Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Atos do Interventor
DECRETO Nº 07 DE 24 DE MAIO 2018
APROVA O REGIMENTO INTERNO DO FUNDO
ESTADUAL DE INVESTIMENTOS E
AÇÕES DE SEGURANÇA PÚBLICA E DESENVOLVIMENTO
SOCIAL - FISED, NOS TERMOS
DO ARTIGO 11 DA LEI COMPLEMENTAR Nº
178, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2017.
O INTERVENTOR FEDERAL DA SEGURANÇA PÚBLICA NO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições constitucionais
e legais, que lhe conferem o artigo 34, III, da Constituição da República,
o artigo 3º do Decreto Federal nº 9.288, de 16 de fevereiro
de 2018 e o artigo 145, inciso VI da Constituição do Estado do Rio
de Janeiro, tendo em vista o que costa no Processo nº E-
09/001/15/2018, e
CONSIDERANDO o disposto no artigo 11 da Lei Complementar nº
178, de 20 de dezembro de 2017,
DECRETA:
Art. 1º - Fica aprovado o Regimento Interno do Fundo Estadual de
Investimentos e Ações de Segurança Pública e Desenvolvimento Social
- FISED, nos termos do artigo 11 da Lei Complementar nº 178,
de 20 de dezembro de 2017, que integra o Anexo do presente Decreto.
Art. 2º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 24 de maio de 2018
WALTER SOUZA BRAGA NETTO
Interventor
ANEXO
REGIMENTO INTERNO DO FUNDO ESTADUAL DE
INVESTIMENTO E AÇÕES DE SEGURANÇA PÚBLICA E
DESENVOLVIMENTO SOCIAL - FISED
CAPÍTULO I
CATEGORIA E FINALIDADE
Art. 1º - O Fundo Estadual de Investimento e Ações de Segurança
Pública e Desenvolvimento Social - FISED, criado pela Lei Complementar
nº 178, de 20 de dezembro de 2017, será regulado de acordo
com as normas estabelecidas no presente Regimento Interno (RI-FISED).
Art. 2º - O Conselho Diretor do Fundo Estadual de Investimento e
Ações de Segurança Pública e Desenvolvimento Social, de que trata
o art. 3º da Lei Complementar nº 178, de 20 de dezembro de 2017,
tem por finalidade gerir o Fundo Estadual de Investimento e Ações de
Segurança Pública e Desenvolvimento Social (FISED), instituído nos
termos do art. 1º da citada Lei, competindo-lhe:
I - examinar, avaliar e aprovar os projetos na área de segurança pública
e prevenção à violência a serem financiados com recursos do
FISED;
II - acompanhar a gestão econômica e financeira dos recursos e o
desempenho das ações realizadas;
III - solicitar aos órgãos executores das ações, à Secretaria-Executiva
do Conselho ou à Secretaria de Estado de Segurança esclarecimentos
sobre as contas de que participe o FISED;
IV - propor o encaminhamento de matérias aos órgãos competentes,
em especial a Consultoria Jurídica e ao Ministério Público, com vistas
a dirimir dúvidas sobre o FISED;
V - propor alterações em seu Regimento Interno;
VI - divulgar as decisões proferidas pelo Colegiado, por intermédio da
sua Secretaria Executiva;
VII - aprovar o Relatório Anual do FISED.
CAPÍTULO II
ORGANIZAÇÃO DO COLEGIADO
Seção I
Da Estrutura
Art. 3º - O Conselho Diretor constitui-se de um Plenário, cujo funcionamento
observará as normas estabelecidas neste Regimento ou em
normas complementares instituídas pelo próprio Colegiado.
§ 1º - Por decisão do Conselho, poderão ser constituídas Câmaras
Técnicas para tratar de assuntos específicos.
§ 2º - O Conselho Diretor será gerido por um presidente.
