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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

ESCOLA NORMAL SUPERIOR

LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

Relatório do Trabalho de Campo de Geologia

Manaus, AM

2014
LAMARTINY COLARES

LUCAS VIANA

RAFAELA PEREIRA

WANDREVY RIBEIRO

Relatório do Trabalho de Campo de Geologia

Relatório referente ao
trabalho de campo, ocorrido na estrada
Manaus - Presidente Figueiredo, BR - 174,
da disciplina Geologia, ministrada pela
Profª Drª Neliane Alves.

Manaus, AM

2014
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------- 04

MAPA DE PONTOS --------------------------------------------------------------- 05

OBJETIVOS ------------------------------------------------------------------------- 05

MATERIAIS E MÉTODOS ------------------------------------------------------ 06

CARTA ESTRATIGRÁFICA -----------------------------------------------------07

BACIA SEDIMENTAR DO AMAZONAS ------------------------------------- 08

ATIVIDADES ------------------------------------------------------------------------09

PONTO 1 - BR - 174 - KM 888 Arenitos da Fm. Alter do Chão ------------ 09

FORMAÇÃO ALTER DO CHÃO --------------------------------------- 11

IMPACTOS AMBIENTAIS --------------------------------------------- 11

DEMOISELLES ----------------------------------------------------------- 12

PONTO 2A - BR- 174 - KM 928 - Igarapé Cabeça Branca ------------------- 13

PONTO 2B - KM 928 - Igarapé Cabeça Branca -------------------------------- 13

VOÇOROCA ---------------------------------------------------------------- 14

IMPACTOS AMBIENTAIS ---------------------------------------------- 16

PONTO 3 - BR-174-KM 1034 - Grupo Iricoumé - Pedreira Manaus------------------ 17

GRUPO IRICOUMÉ ------------------------------------------------------- 19


PONTO 4-BR-174 KM 997 - Fm . Nhamundá (Grupo Trombetas) Igarapé das Lajes - - - -

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 19

PONTO 5 - BR - 174 KM 982 - Fm. Manacapuru (Grupo Trombetas) Rio Urubu------------ 21

CONCLUSÃO------------------------------------------------------------------------- 23

REFERÊNCIAS ----------------------------------------------------------------------- 24
INTRODUÇÃO

Este relatório é referente ao trabalho de campo, da disciplina Geologia,


ministrada pela Professora Neliane Alves, realizado na BR - 174, entre os municípios
de Manaus e Presidente Figueiredo, no Estado do Amazonas, ocorrido no dia 16 de
Junho de 2014.

A BR-174, também conhecida por Manaus - Boa Vista, é uma rodovia


longitudinal que interliga os estados brasileiros de Roraima e Amazonas à Venezuela,
num total de 974 quilômetros. Tem como extremos as cidades de Manaus e Pacaraima.

A rodovia BR-174 começou a ser construída na década de 1970 e sua


pavimentação foi concluída na década de 1990. Uma de suas utilidades é escoar os
produtos produzidos em Manaus para os mercados dos países vizinhos, escoamento da
produção das pedreiras e também para interligar Manaus à cidade de Boa Vista-RR e
Venezuela.

Manaus capital do Amazonas, limita-se ao norte com o município de Presidente


Figueiredo, ao sul: Careiro da Várzea e Iranduba, á leste: Rio Preto da Eva e Anori e a
oeste pelo município de Novo Airão. Com área territorial de 11.159,5 km², localiza-se
em uma região com um alto nível de precipitação, aproximadamente de 2.300 mm, com
uma temperatura média anual de 27ºC.

O município de Presidente Figueiredo fica há 107 km ao norte de Manaus, com


uma área de 25 422,235 km², e sua população, estimada pelo IBGE em 2012, era de
28 652 habitantes, possui diversas cachoeiras, cavernas, rios e uma extensa floresta. O
município é dividido em dois domínios geológicos distintos, o primeiro composto por
rochas proterozóico predominantemente ígneas e metamórficas que integram a porção
sul do Escudo das Guianas, correspondendo à porção setentrional do Cráton
Amazônico, situado ao norte da bacia do Amazonas. O segundo formado por rochas
fanerozóicas depositadas na própria bacia sedimentar intracratônica do Amazonas.

