REsp 1521999

PODER JUDICIÁRIO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RECURSO ESPECIAL
REsp 1521999/SP (2015/0071317-3)

Volumes : 1 Autuado em 31/03/2015
Assunto : DIREITO TRIBUTÁRIO - Dívida Ativa
RECORRENTE : FAZENDA NACIONAL
RECORRIDO : TECNO-FERR - FERRAMENTARIA DE PRECISÃO
LTDA - MASSA FALIDA
ADVOGADO : ADRIANA RODRIGUES DE LUCENA -
ADMINISTRADOR JUDICIAL
INTERES. : ASSOCIAÇÃO NORTE E NORDESTE DE
PROFESSORES DE PROCESSO- ANNEP - "AMICUS
CURIAE"
ADVOGADO : LEONARDO JOSÉ RIBEIRO COUTINHO BERARDO
C.DA CUNHA
ADVOGADO : FREDIE SOUZA DIDIER JUNIOR
ADVOGADO : EDUARDO UCHÔA ATHAYDE
INTERES. : INSTITUTO DEFESA COLETIVA - "AMICUS CURIAE"
ADVOGADO : LILLIAN JORGE SALGADO E OUTRO(S)
Distribuição automática em 07/04/2015
RELATOR : MINISTRO SÉRGIO KUKINA - PRIMEIRA SEÇÃO
Ministros impedidos:
1147 RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA
Índice
Nº Nº Qtd.
Descrição da Peça Folha Pág. Págs.
e-STJ PDF
Processo 201500713173 411
Capa 1 1
Índice 2 2
Volume 1 409
Íntegra do processo 1 4 287
Petição Inicial 1 4 8
Pedido de habilitação da União na falência 9 12 5
CDAs 14 17 173
Petição da Administradora/empresa trazendo nova classificação dos créditos 192 195 2
Impugnação da Fazenda discordando da habilitação sugerida 202 205 4
Parecer 207 210 3
Decisão agravada 210 213 2
Acórdão/Decisão Monocrática 229 232 9
Certidão de Publicação do Acórdão/Decisão Monocrática 241 244 1
Petição de Recurso Especial 243 246 9
Petição de contrarrazões do Recurso Especial 264 267 14
Despacho de Recurso Especial como Representativo de Controvérsia 282 285 3
Certidão de publicação da Decisão de Admissibilidade do Recurso Especial 285 288 1
Certidão de Protocolo de Processo Eletrônico 288 291 1
Termo de Recebimento 289 292 1
Termo de Recebimento e Autuação 290 293 2
Termo de Distribuição e Encaminhamento 292 295 1
Certidão de Intimação 293 296 1
CERTIDÃO DE JULGAMENTO 296 299 1
EMENTA / ACORDÃO 297 300 1
QUESTÃO DE ORDEM 298 301 3
Certidão de Publicação de Acórdão 301 304 1
Certidão 302 305 1
Termo de Ciência 303 306 1
Certidão de Juntada de Petição PET 00169775/2017 305 308 1
Petição PET 00169775/2017 306 309 30
Certidão de Conclusão 336 339 1
DESPACHO / DECISÃO PET 00169775/2017 338 341 2
Certidão de Publicação 340 343 1
Certidão 341 344 1
Certidão de Juntada de Petição ParMPF 00302764/2017 342 345 1
Petição ParMPF 00302764/2017 343 346 6
Petição PET 00400556/2017 354 357 15
DESPACHO / DECISÃO PET 00400556/2017 371 374 2
Índice
Nº Nº Qtd.
Descrição da Peça Folha Pág. Págs.
e-STJ PDF
Certidão de Publicação 373 376 1
Certidão 374 377 1
Petição PET 00485401/2017 381 384 9
Certidão Oficial de Justiça 404 407 1
Certidão 406 409 1
(e-STJ Fl.1)
fls. 1
(e-STJ Fl.1)
Este documento é cópia do original assinado digitalmente por PAULO EDUARDO D ELIA AZAMBUJA. Protocolado em 03/02/2014 às 16:54:55, sob o número 2014885-97.2014.8.26.0000. Para acessar os
PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
PROCURADORIA DA FAZENDA NACIONAL EM SÃO PAULO
DIVISÃO DE ASSUNTOS FISCAIS - DIAFI/SETFLI (Setor de Felêscias)
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio

Tribunal de Justiça do Estado São Paulo/SP
autos processuais, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2014885-97.2014.8.26.0000 e o código 62DBE8.
Agravante: União (Fazenda Nacional)
Agravada: TECNO- FERR FERRAMENTARIA DE PRECISÃO
Documento eletrônico juntado ao processo em 30/03/2015 às 17:00:32 pelo usuário: WESLEY DA SILVA PEREIRA LEITE
LTDA
A UNIÃO (FAZENDA NACIONAL), por sua procuradora ¡n fina

assinada (LC 73/93), com domicilio na Alameda Santos, 647, Jardim Paulista,
SSO Paulo/SP, vem, com fundamento no artigo 17 da Lei 11.1D1/2005 e nos
artigos 522 e seguintes do CPC, interpor AGRAVO DE INSTRUMENTO, com
pedido de efeito suspensivo, contra decisão proferida pelo Juizo da 2 Vara de
Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca desta
Capital de São Paulo, nos autos do processo incidental de habilitação em
falência número 0037950-83.20138.26.0100 palas razões anexas.
Em cumprimento ao artigo 525, inciso I e li do Código de Processo

Civil, informa a Fazenda Nacional que o instrumento do presente agravo é
formado por cópia intentaI dos autos da habilitacão de crédito.
Alameda Santos n' 647, Cerqueiro COso,. Sao Paura - SP, CEP 01419.001 .uw,wpgfnfazeoda.goubr
Documento eletrônico recebido da origem

(e-STJ Fl.2)
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(e-STJ Fl.2)

PROCURADORIA DA FAZENDA NACIONAL EM SAO PAULO
DIVISAD DE ASSUNTOS FISCAIS - DIAFI/SETFLI (Setor de Falências)
Deixa-se de junlar a Procuração da Agravante, lendo em vista que a

representação decorre de lei, e da Agravada, em razão de o Administrador
Judicial ter prestado Termo de Compromisso em Cartório. Averba-se que a
ausência de autenticação deriva da dispensa contida no artigo 24, da Lei no
10.522/2002.
Este documento é cópia do original assinado digitalmente por PAULO EDUARDO D ELIA AZAMBUJA. Para acessar os autos processuais, acesse o site
Em atendimento ao disposto no art. 524, III, do CRC, informa que o
https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2014885-97.2014.8.26.0000 e o código 62DBE8.

Administrador Judicial da Massa Falida é a Dra. Adriana Lucena OAB/SP
157.111, e com endereço localizado na Av. Liberdade, n521 , 13° andar, São
Paulo-SP, TEL(1 1)3151-6530.
Por Oportuno, para fim de aferição da tempestiviclade do presente

recurso, requer seja considerado o prazo em dobro previsto no artigo 188, do
Código de Processo Civil e a prerrogativa de inlimaçáo mediante vista dos autos
(artigo 20, da Lei n° 11.033/2004 e artigo 38, da Lei Complementar n° 73/93).
Termos em que, pede deferimento.
São Paulo/Sq, jde fevereiro de 2014.
Paulo Eduardo D' Elia Azambuja

Procurador da Fazenda Nacional
OAB/SP n°336.038
alameda Santos n 647, Casqueira César. São Paulo -'SP, CEP 01419.001 -aasuv.pglo.t000nda.gov,br

(e-STJ Fl.3)
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(e-STJ Fl.3)

DIVISÃO DE ASSUNTOS FISCAIS - DIAFI/SETFLI (Setor de Falências)
RAZÕES DO AGRAVO
Egrégio Tribunal,

Colenda Câmara,
Ínclitos Julgadores
- DA TEMPESTIVIDADE
A intimação da União é feita pessoalmente ao procurador da

Fazenda Nacional mediante a entrega dos autos com vista, conformo disposição
do arligo 38 da Lei Complementar n° 73/93 c/c artigo 20 da Lei n° 11.033/2004.
Destarte, considerando que os autos foram remetidos em carga na

data de 31/01/2014, bem como considerando que a União dispóe de prazo em
dobro para recorrer, nos termos do artigo 188, do CPC, afere-se que o presente
recurso foi manejado dentro do prazo legal, sendo, pois tempestivo.
Morondo Sontos 0*647, Cerqueiro César. São Paulo-SC CEP 0149 6-001 - oo'on.pgfnfasefldn.gOo.bt

(e-STJ Fl.4)
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(e-STJ Fl.4)

PROCURADORIA DA FAZENDA NACIONAL EM SAO PAULO
DIVISÃO DE ASSUNTOS FISCAIS - DIAFI/SETFLI (Setor de Foldacias)
II - DOS FATOS
A União (Fazenda Nacional) ajuizou pedido de habilitação em face

da massa falida da empresa Eximia Serviços Temporários Ltda.
O insigne JUÍZO monocrático assevera que o Encargo Legal
classifica-se como crédito quirografário. Data maxima venia, não há como

comungar com a decisão monocrática no tocante a tal classificação, motivo pelo
qual se insurge a União através do presente recurso.
Ill - DO DIREITO
A Fazenda Nacional manifesta discordância quanto a inclusão do

crédito referente ao encargo legal, classificado como crédito quiroqrafário, tendo

em vista que tal postura está em dissonância com o dispositivo legal do art. 83,
VI, a da Lei 11.101/05.
Conforme será demonstrado a seguir, o crédito referente ao encargo

legal deve ser classificado como tributário nos termos do art. 83, III da lei
11.101/05.
O art. 1 do Decreto Lei 1.025/69 instituiu no direito posilivado o

encargo legal a ser pago pelo executado nas açôes de execução fiscal:
"Art 10 Ê declarada extinta a participação de servidores

públicos na cobrança da Dívida da União, a que se referem os
artigos 21 da Lei no 4.439, de 27 de outubro de 1964, e lo,
inciso Il, da Lei n°5.421, de 25 de abril de 1968 passando a
TAXA, no total de 20% (vinte por cento), paqa pelo
Aiã,00da Soatos 0" 647, Cerquei,a Césor. São 70110- SP. CEP 01419-OSI -v,wo.pgtn.fozeodogov.br
41
(e-STJ Fl.5)
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(e-STJ Fl.5)

executado a ser recolhida aos cofres públicos como

renda da União" (grifo nosso)
Clara foi a intenção do legislador em definir o encargo legal como

taxa, sendo, portanto, revestido de caráter de tributo.
Nos termos do referido dispositivo, pelo fato de o encargo constituir
"renda da União" pode ser classificado, conforme consagrado no Direito

Financeiro, como Receita Derivada da União decorrente do exercício do goder de
imuério do Estado o que também confirma a sua natureza tributéria.
Não bastasse isso, nos termos do art. 3", parágrafo único e art 4° da
lei 7.711/88, os produtos provenientes do recolhimento do encargo, constituem
receita do Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades
de Fiscalização - FUNDAF.
"Ari. 3°(...)
Pará qrafo único. O produto dos recolhimentos do
encarqo de que trata o art. 1° Decreto-Lei n° 1.025. de 21
de outubro de 1969, (...) será recolhido ao Fundo a que se
refere o art. 4°. em subconta especial, destinada a atender
a despesa com o programa previsto neste artigo e que será
gerida pelo Procurador-Geral da Fazenda Nacional, de acordo
com o disposto no ad. 6° desta Lei' (grifo nosso)
"Art. 4° A partir do exercício de 1989, o produto da

arrecadação de multas, inclusive as que fazem parte do valor
pago por execuçäo da dívida ativa e de sua respectiva
correção monetária, incidentes sobre os tribu tos e
contribuições administrados pela Secretaria da Receita
Federal e próprios da União, constituirá receita do Fundo
instituído pelo Decreto-Lei no 1.437, de 17 de dezembro de
Alameda Sontos n" 04/. Cerqueiro Cesa,. Sao Paulo - SP, CEP SI 419-OSI -oo'nv.pgfn.fosanda.gov,br I
(e-STJ Fl.6)
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(e-STJ Fl.6)

PROCURADORIA DA FAZENDA NACIONAL EM sAo PAULO
DIVISAO DE ASSUNTOS FISCAIS - DIAFI/SETFLI (Setor de Falências)
i2Z excluídas as transferências tributárias constitucionais

para Estados, Distritos Federal e Municípios" (grifo nosso.)
Ease fundo foi instituído pelo Decreto Lei 1.437/75, com o objetivo
inicial de:
"(...) fornecer recursos para financiar o reaparelhamento e
ree quipamento da Secretaria da Receita Federal, a atender

aos demais encargos específicos inerentes ao
desenvolvimento e aperfeiçoamento das atividades de
fiscalização dos tributos federais e, especialmente, a
intensificar a repressão às infrações relativas a mercadorias
estrangeiras e a outras modalidades de fraude fiscal ou
cambial, inclusive mediante a instituição de sistemas
especiais de controle do valor externo de mercadorias e de
exames laboratoriais."
Depois, nos termos do art. 3° da Lei 7.711/88, os recursos desse

fundo também passaram a destinar-se:
"...j à implementação, desenvolvimento e modernização de

redes e sistemas de processamento de dados, no custeio de
taxas, custas e emolumentos relacionados com a execução
fiscal e a defesa judicial da Fazenda Nacional e sua
representação em Juízo, em causas de natureza fiscal, bem
assim diligências, publica ções, pro labore de peritos técnicos,
de êxito, inclusive a seus procuradores e ao Ministério Público
Estadual e de avaliadores e contadores, e aos senliços
relativos a penhora de bens e a remoção e depósito de bens
penhorados ou adjudicados à Fazenda Nacional'
Comodo Sontos ¿47, Co,queiro Césor, São Poulo -SP. CEP 0t4t9-OOt - oon'w.pgtn.tosendo.gon.br

(e-STJ Fl.7)
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(e-STJ Fl.7)

Ou seja, a intenção dos recursos referentes ao encargo legal é servir

como fonte de receita para o mencionado fundo, cuja finalidade é Custear as mais
diversas atividades de interesse da Fazenda Nacional.
Neste sentido, em decisão recente, Recurso Especial n°
1.327.067/DF de relataria do mo. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em
28/08/2012, o STJ, ao analisar a ordem de classificação do Encargo Legal,
entendeu que o mesmo tem natureza jurídica de crédito tributário, sendo

classificado de acordo com o art. 83, inciso Ill da Lei n°11.101:
"PROCESSUAL CIVIL E FINANCEIRO. FALÊNCIA. HABILITAÇÃO

DE CRÉDITOS PELA FAZENDA NACIONAL. INCLUSÃO DO
ENCARGO PREVISTO NO ART. 1° DO DECRETO-LEI 1.025/1969.
POSSIBILIDADE. CLASSIFICAÇÃO NA ORDEM OD ART. 83 DA
LEI N. 11.101/2005.
A Primeira Seção do STJ, ao julgar o REsp 1.304.076/SP (Rel.

Min. Mauro Campbeê Marques, DJe de 14.8.2012), acabou por
endossar o entendimento adotado por esta Turma, no julgamento do
REsp 1.234.893/SP (Rel. Min. Herman Benjamin, DJe de 8.9.2011),
no sentido de que o encargo previsto no art. 1° do Decreto-Lei n.
1.025/69 constitui receita da União, e não despesa, razão pela qual,
por integrar a divida ativa da Fazenda Pública, poda ser exigido em
execução fiscal ou, opcionalmente, habilitado em processo de
falência.
0 encargo de que trata o art. 1°c/o Decreto-Leí n. 1.025/69 não
possui natureza jurídica de pena pecuniaria e é devido como
parte integrante do crédito tributário. Com efeito, além do
montante apurado a título de obrigação tributária principal,
compõem o crédito tributário a correção monetária, os juros de
mora, as multas tributárias e, quando exigível, também o
encargo de que tratam o art. 1° do Decreto-Lei n. 1.025/69, o art.
3° do Decreto-Lei n. 1.569/77, o art. 3° do Decreto-lei n. 1.645/78.
alameda sonto, n' 647. Cerqueira Cé,ar, são Paulo - sp. cnn 0141 9.00i .on,'oo.ngin.taoenda.guo.br 7
(e-STJ Fl.8)
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(e-STJ Fl.8)

DIVISÃO DE ASSUNTOS FISCAIS - DIAFI/SETFLI (Setor de Falîrrcias)
Das parcelas ou rubricas que compõem os créditos tributários,

a Lei n. 11.101/2005 classificou como créditos
sub quirografários apenas as multas tributarias.
3. Recurso especial provido para classificar o encargo de que trata o
art. 1° do Decreto-Lei n. 1.025/69 no inciso Ill do art. 83 da Lei n.
11.101/2005." (grifo nosso)

Em síntese, pelo opção do legislador em decomisar o encargo como
taxa, pelo fato de constiluir receita derivada do poder de império do Estado e por
servir como fonte de renda para o custeio do FUNDAF ineqável é a natureza
tributaria do encarno leqal previsto no Decreto Lei 1.025/69.
IV - DOS PEDIDOS
Ante o exposto SEQUER a Fazenda Nacional, que o encargo legal

seja classificado como crédito tributário.
Termos em que, pede deferimento.
São Paulo/SP, 3 de fevereiro de 2014.
Paulo Eduardo D' Elia Azambuja

Procurador da Fazenda Nacional
OAB/SP n°336.038
Alameda Santos n' 647, Cerqueira Cesa,, Soa paola -sp, çop 01419-001 -oAwv.pgffl.farenda.gov,b,
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Este documento é cópia do original assinado digitalmente por SANTOS FAUSTINO DE ALBUQUERQUE. Para acessar os autos processuais, acesse o site
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Este documento é cópia do original assinado digitalmente por ENIO SANTARELLI ZULIANI. Para acessar os autos processuais, acesse o site
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Este documento é cópia do original assinado digitalmente por ROGERIO FRAISSAT TERSARIOL. Para acessar os autos processuais, acesse o site
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Este documento é cópia do original assinado digitalmente por RENATA MEDALJON ROSENBERG SANDRONI. Para acessar os autos processuais, acesse o site
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Este documento é cópia do original assinado digitalmente por MARIA CRISTINA PERA JOAO MOREIRA VIEGAS. Protocolado em 16/05/2014 às 14:19:10, sob o número WPRO.14.00115383-1. Para
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Este documento é cópia do original assinado digitalmente por MARIA CRISTINA PERA JOAO MOREIRA VIEGAS. Para acessar os autos processuais, acesse o site
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(e-STJ Fl.223)
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(e-STJ Fl.224)
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fls. 226
Este documento é cópia do original assinado digitalmente por ENIO SANTARELLI ZULIANI. Para acessar os autos processuais, acesse o site
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(e-STJ Fl.226)
(e-STJ Fl.227)
fls. 227
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Este documento é cópia do original assinado digitalmente por ANA MARCIA GOTO POSO. Para acessar os autos processuais, acesse o site
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(e-STJ Fl.228)
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fls. 228
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(e-STJ Fl.229)
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo Emitido: 30/05/201f1s.224.

Processamento de Turmas
Relatório Tira de Julgamento
1a Câmara Reservada de Direito Empresarial

N° do processo Número de ordem
2014885-97.2014.8.26.0000 - Pauta 34
Publicado em Julgado em Retificado em

26 de maio de 2014 29 de maio de 2014
Julgamento presidido pelo Exmo(a) Sr(a) Desembargador(a)
Enio Zuliani
Agravo de Instrumento
Comarca
São Paulo
Turma Julgadora
Relator(a): Enio Zuliani Voto: 28575 Zji
2° juiz(a): Maia da Cunha °W

3° juiz(a): Teixeira Leite (f3 '14
CLI
co
Juiz de ia Instância .cri.

