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QUESTÕES SOBRE COMPETÊNCIA-DIREITO PROCESSUAL PENAL

1ª QUESTÃO
1-Relativamente à competência no processo penal, analise as afirmativas a
seguir:

I- Na determinação da competência por conexão, em caso de concurso de


jurisdições da mesma categoria, observa-se a regra da preponderância da
jurisdição em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as
respectivas penas forem de igual gravidade. (V)

Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência,


serão observadas as seguintes regras: II - no concurso de jurisdições da
mesma categoria: b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o
maior número de infrações, se as respectivas penas forem de igual
gravidade;

II-A competência prevista na Constituição Estadual de foro por prerrogativa


de função para procurador do estado não prevalece sobre a competência
prevista na Constituição Federal do julgamento pelo tribunal do júri para
crimes dolosos contra a vida. (V)

SÚMULA 721 STF. A competência constitucional do tribunal do júri prevalece


sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela
constituição estadual.

III-É possível a separação de processos em razão do número excessivo de


acusados. (V)
Art. 80, CPP. Será facultativa a separação dos processos quando as infrações
tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes,
ou, quando pelo excessivo número de acusados e para não Ihes prolongar a
prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a
separação.

IV-A competência prevista na Constituição Federal de foro por prerrogativa


de função para juiz de direito prevalece sobre a competência prevista na
Constituição Federal do julgamento pelo tribunal do júri para crimes dolosos
contra a vida. (V)

Conforme o art. 5º, XXXVIII, alínea 'd', da CF, os crimes dolosos contra a vida
serão julgados pelo Tribunal do Júri. Da mesma forma, temos também a
previsão de que os magistrados e membros do Ministério Público serão
julgados pelo Tribunal ao qual estão vinculados, pouco importando a
natureza do crime, seguindo-se a competência estabelecida na CF (art. 96,
III e 108, I, alínea 'a'). Como ambas as previsões de competência são
estabelecidas na Constituição Federal, deve-se considerar a norma mais
específica, a que diz respeito à prerrogativa de foro, em detrimento ao
Tribunal de Júri.

Assinale:
A)Se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
B)Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
C)Se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.
D)Se todas as afirmativas estiverem corretas.
E)Se nenhuma afirmativa estiver correta.

2-O estado de necessidade, quando enseja dano para terceiro alheio à


produção de perigo, gera reparação de dano para o que agiu escudado em
tal excludente de ilicitude. Certo ou errado? Justifique de modo
fundamentado.
Certo. O art.188, II do Código Civil, consagra o estado de necessidade como
excludente de ilicitude, pois não são considerados ilícitos os atos que visem
“a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de
remover perigo iminente”. Para que tal excludente de ilicitude seja aplicada
o parágrafo único do art.188 elucida: “No caso do inciso II, o ato será
legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente
necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do
perigo”. Todavia, em que pese o ato praticado em estado de necessidade
tenha sua ilicitude excluída, o artigo 929 do Código Civil, assegura a vítima o
direito de indenização: “Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no
caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á
direito à indenização do prejuízo que sofreram”. Ou seja, o art. 929 do CC
não autoriza a alegação de estado de necessidade perante terceiros. Vale
ressaltar que, em contrapartida, o autor do fato necessitado, que veio a
causar o dano, poderá propor ação regressiva contra o terceiro causador
do perigo, nos termos do art. 930 do CC: “Art. 930. No caso do inciso II do art.
188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do
dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao
lesado”.

3-Numa hipótese de chacina de povo indígena que ocasione, em incidente


próprio, deslocamento de competência para a Justiça Federal, responda:
Pode ser realizado julgamento pelo Júri na Justiça Federal? Fundamente.

Sim. Serão submetidos ao Júri Federal os casos em que se enquadrarem nos


dispostos dos arts. 5º XXXVIII e 109 da Constituição Federal, bem como o que
dispõe o art. 4º do Dec.- lei n.º 253/67. Ou seja, o Tribunal do Júri Federal
atuará da mesma forma que o Tribunal do Júri Estadual, só que nesta
hipótese (direitos indígenas), haverá interesse da União na resolução do
crime doloso contra a vida (art. 109, IV, XI, CF).
PROCESSO PENAL. COMPETÊNCIA FEDERAL. CRIME
CONTRA A VIDA DE ÍNDIO. ART. 109, IX, CF/88:
INTERPRETAÇÃO. I - Consoante entendimento esposado
pela Suprema Corte no RE 179485-2/AM, o art. 109, IX, da
CF/88 tem abrangência alargada. Os direitos indígenas
são todos aqueles inerentes aos índios, dentre eles o
direito à vida, não se restringindo o interesse da União
somente àquelas hipóteses relativas à ocupação de
terras indígenas. II - Recurso a que se dá provimento.
Competência da Justiça Federal para julgar possível
ação penal em que se apura a morte de silvícola. (TRF-1 -
RCCR: 4931 AM 96.01.04931-2, Relator: JUIZ CÂNDIDO
RIBEIRO, Data de Julgamento: 01/10/1997, TERCEIRA
TURMA, Data de Publicação: 14/11/1997 DJ p.97150)

4 – Queira colher, na Jurisprudência, 03 julgados em que o réu, acusado de


crime doloso contra a vida, foi julgado por Conselho de Sentença formado
por Desembargadores.