No percurso do desenvolvimento do trabalho, observa-se as características


físicas desde a borda da bacia sedimentar do Amazonas indo em direção às rochas mais
antigas que estão no Cráton, características como os afloramentos das rochas, o
processo erosivo e impacto ambiental que nesse trecho da BR-174 ocorrem.
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Wandrevy
Santos
Mapa de Pontos

Figura 1 - Mapa de Pontos

Organização: Wandrevy Ribeiro dos Santos

OBJETIVOS

Objetivo Geral

 Identificar os diferentes tipos litologicos que afloram ao longo da BR, as


relações de contato entre as diversas unidades que ocorrem, como Formação
Alter do Chão, Formação Manacapuru e Formação Nhamundá.

Objetivos Específicos

 Identificar fosséis
 Tipos de rochas que afloram
 Feições erosivas que decorrem da construção da BR-174.

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MATERIAIS E MÉTODOS

Foram utilizados, caneta esferográfica, modelo BIC; agenda, como caderneta de


campo, para anotações, Martelo para fragmentar as rochas sedimentares, GPS
(GLOBAL POSICION SPACE), para identificar os pontos analisados, registro
fotográfico e de áudio por meio de câmera digital, MODELO PANASONIC, celular,
MODELO LG e NOKIA N8.

Foram feitas anotações e gravação de áudio da explicação feita pela professora


Neliane Alves, nos pontos foi feita a observação do ambiente geológico, registrando em
imagens, que nos permite analisar o ponto e seus impactos.

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A BR-174 entre os municípios de Manaus e Presidente Figueiredo, é uma das
rotas importantes para a observação da geologia da Amazônia Ocidental e dos
acontecimentos que ocorrem em cada era geológica e de suas principais formações de
acordo com a coluna estratigráfica (Figura 2).

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Figura 2 Carta Estratigráfica da Bacia do Amazonas

Fonte: http://www.cprm.gov.br/gis/carta_amazonas.htm
Bacia Sedimentar do Amazonas

A Bacia do Amazonas (Figura 3) constitui uma unidade sedimentar


intracratônica que limita duas principais áreas de embasamento arqueano - proterozóico:
ao norte, o Escudo das Guianas, e a sul, o Escudo Brasil – Central. Envolve uma área de
aproximadamente 480.000 km2 que atravessa os estados do Pará a leste e Amazonas a
oeste. A leste, o Arco Gurupá assinala o limite entre a Bacia do Amazonas e a fossa
Marajó, e a oeste, o Arco Purus limita as bacias Amazonas e Solimões.

Figura 3 - Bacias sedimentares da Região Norte do Brasil e situação da Bacia do Amazonas no estado do
Amazonas (em azul). Adaptado de Eiras (2005).

Linhas estruturais mestras NW-SE, NE-SW e E-W de seu arcabouço tectônico


regional articularam sua instalação. A evolução da bacia ao longo do Fanerozóico
deveu-se à geometria superimposta às rochas do Cráton Amazônico. Em linhas gerais, a
instalação da Bacia do Amazonas respondeu pelos movimentos tectônicos do
megacontinente Gondwana durante o Paleozóico e instalação de sistemas de falhas
normais e de transferência na geração de arcos e discordâncias regionais. Os arcos
promoveram a compartimentação da bacia em blocos estruturais distintos, a exemplo
das bacias Amazonas, Solimões, Acre e Alto Tapajós. Os efeitos da abertura do Oceano
Atlântico no Mesozóico também encontraram registro no interior da bacia, sendo
processados eventos de magmatismo máfico e de sedimentação. Ao Neógeno, a bacia
experimentou movimentações essencialmente transcorrentes e de natureza destral
(Wanderley Filho, 1991).

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ATIVIDADES

PONTO 1 : BR-174 KM 888 - Arenitos da formação Alter do chão (Grupo Javari)


Impacto Ambiental - Voçoroca

LATITUDE 2º 55' 30.9''S

LONGETUDE 60º 02' 08.7''W

Neste ponto, verificamos o afloramento em blocos, e com um processo de


intemperismo muito intenso. Nesse local, são encontradas rochas arenitos da formação
Alter do Chão, conhecido como, Arenito Manaus, é uma rocha sedimentar clástica, que
se formou pelo acúmulo de sedimentos do tamanho areia. Rochas sedimentares clásticas
são compostas por fragmentos de materiais derivados de outras rochas. São compostas
basicamente por sílica (ex: quartzo), com outros minerais comuns, como feldspato,
anfibólios, minerais argilosos e raramente alguns minerais ígneos mais exóticos.

Rochas sedimentares são compostas por sedimentos carregados com água e pelo
vento, acumulados em áreas deprimidas. Correspondem a 80% da área dos continentes e
contêm a maior parte do material fóssil.

