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INTRODUÇÃO
Dos cantos épicos o mais célebre, das obras fundacionais da literatura ocidental
talvez a mais conhecida,A Odisséia, obra surgida ao longo de uma secular tradição oral
e consolidada até nós pelas mãos de Homero, segue seu caminho como um dos
clássicos inescapáveis da literatura universal.Tida em partes como uma continuação da
Ilíada,o épico que foca na jornada de Odisseu para voltar a sua pátria, persiste em
manter seu fascínio junto ao público leitor mesmo após3 mil anos de história, que
elevaram o nome do poema a sinônimo para aventuras e épicas.
Não é para menos o valor de cânone que o poema homérico tem para a cultura
ocidental como um todo, sendoreverberada através dos séculos até os dias atuais.
Antes, com seu valor mítico-religiosode caráter fundacionalpara os caráteres básicos
da história nacional grega clássica, e ao longo do tempo,sempre recebendoleituras nas
diferentes culturas que compreendem o Ocidente, tendo na Odisséia uma herança
basilar.
Mesmo com uma trama que começa in media res, ou seja, não seguindo uma
ordem linear, essa divisão “em três atos” da Odisséiacomo se pode assumir,tem uma
estrutura ainda hoje vastissimamente explorada não só pela literatura, mas como por
outras artes de caráter narrativo. Assim, se apresenta a história por um ponto de vista
de iniciação para o garoto Telêmaco, passado para o desenvolvimento do personagem
de Odisseu e a sua constituição como um herói de grande astúcia, até um desfecho em
que, valendo-se do tema da vingançabusca a Justiça.
DESENVOLVIMENTO
Lá, onde Odisseu deveria falar com o oráculo Tirésias, o herói se tem com vários
outros guerreiros célebres como Agamenón, Aquiles, Ajax e grandes mulheres da
mitologia. É preciso lembrar que esta passagem não é em vão, vista que não apenas
serve como um recurso narrativo de recapitulação de vários acontecimentos
importantes, com o intuito de não perder o leitor (ou o grego que ouvia o poema
cantado pelos aedos), como de celebrar os grandes mitos nacionais. Fato tal que
contribuía para a formação do povo.
CONSIDERAÇÕES
Tal maestria lhe regala um patamar crucial e não alcançando outras sagas de
viagens, como a Argonautica de Apollonio de Rhodes, por exemplo. De fato, pode ser
mesmo injusta a comparação, visto que a sua própria figura de Homero ser dada muito
mais como mítica do que da de um personagem real. Afinal, como concorrer com a
personificação direta da mitologia de um povo?
As duas obras de Homero, como dito anteriormente, acaba por manter uma
estreita relação, chegando a se considerar a Odisséiamesmo como uma continuação
da épica protagonizada por Aquiles, vistoas constantes referências que se repetem
tanto aos eventos passados em Tróia, como o Destino posterior de outros heróis que
lutaram pela Grécia. Contudo, se divergem na essência do tom, se sobressaindo a
Odisséia pelo carisma universal do herói que cativa o leitor por seus sofrimentos e
vitórias e caráter, nobreza e humildade de caráter tão humano.