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O
Caio Marcelo Mendes de Oliveira Oo
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Cl. C)
Partes e advogados cr)
O C)
Agravante : União Federal

Agravado : Tecno-ferr Ferramentaria de Precisão Ltda (Massa Falida) '03 'O-
Advogada : Adriana Lucena Zoia de Camargo (OAB: 157111/SP) cnC \J

(f)
cbN
c.)
(Administrador Judicial) RI
E.Vj5,2
In
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Cr) 0
Súmula O2
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NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO.V.U. o°-
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eco
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2. 0
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Sustentou oralmente o advogado: Cr- 2
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Usou a palavra o Procurador: 0
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Impedido(s): Oro
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Jurisprudência -ria
,rs,
1 Acórdão I 1
Parecer 1 1
Sentença aro
3
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(1.)
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(i)
wz
SAJ/SG5
(e-STJ Fl.230)
fls. 230
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo
Registro: 2014.0000333036
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de

Instrumento n° 2014885-97.2014.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em
que é agravante UNIÃO FEDERAL, é agravado TECNO-FERR
FERRAMENTARIA DE PRECISÃO LTDA (MASSA FALIDA).
cf)
o
Lri
cr)
cf)LL
cu *-
ACORDAM, em ia Câmara Reservada de Direito Empresarial do o *--
co O)
34.8)
Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Negaram cu
O (-)
O0
provimento ao recurso.V.U.", de conformidade com o voto do Relator, que O Q.)
?à. C)
integra este acórdão. O0

cn
cd
(n
O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores (f)
OJ
\J
cs,
0
ENIO ZULIANI (Presidente), MAIA DA CUNHA E TEIXEIRA LEITE. ca
(\i
`cC o
2
São Paulo, 29 de maio de 2014. No
LU O
CC
E 03
ENIO ZULIANI
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(r) ,
RELATOR O -g
z
Assinatura Eletrônica a5
OJ
Q
E 2-
3
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(
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C0 -5.))
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U <,)
0.9
o <is
412
(e-STJ Fl.231)
fls. 231
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
VOTO N° 28575
AGRAVO DE INSTRUMENTO N° 2014885-97.2014.8.26.0000
COMARCA: SÃO PAULO
AGRAVANTE: UNIÃO FEDERAL [FAZENDA NACIONAL]
AGRAVADA: TECNO-FERR FERRAMENTARIA DE PRECISÃO LTDA.

[MASSA FALIDA]
JUIZ PROLATOR: DR. CAIO MARCELO MENDES DE OLIVEIRA CD
cf)
o .
un
cf)LL
o, -
813 Cr)
ui o
Falência - Habilitação de crédito - É exigível da massa falida o 2.33
valor do encargo legal previsto no Decreto -Lei n° 1.025/69 - O Q) (-)
acréscimo não só possui natureza de honorários como também '0 g)o

U
se destina a custear despesas com a arrecadação de divida ativa - n8

C2.
Entendimento consolidado do STJ - Súmula 400 do C. STJ - o
C/1
.2
Inclusão, contudo, como crédito quirografário, por não ostentar cn \J(c;
natureza tributária - Não provimento. en

o cd
(n
(f) \J
0J p<
cs,
CO
cu ca
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Vistos.
(\i
'Co
2
No
:Cl 2
LU O
CC 03
'zt E
'çC
cr) ,
O-°
A UNIÃO [FAZENDA NACIONAL] ajuizou o pedido de z
habilitação de crédito na falência de TECNO FERR FERRAMENTAS DE á5
OJ
0 9,
PRECISÃO LTDA., alegando que o réu possui um débito inscrito na divida E
(z
ativa, objeto da Execução Fiscal de n.° 0030940-21.2011.403.6182, em trâmite Cr- 2
SL)
oE
perante a 6a Vara Federal de Execuções Fiscais da Secção Judiciária de São cri
Ço
cn
<A eu
Paulo. Requereu a sua inclusão no quadro geral de credores, observado o (11 -

(-S.)?
o .tt
artigo 186 do CTN quanto às preferências e o artigo 83, especialmente os o
O2
incisos III e VII da Lei 11.101/05. ,T3
U ",
`0.) z
o
ci
o
E
Os autos foram remetidos à Contadoria que apurou o valor N
O CL,
""'',
(1)
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Agravo de Instrumento n° 2014885 97.2014.8.26.0000- São Paulo - Voto n° 28575- A 2
(e-STJ Fl.232)
f I s 232
PODER JUDICIÁRIO
do crédito em R$ 1.870.510,39, acrescido do encargo legal no valor de R$

440.280,92 e multa de R$ 283.417,79, totalizando o valor da habilitação de R$
2.594.209,10 [fl. 196]. A União Federal discordou em relação à classificação
atribuída ao crédito referente ao encargo legal de 20% como quirografário,
pleiteando que a inclusão de seu crédito se fizesse na classe dos privilegiados
[tributário] - fl. 202, sem manifestação da Massa Falida [certidão de fl. 206]. O
D. Magistrado, na decisão de fls. 210/211, determinou que se incluíssem no
quadro geral de credores os seguintes valores: R$ 1.870.510,39, como crédito
cf)
privilegiado tributário; R$ 440.280,92, como crédito quirografário [encargo legal] C)
cf)u--
e R$ 283.417,79, como crédito sub-quirografário [multa]. co

*--
34.8)
O 8
o o
o c)
Desta decisão a UNIÃO [FAZENDA NACIONAL] interpõe o c)
C/1
O0
presente agravo para que o valor referente ao encargo legal, previsto no Cl)
0.6
c
Decreto-lei n.° 1.025/69, seja classificado como tributário, nos termos do art. 83, (f)
("\J
III, da Lei 11.101/05 e incluído no Quadro Geral de Credores como crédito `.°
ca
privilegiado.
(\i
`cC o
2
N o
:Cl 2
O efeito ativo foi negado [fl. 215]. Sem contraminuta LU O

CC 0.)
cc E
[certidão de fl. 218]. A D. Procuradoria de Justiça se manifestou pelo não zs?
.çc
(r) ,
0 -g
provimento do recurso [fls. 220/224].
LU z
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Sâ o
Q,
E t,
É o relatório. co z
r-
'$)-
0O0
(.)
Ço
(II -CM'
Conforme entendimento da jurisprudência do Superior ""?-0
e, "o "Erji
ts-)
Tribunal de Justiça, de rigor o cômputo do encargo legal de 20%, disposto no O

O2
-C]
raro
Decreto -Lei n°. 1.025/69, mesmo nos créditos tributários habilitados em
Or,
desfavor da massa falida. Neste sentido:
vi
P. ci
(1)
E
o <,)
o .9
o <is
wz
(e-STJ Fl.233)
fls. 233
PODER JUDICIÁRIO
"TRIBUTÁRIO. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO.

TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DECRETO-LEI
1.025/69. ENCARGO LEGAL DE 20%. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
INCLUSOS. 1. A cobrança do encargo de 20% sobre o valor do débito, previsto
no Decreto -Lei n.° 1.025/69, editado pela Lei n.° 7.711/88, passou a cobrir
despesas com a arrecadação dos tributos, além de honorários advocatícios,
pelo que não prospera a pretensão da Fazenda Nacional de obter, além do
citado encargo, a condenação do executado em verba honorária autônoma,
cf)
o
inclusive na ação incidental de embargos, sob pena de locupletamento ilícito do Lri
cr)
cf) LL
erário público, mercê da afronta ao princípio da economicidade, inserto no art. cu

o*-
*--
co
O g,
620 do CPC, aplicável subsidiariamente às execuções fiscais. [Art. 10 da Lei cu
*-0
.0
(-)
00
6.830]. 2. Tratando-se de cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública, O Q)
C18
Q1 o.
o diploma legal aplicável à espécie é a Lei n.° 6.830/80, segundo a qual o 00
cn \J(c;
processo de execução fiscal não se sujeita ao juízo falimentar, podendo a en

O cd
ccr"
(n
massa falida ser condenada ao encargo legal previsto no Decreto-lei n.° (f)
0J p<
\J
cs,
CO
1.025/69, que substitui, inclusive, os honorários advocatícios, na esfera federal. ca
C5
[Precedentes: EREsp 668253 / PR, Primeira Seção, DJ 24.09.2007; REsp n.° `C o
(\i
2
719.507/SP, DJ de 20/06/2005; e REsp n.° 491.089/PR, DJ de 11/10/2004; No
REsp 704381/PR DJ 29.08.2005;REsp n.° 596.093/SP, DJ de 10.05.2004]. 3. É 1-11
IX 03
o
nc E
cediço na Corte que: A jurisprudência da Seção de Direito Público deste .ÇC.z
(r) ,
Superior Tribunal de Justiça consolidou-se no sentido de ser exigível da massa 0-g

Zó
LU z
falida o encargo de 20% previsto no Decreto -Lei n. 1.025/69. [AgRg nos EREsp
a5
OJ
554470 / RS, Primeira Seção, DJ 18.09.2006]. 4. [..] 5. Agravo regimental 0 9,

E
desprovido." [AgRg no REsp 834663. Relator: Ministro LUIZ FUX. DJ de co z
---
92
7.5.2008]. 0E
(
Ço
cu
<A
- UI
C0 -5('
""Erji
o
ts-)
O
"TRIBUTÁRIO - MASSA FALIDA - JUROS DE MORA

o
-o
mio
c_.,5
-0
o -0-
POSTERIORES À QUEBRA- INCIDÊNCIA CONDICIONADA À SUFICIÊNCIA .Q.1
o ci
DO ATIVO - ENCARGO LEGAL - DECRETO-LEI 1.025/69 - 1. [..]. 2. A
E
U ,n
o9
my
wz
Agravo de Instrumento n° 2014885 97.2014.8.26.0000- São Paulo - Voto n°28575- A 4
(e-STJ Fl.234)
fls. 234
PODER JUDICIÁRIO
jurisprudência desta Corte firmou o entendimento segundo o qual o encargo

legal previsto no Decreto-lei n.1.025/69 é devido pela massa falida, não se
aplicando o art. 208, §2°, da Lei de Falência. Embargos acolhidos para sanar a
omissão e obscuridade apontadas e, atribuindo-lhes efeitos infringentes, dar
parcial provimento ao recurso especial da Fazenda." [EDcI no AgRg no REsp
1078692/SP. Relator: Ministro HUMBERTO MARTINS. DJe 24.6.2010].
cf)
o
"PROCESSUAL CIVIL E FINANCEIRO. FALÊNCIA. cr)
Lri
cf) LL
cu
o*-
HABILITAÇÃO DO CRÉDITO DA FAZENDA NACIONAL. EXCLUSÃO *--
co
o,d)
PARCIAL DOS ENCARGOS LEGAIS PREVISTOS NO DECRETO-LEI R1
O (-)
--a
'O
1:1)
1.025/1969, COM BASE NO ART. 5°, II, DA LEI 11.101/2005. NATUREZA O Q.)
n8
C/1
O0
JURÍDICA QUE NÃO SE CONFUNDE COM O CONCEITO DE "DESPESAS
o C \J
PARA TOMAR PARTE NOS AUTOS FALIMENTARES". IMPOSSIBILIDADE. 1.

(n
Controverte-se a respeito do acórdão que, ao dar parcial ao Agravo de

(f) \J
0J p<
(-)
("0
Instrumento do Ministério Público do Estado de São Paulo, afirmou que o ca
encargo previsto no art. 1° do Decreto -Lei 1.025/1969 possui dupla função: a] ",C o
(\i
2
honorários advocatícios; e bj custeio de despesas de arrecadação da dívida No
=-1
ativa federal. 2. Com base nesse entendimento, o Tribunal a quo afirmou que a LU O
CC OJ
',CE
parcela referente às despesas arrecadatórias deve ser excluída do montante a .çc e
(r) ,
0 -g
ser habilitado, diante da redação do art. 5°, II, da Lei 11.101/2005. 3. A norma
z
acima referida prescreve que são inexigíveis, em relação ao devedor, "as á5
OJ
despesas que os credores fizerem para tomar parte na recuperação judicial ou OJ
E t,
O Ç
na falência". 4. Nota-se, portanto, que o legislador vinculou e especificou que
òm
OO
não podem ser cobradas do devedor as despesas cuja causa de origem esteja (.)
Ço
vl
relacionada ao ingresso na demanda falimentar. 5. Sucede que o STJ, ao v)
(II -
""?-0
-5
apreciar, sob o rito do art. 543-C do CPC, a possibilidade de cobrança dos
""Erj)
o -tt
'-rs,
O2
encargos legais do Decreto 1.025/1969 nos autos da Execução Fiscal, definiu ma
que, após a modificação introduzida pela Lei 7.713/1988, a referida verba, além
15 -
0
vi
O
de inconfundível com os honorários de advogado, constitui receita do Fundo
O
,n
o .9
2

(e-STJ Fl.235)
fls. 235
PODER JUDICIÁRIO
Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de

Fiscalização - Fundaf [REsp 1.110.924/SP]. 6. Segundo o Direito Financeiro,
receitas e despesas são termos cujos conceitos não se confundem. 7. À luz da
disciplina específica, constata-se, portanto, que o encargo legal do Decreto -Lei
1.025/1969 constitui receita da União [pois o Fundaf ostenta natureza jurídica
de fundo contábil], e não despesa, razão pela qual, por integrar a dívida ativa
da Fazenda Pública, pode ser exigido em Execução Fiscal ou, opcionalmente,
habilitado em Ação Falimentar. 8. Não bastasse isso, trata-se de crédito cuja .0
origem é totalmente desvinculada da necessidade de a Fazenda Pública "tomar o,

cf)
-
cf,LL
parte na falência", mesmo porque exigível, independentemente da situação de cx,
o
insolvência do devedor. 9. Recurso Especial da Fazenda Nacional provido. cr)
O (-)
O0
Imprescindível a devolução dos autos ao TJ/SP para que, em continuação ao O g)
Zg
julgamento do Agravo de Instrumento, proceda à análise da ordem de C/1
O0
cn \J(c;
classificação da verba controvertida, para os fins do art. 83 da Lei 11.101/2005. cd

ccr-
(n
10. Recurso Especial do Ministério Público do Estado de São Paulo (f)
0J p<
cs,
CO
prejudicado." [REsp 1234893/SP. Relator: Ministro HERMAN BENJAMN. DJe CL.03 CO
18.8.2011]. 'Co
(\i
2
N
LU O
CC 03
nC E
Deste modo, correta a inclusão do encargo legal, até z.p.
'çC
(r) ,
0 -g
mesmo em virtude do teor da Súmula 400 do STJ.
LU z
á5
OJ
Q
Todavia, ao contrário do entendimento da agravante, o E 2-
2
encargo legal não tem natureza de crédito tributário, pois não decorre do fato r-
OE
(
gerador da exação, já que se destina a ressarcir as despesas com a Ço

cn
(,)
(11"-
arrecadação de tributos (art. 3° da Lei n° 7.711/88), de modo que deve ser ""(iI
01'
""Erji
o .tt
classificado como quirografário. ,rs,
O2
ma
ud
'0 tsi
o
Esse é o entendimento desta E. Corte, e, mais O çjf

0 u)
°a.2
(1)
wz
(e-STJ Fl.236)
fls. 236
PODER JUDICIÁRIO
especificamente, da 4° Câmara de Direito Privado, que já se posicionou no

sentido de que "Com o advento da Lei n° 7.771/88, artigo 3°, Parágrafo único, o
acréscimo legal pleiteado pela apelante deixou de ter natureza exclusivamente
de honorários e passou a custear, também, as despesas com a arrecadação de
dívidas ativas. Prevalece, assim, o entendimento de que é exigível o encargo
legal em face da massa falida. [...] Desse modo, é certo que o encargo legal é
devido não só na cobrança realizada através de execução fiscal, mas também
quando é feita através de habilitação de crédito. O acréscimo, insista-se, é e
cf)
destinado ao custeio das despesas com a arrecadação de dívidas ativas e ou.)
LL.
cf)LL
cu *-
independe, portanto, do meio processual utilizado. Outrossim, observa-se que o o *--
co
o
valor relativo ao encargo deverá ser incluído no quadro geral como crédito
(-)
'O
O o
quirografário, já que não possui natureza de tributo". [Apelação n.° O Q.)
.8
994.09.336198-2. Relator: MAIA DA CUNHA. DJ de 26.8.2009]. 00
Cl) c
cn
(/) C \J
0J p<
Na mesma direção: cu ca
(\i
`Co
2
No
:Cl 2
LU O
"Falência. Habilitação de crédito fiscal requerida pela União CC
',C
03
E
zs
Federal, que incluiu na dívida tributária o acréscimo previsto no artigo 1° do .ÇC.E
(f) ,
0 -g
Decreto-lei n° 1.025/69. Acréscimo legal que deixou de ter a natureza exclusiva
LU z
de honorários e passou a ser considerado como remuneração das despesas e áE

OJ
atos judiciais para a cobrança da dívida ativa federal, exigível, Q1
E
co z
independentemente, dos honorários advocatícios sucumbenciais. Legitimidade òm
OO
(.)
da exigência do acréscimo legal na habilitação de crédito formulada pela União Ço
cn
Federal diretamente ao juízo da falência. O encargo de 20% previsto no (11
""(iI
"o "Erji
Decreto-lei n° 1.025/69 deve ser classificado como crédito quirografário. Agravo o ,-rs,
O2
desprovido" [Agravo de instrumento n.° 0139436-39.8.26.0000. Relator: raro
ud
PEREIRA CALÇAS. DJ de 21.9.2009]. .9..1
Ç
5.)
O
U ,n
o Si
s2
Lr!

(e-STJ Fl.237)
fls. 237
PODER JUDICIÁRIO
FALÊNCIA. Habilitação de crédito fiscal pela Fazenda

Nacional. Sentença que julgou parcialmente procedente o pedido, mas excluiu
da habilitação, o encargo legal de 20% do Decreto-lei 1025/69. Incidência da
Súmula 400 do STJ. Exigibilidade da verba na execução fiscal movida contra
massa falida, embora classificado o crédito como quirografário. Recurso
provido em parte" (Apelação Cível n° 30059575919998260100. Relator:
Teixeira Leite. DJ de 25.10.2011)
co
o .
"Falência. Habilitação de crédito. Crédito tributário federal. ou_
ma,
Admissibilidade da inclusão do encargo previsto no Decreto-lei 1.025/69 si 8,
Rvi
v, -0
enquanto crédito quirografário. Precedentes deste Tribunal e do STJ. Sentença
°
o g)
revista em parte. Recurso parcialmente provido" (Apelação Cível n°
(2,
90000102419968260100. Relator: Claudio Godoy. DJ de 6.12.2012). ro
o c°
(n
(nC\J
rN.
2 CP
moo
Nesse contexto, a habilitação do valor representado pela
R
CDA apresentada deve ser incluída como crédito quirografário, como ,Ç o
2
N 2
determinado pelo D. Juízo, em atenção ao tratamento igualitário que deve ser 0
--I CL
LU O
dirigido aos credores da massa falida, já que a verba em discussão não ostenta cc.
natureza de tributo, conforme já elucidado. (i)

=
o -g
zo
LU c
L. o
á5
oo
O
Q
Isto posto, nega-se provimento ao recurso. e
s.3
,s2
O
roU
5 r.
c/1 -Q
2 c3)N
ÊNIO SANTARELLI ZULIANI -5 03

c., o,
Relator
o ro
-o
raro
,
`cb
O
ci
(1)
§
O
°a.9
my
2
LU

(e-STJ Fl.238)
fls. 238
01234672898
481
487 2367821321231071
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'"###&()!#*+,-.&,/0.'"###&()!#.&,/0.
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343123984 985066789:9;<=
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https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2014885-97.2014.8.26.0000 e o código 913769.