As rochas sedimentares são um dos três principais grupos de rochas e formam-se


por três processos principais:

 pela deposição (sedimentação) das partículas originadas pela erosão de outras


rochas - rochas sedimentares clásticas ou detríticas;
 pela precipitação de substâncias em solução - rochas sedimentares
quimiogênicas;
 pela deposição dos materiais de origem biológica - rochas sedimentares
biogênicas.

As rochas sedimentares podem ser:

 Consolidadas - se os detritos apresentam-se ligados por um cimento, como é o


caso das brechas;
 Não consolidadas - se os detritos não estão ligados entre si, como no caso das
dunas.

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Neste primeiro ponto, como já mencionado é formado por um arenito
avermelhado bem selecionado, e verificamos que através do processo de intemperismo e
pela lixiviação, já observamos uma parte mais branca, que é a resultante da hidrolise, e
está ficando apenas o quartzo e a argila, originando o solo arenoso (Figura 4).

Hidrolise é um processo de intemperismo químico, sendo as rochas constituídas


basicamente por silicatos, quando elas entram em contato com a água, os silicatos
sofrem hidrólise e dessa reação resulta uma solução alcalina.

O termo intemperismo é aplicado às alterações físicas e químicas a que estão


sujeitas as rochas na superfície da terra, porém esta alteração ocorre em setores, ou seja,
sem deslocamento do material. Este fenômeno é de grande importância para a formação
e constante mudança no relevo terrestre, junto com a erosão. O intemperismo é de
grande importância também na formação dos solos, pois em algumas regiões onde há
grandes formações rochosas a fixação de plantas é mais difícil em relação a regiões de
solo estruturalmente menos rochoso.

Figura 4 - Rocha Sedimentar Clástica intemperizada, o mineral mais


amarelo é a gipsita, e o vermelho é goethita.

Foto: Wandrevy, 2014.

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Formação Alter do Chão

A unidade Geológica Estratigráfica dessas rochas, são da Formação Alter do


Chão, de idade Creatácica superior a Terciária, cerca de 70 milhões de anos. Pertencente
ao Grupo Javari, forma uma extensa faixa ao sul do município. Constituída,
principalmente por arenitos feldspáticos/ coulínicos, quartzo-arenitos e conglomerados.

Impactos Ambientais

Observamos ainda, que há uma grande erosão por voçorocas (Figura 5), feições
erosivas, Antrópico, com profundidade de mais de um metro, sendo esse um dos
principais impactos ambientais, tendo a perda de terreno e assoreamento de igarapés e
curso de águas que cortam a rodovia. A tendência dessa voçoroca linear é chegar na BR
- 174. Com o desenvolvimento da construção da via, ocorreu o desmatamento da área,
que permitiu o contato direto da água da chuva com o solo, e a própria água que vem da
BR através das caneletas, aumento o processo de erosão do terreno e ocasionando o
próprio desgaste da via.

Figura 5 - Voçoroca no primeiro ponto do trabalho de campo km 888

Foto: Wandrevy, 2014.

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Demoiselles

Ainda próximo das voçorocas encontramos as demoiselles, que são micro-


feições do relevo (Figura 6), nos quais fragmentos mais grosseiros de quartzo são
sustentados, em uma posição mais alta em relação ao entorno devido à maior resistência
à lavagem pela água superficial em relação aos materiais mais finos.

Figura 6 - Demoiselles, o material mais resistente fica na parte superior, dando origem a essa forma
característica (Castelhas).

Foto: Wandrevy, 2014.

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PONTO 2A - BR - 174 KM 928 - Igarapé cabeça Branca

LATITUDE 2º 35' 14.4''S

LONGETUDE 60º 01' 57.9''W

ALTITUDE 91 M

Neste ponto, encontramos um terreno arenoso, de areia branca, e como uma


camada de espodossolos, uma área mais escura.

Espodossolos

O espodossolo (Figura 7) é um solo com horizonte B espódico em seqüência de


horizonte E (álbico ou não) ou A. É um processo de podzolização com eluviação de
compostos de alumínio com ou sem ferro em presença de húmus ácido e acumulação
iluvial desses constituintes.

Figura 7 - Areia do tipo Espodossolo

Foto: Wandrevy, 2014.

