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Direito Administrativo
Matheus Carvalho
REGIME JURÍDICO.
- Confere prerrogativas (Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Particular) e restrições (Pe-
rece da Indisponibilidade do Interesse Público) - São os SUPERPRINCÍPIOS, dos quais decorrem os outros
Princípios.
- Garrido Falla: Denomina tal circunstância de “o Binômio do direito administrativo” (prerrogativas e sujeições).
Maria Sylvia chama de “Bipolaridade do Direito Administrativo”.
(VUNESP - 2014 - DPE-MS - Defensor Público) A expressão regime jurídico-administrativo é utilizada para desig-
nar
a) os regimes de direito público e de direito privado a que pode submeter-se a Administração Pública.
b) o conjunto das prerrogativas e restrições a que está sujeita a Administração Pública e que não se
encontram nas relações entre particulares.
c) as restrições a que está sujeita a Administração Pública, sob pena de nulidade do ato administrativo, excluin-
do-se de seu âmbito as prerrogativas da Administração.
d) as prerrogativas que colocam a Administração Pública em posição de supremacia perante o particular, exclu-
indo-se de seu âmbito as restrições impostas à Administração.
Princípios decorrentes desses 02 (dois) Princípios (SUB-PRINCÍPIOS). Art. 37, caput, da CF: Princípios Cons-
titucionais da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.
LEGALIDADE. A Administração Pública só pode atuar conforme a lei, todas as suas atividades estão subor-
dinadas aos comandos legais. Diferentemente da Legalidade no âmbito do Direito Civil, onde o que não está proi-
bido está permitido (art.5°, II, CF). Por outro lado, na Legalidade Administrativa, o administrado só atuará com
prévia autorização legal, sem a qual a Administração não pode agir.
IMPESSOALIDADE (art. 37, § 1º, da CF). A Administração Pública tem que agir objetivamente em prol da
coletividade. Os atos de pessoalidade são vedados, o exercício da atividade administrativa é atribuição da Admi-
nistração e a ela são imputadas todas as condutas dos agentes públicos. Teoria do Servidor (agente público de
fato).
- As publicidades da Administração não poderão conter nomes de administradores ou gestores, serão mera-
mente informativas, educativas ou de orientação social.
OBS: O Novo CPC, define que a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarqui-
as e fundações de direito público gozarão em dobro para todas as manifestações processuais, a partir da sua
vista dos autos.
- A Impessoalidade é um dos Princípios mais cobrados das provas de tribunais. Vejamos um exemplo:
1. (FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO/MA - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador) 28. O Diretor Jurí-
dico de uma autarquia estadual nomeou sua companheira, Cláudia, para o exercício de cargo em comis-
são na mesma entidade. O Presidente da autarquia, ao descobrir o episódio, determinou a imediata demis-
são de Cláudia, sob pena de caracterizar grave violação a um dos princípios básicos da Administração
pública. Trata-se do princípio da
A) presunção de legitimidade.
B) publicidade.
C) motivação.
D) supremacia do interesse privado sobre o público.
E) impessoalidade.
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MORALIDADE. Maurice Hauriou, 1927: noção de Administração proba, a Moralidade Administrativa seria um
conjunto de regras extraídas da boa e útil disciplina interna da Administração. Representa um conjunto de valores
que fixam um padrão de condutas que deve ser observado na atividade administrativa, no sentido de que ela atue
com retidão de caráter, ética, honestidade, decência, lealdade, boa-fé.
- Não basta que as atividades da Administração estejam de acordo com a lei, essas atuações têm que ser condu-
zidas com Lealdade, Ética e Probidade.
Art.5°, LXXIII da CF/88 Ação Popular para controlar a Moralidade Administrativa dos agentes públicos.
- Exceções: Assuntos que tratem da segurança nacional; certos interesses sociais, ou de foro íntimo (privacidade,
intimidade).
EFICIÊNCIA. Introduzido pela EC 19/98, antes já era Princípio Infraconstitucional. A atuação da Administra-
ção deve ser:
Finalidade Pública Geral. Impõe que a atuação administrativa seja sempre voltada à coletividade, ao interes-
se público, nunca para atender interesses particulares.
Finalidade Pública Específica. Determinados atos devem atingir fins específicos. Se este ato é praticado para
atingir outro fim que não seja o seu fim específico, estará ferindo o Princípio da Finalidade Pública (desvio especí-
fico de finalidade).
Até que se prove o contrário os atos da Administração são legais e legítimos (presunção relativa, juris tan-
tum). Sua ilegalidade terá que ser provada, e até que se prove os atos serão válidos.
A Administração tem prerrogativa de controlar sua própria atuação para corrigir seus próprios atos. PODERÁ
anular o ato que ela mesma praticou, quando o ato estiver eivado de ilegalidade Súmula 346, STF: “A Admi-
nistração Pública pode declarar a nulidade de seus próprios atos”.
A Administração PODERÁ invalidar seus próprios atos eivados de ilegalidade (dos quais não se originam
direitos) e revogar atos por motivos de conveniência e oportunidade. Súmula 473, do STF: ”A Administração
pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam
direitos, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressal-
vada, em todos os casos, a apreciação judicial”.
Em todos esses casos de invalidação e revogação, o Poder Judiciário poderá ser provocado e deverá apreci-
ar os atos de invalidação e os de revogação. No entanto, a apreciação judicial restringe-se a aspectos formais,
não havendo controle de mérito, pois não se pode apreciar a conveniência e oportunidade da revogação. Daí o
caráter de não definitividade do autocontrole da Administração, que não faz coisa julgada.
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Lei 9.784/99, art. 53 Processo Administrativo Federal: “A Administração DEVE ANULAR seus próprios
atos, quando eivados de vícios de legalidade e PODE REVOGÁ-LOS por motivos de conveniência ou oportunida-
de, respeitados os direitos adquiridos”.
Princípio da Motivação.
Em regra, a Administração deve enunciar as razões que a levaram a expedir determinado ato. Incisos IX e X,
do Estatuto da Magistratura: As decisões administrativas no exercício de função atípica do judiciário devem ser
fundamentadas.
Entende-se por Motivo a razão de fato ou de direito que autorizou ou determinou a prática de um ato. Já a
Motivação se trata da Exigência de explicitação, de enunciação dos motivos.
Exceções ao Princípio da Motivação: A Exoneração ad nutum, que se refere àquela aplicável aos ocupan-
tes de cargo em comissão, prescinde de motivação. Entretanto, se a Administração motivar ato que poderia não
ser motivado, estará vinculada aos motivos que explicitou. Os motivos vinculam todo o ato, e se não forem respei-
tados, o ato poderá ser apreciado pelo Judiciário (Teoria dos Motivos Determinantes). Ex. agente destituído por
improbidade, esta deverá ser provada.
Os meios adotados pela Administração, voltados a atingir determinados fins, devem se apresentar como:
Princípio da Continuidade.
Estampado no art. 6º, §1º, da lei 8.987/95, define que a atuação administrativa deve ser ininterrupta.
Ressalva 1 – o servidor público tem direito de greve que será exercido nos termos de lei específica. Enquanto
não houver lei específica para regulamentação, fará greve nos moldes da Lei Geral de Greve, no entendimento do
STF.
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Serviço Público Federal (CONDSEF) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social da
Central Única dos Trabalhadores (CNTSS/CUT) e outra petição (ação declaratória) ajuizada pela União. O Min.
Relator considerou legal a greve, fazendo uma análise do ordenamento jurídico, da interdependência dos Pode-
res, do direito de greve e do princípio da dignidade humana. Assim, afirmou que, embora o termo de acordo firma-
do não configure acordo ou convenção coletiva de trabalho, não tenha força vinculante, nem seja ato jurídico per-
feito em razão dos princípios da separação dos Poderes e da reserva legal (arts. 2º, 61, § 1º, II, a e c, e 165 da
CF/1988), constitui causa legal de exclusão da alegada natureza abusiva da greve, nos termos do inciso I do pa-
rágrafo único do art. 14 da Lei n. 7.783/1989. Quanto ao pagamento dos vencimentos durante o período de parali-
sação, o Min. Relator ressalvou ponto de vista quanto à natureza da disciplina legal e constitucional do servidor
público, a exigir um mínimo de regramento para a criação de um fundo destinado a fazer frente à não percepção
de vencimentos durante a suspensão do vínculo funcional, o que, pela sua excepcionalidade, poderia justificar a
não suspensão do pagamento. Entretanto, assevera que não há como ignorar a jurisprudência do STF e a nature-
za particular de necessidade da formação desse fundo devido à suspensão do vínculo funcional no período de
greve. Diante desses argumentos, entre outros, a Seção declarou a legalidade da paralisação do trabalho, deter-
minando que a União se abstenha de promover qualquer ato que possa acarretar prejuízo administrativo funcional
e financeiro aos grevistas, mas que haja regular compensação dos dias paralisados sob pena de reposição ao
erário dos vencimentos pagos, nos termos do art. 46 da Lei n. 8.112/1990. Precedentes citados do STF: AI
799.041-MG, DJe 31/5/2010; RE 456.530-SC, DJe 31/5/2010; RE 480.989-RS, DJe 11/5/2010; RE 538.923-PA,
DJe 16/3/2010, e MI 3.085-DF, DJe 1º/9/2010. MC 16.774-DF, Pet 7.920-DF, e Pet 7.884-DF, Rel. Min. Hamilton
Carvalhido, julgados em 22/9/2010 (ver Informativo n. 440).
Ressalva 2 – o art. 6º, §3º, da lei 8.987/95, permite a interrupção do serviço por razões de ordem técnica e
por motivo de inadimplemento do usuário em situações de urgência, ou se houver prévio aviso.
A razoabilidade orienta a atuação administrativa dentro dos padrões de conduta aceitos pela sociedade.
Normalmente aplicado na prática de atos discricionários, quando o agente público tem margem de escolha, com
base em critérios de oportunidade e conveniência.
Entende-se que a Proporcionalidade é inerente à Razoabilidade e diz respeito à adequação entre fins e mei-
os para a prática de atos administrativos. Veja como isso pode ser cobrado em prova de carreiras jurídicas.
2. (VUNESP - 2014 - TJ-SP – Juiz) No que diz respeito ao princípio da razoabilidade, é correto afirmar que
A) demanda que o administrador escolha sempre a maneira mais correta de atender ao interesse público, desca-
bendo a utilização de critérios subjetivos e pessoais.
B) o administrador pode atuar de acordo com os seus valores pessoais, adotando providências administrativas de
acordo com o seu entendimento, desde que fundamentado de forma razoável.
C) é ele sinônimo do chamado princípio da proporcionalidade.
D) é ele ligado intrinsecamente à racionalidade, subsumindo-se ao princípio da supremacia do interesse público
sobre o do particular.
*PODERES ADMINISTRATIVOS*
CONCEITO.
- Conjunto de medidas, meios ou instrumentos dos quais se valem os sujeitos da Administração Pública como
necessários ao desempenho de suas próprias atividades administrativas.
- São Poderes Instrumentais utilizados como meios para satisfação do interesse público, enquanto dever da admi-
nistração, sem os quais a mesma não atuaria, eles são inerentes à Administração Pública, nascem com ela (Po-
der-Dever). São Poderes Jurídicos, criados pelo Direito.
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- Hely Lopes: Poder que a ordem jurídica confere à Administração para expedir atos de sua competência, cujos
elementos e requisitos já vêm previamente estabelecidos por lei. Confere à Administração uma competência para
expedir atos vinculados ou regrados, no âmbito dos quais a Administração não goza de nenhuma liberdade admi-
nistrativa, devendo expedi-los sem ponderações.
- OBS: Alguns autores (Maria Sylvia) negam a autonomia desse Poder, sob o argumento de que ele só impõe
sujeições e limitações à Administração, que não terá liberdade na prática do ato.
PODER DISCRICIONÁRIO.
- Concede à Administração certo espaço, com possibilidade de ponderações e escolhas na prática do ato. Pode
deliberar a respeito do motivo e do objeto do ato, quando a lei deixar alguns dos elementos para prática de um ato
para que a Administração atue de forma mais livre, com possibilidade de tomada de mais de uma decisão.
- Entretanto, a Administração deve adotar, dentre os vários motivos e objetos possíveis, o mais benéfico. Nunca
poderá escolher qualquer objeto ou motivo. É uma liberdade relativa, condicionada.
- OBS: O Judiciário pode fazer o controle de mérito, não de forma ampla, mas dentro do contexto dos princípios
constitucionais.
PODER HIERÁRQUICO.
- Confere à Administração uma capacidade para ordenar, coordenar, controlar, corrigir, delegar (quando conveni-
ente) e avocar suas funções. Este Poder estabelece a relação hierárquica entre órgãos do mesmo âmbito e esca-
lão da Administração e a divisão de competências.
Capacidade de Controlar. Controlar o próprio desempenho dos agentes público, fazendo também com que
sejam observadas as leis e instruções necessárias ao cumprimento das funções.
Capacidade para Corrigir (AUTOTUTELA). Invalidar atos ilegais e revogar atos que não sejam mais conve-
nientes e oportunos ao interesse público.
Capacidade para Delegar Atividade ou Função Administrativa. Art. 12, da Lei 9.784/99, do Processo Ad-
ministrativo Disciplinar. Poderá haver quando for conveniente e não houver impedimento legal (delegar competên-
cia para julgamento de recurso administrativo; para edição de atos normativos ou quando o ato deva ser praticado
com competência exclusiva), mesmo entre órgãos de igual ou inferior escalão, mesmo que o órgão ou o agente
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delegado não sejam subordinados ao órgão ou agente delegante. A delegação é regra, sendo sua proibição uma
excepcionalidade. OBS: O responsável pelo ato será o agente que recebeu a delegação (delegado).
Capacidade para Avocar. Art. 15, da Lei 9.784/99. É o chamamento da competência pela autoridade que
não era, originariamente, competente para prática ato, tirando a competência da autoridade que assim o era. É
excepcional, só será possível quando permitida por lei. A autoridade avocante deverá ser superior à autoridade
avocada. Deve ser justificada e temporária. O Poder Hierárquico está presente somente em âmbito interno (poder
de organização interna). Entre os órgãos da Administração Direta e dentro dos próprios órgãos da Administração
Indireta. Não há Poder Hierárquico de órgão da Administração Direta sobre órgão da Administração Indireta, tam-
pouco de uma entidade da Administração Indireta sobre outra entidade da Administração indireta, já que não há
Poder Hierárquico no âmbito externo. OBS: Não é controle de subordinação o que ocorre da Administração Direta
sobre a Indireta. É um controle finalístico (incide sobre os fins e objetivos, nunca sobre os meios) para o qual foi
criada a entidade da Administração indireta: Tutela Administrativa. No âmbito da União: supervisão Ministerial
(as entidades da Administração indireta se vinculam a um Ministério).
Importa sempre ressaltar que o Poder Hierárquico é poder interno, não se manifestando entre pessoas
jurídicas diferentes. Veja como já se manifestou o STJ:
Poder Regulamentar. É atribuído exclusivamente às Chefias do Executivo para executarem fielmente a lei (regu-
lamento de execução), regular matéria não reservada à lei (regulamento autônomo) ou disciplinar internamente,
em caráter geral e abstrato, as atividades cometidas ao Executivo (regulamento administrativo).
PODER DISCIPLINAR.
Aplicação de penalidades a todos aqueles que possuam vínculo especial com o Poder Público, como os servido-
res públicos e contratados pela Administração. A aplicação das penalidades depende de respeito ao Devido Pro-
cesso Legal, no qual sejam respeitados o Contraditório e a Ampla Defesa.
PODER DE POLÍCIA.
- Conceito Amplo. Toda e qualquer atividade desempenhada pelo Estado e dirigida a se restringir as liberdades
individuais. Alcança os Poderes Executivo e Legislativo. Mesmo uma lei que venha a restringir uma liberdade seria
decorrente do Poder de Polícia.
- Conceito Estrito. O Poder de Polícia é toda atividade administrativa exercida pelas entidades, órgãos e agentes
da Administração Pública para limitar e condicionar o exercício das liberdades individuais e o uso, gozo e disposi-
ção da propriedade, visando adequá-los e conformá-los aos interesses públicos e bem-estar geral da coletividade.
É um Poder de Polícia Administrativa.
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Objeto do Poder de Polícia. Um bem, direito ou atividade exercida pelo particular, serão limitados pelo Po-
der de polícia da Administração que, entretanto, não poderá abolir os direitos dos administrados, apenas limita-los
de modo que não ponham a coletividade em risco.
Manifestação: É uma atividade administrativa manifestada através de atos com destinatários indetermina-
dos, gerais ou abstratos, individuais ou concretos; de prevenção ou fiscalização.
O Poder de Polícia, em regra, é discricionário. No entanto, a Administração não pode ficar inerte, tem que
exercê-lo, tem o dever de responder, decidir a respeito dos pedidos do administrado. Na hipótese da Administra-
ção manter-se inerte, esta inércia poderá ser apreciada pelo Judiciário. Exceções: As licenças são atos vinculados
quando o particular cumpre todos os requisitos.
Sanções. Devem ser previstas expressamente em lei. As sanções prevêem o resultado útil do Poder de Polí-
cia. Ex. Interdições, apreensões, demolições, multas.
Setores do Poder de Polícia. Ex. Polícia Ambiental, Polícia Edilícia (SUCOM), INMETRO.
3. (TRT 8R - 2014 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Juiz do Trabalho) Assinale a única alternativa CORRETA acerca
dos poderes conferidos à Administração Pública:
A) Poder regulamentar se configura na prerrogativa conferida à Administração Pública de editar atos gerais para
complementar as leis e permitir a sua efetiva aplicação. Esse poder pode ser exercido por qualquer agente públi-
co, todavia, está condicionado à estrita observância do princípio da legalidade.
B) O poder disciplinar, exercido pela Administração Pública exclusivamente sobre os servidores públicos, consiste
na possibilidade de apurar infrações e aplicar sanções nas hipóteses nas quais o agente público age em descon-
formidade com os princípios e regras legais do ordenamento jurídico, estando seu exercício vinculado ao princípio
da legalidade.
C) No direito brasileiro, o poder regulamentar destina-se a explicitar o teor das leis, preparando sua execução,
completando-as ou até restringindo seus preceitos, quando for o caso. Isso justifica a concessão de tal poder ape-
nas a certos agentes políticos. No âmbito da Constituição Federal, o poder regulamentar está assegurado apenas
ao Presidente da República.
D) O fundamento da atribuição de polícia administrativa está centrado num vínculo geral existente entre a Admi-
nistração Pública e os administrados, que autoriza o condicionamento do uso, gozo e disposição da propriedade e
do exercício da liberdade em benefício do interesse público ou social, podendo a atividade de polícia ser ora dis-
cricionária, ora vinculada, porém sempre submetida aos ditames legais.
E) Em essência, a polícia administrativa, ou poder de polícia, restringe o exercício de atividades lícitas, reconheci-
das pelo ordenamento como direitos dos particulares, isolados ou em grupo. Diversamente, a polícia judiciária visa
impedir o exercício de atividades ilícitas, vedadas pelo ordenamento jurídico. Desse modo, uma das principais
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características que distinguem a polícia administrativa da polícia judiciária é que apenas esta última tem atuação
repressiva.
4. (TRF - 4ª REGIÃO - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Juiz Substituto) Dadas as assertivas abaixo, assinale a al-
ternativa correta.
I. Os atos de polícia são executados pela própria autoridade administrativa, independentemente de autorização
judicial. Não obstante, se o ato de polícia tiver como objeto a demolição de uma casa habitada, a respectiva exe-
cução deve ser autorizada judicialmente e acompanhada por oficiais de justiça.
II. É condição constitucional para a cobrança de taxa pelo exercício de poder de polícia a competência do ente
tributante para exercer a fiscalização da atividade específica do contribuinte.
III. Um órgão administrativo federal e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua
competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando
for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
IV. Compete privativamente ao Presidente da República sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como
expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução, mas é possível a delegação a Ministro de Estado para
dispor, mediante decreto, sobre organização e funcionamento da administração federal.
*ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO*
DESCONCENTRAÇÃO. Atividade distribuída dentro do próprio núcleo, da própria Pessoa Jurídica. Há hierarquia,
subordinação.
DESCENTRALIZAÇÃO.
Por Outorga. O Poder Público transfere a titularidade mais a execução do serviço. Só pode ser feita através
de lei e para as Pessoas Jurídicas de Direito Público da Administração Indireta.
Delegação. Transfere somente a execução do serviço, o Poder Público mantém a titularidade. Pode ser feita
a qualquer um (Administração Direta, Indireta, particulares). Pode ser feita por:
a) Lei (Legal). quando for para Pessoas Jurídicas de Direito Privado da Administração Indireta (Empresas Públi-
cas, Sociedade de Economia Mista).
b) Contrato (contratual). quando a delegação for para particulares (concessionárias, permissionárias, organiza-
ções sociais e todos que prestem atividade administrativa).
Teoria do Mandato. O Estado transfere poderes a seus agentes através de um contrato de mandato. Não
serve porque o Estado não pode manifestar vontade, portanto, não pode celebrar contrato de mandato.
Teoria da Representação. O Estado é tratado como incapaz, por isso precisaria de um representante. Não
serve porque, no Brasil, o Estado é responsável por seus atos e de seus agentes, não é incapaz.
Teoria do Órgão ou Teoria da Imputação (Hely Lopes). Utilizada no Brasil, o agente exerce o poder, mani-
festa a vontade do Estado em razão de um Poder Legal, decorre de uma previsão legal. A vontade deve ser impu-
tada ao órgão, não sendo imputada ao agente.
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Vejam isso:
5. (FCC - 2014 - TJ-CE – Juiz) O diretor de órgão integrante da estrutura de autarquia estadual assina termo
de ajustamento de conduta com o Ministério Público Estadual, visando à regularização de práticas admi-
nistrativas da referida autarquia, as quais, no entender do parquet, ofendem direitos dos usuários do ser-
viço público prestados pela entidade autárquica. Nessa situação, o descumprimento do termo de conduta
propiciará a execução judicial do acordo em relação
A) à autarquia, em litisconsórcio necessário com Estado-membro, pois em razão da relação de tutela, este sempre
Deverá ser chamado a intervir em demandas que digam respeito ao exercício de atividades descentralizadas.
B) à autarquia a que pertence o referido órgão, visto que em razão da teoria da imputação, o órgão é uma unidade
sem personalidade jurídica própria, que congrega atribuições exercidas por agentes que o integram e expressam
a vontade do ente estatal.
C) ao agente público, que é responsável direto pela manifestação de vontade que produziu e que deverá cumprir
pessoalmente as obrigações ali assumidas.
D) ao órgão da autarquia, visto que este tem personalidade jurídica própria, distinta da entidade administrativa na
qual está inserido, a qual responderá apenas em caráter subsidiário.
E) ao Estado-membro, pois, conforme a teoria da representação, é atribuível ao ente político a manifestação de
todo e qualquer órgão ou entidade que estejam em sua esfera e que o representam nas relações com os demais
sujeitos de direito.
ÓRGÃO PÚBLICO.
- Núcleo especializado de competências que serve para prestação de atividade administrativa. Não pode celebrar
contrato. Não têm Personalidade Jurídica, por isso não tem aptidão para ser sujeito de direitos e obrigações. Mas
pode ir a juízo, desde que preenchidas duas condições (ir em busca de prerrogativas funcionais, sempre como
sujeito ativo). Tem CNPJ. É possível a existência de órgão público na Administração direta e na indireta (Lei
9784/99).
CLASSIFICAÇÃO.
A Independentes. Gozam de independência, estão no ápice de cada um dos poderes. Ex. São as chefias de
cada Poder: Presidência, Câmara Municipal.
BAutônomos. Estão subordinados, diretamente ligados aos órgãos independentes. Ex. secretarias de Estado,
Ministérios.
C Superiores. Ainda possuem poder de decisão, mas estão subordinados aos órgãos autônomos e aos inde-
pendentes. Ex. Procuradorias.
DSubalternos. Não possuem poder de decisão, só executa o que foi mandado pelo órgão independente ou
autônomo. Ex. zeladoria, almoxorifado.
ASimples. Não possuem outros órgãos agregados à sua estrutura. Ex. Gabinetes.
B Compostos. Possuem outros órgãos agregados à estrutura. Ex. Delegacia de Ensino- Escolas ligadas.
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA:
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- Possuem Personalidade Jurídica Própria. Aptidão para ser sujeito de direitos e obrigações, é responsável pelos
próprios atos e os de seus agentes. Não existe relação de hierarquia entre Administração Direta e Indireta.
- Patrimônio e Recursos Próprios, autonomia técnica, financeira (decide como vai aplicar o dinheiro), administrati-
va. Só não tem autonomia, nem capacidade legislativa. OBS. No máximo poderá regular, complementar, discipli-
nar o que está previsto em lei.
Formas de Controle:
Exterior. Poder Legislativo (CPI´s e TCU); Poder Judiciário; pelos cidadãos, através da Ação Popular; Pelo
Poder Executivo (supervisão Ministerial, dirigentes escolhidos pelo Ministério, receitas e despesas fiscalizadas,
finalidades predeterminadas).
AUTARQUIAS.
Conceito. Pessoa Jurídica de Direito Público que serve para prestação de atividades típicas do Estado, com
autonomia administrativa, técnica e financeira, mas sem capacidade legislativa. São criadas e extintas por lei ordi-
nária específica.
Finalidade vinculada à finalidade para a qual a lei a criou. Não são criadas para visar o lucro.
Atos e Contratos.
Responsabilidade Civil.
a) Conduta + Dano + Nexo (sem necessidade de comprovação de culpa ou dolo). Será Objetiva: quando houver
ação por parte do Estado; Subjetiva: quando em razão de omissão do Estado, e a responsabilidade do servidor
também será subjetiva.
b) OBS: Se a Autarquia não tiver patrimônio, o Estado responderá de forma objetiva, subsidiariamente pelo
Dano.
c) Exceção: Nos Casos das PPP´s, a Responsabilidade do Estado é Solidária.
a) Inalienabilidade relativa. Todos os bens públicos são alienáveis de forma condicionada. Para haver aliena-
ção, há um procedimento a ser seguido: (Desafetação- Autorização Legislativa- Licitação).
c) Impossibilidade de Oneração: O Bem Público não pode ser objeto de Direito Real de Garantia (O Penhor, a
Hipoteca e a Anticrese são vedados).
d) Imprescritíveis (prescrição aquisitiva). Bens públicos são insuscetíveis de usucapião, nem do pró-labore,
nem os bens dominicais.
a) Documento através do qual, o Tribunal reconhece débito com procedência transitada em julgado. Os Precató-
rios constituídos até 01º de julho devem ser pagos no exercício financeiro seguinte, se existir disponibilidade or-
çamentária. Podem ser pagos em parcelamentos anuais (10 por ano).
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b) Cada Pessoa Jurídica tem a sua própria fila, cada autarquia tem uma fila própria. OBS: Alimentos: Obede-
cem ao Precatório, mas têm fila própria dentro da fila geral. Exceção: Há um valor de 60 salários mínimos, no qual
a pessoa estará fora do precatório.