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(e-STJ Fl.239)
fls. 239
01234672898
481
487 2367821321231071
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948 834485673 2 981

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https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2014885-97.2014.8.26.0000 e o código 91697D.

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X
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0419742144301
s3031314236 9820419742148
342673 2 981
(e-STJ Fl.240)
fls. 240
Este documento é cópia do original assinado digitalmente por MARIA CRISTINA PERA JOAO MOREIRA VIEGAS. Protocolado em 16/06/2014 às 10:23:57, sob o número WPRO.14.00149717-4. Para
012345789
2 8
5

acessar os autos processuais, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2014885-97.2014.8.26.0000 e o código 964778.
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> > > >>>>>>>>>>>QF@DRFC?@FC>?;>ZRJ=:]C>
(e-STJ Fl.241)
fls. 241
01234672898
481
487 2367821321231071
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934821
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https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2014885-97.2014.8.26.0000 e o código 96F217.

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#*!."%Al&!3p[##q!r"!&AlhA*"i
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*"w&o#*#*l)s*#*!.w"x3A&w-u/yzy
nksp[#\A!3!{!#
(e-STJ Fl.242)
fls. 242
01234672898
481
487 2367821321231071
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'"###&()!#*+,-.&,/0.'"###&()!#.&,/0
34112367 2
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&?@*"#3 ABCDEFG8HIJBKLGHJE:4GMKNGBCOPE6KFQMQCRGSCRTHMQC
?)*"3 7HQPESGFGBCR
Este documento é cópia do original assinado digitalmente por MICHELLE RIBEIRO FLORENCIO. Para acessar os autos processuais, acesse o site
?)#3 GMHE:UGBBSGBBCLGHJCBQCFG0BGMQIPEJFC
https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2014885-97.2014.8.26.0000 e o código A43716.

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abcdeffeghbiebjkglfkjmncbkgogapqjrgastsuvt
_w[WX#V@!2!x!#
(e-STJ Fl.243)
fls. 243
Este documento é cópia do original assinado digitalmente por PAULO EDUARDO D ELIA AZAMBUJA. Protocolado em 20/06/2014 às 14:35:30, sob o número WPRO.14.00154512-8. Para acessar os autos
1234515617891
216 4
94591249617891
21182115641
9459124961987641
21182115641
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-
-
processuais, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2014885-97.2014.8.26.0000 e o código A43729.

-
-
-
-
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Este documento é cópia do original assinado digitalmente por PAULO EDUARDO D ELIA AZAMBUJA. Protocolado em 20/06/2014 às 14:35:30, sob o número WPRO.14.00154512-8. Para acessar os autos
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Este documento é cópia do original assinado digitalmente por CLAUDIA MARQUES. Para acessar os autos processuais, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do,
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Este documento é cópia do original assinado digitalmente por JOSE LUIS ALICKE. Protocolado em 16/09/2014 às 15:44:01, sob o número WPRO.14.00268079-7. Para acessar os autos processuais,

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(e-STJ Fl.280)
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Este documento é cópia do original assinado digitalmente por JOSE LUIS ALICKE. Para acessar os autos processuais, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do,

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Este documento é cópia do original assinado digitalmente por Artur Marques da Silva Filho. Para acessar os autos processuais, acesse o site
https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2014885-97.2014.8.26.0000 e o código 109E13F.
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(e-STJ Fl.283)
01234672898
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fls. 283
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(e-STJ Fl.284)
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(e-STJ Fl.285)
fls. 285
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Este documento é cópia do original assinado digitalmente por CARLOS ALBERTO VERGARA. Para acessar os autos processuais, acesse o site
https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2014885-97.2014.8.26.0000 e o código 12E0063.
(e-STJ Fl.286)
(e-STJ Fl.287)
fls. 287
01234672898
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Este documento é cópia do original assinado digitalmente por CARLOS ALBERTO VERGARA. Para acessar os autos processuais, acesse o site
https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2014885-97.2014.8.26.0000 e o código 12E00DC.
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(e-STJ Fl.288)
Superior Tribunal de Justiça
REsp (201500713173)
CERTIDÃO
Certifico que o processo de número

20148859720148260000 do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE
SÃO PAULO - CONSELHEIRO FURTADO foi protocolado
sob o número 2015/0071317-3.
Brasília, 30 de março de 2015
COORDENADORIA DE RECEBIMENTO E VIRTUALIZAÇÃO

DE PROCESSOS RECURSAIS
*Assinado por VESIO RIBEIRO MARINHO
em 30 de março de 2015 às 15:47:46
Documento eletrônico juntado ao processo em 30/03/2015 às 15:47:46 pelo usuário: VESIO RIBEIRO MARINHO
* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
(e-STJ Fl.289)
REsp 1.521.999/SP
RECEBIMENTO
Recebi os presentes autos .

Brasília, 07 de abril de 2015.
Documento eletrônico juntado ao processo em 07/04/2015 às 14:59:29 pelo usuário: AMILAR DOMINGOS MOREIRA MARTINS
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DE ANÁLISE E CLASSIFICAÇÃO
DE TEMAS JURÍDICOS
*Assinado por AMILAR DOMINGOS MOREIRA MARTINS
em 07 de abril de 2015 às 14:59:24
(em 1 vol. e 0 apenso(s))
(e-STJ Fl.290)

Termo de Recebimento e Autuação
Recebidos os presentes autos, foram registrados e autuados no dia 31/03/2015
na forma abaixo:
RECURSO ESPECIAL Nº 1521999 (2015/0071317-3 Número Único: 2014885-97.2014.8.26.0000)
Origem : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO - CONSELHEIRO FURTADO
Localidade : SAO PAULO / SP
Nº. na Origem : 00309402120114036 3795083 20140000333036 00379508320138260
20162230920148260 20688352120148260
20148859720148260 03094021201140361
Nºs. Conexos: :
Nº de Folhas : 290 Nº. de Volumes: 1 Nº de Apensos: 0
RECORRENTE FAZENDA NACIONAL
RECORRIDO TECNO-FERR - FERRAMENTARIA DE PRECISÃO LTDA - MASSA FALIDA
ADVOGADO ADRIANA LUCENA - ADMINISTRADOR JUDICIAL - SP157111
CERTIDÃO
Certifico que, no Cadastro de Feitos deste Tribunal, foi verificada a existência de

processos relacionados ao RECURSO ESPECIAL Nº 1521999 (2015/0071317-3 Número
Único: 2014885-97.2014.8.26.0000)
Processos com UF e Partes comuns: 1 Processo(s).
CONFLITO DE COMPETÊNCIA 119514 (2011/0253334-8NU: 0253334-90.2011.3.00.0000)

Origem : JUSTIÇA ESTADUAL 1ª INSTÂNCIA SÃO PAULO
Localidade : SAO PAULO / SP
SUSCITANTE TECNO-FERR - FERRAMENTARIA DE PRECISÃO LTDA - EM RECUPERAÇÃO
JUDICIAL
ADVOGADO FÁBIO DESIDERI JUNQUEIRA - SP286542
SUSCITADO JUÍZO DE DIREITO DA 2A VARA DE FALÊNCIAS E RECUPERAÇÕES JUDICIAIS DE
SÃO PAULO - SP
SUSCITADO JUÍZO DA 13A VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO - SP
INTERES. NELSON GOUVEIA DA MAIA E OUTROS
Nº. na Origem : 100100028534 28532720108260100 608200905002006 2724200905102006
28182009049020009
Assunto: DIREITO CIVIL - Empresas - Recuperação judicial e Falência
Distribuição em 17/10/2011
Ministro Relator : LUIS FELIPE SALOMÃO SEGUNDA SEÇÃO
Ministro Relator para Acórdao :
Ministro Revisor :
07/04/2015 15:01:25 Fl. 1

(e-STJ Fl.291)

RECURSO ESPECIAL Nº 1521999 (2015/0071317-3 Número Único: 2014885-97.2014.8.26.0000)
Fase Atual
20/05/2013 Telegrama nº MCD2S-4612 expedido ao (à) 2ª VARA DE FALÊNCIAS E RECUPERAÇÕES
JUDICIAIS DE SÃO PAULO juntado (comunicando o trânsito).
Quantidade de Outros Processos com a Parte:

FAZENDA NACIONAL 299119
Outras partes com o mesmo nome
FAZENDA NACIONAL 37
TECNO-FERR - FERRAMENTARIA DE PRECISÃO LTDA 1
Quantidade de Outros Processos com o Número de Origem:

00309402120114036182 0
3795083 0
20140000333036 0
00379508320138260100 0
20148859720148260000 0
20162230920148260000 0
20688352120148260000 0
0309402120114036182 0
Brasília-DF, 07 de abril de 2015.

COORDENADORIA DE ANÁLISE E CLASSIFICAÇÃO DE TEMAS JURÍDICOS
INSPECIONADO: Nome da Parte Ocorrência

MAT.
07/04/2015 15:01:25 Fl. 2

(e-STJ Fl.292)
Superior Tribunal de Justiça Fls.
RECURSO ESPECIAL 1521999 / SP (2015/0071317-3)
TERMO DE DISTRIBUIÇÃO E ENCAMINHAMENTO
Distribuição
Em 07/04/2015 o presente feito foi classificado no assunto DIREITO TRIBUTÁRIO -

Dívida Ativa e distribuído ao Exmo. Sr. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA.
Impedidos o(s) Exmo(s). Sr(s). Ministros:

RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA
Encaminhamento
Aos 07 de abril de 2015 , vão

estes autos com conclusão ao Ministro Relator.
Coordenadoria de Classificação de Processos Recursais
Recebido no Gabinete do Ministro SÉRGIO KUKINA em

_______/________/20_____.
Documento eletrônico juntado ao processo em 07/04/2015 às 15:54:19 pelo usuário: ANTÔNIO CARLOS SOBRINHO DOS REIS
(e-STJ Fl.293)

Fls. ________
REsp 1521999/SP
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao Mandado de Intimação nº.

000039-2017-CORD1S - Pauta , o(a) FAZENDA NACIONAL foi
intimado(a) da publicação do dia 13/02/2017, com ciente em 13/02/2017,
conforme Mandado arquivado nesta Coordenadoria em 14/02/2017.
Brasília-DF, 14 de fevereiro de 2017.

Documento eletrônico juntado ao processo em 14/02/2017 às 09:41:11 pelo usuário: DANIEL DA SILVA COUTINHO
COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO

*Assinado por DANIEL DA SILVA COUTINHO
em 14 de fevereiro de 2017 às 09:40:58
(e-STJ Fl.294)

Fls. ________
REsp 1521999/SP
CERTIDÃO

000035-2017-CORD1S - Pauta , o(a) MINISTÉRIO PÚBLICO
FEDERAL foi intimado(a) da publicação do dia 13/02/2017, com ciente
em 13/02/2017, conforme Mandado arquivado nesta Coordenadoria em
15/02/2017.
Brasília-DF, 15 de fevereiro de 2017.


(e-STJ Fl.295)
REsp 1.521.999/SP
RECEBIMENTO
Recebi os presentes autos no(a) COORDENADORIA DA

PRIMEIRA SEÇÃO, nesta data.
Brasília, 24 de fevereiro de 2017.
Documento eletrônico juntado ao processo em 24/02/2017 às 18:42:12 pelo usuário: SORAYA MENDES DE SOUZA DA SILVA
__________________________________________
STJ - COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO
*Assinado por SORAYA MENDES DE SOUZA DA SILVA
(e-STJ Fl.296)
Superior Tribunal de Justiça S.T.J

Fl.__________
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA SEÇÃO
ProAfR no
Número Registro: 2015/0071317-3 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 1.521.999 / SP
Números Origem: 00309402120114036182 00379508320138260100 0309402120114036182

20140000333036 20148859720148260000 20162230920148260000
20688352120148260000 3795083
EM MESA JULGADO: 22/02/2017
Relator
Exmo. Sr. Ministro SÉRGIO KUKINA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro HERMAN BENJAMIN
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. FLAVIO GIRON
Secretária
Bela. Carolina Véras
ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Dívida Ativa
PROPOSTA DE AFETAÇÃO
RECORRIDO : TECNO-FERR - FERRAMENTARIA DE PRECISÃO LTDA - MASSA
FALIDA
ADVOGADO : ADRIANA LUCENA - ADMINISTRADOR JUDICIAL - SP157111
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA SEÇÃO, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
"A Seção, por unanimidade, deferiu o pedido de afetação ao rito dos processos
representativos da controvérsia, nos termos da proposta apresentada pelo Sr. Ministro
Relator."
Participaram a Sra. Ministra Regina Helena Costa e os Srs. Ministros Gurgel de
Faria, Napoleão Nunes Maia Filho, Og Fernandes, Mauro Campbell Marques, Benedito
Gonçalves e Assusete Magalhães.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Francisco Falcão.
C54206515541<191<14551@ 2015/0071317-3 - REsp 1521999 Petição : 2017/000IJ80-7 (ProAfR)
Documento eletrônico VDA16069337 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): ZILDA CAROLINA VÉRAS RIBEIRO DE SOUZA, COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO Assinado em: 24/02/2017 19:11:19
Código de Controle do Documento: 971BE59E-6AC3-4F43-ABE8-7A68B478D192
(e-STJ Fl.297)

A2.3
ProAfR no RECURSO ESPECIAL Nº 1.521.999 - SP (2015/0071317-3)
RELATOR : MINISTRO SÉRGIO KUKINA

RECORRIDO : TECNO-FERR - FERRAMENTARIA DE PRECISÃO LTDA -
MASSA FALIDA
ADVOGADO : ADRIANA LUCENA - ADMINISTRADOR JUDICIAL -
SP157111
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO E FALÊNCIA. RECURSO
REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA REPETITIVA.
ENCARGO PREVISTO NO ART 1º DO DECRETO-LEI 1.025/69.
NATUREZA JURÍDICA. SÚMULA 400/STJ.
1. A matéria controvertida consiste em saber a natureza jurídica do
encargo pecuniário previsto no art. 1º do Decreto-Lei 1.025/69, se
tributária ou quirografária, para fins de habilitação desse crédito no
processo de falência.
2. Afetação como representativo da controvérsia repetitiva deferida pela
Primeira Seção.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da

Primeira SEÇÃO do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, deferiu o
pedido de afetação ao rito dos processos representativos da controvérsia, nos termos
da proposta apresentada pelo Sr. Ministro Relator. Participaram a Sra. Ministra
Regina Helena Costa e os Srs. Ministros Gurgel de Faria, Napoleão Nunes Maia
Filho, Og Fernandes, Mauro Campbell Marques, Benedito Gonçalves e Assusete
Magalhães.
Brasília (DF), 22 de fevereiro de 2017(Data do Julgamento)
MINISTRO SÉRGIO KUKINA

Relator
REsp 1521999 Petição : 2017000IJ807

2015/0071317-3 Página 1 de 1
Signatário(a): MINISTRO Sérgio Kukina Assinado em: 01/03/2017 18:59:50
Publicação no DJe/STJ nº 2155 de 03/03/2017. Código de Controle do Documento: 0DD67FEB-D2E9-4A29-AF75-BBC705E48D54
(e-STJ Fl.298)

A2.3
ProAfR no RECURSO ESPECIAL Nº 1.521.999 - SP (2015/0071317-3)

RECORRIDO : TECNO-FERR - FERRAMENTARIA DE PRECISÃO LTDA -
MASSA FALIDA
ADVOGADO : ADRIANA LUCENA - ADMINISTRADOR JUDICIAL -
SP157111
QUESTÃO DE ORDEM
O MINISTRO SÉRGIO KUKINA: Submeto à consideração da Egrégia Primeira

Seção deste STJ a presente questão de ordem, com a finalidade de afetar o julgamento do
recurso especial em apreço à sistemática dos recursos especiais repetitivos, cujo procedimento
no âmbito desta Corte foi regulado pelos arts. 1.036 a 1.041 do CPC/2015, bem como pelo art.
256-I do Regimento Interno do STJ, incluído pela Emenda 24, de 28/9/2016, publicada no DJe
de 14/10/2016.
Cuida-se de recurso especial fundado no CPC/73, manejado pela Fazenda
Nacional, com base no art. 105, III, a e c, da CF, contra acórdão proferido pelo Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado (fl. 231):
Falência - Habilitação de crédito - É exigível da massa falida o valor

do encargo legal previsto no Decreto-Lei n° 1.025/69 - O acréscimo
não só possui natureza de honorários como também se destina a
custear despesas com a arrecadação de dívida ativa - Entendimento
consolidado do STJ - Súmula 400 do C. STJ - Inclusão, contudo, como
crédito quirografário, por não ostentar natureza tributária - Não
provimento.
Não foram opostos embargos declaratórios.
A Fazenda recorrente aponta violação aos arts. 83 da Lei 11.101/2005; 1º do

Decreto-Lei 1.025/69; 23, II, e 208 , § 2º, do Decreto-Lei 7.661/45. Sustenta, em síntese, que o
denominado encargo legal previsto no art. 1º do Decreto-Lei 1.025/69 tem natureza tributária,
razão pela qual deve ser habilitado na classe dos créditos privilegiados fiscais no concurso de
credores em processo de falência.
Contrarrazões apresentadas pela Massa Falida às fls. 264/277, na qual postula
REsp 1521999 Petição : 2017000IJ807

2015/0071317-3 Página 1 de 3
Código de Controle do Documento: 9EBED4BF-B982-4CC2-BCDC-06FBF25476C1
(e-STJ Fl.299)

A2.3
pelo não conhecimento do apelo pelo óbice das Súmulas 211 e 7/STJ, bem como pela ausência
de similitude entre o acórdão impugnado e os acórdãos paradigmas; e, caso ultrapassada a
admissibilidade, o seu não provimento.
Conforme decisão de admissão de fls. 282/284, o recurso especial foi remetido a

este STJ como representativo de controvérsia repetitiva.
É o relatório.
Cinge-se a questão em definir qual a natureza jurídica do encargo pecuniário

previsto no art. 1º do Decreto-Lei 1.025/69, para fins de classificá-lo como crédito privilegiado
ou crédito quirografário no concurso de credores na falência.
Consoante registrado pela decisão presidencial de origem, há multiplicidade de

recursos (pelo menos quinhentos) que versam sobre a mesma matéria discutida nos presentes
autos, a qual ainda não foi submetida ao regime dos repetitivos.
Adiante, verifico estarem atendidos os requisitos de admissibilidade, pois a
matéria discutida é de direito e foi prequestionada na instância ordinária, razão pela qual indico
o presente recurso especial como representativo da controvérsia, conjuntamente com o
REsp 1.525.388/SP, nos termos do artigo 1.036, § 5º, do CPC/2015, para que sejam
ambos julgados pela Primeira Seção do STJ, observadas as seguintes providências:
a) delimitação da seguinte tese controvertida: definição da natureza jurídica
do encargo pecuniário previsto no art. 1º do Decreto-Lei 1.025/69, para fins de
classificá-lo como crédito privilegiado ou crédito quirografário no quadro geral de
credores no processo de falência;
b) a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais

ou coletivos, que versem acerca da questão ora delimitada e tramitem no território nacional;
c) comunicação, com cópia da decisão colegiada de afetação, aos Ministros da

Primeira Seção do STJ, aos Presidentes dos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de
Justiça;
d) oportuna vista ao Ministério Público Federal para parecer, nos termos do

artigo 1.038, III, § 1º, do CPC/2015.
REsp 1521999 Petição : 2017000IJ807

2015/0071317-3 Página 2 de 3
(e-STJ Fl.300)

A2.3
É o que proponho, em questão de ordem.
REsp 1521999 Petição : 2017000IJ807

2015/0071317-3 Página 3 de 3
(e-STJ Fl.301)
ProAfR no REsp 1521999/SP (2015/0071317-3)
PUBLICAÇÃO
Certifico que foi disponibilizado no Diário da Justiça

Eletrônico/STJ em 02/03/2017 o referido acórdão de fls. 297 e considerado
publicado em 03 de março de 2017, nos termos do artigo 4º, § 3º, da Lei
11.419/2006. Certifico, ainda, que o cabeçalho da decisão foi atualizado
quanto à autuação do processo, para fins de intimação.
______________________________________________
(*) Documento assinado eletronicamente

por EDSON JOSÉ ROSA JUNIOR nos termos
do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
Código de Controle do Documento: 25390BB7-C7B2-4F85-82CD-2B96C7D7B8F8

(e-STJ Fl.302)
REsp 1521999/SP (2015/0071317-3)
CERTIDÃO
Certifico que foram encaminhadas comunicações

sobre a afetação do presente recurso ao rito do art. 1.036 do
CPC (Tema 969/STJ) aos Ministros da Primeira Seção do
STJ, aos Presidentes dos Tribunais Regionais Federais e
Tribunais de Justiça.
Brasília, 10 de março de 2017
NÚCLEO DE GERENCIAMENTO DE PRECEDENTES

*Assinado por MARIA SELMA ROSA SANTOS
em 10 de março de 2017 às 13:45:02
Documento eletrônico juntado ao processo em 10/03/2017 às 13:45:44 pelo usuário: MARIA SELMA ROSA SANTOS
(e-STJ Fl.303)
REsp 1521999
TERMO DE CIÊNCIA
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL intimado(a)

eletronicamente em 13/03/2017 do(a) Ementa / Acordão de fl.(s) 297
publicado(a) no DJe em 03/03/2017.
Brasília - DF, 13 de Março de 2017

Documento eletrônico juntado ao processo em 13/03/2017 às 01:50:06 pelo usuário: SISTEMA JUSTIÇA
(e-STJ Fl.304)
REsp 1521999
TERMO DE CIÊNCIA

intimado(a) eletronicamente em 13/03/2017 do(a) Ementa / Acordão de
fl.(s) 297 publicado(a) no DJe em 03/03/2017.
Brasília - DF, 13 de Março de 2017

(e-STJ Fl.305)
REsp 1.521.999/SP
JUNTADA
Junto aos presentes autos a petição nº 169775/2017 -

PETIÇÃO .