PONTO 2B - BR - 174 KM 928 - Igarapé cabeça Branca

LATITUDE 2º 35' 14.4''S

LONGETUDE 60º 01' 57.9''W

ALTITUDE 91 M

Nesta área, observa-se uma grande feição erosiva, a qual denominamos como
voçoroca (Figura 8), através de informações fornecidas pelo professora Neliane Alves,
pouco mais de dez anos, a paisagem era totalmente diferente da qual encontramos no

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trabalho de campo, com a água que vem das canaletas da BR, a chuva, foram
arrebentando essas rochas, criando uma voçoroca de forma detríticas, ou retangular.
Anteriormente, eram arenitos Alter do Chão do Cretáceo, que já estão em um avançado
processo de intemperismo, colocando em exposição o caulim.

Figura 8 - Grande feição erosiva, voçoroca, com exposição do caulim.

Foto: Wandrevy, 2014.

Voçoroca

A voçoroca, boçoroca ou barranco é um fenômeno geológico que consiste na


formação de grandes buracos de erosão, causados pela água da chuva e intempéries, em
solos onde a vegetação não protege mais o solo, que fica cascalhento e suscetível de
carregamento por enxurradas. Pobre, seco e quimicamente morto, nada fecunda.

São causadas pelo intemperismo físico da ação pluvial e são considerados ações
erosivas. Os sedimentos decorrentes dessas ações climáticas são deslocados para as
partes mais baixas e ali depositados. Formam-se assim os colúvios e depósitos de
encosta, caracterizando o processo de sedimentação.

Podemos concluir também, que nesse local há o processo de hidrólise total,


quando todo o potásio foi lixiviado, assim como parte da sílica, formando arenitos com
faces mais argilosos, arenitos e argelitos. Podemos diferenciar arenitos de argelitos

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através de sua granulação, o arenito tende a ser mais grosseiro, do tipo areia, e os
argelitos tendem a ter a granulação do tipo argila, material mais fino, formando assim a
caulinita (Figura 9), comumente conhecida como caulim, que é a resultante da reação
química Hidrólise. O caulim tem diversos usos, clareamento de papel, fabricação de
tinta, cal para pintar paredes.

Figura 9 - Caulinita, resultante do processo de hidrólise.

Foto: Wandrevy, 2014.

Um teste, para verificação desses tipos de rochas, é analisar se a massa é


maleável, fazendo um cilindro e a dobrando, se este se romper é de caráter arenito,
argilo arenoso.

Dentro de todo esse processo de intemperismo, encontramos ao fundo dessa


voçoroca, uma área com uma coloração avermelhada e amarela, pois ainda há rochas
que estão ainda sendo lixiviadas, identificamos o saprolito, que no perfil de solo se
encontra na posição C (Figura 10). O saprolito (Figura 11) é um dos inícios do
intemperismo das rochas, abaixo vão se encontrar o argelito e ciltito da formação alter
do chão de cor vermelha.

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Saprolito: é o horizonte de transição entre solo e rochas (corresponde ao horizonte C). É
pouco atingido por processos pedogênicos, onde se pode encontrar muitas
características da rocha-matriz.
Figura 11 - Saprolito ao fundo da voçoroca.

Foto: Wandrevy, 2014.

Figura 10 - Perfil de Solo


Fonte: Portal Dicionário Livre de Geociências. Disponível
em: http://www.dicionario.pro.br/dicionario/index.php/Regolito

Impactos Ambientais

Erosão devido ao desmatamento, processo natural de desgaste do solo através da


chuva, eliminando a vegetação local, a água que provém das canaletas da BR - 174, que
foi erodindo, começou como um sulco pequeno, evoluindo para uma ravina e chegou ao
nível de voçoroca, levando os sedimentos para o igarapé Cabeça Branca, e este está em
um processo de assoreamento.

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PONTO 3 - BR - 174 KM 1034 - Pedreira Manaus - Grupo Iricoumé

LATITUDE 1º 41' 28.7

LONGETUDE 60º 9' 39.4

Na pedreira Manaus (Figura 12), é o domínio das rochas vulcânicas, com o


afloramento do tipo pedreira, que é o resultado da extravasão da lava que se acumulou,
tem como predomínio, uma rocha avermelhada, com uma granulação fina, não sendo
possível identificar os minerais que a compõe, com uma idade de aproximadamente 10
milhões de anos. O tipo de magma dessa região é de caráter ácido, ou riolítico, com
mais de 70% de sílica, então podemos afirmar que as rochas dessa região são ácidas.
Como também é composta por magma básico, que são as rochas de cores mais escuras.
Essas formas vulcânicas são do Grupo Iricoumé.

Figura 12 - Pedreira Manaus, extração de material rochoso

Foto: Lucas, 2014.