Privilégios Processuais.
a) Prazo para recurso: prazo quádruplo, 60 dias. Contestação: prazo duplo, 30 dias.
OBS: A partir da vigência do Novo CPC, a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas
autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações proces-
suais, a partir da sua vista dos autos, não havendo mais disposições sobre prazos diversos.
OBS 1: O Novo CPC, no seu art. 493, também aumentou o valor-limite estabelecido para o reexame necessário
(remessa), nos casos de condenações dos Entes Públicos, para mil salários mínimos quando se tratar de União e
suas respectivas autarquias e fundações de direito público, para quinhentos salários mínimos em se tratando de
Estado e suas respectivas autarquias e fundações de direito público e de cem salários mínimos em se tratando de
Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público.
b) Duplo grau obrigatório de Jurisdição, reexame necessário: Se o processo não for submetido ao duplo grau
obrigatório, não haverá coisa julgada.
OBS: Quanto ao reexame necessário, com a vigência do Novo CPC os valores limites sofrerão alterações.
Regime Tributário.
a) Imunidade Tributária Recíproca somente quanto aos impostos. A imunidade não é absoluta: restringe-se às
finalidades específicas de cada Autarquia, previstas na sua lei de criação. As atividades complementares estão
sujeitas aos impostos.
c) Procedimento Financeiro: Lei 4.320/64 (Lei de Finanças Públicas) e LC 101/2000 (Lei de Responsabilidade
Fiscal).
A Estatutário: Para titulares de cargo público (só nas Pessoas Jurídicas de Dir. Público). Preferencialmente,
deve ser adotado o Regime Estatutário, de cargo público.
Antigamente. Natureza de Autarquia. Porém, a Lei 9.649/98, no art. 58, estabelece que os Conselhos de
Classe possuem natureza de Pessoa Jurídica de Direito Privado.
STF, ADIN n. 1717. Como os Conselhos de Classe têm como função principal o Poder de Polícia, fiscali-
zando as atuações profissionais, não podem ser considerados pessoas jurídicas de direito privado. Declarou in-
constitucional o art. 58 da Lei 9.649/98, determinando que os Conselhos de Classe terão natureza de Autarquia.
Foro Competente. Súmula 66, STJ: Justiça Federal ou Vara da Fazenda Pública.
Controle pelo Tribunal de Contas; Deve Obedecer a Lei 4.320/64 (Lei de Finanças).
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CARTÓRIO
Direito Administrativo
Matheus Carvalho
Exceção OAB: A contribuição da OAB não tem natureza tributária; Não sofre controle do Tribunal de Con-
tas e não deve obediência à Lei de Finanças Nacional.
Surgiram para conceituar as Universidades Públicas, que têm mais autonomia e liberdade. Reitor: Tem
prazo certo de mandato, só sairá depois da expiração do mesmo. São escolhidos pelo Presidente da República,
através da indicação realizada pelos membros da entidade que formulam uma lista tríplice . Não é cargo de livre
nomeação, nem de livre exoneração.
OBS. Banco Central é autarquia em regime especial, mas seu Presidente é nomeado pelo Presidente após
prévia aprovação do Senado.
a) Finalidade. Regular, fiscalizar, disciplinar, normatizar determinadas atividades. Não é atividade nova, antes
era exercida diretamente pelo Estado.
b) Capacidade Legislativa. Não a tem, não podendo, de tal sorte, legislar. Têm o papel de complementar as
leis, com normas técnicas específicas de sua atuação.
c) Regime Especial. Têm mais autonomia, liberdade normativa, liberdade econômica e financeira.
d) Nomeação de Dirigentes. Presidente nomeia com prévia aprovação do Senado. É investidura ou nomeação
especial, porque depende de prévia aprovação do Senado.
e) Mandato com Prazo certo e determinado. A lei de criação de cada autarquia de regime especial irá deter-
minar o prazo do mandato (máximo. de 04 anos). OBS: Já há projeto de lei querendo uniformizar o prazo: 04 anos
para todas.
f) Vedação (Quarentena). Quando o dirigente sai do cargo, deve ficar 04 meses ou 01 ano (a depender da lei
da autarquia especial) sem poder atuar na área de atuação da agência reguladora.
g) Distinções.
AProcedimento Licitatório.
- Lei 9.472/97: em contrariedade ao disposto na Lei 8.666/93, cada agência teria seu próprio procedimento licitató-
rio, previsto na sua lei de criação. Com modos específicos de licitação (Pregão e Consulta).
- STF, ADIN n. 1.668: Se a agência reguladora é autarquia, terá que seguir a Lei 8.666/93, deixando, entretanto,
que elas tenham as modalidades específicas determinadas pela Lei 9.472/97, Pregão e Consulta.
- O Pregão já tem a Lei 10.520/02, que o estendeu a todos os Entes, não sendo mais modalidade específica das
agências reguladoras. Atualmente, a consulta, que ainda não tem lei lhe regulando, é a modalidade específica das
agências reguladoras.
B Regime de Pessoal.
- Lei 9.886/00. Regime Celetista, com contratação temporária. A doutrina já dizia que o regime da CLT só deveria
ser adotado em situações excepcionais, para funções subalternas ou para contratações temporárias.
-ADIN n. 2.310, STF. Declarou que não era hipótese para contratação temporária, que é excepcional, e que, por-
tanto, não deveria adotar o regime celetista. Declarou a Inconstitucionalidade das 02 regras: regime celetista e
contratação temporária.
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Direito Administrativo
Matheus Carvalho
- MP n. 155/03 Lei 10.871/04: Determinou o Regime Estatutário, com concurso público, para todas as agên-
cias reguladoras. Os que entraram por contratação temporária sairão depois de findo o tempo do contrato.
h) Exemplos de Agências.
AANS; ANTT; ANTAQ; ANAC; ANP; ANA (bens públicos); ANCINE (fomento).
B Autarquias: ADA (Agência de Desenvolvimento da Amazônia, substituiu a SUDAM), ADENE (Agência de De-
senvolvimento do Nordeste, substituiu a SUDENE) e AEB (Agencia Espacial);
C Serviços Sociais Autônomos: APEX, ABDI. OBS: CVM: deveria ser agência reguladora, mas é autarquia co-
mum.
AGÊNCIAS EXECUTIVAS.
a) São autarquias ou fundações públicas que precisam ser modernizadas, e para isso fazem um planejamento
para reestruturação.
b) Contrato de Gestão. Celebrado entre uma autarquia ou fundação pública e o Poder Público. Serve para dar
mais autonomia ou recurso público. Ex: autarquia A contrato de gestão agência executiva A.
c) O título de Agência Executiva é temporário. Findo o contrato de gestão, o ente que se tornou agência execu-
tiva temporariamente voltará a ser autarquia ou fundação pública. Ex. de agência executiva: INMETRO.
d) Liberdade Específica (só para agências executivas): Art. 24, parágrafo único, da Lei 8.666/93: Dispensa
de licitação. Regra geral:
AValor de até 10% do convite (até R$ 150.000, se obras ou serviços de engenharia; até R$ 80.000 para os ou-
tros serviços);
e) Dispensa para as agências executivas: 20% do valor do convite, ou seja, quando o valor da licitação for
até R$ 30.000 ou R$ 16.000, a agência executiva estará dispensada de licitação. Essa dispensa vale também
para: sociedades de economia mista, empresas públicas e consórcios públicos. Só vale para as autarquias e fun-
dações públicas, quando qualificadas como agência executiva.
FUNDAÇÃO PÚBLICA.
São instituídas e constituídas pelo Poder Público, fazendo parte da Administração. OBS: Quando forem cons-
tituídas pela iniciativa privada, não serão Fundações Públicas.
a) Natureza Jurídica. Regime de Direito Público. É uma espécie de autarquia e faz parte da Fazenda Pública.
Tem todos os privilégios e obrigações de uma autarquia. OBS: Quando o concurso falar de fundação pública, será
a de Direito Público.
OBS: A partir da vigência do Novo CPC, a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas
autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações proces-
suais, a partir da sua vista dos autos, não havendo mais disposições sobre prazos diversos.
OBS 1: O Novo CPC, no seu art. 493, também aumentou o valor-limite estabelecido para o reexame necessário
(remessa), nos casos de condenações dos Entes Públicos, para mil salários mínimos quando se tratar de União e
suas respectivas autarquias e fundações de direito público, para quinhentos salários mínimos em se tratando de
Estado e suas respectivas autarquias e fundações de direito público e de cem salários mínimos em se tratando de
Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público.
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Direito Administrativo
Matheus Carvalho
a) Natureza Jurídica: Regime de Direito Privado, derrogado parcialmente por algumas normas de direito pú-
blico.
c) Privilégio Processual: Não tem prazo especial, porque não faz parte da Fazenda Pública.
d) Tem sua Criação autorizada por lei ordinária. Já a lei complementar deve determinar a finalidade das funda-
ções públicas de direito privado.
e) OBS: Celso Antonio entende que não há essa divisão. Segundo ele, quando se fala em fundação pública,
todas elas são de Direito Público.
EMPRESAS PÚBLICAS.
a) Pessoa jurídica de direito privado; Podem prestar serviço público ou explorar atividade econômica; sua cria-
ção é autorizada por lei.
b) Têm capital exclusivamente público. Pode ser capital de vários entes da federação. Ressalte-se que po-
dem participar do capital de uma empresa pública os entes da administração indireta, ainda que possuam perso-
nalidade de direito privado, como, por exemplo, outras empresas estatais ou, até mesmo, sociedades de econo-
mia mista. Ainda assim, seu capital será integralmente público, somente não se admitindo o investimento de parti-
culares na formação do capital.
c) Tem livre Constituição. Pode ser constituída por qualquer atividade empresarial.
a) Pessoa Jurídica de Direito Privado; Podem prestar serviço público ou explorar atividade econômica; criação
autorizada por lei.
b) Têm capital misto. O capital do Ente Público deve ser a maioria do capital votante. Devem ser constituídas,
obrigatoriamente, como sociedades anônimas.
d) Finalidades:
A Prestar Serviço Público. Quando forem prestadoras de serviço público, haverá prevalência do Direito Públi-
co sobre o Direito Privado.
B Explorar atividade econômica. Quando forem exploradoras de atividade econômica, haverá prevalência do
regime de Direito Privado, com alguma influência do Direito Público.
OBS: Art. 173, da CF (Hipóteses em que o Estado pode explorar atividade econômica):
OBS: Terão estatutos próprios definidos na lei que autorizou sua criação.
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Direito Administrativo
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A LICITAÇÃO.
02. Quando exploradora de atividade econômica. Podem ter estatuto próprio, que regerá o procedimento licita-
tório de cada pessoa jurídica. Entretanto, até hoje, não há estatuto. Assim, deverão obedecer à Lei 8.666/93. Dis-
pensa e Inexigibilidade (Arts. 24 e 25 da Lei 8.666/93).
BFALÊNCIA.
01. Antes: Se prestadoras de serviço público não estavam sujeitas à falência; se exploradoras de atividade
econômica estavam sujeitas à falência.
02. Agora (Lei de Falências, 11.101/05, art. 2º). Empresas públicas e sociedades de economia mista, sejam
exploradoras de atividade econômica, sejam prestadoras de serviço público, não estão sujeitas à falência.
OBS: A doutrina critica tal orientação, dizendo que as exploradoras de atividade econômica devem estar sujeitas
à lei de falências, já que estão muito próximas do Direito Privado.
C RESPONSABILIDADE CIVIL.
01. Prestadoras de Serviço Público (art.37, §6º, da CF). A responsabilidade será objetiva, de regra. E a respon-
sabilidade do Estado será subsidiária e objetiva.
02. Exploradoras de Atividade Econômica. A Responsabilidade civil delas será regida pelo Direito Civil, que
determinará os casos em que a responsabilidade será objetiva ou subjetiva. E o Estado não responde subsidiari-
amente.
D REGIME TRIBUTÁRIO.
01. Regra Geral: As empresas públicas e as sociedades de economia mista não têm imunidade tributária recípro-
ca e privilégios não extensíveis à iniciativa privada.
02. Exceção. Quando o bem e as atividades estiverem vinculados à prestação do serviço público, terão imunida-
de tributária.
03. Empresa dos Correios e Telégrafos. Exerce atividade exclusiva e indelegável do Estado (serviço postal), por
isso é tratado como Fazenda Pública. Goza de imunidade tributária recíproca; Tem privilégios processuais (pra-
zos diferenciados); Os seus bens públicos são impenhoráveis, não oneráveis e imprescritíveis; Estão sujeitas ao
regime de precatório. OBS: Isso não vale para as franquias privadas da Empresa.
E REGIME DE BENS.
02. OBS: José dos Santos C. Filho entende que só os bens das pessoas jurídicas de direito público são bens
públicos, ou seja, os bens das entidades governamentais não são bens públicos.
03. Doutrina majoritária. Os bens públicos são todos aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito públi-
co e os diretamente ligados à prestação do serviço público nas entidades governamentais, concessionárias, per-
missionárias e autorizatárias. Neste ultimo caso, os bens seguirão as regras dos bens públicos.
F REGIME DE PESSOAL.
01. Celetista. Titular de Emprego (Não é emprego público. Este e o cargo público são exclusivos das PJ´s de
Direito Público).
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Direito Administrativo
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A) Empresa pública é pessoa jurídica criada por autorização legal como instrumento de ação do Estado, detendo
personalidade jurídica de Direito Privado, cujo capital é formado exclusivamente por recursos de pessoas de Direi-
to Público interno ou de pessoas de suas Administrações indiretas, com predominância acionária na Administra-
ção direta;
B) Sociedade de economia mista é pessoa jurídica criada por autorização legal, com personalidade de Direito
Privado, cujas ações com direito a voto pertencem em sua maioria à administração direta ou indireta, com rema-
nescente acionário de propriedade particular;
C) As Sociedades de economia mista podem adotar qualquer forma societária admitida cm Direito ao passo que
as empresas públicas terão obrigatoriamente a forma de sociedade anônima;
D) Há dois tipos fundamentais de empresas públicas e sociedades de economia mista: as exploradoras de ativi-
dade econômica e aquelas prestadoras de serviços públicos ou coordenadoras de obras públicas;
E) Quanto ao regime jurídico das empresas estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista), o con-
trole sobre elas é feito pelo Ministro a cuja Pasta estejam vinculadas, cabendo a ele, diretamente ou por meio de
órgãos superiores do Ministério, orientá-las, coordená-las e controlá-las.
São entes paraestatais, pessoas jurídicas de direito privado que não fazem parte da Administração pública,
mas que cooperam com o Estado na consecução de alguns fins públicos.
04º Setor (economia informal). Não têm fins lucrativos e servem para ajudar o Estado na prestação de um
serviço público ou no fomento de uma atividade.
a) Privilégios: Recebem recursos orçamentários. Têm capacidade tributária. São beneficiárias da Parafiscali-
dade.
c) OBS: APEX e ABDI são agências com natureza de Serviço Social Autônomo.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL.
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Direito Administrativo
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a) Lei 9.637/98. As organizações sociais servem para prestação de serviços públicos, serviços estes que estão
listados nesta lei. Ex.: meio-ambiente; pesquisa; saúde; desenvolvimento tecnológico.
b) As organizações sociais surgiram como órgãos públicos extintos, que foram transformadas em pessoas jurí-
dicas de direito privado com esta denominação (organização social).
c) Criação das Organizações Sociais: celebração do contrato de gestão: É o vínculo jurídico das organiza-
ções sociais o Estado (“entidade fantasma” segundo Maria Sylvia, já que 01º celebra-se o contrato de gestão, para
que depois as organizações sociais existam no mundo jurídico).
d) A empresa não precisa existir no mundo jurídico, nem ter experiência prévia no ramo em que for atuar para
que celebre o contrato de gestão. Ato administrativo discricionário do Ministério do Planejamento e Gestão, após a
celebração do contrato de gestão, dá o status de organização social.
e) Controle/ Licitação. Art. 24, XXIV, da Lei 8.666/93: Dispensa a Administração de licitar com as organizações
sociais quando o contrato a ser firmado for decorrente de contrato de gestão.
Entretanto, as organizações sociais estão sujeitas às regras de licitação. Estão sujeitas ao controle do Tribunal de
Contas, já que podem receber dotações orçamentárias, cessão de servidores públicos e receber bens públicos.
Ex. Instituto de matemática pura e aplicada.
A A pessoa jurídica precisa existir no mundo jurídico no mesmo ramo de atividade, há pelo menos 01 ano, para
tornar-se uma OSCIP.
B O vínculo jurídico com o Estado é o Termo de Parceria, que tem natureza de contrato administrativo, se-
gundo parte da doutrina.
C Regra Geral: Não há cessão de servidores, não há transferência de bens públicos, nem dotação orçamentária
(não participa diretamente do orçamento, mas recebe recursos públicos via depósito bancário).
E O Conselho de Administração da OSCIP deve ser formado por particulares, diferentemente das Organizações
Sociais, onde os Conselhos de Administração e Fiscal podem ser compostos por servidores públicos.
F OBS: O que tem ocorrido é que a Administração contrata as OSCIP´s para, via de regra, burlar o concurso
público, já que os empregados das OSCIP´s não necessitam de concurso.
ENTIDADES DE APOIO.
a) Constituição As Entidades de Apoio podem ser constituídas como Fundação, Associação ou Cooperativas,
criadas por servidores públicos com a finalidade de melhor desenvolver suas atividades.
b) Funcionam ao lado das Universidades Públicas e Hospitais Públicos. São Fundações Privadas que atuam
com a estrutura e o dinheiro do Estado. Vínculo jurídico: convênio celebrado com a Universidade. Ex. As Enti-
dades de Apoio fazem convenio com a Universidade Pública para organizarem uma pós-graduação, da qual se
poderá cobrar mensalidade.
c) Lei 8.958/94: Entidades de Apoio que atuam junto às Universidades Públicas. Quanto às outras entidades
ainda não há legislação.
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Direito Administrativo
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TERMO DE FOMENTO - Planos de Trabalho propostos pela Entidade Privada em regime de mútua coope-
ração.
Habilitação da entidade
Sem fins lucrativos
3 anos de existência
Experiência no objeto
Capacidade técnica e operacional
Encerramento
Homologação e adjudicação
* ATOS ADMINISTRATIVOS *
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Direito Administrativo
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- Atos jurídicos, ou não, por meio dos quais a Administração emite uma declaração de vontade para executar a lei
aos casos concretos e fazer prevalecer o interesse público sobre os interesses particulares, no desempenho das
suas atividades.
-Atos Jurídicos Regidos pelo Direito Privado: a Relação Jurídica é horizontal, há igualdade entre os contratantes
(administração x particular), a administração não se vale da sua supremacia.
-Atos Materiais = FATO ADMINISTRATIVO. Não são atos jurídicos, apenas realizam, executam uma atividade do
Estado. (Ex. construção de uma estrada, pavimentação).
- Atos Políticos ou de Governo: São de natureza jurídica, editados pelo Estado no exercício de função política de
soberania. Ex. sanção do presidente a um projeto de lei.
Conceito: É um ato jurídico¹ por meio do qual o Estado, ou quem lhe faça as vezes², exprime uma declara-
ção unilateral de vontade, no exercício de suas Prerrogativas Públicas, consistentes em providências jurídicas
complementares da Lei³, a título de lhe dar execução, sujeitas ao controle de legitimidade pelo Judiciário, no de-
sempenho de atividades essencialmente administrativas da gestão dos interesses coletivos.
01. É Ato jurídico: tem por fim criar, alterar, extinguir algo no mundo do Direito, no que se diferenciam do fato ad-
ministrativo (realizações da administração sem declaração de vontade).
02. Estado (Três Poderes) e Quem lhe faça as vezes (delegatários, concessionários, que atuam em nome do Es-
tado e podem exprimir declaração de vontade em nome do mesmo, emitindo atos administrativos).
03. Providências jurídicas complementares da Lei: atividade precípua da administração na sua função de executar
a lei, de ofício, ao caso concreto.
7. (TRT 8R - 2014 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Juiz do Trabalho) Dentre as alternativas a seguir, assinale a
única INCORRETA:
A) O ato administrativo pode ser conceituado como toda medida, de natureza unilateral ou bilateral, editada pelo
Estado, por meio de seus representantes, no exercício regular de suas funções, ou por qualquer pessoa que de-
tenha, nas mãos, fração de poder delegada pelo Estado, que tem por finalidade imediata criar, reconhecer, modifi-
car, resguardar ou extinguir situações jurídicas subjetivas, em matéria administrativa.
B) Dentre os requisitos de validade do ato administrativo está a finalidade, a qual impõe seja o ato administrativo
praticado unicamente para um fim de interesse público e, este, por sua vez, há de ser próprio do ato praticado;
não pode o agente público praticar um ato visando o fim inerente a outro, mesmo que ambos sejam de sua com-
petência e abriguem um interesse público.
C) Quanto à natureza do conteúdo, os atos administrativos podem ser classificados em concretos e abstratos;
concretos são os que dispõem para um único e específico caso, e se esgotam nessa aplicação, tais como nas
hipóteses de exoneração de funcionário e declaração de utilidade pública para fins de desapropriação. São abs-
tratos os atos que dispõem para casos que possam se repetir, não se esgotando mesmo depois de reiteradas
aplicações, sendo o regulamento um exemplo típico dessa espécie de ato administrativo.
D) Em razão da maior ou menor liberdade que tem a Administração Pública para agir ou decidir, os atos adminis-
trativos podem ser classificados em vinculados e discricionários. Vinculados são os atos administrativos praticados
conforme o único comportamento que a lei prescreve à Administração Pública, não cabendo a essa outro compor-
tamento que não aquele ditado na lei. Discricionários são os atos administrativos praticados conforme um dos
comportamentos que a lei prescreve, cabendo à Administração Pública a escolha dentre as condutas previstas,
observados os critérios de conveniência e oportunidade.
E) Segundo a teoria dos motivos determinantes, o ato administrativo só é valido se os motivos anunciados efeti-
vamente aconteceram; desse modo, a menção a motivos falsos ou inexistentes vicia irremediavelmente o ato pra-
ticado, mesmo que não exigidos por lei.
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8. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e de Registros – Provimento) Acerca dos atos ad-
ministrativos, assinale a opção correta.
A) Pelo critério formal, são atos administrativos os editados pelos órgãos administrativos, excluindo-se dessa clas-
sificação todos os atos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário.
B) A autoexecutoriedade é um atributo inerente aos atos administrativos, ainda que não haja previsão expressa
em lei quanto à forma de execução de determinadas medidas.
C) A finalidade corresponde ao requisito do ato administrativo que serve de fundamento para a sua prática.
D) Considera-se pendente o ato administrativo que não esteja apto a produzir efeitos jurídicos por não ter comple-
tado o seu ciclo de formação.
E) A anulação, que consiste no desfazimento do ato administrativo por ilegalidade, pode ser efetuada de ofício
pela administração ou pelo Poder Judiciário.
A PERFEIÇÃO
É o cumprimento das etapas necessárias à formação do ato. O ato administrativo é perfeito quando cumpre todos
os trâmites previstos em lei para a constituição, completou o ciclo de formação.
A VALIDADE
É aferida quando todas as etapas realizadas estiverem de acordo com a lei. Logo, ato válido é aquele que foi cria-
do de acordo com o estabelecido na legislação.
A EFICÁCIA
É a aptidão para produção de efeitos concedida ao ato administrativo. Alguns têm eficácia imediata, logo após a
publicação, mas outros podem ter sido editados com previsão de termos iniciais ou condições suspensivas. Por
exemplo, a autorização para realizar uma cerimônia de casamento na praia, no sábado à noite, só produz efeitos
nesta data, ainda que o ato esteja perfeito e válido dias antes.
O ato jurídico válido, bem como o inválido, pode ou não produzir efeitos automaticamente. Um ato jurídico inexis-
tente, como no caso de um ato putativo, produz efeitos no mundo jurídico, embora de forma limitada. Esse é o
entendimento defendido por Marçal Justen Filho ao dizer que:
“...até mesmo um ato jurídico inexistente [...[ pode produzir efeitos jurídicos, tal como se passa no caso do chama-
do casamento putativo. [...[ Essa representação não significa que todos os atos são igualmente eficazes. Não
indica que os atos jurídicos inexistentes produzem efeitos jurídicos idênticos aos decorrentes de atos jurídicos
validos. O que se afirma que os atos jurídicos inexistentes e os jurídicos inválidos podem ser dotados de alguma
eficácia. Portanto, a existência e a validade não são requisitos para alguma eficácia” (fl. 185;186).
Nestes casos, serão denominados de atos administrativos pendentes, todos aqueles que são perfeitos e válidos,
mas ainda não estão aptos a produzirem efeitos.
Presunção de Legitimidade, juris tantum: o ato administrativo presume-se editado de acordo com as nor-
mas e princípios gerais de Direito. Decorre da Legalidade Ampla. O ato vigora enquanto não afastado.
Presunção de Veracidade, relativa: ao conteúdo do ato e aos fatos que o compõe, corresponde à verdade
de fato Fé Pública.
Imperatividade. Não é atributo de todo ato, e sim dos atos que encerram obrigações para os administrados.
O administrado fica constituído em uma obrigação, ainda que contra sua vontade.
Coercitividade. dos atos administrativos, decorrentes da imperatividade: só poderá haver resistência judicial
ao ato, enquanto isso não ocorrer, o particular estará a ele obrigado. Os atos negociais, que apenas permitem
certas atividades ao administrado, não possuem esse atributo.
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Exigibilidade: capacidade de exigir que a obrigação imposta ao administrado seja cumprida, sob pena de a
administração se valer de meios indiretos de coação. Ex. Multa.
Auto-Executoriedade: Esse atributo tem que vir expresso em lei, salvo se não for possível outra solução no
caso concreto. A administração se vale de meios direitos de coação para execução do ato. Ex. demolição de obra.
Elementos e Requisitos dos Atos Administrativos: A Doutrina Majoritária aponta cinco elementos, com
base na Lei de Ação Popular, 4.717/65, art. 2°, a falta de um dos requisitos torna o ato inválido (anulável, podendo
ser sanado). Diogo Gasparini e Celso Antônio incluem mais dois elementos (conteúdo e causa).
Competência/Sujeito: Conjunto de atribuições definidas por lei, conferida aos órgãos e agentes públicos
para, em nome do Estado, exprimir a declaração de vontade do mesmo através dos atos administrativos. Decorre
sempre da lei, é sempre vinculada, portanto, mesmo quando o ato é discricionário, sem o qual o ato é inválido.
OBS: O Novo CPC continua com a possibilidade de prorrogação de competência relativa no âmbito judicial, mu-
dando só o artigo que trata da matéria.
Finalidade: Ato que foge da sua finalidade específica prevista em lei, mesmo que atenda a uma outra finali-
dade benéfica ao interesse público, estará incorrendo em desvio de finalidade ou desvio de poder, e será inválido.