Documento eletrônico juntado ao processo em 11/04/2017 às 19:43:52 pelo usuário: ANDREA CRISTINA LEITE NUNES
__________________________________________
*Assinado por ANDREA CRISTINA LEITE NUNES
em 11 de abril de 2017 às 19:43:29
STJ-Petição Eletrônica (PET) 00169775/2017 recebida em 11/04/2017 15:01:24 (e-STJ Fl.306)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO RELATOR DO RECURSO

ESPECIAL Nº 1.521.999/SP DO COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
Recurso Especial nº 1.521.999/SP

1ª Seção
ASSOCIAÇÃO NORTE E NORDESTE DE PROFESSORES DE

PROCESSO – ANNEP, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob
o nº 16.576.921/0001-37, com sede na Rua Frederico Simões, nº 153, Edf.
Petição Eletrônica juntada ao processo em 11/04/2017 ?s 19:43:28 pelo usu?rio: ANDREA CRISTINA LEITE NUNES
Empresarial Orlando Gomes, salas 1301/1314, Caminho das Árvores,

Salvador/BA, CEP 41.820-774, nos autos do RECURSO ESPECIAL interposto
pela UNIÃO (FAZENDA NACIONAL) em face de TECNO-FERR –
FERRAMENTARIA DE PRECISÃO LTDA – MASSA FALIDA, vem
perante Vossa Excelência requerer, com fundamento no arts. 138 e 1.038, I, do
CPC, seja admitida como AMICUS CURIAE, pelos motivos de fato e de direito
a seguir deduzidos.
BREVE RESUMO DO CASO. AFETAÇÃO DO RECURSO ESPECIAL

COMO REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA, SUBMETENDO-O
AO REGIME DOS RECURSOS REPETITIVOS
A UNIÃO interpôs recurso especial contra acórdão proferido pelo

Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo, que entendeu não ser tributária a
Página 1 de 11
Documento eletrônico e-Pet nº 2285320 com assinatura digital

Signatário(a): EDUARDO UCHOA ATHAYDE:81177127172 NºSérie Certificado: 34773516138371743293224295351975909520
Id Carimbo de Tempo: 96139898158587 Data e Hora: 11/04/2017 15:01:24hs
natureza do encargo legal previsto no Decreto-lei nº 1.025, de 1969,

classificando-o como crédito quirografário.
Em suas razões recursais, a UNIÃO indicou como violados os arts. 83

da Lei nº 11.101, de 2005, 1º do Decreto-lei nº 1.025, de 1969, 23, II, e 208, § 2º,
do Decreto-lei nº 7.661, de 1945. Defende, em suma, que o encargo previsto no
art. 1º do Decreto-lei nº 1.025, de 1969, ostenta natureza tributária, devendo ser
habilitado na classe dos créditos privilegiados fiscais, no concurso de credores
em processo de falência.
Por haver multiplicidade de casos contendo essa mesma discussão,

Vossa Excelência afetou o presente recurso, juntamente com o Recurso Especial
nº 1.525.388/SP, como representativos da controvérsia, submetendo-os ao regime
dos recursos repetitivos.
A questão foi, então, afetada à 1ª Seção para processamento, definição

da tese e julgamento dos casos.
A tese controvertida, a ser enfrentada pela 1ª Seção, foi assim

delimitada: “definição da natureza jurídica do encargo pecuniário previsto no
art. 1º do Decreto-Lei 1.025/69, para fins de classificá-lo como crédito
privilegiado ou crédito quirografário no quadro geral de credores no processo
de falência”.
ESCLARECIMENTO NECESSÁRIO SOBRE A ORA REQUERENTE E

SUA ATIVIDADE. A REPRESENTAÇÃO ADEQUADA E A
CONTRIBUIÇÃO AO DEBATE PARA DEFINIAÇÃO DA TESE
Em novembro 2009, em Salvador-BA, foi realizado o I Encontro

Norte e Nordeste de Professores de Processo, na Faculdade de Direito da
Universidade Federal da Bahia – UFBA, congregando professores dos Estados
do Pará, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Ceará, Espírito Santo e Bahia.
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O II Encontro foi realizado em Fortaleza-CE, no ano de 2010, quando

surgiu a ideia de criação de uma Associação que congregasse mais
especificamente os professores de processo do Norte e Nordeste do país. Com
esse espírito, durante o III Encontro, realizado em Belém-PA, em outubro de
2011, criou-se, formalmente, a ANNEP – ASSOCIAÇÃO NORTE E
NORDESTE DE PROFESSORES DE PROCESSO.
Além da MANUTENÇÃO de um grupo de discussão, a ANNEP tem

dado continuidade do projeto originário, realizando encontros anuais de seus
membros, em uma das capitais ou em grandes cidades dos Estados do Norte e do
Nordeste do Brasil, como ocorreu em Recife-PE (2012), em João Pessoa-PB
(2013), em Petrolina-PE (2014), em Salvador-BA (2015), em Fortaleza-CE
(2016) e como ocorrerá, novamente, em Porto Velho-RO.
Ademais, a Associação tem realizado eventos jurídicos, a exemplo do

Congresso Pontes de Miranda e o Direito Processual, ocorrido na cidade de
Maceió-AL, em maio de 2013.
Os debates acadêmicos têm surtido bons frutos, como a publicação de

seis coletâneas de textos científicos, todas em homenagem a grandes juristas
norte-nordestinos, a saber: José de Albuquerque Rocha, José Joaquim Calmon de
Passos, José de Moura Rocha, Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda, Agnelo
Amorim Filho e Torquato da Silva Castro. Além disso, houve a publicação de
diversas coletâneas, nos anos de 2014 e 2015, voltadas ao desenvolvimento de
estudos sobre o novo Código de Processo Civil brasileiro.
Durante todo esse tempo, a ANNEP, por intermédio de seus membros,

vem promovendo debates em torno do Direito Processual em geral e,
particularmente, a respeito do novo Código de Processo Civil, acompanhando
toda a tramitação do então projeto, até culminar na sua aprovação. Alguns de
seus membros apresentaram, inclusive, propostas que foram acolhidas pelo
Congresso Nacional, ainda na tramitação do então projeto de lei, que resultou na
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aprovação do novo Código. Aliás, seus atuais Presidente (Leonardo Carneiro da

Cunha) e Diretor de Relações Institucionais (Fredie Didier Jr.) integraram a
Comissão de Juristas, criada na Câmara dos Deputados para assessorá-la na
revisão do então projeto que ali tramitou e que resultou no novo Código (fonte:
http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-
temporarias/especiais/54a-legislatura/8046-10-codigo-de-processo-
civil/proposicao/pareceres-e-relatorios/parecer-do-relator-geral-paulo-teixeira-
08-05-2013).
Além disso, o tema relativo à tese controvertida neste recurso especial

é examinado em estudos desenvolvidos por associados da REQUERENTE, como
o Professor Doutor Leonardo Carneiro da Cunha, da Universidade Federal de
Pernambuco (que trata do assunto em seu livro A Fazenda Pública em juízo,
publicado pela Editora Forense e que se encontra na 14ª edição), bem como pelos
Professores Doutores Fredie Didier Jr. e Paula Sarno Braga, da Universidade
Federal da Bahia, e, bem ainda, pelo Professor Mestre Rafael Alexandria de
Oliveira (os quais, juntamente com o Professor Leonardo Carneiro da Cunha, são
autores do volume 5 do Curso de Direito Processual Civil, publicado pela
Editora JusPodivm, que se encontra na sua 7ª edição, no qual esse tema é
enfrentado).
A ora REQUERENTE dispõe, portanto, de elementos, ideias,

argumentos, repertório teórico formado ao longo do tempo, que podem ser
apresentados para contribuir com a discussão a ser travada no presente recurso
especial.
Nos termos do art. 1.038, I, do CPC, afetados os recursos

representativos da controvérsia, “O relator poderá: I – solicitar ou admitir
manifestação de pessoas, órgãos ou entidades com interesse na controvérsia,
considerando a relevância da matéria e consoante dispuser o regimento
interno”.
Página 4 de 11

Apoiada em tal dispositivo e no art. 138 do mesmo Código de

Processo Civil, a REQUERENTE pretende ser admitida no presente recurso
como amicus curiae.
O amicus curiae, como se sabe, pode ser uma entidade privada ou

pública, que desempenha atividades relacionadas com o tema a ser examinado
pelo tribunal. Sua atuação tem a finalidade de apresentar argumentos, dados ou
elementos que contribuam para a prolação de uma melhor decisão, permitindo ao
tribunal examinar, adequadamente, todas as nuances da questão, ponderando
vários pontos de vista.
O amicus curiae tem interesse institucional de contribuir com a

decisão a ser proferida pelo tribunal1, seja porque sua atividade está relacionada
com o assunto a ser examinado, seja porque desenvolve estudos sobre o tema.
O amicus curiae tem o interesse de ver aquela sua opinião, posição,

orientação ser acolhida pelo juiz, pois se trata de ideia estudada, pesquisada e
defendida no âmbito de sua atuação institucional. O interesse do amicus curiae é
de ver a decisão ser proferida com os fundamentos técnicos que lhe parecem mais
apropriados, independentemente de quem seja o autor ou o réu, não lhe
importando quem deva ser o vencedor. Para o amicus curiae, o vencedor deve ser
aquela tese que coincide com sua opinião ou orientação.
O amicus curiae tem interesse de a decisão ter determinado conteúdo.

Por isso, deve-lhe ser concedida a possibilidade de participar no processo de sua
formação, sendo-lhe reconhecido o direito de ser ouvido, a fim de poder
influenciar o julgador e ajudá-lo na elaboração do conteúdo da decisão,
contribuindo para a definição de sua ratio decidendi.
1
BUENO, Cassio Scarpinella. Amicus curiae no processo civil brasileiro: um terceiro enigmático. São
Paulo: Saraiva, 2006, p. 500-511.
Página 5 de 11

Por essas razões, requer a Vossa Excelência que se digne de admitir

a ASSOCIAÇÃO NORTE E NORDESTE DE PROFESSORES DE PROCESSO
– ANNEP como amicus curiae no presente recurso especial.
O ENCARGO DO DECRETO-LEI Nº 1.025/1969 E SUA NATUREZA

JURÍDICA
Admitida a participação da ora REQUERENTE, sua contribuição já se

inicia pela manifestação sobre a natureza jurídica do encargo previsto no
Decreto-lei nº 1.025, de 1969.
O Decreto-lei nº 1.025, de 1969, aumenta o que chama de “taxa”, a

ser paga pelo executado em execuções fiscais, para 20%, extinguindo a
participação dos servidores públicos dessa receita e determinando que seu
produto seja recolhido aos cofres públicos como renda da União. Tal “taxa”, por
força do art. 3º do Decreto-lei nº 1.645, de 1978, passou a substituir a
condenação do devedor, na cobrança executiva da Dívida Ativa da União, em

honorários de advogado, devendo o respectivo produto ser, sob esse título,
recolhido integralmente ao Tesouro Nacional; o percentual, que se manteve em
20%, passou a ser calculado sobre o montante do débito, inclusive multas,
monetariamente atualizado e acrescido de juros de mora.
Relativamente às autarquias e fundações públicas federais, o § 1º do

art. 37-A da Lei nº 10.522, de 2002, dispõe que “os créditos inscritos em
Dívida Ativa serão acrescidos de encargo legal, substitutivo da condenação do
devedor em honorários advocatícios, calculado nos termos e na forma da
legislação aplicável à Dívida Ativa da União”.
Em resumo, sobre os honorários na execução fiscal de Dívida Ativa da

União, o panorama legislativo é o seguinte:
a) até 1969, admitia-se participação de servidores no produto da
Página 6 de 11

execução da Dívida Ativa da União;
b) em 1969, o Decreto-lei nº 1.025 excluiu essa participação e passou a

exigir do executado o pagamento de uma “taxa” de 20%, a ser
revertida para o Tesouro da União;
c) sobreveio o CPC/1973, ampliando, em relação ao CPC/1939, as

hipóteses de condenação em honorários de sucumbência;
d) em 1978, o Decreto-lei nº 1.645 veio dizer que o “encargo” de 20%

substitui a condenação do devedor em honorários de advogado,
mantendo a destinação do valor ao Tesouro;
e) em 2002, a Lei nº 10.522 trouxe disposição semelhante à do Decreto-

lei nº 1.645/1978, estabelecendo que o “encargo” de 20% substitui os
honorários de advogado nas execuções da Dívida Ativa das
autarquias e fundações públicas federais.
Então, na execução fiscal proposta pela União e, igualmente, naquelas

indicadas pelas autarquias e fundações federais, o valor dos honorários de

advogado, embora chamados de outro nome (“taxa”, “encargo”), passou a ser,
por força desses diplomas normativos, de 20%. Nas demais execuções fiscais,
propostas pelos Estados, pelo Distrito Federal, pelos Municípios e pelas
autarquias e fundações estaduais, distritais e municipais, o valor dos honorários
de advogado era fixado nos termos do CPC/1973 (art. 20, § 4º).
Aliás, o enunciado 168 da Súmula do Tribunal Federal de Recursos

assim já orientava: “o encargo de 20%, do Decreto-Lei 1.025, de 1969, é sempre
devido nas execuções fiscais da União e substitui, nos embargos, a condenação
do devedor em honorários advocatícios”.
Esse Colendo Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o Recurso

Especial nº 1.143.320-RS, rel. Min. Luiz Fux, como representativo da
controvérsia, sob o regime dos recursos repetitivos, afirmou que “A condenação,
Página 7 de 11

em honorários advocatícios, do contribuinte, que formula pedido de desistência

dos embargos à execução fiscal de créditos tributários da Fazenda Nacional,
para fins de adesão a programa de parcelamento fiscal, configura inadmissível
bis in idem, tendo em vista o encargo estipulado no Decreto-Lei 1.025/69, que já
abrange a verba honorária”. Daí concluiu que, “em se tratando de desistência
de embargos à execução fiscal de créditos da Fazenda Nacional, mercê da
adesão do contribuinte a programa de parcelamento fiscal, descabe a
condenação em honorários advocatícios, uma vez já incluído, no débito
consolidado, o encargo de 20% (vinte por cento) previsto no Decreto-Lei
1.025/69, no qual se encontra compreendida a verba honorária”.
O caso julgado no referido recurso repetitivo dizia respeito à

desistência de embargos à execução fiscal, para fins de adesão a programa de
parcelamento fiscal. Esse Colendo STJ manteve, então, o acórdão recorrido que
afastou a condenação em honorários advocatícios, por considerá-los “englobados
no encargo legal de 20% previsto no Decreto-Lei nº 1.025/69, o qual substitui,
nos embargos, a condenação do devedor em honorários advocatícios”.
Como se vê, já há precedente, em recurso repetitivo, em cuja ratio

decidendi afirma-se que o encargo de 20% previsto no Decreto-lei nº 1.025, de
1969, abrange os honorários de advogado.
No atual CPC, os honorários, quando a Fazenda Pública for parte no

processo, serão fixados consoante os percentuais indicados em uma lista contida
nos diversos incisos do § 3º do seu art. 85. Tais percentuais aplicam-se em todos
os casos em que a Fazenda Pública seja parte, autora, ré ou interveniente, seja ela
vitoriosa ou vencida. Eles também se aplicam às execuções fiscais propostas por
Estados, Distrito Federal, Municípios e autarquias e fundações estaduais,
distritais e municipais.
Quanto às execuções fiscais ajuizadas pela União e pelos demais entes

federais, é bem de ver que os diplomas normativos acima citados estabeleciam
Página 8 de 11

que os honorários eram destinados aos seus cofres, por ser uma receita sua. Tal
previsão foi revogada. Os honorários de sucumbência constituem direito
autônomo dos advogados. Tal direito também pertence ao advogado público.
O § 19 do art. 85 do CPC dispõe que “Os advogados públicos perceberão
honorários de sucumbência, nos termos da lei”.
A Lei nº 13.327, de 2016, regulamentou o direito dos advogados

públicos federais aos honorários de sucumbência. Seu art. 30 estabelece que os
honorários de sucumbência devidos aos advogados públicos federais incluem o
total do produto dos honorários de sucumbência recebidos nas ações judiciais em
que forem parte a União, as autarquias e as fundações públicas federais, até 75%
do produto do “encargo legal” acrescido aos débitos inscritos na dívida ativa da
União, previsto no art. 1º do Decreto-lei nº 1.025, de 1969, e o total do produto
do “encargo legal” acrescido aos créditos das autarquias e das fundações públicas
federais inscritos na dívida ativa da União, nos termos do § 1º do art. 37-A da
Lei nº 10.522, de 2002.
Em outras palavras, a Lei nº 13.327, de 2016, veio desdizer o

Decreto-lei nº 1.645, de 1978, que, como visto, estabeleceu, entre outras coisas,
que o “encargo” de 20% de que trata o Decreto-lei nº 1.025, de 1969, substituiria
os honorários de sucumbência previstos no CPC/1973. Na medida em que o
art. 30, I, da Lei nº 13.327, de 2016, afirma que os honorários de sucumbência
devidos aos advogados públicos federais incluem “o total do produto dos
honorários de sucumbência recebidos nas ações judiciais em que forem parte a
União, as autarquias e as fundações públicas federais”, o dispositivo deixa claro
que não há mais substituição de uma verba pela outra.
Mais do que isso, o art. 30 veio dizer que parte do “encargo” previsto
no Decreto-lei nº 1.645, de 1978, em vez de ser revertido ao Tesouro Nacional,
como dispunha o art. 3º do Decreto-lei 1.645, de 1978, passaria a ser pago aos
advogados públicos federais, a título de honorários advocatícios de sucumbência.
Página 9 de 11

Assim, o tal “encargo” engloba os honorários de sucumbência, tanto

que passou a ser destinado, em grande parte, à remuneração dos advogados
públicos federais. Há, apenas, um pequeno percentual que não lhes é distribuído,
mas que não altera sua natureza jurídica.
Não é possível admitir a recepção da “taxa” de que trata o Decreto-lei

1.025, de 1969, à luz do que dispõe o art. 145 da Constituição Federal.
Essa “taxa” (rectius: honorários sucumbenciais) foi criada num outro

momento histórico, quando não havia sequer, como regra, a condenação do
vencido ao pagamento de honorários sucumbenciais (CPC/1939).
No momento em que se criou a “taxa” ou o “encargo” de 20% nas

execuções fiscais federais, não havia um regime jurídico de honorários de
sucumbência. Com o CPC/1973, passou a haver um regime jurídico de
honorários, melhor disciplinado pelo atual CPC.
Tudo está a demonstrar, portanto, que a natureza do tal “encargo” não

é tributária. Trata-se de honorários pagos aos advogados públicos federais que
representam a UNIÃO em execuções fiscais.
DOS PEDIDOS
Em virtude do exposto, requer a Vossa Excelência que se digne de

admitir a ASSOCIAÇÃO NORTE E NORDESTE DE PROFESSORES DE
PROCESSO – ANNEP como amicus curiae no presente recurso especial.
Admitida a participação da ANNEP como amicus curiae, requer

que receba a presente manifestação como a primeira contribuição oferecida à
discussão e ao debate da tese a ser definida, estabelecendo seus poderes e
indicando os atos dos quais poderá participar, nos termos do art. 138 do CPC.
Requer, ainda, seja determinada sua intimação, na pessoa dos 3
Página 10 de 11

(três) advogados que subscrevem a presente petição, dos atos processuais

posteriores, a fim de que possa acompanhar a tramitação do recurso e as
discussões nele travadas.
Pede deferimento.
LEONARDO CARNEIRO DA CUNHA

OAB/PE 16.329
FREDIE DIDIER JR.

