«É assim o Reino de Deus: como um homem que lança a semente à terra.

» Jesus fala das coisas maio-

res com uma simplicidade desarmante. Não faz raciocínios, abre o livro da vida. O infinito de Deus explica-
XI Domingo do Tempo Comum
do por uma minúscula semente. E ensina-nos a falar de Deus com a frescura do trigo a germinar.
Acontece no Reino de Deus como quando um homem semeia. Deus é o bom semeador. Ele lança em
nós e no cosmo as suas energias de formas seminais, germinais. A nossa missão humana e religiosa, que
acaba por coincidir, é acolher e levar à maturação as sementes vitais de Deus. Às vezes pedimos graças
ao Senhor e, como resposta, Ele dá-nos um punhado de sementes para as fazermos florescer.
Na 1ª parábola, Jesus sublinha um milagre frente ao qual já nem sequer nos maravilhamos: à noite vês
um botão, de manhã abriu-se uma flor. Sem a nossa intervenção. Como diz o Evangelho: «Quer durmas
quer vigies, de noite ou de dia, a semente germina e cresce.»
Como tudo isto é apaziguante! As coisas de Deus, as coisas boas, germinam, crescem por uma sua
misteriosa força interna. Através de nós, não obstante as nossas resistências, Deus amadurece. No mun-
do e no coração.
Todas as pessoas à nossa volta são como uma boa terra em que Deus depôs sementes. Ninguém está
privado delas. Ninguém está vazio. Porque a mão de Deus é uma mão viva, que semeia continuamente.
Nós é que pretendemos provas, resultados, balanços.
Ouço muitas vezes pais e educadores desiludidos dizer: Tentei ensinar a fé aos meus filhos, transmitir-
lhes coisas boas, mas não me seguiram. Onde terei errado? Em primeiro lugar, nenhum de nós sabe nada
daquilo que acontece no íntimo de uma pessoa. Depois, os filhos, os jovens, não estão vazios, pelo con-
trário, são torrentes transbordantes, procuram pessoas fidedignas, procuram testemunhos autênticos.
Talvez só tenham abandonado uma fé gasta! Será que a semente não existe pelo facto de ter sido lançada
à terra, sepultado, e de tu não a veres? Além disso, ninguém pode saber de quanta exposição ao sol, ao
sol da vida, a semente precisa para amadurecer…
Como diz o Evangelho, se tu semeaste boa semente, quer durmas quer vigies, de noite e de dia, a se-
mente germina e cresce. Porque a força está na semente, não no semeador.
A 2ª parábola mostra a desproporção entre a minúscula semente e a grande árvore que dela nascerá. A
semente de mostarda também está dentro de nós, faz crescer pequenas árvores que não são capazes de
salvar o mundo. Mas, como diz Jesus, as aves virão e farão aí o seu ninho. À sombra da tua árvore outros
encontrarão vida e conforto. A parábola do grão de mostarda diz que Deus ama os mais pobres – lembra-
te disto: «Olhou para a humildade da sua serva» (Lc 1,48) – e que o seu Reino cresce pela misteriosa
força secreta das pequenas coisas boas, da bondade, da verdade, da beleza.
As parábolas de Jesus convidam-nos a realizar a mesma ação de Deus, a semear com tenacidade, com
teimosa confiança. Em vez de denunciarmos a tristeza dos tempos, de nos lamentarmos dos jovens, dos
filhos que não nos escutam, da queda dos valores, tentemos semear com confiança sementes de honesti-
dade, sementes de dignidade, de cuidado pelos outros. Apostemos na poderosa energia das coisas boas,
das coisas de Deus. Uma semente deposta pelo vento na fenda de uma muralha é capaz de viver aí, é Vem à minha terra e semeia
capaz de abrir o asfalto de uma estrada com a ponta fragilíssima da sua gema.
Enquanto o inimigo semeia morte, nós, como camponeses pacientes e inteligentes, pensemos em seme-
ar boa semente. Acolher, como Maria, as sementes do Espírito, guardar rebentos, não obstante a perver-
o Teu Reino de Amor!
são de todos os Herodes dentro e fora de nós.
Jesus sabe que colocou na nossa história e em cada história pessoal um germe vital que, com a sua
pressão suave e implacável, partirá a crosta da nossa e de cada época, para aí implantar perfumes de
primavera, de vida florida, esperança de mansidão. Toda a nossa confiança está nisto: Deus está atuante
na terra, com um silêncio profundo e com pequenas coisas.