A finalidade específica de cada ato está sempre prevista em lei, é sempre elemento vinculado, mesmo que ato
seja discricionário. Ex. ato de remoção, a finalidade específica é uma melhor prestação do serviço público. OBS:
Não pode existir ato administrativo Inominado.
Forma: É o revestimento do ato administrativo. Este ato é, em regra, escrito e no idioma nacional, a forma
está prescrita em lei, (requisito vinculado). Exceções à forma prescrita em lei: quando a lei se omitir a respeito da
forma, está será livre, poderá ser oral, através de gestos, placas (ex: sinais de trânsito).
OBS: diferencia-se de Formalidade não é elemento de todo ato administrativo, é uma solenidade especial para
prática de determinados atos que a exigem. O não cumprimento da formalidade torna o ato irregular, já o vício de
forma gera nulidade. Ex. Regulamento (o Decreto é ato administrativo que serve como formalidade para eficácia
do regulamento).
Motivo: Razão de fato ou de direito que autoriza ou determina a prática do ato por parte da Administração
(Ex. Demissão o motivo é a razão que levou a Administração a praticar o ato). O motivo será elemento vincula-
do quando o ato for vinculado; será discricionário quando o ato assim o for (ocorre quando a lei não elenca o moti-
vo, deixando que a Administração o pondere).
OBS: Diferencia-se de Motivação (Princípio Constitucional que estabelece a exigência da Administração em reve-
lar, manifestar os motivos do ato) Teoria dos Motivos Determinantes: O motivo revelado pela Administração
para a prática do ato deve ser seguido estritamente, sob pena de invalidade do ato. Os motivos determinam e
condicionam a validade do ato.
Objeto/Conteúdo: É o próprio conteúdo, disposição jurídica do ato (o que o ato dispõe juridicamente). É a
própria essência do ato, a própria Administração vai escolher qual o seu objeto. É elemento discricionário, quando
o ato for discricionário, ou vinculado, quando o ato assim o for. Ex. Remoção (o objeto é a própria remoção).
****OBS: Corrente Minoritária (Diógenes Gasparini, Celso Antônio) existem mais 02 Elementos:
Causa: Exigência de correlação, ou relação de pertinência lógica entre o motivo e o conteúdo do ato à luz de
sua finalidade, sobretudo nos atos discricionários. Para Celso Antônio, a causa é pressuposto de Validade lógico.
Conteúdo (separado do objeto): Seria a própria disposição do ato, enquanto o objeto. Seria aquilo sobre o
qual o conteúdo incide, coisa ou relação jurídica sobre o qual recai o ato. O objeto seria o elemento extrínseco ao
ato e o conteúdo seria o elemento intrínseco.
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a) Simples (01 vontade): É todo ato administrativo que decorre de uma única vontade, expressada por um úni-
co órgão ou agente público, a maioria dos atos é simples (ex: nomeação, exoneração). Pouco importa se o órgão
é singular ou colegiado.
b) Complexo (01 + 01 vontade): Ato cuja formação depende de mais 01 ou mais vontade emanada por mais de
um órgão. Ex. Promoção por merecimento dos desembargadores dos TRF´s (o TRF forma uma lista tríplice a
encaminha para o Presidente que escolherá 01 dentre os 03 nomes).
c) Composto (01 + 01 vontade): Decorre de uma única vontade, emanada de 01 único agente ou órgão público,
mas que depende de uma vontade acessória de outro agente ou órgão para lhe dar eficácia e validade.
O Ato composto depende de aprovação discricionária, prévia ou posterior. Ex. Nomeação de Min. do STF, após a
aprovação do Senado (vontade acessória) posterior nomeação pelo Presidente; Estado de Defesa, Intervenção
Federal (aprovação posterior do Congresso); Estado de Sítio (aprovação prévia pelo Senado).
a) Geral: São Atos Normativos (sempre atos gerais). Têm como destinatários os indivíduos em geral, incertos e
indeterminados.
a) Constitutivo: Decorre sempre do exercício do juízo discricionário por parte da administração. Quando seus
efeitos se prestarem a criar, inovar, construir uma situação jurídica antes inexistente. Ex. Autorização, permissão.
b) Declaratórios: Os efeitos se destinam a reconhecer uma situação jurídica preexistente. Ex. Todos os atos vin-
culados.
c) Enunciativos: Emitem um juízo de conhecimento ou opinião sobre uma situação de fato ou de direito conheci-
da pela Administração Pública. Não constituem, nem declaram, apenas emitem juízo de opinião. Ex. certidões,
declarações.
Atos negociais – atos nos quais a manifestação de vontade do Estado coincide com o requerimento do
particular.
a) Autorização: Ato administrativo discricionário, unilateral, precário, gratuito ou oneroso, através do qual a
Administração faculta a um terceiro interessado o exercício de uma atividade material ou uso em caráter privativo
de um bem público, ou a prestação em caráter precaríssimo de um determinado serviço público. Ex: autorização
para exercer atividade material táxi, porte de armas; autorização de uso de bem público, quando predominar o
interesse particular; Autorização de serviço público Ex. Rádios comunitárias.
b) Permissão: Discricionário, Precário (menos que a autorização), através do qual a Administração faculta ao
particular interessado o uso privativo de um bem público, ou prestação de um serviço público também em razão
de interesse público, que neste caso é predominante. OBS.: Lei 8.987/95, art. 40 Tornou a Permissão para
prestação de serviço público um Contrato Administrativo Bilateral, distinguindo-se da autorização para prestação
de serviço público porque esta é ato administrativo unilateral e aquela leva em conta, sobretudo, o interesse parti-
cular. Autorização de uso público X Permissão de uso público: o interesse envolvido na autorização de uso públi-
co, que é bem mais precário, leva em conta o interesse particular; já a permissão de uso público leva em conta o
interesse público predominantemente.
c) Licença: Ato vinculado e definitivo, através do qual a Administração reconhece um direito subjetivo do admi-
nistrado, ora para exercer atividade material, ora para exercer atividade jurídica, condicionadas no seu exercício
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ao prévio reconhecimento por parte da Administração (a lei, ao tempo que reconhece um direito ao administrado,
condiciona o seu exercício a esse prévio reconhecimento).
Se houver recusa por parte da Administração em reconhecer o exercício da atividade, desde que o administrado
tenha cumprido todas as exigências, este poderá interpor Mandado de Segurança. Dá-se através do Alvará de
Licença (ato formal vinculado).
d) Admissão: Não é ato de provimento. É ato vinculado, através do qual a Administração reconhece ao admi-
nistrado o direito de usufruir um serviço público. Ex. matrícula em escola ou universidade pública.
a) DECRETO (Chefes de Executivo): Só são emanados pelos Chefes de Executivo (prefeito, presidente e go-
vernador) podem expedir decreto p/ formalizar determinado ato administrativo, tendo por destinatários pessoas
incertas e indeterminadas. Ex. Decreto Expropriatório (formaliza, dá solenidade à desapropriação, sem o decreto a
desapropriação é nula).
OBS 1: Decreto Regulamentar: São 02 atos administrativos, de Competência Privativa dos Chefes do Executivo,
que podem expedir atos gerais, abstratos ou individuais (nomeação de Min. do STF). Servirá sempre como forma-
lidade para outro ato.
OBS 2: O Decreto Lei foi abolido do Brasil com a Constituição Federal de 1988 permanecendo apenas os Decre-
tos Anteriores à Carta Magna que estejam em vigor.
OBS 4: Diferenciam-se da Resolução Legislativa, que é Lei “lato senso” de efeitos internos às Casas Legislativas.
Exceção: Possibilidade do Decreto Autônomo (art.84, VI da CF): para Extinguir Cargos Vagos e para Organi-
zação da Administração, desde que não crie novas despesas.
b) RESOLUÇÕES: Atos Administrativos formais que os órgãos colegiados utilizam para exprimirem as suas
deliberações a respeito de determinada matéria. Ex. Agencias Reguladoras possuem órgãos colegiados que po-
dem expedir resoluções. A Resolução formaliza o ato do órgão colegiado. Não pode ser expedida por órgão singu-
lar. Resoluções Administrativo-Normativas: São as Resoluções com efeitos gerais e abstratos.
OBS: Diferenciam-se das Resoluções Legislativas, que são lei em sentido amplo, embora de efeito interno à câ-
mara legislativa.
c) INSTRUÇÕES (Ministros e Secretários): Tem caráter abstrato, são atos formais através dos quais a Admi-
nistração expede normas gerais de orientação interna. Põem em execução os Decretos Executivos, para regula-
mentar os regulamentos do Poder Executivo.
a) ORDEM DE SERVIÇO: Ato Administrativo que certas autoridades públicas editam para determinarem a im-
plementação ou realização de algum fato material (fato administrativo). Ex. Ordem de construção.
b) PORTARIA (qualquer autoridade administrativa que não seja o Chefe do Executivo). Utilizada para
qualquer ato que disponha sobre o próprio servidor e sua vida funcional. Ex. Instauração de Inquérito policial
(quando não for instaurado por auto de prisão em flagrante); Instauração de Processo Administrativo Disciplinar,
Sindicância.
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9. (FCC - 2014 - TJ-CE – Juiz) No tocante às várias espécies de ato administrativo, é correto afirmar:
A) Certidões são atos constitutivos de situações jurídicas formadas a partir da aplicação de preceitos legais vincu-
lantes.
B) Homologação é ato unilateral e discricionário, pelo qual o superior confirma a validade de ato praticado por
subordinado.
C) Decretos são atos de caráter geral, emanados pelo Chefe do Poder Executivo.
D) Alvará é o ato administrativo unilateral e vinculado, pelo qual a Administração faculta àquele que preenche os
requisitos legais o exercício de uma atividade.
E) A permissão de uso qualificada é ato unilateral e discricionário que faculta a utilização privativa de bem público,
no qual a Administração autolimita o seu poder de revogar unilateralmente o ato.
DREVOGAÇÃO; Causa de extinção ou supressão do ato administrativo válido e de seus efeitos, por razões de
conveniência e oportunidade.
1. Sujeito Ativo da Revogação: Só a própria Administração, no âmbito de cada Poder da República. Não é possí-
vel a revogação judicial de um ato administrativo. Os outros Poderes poderão revogar seus próprios atos adminis-
trativos. OBS: O Judiciário não poderá revogar ato administrativo no exercício de sua função típica, que é a fun-
ção jurisdicional, já que não pode adentrar no mérito administrativo.
2. Objeto da Revogação: Só o Ato Válido poderá ser revogado. Apesar de válido, o ato torna-se inconveniente à
Administração.
3. Fundamento: Existência de uma competência discricionária para rever a conveniência e oportunidade dos atos
anteriormente editados.
5. Motivos da Revogação: Juízo de Conveniência e Oportunidade. O ato deixa de ser conveniente e oportuno.
6. Efeitos da Revogação: Ex Nunc. Impede a produção dos efeitos futuros do ato, permanecendo os efeitos preté-
ritos.
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1. Conceito: Causa de Extinção ou supressão de Ato Administrativo Inválido ou Viciado, por razões exclusiva-
mente de Legalidade ou Legitimidade.
2. Sujeito Ativo: Administração Pública (Poder de Auto-tutela, Controle Interno) e o Judiciário (controle externo
judicial, quando provocado por terceiros). Só o Judiciário pode Invalidar atos de todos os Poderes.
5. Efeitos: Ex-Tunc para os atos que atinjam pessoas indeterminadas, para atos restritivos dos Direitos dos
administrados. Para os terceiros de Boa-fé e para os Atos ampliativos dos Direitos do administrado: A Invalidação
terá efeito Ex-Nunc.
6. Prazo Decadencial: A Administração Pública tem 05 anos para declarar a Invalidação do Ato. Passados os 05
anos, a Administração não poderá mais invalida-la Convalidação Temporal. OBS: Ação Judicial p/ Anulação de
Ato Administrativo: Prazo Prescricional de 05 anos.
• Podem ser convalidados, racionalmente reeditados. OBS: Doutrinadores defendem que, quando houver pos-
sibilidade de convalidação, a Administração está obrigada a Convalidar o ato, apesar de a Lei 9784/99 tratar a
convalidação como faculdade da administração.
• Quando houver vício na competência: desde que o ato seja ratificado pela autoridade competente, Confirma-
do, haverá a convalidação.
• Quando houver vício na forma: reedita-se o ato com a forma prescrita em lei.
• OBS. GERAL: Os ATOS INVÁLIDOS NÃO GERAM DIREITO ADQUIRIDO.
*AGENTES PÚBLICOS*
AGENTES PÚBLICOS
• Todo aquele que exerce função pública, quer seja temporária, quer sem remuneração (Ex: integrantes do júri,
mesário). É a expressão mais abrangente, compreendendo os Agentes Políticos, Servidores Estatais e Agen-
tes Honoríficos.
a) AGENTE POLÍTICO Chefes do Executivo e seus auxiliares imediatos (Secretários e Ministros), Membros
do Legislativo, Membros do Ministério Público (Procurador e Promotor de Justiça) e Poder Judiciário. Seguem
Regime Estatutário ou o chamado Regime Legal.
OBS: Há divergência se Ministério Público e Judiciário se enquadrariam nesse conceito. A corrente Majoritária
admite seu enquadramento.
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b) SERVIDOR ESTATAL Todo aquele que atua no Estado, não sendo necessariamente ‘Funcionário Públi-
co’.
cargo em Comissão
● Subdivide-se em cargo Efetivo
cargo Vitalício
É de livre nomeação e exoneração Exoneração AD NUTUM. Qualquer pessoa pode exercer cargo de confian-
ça, desde que se reserve um limite mínimo que detenha cargo efetivo, pelo principio da continuidade.
OBS: CARGO DE CONFIANÇA ≠ FUNÇÃO de CONFIANÇA A Função é um plus que só pode ser exercido
por cargo efetivo, que ganhara gratificação pela responsabilidade a maior (lei 8.112/90).
b) CARGO EFETIVO Nomeado por Concurso Público, em caráter definitivo, podendo vir a adquirir a estabili-
dade. O cargo é efetivo e não estável, já que essa última qualidade pertence ao servidor.
Quando o servidor se torna estável, só poderá ser demitido via Processo Administrativo, processo Judicial transi-
tado em julgado ou avaliação periódica.
c) CARGO VITALÍCIO só pode haver dispensa via processo judicial transitado em julgado (ex. Ministério
Público, Juiz, Tribunal de Contas, esse ultimo sequer precisa de concurso publico para contratação)
10. (TRT 23R (MT) - 2014 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Juiz Substituto)
Sobre o regime jurídico dos servidores estatais (titulares de cargos ou empregos públicos), assinale a
alternativa CORRETA:
A) A acessibilidade aos cargos e empregos públicos se dá por meio de concurso público, salvo nos casos de con-
tratação para o atendimento de necessidade temporária de excepcional interesse público, quando a atividade é
temporária ou na ocorrência de alguma contingência incomum que reclame satisfação imediata e provisória;
B) Os servidores púbicos possuem livre direito à greve, entretanto, o direito de sindicalização poderá ser exercido
apenas nos termos e limites estabelecidos em lei específica;
C) Aos servidores estatais é vedada a acumulação remunerada de cargos e funções públicas na Administração
Direta, sendo, contudo, permitida a acumulação de empregos públicos na Administração Indireta;
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D) Nos casos de servidores titulares de cargos públicos, os atos de improbidade administrativa, sem prejuízo da
ação penal cabível, poderão acarretar a suspensão dos direitos políticos, perda da função pública, indisponibilida-
de dos bens e ressarcimento do erário, o que já não se aplica aos empregados públicos já que regidos pela CLT;
E) Os subsídios e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, não se admitin-
do ressalvas, por se tratar de garantia constitucional.
11. (CESPE - 2014 - PGE-PI - Procurador do Estado Substituto) A respeito de concurso público, função
pública, improbidade administrativa e responsabilidade civil do Estado, assinale a opção correta.
A) Se um servidor público for preso em flagrante, em uma operação da Polícia Federal, por desvio de verba públi-
ca, então, nesse caso, nos termos da Lei de Improbidade Administrativa, o afastamento desse servidor do cargo
que ocupa dependerá de sentença condenatória em primeira instância.
B) A invasão, por particular, de área de preservação ambiental na qual monte ele um empreendimento que cause
danos ao meio ambiente não acarretará responsabilidade do Estado, tendo em vista que se trata de culpa exclusi-
va de terceiros.
C) Segundo o entendimento STJ, os agentes públicos respondem objetivamente pelos atos de improbidade admi-
nistrativa.
D) O prazo de validade de dois anos para um concurso público poderá ser prorrogado, a critério da administração,
sucessivas vezes, inclusive com prorrogação por período inferior a dois anos.
E) A convocação de um cidadão, pela justiça estadual, para compor o corpo de jurados de determinado julgamen-
to, mesmo que em caráter transitório, faz que esse cidadão seja considerado agente público enquanto exercer a
função que lhe foi designada pelo Estado.
PROVIMENTO
Originário Nomeação
• Provimento Vertical Promoção
Derivado Horizontal Readaptação
Reingresso Reintegração
Recondução
Reversão
a) Provimento ORIGINÁRIO Só ocorre por Nomeação, a qual depende de aprovação em concurso público.
▪ EMPOSSAR Aceitar o cargo (assina os papéis). Quando se anui à posse, têm-se a investidura, que é a for-
mação de relação jurídica com a Administração.
Se nomeado, tem 30 dias para tomar posse. Empossado, terá 15 dias para entrar em exercício.
Se o nomeado não tomar posse nos 30 dias, a nomeação torna-se sem efeito. Perde-se a vaga no concurso. Se
tomar posse, mas não entrar em exercício nos 15 dias, ocorrerá desinvestidura mediante EXONERAÇÃO de
OFÍCIO.
OBS: A desinvestidura também poderá ser pela modalidade de demissão, porém sem aplicabilidade no caso ante-
rior, pois a demissão sempre será uma penalidade disciplinar.
Cargo em COMISSÃO;
Hipóteses Constitucionais (Regra do Quinto Constitucional, Ministro do STF, Tribunal de Contas, etc.);
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Agentes Comunitários de Saúde e de Combate a Endemias (via processo seletivo, art. 198, §4º, C.F/88);
b) Provimento DERIVADO
Vertical Promoção
▪ Derivado Horizontal Readaptação
Reingresso Reintegração
Recondução
Reversão
Provimento VERTICAL Ascensão na carreira; ascensão funcional. A única hipótese possível é a Promo-
ção.
Provimento HORIZONTAL Recolocação do Servidor com limitação física (surdez, problemas cardíacos,
etc.). A única hipótese é a READAPTAÇÃO, na qual muda de cargo sem ascender na carreira (ex. professora,
que por problemas de saúde, torna-se atendente de biblioteca).
OBS: Remoção não é provimento, pois é forma de deslocamento de um lugar para outro. A Lei 8.112/90, art.10º
elenca rol taxativo quanto aos casos de provimento.
Provimento por REINGRESSO Servidor retorna à Administração, isso só quando o mesmo gozar de
estabilidade (art.41 da C.F/88).
I) REINTEGRAÇÃO Quando o afastamento se deu por conta de uma ilegalidade contra o servidor (ex. desli-
gamento de estável sem processo administrativo).
OBS: Quando ocorrer Excesso de Despesa com Pessoal (art.169 da C.F/88). Para tanto, observa-se os limites
de gasto com pessoal impostos no art. 19 da LC 101/00 que estabelece os seguintes índices:
União 50%
art. 19 da LC 101/00 Estado 60%
Município 60%
3° Servidores ESTÁVEIS (só poderão exonerá-los após todos os não estáveis e os 20% dos cargos de confi-
ança). Será por via EXONERAÇÃO (não é demissão, por não ser uma pena), sendo que a Administração só po-
derá se valer desse novo cargo (pois o anterior terá que ser extinto), ou cargo a ele análogo, depois de 04 anos
de sua extinção.
OBS: Se houver dispensa sem observância dessa ordem legal, o servidor é REINTEGRADO, ante a ilegalidade
da conduta administrativa. Daí, se o servidor retorna ao cargo de origem, terá direito a todas as vantagens do
período em que esteve afastado (subsídio/vencimento, tempo para fins de antiguidade, etc.). Dessa forma, o atual
ocupante do cargo pertencente ao servidor, então, reintegrado deverá ser RECONDUZIDO a outro cargo vago.
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O reconduzido tem direito a voltar ao cargo de origem desde que VAGO. Se não estiver vago, reconduz para car-
go equivalente vago. Novamente, se não houver vaga, ficará em DISPONIBILIDADE, recebendo proporcional-
mente ao tempo de serviço1. Pelo instituto do REAPROVEITAMENTO, ele volta ao cargo porventura vago.
B Retorno espontâneo de aposentado à Atividade (art.25 da lei 8.112/90). Nesse caso, o servidor se apo-
senta, mas depois decide voltar ao trabalho, antes de completar a idade da compulsória. Peticionará um requeri-
mento de reversão à Administração Pública, que poderá, ou não, aceitá-lo.
Demissão
▪ Desinvestidura Exoneração
Cassação
Destituição
▪ Penalidades:
OBS: A CASSAÇÃO se opera quando o servidor estiver aposentado ou em disponibilidade e praticar falta grave
à época em que ainda ocupava seu cargo.
OBS 2: A DESTITUIÇÃO ocorrerá sempre que o servidor ocupante de Cargo ou Função em Comissão for ape-
nado com suspensão ou demissão (em qualquer um desses casos).
SINDICÂNCIA
SUMÁRIO ACUMULAÇÃO ILEGAL DE CARGOS
▪ Processo Administrativo Disciplinar
ORDINÁRIO PAD PROPRIAMENTE DITO
Provimento SUMÁRIO
I) SINDICÂNCIA Serve para investigação prévia. Porém, a lei 8.112/90 a reconheceu como mecanismo ou
processo próprio para apuração de fatos, na hipótese de punição por infração LEVE, ou seja, por: Advertência
ou Suspensão de até 30 dias. Tem prazo para conclusão de 30 dias prorrogáveis por mais 30.
Precisa de contraditório e ampla defesa. Se a infração mais grave for detectada, incumbirá a instauração de Pro-
cesso Administrativo propriamente dito.
ARQUIVA ADVERTÊNCIA
▪ SINDICÂNCIA INFRAÇÃO LEVE SUSPENSÃO por até 30 dias
PAD propriamente dito
1
Com o advento da EC 20/98, todas as outras hipóteses constitucionais mudaram para ‘tempo de con-
tribuição’, excetuando a citada que ainda considera o ‘tempo de serviço’.
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II) ACUMULAÇÃO ILEGAL DE CARGOS Art. 133 do Regime Jurídico da União – RJU. Seu prazo é de 30
dias prorrogáveis por mais 15. Se verificada a acumulação, a Administração deve dar a opção ao servidor de
qual cargo quer permanecer, sendo do outro EXONERADO.
Se não houver manifestação do servidor, instaura-se processo administrativo, mas até o prazo da defesa, deve-se
facultar novamente a opção entre os cargos (até esse momento, reconhece-se a boa-fé do servidor). Mantendo-se
silente, por ser pena tida por grave, ele será demitido de AMBOS os CARGOS.
Provimento ORDINÁRIO Corresponde ao processo administrativo disciplinar propriamente dito. Tem pra-
zo para conclusão de 60 dias, prorrogáveis por mais 60.
Instauração Instrução
▪ Fases Inquérito Administrativo Defesa
Julgamento Relatório
Na segunda fase (Inquérito Administrativo), têm-se o miolo do processo, com instrução, defesa e relatório. O rela-
tório é conclusivo (deve propor um resultado) e o julgamento só poderá contrariá-lo se esse se mostrar incompa-
tível com as provas dos autos.
Havendo recurso administrativo, poderá haver REFORMATIO IN PEJUS, a lei é expressa nesse sentido. Somente
não se admite a Reformatio in pejus em casos de REVISÃO (sempre que surgir fato novo, oponível a qualquer
tempo).
Há vedação legal de o servidor requerer aposentadoria ou exoneração voluntária, quando, contra ele, for instaura-
do um PAD. Porém poderá ser aposentado compulsoriamente¸ uma vez que a lei assim obriga. Se detectada a
infração após a sua aposentadoria, sofrerá pena de Cassação.
Penalidades em geral:
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12. (CESPE - 2014 - PGE-PI - Procurador do Estado Substituto) Um servidor, vinculado à administração
pública unicamente por cargo em comissão, cometeu infração administrativa e, após regular processo
administrativo disciplinar, a autoridade julgadora, concordando com o relatório final da comissão proces-
sante, entendeu que a falta se enquadrava nas hipóteses de suspensão.
Nesse caso, nos termos da Lei n.º 8.112/1990, a penalidade a ser aplicada ao servidor será
A) a exoneração de ofício.
B) a destituição do cargo em comissão.
C) a demissão.
D) a suspensão.
E) o desligamento.
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ESPÉCIES de EXONERAÇÃO:
I) A PEDIDO do Servidor;
VI) REPROVAÇÃO em AVALIAÇÃO PERIÓDICA, apenas possível quando houver Quadro de Carreira. Falta
LC para regulamentar certas carreiras, outras já possuem;
SISTEMA REMUNERATÓRIO
Parcela FIXA
REMUNERAÇÃO Parcela
VARIÁVEL
▪ SISTEMA REMUNERATÓRIO
SUBSÍDIO Parcela ÚNICA
b) SUBSÍDIOS É parcela única que, no latim, significa ‘ajuda de sobrevivência’, mas quem a recebe é o alto
escalão.
Chefes do Executivo;
Auxiliares Imediatos do Executivo (Ministros e Secretários);
Membros do Legislativo;
Magistratura;
Membros do Ministério Público (Promotor e Procurador);
AGU;
Procuradores e Defensores;
Conselheiros dos Tribunais de Contas;
Policiais (Toda a carreira);
Todos os demais estruturados em cargos de carreira;
FIXAÇÃO DA REMUNERAÇÃO
▪ Necessita de lei de iniciativa de quem for pagar a conta. Alguns casos não dependem de lei e sim de Decreto
Legislativo (o qual dispensa a sanção ou veto do Executivo).
Presidente
▪ CONGRESSO NACIONAL DL Ministro de Estado
Senador e Deputado Federal
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Governador
▪ LEI Deputado Estadual
Prefeito
▪ LEI Câmara Deputados Senado Sanção/Veto do Presidente
TETO REMUNERATÓRIO
▪ Ninguém ganha mais que Ministro do STF. Com a EC 41, criou-se Subtetos:
Poder Executivo
UNIÃO Ministro do STF Poder Legislativo
(teto vale para todos) Poder Judiciário
OBS: Por se tratar de matéria muito importante, fica disponibilizado aos alunos o Quadro Sinóptico acerca do
tema retirado do Manual de Direito Administrativo – Matheus Carvalho – Ed. JusPodivm
QUADRO SINÓPTICO
AGENTES PÚBLICOS
CONCEITO
Todos os particulares contratados sob regime de cargo temporário, nos moldes defi-
nidos pelo art. 37, IX da Constituição Federal, ainda são considerados agentes públi-
cos e exercem função pública.
