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RESUMO
Considerando a desenfreada expansão do setor privado na educação superior no Brasil, durante o go-
verno de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), e a concretização de dois mandatos de Luiz Inácio
Lula da Silva (Lula) (2003-2010) primeiro operário a chegar à presidência da república, com a promessa
de contenção das rotuladas políticas neoliberais de seu antecessor; será que no governo de Lula houve
redução da expansão do setor privado no atendimento da educação superior? O presente artigo aborda as
políticas adotadas por esses dois presidentes em torno da expansão do ensino superior privado, a partir de
XM[Y]Q[I\M~ZQKILMK]VPWJQJTQWOZnÅKWMV^WT^MVLWIVnTQ[MLMLILW[[MK]VLnZQW[
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RESUMEN
Considerando la desenfrenada expansión del sector privado en la educación superior en Brasil durante
el gobierno de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), y los dos mandatos de Luiz Inácio Lula da
Silva (Lula) (2003-2010), primer presidente en llegar a la presidencia de la república con la promesa de
contener las políticas neoliberales establecidas por el gobierno anterior, ¿será que durante el gobierno de
Lula se redujo la expansión del sector privado en la educación superior? El presente artículo analiza las
políticas adoptadas por esos dos presidentes en torno de la expansión de la educación superior privada a
XIZ\QZLM]VIQV^M[\QOIKQ~VLM\QXWJQJTQWOZnÅKWaIVnTQ[Q[LMLI\W[KWUXTMUMV\IZQW[
ABSTRACT
Taking into consideration the rampant expansion of the private sector in higher education in Brazil du-
ring the government of Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), and the two administrations of Luiz
1VnKQW4]TILI;QT^I4]TI\PMÅZ[\XZM[QLMV\_PWXZWUQ[ML\WZM[\ZIQVVMWTQJMZITXWTQKQM[
M[\IJTQ[PMLJa\PMXZMKMLQVOILUQVQ[\ZI\QWV?I[XZQ^I\M[MK\WZM`XIV[QWVQVPQOPMZML]KI\QWVZMITTaZML]-
ced during Lulla’s government? This article analyzes the policies adopted by these two presidents related
to the expansion of higher private education based on a bibliographic research and analysis of additional
LI\I
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)ZMNWZUI]VQ^MZ[Q\nZQILM! ZMITQbILI[L]ZIV\MWZMOQUMUQTQ\IZM`\QVO]Q]I[Kn\MLZI[^Q\ITyKQI[+WVNWZUM*WUMVa!!WKI\M-
LZn\QKWVrW[~LMÅVQIW[KIUXW[LMM[\]LWW[Uu\WLW[I[MZMUXZQ^QTMOQILW[MI[Y]M[\M[I[MZMUXMZ[MO]QLI[UI[\IUJuULM\QVPII]-
toridade político-administrativa, sendo avalista e/ou censor das demandas existentes para ingresso no magistério superior (Bomeny, 1994:
,MIKWZLWKWU:WJMZ\W4WJW+WMTPW!!¹W[Q[\MUIMZIZMXZM[[WZMUZMTItrWIW[VW^W[\ITMV\W[MZI]UWJ[\nK]TWoUMTPWZQILW
MV[QVW[]XMZQWZ8WZ\IV\WNWQ]UXI[[WVMKM[[nZQWMIKMZ\ILWIM`\QVtrWLW[Q[\MUILMKn\MLZI[MLI^Q\ITQKQMLILMLWKI\MLZn\QKWº6M[[M
[MV\QLWKWUWIXWV\I;KP_IZ\bUIV¹I:MNWZUI=VQ^MZ[Q\nZQIKWV[IOZW]MUTMQU]Q\I[LI[ZMQ^QVLQKItM[LW[XZWNM[[WZM[UIQ[I\Q^W[M