PROCESSUAL PENAL. AÇAO PENAL. REJEITADAS AS


PRELIMINARES ARGUIDAS. MÉRITO. PREFEITO MUNICIPAL
DENUNCIADO PELA SUPOSTA PRÁTICA DO CRIME DE
HOMICÍDIO QUALIFICADO E QUADRILHA OU BANDO.
COMPROVADA A MATERIALIDADE E AUTORIA DO DELITO
DE HOMICÍDIO. INCIDÊNCIA DAS QUALIFICADORAS
RELATIVAS AO MOTIVO TORPE E À PRÁTICA DO CRIME POR
EMBOSCADA. AFASTADA A QUALIFICADORA RELATIVA AO
PERIGO COMUM. ABSOLVIÇAO DO RÉU PELO CRIME DE
QUADRILHA OU BANDO, NOS TERMOS DO ARTIGO 386, VII,
DO CÓDIGO PENAL. AUSÊNCIA DE VÍNCULO ASSOCIATIVO
COM ANIMUS DE PERMANÊNCIA. INSUFICIÊNCIA DE
PROVAS PARA A CONDENAÇAO POR ESTE DELITO.
DENÚNCIA PARCIALMENTE PROCEDENTE. PENA DEFINITIVA
FIXADA EM 13 (TREZE) ANOS DE RECLUSAO. 1. Afastada a
preliminar da coisa julgada material. A sentença de
impronúncia não é uma decisão definitiva, mas apenas
relativa à admissibilidade do julgamento pelo Tribunal
Popular do Júri, não fazendo coisa julgada material, vez
que, conforme disposto no parágrafo único do art. 409
do CPP, "enquanto não extinta a punibilidade, poderá,
em qualquer tempo, ser instaurado processo contra o réu,
se houver novas provas". 2. Inadmitida a preliminar de
prova ilícita. Incidência do Princípio da
Proporcionalidade. O primeiro depoimento da
testemunha está em consonância com as demais provas
dos autos, motivo pelo qual não deverá ser este excluído
do feito, tendo-se em vista a busca pela verdade real
bem como pelo ideal de Justiça. 3. Rejeitada a preliminar
de nulidade por ausência de intimação para
requerimento de dliligências. Diante dos princípios "pas
de nullité sans grief" e da instrumentalidade das formas,
não se decreta a nulidade de nenhum ato processual
que dele não resulte prejuízo para a acusação ou para a
defesa, bem como o que não tenha influído na
apuração da verdade substancial ou na decisão da
causa. 4. Mérito. Comprovada a materialidade e autoria
do delito de homicídio qualificado. 5. Incidência da
qualificadora relativa ao motivo torpe, por ter sido o
crime praticado por vingança em razão de eleição da
vítima como prefeito de Aroazes. 6. Aplicação da
qualificadora relativa à prática do crime por emboscada,
uma vez que os executores do crime ficaram de tocaia,
aguardando o momento da chegada da vítima,
impossibilitando a defesa da mesma, que foi
surpreendida pelos homicidas, sobrelevando-se que esta
foi atacada pelas costas. 7. Desconstituída a incidência
da qualificadora do homicídio catastrófico. Inexistente o
perigo à um número indeterminado de vidas ou bens,
não se configura a qualificadora; 8. Absolvição do réu
pelo crime de quadrilha ou bando. A configuração deste
delito pressupõe a intenção dos agentes de praticar
vários delitos, exigindo-se, ainda, que haja estabilidade e
permanência da associação criminosa. Não
demonstrado o vínculo associativo necessário para a
consumação do delito. Incidência do Princípio do In
dubio pro reo. 9. Denúncia parcialmente procedente.
Pena definitiva fixada em 15 (quinze) anos de reclusão.
Regime inicial fechado. (TJ-PI - APN: 40030733 PI , Relator:
Des. Sebastião Ribeiro Martins, Data de Julgamento:
26/06/2010, 2a. Câmara Especializada Criminal)
PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO
QUALIFICADO. DEPUTADO ESTADUAL. FORO POR
PRERROGATIVA DE FUNÇÃO. TRIBUNAL DE
JUSTIÇA.TRIBUNAL DO JÚRI. SIMETRIA CONSTITUCIONAL.
ABRANGÊNCIA DAPRERROGATIVA DE FORO NA
EXPRESSÃO INVIOLABILIDADE E
IMUNIDADE.INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 721/STF AOS
DEPUTADOS ESTADUAIS. EXTENSÃODA GARANTIA DO ART.
27, § 1º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ORDEMCONCEDIDA.
I. Em matéria de competência penal, o entendimento
jurisprudencialdos Tribunais Superiores é no sentido de
que o foro por prerrogativade função, quando
estabelecido na Constituição Federal, prevalecemesmo
em face da competência do Tribunal do Júri, pois
ambosencontram-se disciplinados no mesmo diploma
legislativo. II. De outro lado, estabelecida a imunidade
processual naConstituição do Estado, esta competência
não poderá prevalecer sobrea Carta Magna, norma de
grau hierárquico superior. Inteligência daSúmula 721/STF.
III. A garantia do cidadão de ser julgado pelos seus pares
perante oTribunal do Júri prevalece sobre o foro especial
por prerrogativa defunção estabelecido em Constituição
estadual, pois os direitosfundamentais inseridos no art. 5º
da Constituição Federal,inalienáveis e indisponíveis, não
podem ser suprimidos nem mesmopelo poder constituinte
derivado, pois alçado à condição de"cláusula pétrea". IV.
O verbete sumular n.º 721/STF não conflita com a
possibilidadede simetria que a Constituição Federal
admite para a Organização daJustiça Estadual (artigos
25 e 125, § 1º) e nem com a aplicaçãoextensiva do art.
27, § 1º aos Deputados Estaduais em determinadostemas,
particularmente no da inviolabilidade e da imunidade
dosDeputados Federais. V. Abrangência da prerrogativa
de cargo ou função na expressãoinviolabilidade e
imunidade (art. 27, § 1º, da CF), autorizando
àsConstituições Estaduais a estender aos Deputados
Estaduais as mesmasimunidades e inviolabilidades, aí
compreendida a prerrogativa deforo. VI. Inaplicabilidade
da Súmula 721/STF aos Deputados Estaduais, porextensão
da garantia do art. 27, § 1º da Constituição Federal. VII.
Ordem concedida, nos termos do voto do Relator. (STJ -
HC: 109941 RJ 2008/0143353-9, Relator: Ministro GILSON
DIPP, Data de Julgamento: 02/12/2010, T5 - QUINTA
TURMA, Data de Publicação: DJe 04/04/2011)