Os atos destes agentes ficam sujeitos ao controle judicial que pode se dar por meio
dos remédios constitucionais, tais como Mandado de Segurança e Ação Popular.
CLASSIFICAÇÃO DE AGENTES
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AGENTES PÚBLICOS
CELETIST do-lhes aplicável o regime da CLT, subsidiariamente às
AS normas estipuladas por lei específica. No âmbito federal,
a regulamentação destes empregos se deu por meio da
edição da lei 9.962/00.
ATENÇÃO! Estes servidores estão proibidos de acu-
mularem seus empregos com outros cargos ou empre-
gos públicos, salvo as exceções constitucionalmente
admitidas (art. 37, XVII, CF/88).
São agentes públicos para fins de responsabilização por
atos de improbidade administrativa (art. 2º, da lei
8.429/92).
Enquadram-se na definição de “funcionário público”
para fins penais (artigo 327, CP).
seus atos se submetem a correção e controle judicial, por
meio dos remédios constitucionais
devem-se submeter a concurso público de provas ou
de provas e títulos.
devem respeitar a aplicação do teto remuneratório, pre-
visto no art. 37, XI da Carta Magna, salvo se a entidade
não receber dinheiro público para custeio ou pagamento
de pessoal.
não podem ficar em disponibilidade remunerada quando
da extinção do emprego ou função e submetem-se a
regime geral de previdência social, entre outras normas
de direito privado a eles aplicáveis.
não se admite a extensão da estabilidade aos detentores
de empregos (doutrina e súmula 390, II, do TST).
os atos de dispensa dos empregados das empresas
estatais prestadoras de serviços públicos devem ser
motivados (STF).
têm vínculo permanente com a Administração, de nature-
za profissional, com prazo indeterminado, para execução
de atividades permanentes de interesse do Estado.
o candidato é aprovado em um concurso público para
SERVIDOR
provimento de cargos e, após nomeação, ao assinar o
ES
termo de posse, se submete a todas as normas dispostas
ESTATUTÁ
na legislação para sua carreira.
RIOS
em virtude da ausência de contrato dispondo acerca de
todos os direitos e obrigações, o servidor estatutário não
tem direito adquirido a manter as prerrogativas definidas
em lei.
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ção ajustada.
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Cargos em comissão
Servidores Temporários
EXCEÇÕE
S Cargos eletivos
AO Ex-combatentes
CONCURS
O Agentes comunitários de saúde e agentes de comba-
PÚBLICO te às endemias
a nomeação direta, sem a necessidade de realização de
concursos públicos para os Ministros dos Tribunais de
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AGENTES PÚBLICOS
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AGENTES PÚBLICOS
REALIZAÇ
ÃO DE
NOVO “durante o prazo improrrogável previsto no edital de con-
CONCURS vocação, aquele aprovado em concurso público de pro-
O NA vas ou de provas e títulos será convocado com prioridade
VIGÊNCIA sobre novos concursados para assumir cargo ou empre-
DO go, na carreira”(EC n.19/98).
CERTAME
ANTERIOR
Ressalte-se que a lei não pode distinguir entre brasileiros natos e natu-
ralizados, distinção apenas feita pela Constituição Federal (§3°, art. 12
NACIONAL e VII, do art. 89, da CF/88),logo, para ingressar em cargo público fede-
IDADE ral, deve ser brasileiro (nato ou naturalizado).
BRASILEIR
A as universidades públicas e instituições de pesquisa científica e tecno-
lógica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e
cientistas estrangeiros (I, art. 37, CF/88).
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AGENTES PÚBLICOS
O GOZO
aqueles que, de alguma forma, não estiverem em pleno gozo dos direi-
DOS
tos políticos não poderão ingressar na carreira pública federal, (art. 5º,
DIREITOS
II, da lei 8.112/90).
POLÍTICOS
A
QUITAÇÃO
COM AS
requisito estampado no art. 5º, III, da lei 8.112/90, para assunção de
OBRIGAÇ
cargo público estatutário civil, no âmbito federal, devendo ser demons-
ÕES
trado por meio de certidões extraídas nos respectivos órgãos, que de-
MILITARES
monstrem a ausência de pendência do cidadão.
E
ELEITORAI
S
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AGENTES PÚBLICOS
(masculino ou feminino), altura mínima,
entre outras restrições (XXX, art. 7° c/c o
§3°, do art. 39, da CF/88).
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AGENTES PÚBLICOS
Em relação ao ingresso nas carreiras do Ministério Público, a matéria
se encontra regulamentada pela Resolução n. 40/09 do Conselho Naci-
onal do Ministério Público – CNMP que admite como tempo de ativida-
de jurídica os cursos de pós-graduação, desde que respeitadas algu-
mas regras expostas.
A Lei 12.990/14 definiu a reserva de um percentual de 20% das vagas
VAGAS de concursos públicos, no âmbito da Administração Direta e Indireta da
RESERVA União, para candidatos negros e pardos, desde que o número de vagas
DAS PARA estipulado no edital seja igual ou superior a 3. Esta legislação é federal,
NEGROS E não se aplicando no âmbito estadual, distrital e municipal, os quais
PARDOS dependem da publicação de lei específica. Tem prazo de vigência de
10 anos.
Em respeito ao princípio da moralidade e da impessoalidade das no-
meações, é exigido que o agente não possua vínculo familiar com o
nomeante. Trata-se de requisito negativo de acesso e que deve ser
tratado com muito cuidado.
A lei 8112/90, em seu art. 117, VIII define que é punível com advertên-
cia a prática do nepotismo, expondo que configura infração administra-
tiva “manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança,
cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil”.
“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, cola-
VEDAÇÃO
teral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade no-
AO
meante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo
NEPOTISM
de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em
O
comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Adminis-
tração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste
mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal”(súmula
vinculante n.13).
É inaplicável da vedação ao nepotismo quando se tratar de nomeação
de agentes para o exercício de cargos políticos.
No âmbito federal, a matéria é regulamentada por meio do Decreto
7.203/10.
ESTABILIDADE
Cargos em Não adquirem estabilidade, pois são cargos de livre nomeação e exo-
comissão neração, assim definidos pela Constituição.
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de dois anos. O mesmo ocorre com os ministros e conselheiros dos
Tribunais de Contas.
Em relação àqueles que ingressam nas carreiras da magistratura ou do
Ministério Público mediante aprovação em concurso, por sua vez, a
vitaliciedade é adquirida, somente, após dois anos de efetivo exercício
no cargo.
DIREITO DE GREVE DO SERVIDOR PÚBLICO
Os servidores militares não têm direito de greve nem de sindicalização, por expressa
vedação constitucional (art. 142, IV).
Aos servidores públicos civis, o direito de greve está garantido pelo art. 37, VII da
Constituição Federal e será exercido nos limites definidos em lei específica.
A doutrina majoritária e a jurisprudência do STF entendem que o direito de greve dos
servidores públicos decorre de uma norma de eficácia limitada, pois mesmo tendo
direito constitucional, o exercício desta garantia fica limitado à edição de lei específica
que a regulamente.
O STF determinou que, enquanto não houver lei específica a regulamentar a greve
dos servidores, será utilizada a lei geral de greve (Lei 7.783/89) para o exercício deste
direito.
A greve pode, desde que seja realizada licitamente, ser exercida, inclusive por servi-
dores que estejam em estágio probatório.
Embora não tenha direito à remuneração pelos dias parados, haja vista se tratar a
contraprestação pelo exercício da atividade pública, não deve sofrer o corte da remu-
neração durante o exercício regular deste direito (STJ).
Ao terminar a movimentação grevista, ficará sujeito à compensação pelos dias para-
dos, sob pena de ressarcimento ao erário dos valores percebidos.
A Justiça do Trabalho terá legitimidade para julgar as greves realizadas pelos empre-
gados públicos. Em relação aos servidores estatutários, detentores de cargos efeti-
vos, a competência será da justiça comum. Já quando o movimento for nacional ou
abarcar mais de um ente federativo a competência é do STJ.
Aos servidores públicos, em geral, é garantido o direito, não somente à
greve, mas também à sindicalização (VI, art. 37, da CF/88).
“A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto
Sindicaliza de convenção coletiva”(Súmula 679 do STF).
ção
“é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro
da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se elei-
to, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se
cometer falta grave nos termos da lei”(VIII, art. 8°, da CF/88).
PROVIMENTO
É um ato administrativo por meio do qual há esse preenchimento de cargo, atribuindo
as funções a ele inerentes a uma determinada pessoa.
Proviment
o Nomeação
Originário:
Proviment Promoção
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o Readaptação
Derivado:
Reversão
Reintegração
Recondução
Aproveitamento
é ato administrativo que atribui um cargo a servidor que não integrava
o quadro de servidores daquele órgão.
a nomeação é única forma de provimento originário, no ordenamento
jurídico brasileiro, dependendo de prévia habilitação em concurso públi-
co de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classifica-
ção e o prazo de sua validade.
o momento da nomeação configura discricionariedade do administrador
PROVIMEN (art. 9º e seguintes da Lei 8112/90).
TO
o provimento do cargo se dá com a nomeação, mas a investidura, no
ORIGINÁRI
cargo, se dá com a posse (art. 7º, Lei 8.112/90).
O
nos termos da lei federal, é de 30 (trinta) dias, contados da publicação
do ato de provimento, o prazo máximo para a posse, podendo ser feita
mediante procuração (art. 13, da Lei n. 8.112/90).
E o prazo para o servidor público federal começar exercer as funções
do cargo é de 15 dias no máximo (art. 15, da Lei n. 8.112/90).
Se for nomeado e não tomar posse, o ato de nomeação se torna sem
efeito.
O cargo público será atribuído a um servidor que já exerce funções na
carreira em que pretende assumir novo cargo.
Não pode haver provimento derivado em outra carreira.
“É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao ser-
vidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado
ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteri-
ormente investido”(Súmula 685, do STF).
Promoção na carreira pública é o chamado provimento
derivado vertical, ensejando a garantia de o servidor pú-
PROVIMEN
blico ocupar cargos mais altos, na carreira de ingresso,
TO
alternadamente por antiguidade e merecimento.
DERIVADO
É necessário a assunção de cargo escalonado em carrei-
PROVIMEN ra.
TO
DERIVADO É diferente da progressão funcional que configura
VERTICAL aumento do padrão remuneratório sem mudança de car-
go e ocorre em determinadas carreiras em que cada
cargo é escalonado com o pagamento de vencimentos
progressivos, sempre por antiguidade.
Por meio de promoção, não se pode assumir um cargo
em outra carreira mais elevada.
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A ascensão ou acesso foi abolido do ordenamento jurídi-
co pela Constituição Federal de 1988.
A readaptação (art. 24, Lei 8112/90) é o aproveitamento
do servidor em novo cargo razão de uma limitação sofri-
da na capacidade física ou mental.
É garantida a equivalência de vencimentos
Independe da existência de cargo vago na carreira, po-
Proviment dendo ser readaptado, no novo cargo, como excedente.
o derivado
horizontal Não havendo nenhum cargo, na carreira, com funções
compatíveis, o servidor será aposentado por invalidez.
A princípio, independentemente de culpa, o servidor tem
direito a ser readaptado.
Não cabe a transferência, ou seja, não pode assumir
novo cargo em carreira diversa.
retorno do servidor público aposentado ao
exercício do cargo público.
Reversão da
quando cessam os moti-
aposentadoria
vos da invalidez
por invalidez
Deve haver solicitação
do aposentado, que já
tinha estabilidade quan-
Reversão do na atividade; a apo-
Reversão do sentadoria deve ter ocor-
servidor rido nos cinco anos ante-
aposentado riores; deve haver cargo
voluntariamen vago e interesse da Ad-
te ministração Pública.
PROVIMEN Após os 70 anos de ida-
TO de, não será possível a
DERIVADO reversão (aposentadoria
POR compulsória).
REINGRES
SO Retorno do servidor público estável, ao
cargo que ocupava anteriormente, em
virtude da anulação do ato de demissão.
Invalidade da demissão do servidor está-
Reintegraçã vel por decisão judicial ou administrativa.
o
O reintegrado será indenizado por tudo
que deixou de ganhar.
Basta que este agente seja detentor de
cargo público efetivo (STF).
Inabilitação É o retorno à carreira
em estágio anterior em que já havia
Reconduçã
probatório adquirido estabilidade,
o
relativo a ao invés de ser exonera-
outro cargo do do serviço público.
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O servidor pode requerer
reintegração a recondução dentro do
do anterior período de estágio pro-
ocupante batório (doutrina majori-
tária).
Pode o servidor ser reconduzido a pedido
seu ou por decisão administrativa (STJ).
Não gera direito a percepção de indeniza-
ção.
Retorno de determinado servidor público
que se encontra em disponibilidade, para
assunção de cargo com funções compatí-
veis com as que exercia, antes de ter ex-
tinto o cargo que ocupava.
VACÂNCIA
Deverá ser aprovada pelo Tribunal de Contas para que tenha valida-
Aposentad de(ato complexo).
oria Voluntária
Compulsória
Por invalidez
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ACUMULAÇÃO DE CARGOS
Caso a acumulação seja ilegal, o servidor deve ser notificado por inter-
médio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo impror-
rogável de dez dias, contados da data da ciência.
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cia do ser-
vidor com
remunera- ATENÇÃO! Deve-se respeitar o limite de remuneração,
ção previsto no art. 37, XI da Constituição da República.
de cargo
efetivo
DESLOCAMENTO
ato discricionário
a jurisprudência do Su-
perior Tribunal de Justiça
dispõe que, para a con-
deslocamento do cônjuge
cessão desta remoção, é
do servidor
necessário demonstrar
que os dois servidores
coabitavam
REMOÇÃO
por motivo de saúde do
servidor, cônjuge ou de o poder público não po-
Hipóteses dependente econômico do de sobrepor esta situa-
desta servidor, comprovado o ção ao interesse do ser-
sendo ato requisito por laudo médico viço.
vinculado oficial.
em virtude de processo
seletivo promovido, na hi-
pótese em que o número de Trata-se de concurso de
interessados for superior ao remoção, feito, normal-
número de vagas, de acor- mente, por antiguidade,
do com normas preestabe- entre os servidores da
lecidas pelo órgão ou enti- carreira.
dade em que aqueles este-
jam lotados
REDISTRI- A lei permite que o deslocamento seja feito entre órgãos diferentes e
BUIÇÃO até mesmo entre entidades diferentes, desde que seja dentro do mes-
mo Poder, sendo possível que este deslocamento incida sobre cargos
ocupados ou vagos.
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a remuneração do servidor público deve ser definida mediante a edição de lei especí-
fica, assim como a revisão ou alteração.
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Defensores públicos;
Teto
remunerat Subsídio do Ministro do Supremo Tribunal Federal.
ório
Subteto
Subsídio do Prefeito do Município.
municipal
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VANTAGENS
Preenchidas essas condições o agente terá garantido seu direito de recebê-la (Art.
49, da lei 8.112/90).
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vedado o duplo
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residência para ocupar cargo em comis-
são ou função de confiança do Grupo-
Direção e Assessoramento Superiores -
DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza Espe-
cial, de Ministro de Estado ou equiva-
lentes
o Município no qual assuma o cargo em
comissão ou função de confiança não se
enquadre dentro da mesma região me-
tropolitana, aglomeração urbana ou
microrregião
o servidor não tenha sido domiciliado
ou tenha residido no Município, nos
últimos doze meses, aonde for exercer
o cargo em comissão ou função de
confiança
o deslocamento não tenha sido por
força de alteração de lotação ou nome-
ação para cargo efetivo.
o deslocamento tenha ocorrido após 30 de
junho de 2006
Não há prazo máximo de percepção da gratificação de
auxílio moradia, conforme Lei 12.998/14
Gratificaçã Trata-se de gratificação paga ao agente público pelo
o de exercício de uma função de direção chefia ou assesso-
função ramento.
paga ao servidor, até o dia 20 de dezembro de cada ano,
na proporção de um doze avos da remuneração de de-
zembro para cada mês de serviço público prestado
Gratificaçã a fração igual ou superior a quinze dias será considerada
o natalina como um mês integral.
o servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina,
proporcionalmente aos meses de exercício, calculada
sobre a remuneração do mês da exoneração
Gratificaçõ É paga ao servidor público pelo exercício de atividades
es não inerentes ao exercício do seu cargo;
ao servidor que atuar como instrutor em curso de forma-
ção, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente
Gratificaçã instituído no âmbito da administração pública federal;
o por àquele que participar de banca examinadora ou de co-
encargo de missão para exames orais, para análise curricular, para
curso ou correção de provas discursivas, para elaboração de
concurso questões de provas ou para julgamento de recursos in-
tentados por candidatos;
ao que participar da logística de preparação e de realiza-
ção de concurso público envolvendo atividades de plane-
jamento, coordenação, supervisão, execução e avaliação
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de resultado, quando tais atividades não estiverem inclu-
ídas entre as suas atribuições permanentes;
aos agentes que participarem da aplicação, fiscalização
ou avaliação de provas de exame vestibular ou de con-
curso público ou supervisionar essas atividades.
Será paga por hora de atividade
A retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120 (cento e
vinte) horas de trabalho anuais.
Se justificados devidamente e previamente aprovada pela autoridade
máxima do órgão ou entidade, o valor máximo da hora trabalhada cor-
responderá: 2,2%, em se tratando de atividades de instrutor em curso
de formação ou examinador de bancas de concurso público realizado
pelo órgão estatal; 1,2%, em se tratando de atividade de aplicação,
fiscalização de provas de concurso ou a coordenação e planejamento
destas atividades, incluindo a organização da estrutura logística.
Na legislação federal encontramos os seguintes adicionais: adicional
ADICIONAI pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas, adicional
S de férias, pelo exercício de horas extras e de horas noturnas. Analise-
mos cada um deles separadamente.
FÉRIAS
Nos moldes da lei 8.112/90, o servidor público tem direito a 30 dias de férias por ano
(civil).
para que possa gozar do primeiro período de férias, o servidor deve ter 12 meses de
exercício (art. 77 e seguintes da Lei 8112/90).
No interesse da Administração é possível haver acumulação de períodos de férias,
por no máximo 2 (dois) períodos.
As férias do servidor público podem ser parceladas em até 3 (três) períodos (a pedi-
do do servidor e a critério da Administração). No entanto, o adicional de férias (1/3 da
remuneração do mês das férias) não é parcelado.
Caso o servidor seja exonerado antes de usufruir de seu período de férias, fará jus a
este pagamento de forma proporcional, com acréscimo do adicional de 1/3 (STF).
As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, co-
moção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade
do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade.
O restante do período interrompido será gozado de uma só vez, observado o disposto
no art. 77 (art. 80, da Lei n° 8.112/90).
LICENÇAS
As licenças podem ser remuneradas ou não e algumas têm prazo determinado, fixado
em lei.
I - pessoa da família doente, podendo ser assim considerado cônjuge
ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e ente-
Licença
ado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assen-
por motivo
tamento funcional;
de doença
II - o doente depende da assistência direta do servidor, não sendo pos-
familiar
sível o auxílio por outra pessoa da família; e
III - impossibilidade de o servidor, ao mesmo tempo, prestar a assistên-
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cia devida ao familiar enfermo e exercer sua função pública, nem mes-
mo mediante compensação de horários, permitida na lei.
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o para participar de curso de capacitação profissional, no interesse da
Administração Pública. Estes 3 (três) meses não configuram uma ga-
rantia, mas sim o limite definido ao servidor público. Dessa forma, se o
curso do qual o agente decidiu participar, tiver duração de 2 (dois) me-
ses, este será o prazo da sua licença.
Os períodos são inacumuláveis, não senso admitido que, após 10 (dez)
anos de exercício, a licença chegue a seis meses. (art. 87).
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como tempo de serviço público para todos os efeitos, menos para fins
de promoção por merecimento.
O servidor público poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão
AFASTAM ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal
ENTO e dos Municípios, para exercício de cargo em comissão ou função de
PARA confiança, além de situações previstas em lei específica. A cessão será
SERVIR A realizada por meio de portaria, a qual deverá ser publicada no Diário
OUTRO Oficial da União.
ÓRGÃO Sendo a cessão para órgãos ou entidades dos Estados, do Distrito
OU Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou
ENTIDADE entidade cessionária, sendo mantido o ônus para o cedente nos demais
casos.
A cessão para outro órgão ocorre somente para o exercício de cargos
em comissão de DAS 4, 5 ou 6 ou, ainda, cargos de natureza especial.
A cessão nas empresas públicas ou de sociedade de economia mistas,
que recebam recursos de Tesouro Nacional, depende de autorização
específica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, exceto
nos casos de ocupação de cargo em comissão ou função gratificada
Ocorre mediante autorização do Presidente da República, Presidente
dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal
Federal.
AFASTAM
ENTO A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo,
PARA somente decorrido igual período, será permitida nova ausência.
ESTUDO Ao retornar não pode ser exonerado a pedido ou gozar de licença por
OU interesse particular, pelo mesmo tempo que ficou afastado, salvo se
MISSÃO optar por ressarcir ao erário por todas as despesas tidas com seu afas-
NO tamento (art. 95, da Lei n, 8.112/90).
EXTERIOR
O servidor que for afastado para prestar serviços em Organismos Inter-
nacionais que tenha cooperação do país, não receberá remuneração
(art. 96, da Lei n. 8.112/90).
Com a respectiva remuneração.
A pós-graduação strictu sensu, nos termos da lei, abrange mestrado,
doutorado e pós-doutorado.
AFASTAM
ENTO aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo
para órgão ou entidade.
PARA
realização
PARTICIPA
de Não tenham se afastado por licença para tratar de assun-
ÇÃO EM
programas tos particulares para gozo de licença capacitação ou com
PROGRAM
de fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores à
A DE PÓS-
mestrado data da solicitação de afastamento.
GRADUAÇ
e
ÃO 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para douto-
doutorado
STRICTO rado, incluído o período de estágio probatório
SENSU NO
BRASIL aos servidores titulares de cargos efetivo no respectivo
programas órgão ou entidade há pelo menos quatro anos, incluído o
de pós- período de estágio probatório,
doutorado
não tenham se afastado por licença para tratar de assun-
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1 dia de
Doação de sangue
ausência
REGIME DISCIPLINAR
regulamenta as penalidades que podem ser aplicadas aos servidores públicos que
desrespeitam regras legalmente previstas para o exercício das funções.
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o servidor público, por uma única infração cometida, pode ser punido mais de uma
vez, haja vista a possibilidade de aplicação de sanções nas esferas penal, civil e
administrativa.
Sanções
descumprimento de normas funcionais, mediante processo administra-
administrat
tivo disciplinar.
ivas
Mesmo que o servidor público que faleça após cometer uma infração, as sanções
patrimoniais a ele aplicadas se transmitem aos herdeiros e sucessores deste ser-
vidor falecido, nos limites da herança transmitida.
Toda a atuação do agente público é orientada para uma boa execução da atividade
estatal e, neste ínterim a lei define algumas condutas proibidas que, caso sejam prati-
cadas, configuram infrações disciplinares.
Cada uma das infrações definidas na lei será punida com uma penalidade disciplinar
específica, não havendo margem de escolha à autoridade pública no que tange à
espécie punitiva a ser utilizada.
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crime
contra a
administra não poderá mais retornar ao serviço público federal.
ção
pública
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PROCES- o estáveis que não sejam cônjuges ou parentes até o
SO ADMI- terceiro grau civil do acusado).
NISTRATI-
VO DISCI- O membro presidente (detentor de cargo ou nível de
PLINAR escolaridade igual ou superior ao do acusado) é indicado
pela autoridade competente.
Ampla, cabendo a prova emprestada,
instrução
desde que tenha sido produzida
probatória,
regularmente no processo judicial.
o réu terá o prazo de 10 dias para
apresentação de defesa.
Se citado por edital o prazo para defesa é
de 15 dias.
havendo dois ou mais acusados no
defesa mesmo processo, o prazo de defesa será
Inquérito
de 20 dias.
administrat
ivo Com a revelia há a designação defensor
dativo (poder qualquer pessoa com cargo
ou nível de escolaridade igual ou superior
ao acusado).
elaboração tem natureza jurídica de um parecer
do
relatório. não é vinculante (STF).
Pedido de reconsideração
Impugnaçõ Recurso
es
administrat Revisão
ivas do
julgamento É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento
prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de
recurso administrativo (súmula vinculante n. 21).
ATENÇÃO! PAD tem duração de 60 dias, prorrogáveis por mais 60
dias, até elaboração do relatório, depois a autoridade terá mais 20 dias
para que seja proferido o julgamento (+ 20 dias).
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PROCESSO SUMÁRIO
ATENÇÃO! No caso de acumulação ilegal de cargos, a opção poderá ser feita após
uma notificação e antes da instauração do PAD, ou até o último dia do prazo para a
defesa no PAD. Ao fazer a escolha, em ambos os casos, presumir-se-á a sua boa-fé
e será determinada a exoneração a pedido.
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se decorrer de acidente
de serviço.
Aposentad
decorrer de doença pro-
oria por
fissional.
invalidez Dar-se-á com
proventos inte- doença grave, incurável
HIPÓTE- grais: ou contagiosa, na forma
SES
da lei (o art. 18,
DE APO-
da Lei n, 8.112/90 traz
SENTA-
rol exemplificativo, con-
DORIA
forme STJ).
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mulher: deve ter 55 anos
de idade + 30 anos de
contribuição.
ATENÇÃO! Se aqui
decidir por não se apo-
sentar, receberá o abono
permanência, não dei-
xando de contribuir.
homem: 65 anos de ida-
voluntária de.
proporcional mulher: 60 anos de ida-
de.
Devem comprovar que todo tempo de
contribuição se deu em atividade educaci-
onal (STF admite tempo de atividades
vinculadas ao magistério como direção de
Servidores escola ou orientação pedagógica, entre
que outros).
exercem
Devem comprovar se todo o tempo pres-
atividades
tado foi no ensino de educação infantil,
de
ensino fundamental ou médio.
magistério
Têm direito à redução de cinco anos na
contagem de tempo de contribuição bem
como na idade, somente para fins de apo-
sentadoria voluntária integral.
Apenas em relação aos casos previstos ao
art. 40, §4°, da Lei n. 8.112/90. No que
tange ao à hipótese no inciso III do referi-
Critérios do artigo, o STF editou, em 2014, Súmula
diferenciad Vinculante de n 33, conferindo aos servi-
os dores que exercem atividade prejudicial à
saúde o direito de aposentadoria especial,
mesmo que não haja lei específica tratan-
do da matéria.
No regime próprio de previdência social do servidor pú-
blico, a alíquota de contribuição será sempre de 11% (art.