LWUW^QUMV\WM[\]LIV\QTLWXMZyWLWXZu)WLQILIKn\MLZINWQIJWTQLIM[]J[\Q\]yLIXMTW[Q[\MUIKWTMOQILWLMLMXIZ\IUMV\W[º,QIV\M
do contexto, a gestão colegiada por departamentos passou a ser vista, por alguns autores, como uma iniciativa democrática de descentra-
TQbItrWLMLMKQ[M[MLMIUXTQItrWLW[QV\MZTWK]\WZM[VI\WUILILMLMKQ[M[XIZILW`ITUMV\MQUXTIV\ILIL]ZIV\MWZMOQUMUQTQ\IZ8IZI
,]ZPIUW[LMXIZ\IUMV\W[KWV[\Q\]yIU[MMU]UINWZUILMWZOIVQbItrWKZQILIXMTI[]VQ^MZ[QLILM[IUMZQKIVI[UIQ[LMUWKZn\QKI
Y]MIKn\MLZIY]MWJ\M^MOZIVLM[]KM[[W^QVLWI[]J[\Q\]QZIKn\MLZIMUY]I[M\WLW[W[XIy[M[KWUI[ZMNWZUI[LILuKILILM[M\MV\I
-V\ZM\IV\W7TQ^MQZI!!!"Y]M[\QWVII¹XZM\MV[ILMUWKZIKQIKWTMOQILILW[LMXIZ\IUMV\W[º]UI^MbY]MWXWLMZLMKQ[~ZQWM[\IVW[
UQVQ[\uZQW[VWOW^MZVWNMLMZIT
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0WVL]ZI[ 8IZI 5IZ\QV[ W[ UMVW[ NI^WZMKQLW[ VrW da matricula e com a melhoria da qualidade edu-
usufruem da igualdade de oportunidade de acesso cacional, descumprido sistematicamente o preceito
ao ensino superior seja ele público ou privado, não KWV[\Q\]KQWVIT Y]M LM\MZUQVI o =VQrW I IXTQKItrW
por falta de vagas ou de reforma deste, mas por pro- UyVQUILM
VInZMILIML]KItrW
JTMUI[[WKQIQ[MLMÅKQwVKQI[LWMV[QVWN]VLIUMV\IT 8WZ UMQW LW[ LILW[ LW +MV[W LI -L]KItrW ;]-
6M[[M[MV\QLWI[LMÅKQwVKQI[VWMV[QVWXJTQKWÅbM- perior do ano 2000, publicado pelo INEP (Brasil,
ram que os setores sociais menos favorecidos fossem IXWLM[M^MZQÅKIZ]UIY]MLIVWVUMZWLM
discriminados no acesso ao ensino superior devido a IES privadas no período do governo Collor, devido
]UINWZUItrWM[KWTIZLMJIQ`IY]ITQLILM ao seu descompasso com o mercado de trabalho e
Após o regime militar ainda houve um gover- à ampliação da participação das IESXJTQKI[)VI-
no eleito indiretamente, o de Tancredo Neves que lisando os dados sobre a evolução do número de
UWZ\WIV\M[LIXW[[MM[]J[\Q\]yLWXWZ[M]^QKM2W[u instituições, por dependência administrativa, entre
;IZVMa! !!6IY]MTMXMZyWLW¹MV\ZM! M !!M!!^MZQÅKI[M]UI]UMV\WLM
VW
1993 o número de vagas oferecidas no ensino supe- número de IESXJTQKI[MLQUQV]QtrWLM
LI[
rior manteve-se relativamente estável, em torno de IESXZQ^ILI[
KWULMKTyVQWZMTI\Q^WLIXIZ\QKQXItrWLW ,ILW[ LW ZMNMZQLW +MV[W LW -V[QVW ;]XMZQWZ
[M\WZXZQ^ILWº5IZ\QV[ (Brasil, 2000b) também demonstra que entre 1990
O primeiro governante eleito democraticamente e 1992, houve uma queda no número de matrículas
o presidente Fernando Affonso Collor de Mello (Co- nas IES privadas e uma ampliação nas IES públicas,
llor), teve seu mandato suspenso e seus direitos políti- I[[QU KWUW IXWV\I ]U I]UMV\W LM
VW V-
cos cassados pelo Congresso Nacional, apoiado pelas mero de matriculados nas IES públicas e uma dimi-
UIVQNM[\ItM[ XWX]TIZM[ LW UW^QUMV\W LW[ ¹KIZI[ V]QtrWLM
LI[UI\ZyK]TI[VI[IESXZQ^ILI[)
XQV\ILI[º2 ,M IKWZLW KWU +WZJ]KKQ W OW- queda no número de matrículas no ensino superior