Art. 4º - Caberá ao Secretário de Estado da Casa Civil e Desenvolvimento
Econômico, sem prejuízo das demais competências que lhes
são conferidas, prover os serviços de Secretaria-Executiva do Conselho
Diretor.
Seção II
Da Composição
Art. 5º - O Conselho Diretor tem a seguinte composição:
I - o Secretário de Estado de Segurança;
II - o Secretário de Estado da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico;
III - o Secretário de Estado de Administração Penitenciária;
IV - o Secretário de Estado de Defesa Civil;
V - o Secretário de Estado de Saúde;
VI - o Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento
Social;
VII - 1 (um) representante do Tribunal de Justiça do Estado, indicado
pelo seu respectivo Presidente;
VIII - 1 (um) representante do Ministério Público do Estado, indicado
pelo seu respectivo Procurador-Geral de Justiça;
IX - 1 (um) representante da Assembleia Legislativa do Estado, indicado
pelo seu respectivo Presidente;
X - 4 (quatro) representantes da sociedade civil, sendo 2 (dois) representantes
de entidades de representação empresarial e 2 (dois) representantes
de comunidades em posição de vulnerabilidade social,
indicados pelo Governador do Estado;
XI - 1 (um) representante da Defensoria Pública do Estado, indicado
pelo seu respectivo Defensor Público Geral;
XII - 1 (um) representante da Procuradoria-Geral do Estado, indicado
pelo seu respectivo Procurador Geral do Estado;
XIII - 1 (um) representante da Secretaria Nacional de Segurança Pública
do Ministério da Justiça, indicado pelo seu respectivo Secretário
Nacional de Segurança Pública.
Parágrafo Único - Os representantes da sociedade civil, a que alude
o inciso X, terão mandato de 2 (anos), prorrogável uma única vez,
pelo mesmo período.
Seção III
Do Funcionamento Do Plenário
Art. 6º - O Presidente do Conselho deverá incluir no calendário anual,
reuniões ordinárias destinadas a acompanhar a gestão econômica e
financeira dos recursos e o desenvolvimento dos programas subsidiados
pelo FIESD.
Parágrafo Único - O Conselho Diretor reunir-se-á, extraordinariamente,
mediante solicitação do Presidente ou em decorrência de requerimento
de, no mínimo, um terço dos seus integrantes.
Art. 7º - O Conselho Diretor reunir-se-á em sessão pública, com a
presença de no mínimo cinco membros, podendo ser exigido o prévio
credenciamento dos ouvintes.
§ 1º - As reuniões do Conselho poderão tornar-se sigilosas, a critério
do Plenário ou de seu Presidente, quando a natureza do assunto assim
o exigir.
§ 2º - Quando a matéria reclame processo deliberativo do Conselho,
a sessão deverá ser realizada com a presença da maioria absoluta
dos membros.
§ 3º - Cada conselheiro titular terá direito a um voto.
§ 4º - As deliberações do conselho serão tomadas por maioria absoluta
de seus membros, podendo ser por via eletrônica, e deverão
ser publicadas no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro em até
30 dias, na forma do seu regimento interno. Em caso de empate nas
decisões, o Presidente exercerá o direito do voto de qualidade.
§ 5º - É facultada a indicação de substituto eventual pelas autoridades
indicadas, exceto no inciso X do art. 5º.
§ 6º - O conselheiro suplente terá direito a voto na ausência do respectivo
titular e terá direito a voz, mesmo quando presente o titular.
§ 7º - O exercício do voto é privativo dos conselheiros titulares ou
suplentes, não sendo permitido seu exercício por representantes, mesmo
que qualificados.
§ 8º - A convite do Conselho, por intermédio de seu presidente, especialistas
e entidades civis ou governamentais poderão participar das
reuniões, com direito a voz e sem direito a voto.
§9º - As reuniões do Conselho poderão ser promovidas em ambiente
eletrônico.