4°, da Lei n. 10.887/94).
o servidor inativo que ganhar acima do teto do regime
geral de previdência social contribuirá (também 11%)
VALOR DA sobre tudo aquilo que seu provento de aposentadoria ou
CONTRI- pensão ultrapassar o referido teto (EC n. 41/03 c/c ADI
BUIÇÃO 3105).
caso o servidor inativo sofra de doença incapacitante, só
contribuirá sobre aquilo que os proventos de sua aposen-
tadoria ultrapassar o dobro do valor definido como teto
para os sujeitos ao regime geral de previdência (EC n.
47/05).
TETO DO com a edição da lei 12.618/12, a aposentadoria dos ser-
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REGIME vidores públicos passou a se submeter ao teto, pois ao
PRÓPRIO instituir o regime de previdência complementar para os
servidores públicos federais titulares de cargo efetivo,
também fixou o limite máximo para a concessão de apo-
sentadorias e pensões pelo regime de previdência de que
trata o art. 40 da Constituição Federal.
o Decreto n. 7.808/12 regulamentou a lei, de forma aque-
les que ingressaram no serviço público após a criação da
FUNPRESP terão proventos de aposentadoria e pensão
limitados ao valor máximo pago aos segurados do regime
geral.
no novo regime complementar, o valor do benefício pro-
gramado será calculado de acordo com o montante do
saldo da conta acumulado pelo participante, devendo o
valor do benefício estar permanentemente ajustado ao
referido saldo.
os benefícios decorrentes dos eventos invalidez e morte
e, se for o caso, a cobertura de outros riscos atuariais
são assegurados.
o cálculo é feito nos mesmos moldes defi-
nidos para o regime geral de previdência,
qual seja, mediante cálculo da média arit-
Integralidad
mética dos salários de contribuição do
e
Paridade e servidor público, ao longo de sua vida,
Integrali- atualizados monetariamente, consoante
dade art. 40, §3º da Constituição Federal.
Com o fim desta, criou-se uma revisão
anual, no texto constitucional, não vincula-
Paridade
da ao reajuste dos servidores em atividade
(art. 40, §8°, da CF/88)
ato complexo, pois é conjunção da manifestação do
órgão que o servidor exerce suas atividades e da apro-
NATURE- vação do ato de aposentadoria pelo Tribunal de Con-
ZA JURÍ- tas.
DICA DO
ATO DE Se o Tribunal de Contas não aprovar a concessão inicial,
APOSEN- não precisa respeitar o contraditório e a ampla defesa,
TADORIA porque não se trata de anulação de ato ampliativo, mas
tão-somente a não perfeição deste ato que ainda se en-
contrava em formação (súmula vinculante n. 3).
Mesmo sem ter cumprido os requisitos,
poderá se aposentar sem a idade mínima.
REGRAS
quem
DE TRAN- Homem: 53 anos de idade e 35 anos de
ingressou
SIÇÃO contribuição.
no serviço
DAS RE-
público Mulher: 48 anos de idade e 30 anos de
FORMAS
antes contribuição.
PREVI-
da EC n.
DENCIÁ-
20/98 contudo, o período de tempo de contribui-
RIAS
ção é de 20% a mais do que faltaria para
completar a idade mínima.
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Direito Administrativo
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AGENTES PÚBLICOS
o cônjuge ou companheiro
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AGENTES PÚBLICOS
da Previdência Social.
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AGENTES PÚBLICOS
BENEFÍCI
PENSÃO
OS DOS
POR
DEPENDE
MORTE
NTES
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AGENTES PÚBLICOS
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Direito Administrativo
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AGENTES PÚBLICOS
metade
condenação, por sentença definitiva, des-
da
de que a pena não determine a perda de
remuneraçã
cargo.
o
ASSISTÊN
nos mesmos moldes definidos no tópico referente à saú-
CIA
de do servidor público ativo ou inativo.
À SAÚDE
*IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA*
- A Probidade Administrativa não é novidade no ordenamento jurídico brasileiro, já o Princípio da Moralidade foi
introduzido pela Constituição Federal de 1988. Esse princípio tem conceito vago e indeterminado, por isso muito
doutrinadores misturam moralidade com probidade, porque ambas decorrem da ideia de honestidade.
- Entretanto, a improbidade é muito mais ampla que a moralidade, envolvendo muito mais hipóteses.
CONCEITO:
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Direito Administrativo
Matheus Carvalho
- É Designativo técnico para definir a corrupção administrativa, como desvirtuamento da administração pública,
com a desobediência às regras de administração pública.
FONTES:
b) Art.85: Prática de atos de improbidade faz parte do rol de crimes de Responsabilidade do Presidente da Re-
pública.
d) Art. 37, §4º: Regulado pela Lei 8429/92: Lei da Improbidade Administrativa.
União: Com fundamento no art.22, I, a doutrina atribui competência legislativa exclusiva à União para legislar a
respeito, em razão da natureza das sanções aplicadas pela lei de improbidade (natureza eleitoral, civil, que são de
legislação exclusiva pela União).
- No que tange ao procedimento administrativo a competência é concorrente, ou seja, a União legisla sobre nor-
mais gerais, e os outros entes legislam sobre matérias específicas.
NATUREZA JURÍDICA:
- Não é ilícito penal. Para que um ato de improbidade seja também considerado ilícito penal, é necessário que
esteja tipificado como tal em Lei Penal.
- OBS: Todo crime contra administração é ato de improbidade, mas nem todo ato de improbidade é crime.
- Também não é ilícito administrativo. Mas a Lei 8.112/90, estatuto dos servidores, pode estabelecer que um ato
de improbidade seja também infração funcional, sendo, neste caso, também ilícito administrativo.
- Tem natureza de Ilícito Civil, embora alguns doutrinadores considerem que ela pode ter natureza de ilícito polí-
tico em alguns casos. É apurado pela Ação de Improbidade Administrativa, que tem natureza de Ação Civil Públi-
ca.
- OBS: Um Ato de Improbidade que seja ilícito civil, poderá também ser um Ilícito Penal e Ilícito Administra-
tivo, hipótese na qual haverá procedimento para punição nas instâncias civil, administrativa e penal.
a. Sentença Absolutória no Processo Penal por inexistência do fato ou negativa de autoria: Neste caso, há co-
municação das instâncias, e o absolvido no processo penal será absolvido também nos processos civil e adminis-
trativo.
b. Absolvição por Excludente no Processo Penal: Faz Coisa Julgada no Processo Civil no que diz respeito à
existência da excludente. Contudo, ainda assim, o absolvido por excludente poderá ser condenado no civil.
c. Art.935, CC/02; Arts.65 e 66 do CPP; Art.126, Lei 8.112/90: Outras situações onde há comunicabilidade de
instâncias.
- Não há necessidade de sobrestação dos processos civil e administrativo enquanto correr o processo penal, mas
o ideal é o que o juiz o faça, embora não seja obrigado a fazê-lo.
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Direito Administrativo
Matheus Carvalho
b. Pessoa Jurídica na qual o Poder Público participe com mais de 50%. Neste caso, a PJ está sujeita inte-
gralmente à Lei de Improbidade.
c. Pessoa Jurídica na qual o Poder Público participe com menos de 50%: Neste caso, as sanções ficarão
limitadas ao patrimônio, e a sanção pela improbidade ficará limitada ao prejuízo causado ao Poder Público. Ex.
Fundos de Pensão das Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista.
SUJEITO ATIVO:
a) Agentes Públicos, inclusive os agentes políticos, embora haja uma reclamação no STF com objetivo de
excluí-los da lei de improbidade.
b) Terceiros: Desde que induzam, concorram ou se beneficiem da prática do ato. Entretanto, não responderá
por todas as penas da ação de improbidade.
c) Pessoa Jurídica poderá ser sujeito ativo de improbidade: Também não sofrerá todas as sanções, limitar-se-á
às penas possíveis de serem aplicadas a uma Pessoa Jurídica.
- OBS Alguns autores entendem que mesmo os advogados privados poderão praticar ato de improbidade quan-
do atuarem em processo judicial, por exemplo. Mas os particulares somente praticam atos de improbidade, junta-
mente com agentes públicos. Vejamos:
13. (TRF - 2ª Região - 2014 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz Federal) No tocante à improbidade administrativa, dis-
ciplinada pela Lei nº 8.429/92, assinale a opção em conformidade com o entendimento dominante em dou-
trina e no Superior Tribunal de Justiça:
A) Todos os atos de improbidade administrativa previstos nos artigos 9º (enriquecimento ilícito), 10 (que causam
dano ao erário) e 11 (violação de princípios da Administração Pública) podem ser praticados com dolo ou culpa.
B) Quem não é agente público (o terceiro, previsto no artigo 3º da Lei nº 8.429/92) não pode responder isolada-
mente (sem a presença de qualquer agente público), em ação de improbidade, e ser submetido às medidas gerais
previstas no artigo 12 da mencionada legislação.
C) Em caso de dano ao erário, causado por agente que comete ato de improbidade administrativa, é firme a orien-
tação de que a prescrição está sujeita aos prazos disciplinados no art. 23 da Lei nº 8.429/92.
D) Na aplicação das medidas estipuladas no art. 12 da Lei nº 8.429/92 (incisos I, II e III), reconhecida a improbida-
de do servidor, o magistrado está vinculado à aplicação de todas as modalidades ali previstas, tendo liberdade
apenas no que se refere à gradação, haja vista que o § 4º do art. 37 da Constituição Federal encontra-se no impe-
rativo.
E) No âmbito da improbidade administrativa, após o julgamento do tribunal de segundo grau, mantendo condena-
ção do agente público, a legislação admite a perda imediata do cargo público, sem prejuízo de futuro retorno na
hipótese de reforma do julgado por tribunal superior.
ATOS DE IMPROBIDADE:
- O art. 9º é rol exemplificativo, basta que a conduta se enquadre no caput do artigo para que haja enquadramento
no ato de enriquecimento ilícito.
- Sanções:
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VI) Proibição de Contratar, receber benefícios e incentivos fiscais pelo prazo de 10 anos.
b) Atos de Improbidade gerada por DANOS AO ERÁRIO (art.10º):
- Sanções:
- Não é necessário que a violação seja a Princípio que esteja no rol do art.11.
- OBS: Doação: É Limitada às hipóteses do art.17 da Lei 8666/93, que foi alterado pela Lei 11196/05, qualquer
doação fora dessas hipóteses ensejará improbidade.
- OBS 1: Placa Informativa de obras e serviços públicos: Não ensejam improbidade. Entretanto, placas e publici-
dades de promoção de agentes públicos, mesmo quando feita por terceiros, enseja improbidade administrativa.
-OBS 2:. Infração ao Princípio da Igualdade no Concurso Pública: Também enseja improbidade.
- Sanções:
I) Perda da Função.
II) Suspensão dos Direitos Políticos de 03 a 08 anos.
III) Multa Civil: Até 100 x, mais o correspondente ao salário mensal do agente.
IV) Proibição de contratar e receber incentivos fiscais e creditícios do poder público pelo prazo máximo de 3
anos.
-OBS 3: É possível o ressarcimento dos prejuízos causados, por dano moral ou intelectual, mesmo que não tenha
havido dano econômico.
- Não é possível misturar penas imputadas a mais de um ato de improbidade, quando o agente praticou mais de
uma modalidade. As penas poderão ser aplicadas isoladamente ou em bloco. O juiz deverá levar em conta a gra-
vidade do ato para decidir se aplica uma, algumas ou todas as penas atribuídas à modalidade de improbidade
praticada.
- A Lei de Improbidade leva em conta o que fez o agente público, sem importar o que fez o 3º particular. Se o
agente praticou a conduta A, o particular responderá na ação de improbidade pela conduta A, mesmo que tenha
incorrido em outro tipo de ilícito administrativo que enseje improbidade.
- Não há cumulação de punições, se o agente praticou mais de 1 ato de improbidade, responderá apenas pelo
mais grave.
Segue esquema:
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ATOS QUE
ATOS DE GERAM
ATOS DE CAUSAM ATENTAM CONTRA
ENRIQUECIMENTO
DANO AO ERÁRIO PRINCÍPIOS
ILÍCITO
ADMINISTRATIVOS
indisponibilidade e indisponibilidade e
perda dos bens adqui- perda dos bens adqui-
ridos ilicitamente ridos ilicitamente
multa de até três ve- multa de até duas multa até 100 vezes a
zes o que acresceu vezes o valor do dano remuneração do ser-
ilicitamente causado vidor
impossibilidade de
impossibilidade de impossibilidade de
contratar com o Poder
contratar com o Poder contratar com o Poder
Público nem de rece-
Público e de receber Público e de receber
ber benefícios fiscais
benefícios por 5 anos benefícios por 3 anos
por 10 anos
ELEMENTO SUBJETIVO:
- Art.10: O Ato de improbidade praticado com Dano ao Erário, tipificado no art.10, é a única modalidade que acei-
ta expressamente que o agente seja punido se agiu com dolo ou culpa.
- Enriquecimento Ilícito e Violação a Princípio da Administração Pública só podem ser praticados na modalidade
dolosa, segundo entendimento da maioria da doutrina.
- OBS: O Ministério Público entende que mesmo o enriquecimento ilícito e a violação a princípio da administração
pública devem ocorrer na modalidade culposa e dolosa.
AÇÃO JUDICIAL:
Natureza Jurídica
- A Ação de Improbidade tem natureza de Ação Civil Pública. Por ter natureza de ACP, poderá ou não ser pre-
cedida de Inquérito Civil. Esse inquérito servirá como investigação preliminar.
- OBS: Alguns doutrinadores criticam esse entendimento, sob fundamento de que a Lei de Improbidade é própria
e o seu procedimento também é próprio. Por isso, o melhor a fazer numa prova é fazer uma Ação de Improbidade.
Legitimidade
- Ministério Público e a Pessoa Jurídica lesada do rol do art.1º, que será sujeito passivo do ato de improbida-
de e sujeito ativo de ação de improbidade.
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Direito Administrativo
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- OBS: Se o Ministério Público for o autor da ação, deverá notificar a Pessoa Jurídica lesada para, se ela quiser,
integrar o processo como Litisconsorte do MP. Se a autora da ação for a Pessoa Jurídica lesada, o Ministério Pú-
blico deverá participar da ACP como custos legis.
Competência
- Sempre na 1ª Instância, no foro do local onde ocorreu o dano causado pelo ato de improbidade.
- A Lei 10.628/02 introduziu o §.2º no art.84 do CPP, instituindo foro privilegiado para a autoridade que praticasse
ato de improbidade. A competência seria da Corte competente para julgar a autoridade no Âmbito penal.
- Contudo, duas ADIN´s interpostas pelo CONAMP (No 27977) e a AMB (2860) declararam a Inconstitucionalidade
deste parágrafo, sob o fundamento de que lei ordinária não pode ampliar competência disposta na Constituição
Federal de 1988. Outro fundamento de que os Tribunais ficariam sobrecarregados e de que o Tribunal ficaria dis-
tante dos fatos.
Vedação
Vejamos:
14. (CESPE - 2014 - PGE-PI - Procurador do Estado Substituto) Um agente público, ocupante exclusiva-
mente de cargo em comissão, foi preso em flagrante em uma operação da Polícia Federal por desvio de
verba pública. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta nos termos da Lei de Im-
probidade Administrativa e da Lei n.º 8.112/1990.
Art.21, Lei 8.429 A Punição por ato de improbidade independe de dano patrimonial. Independe também de
controle do TCU. Mesmo que o TCU aprove as contas da autoridade, esta poderá ser processada em ação de
improbidade.
a. Indisponibilidade de Bens.
b. Cautelar de Sequestro: Apesar de a norma prever o sequestro expressamente, a maioria da doutrina entende
que seria preferível o arresto.
d. Afastamento preventivo da autoridade, enquanto for necessário à instrução do processo, sem prejuízo da
remuneração.
Prescrição
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- Aquele que exerce mandato eletivo ou cargo em comissão: Prazo de 05 anos a partir do momento em que o
agente deixar o cargo.
- Para os demais agentes: O Prazo será o mesmo prazo de prescrição para as infrações funcionais sujeitas a pe-
na de demissão, previstas nos estatutos, 5 anos, geralmente.
Ressarcimento Civil
*BENS PÚBLICOS*
CONCEITO:
- São todos aqueles bens, móveis ou imóveis, corpóreos ou incorpóreos, que compõem a dominialidade Pública
do Estado, cuja titularidade é das Pessoas Jurídicas de Direito Público.
- OBS: Bens das Sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas exploradoras de atividade econômica não
considerados bens públicos, portanto, são prescritíveis, penhoráveis, alienáveis e oneráveis.
Bens Públicos Afetados: São todos aqueles que se vinculam a uma destinação específica. São os bens de
uso comum e de uso especial.
Bens Públicos Não Afetados: São todos aqueles que não se encontram vinculados a nenhuma finalidade pú-
blica específica. São os Bens Dominicais ou Dominais.
*Afetação: Fenômeno jurídico, através do qual um bem não afetado passar a ser predisposto a um fim público
especial. Ou seja, é transformação de um bem dominical em bem de uso especial ou de uso comum.
*Desafetação: Fenômeno jurídico em face do qual o Estado, explícita ou implicitamente, retira, subtrai do bem
afeto, vinculado a uma finalidade, a sua destinação pública específica, de modo a transforma-lo em Bem Domini-
cal, não afetado.
- São todos aqueles bens públicos que se destinam ao uso coletivo de toda a comunidade em condições de igual-
dade. Ex. Praias, avenidas, praças.
- Destinam-se ao uso do próprio Estado para o exercício de duas atividades. Estão vinculados a uma finalidade
específica. Ex. prédios, cemitérios e museus públicos, estádios de futebol públicos.
- Os bens públicos das Pessoas Jurídicas de Direito Privado Prestadoras de Serviço Público, quando vinculados à
prestação do serviço, serão sempre de Uso Especial.
- São todos aqueles bens que, não dispondo de nenhuma destinação pública específica, integram o chamado
patrimônio disponível do Estado, como objeto de Direito Real ou Pessoal. Não têm nenhuma destinação pública
específica. Esses bens podem ser negociados pela Administração, por meio de comodato, locação, venda, etc.
Ex. Terras devolutas, terrenos da marinha.
CARACTERÍSTICAS:
a) Inalienabilidade:
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- Há uma Inalienabilidade Relativa. Os bens públicos poderão alienados desde que se vinculam às formalidades
legais.
- Os bens públicos afetados, enquanto preservarem essa condição, porque predispostos a uma finalidade pública,
são absolutamente inalienáveis.
I) Desafetação (essa formalidade só é exigida para os bens afetados). Pode ser feita através de Decreto do Chefe
do Executivo.
II) Autorização Legislativa: Exigível apenas para os Bens Públicos, afetados ou não, pertencentes às Pessoas
Jurídicas de Direito Público. Para alienação de bens pertencentes às Empresas Públicas e Sociedades de Eco-
nomia Mista prestadoras de serviço público não há necessidade de autorização legislativa.
III) Autorização do Presidente da República: Essa formalidade só é exigida no âmbito da União (Lei Federal
9.636/93). Tal exigência é dispensada quando foi o próprio presidente quem pediu a autorização legislativa para
alienação do bem.
IV) Licitação na Modalidade Concorrência. Exceção (lei 8.666/93) Quando o bem imóvel for adquiro pelo
Estado em procedimento judicial ou em dação em pagamento, a licitação poderá ser por Leilão.
V) Avaliação Prévia.
OBS: Lei 8.666/93, art.17: Traz hipóteses de dispensa obrigatória dessas formalidades para alienação de
bens públicos, nos seus inciso I (bens imóveis) e II (bens móveis) :
- OBS 2: Tanto para alienação de bem móvel quanto para a alienação de bem imóvel exige-se uma fundamenta-
ção amparada na existência do interesse público, que motive a alienação, do contrário a alienação estará viciada.
b) Impenhorabilidade:
- Para cumprimentos de decisões judiciais contra a Administração há o regime de Precatórios, que será dispensa-
do, no âmbito federal, quando o valor cobrado for até 60 sal.mínimos.
Veja:
15. (FCC - 2014 - TJ-CE – Juiz) Acerca dos bens públicos, é correto afirmar:
A) A imprescritibilidade é característica dos bens públicos de uso comum e de uso especial, sendo usucapíveis os
bens pertencentes ao patrimônio disponível das entidades de direito público.
B) As terras devolutas indispensáveis à preservação ambiental constituem, nos termos do art. 225, caput, da
Constituição Federal, bem de uso comum do povo.
C) Os bens pertencentes aos Conselhos Federais e Regionais de Fiscalização são bens públicos, insuscetíveis de
constrição judicial para pagamentos de dívidas dessas entidades.
D) Os bens das representações diplomáticas dos Estados estrangeiros e de Organismos Internacionais são con-
siderados bens públicos, para fins de proteção legal.
E) Os imóveis pertencentes à Petrobrás, sociedade de economia mista federal, são considerados bens públicos,
desde que situados no Território Nacional.
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CARTÓRIO
Direito Administrativo
Matheus Carvalho
16. (FCC - 2014 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho) No tocante ao regime legal dos bens das enti-
dades pertencentes à Administração pública, é correto afirmar:
A) Os bens pertencentes a autarquia são impenhoráveis, mesmo para satisfação de obrigações decorrentes de
contrato de trabalho regido pela Consolidação da Legislação Trabalhista.
B) Os bens pertencentes às entidades da Administração indireta são bens privados e, portanto, passíveis de pe-
nhora.
C) A imprescritibilidade é característica que se aplica tão somente aos bens públicos de uso comum e especial,
não atingindo os bens dominicais.
D) Em face da não aplicação do art. 730 do Código de Processo Civil às lides trabalhistas, os bens públicos po-
dem ser penhorados para satisfação de débitos reconhecidos pela Justiça Laboral.
E) A regra da imprescritibilidade dos bens públicos, por ter origem legal, não se aplica ao instituto da usucapião
especial urbana, de status constitucional.
c) Imprescritibilidade:
d) Impossibilidade de Oneração:
- Os bens públicos não podem ser gravados por ônus de direito real.
- OBS:. Os bens públicos podem sofrer Enfiteuse, que ainda permanece no Direito Administrativo, mas essa enfi-
teuse do Dir. Adm. não é direito real e sim contrato, direito pessoal.
- O Direito Brasileiro autoriza a utilização de bens públicos, em qualquer das suas modalidades, por terceiros par-
ticulares, desde que se cumpram determinadas formalidades.
I) Uso Anormal de um Bem Público: Ocorre quando o bem público é utilizado de forma não compatível com sua
destinação pública, sem, contudo, eliminar essa destinação. Ex. barraca nas praias.
II) Uso Normal de um Bem Público: É o uso compatível com a destinação principal de bem público em tela.
- OBS: Todavia, o uso do bem público ainda de distingue no que diz respeito à sua exclusiva ou não exclusiva
utilização:
- O Uso é franqueado, em igualdade de condições, a todas as pessoas. É o uso para o qual concorrem todas as
pessoas.
I) Uso Comum Ordinário: É aquele, a vista do qual, todos indistintamente, podem utilizar o bem público sem
se sujeitarem a qualquer condição prévia, contemporânea ou a posteriori, ou a qualquer restrição ou limitação.
II) Uso Comum Extraordinário: É aquele que, a despeito de a utilização do bem estar aberta a todos indistin-
tamente, o uso do bem público está sujeito a alguma condição prévia, contemporânea ou a posteriori, ou alguma
restrição ou limitação. Ex. utilização da estrada do coco (pagamento de pedágio).
- É o uso atribuído em caráter exclusivo a um particular. Todo bem público, independente de ser afetado ou não,
pode ter seu uso atribuído de forma exclusiva a um particular, desde que esse particular tenha um título jurídico
hábil, que lhe possibilite esse uso em caráter exclusivo. Ex. ilhas particulares, terrenos da marinha.
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Direito Administrativo
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- Só é possível quando o particular estiver portando título jurídico de Direito Público. São três os títulos possíveis:
Autorização de Uso: A autorização pode se destinar a possibilitar que o particular exerça uma atividade
material ou que ele proceda ao Uso exclusivo de um bem público de um bem afetado.
- É uma forma de delegação do Estado. É ato administrativo discricionário, unilateral, e precário, pelo qual o Esta-
do faculta ao particular a possibilidade de uso exclusivo do bem público. É a forma mais precária de delegação
para o particular, porque pode ser revogada a qualquer tempo, sem necessidade de indenização. Na autorização
predomina o interesse do particular.
• Autorização Simples: Não é submetida a qualquer condição, pode ser revogada a qualquer tempo, sem
indenização.
• Autorização Qualificada: Submete-se a alguma condição, inclusive a prazo certo. Nesta modalidade, o Po-
der Público pode revogá-la a qualquer tempo, mas o particular terá direito à indenização pelos prejuízos que tiver.
Permissão de Uso: é unilateral, Discricionária e Precária, embora menos precária que a autorização, já que,
na Permissão há uma predominância do interesse público e, também, por ser ela precedida por Licitação. A Per-
missão também pode ser revogada a qualquer tempo, mas sempre ensejará indenização, se provado prejuízo. Ex.
banca de revistas e jornais.
Concessão de Uso: É Contrato Administrativo, celebrado por tempo certo ou determinado, no qual a Admi-
nistração faculta ao concessionário o uso de determinado bem público em caráter especial, mediante a paga de
determinado valor, que, via de regra, é alto, tendo em vista a natureza de contrato da concessão de uso. Ex. Lojas
em Aeroportos; Cemitérios Privados; Lanchonetes nas rodoviárias.
Locação (Decreto Lei 9.760/46): Esse decreto lei dispõe sobre as regras do contrato de locação entre a Uni-
ão e seus servidores ou outros particulares. A União tem o poder, inclusive, de rescisão unilateral do contrato se o
locatário descumpre alguma cláusula.
Arrendamento (Dec. Lei 9.760/46): É Espécie de contrato de locação, mas não com fins residenciais, e sim
com fim de exercer alguma atividade econômica ou social.
Enfiteuse (Dec. Lei 9.760/46, alterado, em parte, pela Lei 9636/98): A Enfiteuse do Direito Administrativo,
que é diferente daquela que existia no CC/16, está adstrita aos terrenos da marinha, que são bens públicos domi-
nicais.
• Domínio Direto: A União, enquanto proprietária do bem, detém o seu domínio Direto.
• Domínio Útil: Passa a pertencer ao particular (enfiteuta ou foreiro), que terá as faculdades de gozar, dispor e
reivindicar o bem.
- O Enfiteuta tem que pagar, anualmente, uma taxa de 0.6% sobre o valor do imóvel. Terá, também, que pagar o
Laudêmio, se quiser alienar o domínio útil do terreno por ele utilizado, cuja taxa será de 05% da fração ideal do
terreno sob domínio do particular.
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Cessão de Uso (Lei 9.636/98): É Contrato Administrativo, por meio da qual a União faculta, via de regra, em
caráter gratuito, o uso de um bem imóvel seu a um Município, Estado ou a um particular, Pessoa Física ou Jurídi-
ca, que exerça atividade não lucrativa, de natureza social ou assistencial, como forma de auxiliar ou contribuir com
esse propósito.