In Ermes Rochi e Marina Marcolini, A Esperança que nasce da Palavra Paróquia de Nogueira da Regedoura
 Leitura da profecia de Ezequiel 17, 22-24 Cânticos para as Celebrações
Eis o que diz o Senhor Deus: «Do cimo do cedro frondoso, dos seus ramos
mais altos, Eu pró prio arrancarei um ramo novo e vou plantá -lo num Entrada: Escutai-me Senhor e respondei-me! Salvai-me, salvai-me e defendei-me!
monte muito alto. Na excelsa montanha de Israel o plantarei e ele lançará A Vós, Senhor, eu clamo todo o dia!
ramos e dará frutos e tornar-se-á um cedro majestoso. Nele farã o ninho Sois o sol que me guia! Sois o sol que me guia! Sois o sol que me guia! Sois o sol que me guia!
todas as aves, toda a espé cie de pá ssaros habitará à sombra dos seus ra-
Ou: Chegue até Vós, Senhor, a minha súplica; inclinai o Vosso ouvido ao meu clamor,
mos. E todas as á rvores do campo hã o-de saber que Eu sou o Senhor; hu-
inclinai o Vosso ouvido ao meu clamor.
milho a á rvore elevada e elevo a á rvore modesta, faço secar a á rvore ver-
de e reverdeço a á rvore seca. Eu, o Senhor, digo e faço». Ou: Recordamos, ó Deus, a vossa misericórdia, no meio do vosso templo.
Como o vosso nome, ó Deus, assim o vosso louvor chega aos confins da terra.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 91 (92), 2-3.13-14.15-16
Refrão: E) bom louvar-Vos, Senhor. Apresentação dos dons: Bendito sejas, Senhor nosso Pai! Nossa alma exulta e canta:
Bendito sejas, Senhor! Nossa alma exulta e canta: Bendito sejas, Senhor!
Leitura da 2ª Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios 5, 6-10
Ou: Em redor do teu Altar, eis-nos, Senhor, com alegria:
Irmã os: Nó s estamos sempre cheios de con+iança, sabendo que, enquanto
sois união de todos os teus filhos, pela Sagrada Eucaristia.
habitarmos neste corpo, vivemos como exilados, longe do Senhor, pois
caminhamos à luz da fé e nã o da visã o clara. E com esta con+iança, preferı́- Comunhão: A semente é a palavra de Deus e o semeador é Cristo.
amos exilar-nos do corpo, para irmos habitar junto do Senhor. Por isso Quem ouve a sua Palavra viverá para sempre, viverá para sempre.
nos empenhamos em ser-Lhe agradá veis, quer continuemos a habitar no
corpo, quer tenhamos de sair dele. Todos nó s devemos comparecer pe- Ou: Fiz de ti a luz das nações, para que a minha salvação chegue até aos confins do mundo.
rante o tribunal de Cristo, para que receba cada qual o que tiver merecido, Final: Deus é Pai, Deus é amor. Em Jesus Cristo, Deus é salvador.
enquanto esteve no corpo, quer o bem, quer o mal.
Ou: És a minha vida Cristo, meu Senhor! És o meu caminho, a minha verdade!
Evangelho de Nosso Sr. Jesus Cristo segundo São Marcos 4, 26-34 Na Tua palavra, eu caminharei, pois o Teu amor me envolve e sempre actua em mim.
Naquele tempo, disse Jesus à multidã o: «O reino de Deus é como um ho- Nada temerei, porque Tu estás comigo. Que eu jamais me afaste de Ti
mem que lançou a semente à terra. Dorme e levanta-se, noite e dia, en-
quanto a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz Ou: Jesus Cristo, fundou a sua Igreja, e continua a amá-la sem medida.
por si, primeiro a planta, depois a espiga, por +im o trigo maduro na espi- Como prova do seu amor imenso, no altar da cruz, ofereceu a vida.
ga. E quando o trigo o permite, logo se mete a foice, porque já chegou o
tempo da colheita». Jesus dizia ainda: «A que havemos de comparar o rei-
no de Deus? Em que pará bola o havemos de apresentar? E) como um grã o
de mostarda, que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as semen-
tes que há sobre a terra; mas, depois de semeado, começa a crescer e tor-
HORÁRIOS DAS EUCARISTIAS DURANTE A PRÓXIMA SEMANA:
na-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os
seus ramos que as aves do cé u podem abrigar-se à sua sombra». Jesus Terça-feira, 19 de junho: 18h00
pregava-lhes a palavra de Deus com muitas pará bolas como estas, confor- Quarta-feira, 20 de junho: 18h00
me eram capazes de entender. E nã o lhes falava senã o em pará bolas; mas, Quinta-feira, 21 de junho: 18h00
em particular, tudo explicava aos seus discı́pulos. Sexta-feira, 22 de junho: 18h00