§ 10 - No ambiente eletrônico serão lançados os votos dos Conselheiros,
consignada a ata de reunião e registrado o resultado final da
votação, quando for o caso.
§ 11 - As reuniões realizadas em ambiente eletrônico serão públicas,
permitido o acompanhamento pela rede mundial de computadores (internet),
podendo ser exigido o prévio credenciamento dos ouvintes.
Art. 8º - A convocação ordinária será feita com antecedência de, no
mínimo, cinco dias úteis e a extraordinária, dois dias úteis.
Art. 9º - A convocação das reuniões ordinárias e extraordinárias será
feita mediante expediente destinado a cada conselheiro e estabelecerá
dia, hora e local da reunião.
§ 1º Os documentos a serem submetidos à deliberação deverão ser
encaminhados aos conselheiros, obrigatoriamente, com a mesma antecedência
do expediente da convocação.
§ 2º Do expediente de convocação deverá constar:
a) pauta da reunião com indicação dos assuntos a serem objeto de
decisão;
b) ata da reunião anterior;
c) rol dos projetos aprovados na reunião anterior;
d) lista dos projetos a serem apreciados, acompanhada de parecer de
aprovação da Secretaria de Estado de Segurança em relação a cada
um deles, dispensada esta quanto se tratar de matéria relacionada ao
funcionamento do colegiado e ao seu Regimento Interno; e
e) relação de instituições eventualmente convidadas e assunto a ser
tratado.
Art. 10 - As pautas das reuniões ordinárias e extraordinárias serão
preparadas pela Secretaria-Executiva do Conselho Diretor, com auxílio
da Secretaria de Estado de Segurança, e aprovadas pelo Presidente
do Colegiado.
Art. 11 - Nas reuniões ordinárias ou extraordinárias as matérias deverão
ser conduzidas na seguinte ordem:
I - abertura de sessão, discussão e votação da ata da reunião anterior;
II - leitura do expediente, das comunicações e da Ordem do Dia;
III - deliberações;
IV- outros assuntos; e
V- encerramento.
Art. 12 - As reuniões extraordinárias tratarão exclusivamente das matérias
objeto de sua convocação, não permitida qualquer deliberação
sobre assunto não constante da pauta, ressalvados os requerimentos
de urgência.
Art. 13 - A Ordem do Dia observará, sucessivamente:
I - requerimento de urgência;
II - proposta de projeto objeto de anterior pedido de vista ou de retirada
de pauta pelo proponente, com o respectivo parecer ou justificativa;
III - propostas de projetos aprovados e não publicados por decisão do
Presidente, com a respectiva emenda e justificativa, nos termos do
Parágrafo Único do art. 19;
IV - propostas que tratam do funcionamento do Conselho Diretor e do
Regimento Interno do Colegiado;
V - propostas de projetos estaduais;
VI - propostas de projetos municipais; e
VII - propostas de projetos de execução direta.
Parágrafo Único - Nas reuniões, as matérias de natureza deliberativa
terão precedência sobre as matérias de outra natureza, ressalvada
decisão do Plenário em contrário.
Art. 14 - O Conselho Diretor manifestar-se-á por meio de:
I - resolução, quando se tratar de deliberação do Colegiado sobre assunto
geral de competência do Conselho Diretor;
II - despacho, quando se tratar de deliberação específica relativa aos
projetos submetidos ao Conselho Diretor.
Art. 15 - As matérias a serem submetidas à apreciação do Conselho
Diretor deverão ser encaminhadas ao seu Presidente, que avaliará a
oportunidade e urgência de inclusão na pauta da reunião a ser realizada.
§ 1º - Antes de serem submetidas à deliberação do Conselho, as propostas
de projetos deverão ser analisadas e aprovadas pela Secretaria
de Estado de Segurança ou, se couber, pela(s) Câmara(s) Técnica(
s) instituída(s) pelo Conselho, bem como verificada a sua compatibilização
com a legislação pertinente.