Cessão do Direito Real de Uso (Decreto Lei 271/67): É contrato administro que transfere a um particular
um Direito Real, submetido a uma condição resolutiva, a explorar terrenos de propriedade da União, com finalida-
de de urbanização, industrialização, edificação, cultivo da terra ou outra finalidade social.
- Pode ter por objeto tanto terreno da União como o espaço aéreo que o recobre. É Cessão de tempo indetermi-
nado, transmissível causa mortis, sujeito a autorização legislativa e a Licitação por concorrência, já que se trata de
cessão de um direito real.
Diferencia-se do Contrato de Concessão de Uso: Este é contrato de natureza pessoal, com prazo determinado,
não transmissível causa mortis, não sujeito à autorização legislativa.
- São todos aqueles terrenos banhados pelo mar, ou pelos rios ou lagoas navegáveis que sofram influência das
marés, que entrem até 33 metros da linha do preamar médio, medido em 1831.
- OBS: Os terrenos acrescidos são as áreas de terra que se formam natural ou artificialmente, em complemen-
tação, para dentro do mar, ou lagoas ou rios navegáveis que sofram influência das marés, em seguimento ao ter-
reno da marinha, sem limite de extensão.
EC 46/05 Subtraiu da União as Ilhas Costeiras que forem sede de municípios, que agora não pertencerão à
União, e sim ao município cuja sede se localize nela. Não envolve as Ilhas Oceânicas.
- São os terrenos banhados pelos rios ou lagoas navegáveis que não sofram influência das marés, até 15 metros
para dentro da terra, contados a partir da linha média das enchentes ordinárias, medidas em 1831, mais os seus
acrescidos. Via de regra, pertencem ao Estado-membro.
- São de propriedade da União. Os índios têm título de usufruto permanente da terra e suas riquezas. São as ter-
ras nas quais as comunidades indígenas ocupam, em caráter permanente e definitivo, nelas se reproduzindo,
tirando seu sustento e fomentando sua cultura. Os índio detêm a posse ‘ad memoriam’.
d. Faixas de Fronteira:
- Áreas de terra limítrofes com outros países, numa extensão de 150 km.
e. Terras Devolutas:
- Todas as áreas de terras públicas que não têm determinação quanto à sua extensão, não são discriminados na
sua extensão.
Ação de Discriminação:
- Procedimento Judicial específico para demarcar a extensão da terra devoluta, que deixará de ser terra devoluta
após a demarcação, assumindo o caráter de terra pública stricto senso.
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Direito Administrativo
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*LICITAÇÃO*
CONCEITO:
FINALIDADES:
SUJEITOS:
- Entes da Administração Direta; Entes da Administração Indireta e Entes Controlados direta ou indiretamente pelo
Poder Público (OSCIP´s, Serviços Sociais Autônomos).
- OBS: Empresas Públicas e Sociedades da Economia Mista obedecem à Lei 8.666/93. Se explorarem atividade
econômica, poderão ter licitação com regime especial. Enquanto não for criado esse regime especial, continuam
obedecendo a Lei 8.666/93, gozando, entretanto, do direito de dispensa para valores de até 20% do valor do con-
vite.
- Fundo Especial (serve para gestão de interesses ou recursos públicos, que sirvam a um interesse coletivo):
Pode ser órgão público (Administração direta) ou fundação pública (Administração indireta), nestes 02 casos há
necessidade de licitação. Entretanto, o Fundo Especial também pode ser usado como código orçamentário, sem
estrutura ou personalidade jurídica. Neste caso, não haverá necessidade de licitação.
- Tudo o que é relevante para licitação deve estar previsto no edital. Exige que todas as regras a serem a respei-
tadas estejam previstas no edital (não se pode exigir nem menos nem mais do que está previsto no edital). O Edi-
tal ou a Carta-Convite contém as regras da licitação.
- O Edital tem que definir o Tipo de Licitação, não é possível a utilização de qualquer critério subjetivo numa licita-
ção, sob pena de violação a este princípio: (diferencia-se de modalidade).
- OBS: Se o edital estabelecer que o tipo de licitação será o de Menor Preço, independentemente de qualquer
motivo, vencerá aquela empresa que, preenchendo os requisitos previstos no edital, ofereça o menor preço, ainda
que o concorrente ofereça um produto com qualidade superior. Havendo empate no preço, haverá desempate nos
critérios do art. 3º, §2º da lei 8.666/93.
- OBS 2: Quando a licitação for de Melhor Técnica e Preço: O Edital deve prever qual o critério para resolver a
situação na qual um concorrente oferece um melhor preço e o outro ofereça melhor técnica (pode ser a média, por
exemplo).
- O Processo de Licitação tem que respeitar todas as formalidades previstas na lei. É um procedimento vinculado.
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- As propostas são sigilosas até o momento de sua abertura em sessão pública. Se houver fraude (preços combi-
nados entre concorrentes): crime previsto na Lei de Licitação e improbidade administrativa. Exceção a este princí-
pio: Leilão (propostas verbais).
- Competência Privativa da União para legislar sobre normas gerais de licitação (art.22, inc.27, C.F/88). Obs.
Norma Geral pode criar nova modalidade de licitação.
- OBS: Lei complementar poderá delegar ou transferir aos Estados para legislar sobre normas gerais.
- Quando a União legislar sobre normais gerais a Lei será Nacional; Quando a União legislar sobre normas espe-
cíficas a Lei será Federal, válida somente p/ União. STF/ lei 8666/93 tem normais gerais, mas também pos-
sui normas específicas para a União (art.17).
- Lei 10.520/02 (define o pregão): Também utilizada como Norma geral, com mesmo poder da lei 8.666/93.
- Lei 9.472/97 (institui ANP e ANATEL): Criou o pregão e a consulta, enquanto modalidades específicas das
agencias reguladoras. Não é norma geral de licitação. STF Mesmo não se tratando de norma geral de licita-
ção, a Lei 9.472/97 poderia, como fez, criar a consulta e o pregão.
- OBS: A Lei de Licitação do Estado da Bahia traz os procedimentos das modalidades de licitação totalmente in-
vertidos em relação aos da Lei 8666/93.
- OBS: a Singularidade do Objeto tem que ser relevante para que haja inexigibilidade, e tem que estar na lista
do art.13 da Lei 8.666/93; Tem que ter Notória Especialização (reconhecida pela mídia, pela crítica). Quando se
falar de singularidade do objeto com todos os seus requisitos, sempre haverá um juízo de valor do administrador.
II) Pressuposto Jurídico (interesse público): A licitação serve para proteger e atender ao interesse público. Se
a licitação acaba por prejudicar o interesse público, será inexigível.
- OBS: Nos casos das Empresas Públicas e das Sociedades de Economia Mista, a Licitação será inexigível quan-
do prejudicar a atividade fim da empresa.
DISPENSA DE LICITAÇÃO
São situações em que há viabilidade de competição, no entanto, a lei determina a desnecessidade de realização
do certame. O rol de dispensa é definido em lei de forma taxativa nos art. 17 e 24 da lei 8666/93
É importante decorar as hipóteses de dispensa de caem bastante em prova. Basta o decoreba da lei que trata de
dispensa por urgência, dispensa em razão do valor, entre outros.
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17. (VUNESP - 2014 - TJ-RJ - Juiz Substituto) No caso de contratação a ser feita por sociedade de econo-
mia mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou ob-
tenção de serviços, nos termos da Lei n.º 8.666/93, é correto afirmar que
MODALIDADES:
CONCORRÊNCIA
Modalidade muito garantidora da competição, sem limite de ingresso, com o procedimento amplo, abarcando to-
das as fases, desde a análise de documentação, até a escolha das propostas. Qualquer pessoa pode participar da
concorrência.
Contratos de OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA acima de R$ 1.500.000,00
Contratos de COMPRAS DE BENS E AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS acima de R$ 650.000,00
Exceções:
A) Alienação ou aquisição de imóveis: Quando a administração pública adquire ou aliena imóveis, estas con-
tratações dependem de prévia licitação, sempre na modalidade concorrência, não sendo relevante, nestes casos,
o valor do contrato.
ATENÇÃO! se o imóvel a ser alienado tiver sido adquirido por dação em pagamento ou decisão judicial, pode-
se celebrar este contrato de alienação mediante licitação na modalidade concorrência OU leilão. Logo, nestes
casos específicos, a modalidade concorrência não será obrigatória.
B) Contrato de concessão de serviço público: Só pode ser realizada mediante concorrência.
C) Concessão de direito real de uso: Também depende de licitação na modalidade concorrência, independen-
temente do valor do bem.
D) Contratos de obra celebrados por meio de empreitada integral: não interessa o valor da obra; haverá
concorrência mesmo que a obra não atinja um milhão e quinhentos mil reais.
E) Licitações internacionais: só podem ser realizada mediante concorrência.
Exceção da exceção:
1ª: se o órgão que vai realizar licitação internacional tiver cadastro internacional de licitantes, poderá optar por
fazer licitação na modalidade Tomada de Preço, desde que dentro dos limites desta modalidade.
2ª: se o bem ou serviço a ser contratado não tiver fornecedor no país, o órgão poderá fazer licitação internacional
na modalidade convite (ou tomada de preço), desde que respeitados os limites de valor.
TOMADA DE PREÇO
Participam da competição apenas os licitantes que forem cadastrados no órgão ou aqueles que se cadastrarem
até 3 (três) dias antes da data marcada para a abertura dos envelopes contendo as propostas dos licitantes.
até R$ 1.500.000,00
até R$ 650.000,00
CONVITE
O convite é a modalidade mais restrita de todas as previstas na lei de licitações. Participarão do certame apenas
os convidados, cadastrados ou não, sendo no mínimo 3 (três) convidados, salvo comprovada restrição de merca-
do, quando então pode se realizar o convite com apenas 2 (dois) convidados. Este é o entendimento expresso do
artigo 22, § 7º da lei 866693, abaixo transcrito, in litteris:
Art 22. § 7o Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a ob-
tenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo, essas circunstâncias deverão ser devidamen-
te justificadas no processo, sob pena de repetição do convite.
Se não foi convidado, ainda assim o interessado poderá participar da licitação desde que comprove que, cumulati-
vamente, está regularmente cadastrado no órgão e que apresentou manifestação de interesse em participar da
competição, até 24 horas antes da data marcada para a abertura dos envelopes.
Na modalidade convite, não há edital. O instrumento convocatório é simplificado e denomina-se carta-convite.
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A carta-convite não é publicada em Diário Oficial, porém, ainda assim, há publicidade (toda atuação do Estado
deve respeitar a publicidade). Nestes casos, a publicidade é feita de forma diferente da publicação. Estipula a lei
que a administração deverá enviar a carta-convite aos convidados e afixar no átrio da repartição, em local visível
ao público. Respeitadas estas regras, está devidamente publicizada a licitação.
até R$ 150.000,00
até R$ 80.000,00
CONCURSO
Não se pode confundir o concurso – procedimento licitatório – com o concurso público para provimento de cargos
públicos. Concurso é modalidade licitatória que serve para escolha de trabalho de técnico, artístico e científico por
parte da administração público.
O licitante vencedor da licitação recebe um prêmio ou remuneração pelo trabalho adquirido pelo ente estatal.
Vejamos:
18. (UFPR - 2014 - DPE-PR - Defensor Público) Assinale a alternativa correta sobre licitação.
A) São tipos de licitação o menor preço, a melhor técnica, técnica e preço e o leilão.
B) A modalidade para seleção de projeto arquitetônico, o qual servirá para construção de obra pública, deve ser
selecionado por procedimento licitatório na modalidade concurso.
C) A seleção de empresa para executar obra pública, cujo valor é superior a R$ 1.500.000,00, deve ser a tomada
de preços, obrigatoriamente.
D) A aquisição de produtos cujo valor global do lote é de R$ 50.000,00 deve ser realizado, obrigatoriamente, por
convite.
E) O pregão é a modalidade licitatória a ser adotada em casos de objetos estritamente técnicos, não importando o
preço.
LEILÃO
Esta modalidade licitatória serve para alienação de bens pelo poder público.
A) O leilão pode ser feito para alienar bens imóveis que tenham sido adquiridos por decisão judicial ou dação em
pagamento (todos os outros deverão ser alienados mediante concorrência, obrigatoriamente).
B) Também, é modalidade licitatória para alienação de bens móveis inservíveis, apreendidos e penhorados.
A) Bens inservíveis: são os bens que não têm mais serventia pública, são bens desafetados, que não estão
sendo destinados à utilização pública.
B) Bens apreendidos: adquiridos, pelo poder público, em decorrência de atos ilícitos.
C) Bens penhorados: o legislador se equivocou ao falar em “penhora” quando queria se referir ao penhor. É
importante atentar para o fato de que o leilão administrativo não se confunde com o leilão judicial. Em verdade,
quando se trata de licitação na modalidade leilão, utiliza-se para alienar bens empenhados pelo particular ao ente
público.
PREGÃO
O pregão é modalidade licitatória definida para aquisição de bens – por esta razão a doutrina chama de “leilão
reverso” – e serviços comuns. Ressalte-se que serviços e bens comuns são aqueles que podem ser designados
no edital com expressão usual de mercado, conforme disposição legal expressa.
Hoje, quaisquer bens e serviços vêm sendo considerados comuns pela doutrina, não sendo possível a realização
de pregão para obras públicas.
Não há limite de valor estipulado para a realização de pregão.
A licitação na modalidade pregão será sempre do tipo MENOR PREÇO.
PROCEDIMENTOS:
CONCORRÊNCIA:
1) Fase interna – fase pré-procedimental:
Nesta fase a administração pública está, internamente, se organizando para licitar.
Primeiramente, deverá fazer a exposição de motivos da contratação e definir a dotação orçamentária para a futura
contratação. Depois disso, deve designar a comissão licitante. O fato de ter comissão permanente não desvincula
a administração de informar qual será a comissão. Ainda nesta fase, o Poder Público elabora a minuta do edital de
licitação.
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2) Fase externa:
B) HABILITAÇÃO:
Fase de análise da documentação dos licitantes, a fim de verificar se têm idoneidade para contratar com o poder
público. É importante frisar que o edital não pode estabelecer critérios não previstos em lei, evitando, assim, res-
tringir a licitação de forma desarrazoada.
Vejamos:
19. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e de Registros – Remoção) Com relação às licita-
ções (Lei n.º 8.666/1993 e atualizações), assinale a opção correta.
A) A prestação de serviços públicos sob o regime de permissão, concessão ou autorização independe da realiza-
ção de licitação.
B) O licitante que apresentar tempestivamente impugnação contra determinada restrição para a habilitação impos-
ta no edital de licitação somente poderá participar do processo licitatório após o trânsito em julgado da decisão
pertinente à referida impugnação.
C) É dispensável a licitação para a compra de imóvel destinado ao atendimento de finalidades precípuas da admi-
nistração pública, se as necessidades de instalação condicionarem sua escolha e ainda que seu preço seja supe-
rior ao de mercado, desde que o imóvel seja adequado à destinação pretendida pela administração.
D) É possível a adoção da modalidade de licitação denominada tomada de preços caso os interessados apresen-
tem comprovação das condições exigidas para o cadastramento até o terceiro dia posterior à data do recebimento
das propostas, observada a necessária qualificação.
E) É vedada a inclusão, no edital de licitação, de exigências de habilitação para cujo atendimento os licitantes
tenham de incorrer, antes da celebração do contrato, em custos não necessários.
C) JULGAMENTO e CLASSIFICAÇÃO:
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D) HOMOLOGAÇÃO:
Classificadas as propostas, termina o trabalho da comissão, que encaminhará o processo à autoridade do órgão
para homologação.
Embora se chame fase de homologação, se houver alguma irregularidade, não será homologada a licitação. A
própria lei estabelece possibilidade de anulação, por motivo de vício de ilegalidade durante o procedimento ou
também de revogação, desde que amparada por motivos de interesse público superveniente, devidamente justifi-
cados.
A homologação é a regra. Tanto é assim que, se a administração não homologar o procedimento licitatório por
qualquer dos motivos legais, deverá oferecer o prazo de 5 (cinco) dias úteis para interposição de recurso, pelo
licitante interessado. Neste caso, a lei não confere efeito suspensivo à demanda recursal.
E) ADJUDICAÇÃO:
Após a adjudicação, a administração NÃO é obrigada a celebrar o contrato administrativo. Embora não seja obri-
gada a contratar, caso necessite realizar a contratação, só poder fazê-lo com o vencedor da licitação. É por isso
que se diz que a adjudicação tem força vinculante – princípio da adjudicação compulsória.
Já o licitante vencedor é obrigado contratar desde que tenha sido convocado a celebrar o contrato, no prazo de 60
dias da abertura dos envelopes de propostas. O licitante fica vinculado à proposta apresentada pelo prazo de 60
dias, contados da apresentação da proposta e, após esse prazo, a lei presume que ele pode não ter condições de
contratar, nos moldes da proposta apresentada, anteriormente.
PROCEDIMENTOS DIFERENCIADOS:
Tomada de Preço: o procedimento é o mesmo estudado para a concorrência, porém NÃO HÁ FASE DE HABILI-
TAÇÃO, uma vez que os licitantes já estão previamente cadastrados. O cadastro serve como uma habilitação
prévia.
Convite: também segue um procedimento similar ao da concorrência, contudo, não há publicação de edital (a
publicidade da carta-convite é diferenciada) e nem fase de habilitação. A outra diferença diz respeito a prazos. Os
prazos para recursos são de 2 dias úteis (e não de 5 dias como nas outras modalidades). Se forem todos des-
classificados, pode-se abrir o prazo de 3 dias úteis (ao invés de 8 dias úteis) para que se adéquem ao edital.
Pregão: esta modalidade licitatória se diferencia do procedimento da concorrência, principalmente, em virtude da
inversão de fases. Isso porque, no pregão, primeiramente são classificadas as propostas, deixando a fase de ha-
bilitação por último. Também, é feita a adjudicação antes da homologação do certame. Vejamos:
Lances verbais: a princípio, passam para os lances verbais a melhor proposta (menor preço) e todas as outras
propostas que não ultrapassarem 10% do valor da primeira. Independentemente disso, deve passar para os lan-
ces verbais a melhor proposta mais 2(duas), para completar 3(três) licitantes, no mínimo.
Art. 4º da Lei 10.520/02:
VIII – no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com preços até 10% (dez por
cento) superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a proclamação do vencedor;
IX – não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas condições definidas no inciso anterior, poderão os autores das
melhores propostas, até o máximo de 3 (três), oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam
os preços oferecidos;
O próprio pregoeiro irá adjudicar e o procedimento segue para homologação da autoridade superior, ao final.
O prazo para recurso na modalidade é imediato e ocorre após a declaração do vencedor, ou seja, somente ao
final da licitação. Se o licitante recorrer, a lei concede o prazo de 3 (três) dias para elaboração e apresentação das
razões do recurso.
Pregão eletrônico: cada estado deverá ter o seu decreto específico se quiser utilizar desta forma de licitação. No
âmbito federal, foi expedido o Decreto 5450 que regulamenta o pregão eletrônico realizado pela União. O proce-
dimento é o mesmo do pregão presencial, porque o decreto tão somente regulamentará a lei. O decreto não traz
novidades; o decreto minudencia o texto da lei para facilitar o pregão que será feito na rede.
*CONTRATOS ADMINISTRATIVOS*
CONCEITO:
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- É uma espécie de contrato, um vínculo jurídico em que os sujeitos ativo e passivo comprometem-se a uma pres-
tação visando Criar, Extinguir ou Modificar Direitos na consecução do interesse público, seguindo o Regime Pú-
blico.
CARACTERÍSTICAS:
a) A presença do Poder Público, seja no pólo passivo, no pólo ativo ou nos 02 pólos. O que se exige é a pre-
sença do poder público em pelo menos um dos pólos.
c) Contrato Consensual, que estará perfeito e acabado no momento em que se manifesta a vontade. Ex. O
Contrato de compra e venda é consensual, estará perfeito e acabado com a manifestação da vontade. Não impor-
ta se o pagamento não foi descontado.
- OBS: Diferencia-se do Contrato Real, que depende da entrega do bem para se tornar perfeito.
f) Contrato Personalíssimo: Leva em consideração a qualidade pessoal dos contratantes. Via de regra, não
poderá haver transferência.
g) É Contrato de Adesão: Uma das partes monopoliza a relação, a outra adere se quiser. O Contrato está pre-
viamente pronto, não há possibilidade de se discutir cláusulas contratuais. Aqui é a Administração quem detém o
monopólio.
- OBS: Uma vez publicado o edital do contrato, este deverá ser cumprido nos seus exatos termos, não havendo
possibilidade de altera-lo.
FORMALIDADES:
h) Contrato Escrito. Exceção Poderá ser verbal quando a lei autorizar. Art.60, Lei 8666/93 (Contratos Ver-
bais):
- Segundo a doutrina moderna, a forma do ato administrativo é vinculada; Podendo ser discricionária, se a Lei
Autorizar.
- É Feita com o resumo, com o extrato do contrato. A Publicação não pode ultrapassar o prazo de 20 dias ou até o
5º dia do mês subsequente à assinatura do contrato (o que acontecer primeiro).
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- É Condição de Eficácia do Contrato, ou seja, antes da publicação o contrato já é válido, mas é ineficaz, não pro-
duz efeitos.
- É o contratado que deve decidir qual será a forma da garantia, dentro das alternativas elencadas pela lei: Títulos
da dívida pública; Caução em dinheiro; Seguro-Garantia (contrato de garantia de outro contrato); Fiança Bancária
(garantia fidejussória).
- Valor da Garantia: Até 05% do valor do contrato. Até 10% quando o contrato for de grande vulto, alta comple-
xidade e causar riscos financeiros à Administração.
- Prazo sempre determinado (art.57, §3º). A duração máxima será compatível com a disponibilidade do crédito
orçamentário: 12 meses (lei orçamentária anual).
I) Quando o objeto do contrato estiver previsto no Plano Plurianual (PPP, art.166, CF): Prazo máximo do con-
trato administrativo será de 04 anos.
I) Prestação Contínua: Se em razão do prazo o preço for melhor, nos casos de prestação contínua, o prazo
máximo do contrato será de 60 meses.
- OBS: Art.57 Admite-se uma prorrogação (60 meses + 60 meses) em caráter excepcional, mediante fundamen-
tação e autorização da autoridade superior.
III) Contratos de Concessão ou Permissão de Serviço Público: Podem ter prazos diferenciados, de acordo
com a lei que cuidar do serviço delegado, a lei que cuida do serviço dará o prazo máximo do contrato de conces-
são ou permissão.
- Se a alteração é feita bilateralmente, não há cláusula exorbitante. Só a administração pode alterar unilateralmen-
te o contrato.
- OBS: Permissão: é Ato Unilateral: Só há permissão de serviço. Não se faz por contrato, não é contrato, é feita
por ato unilateral.
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- OBS: Se a Administração quiser menos mercadorias e a contratada já tiver adquirido ou produzido as mercado-
rias, a administração terá que pagar pelo que havia estipulado.
- OBS 1: Para cima ou para baixo, o acréscimo ou decréscimo máximo será de 25%. Exceção: Reforma de
Edifício ou Equipamento: Acréscimo máximo de 50% em relação ao original.
- OBS: Em contrato administrativo a Administração só paga ao contratado depois de receber o serviço, obra ou
mercadoria. O Pagamento nunca poderá ser antecipado.
- O Contratado pode pedir a revisão do contrato para manter o equilibro econômico-financeiro. Só haverá revisão
para manter equilíbrio econômico-financeiro se houver fato novo.
- Fato superveniente, imprevisto, imprevisível e que onera excessivamente o contrato para uma das partes.
I) Fato do Príncipe: É a atuação geral e abstrata do Poder Público, que atinge o contrato de forma indireta e
reflexa. Ex. alteração de alíquota de imposto.
II) Fato da Administração: Atuação específica, que atinge diretamente o contrato administrativo, atinge o seu
objeto principal.
III) Interferências Imprevistas: Circunstancias que já existiam ao tempo da celebração do contrato, mas só foi
descoberta ao tempo da execução do contrato.
II) Reajustamento de Preços: Há uma alteração no custo do objeto do contrato. É um índice já previsto no
contrato p/ absorver o aumento de custos.
III) Recomposição de Preços: Também é em razão do aumento de custos, mas não é prevista no contrato, é
utilizada na hipótese de Teoria da Imprevisão. É a revisão p/ busca do equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
OBS: A Falta de Revisão a pedido da contratada p/ manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato: A Pos-
sibilidade de extinção do contrato só pela via judicial.
- Se quem quer extinguir o contrato é o contratado, só poderá fazê-lo na via judicial, se a Administração não acei-
tar extinguir administrativamente.
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• Rescisão Judicial.
04ª Hipótese: Extinção de Pleno de Direito: Por circunstancias alheias à vontade. Ex. falência.
I) Advertência;
II) Multa;
III) Suspensão do Direito de Contratar com Poder Público, por, no máximo, 02 anos;
- OBS: No caso de suspensão o contratado estará impedido de contratar apenas com o Ente que aplicou a pena-
lidade.
- OBS 1: Para aplicação de uma dessas 03 penalidades será feita de forma discricionária pelo administrador, não
há um rol de hipóteses para aplicação de cada uma dessas penalidades.
IV) Declaração de Inidoneidade da Empresa pelo prazo máximo de 02 anos: A Empresa deixa de ser idônea e
fica impedida de contratar com todos os entes da administração. Diferencia-se da Suspensão, que é restrita ao
ente com o qual a contratada fez o contrato.
- OBS: Para empresa voltar a ser idônea tem que ser reabilitada, para que isso ocorra devem ser preenchidos
alguns requisitos: Passar o prazo da declaração de inidoneidade; A contratada deve indenizar os prejuízos causa-
dos à administração (requisitos cumulativos).
-OBS 1: Para aplicação da penalidade de declaração de inidoneidade da empresa, o contratado deve ter pratica-
do conduta que seja tipificada também como crime.
- Para Celso Antonio: Só a declaração de inidoneidade depende de conduta criminosa, a suspensão do direito de
contratar com o poder público não exige conduta criminosa.
- Se a Administração rescinde o contrato por inadimplência da empresa, o fará por processo administrativo e, a
partir da instauração do Processo Administrativo até o seu fim a Administração deverá assumir a continuidade da
prestação do serviço, e se for necessário a Administração poderá ocupar provisoriamente os bens da contratada.
- Se ao final do processo há a Rescisão: A Administração poderá adquirir os bens da contratada através da rever-
são (ocupação – reversão).
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Pode se dar em decorrência de vício, declarada pela Administração Pública, com efeitos ex tunc.
20. (FCC - 2014 - TCE-PI - Auditor Fiscal de Controle Externo) Em razão de conveniência da Administração,
convencionou-se com o contratado, de forma amigável, rescindir o ajuste, firmado após regular processo
de licitação, nos termos da Lei nº 8.666/1993. Nessa hipótese, o contratado tem direito
A) aos pagamentos devidos pela execução do contrato até a data de sua rescisão e a devolução da garantia, não
tendo direito ao pagamento do custo da desmobilização, isso em razão do princípio da supremacia do interesse
público.