OAB/BA 15.484
EDUARDO UCHOA ATHAYDE

OAB/DF 21.234
Página 11 de 11

Petição Eletrônica juntada ao processo em 11/04/2017 ?s 19:43:28 pelo usu?rio: ANDREA CRISTINA LEITE NUNES STJ-Petição Eletrônica (PET) 00169775/2017 recebida em 11/04/2017 15:01:24 (e-STJ Fl.317)



















(e-STJ Fl.336)
REsp 1.521.999/SP
CONCLUSÃO
Faço estes autos conclusos para decisão ao Exmo. Senhor

Ministro SÉRGIO KUKINA (Relator) (fls.306/335)..
__________________________________________
*Assinado por ZILDA CAROLINA VÉRAS RIBEIRO DE
SOUZA, Coordenadora,
em 17 de abril de 2017
Código de Controle do Documento: 806B4B12-702F-413A-BAC9-3AFCBF8D9A16
(e-STJ Fl.337)
REsp 1.521.999/SP
RECEBIMENTO

Brasília, 07 de junho de 2017.
__________________________________________

em 07 de junho de 2017 às 08:32:21
(e-STJ Fl.338)

MK1
PET no RECURSO ESPECIAL Nº 1.521.999 - SP (2015/0071317-3)

REQUERENTE : ASSOCIAÇÃO NORTE E NORDESTE DE PROFESSORES
DE PROCESSO- ANNEP
ADVOGADO : EDUARDO UCHÔA ATHAYDE E OUTRO(S) - DF021234
REQUERENTE : FAZENDA NACIONAL
REQUERIDO : TECNO-FERR - FERRAMENTARIA DE PRECISÃO LTDA -
MASSA FALIDA
ADVOGADA : ADRIANA RODRIGUES DE LUCENA - ADMINISTRADOR
JUDICIAL - SP157111
DESPACHO
Cuida-se de pedido de ingresso no presente feito, na condição de amicus curiae,

realizado pela Associação Norte e Nordeste de Professores de Processo - ANNEP às fls.
306/335.
A parte requerente alega que é associação formada por professores de processo

civil de diversos Estados do Norte e Nordeste, e que dispõe de "elementos, idéias, argumentos,
repertório teórico formado ao longo do tempo, que podem ser apresentados para contribuir
com a discussão a ser travada no presente recurso especial" (fl. 309).
É o breve relato.
Nos termos do artigo 1.038, I, do CPC/2015, o Ministro Relator do recurso

especial representativo de controvérsia repetitiva poderá "solicitar ou admitir manifestação de
pessoas, órgãos ou entidades com interesse na controvérsia, considerando a relevância da
matéria e consoante dispuser o regimento interno".
Já o art. 256-J do RISTJ preconiza que "O relator poderá solicitar informações
aos Tribunais de origem a respeito da questão afetada e autorizar, em decisão irrecorrível,
ante a relevância da matéria, a manifestação escrita de pessoas naturais ou jurídicas, órgãos
ou entidades especializadas, com representatividade adequada, a serem prestadas no prazo
improrrogável de quinze dias."
Na espécie, vislumbro estarem presentes os requisitos da adequada

representatividade e da especialidade da parte requerente, com a possibilidade de real
REsp 1521999 Petição : 169775/2017 C54206515541<191<14551@ C<14881560425218@

2015/0071317-3 Documento Página 1 de 2
Publicação no DJe/STJ nº 2222 de 13/06/2017. Código de Controle do Documento: 2C9619C8-2D13-4095-BAFB-D80255D9FFE5
(e-STJ Fl.339)

MK1
contribuição ao debate travado nos autos do presente representativo de controvérsia repetitiva.
Ante o exposto, admito o ingresso da Associação Norte e Nordeste de

Professores de Processo - ANNEP - no presente processo, na qualidade de amicus curiae,
tendo por certo que, em sua petição de fls. 306/335, essa entidade associativa já expendeu sua
posição meritória acerca do objeto do repetitivo.
Conforme determinação contida na decisão de fls. 298/300, dê-se imediata vista

dos autos ao Ministério Público Federal, pelo prazo de quinze dias, para emissão de parecer,
nos termos dos artigos 256-M do RISTJ e 1.038, III, § 1º, do CPC/2015.
Publique-se.
Brasília (DF), 05 de junho de 2017.

Relator
REsp 1521999 Petição : 169775/2017 C54206515541<191<14551@ C<14881560425218@

Publicação no DJe/STJ nº 2222 de 13/06/2017. Código de Controle do Documento: 2C9619C8-2D13-4095-BAFB-D80255D9FFE5
(e-STJ Fl.340)
REsp 1521999/SP
PUBLICAÇÃO
Certifico que foi disponibilizada no Diário da Justiça

Eletrônico/STJ em 12/06/2017 a r. decisão de fls. 338 e
considerada publicada na data abaixo mencionada, nos
termos do artigo 4º, § 3º, da Lei 11.419/2006.

em 13 de junho de 2017 às 07:00:08
(e-STJ Fl.341)
REsp 1521999/SP (2015/0071317-3)
CERTIDÃO
Certifico que se procedeu à retificação da autuação

para fazer constar ASSOCIAÇÃO NORTE E NORDESTE DE
PROFESSORES DE PROCESSO- ANNEP como "amicus
curiae", em cumprimento ao despacho de fls. 338/339.
Brasília, 14 de junho de 2017
COORDENADORIA DE TRIAGEM E AUTUAÇÃO DE

PROCESSOS RECURSAIS
*Assinado por RODRIGO SOLANO CAVALCANTE RIBEIRO
em 14 de junho de 2017 às 14:42:17
Documento eletrônico juntado ao processo em 14/06/2017 às 14:42:22 pelo usuário: RODRIGO SOLANO CAVALCANTE RIBEIRO
(e-STJ Fl.342)
REsp 1.521.999/SP
JUNTADA

PARECER DO MPF .

Documento eletrônico juntado ao processo em 14/06/2017 às 17:54:35 pelo usuário: ALEXANDRE SANCHEZ JUNIOR
__________________________________________
*Assinado por ALEXANDRE SANCHEZ JUNIOR
em 14 de junho de 2017 às 17:54:33
STJ-Petição Eletrônica (ParMPF) 00302764/2017 recebida em 14/06/2017 16:27:16 (e-STJ Fl.343)
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
Documento assinado via Token digitalmente por ANTONIO CARLOS SIMOES MARTINS SOARES, em 14/06/2017 16:26. Para verificar a assinatura acesse
PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA
RECURSO ESPECI AL Nº 1.521.999/SP

RECORRENTE: FAZENDA NACIONAL
RECORRIDO : TECNO-FERR – FERRAM ENTARIA DE PRECISÃO LTDA – MAS -
SA FALIDA
RELATOR: MINISTR O SÉRGIO KUKINA
RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTRO-

VÉRSIA. Art. 1.036 do CPC/15. Direito Tributário. Encargo pe-
http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 54E90611.AB15DEF4.E01FFBC9.9E34602C

cuniário previsto no art. 1º do Decreto-Lei n.º 1.025/69. Natureza
Jurídica. Crédito Tributário. Habilitação em processo falimentar.
Possibilidade. Entendimento firmado pela Primeira Seção do STJ.
Parecer pelo provimento do Recurso Especial.
COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA,

Petição Eletrônica juntada ao processo em 14/06/2017 ?s 17:51:49 pelo usu?rio: ALEXANDRE SANCHEZ JUNIOR
Tra ta-se de Recurso Espe cial (e-STJ fls. 243/251 ) int erpos to p ela
FAZENDA NACI ONAL , com esteio no art. 105, III, “a” e “c ” , da Constituição Fede -
ral, par a desconstit uir o acordã o profer ido pela Pri me ira Câ ma ra Reservada de Dire ito
Empr esari al do Tr ibunal de J us tiça do Es tado de São Pa ulo ( TJSP) que, por unani mi -
dade, negou provi mento ao Agravo de Instrumento n.º 2014885-97.2014.8.26.0000 ,
nos te rmos do ares to a seguir e mentado (e-STJ fl. 231 ):
“Fal ênci a – Habi li t aç ão d e cr édi t o – é ex igí vel da massa fali d a o val o r

do enca rgo l egal p revi st o no Dec ret o-Lei n. º 1. 02 5/ 69 – O ac réscimo
não só possui nat urez a de honorá ri os c omo t am bém se desti na a cust e ar
despesas com a a rr ec ada çã o d e dí vi da at iva – Ent endim ent o consoli da do
do S TJ – Súmul a 40 0 do C. S TJ – Incl usã o, cont udo, como cré di t o qui -
rografá ri o, po r não ost ent a r naturez a t ri but ári a – Não provim ent o .”

Signatário(a): ANTONIO CARLOS SIMOES MARTINS SOARES:254:61125695749 NºSérie Certificado: 884710135435988184
Aduz a Rec orrente violaçã o ao s arts. 23, II, e 208, § 2º, do De -

cre to-Lei 7.661/45; 1º do Decret o-Lei 1.025/69; e 83 da Lei n.º 11.101/05, bem como
dis senso pr etori ano . Argument a que o encargo legal previsto no art. 1º do Decret o-Lei
1.025/ 69 te m natur eza j ur ídic a de crédit o tri butár io, e não crédit o qui rograf ário, o que
viabiliza sua ha bilit ação e m proc esso de fal ência.
Requer, ao final, a refor ma do acórdão recorr ido para que o “j uízo

fal imenta r habili te o valor cobr ado a títul o de 'Encargo Legal' ( Dec reto-Le i 1.025/69 )
na cla sse dos cré ditos pr ivilegiados fis cais, nos ter mos do art. 83, inci so III, da Le i
n.º 11.101/2005.” (e-STJ fl. 251)
Fora m apre senta das contrarr azões (e-STJ fls. 264/277 ).

O Recurso Especia l foi admiti do como repre senta tivo d a contr o -
vérsia, nos termos do art. 543-C, § 1º, do CPC/73, por de cisão da Presidência da Se-
ção de Di reito Pr ivado do TJ SP (e-STJ fl s. 282/284).
A Primeira Seção do STJ deferi u, à unanimidade, o pedi do de afe -

taç ão da questã o j ur ídic a deba tida e indicou o pre sente Apelo Espec ial, be m como o
REs p 1.525.388/SP, como representativos da controvérsia, consoa nte o art. 1.036, §
5º, do CPC/2015 (e-STJ fl s. 297/300).
Ademais, (a) del imitou a tes e controver tida: “defi nição da nature -
za j ur ídica do encargo previs to no art. 1º do Dec reto-Le i 1.025/69, para fins de classi -
fic á-lo como crédito privilegiado ou crédito quirografári o no quadro geral de cre dores
no processo de fa lênci a.” ( Te ma n.º 969-STJ ); (b) ordenou a suspensão de todos os
processos pendentes que tramite m no território nacional e verse m sobre a quest ão; e
(c) de terminou a comunic ação da dec isão de afe tação aos Minis tros da Pri me ira Seç ão
do STJ e aos Presi dente s dos Tr ibunais Regionai s Federa is e Tr ibunais de J us tiça.
Após, abriu-se vista dos autos ao M INISTÉRIO PÚBLICO FEDE -

RAL, para mani festa ção (e-STJ fl. 340).

É o relat o do sufic iente, passa este órgão do Mi nisté rio Públic o

Federal a se mani fe star.
Por pr imeiro, insta me ncionar que o pre sente Apel o Espe cial, be m
como o REs p 1.5 25.388 /SP, fora m se lecionados como repres entat ivos de cont rovérs ia,
nos te rmos do art. 1.036, § 5º, do CPC/15, tendo e m vista a mul tipli cidade de recurs os
especias com fundamento e m idênti ca que stão de dir eito, qual se j a, a def iniçã o da na -
tur eza jurí dica do enc argo pecuni ário previsto no art. 1º do Decret o-Lei 1.025/69,
par a fins de classif icá-lo como crédito privilegiado ou crédit o quir ografá rio no quadro
geral de credor es no proce sso de falê ncia ( Te ma n. º 969/STJ) .
O caso reque r o provi mento d o recla mo .

A Pri me ira Seção do STJ, no j ulga ment o do REsp 1.304.076/SP,
consagrou o ent endi me nto de que o encargo pr evisto no ar t. 1º do Decre to-Lei n.º
1.025/ 69 rep resenta rece ita da Uniã o, e não despes a, razão pela qual, por integrar a
dívida ativa da Fazenda Públ ica, pode ser exigido e m execução fisc al ou ainda ha bili -
tado em pr ocess o de falênc ia. Ve ja-se, por oport uno, a e me nta do dec isum:
“PR OC ESSUAL C IV IL E F INANCE IR O . FALÊNC IA. HA B ILITAÇÃO

DO CR ÉD ITO DA FAZENDA NAC IO NAL. INC LUSÃO DO ENCARGO
P R EV IS TO NO ART. 1 º DO DECR E TO-LE I 1.0 25/ 1 969 . P OS S IB ILIDA -
DE.
1. A S egunda Turm a, ao j ul gar o REsp 1.2 34. 89 3/S P, sob a rel at o ri a do
Minist ro He rman B enj amin, DJ e de 8.9. 20 11, enfrent ou quest ão seme -
l hant e à d os p resent es aut os, em que o Tr i bunal de o ri gem, em i nt er es -
sant e análi se do enca rgo d e que t r at a o art . 1 º do De cr et o-Lei n.
1. 02 5/ 69, c onsi gnou que se t rat a de quanti a que serve a doi s pro pósit os
di st int os: a) honorá ri os a dvo cat í ci os; e b) cust ei o d e despesas associ a -
d as à a rr ec ada çã o da dí vi da ati va fed er al . Consoant e anot ad o pel o Mi -
nist r o He rman Ben j ami n, a nat urez a d o enca rgo l egal p revist o no De -
c ret o-Lei 1.0 25/ 19 69 foi ampl ament e de bat i da no j ul gam ent o do R ecurso
Espe ci al 1.110 .9 24/S P, d e r el at ori a do Minist ro B ene dit o Gonç alves, no
ri t o do art . 54 3-C d o CP C . R at ifi cou-se naquel a op ort uni dad e a ori ent a -
ç ão de que, ap ós a modi fi c aç ão int r oduz i da pel a Lei 7.7 11/ 198 8, t al ver -

b a não se c onfunde c om honor ári os a dvo cat í ci os, poi s consti t ui r ecei t a
d o Fundo Esp eci al de Desenvol viment o e Ape rfei ç oam ent o das At ivi da -
d es de Fi scal iz a ção - FUNDAF, i nsti tuí do pel o Dec ret o-Lei 1. 437/ 1 97 5.
Em bora a mat éri a ent ão anal isa da ti vesse po r o bj et o a d efi ni çã o quant o
à possi bi li d ade de co br anç a - nos aut os d a execuçã o fiscal - do enca rgo
p revi st o no Dec ret o-Lei 1.0 25/ 19 69, é evi dent e que os seus fundam ent os
se a pli c am ao caso dos aut os. A naturez a l egal d o enca rgo pr evi st o no
a rt . 1 º d o Dec ret o-Lei 1.0 25/ 19 69 é d e re cei t a que com põe Fundo de na -
t urez a cont ábi l . O al udi d o enca rgo não c onst it ui d espesa supo rt ad a p el a
Uni ão " p ar a faz e r p art e na fal ênci a ".
2. R ecurso esp eci al p rovi do par a det erm inar que o Tr i bunal d e J ust i ça
d o Est a do de São P aul o, em cont inui da de ao j ul gam ent o d a a pel aç ão,
anali se, pa ra fins de habi li t aç ão nos aut os fal im ent ares, a o rdem d e cl as -
sifi caçã o d o enca rgo de que t rat a o art . 1º do Decr et o-Lei n. 1.0 25/ 69 .”
(R Esp 13 04 076/ S P, Rel . Minist ro MAURO CAMP BE LL MAR QUES ,

P R IM E IR A SEÇÃO, j ul ga do em 08/ 0 8/ 201 2, DJ e 14/ 0 8/ 201 2)
Em convergênci a, ass evera m os seguintes j ulgados :
“TR IBU TÁR IO . PR OC ESS UAL C IV IL. FALTA DE P R EQUES T IO NA -