Riólito é uma rocha ígnea vulcânica, correspondente extrusiva do granito. É


densa e possui uma granulação fina. Também é chamado de quartzo-pórfiro (Figura 13).
A sua composição mineral inclui geralmente quartzo, feldspatos alcalino e plagioclases,
os minerais acessórios mais comuns são a biotite e quartzo. Sua cor é cinza
avermelhada, rosada, podendo ser até preta. A sua textura varia de afanítica a porfirítica,
possuindo em alguns casos um certo arranjo orientado como consequência do
movimento da lava. Dá-se a este aspecto o nome de textura fluidal. Os fenocristais são
normalmente de quartzo e feldspatos. Em relação aos basaltos, também rochas
extrusivas, possuem uma ocorrência muito menor, não chegando a formar grandes
corpos.

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Figura 13 - Riolito (rocha ácida) e rochas escuras (magma básico), Rocha Encaixante.

Foto: Wandrevy, 2014.

Podemos, assim também, classificar essas rochas como félsica, ou leucocráticas,


palavra que designa uma cor clara. O nome químico de uma rocha félsica é dado de
acordo com o diagram TAS de Le Maitre (1975). No entanto, isto apenas se aplica a
rochas vulcânicas. Quando se verifica que a rocha, depois de analisada, é félsica mas é
metamórfica e definitivamente não tem origem vulcânica, pode ser suficiente designá-la
por 'xisto félsico'. Para as rochas félsicas faneríticas, deve ser usado o diagrama QPAF,
sendo o nome obtido de acordo com a nomenclatura dos granitos. Frequentemente é
incluído no nome a espécie de minerais máficos como, por exemplo, granito
horneblendítico, tonalito piroxênio uma vez que o termo granito já pressupõe a
existência de quartzo e feldspato na sua composição.

Assim, a textura da rocha determina o nome básico de uma rocha félsica (Figura 14).

TEXTURA DA ROCHA NOME DE ROCHA


FÉLSICA
Pegmatítica Granito pegmatico
Grão Grosseiro (fanerítica) Granito
Grão Grosseiro porfiróide Granito porfiróide
Grão fino (afanítica) Riolito
Grão fino por firóide Riolito porfiróide
Piroclástica Tufo riolítico ou brecha
Vesicular Pedra pomes
Amigdaloidal Nenhum
Vítrea Obsidiana ou percelanite
Figura 14 - Tabela com Nomenclaturas das rochas segunda sua textura.

Fonte: Elaborado pelos autores através de pesquisa.

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Grupo Iricoumé
O Grupo Iricoumé e a Formação Quarenta Ilhas caracterizam duas importantes
atividades magmáticas paleoproterozóicas do Distrito Mineiro de Pitinga, Amazonas,
Brasil. O Grupo Iricoumé é o mais expressivo vulcanismo paleoproterozóico do Escudo
das Guianas, cuja gênese está vinculada ao Magmatismo Uatumã (1,88 Ga) no Craton
Amazônico. Na região de Pitinga, é constituído por traquitos a riolitos, associados com
ignimbritos ricos em cristais, tufos co-ignimbríticos de queda e de surge e depósitos
vulcanoclásticos. A morfologia e abundância de fenocristais, aliadas as características
da matriz, podem ser utilizadas como critério diagnóstico na distinção entre rochas
efusivas, hipabissais e ignimbritos.
Ainda na visita à Pedreira Manaus, fomos recepcionados pelo dono da pedreira,
Sr. Sérgio, que nos acompanhou durante a pesquisa no local, nos explicando alguns
processos da britagem, e sua trajetória em explorar o local.

PONTO 4 - BR - 174 KM 997 - Fm . Nhamundá (Grupo Trombetas) Igarapé das Lajes

Latitude 1º 59' 32.4''S

Longitude 60º 01' 34.6''W

Do tipo Rocha Sedimentar, que faz parte do Grupo Trombetas, formação


Nhamundá, do período Siluriano, constituída de uma areia bem selecionada, chamada
de quartzo arenito, que por sua característica, observa-se que foi depositado em um
ambiente Glácio Marinho Nerítico, um ambiente de praia, no processo de litificação,
que é o resultado após sua sedimentação, diagênese (Figura 15).

Figura 15 - Rocha Sedimentar arenosa

Foto: Wandrevy, 2014

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Zona nerítica → região que atinge, aproximadamente, 200 metros de
profundidade, estendendo-se cerca de 50 a 60 km da margem litorânea. Representa o
limite com maior biomassa e produtividade aquática, abrigando um grande número de
organismos.