B) aos pagamentos devidos pela execução do contrato até a data de sua rescisão, em razão do princípio que ve-
da o enriquecimento sem causa; os demais custos por ele incorridos poderão ser ressarcidos, a critério da máxima
autoridade da esfera administrativa.
C) à devolução da garantia, aos pagamentos devidos pela execução do ajuste até a data de sua rescisão, ao pa-
gamento do custo da desmobilização, não tendo direito ao pagamento de nenhuma outra importância.
D) ao ressarcimento de todos os prejuízos, além do pagamento de todos os custos incorridos até o momento da
rescisão do ajuste, bem assim ao ressarcimento de lucros cessantes, que independem de regular comprovação,
dado que a rescisão não decorreu de ato culposo seu.
E) ao ressarcimento dos prejuízos regularmente comprovados, à devolução da garantia, aos pagamentos devidos
pela execução do ajuste até a data de sua rescisão, e ao pagamento do custo da desmobilização.
*PROCESSO ADMINISTRATIVO*
- O Processo Administrativo prévio é requisito para a forma do Ato Administrativo, é elemento deste. O Ato admi-
nistrativo é a “sentença” do Processo Administrativo.
- Processo x Procedimento: A Diferenciação dessas duas denominações tem importância nos Processos Civil e
Penal, que consideram o processo como um conjunto de atos que levam a uma provimento final, enquanto que o
procedimento seria a forma pela qual o processo se realiza. Contudo, essa diferenciação não tem importância
alguma no Direito Administrativo.
OBJETIVOS:
a. Documentação: O Processo Administrativo serve como documentação dos atos e fatos praticados pela Ad-
ministração.
c. Proteção aos Administrados e Servidores: Na medida em que evita arbitrariedades por parte dos adminis-
tradores públicos.
- Para o Direito Administrativo a matéria ainda é recente, ao contrário do Processo Penal e do Processo Adminis-
trativo, onde este princípio já está sedimentado há muito mais tempo.
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Ampla Defesa: Oportunidade para que a parte se defenda. Odete Medauar: O Princípio da Ampla Defesa
tem alguns desdobramentos obrigatórios:
I) Defesa Prévia: O Processo Administrativo pressupõe a possibilidade de defesa prévia. A parte tem direito de
saber a infração da qual está sendo acusada e a respectiva pena aplicável, e sobre qual o procedimento realiza-
do.
III) Defesa Técnica: Embora sua falta não enseje nulidade, a Administração deve fazer de tudo para possibilitá-
la à parte.
IV) Produção de Provas: As Provas apresentadas devem ser, pelo menos, avaliadas.
V) Direito a Recurso: Mesmo que para o caso não haja recurso próprio, a parte terá direito a recorrer.
b. Princípio da Verdade Real:
- Embora nos Processos Civil e Penal a diferença entre verdade real e verdade formal venha perdendo força, no
Direito Administrativo o Princípio da Verdade Real ainda vige.
c. Princípio da Oficialidade:
- Impulso Oficial: O Processo Administrativo não depende de provocação da parte. A própria administração deve
impulsioná-lo.
- STJ Só haverá nulidade do processo administrativo quando ausente alguma formalidade imprescindível. Ape-
nas para o administrador deve ser levada em consideração a prática dos atos com todas as formalidades.
- EC 45/05 (art.5º, LXXVIII, CF): Os processos administrativos e judiciais devem ser finalizados em prazo razo-
ável.
Lei 9784/99 regulando o art.5º, inc.LV da CF: Trata das normais gerais para o processo administrativo. Os
demais entes da federação também poderão legislar sobre processo administrativo, sobre normais específicas.
a. Despesas Processuais: No Processo Administrativo é vedada a cobrança de taxas para cobrir despesas
processuais, salvo se houver norma específica em contrário.
- Tal disposição não impede a cobrança de taxas para outros fins, desde que não sejam para cobrir despesas
processuais.
b. Prazos: Para cada processo há um prazo próprio para prática de cada ato. No Silencio da Regra Específica,
o prazo para recurso será de 5 dias.
- Nos prazos do processo administrativo exclui-se o 1º dia, começando a correr a partir do 1º dia útil seguinte à
intimação para realização do ato, inclui-se o último dia, que será prorrogável para o dia útil seguinte.
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-OBS: Dia útil será aquele dia em que a repartição funcionar. Quanto ao ponto facultativo, se a repartição estiver
funcionando, será dia útil.
c. Atos de Processo: Os atos do processo só podem ser praticados na repartição e durante o horário de expe-
diente.
Exceção: Quando o interesse público assim o justificar, o ato poderá ser realizado após o horário do expediente.
d. Intimação: Poderá ser realizada por qualquer forma admitida no Direito, não há uma regra própria para a
intimação no processo administrativo.
e. Comparecimento: O Comparecimento da pessoa intimada a participar do processo, qualquer que seja a sua
participação, só poderá ser considerado obrigatório se a intimação foi realizada com três dias de antecedência.
- São exemplos de atos que instauram um processo administrativo: Auto de Infração, para o processo administra-
tivo tributário; Portaria para instauração de Inquérito Policial, quando a prisão foi feita em flagrante, ou para instau-
ração de processo administrativo disciplinar.
- A Instauração será feita pela Autoridade Superior que, além de instaurar a comissão que realizará o inquérito
administrativo irá julgar o relatório feito.
- As provas válidas serão todas aquelas admitidas em direito, vedada a produção de provas ilícitas.
Oportunidade de Defesa:
Relatório do Processo:
- É o resumo do processo. Tem que ser conclusivo, devendo propor um resultado final.
- Via de regra, ele NÃO vinculará o julgamento feito pela autoridade superior. ExceçãoNo Processo Administra-
tivo Disciplinar da Lei 8.112/90, o relatório vincula o julgamento, salvo de o relatório for contrário às provas dos
autos.
OBS: Ao contrário do Inquérito Policial, que é procedimento administrativo prévio ao Processo Penal, o Inquérito
Administrativo é o miolo do Processo Administrativo.
- A autoridade que instaurou o processo e a comissão será a competente para julgar o relatório. O Chefe do Exe-
cutivo está vinculado ao julgamento do Processo Administrativo.
- A parte, na peça de interposição do Recurso, deve formular o Pedido de Reconsideração, que consiste em
pedir à que a autoridade julgadora reconsidere o seu julgamento antes de encaminhar o recurso ao seu superior
hierárquico.
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CARTÓRIO
Direito Administrativo
Matheus Carvalho
- Se a autoridade julgadora não Reconsiderar, deverá encaminhar o Recurso ao seu superior Recurso Hierár-
quico. OBS: O Recurso Hierárquico deverá ser endereçado à Autoridade Julgadora que, após negar o Pedido de
Reconsideração, deverá encaminhá-lo à autoridade superior.
- OBS: Se não houver autoridade superior à autoridade julgadora, não haverá possibilidade de recurso hierárqui-
co, apenas do Pedido de Reconsideração.
Recurso Hierárquico Próprio: A autoridade que vai analisar o recurso hierárquico é do mesmo órgão que a
autoridade julgadora.
Recurso Hierárquico Impróprio: A autoridade que vai analisar o recurso hierárquico é de órgão diferente da
autoridade julgadora.
- OBS:. O Recurso poderá atingir até três instâncias de julgamento, a depender da estrutura da administração.
Caução Prévia: Não há necessidade de caução prévia como pressuposto para interposição de recurso, em
regra.
Efeitos do Recurso Administrativo: De regra, só terá efeito devolutivo. Só terá também efeito suspensivo se
houver norma específica nesse sentido. Obs. O Recurso poderá piorar a situação da parte, ou seja, é admitida a
Reformatio in Pejus no Recurso Administrativo.
I) Representação: Utilizado quando a parte quer fazer uma denúncia. Serve como mecanismo de denúncia de
uma ilegalidade. É um equivalente da Ação Popular.
II) Reclamação: O Particular reclama sobre a lesão a um direito específico seu. É uma espécie de Mandado de
Segurança Administrativo.
III) Revisão (é como uma ação rescisória administrativa). Tem, como pressuposto, ter havido a Coisa Julga-
da Administrativa, ou seja, a Revisão pressupõe uma decisão administrativa irrecorrível. E só poderá ocorrer
quando surgir FATO NOVO. Prazo: Pode ser interposta a qualquer tempo. OBS: Não admite a Reformatio in Pe-
jus.
PROCESSOS SUMÁRIOS:
SINDICÂNCIA:
- A Sindicância servirá como procedimento autônomo quando instaurada para apurar infração cuja sanção seja de
Advertência ou Suspensão de até 30 dias.
b) Investigação Prévia:
- A Sindicância servirá como procedimento de investigação prévia ao processo administrativo disciplinar quando
apurar que a infração cometida pelo servidor tiver como sanção Suspensão de mais de 30 dias ou Demissão.
- Neste caso, a sindicância poderá ter sido realizada sem contraditório e ampla defesa, que ficarão para ser res-
peitados no Processo Administrativo Disciplinar que virá a ser instaurado.
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CARTÓRIO
Direito Administrativo
Matheus Carvalho
1º) Notificação do agente público para quem em 10 dias ele opte por um dos cargos que ocupe. Se optar, será
exonerado do cargo que escolher sair.
2º) Se o agente não fez a opção nos 10 dias: Instaura-se o Processo Administrativo Sumário.
3º) Instaurado o Processo Administrativo Sumário, o Servidor terá o prazo para defesa, e até esse prazo poderá
optar por um dos cargos, sendo exonerado do outro.
4º) Se o servidor não optar por um dos cargos até o prazo de apresentação da defesa: O Processo segue e, sen-
do provada a ilegalidade da acumulação, o agente será Demitido de todos os cargos que ocupar.
Prazo: O Procedimento Sumário deve ser finalizado em 30 dias, prorrogáveis por mais 30.
-OBS:. A Verdade Sabida não é mais admitida no Ordenamento Brasileiro, pois é procedimento que não compor-
tava contraditório e ampla defesa.
- OBS: É Possível o afastamento pelo prazo máximo de 60 dias. Findo esse prazo, o agente voltará à atividade,
mesmo que o processo não tenha sido finalizado.
- STJ Estágio Probatório = 24 meses, ainda que a CF tenha previsto o prazo de 03 anos para a estabilidade.
Parte da Doutrina: Entende que o estágio probatório é de 03 anos.
CONCEITO:
- Obrigação que tem o Estado de reparar os danos causados a terceiros em razão de comportamentos lícitos e
ilícitos ou atividades materiais.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA:
- O Estado respondia desde que se demonstrasse a culpa individualizada do seu agente, ou seja, a Responsabili-
dade do Estado era idêntica à Responsabilidade do Direito Privado.
- Pregava uma Responsabilidade Subjetiva distinta da Responsabilidade subjetiva do Direito Privado, na medida
em que exigia que se provasse uma Culpa Especial do Estado, e não mais uma culpa individualizada do seu
agente, a culpa não era mais atribuída ao agente pública, e sim uma culpa relacionada ao serviço, que seria a
Culpa Administrativa, Anônima.
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CARTÓRIO
Direito Administrativo
Matheus Carvalho
- A Atividade do Estado, potencialmente, pode produzir riscos aos administrados. OBS: A Teoria da Culpa Admi-
nistrativa defende que só haveria responsabilidade por atos ilícitos praticados pelo Estado.
- Haveria, então, uma Responsabilidade Objetiva, lastreada apenas em um nexo de causalidade entre a atuação
do Estado e o dano ocorrido, sem a necessidade do elemento culpa, mesmo que o dano seja produzido por Ativi-
dade Lícita do Estado.
- Constituição de 1824 No Brasil a Teoria da Irresponsabilidade do Estado nunca foi adotada. A Constituição de
1824 adotou a Teoria da Culpa Administrativa, na qual a Responsabilidade do Estado só existiria quando prova a
culpa deste.
- Constituição Federal de 1988 Adotou as duas teorias, a do Risco Administrativo e a da Culpa Administrativa.
- O Estado sempre responderá objetivamente por seus atos comissivos, lícitos ou ilícitos, jurídicos ou materiais.
- Comportamento Lícito:
Jurídico: Produzido em razão de atividade jurídica do Estado. Ex. Decreto expedido por chefe do executivo;
Material: Produzido em razão de atividade material do Estado. A responsabilidade se mantém objetiva, seja a
vítima usuária ou não do serviço público. Vejamos:
21. (CESPE - 2013 - TJ-BA - Titular de Serviços de Notas e de Registros – Provimento) Acerca da respon-
sabilidade extracontratual do Estado, assinale a opção correta.
A) Os delegatários de serventias de notas e de registros somente respondem pelos danos causados a terceiros se
decorrentes de dolo ou culpa.
B) De acordo com a teoria da falta do serviço, o Estado responde pela mera ausência do serviço, independente-
mente da comprovação do dano.
C) De acordo com a teoria do risco administrativo, há inversão do ônus da prova, cabendo ao Estado comprovar
que não causou o dano.
D) As empresas públicas e as sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica respondem
objetivamente pelos danos causados a terceiros.
E) De acordo com a jurisprudência recente do STF, as concessionárias de serviços públicos respondem objetiva-
mente pelos danos causados a terceiros, usuários ou não do serviço.
- Comportamento Ilícito:
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CARTÓRIO
Direito Administrativo
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- STF A Responsabilidade do Estado é Subjetiva, fundada na Teoria da Culpa Administrativa. Porém, também
reconhece a Responsabilidade do Estado por Omissão Legislativa, que é inconstitucional.
- Se havia o dever do Estado de atuar de forma a evitar danos por fatos da natureza, e aquele não atuou, o Esta-
do será responsabilizado, desde que provado que a sua omissão causou o dano.
- STF Responsabilidade Subjetiva do Estado. Ex. Assassinato de Preso por outro preso.
- O Estado, apesar de não ser o causador direto do dano, assume atividade que propicie alto risco. O Estado é
causador indireto do dano, respondendo Objetivamente. Ex. Dano decorrente de fábrica de pólvora instalada em
bairro povoado; Dano causado por defeito em semáforo.
- OBS: Terceiro que assuma esse tipo de atividade, sem autorização do Estado: Responsabilidade Subjetiva.
Vejam esse julgado do STJ sobre tema, prevendo responsabilidade do Estado em caso de suicídio de preso no
presídio.
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CARTÓRIO
Direito Administrativo
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siva, independentemente de culpa do agente público. Nesse sentido: “Recurso extraordinário. 2. Morte de detento
por colegas de carceragem. Indenização por danos morais e materiais. 3. Detento sob a custódia do Estado. Res-
ponsabilidade objetiva. 4. Teoria do Risco Administrativo. Configuração do nexo de causalidade em função do
dever constitucional de guarda (art. 5º, XLX). Responsabilidade de reparar o dano que prevalece ainda que de-
monstrada a ausência de culpa dos agentes públicos. 5. Recurso extraordinário a que se nega provimento” (RE
272.839, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ 8.4.2005 – grifos nossos). RESPONSABILIDADE CIVIL
DO PODER PÚBLICO - PRESSUPOSTOS PRIMÁRIOS QUE DETERMINAM A RESPONSABILIDADE CIVIL
OBJETIVA DO ESTADO - O NEXO DE CAUSALIDADE MATERIAL COMO REQUISITO INDISPENSÁVEL À
CONFIGURAÇÃO DO DEVER ESTATAL DE REPARAR O DANO – NÃO COMPROVAÇÃO, PELA PARTE RE-
CORRENTE, DO VÍNCULO CAUSAL - RECONHECIMENTO DE SUA INEXISTÊNCIA, NA ESPÉCIE, PELAS
INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS - SOBERANIA DESSE PRONUNCIAMENTO JURISDICIONAL EM MATÉRIA FÁTI-
CO-PROBATÓRIA - INVIABILIDADE DA DISCUSSÃO, EM SEDE RECURSAL EXTRAORDINÁRIA, DA EXIS-
TÊNCIA DO NEXO CAUSAL - IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA (SÚMU-
LA 279/STF)- RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - Os elementos que compõem a estrutura e delineiam o
perfil da responsabilidade civil objetiva do Poder Público compreendem (a) a alteridade do dano, (b) a causalidade
material entre o eventus damni e o comportamento positivo (ação) ou negativo (omissão) do agente público, (c) a
oficialidade da atividade causal e lesiva imputável a agente do Poder Público que tenha, nessa específica condi-
ção, incidido em conduta comissiva ou omissiva, independentemente da licitude, ou não, do comportamento funci-
onal e (d) a ausência de causa excludente da responsabilidade estatal. Precedentes (RE 481.110-AgR, Rel. Min.
Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 9.3.2007 – grifos nossos). Agravo regimental em agravo de instrumento. 2.
Morte de preso no interior de estabelecimento prisional. 3. Indenização por danos morais e materiais. Cabimento.
4. Responsabilidade objetiva do Estado. Art. 37, § 6º, da Constituição Federal. Teoria do risco administrativo. Mis-
são do Estado de zelar pela integridade física do preso. 5. Pensão fixada. Hipótese excepcional em que se permi-
te a vinculação ao salário mínimo. Precedentes. 6. Agravo regimental a que se nega provimento (AI 577.908-
AgR,Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 21.11.2008 – grifos nossos). Recurso extraordinário. Res-
ponsabilidade civil do Estado. Morte de preso no interior do estabelecimento prisional. 2. Acórdão que proveu par-
cialmente a apelação e condenou o Estado do Rio de Janeiro ao pagamento de indenização correspondente às
despesas de funeral comprovadas. 3. Pretensão de procedência da demanda indenizatória. 4. O consagrado prin-
cípio da responsabilidade objetiva do Estado resulta da causalidade do ato comissivo ou omissivo e não só da
culpa do agente. Omissão por parte dos agentes públicos na tomada de medidas que seriam exigíveis a fim de ser
evitado o homicídio. 5. Recurso conhecido e provido para condenar o Estado do Rio de Janeiro a pagar pensão
mensal à mãe da vítima, a ser fixada em execução de sentença” (RE 215.981, Rel. Min. Néri da Silveira, Segunda
Turma, DJ 31.5.2002 grifos nossos). 7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante. 8. Pelo expos-
to, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Re-
gimento Interno do Supremo Tribunal Federal). Publique-se. Brasília, 6 de dezembro de 2012.Ministra CÁRMEN
LÚCIA Relatora.
(STF - ARE: 723007 DF , Relator: Min. CÁRMEN LÚCIA, Data de Julgamento: 06/12/2012, Data de Publicação:
DJe-245 DIVULG 13/12/2012 PUBLIC 14/12/2012)
Responsabilidade Objetiva das Pessoas Jurídicas de Direito Privado Prestadoras de Serviço Público
(Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista, Fundações Governamentais de Direito Privado, Permissio-
nárias, Concessionárias e Autorizatárias).
-STFA Responsabilidade das Entidades de Direito Privado Prestadoras de Serviço Público só será Objetiva em
relação aos danos causados ao Usuário do serviço, quando for caso de serviço ‘uti singulis’. Quando o serviço
público prestado for ‘uti universis’ a Responsabilidade dessas Entidades será sempre Objetiva. Ex. Coleta de lixo.
Relação de Responsabilidade entre o Estado ou Pessoa Jurídica de Direito Privado e o Lesado: Respon-
sabilidade Objetiva pelas ações e Subjetiva pelas Omissões.
Responsabilidade do Agente Público causador do Dano em Relação ao Estado: Será sempre subjetiva: O
Agente só responderá perante o Estado se provado que agiu com culpa ou dolo.
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CARTÓRIO
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Direito de Regresso: Direito que assiste ao Estado de cobrar de seu agente público o dinheiro pago à vítima,
quando provado que o agente agiu com dolo ou culpa.
- STF A Vítima poderá ajuizar a vítima contra o Estado, contra o agente ou contra os dois, hipótese na qual
deverá provar que o agente agiu com culpa ou dolo.
OBS: O Novo CPC, prevê a intervenção de terceiro em caso de ação de regresso que passa a se chamar de De-
nunciação em Garantia. Trata-se de dispositivo que admite a intervenção para convocar aquele que está obrigado
por Lei a responder em ação regressiva.
22. (CESPE - 2013 - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz Federal) Assinale a opção correta acerca da responsabilidade
civil do Estado.
A) O direito da vítima de pleitear indenização pela ação danosa do Estado, assim como o direito deste de ajuizar
ação regressiva contra o agente público causador direto do dano, prescreve em cinco anos, contados da data do
ato ou fato que tenha dado origem ao dano.
B) A regra da responsabilidade civil objetiva constante na CF alcança tanto as pessoas jurídicas de direito público
quanto as de direito privado que prestam serviços públicos ou se dedicam à exploração de atividade econômica,
bem como os concessionários e permissionários de serviços públicos.
C) Apenas os danos praticados por servidores públicos, sejam eles estatutários ou celetistas, dão ensejo à res-
ponsabilidade civil do Estado.
D) A ação de regresso deve ser ajuizada pelo Estado contra o agente causador do dano e, na sua falta, contra
seus herdeiros ou sucessores, podendo ser intentada, também, mesmo após a exoneração, demissão, disponibili-
dade ou aposentadoria do agente responsável de seu cargo, emprego ou função.
E) A responsabilidade civil do Estado pode ser conceituada como a obrigação de recompor os danos causados a
terceiros em razão de comportamento unilateral comissivo, material ou jurídico, de natureza ilegítima, que lhe seja
imputável.
Denunciação da Lide:
- Não é obrigatória, nem cabível a denunciação à Lide do agente público pelo Estado, na ação ajuizada contra
pela vítima. A Denunciação só será obrigatória e cabível quando não trouxer fundamento novo à lide originária.
-OBS: Mesmo no caso da Responsabilização por Omissão do Estado, a denunciação da lide poderá não ser cabí-
vel, já que a vítima deve demonstrar dois tipos de culpa diferente, a culpa individual do agente e a culpa adminis-
trativa do Estado. Entretanto, se o próprio autor da ação trata da culpa individual do agente, o Estado poderá de-
nunciá-lo à lide, porque, nesse caso, não há fundamento novo, já que o autor tratou da questão na inicial.
a. Caso Fortuito e Força Maior. OBS: Dirley entende, juntamente com algumas decisões jurisprudenciais, que
a demonstração de que houve Caso Fortuito ou Força Maior, por si só, não excluem a Responsabilidade do Esta-
do. A Pessoa Jurídica deverá provar que agiu de forma a tentar evitar o dano causado.
Ex. Responsabilidade do Transportador por assalto realizado dentro do ônibus: Se provado que os assaltos na
região são freqüentes, o Transportador deverá demonstrar que agiu de forma a tentar evitar assaltos, do contrário
haverá Responsabilização.
Teoria do Risco:
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Direito Administrativo
Matheus Carvalho
b) Risco Integral: O Estado não pode invocar nenhuma das excludentes para se eximir de sua Responsabilida-
de. Esta Teoria é válida em 02 situações: Danos decorrentes de atividade nuclear desenvolvida pelo Estado; Res-
ponsabilização de qualquer Pessoa Jurídica por Danos Ambientais.
Atividade Legislativa:
- A Atividade Legislativa ensejará responsabilidade do Estado sempre que Inconstitucional e Lesiva a terceiros, ou
quando houver Omissão Inconstitucional do Estado em legislar.
- A responsabilização do Estado por lei inconstitucional poderá ser decorrente de decisão judicial decorrente de
controle concentrado ou difuso de constitucionalidade, desde que seus efeitos sejam ex tunc, se forem ex nunc
não haverá responsabilização do Estado.
- STF Consagrou o direito dos servidores ao reajuste anual dos seus vencimentos, direito este que foi introdu-
zido pela Emenda Constitucional 19/98.
- O STF Exige prévia declaração de Inconstitucionalidade da Lei, ou a prévia declaração de Omissão do Estado
no seu dever de legislar, seja por meio de ADIN por omissão, seja por meio de Mandado de Injunção, para que
possa haver responsabilização do Estado.
Atividade Jurisdicional: O Estado poderá ser responsabilizado por Atos judiciais lesivos ou por Erros Judiciários.
Haverá direito de regresso contra o magistrado sempre que este tenha agido com dolo ou culpa.
- Tem que ser dano essencialmente jurídico, ainda que seja um dano não econômico (o dano exclusivamente
econômico, que não for jurídico, não enseja indenização). O Dano será jurídico quando houver direito lesado.
- O Dano tem que ser Real, Concreto, não fictício, não abstrato.
- OBS: Responsabilidade do Estado por comportamentos Lícitos: O Dano, além de ser jurídico, certo e real,
terá que ser também:
a. Especial: Não poderá ser um dano geral, deve ser um dano concreto, que incide sobre pessoa(s) determina-
da(s).
b. Tem que ser Dano Anormal: Faz com que recai sobre indivíduo um ônus impossível de ser suportado.
*SERVIÇOS PÚBLICOS*
CONCEITO:
- Uma das atividades Administrativas prestadas pelo Estado, ou por seus delegados, para satisfazer as necessi-
dades, comodidades e meras conveniências dos administrados.
- São aquelas atividades Administrativas de natureza pública, criadas por Lei, prestadas direta ou indiretamente
pelo Estado, para atender concretamente as necessidades ou meras comodidades da coletividade e dos adminis-
trados, ou simples conveniências da própria Administração, sujeitas a um Regime Jurídico ora integralmente pú-
blico, ora parcialmente público e parcialmente privado.
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- Elementos Subjetivos.
- Sujeito responsável pela criação ou prestação do serviço público. Sujeito que cria o serviço é sempre o Estado,
por deter a titularidade do serviço Público, criando e extinguindo-o através de Lei. (paralelismo das formas).
- OBS: Se a Constituição Federal cria o serviço público, só EC poderá extingui-lo, nunca uma Lei. Se o serviço for
essencial para atender Direito Fundamental, nem Emenda poderá extingui-lo.
Direta: O próprio Estado, através dos seus órgãos públicos, prestará o serviço público de forma centralizada.
(Forma Desconcentrada: quando mais de 01 órgão presta o serviço. Forma Concentrada: se apenas 01 órgão o
presta).
Indireta (Descentralização):
Outorga: por meio de Lei, é uma descentralização funcional (Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas
e Sociedades de Economia Mista).
Delegação: É feita contratualmente (Concessionárias, PPP´s e Permissão) ou por ato unilateral, precário e discri-
cionário da Administração (Autorização e permissão, em alguns casos).
OBS: Todas estas Prestadoras de Serviço Público (Pessoas Jurídicas de Dir. público e privado) responderão obje-
tivamente perante atos lesivos que seus agentes causem a terceiros.
Meios de Execução Direta: O prestador do Serviço se vale de seus próprios recursos, humanos e materiais.
Meios de Execução Indireta: O Prestador do Serviço, não se valendo dos seus próprios recursos, humanos e
materiais, contrata-os a terceiros.
Prestação Direta por Execução Direta: O Próprio Estado atua, por meio de servidores seus.
Prestação Direta por Execução Indireta: O Próprio Estado atua, mas contrata o serviço de terceiros.
Prestação Indireta por Execução Direta: Autarquia que atua por seus próprios servidores.