MEN TO . SÚMULA 2 11/ S TJ . ENCAR GO LEGAL. NATUR EZA. CRÉD I -

TO TR IB U TÁR IO. HAB ILITAÇ ÃO. P ROC ES SO FALIM ENTAR COMO
CRÉD ITO PR IV ILEG IADO.
1. A indi cad a afr ont a do art . 208, § 2 º, da Lei 7. 661/ 1 94 5 não deve ser
anal isa da, poi s o Tri bunal de ori gem não emit iu j uíz o de val or sobr e
esse disposit ivo l egal . O Supe ri or Tri bunal de Just i ça ent ende ser invi á -
vel o conheciment o d o Recurso Esp eci al quando os a rti gos t i dos po r vi -
ol ados não foram apr eci a dos pel o Tri bunal a quo, a despei t o d a o posi -
ção de Emba rgos de De cl ar açã o, haj a vist a a ausênci a do re quisit o do
pr equest i onam ent o. In ci de , na espé ci e, a Súmul a 211/S TJ .
2. O enc a rgo l egal do art . 1 º do Dec ret o-Lei 1. 02 5/ 196 9 consti tui cr édi -
t o t ri but á ri o da Uni ão, po rt ant o po de ser habi li t ad o com o c ré dit o p rivi -
l egi ado t ri but á ri o em pr oc esso fal iment a r, conforme di spõe o art . 83 ,
II I, d a Lei 11 .10 1/ 20 05. P re ced ent e: Resp 1 .51 7.3 61/ S P, Rel . Minist ro
Humbert o Ma rti ns, S egunda Turm a, D j e 29/ 5/ 20 15.
3. Recurso Especi al pa rci alment e conheci do e, nessa pa rt e, pr ovi do. ”

(R Esp 152 702 2/S P, R el . Mi ni st ro HER MAN BE NJAM IN , SEGUNDA

TUR MA, j ul gad o em 03/ 05/ 2 016 , DJ e 25/ 05/ 2 016 )
“TR IBU TÁR IO . ENCAR GO LEGAL. DECR E TO-LE I N. 1.0 25/ 6 9. NA-
TUR EZA J UR ÍD ICA PARA F INS DE C LASS IF IC AÇÃO DE CR ÉD ITOS
NA FALÊNC IA. PARTE IN T E GRANT E DO CRÉD ITO TR IBU TÁR IO .
1. " O enc a rgo d e que t rat a o art . 1 º do Dec ret o-Lei n. 1.0 25/ 6 9 não pos -
sui nat urez a j urí di ca de pena p ecuni ári a e é devi do como part e int egr an -
t e d o cr édi t o t ri but á ri o. Com efei t o, al ém do mont ant e apura do a t ít ul o
de ob ri gaç ão t ri but ári a pri nci pal , compõ em o cré di t o t ri but á ri o a co rr e -
ção monet ári a , os j ur os d e mora , as mult as t ri but ári as e, quand o exi gí -
vel , t am bém o enc argo de que t rat am o art . 1 º do De cr et o-Lei n.
1.0 25/ 69 , o art . 3 º do Dec ret o-Lei n. 1.5 69/ 7 7, o a rt . 3 º do Dec ret o-l ei
n. 1. 64 5/ 78. Das pa rc el as ou rub ri cas que compõ em os cr édi t os t ri but á -
ri os, a Lei n. 11. 10 1/ 200 5 cl assifi cou como c rédi t os subqui rografá ri os

apenas as mul t as t ri but ári as " (R Esp 13 27 067/ DF, R el . Minist ro MAUR O
CAMP B ELL MAR QUES , S EGUNDA TUR MA, j ul ga do em 28/ 0 8/ 20 12,
DJ e 03/ 0 9/ 201 2) .
2. O enc a rgo pr evi st o no a rt . 1 º d o Dec ret o-Lei n. 1.0 25/ 6 9 re pr esent a
pa rt e i nt egr ant e do cr édi t o t ri but á ri o, l egit im ando sua cl assifi ca ção
com o c ré dit o t ri but á ri o p revi st o no inci so II I d o art . 8 3 da Lei n.

11 .10 1/ 20 05.
Recurso espe ci al p rovi d o.”
(R Esp 151 736 1/S P, R el . Mi ni st ro HUMB ERTO MART INS , SEGUNDA
TUR MA, j ul gad o em 21/ 05/ 2 015 , DJ e 29/ 05/ 2 015 )
No mesmo sentido, podem ser citadas rec entes decis ões monocrá ti -
cas : AREsp 924.316/ SP, Re l. Mi n. MAURO CAM PBELL MARQUES, DJ e 02/12/2016;
REs p 1.445.655/ SP, Rel. Mi n. BENEDITO GONÇALVES, DJe 02/08/2016; REs p
1.555.728/SP, Rel. M in. REGINA HELENA COSTA, DJ e 04/05/2016; REsp
1.535.822/ SP, Rel. Minis tra ASSUSETE MAGALHÃES, DJe 05/10/2016; REsp
1.534.661/ SP, Re l. Min. NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, D J e 05/09/2016; REsp
1.536.941/ SP, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, D J e 1º/07/2015; dentr e outr as.

Como visto, a orient ação j ur ídic a firmada no acórdão recorri do

des toa da j ur isprudênci a dessa Cor te Super ior, devendo prevale cer o entendiment o de
que o enc argo pec uniár io do art. 1º do Decret o-Lei 1.025/1969 cons titui crédi to tr ibu -
tár io da União, e não qui rograf ário, podendo ser habil itado como crédit o privilegiado
e m proc esso fal imentar, consoante o dispos to no art. 83, III, da Le i 11.101/2005.
Por todo o exposto, o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL mani -

fes ta-se pelo PROVIMENTO do Recur so Especial, nos ter mos da j uri sprudência con -
sol idada de ssa Cort e Superi or.
No ma is, uma vez publicado o acórdão par adigma , deverã o ser

adotadas as providências rel acionadas nos arts. 1.040 e 1.041 do CPC/15.

Bra sília, 14 de j unho de 2017.
ANTO NIO CARLOS MARTI NS SOARES

Subprocurador- Geral da República
HLZB

(e-STJ Fl.349)
REsp 1.521.999/SP
CONCLUSÃO

Ministro SÉRGIO KUKINA (Relator) fls. 341 e 343/348.
__________________________________________
*Assinado por GILSON CARNEIRO DE ALMEIDA,
Coordenador em exercício,
em 14 de junho de 2017
Signatário(a): GILSON CARNEIRO DE ALMEIDA, COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO Assinado em: 14/06/2017 18:10:51
Código de Controle do Documento: 55AE4107-561E-4617-BF2A-7CEA1B2E8204
(e-STJ Fl.350)
REsp 1521999
TERMO DE CIÊNCIA

eletronicamente em 23/06/2017 do(a) Despacho / Decisão de fl.(s) 338
Brasília - DF, 23 de Junho de 2017

(e-STJ Fl.351)
REsp 1521999
TERMO DE CIÊNCIA

intimado(a) eletronicamente em 23/06/2017 do(a) Despacho / Decisão
de fl.(s) 338 publicado(a) no DJe em 13/06/2017.
Brasília - DF, 23 de Junho de 2017

(e-STJ Fl.352)
REsp 1.521.999/SP
RECEBIMENTO

Brasília, 16 de agosto de 2017.
Documento eletrônico juntado ao processo em 16/08/2017 às 14:18:42 pelo usuário: MÁRCIA RAQUEL MORAES OLIVEIRA
__________________________________________
*Assinado por MÁRCIA RAQUEL MORAES OLIVEIRA
em 16 de agosto de 2017 às 14:15:10
(e-STJ Fl.353)
REsp 1.521.999/SP
JUNTADA

PETIÇÃO .
__________________________________________
Documento eletrônico juntado ao processo em 16/08/2017 às 18:12:12 pelo usuário: MARCÔNIO MACEDO DINIZ

*Assinado por MARCÔNIO MACEDO DINIZ
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO SÉRGIO KUKINA – DD. RELATOR DOS RECURSOS ESPECIAIS N.
1.521.999/SP e 1.525.388/SP – PRIMEIRA SEÇÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
INSTITUTO DEFESA COLETIVA, entidade civil de finalidade social sem fins lucrativos, com sede e foro na
Av. Brasil, nº 1.438, Sala 1.201, Belo Horizonte/MG, CEP 30.140-003, inscrita no CNPJ nº
12.034.235/0001-83, neste ato representada por seus bastantes procuradores, vem perante V. Exa., com
fundamento no art. 138, CPC/15, apresentar pedido de ingresso como AMICUS CURIAE, conforme fatos e
fundamentos a seguir expendidos.
DO TEMA AFETADO:
V. Exa. afetou como Tema Repetitivo, na forma da Resolução de nº 08, de 07 de agosto de 2008,
do Superior Tribunal de Justiça, a seguinte questão:
“Definição da natureza jurídica do encargo pecuniário previsto no art. 1º do Decreto-Lei 1.025/69,

para fins de classificá-lo como crédito privilegiado ou crédito quirografário no quadro geral de
credores no processo de falência”.
Petição Eletrônica juntada ao processo em 16/08/2017 ?s 18:11:11 pelo usu?rio: MARCÔNIO MACEDO DINIZ
Na situção sub judice, o Recurso Especial n. 1.521.999/SP traz Acórdão que classificou o encargo
legal previsto no Decreto-Lei nº 1.025/69 como crédito quirografário em sede de processo falimentar. O
objeto do Recurso Especial n. 1.525.388/SP é o mesmo.
A Corte Estadual de São Paulo corretamente classifica o encargo do art. 1º, do Decreto-Lei n.
1.025/1969 como crédito de índole quirografária, não assistindo preferência legal da quantia no concurso
de credores.
A Fazenda Nacional, nitidamente defendendo interesses de seus procuradores, recorre ao STJ

para tentar modificar esta classificação, emprestando às aludidas verbas a qualidade preferencial no
concurso falimentar.
DA REPRESENTATIVIDADE E DA PERTINÊNCIA DESTE AMICUS NA PRESENTE CAUSA:
O Instituto Defesa Coletiva presta serviços à Sociedade desde 1999. Entre seus objetivos sociais
está o dever de contribuir para “a implementação e aprimoramento da legislação de defesa do
consumidor, de repressão ao abuso do poder econômico e matérias correlatas”.

Signatário(a): LILLIAN JORGE SALGADO:84679506687 NºSérie Certificado: 7821333227041199088
O mesmo Estatuto prevê como atividade matricial: “atuar judicial e extrajudicialmente,

independentemnte de Assembleia Geral, em defesa do consumidor ou cidadão, incluisve na condição de
contribuinte, associado ou não, coletiva ou individualmente”.
Desde o aprofundamento da crise financeira nacional, neste último biênio, o Instituto Defesa
Coletiva tem aprimorado estudos sobre os reflexos que as quebras e recuperações judiciais de grandes
fornecedores do varejo têm causado nos consumidores brasileiros.
Entre um conjunto de problemas enfrentados pelos consumidores1 que matém relação jurídica
com empresas em situação de falência ou recuperção judicial, foi identificado como relevante a pouca ou
nenhuma representatividade dos interesses dos consumidores no quadro geral de credores.
Em modelos estrangeiros, a crise norteamericana revelou cidadãos em acentuada desvantagem

para reembolsarem seus prejuízos em processos falimentares. Este fator é revelado porque o concurso
de credores é gerido por um modelo de barganha no qual grandes credores obtém melhores resultados
para si, obviamente por se organizarem em corporações2.
No Brasil, não é diferente. Em coalizão formada por procuradores e “professores”, o tema aqui
afetado revela o interesse corporativo em retirar da fila dos créditos quirografários de processos
falimentares/de recuperação as verbas privadas de que tratam o artigo 1º, do Decreto Lei nº 1.025/1969.
O efeito imediato de uma eventual reclassificação de verbas dessa natureza dá um indevido

privilégio aos credores quirografários vinculados à Fazenda Pública. É o que se percebe concretamente
no caso da recuperação judicial da prestadora de telefonia OI S/A3.
A chance de recebimento dos consumidores listados no quadro de credores 4 se reduz

vertiginosamente acaso a natureza das verbas do Decreto Lei nº 1.025/1969 seja modificada.
Essa medida advoga contra a garantia de que as indenizações devidas aos consumidores sejam
mais céleres e justas. Afinal, as importâncias financeiras devidas aos vulneráveis, embora sem grande
relevância para o quadro total do débito, têm relevância essencial à vida dos cidadãos.
Tal preocupação, dados e repercussões devem ser trazidos ao STJ de modo a contribuir para o
desate da controvérsia em toda sua amplitude. O Instituto Defesa Coletiva tem encampado
pioneiramente a postura de criar um Comitê 5 de pequenos credores para evitar grandes perdas a
consumidores titulares de créditos quirografários em ações falimentares ou de recuperação.
DO PEDIDO:
1 Entre eles: a solução de continuidade de serviços ou entrega de produtos; a redução de qualidade ou garantia de
produtos ou serviços; alteração de preços; fechamento de unidades; interrupção de atendimento, etc.
2 ERASLAN, Hülya KK. Corporate bankruptcy reorganizations: estimates from a bargaining model. International
Economic Review, v. 49, n. 2, p. 659-681, 2008.

3 Processo nº 0203711-65.2016.8.19.0001
4 http://www.recuperacaojudicialoi.com.br/wp-content/uploads/2017/05/fls.-198488-198843-Edital-AJ-1.pdf
5 De acordo com o capítulo 11 do guia de Falência das Cortes Norte-americanas. BUSSELL, Daniel J. Coalition-
Building Through Bankruptcy Creditors' Committees. UCLA L. Rev., v. 43, p. 1547, 1995.

Requer, por fim, a admissão como Amigo da Corte de modo a contribuir de modo pleno e efetivo
para a discussão ampla, democrática e em favor dos vulneráveis perante a Corte da Cidadania.
De Belo Horizonte/MG para Brasília/DF
16 de agosto de 2017.

PROCURAÇÃO "AD JUDICIA"
Por este instrumento particular de procuração: INSTITUTO DEFESA COLETIVA,

estabelecida a Avenida Brasil, nº 1.438 – Sala 1201 - Bairro Funcionários, CEP:
30.140-003 – Belo Horizonte/MG, inscrita no CNPJ sob o nº 12.034.235/0001-83,
neste ato representado por, ELEN PRATES DE SOUZA, SECRETARIA GERAL DO
INSTITUTO DEFESA COLETIVA, brasileira, casada, Advogada, inscrita no CPF sob o nº
081.537.916-13, residente e domiciliada a Rua W Três, nº 4, Barreiro de Cima, Belo
Horizonte – Minas Gerais, CEP 30.628.010, nomeio como meus procuradores os
advogados WALTER JOSÉ FAIAD DE MOURA, brasileiro, casado, inscrito na OAB/DF
sob o nº 17.390, SIMONE MARTINS DE ARAUJO MOURA, brasileira, casada, inscrita
na OAB/DF sob o nº 17.540, SABRINA CARDOSO BERNARDO, brasileira, solteira,
inscrita na OAB/DF sob o n. 34.199, com escritório profissional no SAUS Quadra 5,
4º Andar, Conjunto 401/412, Edifício OAB, em Brasília/DF, e LILLIAN JORGE
SALGADO, brasileira, casada, advogada, inscrita na OAB/MG sob o nº 84.841, com
escritório profissional a Avenida Brasil, nº 1438, sala 1201, Bairro Funcionários, Belo
Horizonte – Minas Gerais, a quem concedo poderes para me representar nos
RECURSOS ESPECIAIS N. 1.521.999/SP e 1.525.388/SP – PRIMEIRA SEÇÃO DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, podendo os mandatários receber citação inicial,
confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao
direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, levantar alvarás, firmar
compromisso e substabelecer esta a outrem.
Belo Horizonte, 16 de Agosto de 2017.

______________________________________________
ELEN PRATES DE SOUZA
INSTITUTO DEFESA COLETIVA

Petição Eletrônica juntada ao processo em 16/08/2017 ?s 18:11:11 pelo usu?rio: MARCÔNIO MACEDO DINIZ STJ-Petição Eletrônica (PET) 00400556/2017 recebida em 16/08/2017 09:50:56 (e-STJ Fl.358)










28/11/2016 Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral Impressão
Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral
Contribuinte,
Confira os dados de Identificação da Pessoa Jurídica e, se houver qualquer divergência, providencie junto à
RFB a sua atualização cadastral.

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

CADASTRO NACIONAL DA PESSOA JURÍDICA

NÚMERO DE INSCRIÇÃO DATA DE ABERTURA
COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO E DE
12.034.235/000183 06/05/2010
MATRIZ SITUAÇÃO CADASTRAL

NOME EMPRESARIAL
INSTITUTO DEFESA COLETIVA
TÍTULO DO ESTABELECIMENTO (NOME DE FANTASIA)
********
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA PRINCIPAL
94.30800 Atividades de associações de defesa de direitos sociais
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS SECUNDÁRIAS
Não informada
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA
3999 Associação Privada
LOGRADOURO NÚMERO COMPLEMENTO
AV BRASIL 1438 SALA 1201
CEP
BAIRRO/DISTRITO MUNICÍPIO UF
30.140003 FUNCIONARIOS BELO HORIZONTE MG
ENDEREÇO ELETRÔNICO
TELEFONE
JESCON@JESCONTABILIDADE.COM.BR (31) 25115444 / (31) 25156304
ENTE FEDERATIVO RESPONSÁVEL (EFR)
*****
SITUAÇÃO CADASTRAL
DATA DA SITUAÇÃO CADASTRAL
ATIVA 06/05/2010
MOTIVO DE SITUAÇÃO CADASTRAL

SITUAÇÃO ESPECIAL
DATA DA SITUAÇÃO ESPECIAL
******** ********
Aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 1.634, de 06 de maio de 2016.
Emitido no dia 28/11/2016 às 13:17:54 (data e hora de Brasília). Página: 1/1
© Copyright Receita Federal do Brasil 28/11/2016

http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/CNPJ/cnpjreva/impressao/ImprimePagina.asp
Signatário(a): LILLIAN JORGE SALGADO:84679506687 NºSérie Certificado: 7821333227041199088 1/1
(e-STJ Fl.369)
REsp 1.521.999/SP
CONCLUSÃO

Ministro SÉRGIO KUKINA (Relator) com petição requerendo
o ingresso no feito na condição de amicus curiae.
__________________________________________
*Assinado por MARCÔNIO MACEDO DINIZ, Assessor B,
em 16 de agosto de 2017
Signatário(a): MARCÔNIO MACEDO DINIZ, COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO Assinado em: 16/08/2017 18:13:40
Código de Controle do Documento: 6B53BF53-91EC-4386-B54B-E63D533155CD
(e-STJ Fl.370)
REsp 1.521.999/SP
RECEBIMENTO

__________________________________________
*Assinado por RAFAEL COSTA ALMEIDA
Documento eletrônico juntado ao processo em 25/08/2017 às 16:48:44 pelo usuário: RAFAEL COSTA ALMEIDA
(e-STJ Fl.371)

MK1
PET no RECURSO ESPECIAL Nº 1.521.999 - SP (2015/0071317-3)

REQUERENTE : FAZENDA NACIONAL
REQUERIDO : TECNO-FERR - FERRAMENTARIA DE PRECISÃO LTDA -
MASSA FALIDA
ADVOGADA : ADRIANA RODRIGUES DE LUCENA - ADMINISTRADOR
JUDICIAL - SP157111
INTERES. : ASSOCIAÇÃO NORTE E NORDESTE DE PROFESSORES
DE PROCESSO- ANNEP - "AMICUS CURIAE"
ADVOGADOS : LEONARDO JOSÉ CARNEIRO DA CUNHA - PE016329
FREDIE DIDIER JUNIOR - BA015484
EDUARDO UCHÔA ATHAYDE - DF021234
DESPACHO
Cuida-se de pedido de ingresso no presente feito, na condição de amicus curiae,

realizado pelo Instituto Defesa Coletiva às fls. 354/368.
A parte requerente alega que tem entre seus objetivos sociais "o dever de
contribuir para "a implementação e aprimoramento da legislação de defesa do consumidor,
de repressão ao abuso do poder econômico e matérias correlatas" (fl. 354) e "tem encampado
pioneiramente a postura de criar um Comitê de pequenos credores para evitar grandes perdas
a consumidores titulares de créditos quirografários em ações falimentares ou de recuperação"
(fl. 355).
É o breve relato.
Na espécie, vislumbro estarem presentes os requisitos da adequada

representatividade e da especialidade da parte requerente, com a possibilidade de real
contribuição ao debate travado nos autos do presente representativo de controvérsia repetitiva.
Ante o exposto, admito o ingresso do Instituto Defesa Coletiva no presente

processo, na qualidade de amicus curiae.
Publique-se.
Brasília (DF), 24 de agosto de 2017.
REsp 1521999 Petição : 400556/2017 C54206515541<191<14551@ C=40830065542128@

Publicação no DJe/STJ nº 2270 de 29/08/2017. Código de Controle do Documento: 232C4EF4-2CF6-4418-B5D8-5124D9A5893B
(e-STJ Fl.372)

MK1

Relator
REsp 1521999 Petição : 400556/2017 C54206515541<191<14551@ C=40830065542128@

Publicação no DJe/STJ nº 2270 de 29/08/2017. Código de Controle do Documento: 232C4EF4-2CF6-4418-B5D8-5124D9A5893B
(e-STJ Fl.373)
REsp 1521999/SP
PUBLICAÇÃO
Certifico que foi disponibilizada no Diário da Justiça

Eletrônico/STJ em 28/08/2017 a r. decisão de fls. 371 e
considerada publicada na data abaixo mencionada, nos
termos do artigo 4º, § 3º, da Lei 11.419/2006.