verno de Collor (1990-1992), diagnosticou distor- e no número de IES privadas (1991-1992), segundo
ções no ensino superior brasileiro como a formação alguns dirigentes de instituições de prestígio do país,
LMXZWÅ[[QWVIQ[LM[^QVK]TILILIOMZItrWLMZQY]MbI[ MUUI\uZQIX]JTQKILIVW2WZVITLW*ZI[QTQV\Q\]TILI
IQV[]ÅKQMV\MNWZUItrWVInZMILMKQwVKQI[M`I\I[M ¹=VQ^MZ[QLILM ^IbQI ZMÆM\M W LM[KWUXI[[W KWU W
o gasto excessivo em detrimento dos demais níveis mercado”, seria pela falta de capacidade das insti-
LMMV[QVW tuições em atender às novas exigências do mercado
8IZI[]XMZIZM[[M[WJ[\nK]TW[LWMV[QVW[]XMZQWZ LM\ZIJITPW7[XZWÅ[[QWVIQ[LMVy^MT\uKVQKW\QVPIU
Collor propôs a ampliação do acesso, respeito à IUM[UINIQ`I[ITIZQITLMXZWÅ[[M[Y]MM`QOQIUVy-
autonomia universitária, maior estímulo ao desen- vel superior, tornando a graduação pouco atrativa
volvimento de pesquisas mediante parcerias entre IW[KTQMV\M[;IUXIQW
universidades e empresas, ampliação dos programas Com a deposição do Governo Collor e a assunção
de pós-graduação e a capacitação e valorização dos de Itamar Franco, para atender à demanda da comu-
XZWÅ[[QWVIQ[ LI ML]KItrW -V\ZM\IV\W LM IKWZLW nidade acadêmica a Secretaria de Educação Supe-
com as análises e os dados apresentados por Cor- rior do MEC criou uma comissão para estabelecer as
bucci (2004), distante dessas propostas, o governo de diretrizes e viabilizar a implementação do processo
Collor não evidenciou preocupação com a expansão LMI^ITQItrWLI[]VQ^MZ[QLILM[JZI[QTMQZI[8ZWOZIUI
2
O termo caras pintadas refere-se ao fato de, naquele movimento, os jovens ganharem as ruas com o rosto pintado com as cores da ban-
LMQZIJZI[QTMQZI
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7 ¹8ZW^rWº MZI KWVKMJQLW VW [MV\QLW LM L]XTI político favorável para a expansão dos mercados
regulação do sistema: pelo Ministério e pelo mer- educacionais, possibilitaram uma grande expansão
KILW KWV[]UQLWZ LM ML]KItrW )[ QV[\Q\]QtM[ Y]M das IESXZQ^ILI[VW*ZI[QT
não obtivessem bons resultados nos exames seriam
NMKPILI[XMTW5QVQ[\uZQWW]XMTI¹UrWQV^Q[y^MTLW A expansão das IES privadas
UMZKILWº)QUXZMV[I\M^MXIXMTQUXWZ\IV\MVW[]- Além da Constituição Federal de 1988, que deter-
cesso dessa política pública; com os resultados em mina que o ensino seja mantido livre à iniciativa
mãos, ela elaborava o ranque das instituições e con- privada, desde que respeitadas as normas gerais
\ZQJ]yI [QOVQÅKI\Q^IUMV\M VW [MV\QLW LM KZQIZ ]U da educação e com a autorização e a avaliação do
imaginário social acerca da importância do exame poder público (Brasil, 1988), da LDB de 1996, que
:W\PMV" determinava a autorização e o reconhecimento de
Conforme Cunha (2003), como resultado da apli- cursos, bem como o credenciamento de instituições
cação do ENC, o governo FHC aplicou sanções a 12 de educação superior, prevendo sanções caso a ava-
cursos de Matemática e de Letras (foram proibidos TQItrWZM^MTI[[MLMÅKQwVKQI[Y]MVrWNW[[MU[IVILI[