§ 2º - As propostas de projetos que implicarem despesas deverão indicar
a fonte da respectiva receita.
§ 3º - A Secretaria-Executiva do Conselho Diretor deverá apresentar
ao Colegiado, diretamente ou por meio da Secretaria de Estado de
Segurança, a lista de propostas de projetos que rejeitar, indicando o
objeto, valor e as razões da não-aprovação de cada uma delas.
Art. 16 - A deliberação das matérias em Plenário deverá obedecer à
seguinte sequência:
I - o Presidente apresentará o item incluído na Ordem do Dia e dará
a palavra ao relator da matéria;
II - terminada a exposição, a matéria será colocada em discussão, podendo
qualquer conselheiro manifestar-se a respeito, escrita ou oralmente;
III - encerrada a discussão, o Plenário deliberará sobre a matéria.
Parágrafo Único - A manifestação que trata o inciso II deverá limitarse
a um máximo de cinco minutos por conselheiro, ressalvados casos
de alta relevância, a critério do Presidente.
Art. 17 - O Plenário poderá apreciar matéria não constante de pauta,
mediante justificativa e requerimento de regime de urgência.
§ 1º - O requerimento de urgência deverá ser subscrito por um mínimo
de dois conselheiros e encaminhado ao Presidente do Conselho
com no mínimo cinco dias úteis de antecedência, o qual, no prazo de
três dias úteis providenciará a distribuição aos conselheiros.
§ 2º - Excepcionalmente, o Plenário poderá dispensar o prazo estabelecido
no § 1o desde que o requerimento de urgência seja subscrito
por, no mínimo, três conselheiros.
§ 3º - O requerimento de urgência poderá ser acolhido, a critério do
Plenário, por maioria simples.
§ 4º - A matéria cujo regime de urgência não tenha sido aprovado
deverá ser incluída, obrigatoriamente, na pauta da reunião subsequente,
seja ordinária ou extraordinária, observados os prazos regimentais.
Art. 18 - É facultado a qualquer conselheiro com direito a voto requerer
vista, devidamente justificada, de matéria não julgada ou, ainda,
solicitar a retirada de pauta de matéria de sua autoria.
§ 1º - A matéria objeto de pedido de vista deverá constar da pauta da
reunião subsequente, ordinária ou extraordinária, quando deverá ser
exposto o parecer do respectivo conselheiro, entretanto será apreciada
independentemente da apresentação deste.
§ 2º - Quando mais de um conselheiro pedir vista, o prazo para apresentação
dos pareceres correrá simultaneamente.
§ 3º - É intempestivo o pedido de vista ou de retirada de pauta após
o início da votação da matéria.
§ 4º - As matérias que estiverem sendo discutidas em regime de urgência
somente poderão ser objeto de concessão de pedidos de vista
se o Plenário assim o decidir, por maioria simples.
§ 5º - A matéria somente poderá ser retirada de pauta, por pedido de
vista, uma única vez.
§ 6º - O conselheiro que requerer vista e não apresentar o respectivo
parecer no prazo estipulado receberá advertência por escrito do Presidente.
Art. 19 - As atas, deliberações e informativos do Conselho Diretor serão
disponibilizadas em página específica no portal da Casa Civil e da
Secretaria de Estado de Segurança.
Parágrafo Único - O Presidente poderá adiar, em caráter excepcional,
a publicação de qualquer matéria aprovada, desde que constatados
equívocos, infração a normas jurídicas ou impropriedade em
sua redação, devendo ser a matéria obrigatoriamente incluída na reunião
subsequente, acompanhada de proposta de emendas devidamente
justificada.
Art. 20 - O Presidente poderá decidir ad referendum do Conselho Diretor
sobre matéria previamente apreciada pela Secretaria Estadual de
Segurança, devendo a mesma ser apresentada ao Plenário na primeira
reunião subsequente do Colegiado.