Prestação Indireta por Execução Indireta: Concessionária de Transporte coletiva, aluga ônibus, ou contrata os
empregados a outras empresas. Ex. Limpurb.
OBS: Para Fins de Responsabilidade Civil, o Administrado lesado levará em conta o Prestador do Serviço, e não
quem o executa. A Empresa prestadora poderá entrar com Ação de Regresso contra o agente ou empresa que
executava o serviço e causou o dano.
A Responsabilidade do Ente que delegou ou outorgou a Prestação do serviço será subsidiária, ou seja, se o Pres-
tador delegado ou outorgado não tiver bens para responder, o Estado responderá objetivamente.
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- Poderá ser integralmente de Dir. Público, quando prestador for PJ de Dir. Público; Ou poderá ter um regime de
Dir. Privado, parcialmente derrogado pelo Dir. Público (regime híbrido).
- Em face do qual, a prestação do serviço não pode sofrer qualquer solução de continuidade, não pode ser inter-
rompido, é atividade permanente, contínua da Administração.
- Dá ao Estado o direito de Retomar a Prestação do Serviço, quando a sua prestação delegada a terceiros estiver
comprometida no que se refere a seu desempenho e adequação.
- Mitigação a esse Princípio O Direito de greve do servidor público garantido pela CF de 88 mitiga, em parte,
este Princípio, que deverá ser aplicado em conformidade com o direito de greve. Entretanto, o direito de greve
também deve ser interpretado em conformidade com esse Princípio. Os servidores não poderão paralisar o Servi-
ço totalmente.
- OBS: Falta de Pagamento do serviço por parte do usuário: Poderá haver suspensão do serviço após um perío-
do, com a notificação prévia do usuário.
- O Regime Jurídico do Servidor Público pode ser alterado pelo Estado mesmo unilateralmente, sem que os admi-
nistrados, servidores ou concessionários possam contestar a mudança.
- O Regime Jurídico não gera Direito Adquirido. Entretanto, gerará Indenização se essa mutabilidade atingir o
equilíbrio econômico-financeiro. Entretanto, o Equilíbrio Contratual, econômico e financeiro, dever ser mantido nas
relações da Administração com os Prestadores do Serviço (Mitigação).
- OBS: O Estado também terá direito ao equilíbrio econômico financeiro, se no decorrer do contrato ocorrer mu-
dança que favoreça o concessionário e lese a Administração.
c) Princípio da Igualdade:
Serviço Público Próprio: Criados pelo Estado e assumidos por Ele, que os presta direta ou indiretamente.
Serviço Público Impróprio: Refere-se a atividades privadas, prestadas por particulares, mas que atendem
ao interesse coletivo, sem que sejam consideradas essenciais. Não são Serviço Público propriamente dito, porque
não são criados pelo Estado, são apenas autorizados por Ele. Ex. bancos, táxi, previdência privada, planos de
saúde, ONG´s, Serviços Sociais Autônomos, Organizações da Sociedade Civil.
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Serv. Público Administrativo: Serve para atender conveniências internas da Administração ou para prepa-
rar outros Serviços públicos.
Serv. Públicos Sociais: Visa a concretizar os postulados do Bem-Estar e da justiça social, mitigando ou
eliminando as desigualdades sociais.
Serviços Industriais ou Comerciais: Prestados no âmbito das atividades econômicas, são onerosos, pres-
tados através de delegação contratual (concessionárias ou permissionárias). Ex. Telecomunicações, Serviço Pos-
tal.
Serv. Públicos Individuais (singulares, “uti singuli”): Fruídos diretamente pelo usuário. São a maioria dos
serviços públicos. Ex. telecomunicações.
Serviços Gerais (universais, “uti universi”): Usufruídos pela coletividade, o indivíduo os utiliza indiretamente.
Não podem ser onerados por Taxa. Ex. Coleta de Lixo, Iluminação.
Serv. Público Exclusivo do Estado: Serviços que o Estado detém a titularidade, exercendo-o direta ou indi-
retamente, só o Estado pode prestá-lo.
Serv. Públicos Não Exclusivos: O próprio particular pode prestar o serviço em seu próprio nome, como se
dele fosse, sujeito, entretanto, ao Poder de Polícia do Estado. O Estado poderá prestá-lo concorrentemente com o
particular. Ex. Educação, saúde.
CONTRATO DE CONCESSÃO
.
- O Poder Público pode outorgar a concessão de serviços públicos a um particular, mas concessão não é uma
outorga e sim uma delegação. A Delegação deve ser feita pelo Poder concedente, só o ente que possui a titula-
ridade do serviço pode delegá-lo (União, Estados, DF e Municípios).
- Só uma Pessoa Jurídica ou um Consórcio de Empresas podem receber a delegação. OBS: Não se admite
concessão a Pessoa Física.
Formalização: Através de Contrato Administrativo, com necessidade de Licitação por Concorrência, a mes-
ma da Lei 8.666/93, com algumas Peculiaridades (art.15, Lei 8987/95).
- Nessa licitação, além dos tipos de menor preço, melhor técnica e melhor técnica e preço, há o tipo do melhor
tarifa p/ o usuário.
- Exceção: Programa Nacional de Desestatização (lei 9074/95): Serviço que estiver no programa de desestati-
zação será concedido por licitação via Leilão.
Prazo: Determinado. O Prazo será fixado pela Lei que cuide do serviço concedido. É possível a prorrogação
do prazo dentro do limite máximo da lei, desde que esteja prevista essa possibilidade no contrato.
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23. (MPE-PR - 2014 - MPE-PR – Promotor) De acordo com a Lei nº 8.987/95, analise as assertivas abaixo e
escolha a alternativa:
I. Poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja competência se encontre o
serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto de concessão ou permissão;
II. Concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação,
na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu
desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;
III. Concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou parcial, conserva-
ção, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder conce-
dente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que de-
monstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária
seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado;
IV. Permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços pú-
blicos, feita pelo poder concedente exclusivamente à pessoa física que deposite caução equivalente ao tempo de
duração da atividade delegada.
24. (VUNESP - 2014 - DPE-MS - Defensor Público) Considerando as várias formas de gestão de serviços
públicos previstas no direito brasileiro, é correto afirmar que
A) é possível a gestão associada de serviços públicos entre entes federativos, por meio de convênios de coopera-
ção ou consórcios públicos.
B) a execução direta de serviços públicos, prevista na Constituição Federal, é aquela realizada, tão somente, pela
Administração Direta.
C) a Administração Pública é plenamente livre para escolher a forma de gestão do serviço público, se por execu-
ção direta ou delegada, por instrumento contratual.
D) atividades exclusivas do Estado, delegáveis por sua própria natureza, poderão ser objeto de concessão, per-
missão ou autorização de serviço público.
- Regra: Responsabilidade Objetiva em face do usuário do serviço. Se o sujeito que sofrer o dano não for usuário
do serviço, a responsabilidade da concessionária será subjetiva, baseada no dano civil.
OBS: A Responsabilidade do Estado é subsidiária e Objetiva pelos danos causados pela Concessionária.
Remuneração da Concessionária:
I) Tarifa dos Usuários: Política Tarifária (define o valor da tarifa, índice e data para reajuste) está prevista no
Procedimento Licitatório.
II) Recursos Públicos: É uma faculdade do Administrador. Princípio da Modicidade: A Faculdade que a Admi-
nistração tem em alocar recursos públicos para a concessionária decorre desse princípio.
III) Receitas Alternativas: A Empresa busca outras atividades paralelas ao serviço público com o objetivo de
baratear as tarifas. O Contrato deve prever essas receitas alternativas.
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OBS: As tarifas podem ser diferenciadas de acordo c/a capacidade econômica do usuário (Princípio da Isono-
mia Material).
- A Lei possibilita a sub-concessão do contrato administrativo, apesar de pesadas críticas da doutrina que entende
que a sub-concessão fere a isonomia, viola o dever constitucional de licitar, e fere o caráter personalíssimo do
contrato administrativo.
III) A Administração deverá anuir com a sub-concessão, hipótese na qual irá analisar se a sub-contratada preen-
che os requisitos para o contrato administrativo.
IV) A Lei exige licitação para a sub-concessão do contrato administrativo. Neste caso, a concessionária não terá
mais responsabilidade, só a sub-concessionária (para a doutrina isto não é sub-concessão, e sim novo contrato
administrativo).
Extinção da Concessão:
I) Encampação: O Poder Público extingue o contrato por razões de interesse público. Neste caso, há necessi-
dade de indenização.
II) Caducidade: Extinção Unilateral do Contrato pela Administração por descumprimento de cláusula contratual
por parte do particular. Neste caso, o particular deve indenizar o Estado.
III) Extinção de Pleno Direito: Extinção do contrato por causas alheias à vontade das partes.
- Surgiu para definir a natureza jurídica das Parcerias Públicos Privadas (PPP’s).
Fundamento:
- Lei 11079/04. A Concessão Especial é uma concessão comum com algumas peculiaridades, mas é, também,
delegação de um serviço público.
Objetivos:
Modalidades de PPP’s:
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I) Concessão Patrocinada:
- Concessão comum em que haverá, necessariamente, tarifa do usuário + recursos públicos (aqui o recurso públi-
co é indispensável, ao contrário da concessão comum). O Percentual de alocação de recursos públicos será pre-
visto no contrato.
II) Compartilhamento de riscos: A Responsabilidade entre Estado e Particular é Solidária, diferente da con-
cessão comum, onde a responsabilidade do Estado é subsidiária.
III) Pluralidade Compensatória: O Estado terá várias maneiras para pagar o financiamento privado: Via ordem
bancária; via transferência de créditos não tributários; via outorga de direitos ou outorga onerosa.
OBS: Se o Estado não pagar, o Particular tem que ir para a via judicial e a dívida vai p/ precatório.
Vedações:
Formalidades:
- A PPP tem como vínculo jurídico o contrato, com necessidade de Licitação por Concorrência. OBS: A Con-
corrência poderá ser a concorrência comum da Lei 8.666/93, ou pode ser também uma concorrência com proce-
dimentos invertidos e lances verbais (não é pregão).
- Só a Permissão de Serviço Público é contrato administrativo, a permissão de uso de bem público se faz por ato
unilateral.
b) Formalidades:
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- É Contrato Administrativo de Adesão, sempre com Prazo Determinado (Art.40: Formalidade será dada por con-
trato com prazo e indenização).
- Art.2º: Diz que a Permissão é precária (precariedade mitigada pelo fato de ser contrato).
-OBS: Originalmente era ato unilateral precário, sem prazo determinado, sem indenização, no qual a administra-
ção tinha liberdade para delegar.
- Para Celso Antônio a Permissão continua sendo ato unilateral e precário (minoritária).
- Doutrina Majoritária: É Contrato Precário, que pode ser retomado a qualquer tempo, mas com possibilidade
de indenização.
-OBS 1:. É decisão discricionária do Administrador optar por fazer Permissão de Serviço Público ou Concessão de
Serviço Público. Para investimentos mais altos, considera-se mais indicado fazer concessão, porque esta não é
precária.
- Além do contrato administrativo, é necessária a Licitação por qualquer modalidade, a depender do valor do con-
trato.
- OBS 2:. Não há necessidade de Autorização legislativa para a Permissão. De resto, aplica-se, no que couber, o
que for aplicável à Concessão.
CONSÓRCIO PÚBLICO
- Diferencia-se do Consórcio Público da Lei 8.666/93, que é uma gestão associada de Entes da mesma espécie
(município com município; Estado com Estado).
b) Modalidades:
Os Entes não precisam ser da mesma espécie, mas só será possível entre entes políticos, que constituirão nova
Pessoa Jurídica.
c) Vínculo Jurídico:
- O contrato de consorcio pode formar uma Pessoa Jurídica com personalidade de Direito Público ou Privado:
I) Formará uma Pessoa Jurídica de Direito Público: Associações Públicas, art.41 do CC/02. Tem tratamento
de autarquia.
II) Formará Pessoa Jurídica de Direito Privado: Terão tratamento semelhante às Empresas Públicas e Socieda-
des de Economia Mista, com regime jurídico híbrido.
c) Órgãos e Funcionamento:
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d) Procedimento Licitatório:
- Qualquer ente público que celebre contrato com o Consórcio terá dispensa na Licitação.
II) Os valores do art.23 da Lei 8666/93 ficam dobrados se houver até três entes envolvidos e triplicados se hou-
ver mais de três entes envolvidos.
- A Doutrina acha um absurdo este contrato também pode formar nova Pessoa Jurídica de Direito Privado (regime
de Sociedade de Economia Mista ou Empresa Pública). Os entes políticos passariam a ter natureza de direito
privado, o que prejudica a autonomia dos entes políticos consorciados.
f) Podem Fazer:
Convênios/Contratos;
Concessão/Permissão;
Desapropriação;
Emitir Documentos para Cobrança de Tarifas.
- Críticas Enquanto Pessoa Jurídica de Direito Privado, não deveria ter tanto poder.
Direito de Propriedade:
Só é atingido pelo Estado em caráter excepcional, quando previsto na Constituição Federal de 1988 ou em
Lei, só aí será possível a intervenção do Estado na propriedade. Mas, de Regra, não há intervenção.
É o direito de gozar, dispor, usar, usufruir, reaver. Tem caráter: Absoluto, Perpétuo e Exclusivo.
OBS: Na intervenção ora será atingido seu caráter perpétuo, ora o absoluto, ora o caráter exclusivo. Na inter-
venção do Estado o proprietário não perderá a propriedade, salvo na desapropriação, onde há a transferência da
propriedade.
Supremacia do Interesse Público. Prática de ilegalidade, art.243 da CF: Desapropriação Expropriatória, Con-
fiscatória, em virtude de plantação de psicotrópicos proibidos na propriedade. É uma pena.
Poder de Polícia:
Maioria da Doutrina: Poder de Polícia está sempre presente na limitação administrativa. Alguns doutrinadores
entendem que só na Desapropriação não está presente o Poder de Polícia.
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LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA:
Atuação geral e abstrata do Poder Público. O proprietário é indeterminado. Regra Geral: Não há indenização.
Finalidade: Busca do bem-estar social, que será buscado através do Poder de Polícia, quando a propriedade
do particular será restringida p/ satisfazer o interesse coletivo. Atinge o caráter absoluto da propriedade, já que
restringe a liberdade do proprietário.
SERVIDÃO ADMINISTRATIVA:
Utilização do patrimônio do particular pelo Estado para prestar serviço público. Regra: É individual, concreta
e com proprietário determinado.
Relação de Dominação: O Serviço Público é o Dominante, e a propriedade do particular á o Serviente. Há a
dominação do serviço público sobre um bem.
OBS 1: # Da Servidão no Direito Civil, onde há a dominação de um bem sobre outro bem.
Indenização: Só se houver dano efetivo.
OBS 2: Jurisprudência: Fios de alta tensão impedem o exercício da propriedade, portanto não há servidão
neste caso, e sim Desapropriação indireta.
Ocorrerá quando há iminente perigo, o Poder Público poderá requisitar o patrimônio do particular pelo
Tempo que for necessário, até que cesse o iminente perigo. Obs. É possível a requisição tanto em tempo de
paz, como em tempo de guerra.
Objeto: Pode recair sobre bens Móveis ou Imóveis. Atinge o caráter exclusivo da propriedade. OBS: Quando
tratar-se de bens fungíveis, ainda que o dono deixe de ser dono, haverá requisição. Ex. Estado requisita roupas e
frangos de uma fábrica.
Sempre que houver bens fungíveis, e tratar-se de iminente perigo, haverá requisição, e não desapropriação,
já que o poder público pode devolver objetos iguais.
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA:
Uso do Patrimônio não edificado ao lado da obra pública para guardar os materiais da obra.
Para Evitar desapropriação desnecessária: quando o Poder Público ocupa o imóvel para pesquisa de miné-
rios e arqueologia, em havendo minérios ou objetos arqueológicos o poder público desapropria a área.
Maria Sylvia: Ocupação prevista na Lei 8666/93, decorrente de Contrato Administrativo: Se o particular des-
cumpre o contrato administrativo Processo Administrativo Administração extingue o contrato, rescinde-o (ato
administrativo).
Durante o processo administrativo a Administração assume a prestação do serviço que era prestado pela empresa
por contrato administrativo, utilizando-se dos bens da empresa que são necessários à prestação do serviço. Maria
Sylvia entende que há ocupação temporária nestes casos. Ao final do Processo a Administração poderá devolver
os bens à empresa, ou adquiri-los através da Reversão, com direito ou não à indenização. Não é desapropriação.
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Para alguns doutrinadores não há ocupação temporária na situação trazida por Maria Sylvia, e sim, ocupação
decorrente do contrato (cláusula exorbitante). Mesmo que não esteja no contrato, ainda assim, não será ocupação
temporária.
Há corrente minoritária, liderada por José dos S.C. Filho sustentando que só é possível haver tombamento de
bem público quando guardada uma hierarquia, do mesmo modo que na desapropriação. Ex A união pode tom-
bar bens dos Estados e Municípios, os Estados podem tombar bens dos Municípios.
OBS 1: Pode haver tombamento de Bem da União por um Município, porque o que importa é o interesse, não
a hierarquia, diferentemente da desapropriação.
OBS 2: Bem Público Tombado Inalienabilidade Absoluta. Normalmente, os bens públicos são relativa-
mente inalienáveis.
OBS: Se o dono não tiver condições econômicas de conservar o bem, deverá comunicar à entidade que o
tombou para que ela tome as devidas providências. Toda e qualquer conservação tem que ter Autorização do
Instituto próprio.
OBS 1: O proprietário que faz conservação sem autorização: destruição do patrimônio, crime do art.165 do
CP. A União tem preferência na compra do imóvel tombado, se o particular quiser vendê-lo.
OBS 2: Poderá haver tombamento total ou parcial: O Tombamento pode ser feito só da fachada do imóvel;
quando o tombamento for sobre todo o imóvel, poderá ser hipótese de desapropriação indireta.
Obrigações Negativas:
Não danificar, Não destruir o patrimônio tombado; impossibilidade de retirá-lo do país, exceto por curto espa-
ço de tempo.
O vizinho ao patrimônio tombado não pode colocar cartazes, ou qualquer outro instrumento que prejudica a
visibilidade do patrimônio tombado.
Procedimento do Tombamento:
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OBS: o Tombamento não depende do registro na escritura do imóvel, basta o registro no Livro do Tombo,
depois disso ele será válido. Entretanto, se o Estado não registra o Tombamento na escritura do imóvel, não terá
a preferência numa eventual venda do imóvel.
Indenização: O Tombamento, por si só, não gera direito à indenização. Poderá haver indenização dentro do
Tombamento, se constituída uma obrigação de fazer, se houver dano.
DESAPROPRIAÇÃO
Única forma de intervenção em que o Estado toma o direito de propriedade do antigo proprietário.
É forma de aquisição originária da propriedade, não há vínculo, nem relação jurídica com o antigo proprietá-
rio, a vontade dele não interessa.
Objeto Bens Móveis e Imóveis, inclusive os Bens Públicos. Defeito no Objeto: Vício no Objeto. Ex. Municí-
pio desapropria bem da União.
Regra Geral: Todos os bens podem ser desapropriados. Exceção: Vedada a Desapropriação aos Direitos da
Personalidade. Direitos autorais, direito á imagem, alimentos, direito à vida, não podem ser desapropriados.
Competência Regra Geral - Todos os entes, a depender da órbita de interesse. Para Bens Públicos, res-
peita-se a hierarquia União desapropria de Estados e Municípios; Estado desapropria dos Municípios. Obs.
Defeito na competência: Vício na competência.
Por Necessidade e Utilidade Pública (D. Lei 3365/41) Rol taxativo. O Dec. Lei não distingue necessida-
de de utilidade pública, entretanto, a doutrina faz essa distinção: Necessidade há quando a situação exija urgên-
cia; Utilidade há quando não há urgência.
OBS: Art.5º, inc. XXIV da Constituição Federal de 1988 justifica essas duas modalidades.
Competência: Todos os entes podem, a depender da órbita de interesses. OBS: Não há vício de competên-
cia.
Objeto: Qualquer bem pode ser objeto de Desapropriação Ordinária, exceto nos casos previstos no Dec. Lei.
OBS: Só cai na via judicial em algumas circunstâncias.
DESAPROPRIAÇÃO SANCIONATÓRIA
- Proprietário não cumpre função social da propriedade. Obs. O Poder Público pode fazer reforma agrária mesmo
sem natureza de penalidade, c/ fundamento no interesse social.
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- Indenização TDA´s (Títulos da Dívida Agrária, resgatáveis em até 20 anos), indenizam a terra nua. As benfei-
torias têm que ser pagas em dinheiro.
-Vedação à Desapropriação Sancionatória Propriedades pequenas ou médias, que seja a única do particular
e que seja produtiva.
b) Plano Diretor: Lei que organiza o Município, Lei 10257/01 (Estatuto da Cidade).
- Procedimento Notificação do proprietário, pela prefeitura, para que este proceda à edificação (01 ano para o
projeto e mais 02 para a construção) ou ao parcelamento da propriedade. Se não edificada ou parcelada: IPTU
com alíquota progressiva (até 15% por ano). Se não cumprir as obrigações Desapropriação Sancionatória, apli-
cada em último caso.
- OBS: Desapropriação instituída pelo CC/02, não diz respeito à Desapropriação do Direito Público.
- Pode haver expropriação apenas da área onde houve plantação ilegal de psicotrópicas e a exploração de traba-
lho escravo na forma da lei.
- Hipóteses:
- Indenização: Não há. Daí ser chamada de expropriação, espécie de desapropriação sancionatória.
- Competência: União.
DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA:
Acontece quando o Poder Público não observa formalidades necessárias, simplesmente entra no Bem. Ex.
servidão e tombamento disfarçados. É chamado de “esbulho administrativo”.
Desapropriação é possível totalmente na via administrativa, o que não ocorrerá, apenas, se o particular não
aceitar o valor da desapropriação ou se o proprietário for desconhecido.
a) Fase Declaratória:
- Poder Público declara a desapropriação via Decreto Expropriatório emitido sempre pelo Chefe do Executivo.
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- Exceção Poder Legislativo: Através de Lei de Efeitos concretos, que é lei com cara de ato administrativo, já
que produz efeitos concretos e individuais. O Legislativo pode declará-la, mas não a executa.
- OBS: Concessionárias e Permissionárias também podem desapropriar, mas somente a partir da Fase Execu-
tiva, nunca na Fase Declaratória.
b) Fase Executiva:
- Condição para fase executiva para entrar no bem, o poder público deve pagar o valor. Se o particular não acei-
ta o valor, necessária a via judicial.
1. Demonstração do Interesse público na Desapropriação, determinada a sua Destinação (Ex. Escola, Hospital,
Estrada). Obs. Se o Poder Público mudar a destinação da desapropriação, esse fenômeno é chamado de Tredes-
tinação. Tal fato é possível, desde que se mantenha o interesse público.
2. Descrição do Bem c/ todas as benfeitorias. OBS: Após o Dec. Expropriatório só serão indenizadas as benfei-
torias necessárias e as úteis autorizadas.
- Necessidade ou Utilidade Pública: 05 anos. Se neste período, o poder público não pagar a indenização e ain-
da não entrou no bem, só poderá repetir o Decreto expropriatório 01 ano depois. (período de carência).
- Desapropriação por Interesse Social: 02 anos. Neste caso, não há a possibilidade de repetição do decreto
expropriatório.
- A Ação de desapropriação é de procedimento especial. Não pode discutir outra coisa senão o valor e eventuais
nulidades do procedimento expropriatório. Qualquer outra discussão só será possível em ação própria.
- Antecipação da Prova Pericial: Diferentemente do que ocorre nos outros procedimentos, onde a prova pericial
não é feita no inicio do processo, na Ação de Desapropriação o juiz já determina a realização da perícia no início
do processo.
- Incidente de Imissão Provisória na Posse (diferente de imissão na posse) É incidente na ação de desapro-
priação, que serve para antecipar a entrada do poder público no bem, antes do julgamento final da ação.
1. Urgência da situação;
2. Depósito do Valor da Indenização Valor estipulado pelo Poder Público. OBS: A Jurisprudência vem enten-
dendo que se o valor depositado for irrisório, o juiz poderá determinar a complementação do valor.
- O Proprietário poderá levantar até 80% do valor depositado pelo Poder Público.
Ex. Imissão Provisória (01/01/04) ---------------- Sentença Final (01/01/05)
100.000 depositados Decisão Judicial: 200.000
80.000 levantados pelo particular (+ 100.000)
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OBS: Em relação aos 100.000 que a decisão judicial estabeleceu a mais, esses serão cobrados da Administração
por meio de precatório.
- Juros CompensatóriosIncidirão sobre a diferença entre o valor levantado pelo particular e o valor determina-
do pela justiça (120.000), e durante o período entre 01/01/04 e 01/01/05.
- Dec. Lei 3365/41, Art.15-A (objeto de ADIN): Determinou a suspensão da parte que determinava os juros com-
pensatórios de até 06%. Atualmente o valor dos juros compensatórios é de 12% ao ano. Essa ADIN fez valer no-
vamente a Súmula 618 do STF, que determinava os juros compensatórios de 12% a partir do depósito até a sen-
tença.
- Juros Moratórios Art.15-B, Dec. Lei 3365/41: Para recompor perdas relativas ao atraso no pagamento. Co-
meçarão a correr a partir de 1º de janeiro do exercício financeiro em que deveria ter sido pago, seguinte ao ano
em que foi proferida a sentença de mérito. OBS: Não há necessidade de a sentença haver transitado em julgado.
- Ex Sentença proferida em 01/01/04 Juros a partir de 01º/01/06 (em 2005 entra no precatório). Ex. Sentença
proferida em 31/07/04 juros a partir 01/01/07 (precatórios em 2006).
Vejamos:
25. (CESPE - 2013 - TJ-RN – Juiz) Acerca do processo de desapropriação, assinale a opção correta.
A) Não cabe, além dos juros, indenização complementar pela demora no pagamento do preço da desapropriação.
B) Os juros compensatórios, incidentes após a Medida Provisória n.° 1.577/1997, devem ser fixados em 12% ao
ano até 13 de setembro de 2001, e, a partir de então, em 6% ao ano.
C) A base de cálculo dos honorários de advogado consiste no valor da indenização fixada, corrigida monetaria-
mente.
D) É devida a correção monetária até a data do efetivo pagamento da indenização, sendo a atualização do cálculo
devida apenas uma vez, para recompor o valor da indenização.
E) O poder expropriante, imitido na posse de ações de uma sociedade desapropriada, não pode exercer todos os
direitos inerentes aos respectivos títulos
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Direito Administrativo
Matheus Carvalho
GABARITO:
1. E
2. A
3. D
4. E
5. B
6. C
7. A
8. A
9. E
10. A
11. E
12. B
13. B
14. E
15. C
16. A
17. C
18. B
19. E
20. E
21. E
22. D
23. B
24. D
25. A
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