de admitir novos estudantes), porém, essas sanções o governo de FHCXWZUMQWLWLMKZM\WV£LM
foram suspensas por medidas judiciais, sendo que 1997 (Brasil, 1997), estabeleceu a diferenciação ins-
apenas uma IES privada (localizada na periferia da \Q\]KQWVIT VI ML]KItrW []XMZQWZ +WV\MUXTILI VI
nZMIUM\ZWXWTQ\IVILW:QWLM2IVMQZWXMZLM]W[\I- Constituição e na LDB, essa diferenciação se con-
tus universitário, em função de um baixo desempen- cretizou com a criação dos centros universitários,
PWVII^ITQItrWXMTWOW^MZVW das faculdades integradas, das faculdades e dos ins-
A grande repercussão gerada por essa política titutos superiores ou escolas superiores, cada uma
de avaliação da educação superior no governo de com exigências e atribuições legais claramente de-
FHC, principalmente pelo ranqueamento das uni- ÅVQLI[-[[MIZKIJW]tWTMOITNI^WZMKM]IM`XIV[rW
versidades, possibilitou às IES privadas a utilização da educação superior realizada pelo setor privado,
dos resultados para a consecução de estratégias de ITuULI[]VQ^MZ[QLILM[KWUWXWLMUW[^MZQÅKIZVI
UIZSM\QVO <IQ[ M[\ZI\uOQI[ ^QVK]TILI[ IW KMVnZQW \IJMTI
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Os dados da tabela 1 mostram a expansão de governo FHC, porém em menor escala, atingindo
VW VUMZW LM IES no governo de FHC, no
KWU ]U ZM\ZIQUMV\W IQVLI VW VUMZW LM
qual predomina o crescimento do número de IES pri- IESM[\IL]IQ[MU]VQKQXIQ[
^ILI[7VUMZWLM IES privadas mais que dobrou Conforme Carvalho (2006), a evolução das matrí-
VM[[M XMZyWLW ÅKIVLW KWU M`XIV[rW LM
culas particulares apresentou trajetória ascendente nos
O número de IES federais também aumentou no governos de FHCNI\WLMUWV[\ZILWXMTI\IJMTI
1995 1 759 703 367 531 239 215 93 794 1 059 163
2002 3 479 913 531 634 415 569 104 452 2 428 258
Os dados da tabela 2 mostram que a expansão no A expansão das IES pela via privada foi uma ca-
número de matrículas no ensino superior quase do- ZIK\MZy[\QKILM[LMIV\M[LILuKILILW[IVW[-V\ZM
brou no governo FHCKWUKZM[KQUMV\WLM!
1980 e 1995 devido às diversas crises econômicas,
,MIKWZLWKWU;O]Q[[IZLQVILQ[\ZQJ]QtrWLI[ VrW PW]^M M`XIV[rW [QOVQÅKI\Q^I LM IES públicas
IES públicas e privadas, considerando o número de W] XZQ^ILI[ ,M[LM I [IVtrW LI LDB de 1996 e as
IES e o percentual de matrícula, tem-se constatado legislações subsequentes, houve um impressionante
a predominância das instituições privadas, conferin- crescimento do sistema, bastando apenas sete anos
do ao Brasil o maior índice de privatização entre os (1995-2002) para duplicar o número de matrículas
países da América Latina e um dos cinco mais altos *IZZMaZW
VWU]VLW Segundo Carvalho (2006) a política de ensino su-
Em 1994, das 851 IES!
MZIUXJTQKI[ perior no Brasil, principalmente no segundo manda-
M !
MZIU XZQ^ILI[ -U LI[ to do governo de FCH, mostrou aproximação com
IES ! !