Art. 21 - As atas do Conselho Diretor serão redigidas de forma a retratar
as discussões relevantes e todas as decisões tomadas em Plenário
e, depois de aprovadas pelo Colegiado, assinadas pelo presidente
e pelos conselheiros.
Art. 22 - As decisões do Conselho Diretor serão aprovadas pelo Chefe
do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro.
Art. 23 - A participação dos membros no Conselho Diretor não enseja
qualquer tipo de remuneração e será considerada de relevante interesse
público.
Art. 24 - Eventuais despesas com passagens e diárias serão custeadas
pelos respectivos órgãos representados no Conselho Diretor.
Seção IV
Das Atribuições dos Membros do Colegiado
Art. 25 - Ao Presidente incumbe:
I - presidir as sessões plenárias, orientar os debates, colher os votos
e votar;
II - emitir voto de qualidade nos casos de empate;
III - convocar reuniões ordinárias e extraordinárias;
IV - requisitar, por deliberação do Conselho Diretor, à Secretaria-Executiva
do Conselho, à Secretaria de Estado de Segurança e às instituições
que executam atividades custeadas com recursos do FISED,
as informações necessárias ao acompanhamento, controle e avaliação
dos programas e atividades;
V - solicitar estudos e pareceres sobre matérias de interesse do Conselho
Diretor, bem como a constituição de comissões de assessoramento
ou grupos técnicos para tratar de assuntos específicos, quando
necessários;
VI - conceder vista de matéria constante de pauta, ouvido o Conselho
Diretor;
VII - prestar, em nome do Conselho Diretor, todas as informações relativas
à gestão do FISED;
VIII - expedir todos os atos necessários ao desempenho de suas atribuições,
especialmente no que se refere às representações ativa e
passiva do Fundo, em nome do Conselho Diretor; e
IX - cumprir e fazer cumprir este Regimento.
Art. 26 - Aos conselheiros incumbe:
I - participar das reuniões, debatendo e votando as matérias em exame;
II - aprovar as atas das reuniões;
III - solicitar informações, providências e esclarecimentos ao Presidente
ou encarregado dos serviços de apoio ao Conselho Diretor;
IV - apresentar relatórios e pareceres dentro dos prazos fixados;
V - proferir declarações de voto e mencioná-las em ata, incluindo
suas posições contrárias, caso julgue necessário;
VI - informar, justificadamente, a impossibilidade de comparecimento;
e
VII - desempenhar outras atribuições que lhes forem designadas pelo
Presidente ou por deliberação do Colegiado.
CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 27 - O Conselho Diretor, observada a legislação aplicável, estabelecerá
normas complementares relativas ao funcionamento e à ordem
dos trabalhos:
I - do próprio Colegiado, no que couber;
II - das Câmaras Técnicas referidas no § 1o do art. 3o; e
III - das reuniões sigilosas referidas no § 1o do art. 8o.
Art. 28 - Os casos omissos e as dúvidas surgidas na aplicação deste
Regimento Interno serão solucionados pelo Presidente, ouvido o Colegiado.
Art. 29 - Este Regimento Interno poderá ser alterado mediante proposta
da maioria simples do Conselho Diretor, que será submetida à
aprovação do Chefe do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro.
Art. 30 - Este Regimento Interno entra em vigor na data de sua publicação.