(e-STJ Fl.374)
REsp 1521999/SP (2015/0071317-3)
CERTIDÃO
Certifico que se procedeu à retificação da autuação

para fazer constar o INSTITUTO DEFESA COLETIVA como
interessado, na qualidade de "AMICUS CURIAE", conforme
despacho de fl. 371.
Brasília, 30 de agosto de 2017
COORDENADORIA DE TRIAGEM E AUTUAÇÃO DE

PROCESSOS RECURSAIS
*Assinado por ELIABE CHAVES FREITAS
Documento eletrônico juntado ao processo em 30/08/2017 às 14:52:43 pelo usuário: ELIABE CHAVES FREITAS
(e-STJ Fl.375)
REsp 1.521.999/SP
CONCLUSÃO
Faço estes autos conclusos para julgamento ao Exmo.

Senhor Ministro SÉRGIO KUKINA (Relator) com parecer do
MPF e fl. 374.
__________________________________________
em 30 de agosto de 2017
Código de Controle do Documento: 83D4C95F-21C1-4B3B-AA1F-60C421DC182F
(e-STJ Fl.376)
REsp 1521999
TERMO DE CIÊNCIA

eletronicamente em 08/09/2017 do(a) Despacho / Decisão de fl.(s) 371
Brasília - DF, 08 de Setembro de 2017

(e-STJ Fl.377)
REsp 1521999
TERMO DE CIÊNCIA

intimado(a) eletronicamente em 08/09/2017 do(a) Despacho / Decisão
de fl.(s) 371 publicado(a) no DJe em 29/08/2017.
Brasília - DF, 08 de Setembro de 2017

(e-STJ Fl.378)

Fls. ________
REsp 1521999/SP
CERTIDÃO

Brasília-DF, 19 de setembro de 2017.

Documento eletrônico juntado ao processo em 19/09/2017 às 14:38:37 pelo usuário: MÁRCIA RAQUEL MORAES OLIVEIRA

*Assinado por MÁRCIA RAQUEL MORAES OLIVEIRA
em 19 de setembro de 2017 às 14:37:54
(e-STJ Fl.379)
REsp 1.521.999/SP
RECEBIMENTO

Brasília, 21 de setembro de 2017.
__________________________________________
(e-STJ Fl.380)
REsp 1.521.999/SP
JUNTADA

PETIÇÃO .

Documento eletrônico juntado ao processo em 21/09/2017 às 16:21:40 pelo usuário: LEONARDO FLORENCIO PEREIRA
__________________________________________
*Assinado por LEONARDO FLORENCIO PEREIRA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO SÉRGIO KUKINA – DD. RELATOR DOS RECURSOS ESPECIAIS N.
1.521.999/SP e 1.525.388/SP – PRIMEIRA SEÇÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
INSTITUTO DEFESA COLETIVA, entidade civil de finalidade social sem fins lucrativos, com sede e foro NA
Av. Brasil, nº 1.438, Sala 1.201, Belo Horizonte/MG, CEP 30.140-003, inscrita no CNPJ nº
12.034.235/0001-83, neste ato representada por seus bastantes procuradores, vem perante V. Exa., uma
vez admitidos como AMICUS CURIAE, apresentar suas MANIFESTAÇÕES conforme se segue:
Este Amigo da Corte se propõe a trazer ao STJ a visão de um stakeholder que, apesar de não
participar diretamente da relação jurídica entre os devedores (em recuperação ou falência) e os
beneficiários do encargo sub judice, é quem mais sofre com a pretensão deste Repetitivo.
Petição Eletrônica juntada ao processo em 21/09/2017 ?s 16:21:19 pelo usu?rio: LEONARDO FLORENCIO PEREIRA
De modo simples e direto, já foi devidamente relatado na Questão de Ordem suscitada na

assentada do dia 22/02/2017 que:
a) A Fazenda Nacional se insurgiu contra acórdão do TJSP que se proununciou corretamente quanto
à natureza quirografária do encargo legal previsto no Decreto-Lei n. 1.025/1969;
b) Os Recursos Especiais argumentam, em síntese, que “o denominado encargo legal previsto no art.
1º do Decreto-Lei 1.025/69 tem natureza tributária, razão pela qual deve ser habilitado na classe
dos créditos privilegiados fiscais no concurso de credores em processo de falência”.
Pelo lado dos consumidores e cidadãos, contra quem pesa a carga tributária brasileira, o IDColetiva
se propõe a contribuir para que, em sede de recurso especial representativo de controvérsia, seja
sedimentada a tese segundo a qual o encargo em questão tem natureza de crédito quirografário. As
razões são simples e seguem expostas:
A REAL PRETENSÃO APRESENTADA NOS RECURSOS ESPECIAIS – INTERESSE DOS PROCURADORES DA

FAZENDA NÃO SE CONFUNDE COM O INTERESSE DA FAZENDA NACIONAL

Como já adiantado na petição que requereu o ingresso neste feito, o IDColetiva tem como escopo
trabalhar políticas públicas de fortalecimento da coalisão de pequenos credores (consumidores)
vitimados por recuperações ou processos falimentares de grandes forncedores de bens e consumo.
O Brasil, infortunadamente, enfrenta crise econômica aguda que já contaminou uma boa parte
das empresas fornecedoras de bens e serviços e aumentou vertiginosamente o número de recuperações
judiciais e processos falimentares.
São exemplos de bancarrotas paradigmáticos os setores de construção civil 1 e de serviços de

telecomunicação 2 . Em ambos os casos, há um forte contingente de consumidores habilitados como
credores de dívidas acumuladas pelas empresas em processo de recuperação/falência.
Afora o grupo de credores trabalhistas (com privilégios legais expressos) apoiados em

indenizações demissionais, consumidores também acumulam créditos indenizatórios normalmente
decorrentes de condençaões judiciais por inadimplemento contratual, danos materiais e morais.
Embora ambos sejam vulneráveis legalmente (trabalhadores e consumidores 3 ), fato é que os

consumidores não detém preferência legal para recobrarem seus créditos na forma do art. 83, da Lei n.
11.101/2005.
Resta aos consumidores concorrer na classe dos créditos quirografários (inciso VI, art. 83, da Lei de
Falências), em parelha ao(s) credor(es) dos valores previstos no artigo 1º, do Decreto-Lei n. 1.025/1969.
Procuradores da Fazenda, assim como as estruturas adminsitrativas custeadas pelo “encargo” em

questão, não detém crédito com benefício de ordem em processos falimentares.
Pesa contra a pretensão dos Procuradores que este encargo lhes beneficia em caráter suplementar,
uma vez que seus vencimentos estão resguardados mensalmente, em suas contas-salário.
Procuradores têm maior capacidade econômica de aguardar o transcurso de um processo judicial

para receberem seus “extras” de empresas devedoras.
Já aos consumidores, vivem situação diferente. Deveras diferente.
Créditos de consumidores contra massas-falidas e empresas recuperandas veiculam recursos

financeiros que indenizam perdas vinculadas à moradia e à manutenção de serviços essenciais.
Na bacia das almas, o efeito prático da fixação da tese nos recursos especiais representativos de
controvérsia em questão é colocar o crédito referente a encargo que beneficia os Procuradores na frente dos
demais credores, inclusive consumidores. Nada mais.
1
Como fonte, basta consultar os dados do Instituto Brasileiro de Estudos Financeiros e Imobiliários, IBRAFI (2015/2016),
disponíveis em <<https://www.ibrafi.org.br/>>.
2
Como fonte, basta consultar o estudo de Unisinos, Instituto Humanitas, de 2016.
3
Estes últimos, for força do art. 5º, XXXIV, CF.

Em tais circunstâncias, torna-se nítido que a pretensão dos Recursos Epeciais aninhados como
repetitivos é tutelar o interesse privado dos beneficiados pelo encargo, falecendo aí interesse fazendário.
De acordo com os artigos 19 a 21, do Decreto-Lei n. 147/1967, a Organização da Procuradoria Geral

da Fazenda Nacional não autoriza consultoria ou representação dos interesses de seus procuradores em
Juízo. Este caso sub judice é de exclusivo interesse dos Procuradores.
Como órgão da Administração Pública submetido às balizas do art. 37, caput, da CF/1988, a Fazenda
Pública não detém interesse jurídico em reclassificar como tributário o que a lei não definiu como tal. E, por
consequencia, não tendo natureza de tributo, o crédito, para fins de habilitação em recuperação ou falência,
deve ser classificado como quirografário.
A aberratio é ainda mais nítida quando a pretensão recursal deduzida pretende a quebra do benefício
de ordem no concurso de credores para inflingir prejuízos concretos a categorias como a dos consumidores.
O que se coloca à Corte, então, é que os Procuradores da Fazenda busquem a via judicial adequada e
em nome próprio para postularem tutela jurisdicional que prejudique outros credores quirografários no
curso de processo falimentar ou de recuperação.
A estratégia processual é lastimável e demosntra pouco espírito público a este corpo de procuradores
com função legal/constitucional tão relevante.
Em momentos de crise econômica, aliás, o setor público abraçou os princípios de colaboração e

reduziram seus ganhos4, ao contrário do comportamento demonstrado nestes Recursos Especiais.
Na linha da melhor doutrina5, é necessário que o STJ, Tribunal da Cidadania, proteja o cidadão comum
de atentados que gerem privilégios indevidos/ilegais em favor de quem quer se interponha em nome da
Administração Pública (ou da Fazenda).
Do lado dos consumidores que se enfileiram para receber indenizações de empresas falidas, é
claramente inaceitável a burla da ordem simplesmente para preferir os fundos dos Procuradores em
detrimento dos créditos dos consumidores (e famílias) brasileiros.
Daí porque, de antemão, este Instituto alerta para a indevida utilização de um Recurso Especial (assim
como de uma tese repetitiva) para beneficiar uma carreira específica de Estado. O Recurso não deveria ser
sequer admitido nas instâncias ordinárias, abrindo-se questão preliminar para sua extinção.
DA CORRETA CLASSIFICAÇÃO DO ENCARGO LEGAL OBJETO DESTES REPETITIVOS – PARA EFEITOS DE

CLASSIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS (DA LEI N. 11.101/2005):
4
FORD, Cristie. Principles-based securities regulation in the wake of the global financial crisis. McGill Law
Journal/Revue de droit de McGill, v. 55, n. 2, p. 257-307, 2010.
5
BARBOSA, Alice Mouzinho. Cidadania fiscal. Jurua Editora, 2005.

A correta classificação da natureza jurídica dos encargos que beneficiam aos Procuradores está
definida na Lei. Sob a previsão da lei, não resta dúvida, tais créditos são quirografários.
A Lei de Recuperação Judicial enxergou o fato tributário decotando quais créditos detém
privilégio, quais não, por força do que definiu o Legislador.
É de clareza solar o que dispõe o artigo 83, III, da Lei Brasileira de Falências:
“Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:

I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta)
salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho;
II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado;
III - créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição,
excetuadas as multas tributárias;
IV – créditos com privilégio especial, a saber:
a) os previstos no art. 964 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta
Lei;
c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa dada em
garantia;
d) aqueles em favor dos microempreendedores individuais e das microempresas e
empresas de pequeno porte de que trata a Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de
2006 (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
V – créditos com privilégio geral, a saber:
a) os previstos no art. 965 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
b) os previstos no parágrafo único do art. 67 desta Lei;

c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta
Lei;
VI – créditos quirografários, a saber:
a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo;
b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao
seu pagamento;
c) os saldos dos créditos derivados da legislação do trabalho que excederem o limite
estabelecido no inciso I do caput deste artigo;
VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou
administrativas, inclusive as multas tributárias;
VIII – créditos subordinados, a saber:
a) os assim previstos em lei ou em contrato;
b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício.
§ 1o Para os fins do inciso II do caput deste artigo, será considerado como valor do bem
objeto de garantia real a importância efetivamente arrecadada com sua venda, ou, no caso
de alienação em bloco, o valor de avaliação do bem individualmente considerado.
§ 2o Não são oponíveis à massa os valores decorrentes de direito de sócio ao recebimento
de sua parcela do capital social na liquidação da sociedade.
§ 3o As cláusulas penais dos contratos unilaterais não serão atendidas se as obrigações
neles estipuladas se vencerem em virtude da falência.

§ 4o Os créditos trabalhistas cedidos a terceiros serão considerados quirografários”.
Ora, in claris non fit interpretatio (AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1.053.104-DF; RELATOR :
MINISTRO SÉRGIO KUKINA, 1º de maio de 2017.
A Fazenda Pública (instituição) tem resguardado seu interesse na lida falimentar. Afinal, tributos
compõem um ativo de titularidade social.
Já um encargo orçamentariamente dirigido à categoria específica dos “advogados da fazenda” não

guarda o quilate de crédito prestigiado. É dinheiro que apenas engorda o bolso dos Procuradores e a
estrutura da própria procuradoria.
Pretender embutir os encargos do Decreto-Lei n. 1.025/1969 no rol dos créditos privilegiados nas
recuperações judiciais importa em, por via transversa, burlar a Lei Brasileira de Recuperação Judicial. É
criar um privilégio ilegal.
É lição antiga6 que o crédito tributário, uma vez constituído (lançado), encerra obrigação jurídica prevista
por lei que reconheça determinado fato como hipótese de incidência. Aliás, outra não é a redação do
artigo 114, do Código Tributário Nacional (CTN).
Já os Recursos Especiais em tela suscitaram uma confusão proposital entre multa/obrigações

acessórias/encargos para, ao final, induzirem o Judiciário em erro. Valendo-se do nome da “Fazenda

Nacional” visam emprestar caráter tributário ao que, em essência, não é.
O tema ventilado nos dois Recursos Especiais, em verdade, diz respeito com a qualificação jurídica
que a Lei de Falências atribuiu aos créditos diversos, e não à natureza jurídica propriamente dita dos
encargos aqui mencionados.
Daí porque, a forçosa tentativa de atribuir uma pseudo natureza de exação ao encargo do Decreto-
Lei n. 1.025/1969 denota a intenção de conferir privilégio a credor que não foi com ele contemplado pela
Lei de Recuperação Judicial.
Os devedores de tributos, quando inadimplentes, obrigam-se a pagar o encargo de 10 a 20% (vinte

por cento) sobre as condenações, que guarda reconhecido caráter de verba honorária advocatícia. Essa
natureza já foi diversas vezes reconhecida no âmbito dessa Corte, inclusive por ocasião do julgamento do
Recurso Especial Repetitivo de n. 1.143.320/RS, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Seção, DJe 21.5.2010, assim
ementado (grifos nossos):
6
DE BARROS CARVALHO, Paulo. Curso de direito tributário. Editora Saraiva, 1985.

PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO 543-C,

DO CPC. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL PROMOVIDA PELA FAZENDA NACIONAL.
DESISTÊNCIA, PELO CONTRIBUINTE, DA AÇÃO JUDICIAL PARA FINS DE ADESÃO A PROGRAMA
DE PARCELAMENTO FISCAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS (ARTIGO 26, DO CPC).
DESCABIMENTO. VERBA HONORÁRIA COMPREENDIDA NO ENCARGO DE 20% PREVISTO NO
DECRETO-LEI 1.025/69.
1. A condenação, em honorários advocatícios, do contribuinte, que formula pedido de
desistência dos embargos à execução fiscal de créditos tributários da Fazenda Nacional, para
fins de adesão a programa de parcelamento fiscal, configura inadmissível bis in idem, tendo
em vista o encargo estipulado no Decreto-Lei 1.025/69, que já abrange a verba honorária
(Precedentes da Primeira Seção: EREsp 475.820/PR, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki,
julgado em 08.10.2003, DJ 15.12.2003; EREsp 412.409/RS, Rel. Ministra Eliana Calmon,
julgado em 10.03.2004, DJ 07.06.2004; EREsp 252.360/RJ, Rel. Ministro Herman Benjamin,
julgado em 13.12.2006, DJ 01.10.2007; e EREsp 608.119/RS, Rel. Ministro Humberto Martins,
julgado em 27.06.2007, DJ 24.09.2007. Precedentes das Turmas de Direito Público: REsp
1.006.682/RJ, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 19.08.2008, DJe
22.09.2008; AgRg no REsp 940.863/SP, Rel. Ministro José Delgado, Primeira Turma, julgado
em 27.05.2008, DJe 23.06.2008; REsp 678.916/RS, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki,
Primeira Turma, julgado em 15.04.2008, DJe 05.05.2008; AgRg nos EDcl no REsp 767.979/RJ,
Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 09.10.2007, DJ 25.10.2007; REsp
963.294/RS, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, julgado em 02.10.2007, DJ
22.10.2007; e REsp 940.469/SP, Rel.Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em
11.09.2007, DJ 25.09.2007).
2. A Súmula 168, do Tribunal Federal de Recursos, cristalizou o entendimento de que: "o
encargo de 20%, do Decreto-Lei 1.025, de 1969, é sempre devido nas execuções fiscais da
União e substitui, nos embargos, a condenação do devedor em honorários advocatícios".
[...]
4. Consequentemente, em se tratando de desistência de embargos à execução fiscal de
créditos da Fazenda Nacional, mercê da adesão do contribuinte a programa de parcelamento
fiscal, descabe a condenação em honorários advocatícios, uma vez já incluído, no débito
consolidado, o encargo de 20% (vinte por cento) previsto no Decreto-Lei 1.025/69, no qual se
encontra compreendida a verba honorária.
[...]
6. Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do artigo 543-C, do CPC, e da
Resolução STJ 08/2008.
(REsp 1143320/RS, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/05/2010, DJe
21/05/2010)
Honorários, aliás, de quem é servidor público e já recebe da União para prestar seus serviços.
A natureza de verba honorária sucumbencial está escancarada na Lei n. 13.327/2016 e passou a

ser conhecida como o maior privilégio aos procuradores já produzido neste País.