Durante o tempo geológico, aconteceu na Bacia a ingressão e transgressão do


mar no continente, a invasão e recuo, associado à tectônica, no qual houve a deposição
desses sedimentos nesse ambiente de praia.

Observa-se também nesse ambiente, a presença de cavidades em algumas


rochas, que nos remete a ideia que o curso do rio foi modificado ao longo dos anos,
mais que deixou suas marcas nas rochas, sendo denominadas como Marmitas (Figura
16), produzidas pela ação das águas. Nesse ponto encontram-se rochas com idade de
aproximadamente 450 milhões de anos, e seu afloramento é do tipo blocos ou matacões.

Figura 16 - cavidades na rocha chamada de marmita, ocasionadas pela ação das águas que tinham
seu percurso por essa rocha.

Foto: Wandrevy, 2014.

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PONTO 5 - BR - 174 KM 982 - Fm. Manacapuru (Grupo Trombetas) Rio Urubu

Latitude 2º 6' 44.5''S

Longitude 59º 59' 29.1''W

Altitude 53 m

Ambiente geológico rochas de origem sedimentar da bacia do Amazonas, com


deposição em águas calmas, o que nos remete que em uma determinada era, toda essa
área era encoberta pelo mar. As rochas desse ponto fazem parte do Grupo Trombetas,
com formação Manacapuru, seu afloramento se dar pelo fato do Rio Urubu se localizar
em uma falha de rochas. E com o falhamento que existe na região, após eventos da
tectônica, provocou a subida desses blocos. A idade de deposição dos sedimentos é de
450 milhões de anos, o período que as rochas se formaram, período de transição do
siluriano para o devoniano.

Apresenta estrutura folheada (Figura 17), ou folheilho carbonosos, constituídas


por silte (que é todo e qualquer fragmento de mineral ou rocha menor do que areia fina
e maior do que argila) e argila, no qual se encontram vários fósseis de branquiópodes,
animais que possuíam conchas, e que viviam em um ambiente marinho.

Figura 17 - Rocha Sedimentar com estrutura folheada.

Foto: Wandrevy, 2014.

A concha de carboneto de cálcio é absorvida e então preenchida com outro


material, ex: sílica quartzo, silte e argila (Figura 18). Inicialmente, a coloração dessas
rochas era escura, devido o processo de intemperização, que observamos que está bem
avançado, verificamos uma coloração mais clara.

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Figura 18 - Fóssil de Branquiópodes.

Foto: Wandrevy, 2014.

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Conclusão

Ao longo do percurso da BR - 174 que foi analisado, podemos observar os


diferentes tipos de afloramento das rochas, suas composições e datar uma estimativa de
suas idades, assim como, também observamos o elevado processo de intemperismo, e
impactos ambientais em todos os pontos visitados, influenciados naturalmente e por
ações humanas para a manutenção da BR-174.

Auxiliou para um visão mais ampla e prática dos ensinamentos em sala de aula,
contribuindo para um melhor entendimento e uma consciência para futuros estudos no
local.

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REFERÊNCIA

Formação Alter do Chão


Disponível em: http://ppegeo.igc.usp.br/scielo.php?pid=S0375-
75362012000100004&script=sci_arttext - Acesso em 20/06/2014.

Geologia e Recursos Minerais do Estado do Amazonas


Disponível em: http://www.cprm.gov.br/publique/media/rel_amazonas.pdf - Acesso em
20/06/2014

Grupo Iricoumé

Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/23711 - Acesso em 19/06/2014

Intemperismo
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Intemperismo - Acesso em 20/06/2014

Le Maitre, L.E., ed. 2002. Igneous Rocks: A Classification and Glossary of Terms 2nd edition,
Cambridge.

MAPAS

Disponível em: http://geobank.sa.cprm.gov.br/ - Acesso em 21/06/2014

MOLINARI, Deivison C,; ALVES, Neliane de S,; DONALD, Amarílis R. NOTAS


GEOLÓGICO-GEOMORFOLÓGICA DA BR-174: TRECHO MANAUS-
SANTO ANTONIO DO ABONARI (PRESIDENTE FIGUEIREDO) -
AMAZONAS (AM). Manaus, AM. 2008

Rocha sedimentar
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rocha_sedimentar - Acesso em 19/06/2014

Zona nerítica
Disponível em: http://www.brasilescola.com/biologia/classificacao-dos-ambientes-
marinhos.htm - Acesso em 19/06/2014

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