MZIU XJTQKI[ M
os preceitos neoliberais, mantendo coerência entre
MZIU XZQ^ILI[ 6M[[M XMZyWLW LM WQ\W IVW[ I[ IES WLQ[K]Z[WMIXZn\QKI7[M\WZXJTQKWIXZWN]VLW]
XZQ^ILI[XI[[IZIULM
XIZI
;O]Q[[IZ- a parceria público-privada na disseminação de cur-
LQ" sos pagos de extensão e estreitando as relações en-
Segundo Sguissardi (2006), a expansão das IES \ZMN]VLItM[XZQ^ILI[M]VQ^MZ[QLILM[XJTQKI[8WZ
XZQ^ILI[\IUJuUu^MZQÅKILIVIM^WT]trWLI[UI- ÅU ^Q][M ZMIÅZUILI I WXtrW M[\IJMTMKQLI VW ZM-
\ZyK]TI[KZM[KMVLWLM
MU!!XIZI
MU gime militar nos anos 60, pelo estímulo à iniciativa
KWVNWZUMLILW[IXZM[MV\ILW[VIÅO]ZI XZQ^ILI
87
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Federal 60%
Privada 21%
Estadual 14%
Municipal 5%
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4]TI KWU I QV\MZQWZQbItrW LW[ KIUXQ LI[ =VQ^MZ- NWQ LM ! 0W]^M ]U I]UMV\W LM
VW V-
[QLILM[ .MLMZIQ[ 7 VUMZW LM U]VQKyXQW[ I\MVLQ- UMZW LM UI\ZyK]TI[ VW XZQUMQZW UIVLI\W +WU I
LW[XMTI[=VQ^MZ[QLILM[.MLMZIQ[XI[[W]LMMU implantação do REUNI, o número de matrículas,
XIZIIWÅVITLM,M[LMWQVyKQWLI VWÅVITLW[MO]VLWUIVLI\WLWOW^MZVW4]TIMU
M`XIV[rWNWZIUKZQILI[=VQ^MZ[QLILM[.MLMZIQ[ XI[[W]XIZI !]UI]UMV\WLM
e mais de 100 novos campi, que possibilitaram a ;MO]VLW )ZI]RW M 8QVPMQZW W REUNI foi
ampliação de vagas nas IES Federais e a criação de uma tentativa de dar resposta à crise do ensino su-
novos cursos (Brasil, 2007), conforme demonstrado perior, por meio de novos arranjos organizacionais e
VIÅO]ZI VW^W[UMKIVQ[UW[LMOM[\rWVIJ][KILIMÅKQwVKQI
O número de matrículas nas IES federais no iní- no gasto público, mediante contratos por resultados
cio do primeiro mandato do governo de Lula era de ÅZUILW[KWUI[=VQ^MZ[QLILM[.MLMZIQ[-[[INWQI
MU6WÅVITLM[M]XZQUMQZWUIVLI\W aposta do governo para resolver os problemas de ex-
em 2006, o número de matrículas em IES federais XIV[rWMUK]Z\WXZIbW
60
58
56
54
52
50
48
46
44
42
40
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
90
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3
,MIKWZLWKWUWIZ\QOWV LI4MQV£!*ZI[QTIQV[\Q\]QtrWY]MILMZQZIWPROUNIÅKIZnQ[MV\ILW[[MO]QV\M[QU-
XW[\W[MKWV\ZQJ]QtM[VWXMZyWLWLM^QOwVKQILW\MZUWLMILM[rW"11UXW[\WLM:MVLILI[8M[[WI[2]ZyLQKI[#11+WV\ZQJ]QtrW;WKQIT
[WJZMW4]KZW4yY]QLW#111+WV\ZQJ]QtrW;WKQITXIZI.QVIVKQIUMV\WLI;MO]ZQLILM;WKQIT#M1>+WV\ZQJ]QtrWXIZIW8ZWOZIUILM
1V\MOZItrW;WKQIT
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LM ZMKMJMZ LW [M\WZ XZQ^ILW XIZI ÅVIVKQIZ JWT[I[ Como pode-se observar na tabela 3, no ano de
LMM[\]LW[+WUJI[MVM[[IQVNWZUItrWNWQXW[[y^MT 2004, ano de criação do PROUNI o total de alu-
montar uma tabela de crescimento das matrículas nos matriculados em IESXZQ^ILI[MZILM!