COMPETÊNCIA - CRIME DOLOSO CONTRA A VIDA - CO-


AUTORIA - PRERROGATIVA DE FORO DE UM DOS
ACUSADOS - INEXISTÊNCIA DE ATRAÇÃO - PREVALENCIA
DO JUIZ NATURAL - TRIBUNAL DO JÚRI - SEPARAÇÃO DOS
PROCESSOS. 1. A competência do Tribunal do Júri não e
absoluta. Afasta-a a propria Constituição Federal, no que
preve, em face da dignidade de certos cargos e da
relevância destes para o Estado, a competência de
tribunais - artigos 29, inciso VIII; 96, inciso III; 108, inciso I,
alinea a; 105, inciso I, alinea a e 102, inciso I, alineas b e c.
2. A conexao e a continencia - artigos 76 e 77 do Código
de Processo Penal - não consubstanciam formas de
fixação da competência, mas de alteração, sendo que
nem sempre resultam na unidade de julgamentos -
artigos 79, incisos I, II e pars.1. e 2. e 80 do Código de
Processo Penal. 3. O envolvimento de co-reus em crime
doloso contra a vida, havendo em relação a um deles a
prerrogativa de foro como tal definida
constitucionalmente, não afasta, quanto ao outro, o juiz
natural revelado pela alinea d do inciso XXXVIII do artigo
5. da Carta Federal. A continencia, porque disciplinada
mediante normas de indole instrumental comum, não e
conducente, no caso, a reunião dos processos. A
atuação de órgãos diversos integrantes do Judiciario,
com duplicidade de julgamento, decorre do próprio
texto constitucional, isto por não se lhe poder sobrepor
preceito de natureza estritamente legal. 4. Envolvidos em
crime doloso contra a vida Prefeito e cidadao comum,
biparte-se a competência, processando e julgando o
primeiro o Tribunal de Justiça e o segundo o Tribunal do
Júri. Conflito aparente entre as normas dos artigos 5.,
inciso XXXVIII, alinea d, 29, inciso VIII, alinea a da Lei
Basica Federal e 76, 77 e 78 do Código de Processo
Penal. (STF - HC: 70581 AL , Relator: MARCO AURÉLIO,
Data de Julgamento: 21/09/1993, SEGUNDA TURMA, Data
de Publicação: DJ 29-10-1993 PP-22935 EMENT VOL-01723-
01 PP-00054)

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