Fosse outra a destinação desta verba, como defendiam alguns7 (dando-lhe destinação à Conta
Única do Tesouro recolhedor), teria procedência a tese dos Procuradores. Mas, a leitura dada com o Novo
Código de Processo Civil e com a Lei n. 13.327/2016 não deixou sombra de dúvidas: o “encargo” do
Decreto-Lei é fator componente majoritário dos discutíveis honorários dos Procuradores.
Não há opinião8 que divirja desta natureza jurídica da exação:
“Além dos salários e garantias próprias da respeitável carreira pública, os agentes

beneficiados passarão a receber honorários de sucumbência (até 20% da dívida), antiga
verba indenizatória do vencedor do processo e mais as duas taxas da União,
desequilibrando a similitude com as categorias equivalentes e colocando em risco o teto
constitucional dos salários públicos. A nova lei pode abrir espaço para que outros agentes
públicos da arrecadação pleiteiem percentuais sobre o resultado financeiro de seu
trabalho. A sociedade organizada vai validar socialmente essas mudanças?”
Respondendo ao artigo do Professor José Jácomo Gimenes, acima, a sociedade organizada não
valida socialmente a tentativa de que – a despeito do privilégio legal criado – ainda venham os senhores
procuradores pedirem preferência para receberem honorários na frente de consumidores!
Por fim, o simples fato de pequena (e não especificada) parte do valor do encargo em questão ser
direcionado ao aparelhamento da Fazenda Nacional para fomentar a cobrança judicial de tributos (Lei
7.711/88) não tem o condão de conferir-lhe natureza tributária.
Ora, é sabido que os tributos devem corresponder às regras matrizes constitucionais,

notadamente no tocante ao elemento material (hipótese), pessoal (sujeito ativo) e quantitativo. No caso
do encargo em discussão, é inócua a tentativa da Fazenda em classifica-lo como taxa, em especial por
força da contrariedade ao disposto no artigo 145, § 2º da CF/88, que veda a instituição de taxa com base
de cálculo própria de imposto, e da falta de relação da base de cálculo com o efetivo custo da atividade
estatal supostamente fomentada pelo encargo em questão.
Nenhuma dessas questões foi discutida por esta E. Corte Superior por ocasião da edição da Súmula
400/STJ. Naquela assentada, foi analisada a temática sob o enfoque da classificação do encargo apenas
como verba honorária ou não. Entendeu-se, à época, que o fato de parte dos valores arrecadados ser
direcionado a um Fundo específico da união retiraria seu caráter de verba honorária, a fim de afastar a
incidência do artigo 208, § 2º do então vigente Decreto-Lei 7661/45. Em momento algum esta E. Seção
discutiu as especificidades que impedem a classificação do encargo como tributo e muito menos concluiu
que o referido encargo tem natureza tributária.
7
COSTA, José Rubens. Honorários da sucumbência: direito da Fazenda e não do Procurador Público. Boletim de
Direito Municipal, 2004.
8
http://www.conjur.com.br/2016-ago-18/jose-gimenes-lei-1332716-virou-base-transferencia-verbas

Dessa forma, não se sustenta a pretensão de classificar o referido encargo como tributo, para fins
de se obter tratamento privilegiado em detrimento dos consumidores, nas ações de recuperação judicial
e falência.
O IDCol, portanto, manifesta-se absolutamente contrário à tentativa engendrada nos Recursos

Especiais afetados como repetitivos, pugnado pela manutenção dos Acórdãos recorridos e pela fixação
da orientação jurisprudencial no sentido de que os créditos oriundos dos encargos previstos pelo artigo
1º do DL 1.025/69 são classificados como quirografários.
A POSTURA DOS COMITÊS E COALIZÕES DE CONSUMIDORES AFETADOS EM PROCESSOS DE FALÊNCIA OU

RECUPERAÇÃO JUDICIAL.
Em arremate, o IDCol reitera, como fez em seu pedido de adesão, que os consumidores carecem
de representatividade na coalisão que se forma nas assembleias de credores de Recuperações Judiciais
ou Falências.
Como política pública, esta Organização da Sociedade Civil tem se prontificado a fiscalizar a
formação de quadros de credores no tocante às tentativas de classificar créditos de modo errôneo,
sobretudo quando desprestigiam a categoria vulnerável de consumidores.
O quadro de crise econômica profunda já recai sobre os bolsos e o padrão de vida dos brasileiros.
Entretanto, o Código de Defesa do Consumidor veio a lume – com força constitucional – justamente para
permitir a facilitação da defesa do consumidor em juízo (art. 6º, VIII, CDC).
Pretensões como a presente – apresentada pelos Procuradores da Fazenda (travestidos de

“Fazenda Nacional”) atentam contra a proteção jurídica dos consumidores.
Não há justiça em preferir encargos de honorários de quem é ricamente remunerado pelos cofres
da União Federal em detrimento de indenizações que (sabe-se lá quando ou se) serão pagas por
fornecedores falidos ou em recuperação.
Admitir a preferência legal ordenada pela Lei de Falências Brasileira já é um martírio. Admitir a
burla desta ordem legal por quem deveria ter espírito mais solidário, é a pior das injustiças.
Ao seguir modelos estrangeiros, o IDCol logra dar “corpo” aos consumidores e – em iniciativas
como a presente – vocalizar seus anseios como categoria fraca e desorganizada no quadro geral de
credores das falências e recuperações.
O corporativismo dos Procuradores é forte, mas a organização civil dos consumidores existe e não
pode se calar diante de tamanho destempero.
Daí porque, o desprovimento destes Recursos Especiais aumenta as chances reais de que as
indenizações devidas aos consumidores sejam efetivamente pagas.

Sejam procuradores da fazenda ou quaisquer outros detentores de créditos quirografários que

intentem o mesmo caminho (burlesco), o IDCol se esforçará para zelar pelo interesse dos consumidores
credores duplamente prejudicados por fornecedores falidos ou em recuperação.
PEDIDOS
Considerando o expoto, pugna-se pelo recebimento das presentes razões e que essa Primeira
Seção rejeite a pretensão dos Procuradores da Fazenda, mantendo-se o entendimento pretoriano rígido
de que a verba do Decreto-Lei n. 1.025/1969 constitui crédito quirografário e sem privilégio no quadro
geral de credores formado em sede de Falência ou Recuperação Judicial.
Protesta, outrossim, pelo protocolo desta manifestação como memoriais a todos os Ministros do
Colegiado e ao Ministério Público Federal.
Belo Horizonte, 20 de Setembro de 2017.


(e-STJ Fl.390)
REsp 1.521.999/SP
CONCLUSÃO

Senhor Ministro SÉRGIO KUKINA (Relator) -fls. 381/389.
__________________________________________
em 21 de setembro de 2017
Código de Controle do Documento: 2D5CDEEA-9FA2-4DD2-A094-3ACB6E59D1A6
(e-STJ Fl.391)

Fls. ________
REsp 1521999/SP
CERTIDÃO

22/09/2017.
Brasília-DF, 22 de setembro de 2017.


(e-STJ Fl.392)

Fl.__________
PRIMEIRA SEÇÃO
Números Origem: 00309402120114036182 00379508320138260100 0309402120114036182

20140000333036 20148859720148260000 20162230920148260000
20688352120148260000 3795083
PAUTA: 27/09/2017 JULGADO: 27/09/2017
Relator
Exmo. Sr. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. MARIA CAETANA CINTRA SANTOS
Secretária
AUTUAÇÃO
FALIDA
ADVOGADA : ADRIANA RODRIGUES DE LUCENA - ADMINISTRADOR JUDICIAL -
SP157111
INTERES. : ASSOCIAÇÃO NORTE E NORDESTE DE PROFESSORES DE
PROCESSO- ANNEP - "AMICUS CURIAE"
ADVOGADO : LILLIAN JORGE SALGADO E OUTRO(S) - MG084841
SUSTENTAÇÃO ORAL
Sustentaram, oralmente, os Drs. PAULO MENDES DE OLIVEIRA pela recorrente, e
WALTER JOSÉ FAIAD DE MOURA, pelo interessado INSTITUTO DEFESA COLETIVA.
CERTIDÃO
"Após as sustentações orais proferidas, pediu vista regimental o Sr. Ministro
Relator. Aguardam a Sra. Ministra Regina Helena Costa e os Srs. Ministros Gurgel de
Faria, Francisco Falcão, Herman Benjamin, Napoleão Nunes Maia Filho, Og Fernandes,
Benedito Gonçalves e Assusete Magalhães."
C54206515541<191<14551@ 2015/0071317-3 - REsp 1521999
Código de Controle do Documento: 02FF298A-181D-4AFC-9BF9-52FBCB9D9F00
(e-STJ Fl.393)
REsp 1.521.999/SP
RECEBIMENTO

Brasília, 03 de outubro de 2017.
__________________________________________
em 03 de outubro de 2017 às 17:09:10
(e-STJ Fl.394)
REsp 1.521.999/SP
CONCLUSÃO

Senhor Ministro SÉRGIO KUKINA (Relator) após pedido de
vista regimental, conforme certidão de julgamento à fl. 392..
Brasília, 03 de outubro de 2017.
__________________________________________
em 03 de outubro de 2017
Código de Controle do Documento: C3795E75-B2F5-4F79-BD04-66D7BF15CC80
(e-STJ Fl.395)

PRIMEIRA SEÇÃO
QO no
Número Registro: 2015/0071317-3 REsp 1.521.999 / SP
Números Origem: 00309402120114036182 00379508320138260100 0309402120114036182

20140000333036 20148859720148260000 20162230920148260000
20688352120148260000 3795083
EM MESA JULGADO: 13/12/2017
Relator
Exmo. Sr. Dr. FLAVIO GIRON
Secretária
QUESTÃO DE ORDEM
FALIDA
SP157111
CERTIDÃO
"A Seção, por decisão unânime, em conformidade com o disposto no art. 162, § 1º
do RISTJ e no art. 2º, § 3º da Resolução nº 4 de 20/4/2015, homologou o requerimento
formulado pelo Exmo. Sr. Ministra Sérgio Kukina, prorrogando o prazo para apresentação
do seu voto-vista."
Participaram os Srs. Ministros Francisco Falcão, Herman Benjamin, Napoleão
Nunes Maia Filho, Og Fernandes, Benedito Gonçalves, Assusete Magalhães, Regina
Helena Costa e Gurgel de Faria.
C54206515541<191<14551@ 2015/0071317-3 - REsp 1521999 Petição : 2017/00IJ106-1 (QO)
Código de Controle do Documento: 61360CDB-7284-48C4-84C5-20D28F5A1A46
(e-STJ Fl.396)

Fls. ________
REsp 1521999/SP
CERTIDÃO

Brasília-DF, 6 de março de 2018.

*Assinado por CAIO SILVA NAVA
Documento eletrônico juntado ao processo em 06/03/2018 às 09:43:29 pelo usuário: CAIO SILVA NAVA
em 06 de março de 2018 às 09:43:27

(e-STJ Fl.397)

Fls. ________
REsp 1521999/SP
CERTIDÃO

08/03/2018.
Brasília-DF, 8 de março de 2018.


em 08 de março de 2018 às 09:13:58
(e-STJ Fl.398)

Fls. ________
REsp 1521999/SP
CERTIDÃO


*Assinado por CAIO SILVA NAVA
Documento eletrônico juntado ao processo em 17/04/2018 às 08:42:49 pelo usuário: CAIO SILVA NAVA
em 17 de abril de 2018 às 08:42:42

(e-STJ Fl.399)

Fls. ________
REsp 1521999/SP
CERTIDÃO

23/04/2018.


em 23 de abril de 2018 às 09:01:53
(e-STJ Fl.400)

Fl.__________
PRIMEIRA SEÇÃO
Números Origem: 00309402120114036182 00379508320138260100 0309402120114036182

20140000333036 20148859720148260000 20162230920148260000
20688352120148260000 3795083
PAUTA: 25/04/2018 JULGADO: 25/04/2018
Relator
Exmo. Sr. Dr. MOACIR GUIMARÃES MORAES FILHO
Secretária
AUTUAÇÃO
FALIDA
SP157111
CERTIDÃO
"Prosseguindo no julgamento, após o voto do Sr. Ministro Relator negando
provimento ao recurso especial, pediu vista a Sra. Ministra Regina Helena Costa. Aguardam
os Srs. Ministros Gurgel de Faria, Herman Benjamin, Napoleão Nunes Maia Filho, Og
Fernandes, Benedito Gonçalves e Assusete Magalhães."
Ausente, ocasionalmente, o Sr. Ministro Francisco Falcão.
C54206515541<191<14551@ 2015/0071317-3 - REsp 1521999
Código de Controle do Documento: 581871B8-59B0-4777-B447-C333DAD0DB47
(e-STJ Fl.401)
REsp 1.521.999/SP
RECEBIMENTO

__________________________________________
Documento eletrônico juntado ao processo em 26/04/2018 às 14:16:25 pelo usuário: ELIANA DOS SANTOS MEDEIROS

*Assinado por ELIANA DOS SANTOS MEDEIROS
em 26 de abril de 2018 às 14:16:17
(e-STJ Fl.402)
REsp 1.521.999/SP
CONCLUSÃO
Faço estes autos conclusos para julgamento à Exma.

Senhora Ministra REGINA HELENA COSTA após pedido de
vista , conforme certidão de julgamento à fl 400..
__________________________________________
em 26 de abril de 2018
Código de Controle do Documento: 20139B52-BE23-4541-8DB9-6D2628F5BF6C
(e-STJ Fl.403)

Fls. ________
REsp 1521999/SP
CERTIDÃO

Brasília-DF, 5 de junho de 2018.


em 05 de junho de 2018 às 09:52:08
(e-STJ Fl.404)
REsp 1.521.999/SP
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao mandado judicial nº

000151-2018-CORD1S dirigi-me à(ao) SAF Sul Quadra 04
Lote 03 onde INTIMEI o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL,
Documento eletrônico juntado ao processo em 07/06/2018 às 17:58:42 pelo usuário: CRISTIANE APARECIDA VENTURA CINTRA OLIVEIRA
em 06/06/2018 às 17:47h, na pessoa de seu representante

legal, HINDEMBURGO CHATEAUBRIAND PEREIRA DINIZ
FILHO, o qual recebeu a contrafé que lhe ofereci e exarou
nota de ciente no original. Ante o exposto, junto a presente
certidão aos autos para surtir os devidos e legais efeitos. O
REFERIDO É VERDADE E DOU FÉ.
__________________________________________
STJ - SECRETARIA DOS ÓRGÃOS JULGADORES
CRISTIANE APARECIDA VENTURA CINTRA OLIVEIRA
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL - S069560
(e-STJ Fl.405)

Fls. ________
REsp 1521999/SP
CERTIDÃO

08/06/2018.
Brasília-DF, 8 de junho de 2018.


em 08 de junho de 2018 às 09:45:17
(e-STJ Fl.406)
REsp 1521999/SP (2015/0071317-3)
CERTIDÃO
Processo aguardando julgamento na sessão do dia

20.06.2018, em continuidade à sessão do dia 13.06.2018.
Brasília, 15 de junho de 2018

*Assinado por KEILA SOARES DE ARAÚJO LOPES
em 15 de junho de 2018 às 09:44:22
Documento eletrônico juntado ao processo em 15/06/2018 às 09:44:30 pelo usuário: KEILA SOARES DE ARAÚJO LOPES
(e-STJ Fl.407)
REsp 1.521.999/SP
RECEBIMENTO

__________________________________________

em 21 de junho de 2018 às 12:44:05
(e-STJ Fl.408)

Fl.__________
PRIMEIRA SEÇÃO
Números Origem: 00309402120114036182 00379508320138260100 0309402120114036182

20140000333036 20148859720148260000 20162230920148260000
20688352120148260000 3795083
PAUTA: 13/06/2018 JULGADO: 20/06/2018
Relator
Exmo. Sr. Dr. MOACIR GUIMARÃES MORAES FILHO
Secretária
AUTUAÇÃO
FALIDA
SP157111
ADVOGADOS : LEONARDO JOSÉ RIBEIRO COUTINHO BERARDO C.DA CUNHA -
PE016329
FREDIE SOUZA DIDIER JUNIOR - BA015484
CERTIDÃO
"Prosseguindo no julgamento, após o voto-vista da Sra. Ministra Regina Helena
Costa acompanhando o voto do Sr. Ministro Relator, pediu vista o Sr. Ministro Gurgel de
Faria. Aguardam os Srs. Ministros Herman Benjamin, Napoleão Nunes Maia Filho, Og
Fernandes, Benedito Gonçalves e Assusete Magalhães."
C54206515541<191<14551@ 2015/0071317-3 - REsp 1521999
Código de Controle do Documento: F771CA0E-4482-4C34-8DA3-A4AFF09158B0
(e-STJ Fl.409)
REsp 1.521.999/SP
CONCLUSÃO

Senhor Ministro GURGEL DE FARIA após pedido de vista ,
conforme certidão de julgamento à fl. 408..
__________________________________________
em 22 de junho de 2018
Código de Controle do Documento: B480EAE0-C4CD-423E-B76F-49FCC0C7337C

REsp 1521999

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REsp 1521999

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PODER JUDICIÁRIO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

REsp 1521999/SP (2015/0071317-3)

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio

A UNIÃO (FAZENDA NACIONAL), por sua procuradora ¡n fina

Em cumprimento ao artigo 525, inciso I e li do Código de Processo

formado por cópia intentaI dos autos da habilitacão de crédito.

Documento eletrônico recebido da origem

PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Deixa-se de junlar a Procuração da Agravante, lendo em vista que a

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2014885-97.2014.8.26.0000 e o código 62DBE8.

Por Oportuno, para fim de aferição da tempestiviclade do presente

(artigo 20, da Lei n° 11.033/2004 e artigo 38, da Lei Complementar n° 73/93).

Termos em que, pede deferimento.

São Paulo/Sq, jde fevereiro de 2014.

Paulo Eduardo D' Elia Azambuja

Documento eletrônico recebido da origem

PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2014885-97.2014.8.26.0000 e o código 62DBE8.

A intimação da União é feita pessoalmente ao procurador da

Destarte, considerando que os autos foram remetidos em carga na

Documento eletrônico recebido da origem

PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

A União (Fazenda Nacional) ajuizou pedido de habilitação em face

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2014885-97.2014.8.26.0000 e o código 62DBE8.

A Fazenda Nacional manifesta discordância quanto a inclusão do

crédito referente ao encargo legal, classificado como crédito quiroqrafário, tendo

Conforme será demonstrado a seguir, o crédito referente ao encargo

O art. 1 do Decreto Lei 1.025/69 instituiu no direito posilivado o

"Art 10 Ê declarada extinta a participação de servidores

PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

executado a ser recolhida aos cofres públicos como

Clara foi a intenção do legislador em definir o encargo legal como

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2014885-97.2014.8.26.0000 e o código 62DBE8.

"Art. 4° A partir do exercício de 1989, o produto da

PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

i2Z excluídas as transferências tributárias constitucionais

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2014885-97.2014.8.26.0000 e o código 62DBE8.

Depois, nos termos do art. 3° da Lei 7.711/88, os recursos desse

"...j à implementação, desenvolvimento e modernização de

Documento eletrônico recebido da origem

PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Ou seja, a intenção dos recursos referentes ao encargo legal é servir

Neste sentido, em decisão recente, Recurso Especial n°

1.327.067/DF de relataria do mo. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2014885-97.2014.8.26.0000 e o código 62DBE8.

"PROCESSUAL CIVIL E FINANCEIRO. FALÊNCIA. HABILITAÇÃO

A Primeira Seção do STJ, ao julgar o REsp 1.304.076/SP (Rel.

PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Das parcelas ou rubricas que compõem os créditos tributários,

https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2014885-97.2014.8.26.0000 e o código 62DBE8.

Ante o exposto SEQUER a Fazenda Nacional, que o encargo legal

Termos em que, pede deferimento.

São Paulo/SP, 3 de fevereiro de 2014.

Paulo Eduardo D' Elia Azambuja

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https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2014885-97.2014.8.26.0000 e o código 62DBE8.

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