nas IES privadas, em relação ao número de alunos e nenhum aluno bolsista do PROUNI 6W ÅVIT LW
com bolsas do PROUNIKWVNWZUM\IJMTI governo de Lula em 2010, o número de alunos em
Matrículas em cursos de graduação presenciais instituições privadas de ensino superior passou para
em instituições de educação superior privadas du- ! [MVLWJWT[Q[\I[LWPROUNI7]
rante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da [MRIMUPW]^M]UI]UMV\WLM!UI-
Silva (2003-2010), tomando como referência o ano triculas no setor privado se comparado com o ano de
da criação do PROUNI, incluindo total de alunos LW[Y]IQ[
NWQXZWXWZKQWVILWXMTWXZWOZI-
UI\ZQK]TILW[VM[[M8ZWOZIUI ma de bolsas do PROUNI
Tabela 3
92
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faz muito barulho para pouco resultado efetivo no parecido em números percentuais, no setor público
que diz respeito às universidades federais”, na medi- e no setor privado, conforme demonstrado na tabe-
LIMUY]M¹7OW^MZVW4]TIIV]VKQIVW^I[]VQ- TI ÅKIVLW XZ~`QUW LM
VW VUMZW LM IES
^MZ[QLILM[NMLMZIQ[KWUWWJZI[]Iº6WMV\IV\W¹! O aumento de instituições públicas, no período do
delas são resultado de fusão, desmembramento ou governo de Lula (2003 - 2010), foi de 71 instituições,
ampliação de instituições federais de ensino superior MVY]IV\WVWXZQ^ILWNWQLM QV[\Q\]QtM[7XMZ-
RnM`Q[\MV\M[º;W]bI" centual de IES públicas federais se manteve constan-
8IZI.ZQOW\\WI[XZWXW[\I[LMIUXTQItrWLW \ML]ZIV\MWOW^MZVWMU
ensino superior não se limitavam à ampliação da rede )[XWTy\QKI[ILW\ILI[XWZ4]TIÅbMZIUKWUY]M
XJTQKI8IZI[I\Q[NIbMZoLMUIVLIWOW^MZVWXZM- as matrículas nas IES tivessem um comportamento
viu a ampliação de acesso às IES privadas por meio LQNMZMV\MLM[M]IV\MKM[[WZ)[UI\ZyK]TI[MUQV[\Q-
de incentivos estabelecidos no programa PROUNI tuições públicas federais tiveram um percentual de
,M[[I NWZUI W OW^MZVW LM 4]TI KWV\ZQJ]Q] XIZI I crescimento maior que as IESXZQ^ILI[-VY]IV\WW
elevação do número de IES públicas e privadas, con- crescimento do número de matrículas em IES Fede-
NWZUMVUMZW[IXZM[MV\ILW[VI\IJMTI ZIQ[\M^M]UI]UMV\WLM
VI[IES privadas, o
Segundo dados do INEP a evolução do número I]UMV\WNWQLM
KWVNWZUMLILW[IXZM[MV\ILW[
de IES no governo de Lula teve um aumento muito VI\IJMTI
93
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-[[I[ XWTy\QKI[ ILW\ILI[ XWZ 4]TI JMVMÅKQIZIU I[ FHC, principalmente a partir da LDB de 1996, pro-
IES8JTQKI[.MLMZIQ[MXZQ^ILI[XWZuUW[VUMZW[LM porcionaram uma trajetória ascendente no número
matrículas nas IES públicas estaduais e municipais tive- de matrículas das IESXZQ^ILI[
ZIULM[MUXMVPWLQ^MZ[W6I[IES públicas estaduais, o No governo de FHC o percentual de matrículas
I]UMV\WNWQLMIXMVI[
MVY]IV\WVI[IES públi- em IESXZQ^ILI[[IT\W]LM
XIZI
UW[\ZIV-
KI[U]VQKQXIQ[PW]^M]UIZML]trWLM
do o crescimento do setor privado; houve também
O percentual de matrículas em IES privadas no uma queda do percentual de matrículas em IES fe-
governo Lula manteve-se praticamente estável, com LMZIQ[LM
XIZI
TQOMQZWI]UMV\WXI[[IVLWLM
VWQVyKQWLWXZQ- ,QIV\M LW[ LILW[ IXZM[MV\ILW[ XWLM[M IÅZUIZ
UMQZWUIVLI\WXIZI
IWÅVITLW[MO]VLW7]- que o governo Lula não conteve a expansão do setor