Atos do Interventor
DECRETO Nº 05 DE 17 DE MAIO DE 2018
REGULAMENTA A CONFECÇÃO E ACAUTELAMENTO
DO DISTINTIVO PARA USO EXCLUSIVO
E PRIVATIVO DOS INSPETORES DE
SEGURANÇA E ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA
DA SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO
PENITENCIÁRIADO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
O INTERVENTOR NA ÁREA DE SEGURANÇA PÚBLICA DO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições constitucionais
e legais, que lhe conferem o art. 34, inciso III, da Constituição da República
Federativa do Brasil, o art. 3º do Decreto Presidencial nº
9.288, de 16 de fevereiro de 2018, e o art. 145 da Constituição do
Estado do Rio de Janeiro, tendo em vista o que consta no Processo
Administrativo nº E-21/096/15/2018,
CONSIDERANDO:
- a competência privativa do Interventor, enquanto perdurar a intervenção
federal no Estado do Rio de Janeiro, na área de segurança pública,
para o exercício de todas as atribuições elencadas no art. 145,
IV da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, e
- que a padronização do distintivo colabora com a identificação do
Servidor Público no âmbito do interno Secretaria ou em locais externos,
quando em serviço ou na necessidade de identificação, em que
não se apresente uniformizado.
DECRETA:
Art. 1º - Fica instituído o Distintivo Funcional da Secretaria de Estado
de Administração Penitenciária para uso exclusivo e privativo dos Inspetores
de Segurança e Administração Penitenciária do Estado do Rio
de Janeiro, com as características constantes do Anexo I.
Art. 2º - O Distintivo será considerado símbolo oficial da Secretaria de
Estado de Administração Penitenciária, capaz de identificar ostensivamente
seu portador.
Parágrafo Único - O Distintivo Funcional tem as especificações técnicas
constantes do Anexo II.
Art. 3º - O distintivo funcional da Secretaria de Estado de Administração
Penitenciária será usado oficialmente no âmbito penitenciário
ou no meio externo, quando necessária identificação funcional dos
Inspetores de Segurança e Administração Penitenciária do Estado do
Rio de Janeiro.
Art. 4º - O distintivo funcional dos Inspetores de Segurança e Administração
Penitenciária é de uso pessoal e intransferível.
Art. 5º - A despesa para atender o disposto neste Decreto ocorrerá à
conta de dotação orçamentária própria da Secretaria de Estado de
Administração Penitenciária.
Art. 6º - A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária regulamentará
o uso e a confecção do objeto do presente Decreto por
meio de Resolução.
Art. 7º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 17 de maio de 2018
GENERAL DE EXÉRCITO WALTER SOUZA BRAGA NETTO
Interventor Federal da Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro
ANEXO I
CONSIDERANDO:
DECRETA:
Art. 1º - Fica alterada, sem aumento de despesas, a estrutura básica
organizacional da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária - SEAP,
que passa a vigorar de acordo com o Anexo I deste Decreto.
Art. 11- Ficam exonerados, com validade a contar desta data, os servidores
relacionados no Anexo III como atuais ocupantes dos cargos em comissão
objeto da transformação constante no Anexo II a esta Decreto.
II - ÓRGÃO DE CORREIÇÃO
1 - Corregedoria Geral
1.1 - Centro de Controle e Monitoramento
1.2 - Serviço de Protocolo
1.3 - Serviço de Arquivo
1.4 - Seção de Cartório
IV - ÓRGÃO DE INTELIGÊNCIA
V - ADMINISTRAÇÃO DE FUNDOS
Atos do Interventor
*DECRETO Nº 04 DE 27 DE ABRIL DE 2018
ALTERA A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO
PENITENCIÁRIA- SEAP, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.
O INTERVENTOR FEDERAL DA SEGURANÇA PÚBLICA NO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições constitucionais
e legais, que lhe conferem o artigo 34, inciso III, da Constituição da
República c/c o artigo 145, VI, da Constituição do Estado do Rio de
Janeiro e o disposto no Decreto Presidencial nº 9.288, de 16 de fevereiro
de 2018, e tendo em vista o que consta do Processo nº E-
21/001/68/2018,
CONSIDERANDO:
- a necessidade de flexibilizar o fluxo entre presos das Unidades Prisionais
desta SEAP, principalmente prestigiando os critérios de segurança
e o da diminuição das que se encontram superlotadas; e
- que para a operacionalização do fluxo mencionado faz-se necessário
alterar o perfil de determinadas Unidades Prisionais, de forma a alojar
os presos convenientemente;
DECRETA:
Art. 1º - Fica alterada a estrutura básica da Secretaria de Estado de
Administração Penitenciária - SEAP, sem aumento de despesa, que
passa a vigorar de acordo com os termos deste Decreto.
