuita ou onerosamente, o quinhão hereditário dele. E o que é o
quinhão dele? Nesse caso, como só temos dois herdeiros, o quinhão de Tício é 50% do
espólio (que é composto por um carro e por um imóvel). Na cessão de direitos
hereditários não se pode vender bens determinados porque até a partilha ser finalizada
não está decidido se Tício irá ficar com o carro ou se será Mévio que ficará com o bem.
Pode ser que Tício fique com o imóvel, pode ser que Mévio fique, não tem como saber.
Até a partilha não se sabe quem ficará com o quê.
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O herdeiro menor de idade não pode ceder o seu quinhão hereditário, mesmo
com a anuência dos seus pais. Só será possível a cessão dos direitos hereditários de
um menor de idade se ele obtiver uma autorização judicial para este fim. É também
proibida a celebração de contrato de cessão de direitos hereditários que tratar de
herança de pessoa viva (Código Civil, art. 426).
Por fim, se o falecido tiver feito um testamento e nele estiver contido a “cláusula
de inalienabilidade à herança”, o herdeiro não vai poder realizar a cessão, ele só
poderá renunciar.
8 - Representação
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Caso uma pessoa renuncie a herança que tinha direito a receber de outra
pessoa (um filho renuncia a herança do pai, por exemplo), isto não significa que esse
herdeiro que renunciou não poderá representar o falecido se, posteriormente, ele for
herdeiro de outra pessoa (seu avô, por exemplo). Ou seja, se um filho renuncia a
herança que tinha direito a receber de seu pai, ele ainda poderá ser herdeiro por
representação no inventário de seu avô (caso o avô venha a falecer posteriormente)
para receber a parte que lhe caiba dentro do quinhão que pertenceria ao seu pai
(Código Civil, art. 1.856). Isto se dá porque, no exemplo mencionado, o filho foi
renunciante na sucessão do pai, entretanto não foi renunciante na sucessão do avô.
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ETAPA PROCEDIMENTO
1 - Requerimento Apenas podem requisitar a realização extrajudicial do
inventário os herdeiros, o cônjuge supérstite (viúvo ou viúva)
e os cessionários de direitos hereditários. Logo, devem esses
ser auxiliados por advogado responsável pela condução do
processo junto ao Tabelionato de Notas.
2 - Requisitos É necessário, em princípio, para que se possa iniciar o
processo administrativo, que sejam cumpridos os requisitos
objetivos e subjetivos: Partes maiores e capazes; consenso
entre as partes; não existência de testamento; assistência de
Advogado.
3 – Documentos Cumpridos os requisitos para abertura do processo, o
advogado deve comparecer ao Tabelionato de Notas,
portando os documentos exigidos no art. 22 da Resolução
CNJ 35/2007.
4 – Esboço da Após a entrega da documentação pelo advogado, segue o
partilha esboço da partilha, um dos documentos necessários para
iniciar o processo e de responsabilidade do advogado, que
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10 - Custo
No que concerne aos custos para realização do processo, cabe dividi-los em três
partes: o valor a ser pago para lavratura da escritura de inventário; os honorários
advocatícios (tendo em vista que é previsto na Lei número 11.441/2007, a assistência
necessária de advogado às partes); e os custos para emissão de documentação
necessária, discriminada no ponto 2-B (Instrumentos para a realização do Inventário
extrajudicial – Sobre os documentos a serem apresentados), para iniciar o processo.
11 – Registro
Além disso, deverá haver averbação nos demais órgãos públicos competentes,
como a Prefeitura Municipal, para a transferência do cadastro de contribuinte do
Imposto Predial e Território Urbano. Assim, o carnet do referido imposto será emitido
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http://www.recife.pe.gov.br/pr/secfinancas/
2
www.sefaz.pe.gov.br
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http://www.receita.fazenda.gov.br/grupo2/certidoes.htm
4
www.spu.planejamento.gov.br
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No que se refere aos bens móveis, deve-se analisar se estes são regidos por
alguma entidade, na qual precisem ter seu registro modificado. Os automóveis, por
exemplo, são regulados pelo DETRAN e se o autor do inventário quiser legitimar a
mudança de propriedade, deve se dirigir a este órgão competente e estar munido da
escritura pública para efetuá-lo.
12 – Legislação específica
Como foi dito anteriormente, esse método extrajudicial se tornou possível a partir
da Lei 11.441/2007, que buscou facilitar o procedimento do inventário permitindo uma
maior celeridade na transmissão dos bens, já que é realizado em tabelionato de notas.
Além disso, viu-se nesse procedimento administrativo a possibilidade de partilha de
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No que se refere aos custos, toma-se como base a Lei nº 10.169/2000, a qual
determina que para aplicar os valores dos emolumentos, deverá ser levada em conta a
natureza pública e o caráter social dos serviços de registro, sendo atendidas as regras
do art. 2º da referida lei.
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tiver ocorrido antes da vigência da mesma, desde que o inventário tenha sido proposto
depois que esta passou a vigorar.
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