tro dado relevante, segundo as Sinopses Estatísticas privado, a tabela 5 mostra claramente que o cresci-
da Educação Superior do INEP (Brasil, 2012), é o mento no número de matrículas nestas instituições
XMZKMV\]ITLMUI\ZyK]TI[MU=VQ^MZ[QLILM[.MLMZIQ[ NWQ LM
MU [M] OW^MZVW [MVLW Y]M I \IJMTI
[MUIV\MZKWV[\IV\MMU
apresenta um crescimento no numero de IES priva-
LI[LM
Considerações finais O fato é que, enquanto no governo de FHC o
Nos governos que antecederam o governo de FHC, percentual de alunos matriculados nas IES priva-
os percentuais de matrículas em IES privadas man- LI[XI[[W]LM
VWQVyKQWLM[M]OW^MZVWXIZI
\Q^MZIU[MM[\n^MQ[MU\WZVWLM
KWUWXWLMU
VWÅVITLM[M]UIVLI\WVWOW^MZVWLM4]TI
[MZ^Q[\W[VI[ÅO]ZI[MQ[\WXIZIW[OW^MZVW[LM I M`XIV[rW LW [M\WZ XZQ^ILW NWQ LM
VW QVyKQW
Collor (1990-1992) e de Itamar Franco (1993-1994), LWUIVLI\WXIZI
VWÅVIT[MVLWY]MWyVLQKM
ZM[XMK\Q^IUMV\M;MO]VLW+IZ^ITPWM*IZZM- das IESNMLMZIQ[UIV\M^M[MMU
LW\W\IT-[\M[
yro (2008), as políticas de educação do governo de VUMZW[XWLMU[MZ^Q[]ITQbILW[VIÅO]ZI
21%
5% 12% 10%
3% 2%
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VW OW^MZVW LM 4]TI IXZW`QUILIUMV\M
LW A semelhança do cenário traçado por Anderson
crescimento das matrículas em IES privadas foi pa- (1995), ao analisar a expansão das orientações neoli-
trocinado pelo programa PROUNIW][MRIÅVIVKQI- berais na administração pública na Europa, nas dé-
do por recursos públicos, via isenção de impostos e cadas de 1980 e 1990, o estudo realizado permite
KWV\ZQJ]QtM[ IÅZUIZY]MQVLMXMVLMV\MUMV\MLIWZQMV\ItrWXWTy-
7[ LILW[ M[\I\y[\QKW[ IXZM[MV\ILW[ XMZUQ\MU IÅZ- tica dos governos de turno, seja PSDB ou PT, torna-
mar que, de forma paradoxal, o governo de Lula, dis- ram-se hegemônicos os princípios da administração
tante de ser inibidor da expansão do setor privado, foi pública gerencial e as orientações das principais
o grande patrocinador das IES privadas por meio do agências multilaterais, que acenam para a necessi-
PROUNI 7 OW^MZVW 4]TI VrW KWV[MO]Q] IUXTQIZ W dade de aproveitar as oportunidades oferecidas pelo
VUMZWLMUI\ZyK]TI[LW[M\WZM[\I\ITMU
VMU mercado, no tocante ao fornecimento de serviços
ZML]bQZIXZM[MVtILW[M\WZXZQ^ILWI
JMUKWUW públicos, por meio de uma prática gerencial baseada
XW\MVKQITQbW]WÅVIVKQIUMV\WLW[M\WZXZQ^ILWKWU em metas e desempenho e parcerias entre os setores
ZMK]Z[W[XJTQKW[,QIV\MLM[[IKWV[\I\ItrWXWLM[M XJTQKWMXZQ^ILW
TM^IV\IZ I PQX~\M[M LM Y]M W ÅVIVKQIUMV\W XJTQKW -V\ZM\IV\W ÅKI MU IJMZ\W ]UI Y]M[\rW N]VLI-
de matrículas no setor privado constitui-se numa es- mental na provisão de serviços de educação supe-
tratégia governamental que aliviou o setor privado rior, o estigma que prevalece sobre o setor privado
diante da taxa decrescente de crescimento no número de massas, no que se refere a sua baixa qualidade,
de matrículas, bem como do elevado número de vagas [MVLWVMKM[[nZQWMULMKWZZwVKQILQ[[W]UMÅKQMV-
WKQW[I[M`Q[\MV\M[<IV\WWOW^MZVWLM4]TIKWUWW te quadro regulatório do setor privado, que iniba a
de FHC, preservou o princípio adotado pelo regime I\]ItrWLW Y]M I 7ZOIVQbItrW LI[ 6ItM[ =VQLI[
UQTQ\IZ VI :MNWZUI =VQ^MZ[Q\nZQI LM ! Q[\W u W para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO)
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