Art. 2º - A Penitenciária Pedrolino Werling de Oliveira, instalada no
imóvel situado na Estrada General Emilio Maurell Filho, s/nº, Bairro
Gericinó, passará a ser classificada como Presídio e passará a absorver
os presos condenados do sexo masculino que tenham sido
condenados pela Justiça Federal e os diplomados em nível superior,
sendo o regime fechado.
Art. 3º - A Cadeia Pública José Frederico Marques, instalada no imóvel
situado na Rua Célio Nascimento, s/nº, passará a ser classificada
como Presídio e passará a absorver os presos condenados do sexo
masculino, que tenham sido processados pela Justiça Estadual, sendo
o regime fechado.
Art. 4º - O Presídio Nelson Hungria, instalado no imóvel situado na
Estrada General Emilio Maurell Filho, s/nº, Bairo Gericinó, continuará
a ser classificada como Presídio e passará a absorver as presas provisórias,
sem regime, as presas diplomadas em curso de nível superior
e as presas condenadas do sexo feminino, que tenham sido processadas
pela Justiça Federal ou Estadual, sendo o regime fechado,
atentando-se para o previsto no artigo 84 da Lei nº 7.210/1984 (Lei
de Execução Penal).
Art. 5º - A Penitenciária Gabriel Ferreira Castilho, instalada no imóvel
situado na Estrada General Emilio Maurell Filho, s/nº, Bairro Gericinó
e passará a ser classificada como Presídio e passará a absorver os
presos provisórios sem regime e os condenados do sexo masculino
que tenham sido processados pelas Justiças Estadual e Federal ,
sendo o regime fechado, atentando-se para o previsto no artigo 84 da
Lei nº 7.210/1984 (Lei de Execução Penal).
Art. 6º - A Penitenciária Alfredo Tranjan, instalada no imóvel situado
na Estrada General Emilio Maurell Filho, s/nº, Bairro Gericinó e passará
a ser classificada como Presídio e passará a absorver os presos
provisórios sem regime e os condenados do sexo masculino que tenham
sido processados pelas Justiças Estadual e Federal , sendo o
regime fechado, atentando-se para o previsto no artigo 84 da Lei nº
7.210/1984 (Lei de Execução Penal).
Art. 7º - A Penitenciária Lemos Brito, instalada no imóvel situado na
Estrada General Emilio Maurell Filho, s/nº, Bairro Gericinó e passará a
ser classificada como Presídio e passará a absorver os presos provisórios
sem regime e os condenados do sexo masculino que tenham
sido processados pelas Justiças Estadual e Federal, sendo o regime
fechado, atentando-se para o previsto no artigo 84 da Lei nº
7.210/1984 (Lei de Execução Penal).
Art. 8º - A Penitenciária Milton Dias Moreira, instalada no imóvel situado
na Rua Florença, s/nº, Jardim Belo Horizonte, Eng. Pedreira,
Japeri e passará a ser classificada como Presídio e passará a absorver
os presos provisórios sem regime e os condenados do sexo
masculino que tenham sido processados pelas Justiças Estadual e
Federal , sendo o regime fechado, atentando-se para o previsto no
artigo 84 da Lei nº 7.210/1984 (Lei de Execução Penal).
Art. 9º - A Penitenciária Romeiro Neto, instalada no imóvel situado na
Estrada Rio Bonito, s/nº, Bairro Saco, Município de Magé passará a
ser classificada como Presídio e passará a absorver os presos provisórios
sem regime e os condenados do sexo masculino que tenham
sido processados pelas Justiças Estadual e Federal , sendo o regime
fechado, atentando-se para o previsto no artigo 84 da Lei nº
7.210/1984 (Lei de Execução Penal).
Art. 10 - A Cadeia Pública Hélio Gomes instalada no imóvel situado
na Estrada Rio Bonito, s/nº, Bairro Saco, Município de Magé, passará
a ser classificada como Presídio e passará a absorver os presos provisórios
sem regime e os condenados do sexo masculino que tenham
sido processados pelas Justiças Estadual e Federal, sendo o regime
fechado, atentando-se para o previsto no artigo 84 da Lei nº
7.210/1984 (Lei de Execução Penal).
Art. 11 - A Penitenciária Jonas Lopes de Carvalho, instalada no imóvel
situado na Estrada General Emilio Maurell Filho, s/nº, Bairro Gericinó
passará a ser classificada como Presídio e passará a absorver
os presos provisórios sem regime e os condenados do sexo masculino
que tenham sido processados pelas Justiças Estadual e Federal ,
sendo o regime fechado, atentando-se para o previsto no artigo 84 da
Lei nº 7.210/1984 (Lei de Execução Penal).
Art. 12 - A Cadeia Pública Tiago Teles de Castro Domingues, instalada
no imóvel situado na Rua Olegário Nascimento, s/nº, Bairro Guaxindiba,
Município de São Gonçalo passará a ser classificada como
Presídio e passará a absorver os presos provisórios sem regime e os
condenados do sexo masculino que tenham sido processados pelas
Justiças Estadual e Federal, sendo o regime fechado, atentando-se
para o previsto no artigo 84 da Lei nº 7.210/1984 (Lei de Execução
Penal).
Art. 13 - A Cadeia Pública Dalton Crespo de Castro, instalada no
imóvel situado na Estrada de Santa Rosa, s/nº, Bairro Codin, no Município
de Campos dos Goytacazes passará a ser classificada como
Presídio e passará a absorver os presos provisórios sem regime e os
condenados do sexo masculino que tenham sido processados pelas
Justiças Estadual e Federal, sendo o regime fechado, atentando-se
para o previsto no artigo 84 da Lei nº 7.210/1984 (Lei de Execução
Penal).
Art. 14 - Em razão das alterações constantes deste Decreto, o Anexo
I do Decreto nº 45.345, de 18 de agosto de 2015, e suas modificações,
passa a vigorar com a seguinte redação:
“I - ÓRGÃOS DE ASSISTÊNCIA DIRETA E IMEDIATA AO
SECRETÁRIO DE ESTADO.
VIII - ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO FINALÍSTICA
1 Subsecretaria Adjunta de Gestão Operacional
......................................................................................................
1.4 - Coordenação das Unidades Prisionais de Gericinó
1.4.2 - Presídio Alfredo Trajan
1.4.9 - Presídio Jonas Lopes de Carvalho
1.4.13 - Presídio Nelson Hungria
1.4.15 - Presídio Gabriel Ferreira Castilho
1.4.17- Presídio Lemos de Brito
1.4.18- Presídio Pedrolino Werling de Oliveira
1.4.20 - Presídio José Frederico Marques
......................................................................................................
1.5.1 - Presídio Milton Dias Moreira
......................................................................................................
1.6.5 - Presídio Romeiro Neto
1.6.8 - Presídio Dalton Crespo de Castro
1.6.11 - Presídio Hélio Gomes
1.6.14- Presídio Tiago Teles de Castro Domingues”
Art. 15 - O Secretário de Estado de Administração Penitenciária fará
as alterações necessários no Regimento Interno do Órgão, nos termos
do art. 11 do Decreto nº 37.266, de 31 de março de 2005, de forma a
adequá-lo ao presente Decreto.
Art. 16 - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.
Rio de Janeiro, 27 de abril de 2018
GENERAL DE EXÉRCITO WALTER SOUZA BRAGA NETTO
*Republicado por ter saído com incorreções no. D.O. de 03/05/2018.